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Comunicação e Expressão Prof. Dr. Guilherme Cardozo Aulas 1 e 2 Polo: Méier II Aula 1 Categoria: TEXTO E CONTEXTO Tópico de estudo: a comunicação oral: oralidade e a norma culta Competências específicas: criar estratégias de comunicação oral e escrita Diretrizes da disciplina Esclarecimento dos alunos sobre os objetivos da disciplina: 1) refletir sobre linguagem e poder; 2) refletir sobre a economia das trocas linguísticas; 3) exercitar a leitura de textos diversos; 4) construir a introdução de textos, desenvolver e concluir; 5) adquirir precisão no emprego do vocabulário de Língua Portuguesa; 6) conceituar diferentes modos de enunciação: descrição, narração, argumentação; 7) redigir memorandos, e-mails, etc., com adequação e clareza; 8) parafrasear textos técnicos; 9) comunicar-se e transmitir informações e conhecimento com linguagem apropriada. Conteúdo CATEGORIA 1 Texto e contexto a) A comunicação oral. Oralidade e Norma culta da língua portuguesa; b) Frase, oração, período. Tipos de frase; c) Ortografia e o atual Acordo Ortográfico (dúvidas gráficas, uso de hífen, os porquês, mas x mais, etc.); d) Ler e compreender textos de diferentes áreas do conhecimento; Estudos sobre verbos. Verbos auxiliares, regulares e irregulares. Tempos verbais. A formação do imperativo. Critérios de avaliação AV1 + AV2 e APS + AV3 AV1 = vale 60% da nota Prova presencial, individual e sem consulta Prova mista (objetivas e discursivas) Atividades em sala = 40%. AV2 = Vale 80% da nota (toda a matéria) APS = Vale 20% da nota (atividade a ser discutida) AV3 = Vale 100% da nota (toda a matéria) Ambiente Virtual de Avaliação AVA nome de usuário, senha, acesso às disciplinas/turmas; Através do AVA ocorrerão as comunicações entre professor e aluno; Os materiais de aula serão todos colocados à disposição dos alunos no AVA. Bibliografia do curso Básica: BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. CAMPOS, Edson; SOARES, Magda. Técnica de redação. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1989. KOCH, Ingedore; ELIAS, Vanda. Ler e Compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2007. Bibliografia do curso Complementar: BECHARA, Evanildo. O que muda com o Novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. DISCINI, Norma. Comunicação nos textos. São Paulo: Contexto, 2005. SILVA, Sérgio. O português do dia-a-dia. Rio de Janeiro: Rocco, 2004. GERALDI, J. W. (org.) O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2004. KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes, 2001. CONSTRUÇÃO DO TEXTO Aspectos fundamentais Existência de uma necessidade/interesse Estabelecimento de uma finalidade Estabelecimento de um plano organizacional de ideias no texto Realização de operações específicas para cada ação Dependência constante dos itens anteriores na realização de outras tarefas ou até mesmo de futuras modificações (contexto). TEORIA DA ATIVIDADE VERBAL OU TEORIA DOS ATOS DE FALA A realização linguística da atividade verbal depende das condições sociais e psicológicas (Koch, 2014). A atividade verbal se vale de meios como: Seleção de palavras; passagem do programa à sua realização; projeto gramatical. Atos verbais Realização do ato verbal se dá por fatores, tais como: Motivação Algo leva alguém a iniciar a atividade verbal/textual Situação Para que haja comunicação, as escolhas corretas devem ser feitas, analisando o conjunto de influências internas e externas à atividade verbal/textual. Prova de probabilidades determina quais dentre as diversas ações possíveis têm mais probabilidade de produzir frutos FATORES QUE DETERMINAM A REALIZAÇÃO TEXTUAL Sistema linguístico de uma dada língua (um texto em inglês tem mais chance de dar certo no Brasil ou na França?) Grau de domínio da língua (quanto maior o domínio de uma língua, maior a capacidade do falante em atingir maior espécies de públicos) Fator funcional-estilístico (em uma sala de aula, qual a melhor forma de comunicação: monólogo, diálogo, escrito, falado, power point, etc.) Fator expressivo/afetivo (em que ocasiões é importante se valer da subjetividade na comunicação?) FATORES QUE DETERMINAM A REALIZAÇÃO TEXTUAL Estratégias na seleção de formas linguísticas, de acordo com as necessidades e possibilidades do interlocutor (quais as consequências de um candidato usar gírias em uma entrevista de emprego?) Contexto verbal (observar o ambiente contextual em que se dá a comunicação oral/escrita exemplo do marketing de uísque pós-Bataklan) Situação comunicativa (que assuntos e que formas de comunicação são “autorizadas” e pertinentes em determinado momento) PROPOSTAS NO INTERIOR DA LINGUÍSTICA TEXTUAL Legitimidade social (condições sociais como legitimadoras da atividade textual) Funcionalidade comunicativa (o texto se comunica com alguém? É uma unidade de comunicação?) Semanticidade (o texto faz referência à realidade?) Referência à situação (texto como traços da situação comunicativa) PROPOSTAS NO INTERIOR DA LINGUÍSTICA TEXTUAL Boa formação (sucessão linear coerente de unidades linguísticas) Boa composição (Organização e seleção de unidades específicas de linguagem) Gramaticalidade (texto de acordo com a norma culta da língua) PREOCUPAÇÕES DE QUEM PRODUZ UM TEXTO Constitui-se de elementos dados e novos PREOCUPAÇÕES DE QUEM PRODUZ UM TEXTO Um texto não é um ato isolado, individual Todo texto deve levar em conta seu interlocutor FUNÇÕES DA LINGUAGEM (Os seis elementos da linguagem) EMISSOR (função emotiva/expressiva) RECEPTOR (função conativa/apelativa) MENSAGEM (função referencial) CANAL DE COMUNICAÇÃO (função fática) CÓDIGO (função metalinguística) CONTEXTO (função poética) TEXTO E CONTEXTO Tipos de leitura: a) Foco no autor: língua como representação do pensamento, sujeito onipotente, texto possuidor de uma mensagem com sentido (definido e unívoco) a ser captado pelo leitor, texto como produto; b) Foco no texto: língua como estrutura, sujeito “assujeitado” pelo sistema, texto como produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor (tudo está dito no texto); c) Foco na interação autor-texto-leitor: língua como interação dialógica, sujeitos como atores sociais, texto como algo em construção, processo. O seu sentido é construído na interação texto-sujeito. LEITURA E INTERPRETAÇÃO Leitura do conto O retorno do patinho feio (KOCH, 2015, p. 14); Leitura da charge do Mosquito esmagado na parede (KOCH, 2015, p. 21); Capacidade que o texto possui de ser (re)lido independentemente de seu tempo de produção (contexto de produção x contexto de uso); Leitura da tirinha p. 32 e comentários de Romeu & Julieta; Requisitos para leitura Requisitos para leitura Efeito de humor entre palavras e imagens; Gênero textual “charge” e sua funcionalidade; O tema da charge; Data da publicação; Meio de veiculação; Tudo isso faz parte do que se chama Contexto Sociocognitivo. Contexto Sociocognitivo Os conhecimentos (enciclopédicos, linguísticos, textuais, sociais, etiqueta, etc.) devem ser, ao menos em parte, compartilhados, para que haja comunicação; Cada sujeito que fala/escreve traz consigo uma bagagem cognitiva, portanto, é um (com)texto; A cada momento da interação esse contexto é alterado, ampliado, e os interactantes se veem obrigados a ajustar-se aos novos contextos que surgem na interação; Devido às diferenças cognitivas, as comunicações podem trazer mal-entendidos (leitura, p. 62). Contexto cognitivo dos interlocutores O conhecimento linguístico propriamente dito; Conhecimento enciclopédico (declarativo ou episódico); O conhecimento da situação comunicativa e de suas regras; O conhecimento tipológico (Gêneros e tipos textuais); O conhecimento estilístico (registros, variedades de língua e sua adequação às situações de comunicação); O conhecimento de outros textos que permeiam nossa cultura (intertextualidade) hipertexto “Hoje falaremos sobre informática. Para você que é uma enciclopédia da área (tipoum Nilton Santos digital), pedimos que desconsidere nosso estilo bonapartiano de discurso”. Contexto e ambiguidade Ao chegar à cidade, a jovem dirigiu-se a um banco: precisava descansar um pouco da longa viagem a pé; O homem levantou a mão e o ônibus não parou. Ninguém mais respeita os guardas de trânsito! A chefe pediu para eu vestir a camisa da empresa. Afinal, eu estava com uma blusa da concorrente; Meus pais querem que a gente hoje dê um gás a mais. Nossos vizinhos não estão comendo porque não têm dinheiro pra comprar o botijão. TEXTO E CONTEXTO Um texto não possui sentido em si mesmo. O contexto é um dos elementos que nos fazem compreender melhor a natureza, o gênero, a essência textual. Se precisamos ler ou produzir um texto, realizar um discurso, apresentação oral em universidades, congressos, etc., compreender a situação (contexto) é essencial para se ter sucesso na atividade verbal. Textos (exemplos) “(...) um pequeno relatório a Vossa Alteza: a feição deles é serem pardos, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso em encobrir sua vergonha. São de grande inocência. Alguns traziam o beiço furado e metido nele um osso verdadeiro” (???) Textos (exemplos) “Tupã, ó Deus grande! Cobriste o teu rosto Com denso velame de penas gentis; E jazem teus filhos clamando vingança Dos bens que lhes deste da perda infeliz! Tupã, ó Deus grande! Teu rosto descobre; Bastante sofremos com tua vingança!” (???) Textos (exemplos) “É admirável a maneira como funcionam essas máquinas, movidas pelo calor do carvão, representando a velocidade que um dia a população apenas sonhava. Os motores a vapor talvez seja a mais alta tecnologia antes já vista, pois fazem com que nossos trens atinjam a incrível velocidade de 45 km/h. É como voar!” (???) Textos (exemplos) “Há aqui um cemitério onde estão alguns dos meus melhores amigos da divisão. Vi-os crescer – corpos estraçalhados, estendidos à espera de que suas sepulturas sejam cavadas. Mas mesmo assim há sempre flores nas campas. Parece-me que os franceses, principalmente as crianças, se encarregaram deste pequeno gesto. Daqui a uns segundos ouvirei as bombas a estourar: é nosso gesto de retribuição aos nazis. Aqui estão elas!” (?) Textos (exemplos) “Data vênia, Excelência! É oportuno salientar a natureza intransigente da parte ré, posto que verba volant, scripta manent, dessa forma não havendo o que se falar em provas cabais contra o requerente. Sob o pálio do princípio in dubio pro reu, peço a absolvição de meu cliente”. (???) Kct!!! Vc n sabe pq? Dps ti conto, miga. Bjs ;)
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