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Thays Lopes Práticas Médicas II Dispneia: Causas: 1- Neurológica – respostas aos centros respiratórios; 2- Muscular – musculatura respiratória ineficaz; 3- Alteração na complacência pulmonar; 4- Alteração na permeabilidade das vias aéreas; 94% resultam de doença CV, doença respiratória, mal condicionamento físico e psicogênico; Doenças respiratórias distúrbios das trocas gasosas; Hipoxemia – baixa concentração de oxigênio no sangue arterial; Hipercapnia – aumento do gás carbônico no sangue arterial; ASMA e DPOC: ASMA: Hiperratividade das vias aéreas OBSTRUÇÃO; Recorrência (contato com alérgenos); Progressão (inflamação e remodelamento); Clinicamente: episódios recorrentes de dispneia, tosse e sibilância; Epidemiologia: ► > 300 milhões no mundo; ► < 1% (países em desenvolvimento, zona rural); ► 10% (países desenvolvidos, ocidentais); ► Inicio: infância (ou < 25anos) ou após 40 anos; Fisiopatologia: ► Elementos chaves: Reação a alérgenos de forma exacerbada ATOPIA com produção de anticorpos IgE; Células inflamatórias – linfócitos, eosinófilos, mastócitos; Mediadores inflamatórios – citocina, histamina, leucotrieno; Constrição da musculatura lisa das vias aéreas inferiores HIPERREATIVIDADE; Liquido ou edema – hipersecreção de muco; Possível espessamento das paredes das vias aéreas; Alérgeno ativação linfócitos TH2 citocinas ► Estimulam plasmócitos a produzir IgE ligam-se aos mastócitos liberação de histamina, leucotrienos e protaglandinas; Broncoespasmo e inflamação; ► Diferenciação e ativação dos eosinófilos ligam-se a complexo antígeno anticorpo (IgE) liberação de histamina, leucotrienos; Broncoespasmo; ► Processo inflamatório na asma: Inflamação aguda: broncoconstrição, edema, secreção, tosse; Inflamação crônica: recrutamento celular, dano epitelial, modificações estruturais precoces; Remodelamento das vias aéreas: proliferação celular, aumento da matriz extracelular; Broncoconstrição inflamação Hipersecreção de muco Obstrução ao fluxo de ar Dispneia Thays Lopes Práticas Médicas II Patologia: ► “gatilhos” para a ASMA: Fatores inflamatórios: Alérgenos; Infecções respiratórias; Ocupação; Irritantes: Exercício; Ar frio; Mudança de temperatura; Odores fortes; Estresse; Outros: Cigarro; Medicações; Alimentos; Poluentes; Refluxo gastroesofágico; Manifestações clínicas: ► Idade de inicio: adultos jovens (<25 anos); ► Sintomas: Dispneia; Sensação de opressão torácica; Tosse seca; Piora a noite; ► Associação com rinite e dermatite alérgica; Exame físico: ► Inspeção e geral: Taquipneia: 25 a 40 ipm; Fase expiratória prolongada em relação a inspiratória; Taquicardia, ansiedade, uso de musculatura acessória – tiragem, tórax hiperinsuflado, cianose; ► Percussão: Hiperresonância – na crise; ► Ausculta: Sibilos, sobretudo expiratórios – broncoespasmo; Pode haver roncos – secreção e estertores infecção; ► Gravidade: Tórax pouco ruidoso ou silencioso; Exames complementares: ► Laboratório: eosinofilia e aumento de IgE; ► Testes alérgicos; ► Raio X: geralmente normal; Asma grave – pode haver hiperinsuflação, depressão diafragmática e campos pulmonares muito transparentes; Thays Lopes Práticas Médicas II Espirometria: ► Exame que registra o máximo volume de ar (VEF) que um individuo pode movimentar desde uma inspiração máxima até uma expiração completa; ► O principal objetivo é demonstrar uma obstrução do fluxo aérea que se reverte pela administração de broncodilatador; ► São indicativos de ASMA: Obstrução das vias aéreas caracterizada por redução do VEF (inferior a 80% do previsto) e da relação VEF CVF (inferior a 0,75 em adultos e a 0,86 em crianças); Obstrução ao fluxo aéreo que desaparece ou melhora sigficadamente com o uso do broncodilatador β2 de curta duração (aumento do VEF, de 7% em relação ao valor previsto e 200ml em valor absoluto); Aumento espontâneo do VEF, no decorrer do tempo ou após o uso de corticosteroides (por duas semanas) de 20%, excedendo 250ml; DPOC: Doença pulmonar obstrutiva crônica; Definição: Doença crônica: Brônquios bronquíolos; Parede alveolar; Espectros clínicos: Bronquite crônica inflamação brônquica; Enfisema destruição das paredes alveolares; Declínio do fluxo aérea EXPIRATÓRIO perda da capacidade funcional pulmonar parcialmente reversível ou irreversível; Fatores de risco: Tabagismo; Fumaça de lenha; Exposição ocupacional; Infecções graves na infância; Irritantes químicos; Fisiopatologia: ► Bronquite crônica: Agentes nocivos estimulam macrófagos alveolares recrutamento de neutrófilos inflamação, hipertrofia e hiperplasia das glândulas produtoras de muco, hipertrofia dos músculos lisos, destruição parcial da cartilagem brônquica e fibrose OBSTRUCÃO por inflamação, muco e fibrose; ► Enfisema: Agentes nocivos agressão ao epitélio alveolar recrutamento dos neutrófilos com liberação da elastase leucocitária destruição da parede alveolar redução da retração elástica redução do fluxo EXPIRATÓRIO OBSTRUÇÃO ao fluxo expiratório de ar; OBS.: 1- Capacidade pulmonar total = volume máximo dos pulmões depende dos músculos inspiratórios ativados ao máximo + retração elástica pulmonar + retração elástica da parede torácica; 2- A lesão do epitélio alveolar ocorre sobretudo naqueles que tem deficiência de alfa 1- antitripsina, enzima inibidora da elastase – predisposição ao enfisema; Manifestações clínicas: Enfisema Bronquite crônica DPOC = Thays Lopes Práticas Médicas II ► Bronquite crônica: Quadro de tosse produtiva crônica que ocorre em pelo menos 3 meses em um período de 1 ao por pelo menos 2 anos consecutivos; Muitos pacientes “convivem” com a tosse e não reconhecem como sintoma; Só vão relatar dispneia quando há redução de pelo menos 50% da função pulmonar; TABAGISMO; ► Enfisema: Dispneia de instalação lenta e progressiva, muitas vezes referida como “cansaço”; Limitação progressiva da atividade física, levando subpercepção da dispneia; Mais comum: tosse seca; TABAGISMO; Exame físico: ► Bronquite crônica: Pletórico azul; Dispneia 2+; Tosse produtiva 3+; Tórax normal barril; Sibilos e roncos; Cianose; ► Enfisema: Soprador rosado; Dispneia 4+; Tosse seca 1+; Hiperinsuflação; Tórax em barril; MV diminuído ou ausente; Constituição magra; Lábios semicerrados; ► Outros achados: Taquipneia; Utilização de musculatura acessória (tiragem), principalmente do pescoço; Hiperfonese de B2 no foco pulmonar; Cianose; Aumento da pressão venosa jugular à inspiração; ► Blue Bloater – soprador azul – bronquite crônica: Brevilíneo; Obesos; Pletora facial; Respiração ruidosa com estertores; Hipoxemia; Cor pulmonale; ► Pink Pufferes – soprador róseo – enfisema; Longilíneo; Fáceis angustiadas; Magro; Tórax em tonel; Dispneia expiratória; Sem sinais de cor pulmonale ou hipóxia significativa; MV diminuído; Laboratório – gasometria: ► Alteração nas trocas gasosas; ► Queda da PO2 (oximetria e saturação reduzidas); ► Tendência a reter CO2 (aumento da PCO2 ): mais na DPOC com predomínio de bronquite crônica; Insuficiência respiratória PO2 < 60; Distúrbio ventilação perfusão CO2 > 50 ASMA X DPOC Agente sensibilizante Inflamação asmática das vias aéreas; Linfócitos T CD4+ Eosinófilos Agente nocivo Inflamação das vias aéreas da DPOC; Linfócitos T CD8+ Macrófagos Neutrófilos Completamente reversível Limitação ao fluxo Completamente irreversível Thays Lopes Práticas Médicas II Diagnóstico radiológico: Raio X: Tomografia: Neoplasia de pulmão: 3ª causa de câncer, depois de mama e próstata – 2ª causa em homens e 4ª causa em mulheres; 1º lugar em mortalidade por câncer; Extremamente associado ao tabagismo – relação dose- dependente – 90% dos cânceres de pulmão são associados ao tabagismo; Obs.: A exposição passiva é carcinogênica; DPOC é fator de risco independente do fumo 99% são tumores do epitélio respiratório carcinoma broncogênico; Tipos: Pequena células CPCP; Não pequenas células CPCNP; Subtipos: adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas e carcinoma de células grandes; Manifestações clínicas: ► Locais: tosse de inicio recente ou mudança do padrão da tosse, hemoptise, sibilos localizados, pneumonia de repetições, abscesso pulmonar; ► Invasão local: dor torácica, dispneia por derrame pleural, derrame pericárdico, rouquidão, síndrome da veia cava superior, síndrome de Horner, síndrome de Pancoast; ► Metástases: ossos, fígado, gânglios cervical e supraclavicular; ► Síndromes paraneoplásicas: ex.: baqueteamento digital; ► Geral: perda de peso, anorexia, febre; ► Achados radiológicos em pacientes assintomáticos;
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