Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CASO CLÍNICO Apresentação de caso clínico pela aluna Caroline Santos Pereira como registro para obtenção de aprovação no componente eletivo “Abordagem de casos clínicos em bioquímica metabólica” ministrado pela Dra. Maria Auxiliadora Lins da Cunha 01. CASO CLÍNICO Relato sobre as queixas do paciente 02. ANAMNESE E EXAME FÍSICO Exames físicos, hábitos alimentares e histórico familiar 03. EXAMES COMPLEMENTARES 04. DISCUSSÃO SOBRE O DIAGNÓSTICO 05. PERGUNTAS 06. REFERÊNCIAS Resultados, diagnóstico e medicação Introdução ao caso clínico 01. SOBRE A PACIENTE: C.S.P., sexo feminino, 19 anos, natural e procedente de Campina Grande - PB, estudante de assessoria pré-vestibular integral, procurou o ambulatório de clínica médica com queixa de diarreia e distensão abdominal, além de náuseas, sem vômitos. Durante os últimos anos, relata que tais sintomas são perceptíveis após as refeições, principalmente após festas de aniversário. Menciona achar que estes episódios estavam associados ao estresse da mudança de hábitos decorrente da rotina integral fora de casa. A paciente se queixa também de queimação epigástrica e indigestões frequentes. Sem queixas respiratórias, cardiovasculares e urinárias. Não faz nenhum tratamento medicamentoso e apresenta uma rotina sedentária. Anamnese e exame físico 02. SOBRE A PACIENTE: Exame físico: Normocorada¹, hidratada, acianótica², anictérica³, sem edemas. Exame físico na região abdominal: Abdômen globoso, rígido, ruídos hidroaéreos presentes com borborigmo. Hábitos alimentares: Relata, com frequência, comer no café da manhã pão com queijo ou requeijão e café com leite. Segundo a paciente, já teve uma cárie desencadeada por deficiência de cálcio e foi recomendada pelo dentista a comer com frequência leite e seus derivados. No almoço costuma comer feijão, arroz, salada, carne e purê de batata. Histórico familiar: Mãe asmática e hipertensa. Pai e toda a família paterna com histórico de gastrite causada pela infecção da bactéria Helicobacter Pylori. Normocorada: coloração normal Acianótica: não apresenta coloração da pele azul-arroxeada Anictérica: não apresenta sintomas de ictéricia, marcado por tom da pele amarelada Exames complementares e diagnósticos 03. Foi solicitado dois exames laboratoriais: Endoscopia com biópsia gástrica Teste de tolerância à lactose Neptune is the farthest planet from the Sun EXAMES COMPLEMENTARES RESULTADO DA ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Richard Roe Venus is the second planet from the Sun Dr. Martha McKane Neptune is the farthest planet from the Sun RESULTADO DO TESTE DE TOLERÂNCIA À LACTOSE Dr. Richard Roe Venus is the second planet from the Sun Dr. Martha McKane Neptune is the farthest planet from the Sun Diagnóstico: Paciente com intolerância à lactose e gastrite leve por infecção da bactéria H. Pylori Preescrição: Mudança alimentar e uso de enzima lactase após consumo de alimentos lácteos Tratamento de 7 dias com PyloriPac IBP Neptune is the farthest planet from the Sun DIAGNÓSTICO Discussão do diagnóstico 04. INTOLERÂNCIA À LACTOSE PREVALÊNCIA DA INTOLERÂNCIA À LACTOSE NA SOCIEDADE Estudos apontam que: 65% da população mundial¹ 2 a 15% dos indivíduos descendentes de norte europeus, 60 a 80% dos negros e latinos e 80 a 100% dos índios americanos e asiáticos². Estudo² brasileiro com uma amostra de 567 indivíduos apontou que: 57% nos brancos e mulatos 80% nos negros 100% nos japoneses³ Outros³ estudos na população brasileira: 44,1% em 1088 indivíduos do Sul do Brasil⁴ 60,8% em 115 indivíduos do Sudeste do Brasil, sendo 53,2% nos brancos e 91,3% nos não brancos5. 1. Ingram CJE, Mulcare CA, Itan Y, Thomas MG, Swallow DM. Lactose digestion and the evolutionary genetics of lactase persistence. Hum Genet 2009; 124(6):579-591. 2. Swagerty DL, Walling AD, Klein RM. Lactose Intolerance. Am Farm Physician 2002; 65(9):1845-1851. 3. Mattar R, Monteiro MS, Villares CA, Santos AF, Silva JMK, Carrilhos FJ. Frequency of LCT - 13910C>T single nucleotide polymorphism associated with adult-type hypolactasia/lactase persistence among Brazilians of different ethnic groups. Nutrition Journal 2009; 8:46. 4. Pereira Filho D, Furlan SA. Prevalência de intolerância à lactose em função da faixa etaria e do sexo: experiência do laboratório Dona Francisca, Joinville (SC). Revista Saúde e Ambiente 2004; 1(5):24-30. 5. Escoboza PML, Fernandes MIm, Peres LC, Einerhand AWC, Galvão LC. Adult-type Hypolactasia: Clinical, morphologic and functional characteristics in Brazilian patients at a University Hospital. J Pediatr Gastroenterol Nutr 2004; 39(4):361-364 O que é a intolerância à lactose? Reação fisiológica à não digestão enzimática da lactose Deficiência ou ausência da enzima lactase (β-galactosidase) Intolerância X Alergia síntese por desidratação FISIOPATOLOGIA Lactose → intestino delgado → hidrólise → galactose e glicose (Condições normais) Lactose → intestino delgado → não hidrólise → intestino grosso → fermentação bacteriana (Intolerante à lactose) Fermentação bacteriana láctica: Ácido láctico - osmoticamente ativo → puxam H20, H2, CH4 para o intestino Ácido acético e CO2 Consequências: ↑ trânsito intestinal ↑pressão osmótica ↑ acidez ↓ PH ↓ absorção de água e eletrólitos FISIOPATOLOGIA ASSOCIADA AOS SINTOMAS ↑ Trânsito intestinal + ↑ pressão osmótica + ↑ osmolaridade fecal + ↓ absorção de água e eletrólitos = FEZES AMOLECIDAS E/OU DIARREIA ↑ Trânsito intestinal/peritaltismo intestinal + ↑ fermentação bacteriana → ↑ ácido lático/ácido acético/CO2 → ↓ PH = FEZES ÁCIDAS ↑ Gases = FLATULÊNCIAS, INCHAÇO ABDOMINAL, ABDÔMEN GLOBOSO, RÍGIDO, RUÍDOS HIDROAÉREOS E BORBORIGMO CASOS MAIS GRAVES: Diante da ↓ PH pela presença do ácido láctico/ácido acético/H2 = ↑ secreção intraluminal de bicarbonato → essa associação entre a absorção de ácidos e a perda do bicarbonato → acidose metabólica severa (diarreia) TIPOS DE I.L. E SUAS CAUSAS PRINCIPAIS TIPOS DE INTOLERÂNCIA À LACTOSE Causas Deficiência primária de lactase Declínio gradual conforme o aumento da idade Deficiência secundária de lactase Lesões na mucosa intestinal Deficiência congênita de lactase Herança autossômica recessiva Deficiência de lactase de desenvolvimento I.L.= Abreviação de intolerância à lactose DIAGNÓSTICO 1. Teste de hidrogênio no ar expirado 2. Teste de acidez das fezes 3. Teste de tolerância à lactose 4. Biópsia do intestino delgado TRATAMENTO Mudança de hábitos alimentares Consumo de lactase exógena pós ingestão de alimentos lácteos Consumo de probióticos Perguntas 05. PERGUNTAS Quais as manifestações clínicas da intolerância à lactose? Explique como elas acontecem. Quais os tipos de intolerância à lactose e suas respectivas causas? Quais são os principais exames diagnósticos para intolerância à lactose e como são feitos? ? Referências 06. REFERÊNCIAS BARBOSA, Nathalia Emanuelle de Almeida; FERREIRA, Nayane Catarina de Jesus; VIEIRA, Thaynah Luiza Elmescany; BRITO, Ana Paula Santos Oliveira; GARCIA, Hamilton Cezar Rocha. Intolerância a lactose: revisão sistemática. Pará Research Medical Journal, [S.L.], v. 4, p. 1-10, 2020. Editora Cubo. http://dx.doi.org/10.4322/prmj.2019.033. GALEGO, Mayara; OLIVEIRA, Viviane; PINTINHA, Marcos Eduardo; RICCI, Gléia. ESTUDO SOBRE A INTOLERÂNCIA À LACTOSE. Revista Uningá Review, Maringá, v. 22, n. 1, p. 24-27, 06/2015. MARCON, Ana Esther Tussolini; DIAS, Marina Bez Batti; BENINCÁ, Simone Carla. INTOLERÂNCIA À LACTOSE CONGÊNITA:: uma revisão bibliográfica. UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Disponível em: encurtador.com.br/pqGL1.Acesso em: 19 nov. 2020. OBRIGADA! Dúvidas? Feedback? Please keep this slide for attribution. CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, including icons by Flaticon, and infographics & images by Freepik and illustrations by Stories.
Compartilhar