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Anatomia #CASO 3 Baço • O baço é uma massa oval, geralmente arroxeada, carnosa, que tem aproximadamente o mesmo tamanho e o mesmo formato de uma mão fechada. • É relativamente delicado e considerado o órgão abdominal mais vulnerável. • O baço está localizado na parte superolateral do quadrante abdominal superior esquerdo ou hipocôndrio, onde goza da proteção da parte inferior da caixa torácica. • Como o maior dos órgãos linfáticos, participa do sistema de defesa do corpo como local de proliferação de linfócitos (leucócitos) e de vigilância e resposta imune. • No período pré-natal, é um órgão hematopoético (formador de sangue), mas após o nascimento participa basicamente da identificação, remoção e destruição de hemácias antigas e de plaquetas fragmentadas, e da reciclagem de ferro e globina. • O baço atua como reservatório de sangue, armazenando hemácias e plaquetas, e, em grau limitado, pode garantir um tipo de “autotransfusão” em resposta ao estresse da hemorragia. • Apesar de seu tamanho e das muitas funções úteis e importantes que tem, não é um órgão vital. • Para conciliar essas funções, o baço é uma massa vascular (sinusoidal) de consistência mole, com uma cápsula fibroelástica relativamente delicada. - A fina cápsula é recoberta por uma camada de peritônio visceral, que circunda todo o baço, exceto o hilo esplênico, por onde entram e saem os ramos esplênicos da artéria e veia esplênicas • O baço é um órgão móvel, embora normalmente não desça abaixo da região costal; está apoiado sobre a flexura esquerda do colo. • Está associado posteriormente às costelas IX a XI (seu eixo longitudinal é quase paralelo à costela X) e separado delas pelo diafragma e pelo recesso costodiafragmático — a extensão da cavidade pleural, semelhante a uma fenda, entre o diafragma e a parte inferior da caixa torácica. • As relações do baço são: - Anteriormente: estômago; - Posteriormente: parte esquerda do diafragma, que o separa da pleura, do pulmão e das costelas IX a XI; - Inferiormente: flexura esquerda do colo – esplênica; - Medialmente: rim esquerdo. • A face diafragmática do baço tem a superfície convexa para se encaixar na concavidade do diafragma e nos corpos curvos das costelas adjacentes. • A proximidade entre o baço e as costelas que normalmente o protegem pode ser prejudicial em caso de fraturas costais. • As margens anterior e superior do baço são agudas e frequentemente entalhadas, ao passo que sua extremidade posterior (medial) e a margem inferior são arredondadas. • Normalmente, o baço não se estende inferiormente à margem costal esquerda; assim, raramente é palpável através da parede anterolateral do abdome, exceto se estiver aumentado. • A margem superior (entalhada) é útil ao palpar um baço aumentado, pois quando a pessoa inspira profundamente, muitas vezes é possível palpar os entalhes. • O baço normalmente contém muito sangue, que é expelido periodicamente para a circulação pela ação do músculo liso presente em sua cápsula e nas trabéculas. • O grande tamanho da artéria (ou veia) esplênica indica o volume de sangue que atravessa os capilares e seios esplênicos. • A fina cápsula fibrosa esplênica é formada por tecido conjuntivo fibroelástico, não modelado e denso, que é mais espesso no hilo esplênico. • Internamente, as trabéculas (pequenas faixas fibrosas), originadas na face profunda da cápsula, conduzem vasos sanguíneos que entram e saem do parênquima ou polpa esplênica, a substância do baço. • O baço toca a parede posterior do estômago e está unido à curvatura maior pelo ligamento gastroesplênico, ao rim esquerdo pelo ligamento esplenorrenal e ao colo pelo ligamento esplenocólico. - Esses ligamentos, que contêm vasos esplênicos, estão fixados ao hilo esplênico em sua face medial. • Não raro o hilo esplênico está em contato com a cauda Pâncreas • O pâncreas é uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, situada sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras L I e L II (o nível do plano transpilórico) na parede posterior do abdome. • Situa-se atrás do estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda. • O mesocolo transverso está fixado à sua margem anterior. • O pâncreas produz: - Secreção exócrina (suco pancreático produzido pelas células acinares) que é liberada no duodeno através dos ductos pancreáticos principal e acessório; - Secreções endócrinas (glucagon e insulina, produzidos pelas ilhotas pancreáticas – de Langerhans) que passam para o sangue. • Para fins descritivos, o pâncreas é dividido em quatro partes: cabeça, colo, corpo e cauda. - Cabeça → A cabeça do pâncreas é a parte expandida da glândula que é circundada pela curvatura em forma de C do duodeno. → Muito vascularizada. → Está firmemente fixada à face medial das partes descendente e horizontal do duodeno. → O processo uncinado, uma projeção da parte inferior da cabeça do pâncreas, estendese medialmente para a esquerda, posteriormente à artéria mesentérica superior. → A cabeça do pâncreas está apoiada posteriormente na VCI, artéria e veia renais direitas, e veia renal esquerda. → Em seu trajeto para se abrir na parte descendente do duodeno, o ducto colédoco situa-se em um sulco na face posterossuperior da cabeça ou está inserido em sua substância. - Colo → O colo do pâncreas é curto (1,5 a 2 cm) e está situado sobre os vasos mesentéricos superiores, que deixam um sulco em sua face posterior. → A face anterior do colo, coberta por peritônio, está situada adjacente ao piloro do estômago. → A veia mesentérica superior une-se à veia esplênica posterior ao colo para formar a veia porta. - Corpo → O corpo do pâncreas é o prosseguimento do colo e situa-se à esquerda dos vasos mesentéricos superiores, passando sobre a aorta e a vértebra L II. → A face anterior do corpo do pâncreas é coberta por peritônio, está situada no assoalho da bolsa omental e forma parte do leito do estômago → A face posterior do corpo do pâncreas não tem peritônio e está em contato com a aorta, artéria mesentérica superior, glândula suprarrenal esquerda, rim esquerdo e vasos renais esquerdos. - Cauda → A cauda do pâncreas situa-se anteriormente ao rim esquerdo, onde está intimamente relacionada ao hilo esplênico e à flexura esquerda do colo. → A cauda é relativamente móvel e passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal junto com os vasos esplênicos. • O ducto pancreático principal (de Wirsung) começa na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e tem íntima relação com o ducto colédoco. - O ducto pancreático principal e o ducto colédoco geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática (de Vater) curta e dilatada, que se abre na parte descendente do duodeno, no cume da papila maior do duodeno. • O músculo esfíncter do ducto pancreático (ao redor da parte terminal do ducto pancreático), o músculo esfíncter do ducto colédoco (ao redor da extremidade do ducto colédoco) e o músculo esfíncter da ampola hepatopancreática (de Oddi), ao redor da ampola hepatopancreática, são esfíncteres de músculo liso que controlam o fluxo de bile e de suco pancreático para a ampola e impedem o refluxo do conteúdo duodenal para a ampola hepatopancreática. • O ducto pancreático acessório (de Santorini) abre-se no duodeno no cume da papila menor do duodeno. - Em geral, o ducto acessório comunica-se com o ducto pancreático principal. • Irrigação - A irrigação arterial do pâncreas provém principalmente dos ramos da artéria esplênica, que é muito tortuosa → irriga corpo e cauda. - As artérias pancreaticoduodenais superiores anterior e posterior, ramos da artéria gastroduodenal → irrigam a cabeça do pâncreas. - As artérias pancreaticoduodenais inferiores anterior e posterior, ramos da artéria mesentérica superior → irrigam a cauda, corpo e cabeça. • Drenagem venosa - A drenagem venosa do pâncreas é feita por meio das veias pancreáticas, tributárias das partes esplênica e mesentérica superior da veia porta; a maioria delas drena para a veia esplênica. - Cabeça → veia mesentéricasuperior. - Corpo e cauda → veia esplênica. • Drenagem linfática - Corpo e cauda → linfonodos pancreaticoesplênicos. - Cabeça → linfonodos pilóricos e celíacos. - A maioria dos vasos termina nos linfonodos pancreaticoesplênicos, situados ao longo da artéria esplênica. - Alguns vasos terminam nos linfonodos pilóricos. - Os vasos eferentes desses linfonodos drenam para os linfonodos mesentéricos superiores ou para os linfonodos celíacos através dos linfonodos hepáticos. • Inervação - Os nervos do pâncreas são derivados dos nervos vago e esplâncnico abdominopélvico que atravessam o diafragma. - As fibras parassimpáticas e simpáticas chegam ao pâncreas ao longo das artérias do plexo celíaco e do plexo mesentérico superior. - As fibras parassimpáticas são secretomotoras, mas a secreção pancreática é mediada principalmente por secretina e colecistocinina, hormônios secretados pelas células epiteliais do duodeno e parte proximal da mucosa intestinal sob o estímulo do conteúdo ácido do estômago. Fígado • O fígado é a maior glândula do corpo e, depois da pele, o maior órgão. • No feto maduro atua como órgão hematopoético. • Com exceção da gordura, todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório são levados primeiro ao fígado pelo sistema venoso porta. • Além de suas muitas atividades metabólicas, o fígado armazena glicogênio e secreta bile, um líquido amarelo-acastanhado ou verde que ajuda na emulsificação das gorduras. • A bile sai do fígado pelos ductos biliares — ductos hepáticos direito e esquerdo — que se unem para formar o ducto hepático comum, que se une ao ducto cístico para formar o ducto colédoco. • A produção hepática de bile é contínua; no entanto, entre as refeições ela se acumula e é armazenada na vesícula biliar, que também concentra a bile por meio da absorção de água e sais. • Quando o alimento chega ao duodeno, a vesícula biliar envia a bile concentrada pelas vias biliares até o duodeno. • Algumas funções: - Secretar a bile; - Armazenar glicose; - Produzir proteínas nobres; - Desintoxicar o organismo; - Sintetizar o colesterol; - Filtrar microorganismo. - Transformar amônia em ureia. Anatomia de superfície, faces, reflexões peritoneais e relações do fígado • O fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do abdome, onde é protegido pela caixa torácica e pelo diafragma. • O fígado normal situa-se profundamente às costelas VII a XI no lado direito e cruza a linha mediana em direção à papila mamária esquerda. • O fígado ocupa a maior parte do hipocôndrio direito e do epigástrio superior e estende-se até o hipocôndrio esquerdo. • O fígado tem uma face diafragmática convexa (anterior, superior e algo posterior) e uma face visceral relativamente plana, ou mesmo côncava (posteroinferior), que são separadas anteriormente por sua margem inferior aguda, que segue a margem costal direita, inferior ao diafragma. • Face diafragmática - A face diafragmática do fígado é lisa e tem forma de cúpula, onde se relaciona com a concavidade da face inferior do diafragma, que a separa das pleuras, pulmões, pericárdio e coração. - Recessos subfrênicos — extensões superiores da cavidade peritoneal — entre o diafrag - O recesso hepatorrenal (bolsa de Morison) é a extensão posterossuperior do recesso subhepático, situada entre a parte direita da face visceral do fígado e o rim e a glândula suprarrenal direitos. → O recesso hepatorrenal comunica-se anteriormente com o recesso subfrênico direito. → O líquido que drena da bolsa omental flui para esse recesso. - Normalmente todos os recessos da cavidade peritoneal são apenas espaços virtuais, contendo apenas líquido peritoneal suficiente para lubrificar as membranas peritoneais adjacentes. - A face diafragmática do fígado é coberta por peritônio visceral, exceto posteriormente na área nua do fígado, onde está em contato direto com o diafragma. - A área nua é demarcada pela reflexão do peritônio do diafragma para o fígado, como as lâminas anterior (superior) e posterior (inferior) do ligamento coronário. → Essas lâminas encontram-se à direita para formar o ligamento triangular direito e divergem para a esquerda a fim de revestir a área nua triangular. → A lâmina anterior do ligamento coronário é contínua à esquerda com a lâmina direita do ligamento falciforme, e a lâmina posterior é contínua com a lâmina direita do omento menor. - Próximo ao ápice (a extremidade esquerda) do fígado cuneiforme, as lâminas anterior e posterior da parte esquerda do ligamento coronário se encontram para formar o ligamento triangular esquerdo. - A VCI atravessa um profundo sulco da veia cava na área nua do fígado. • Face visceral - A face visceral do fígado também é coberta por peritônio, exceto na fossa da vesícula biliar e na porta do fígado — uma fissura transversal por onde entram e saem os vasos (veia porta, artéria hepática e vasos linfáticos), o plexo nervoso hepático e os ductos hepáticos que suprem e drenam o fígado. - Ao contrário da face diafragmática lisa, a face visceral tem muitas fissuras e impressões resultantes do contato com outros órgãos. • Duas fissuras sagitais, unidas centralmente pela porta do fígado transversal, formam a letra H na face visceral. - A fissura sagital direita é o sulco contínuo formado anteriormente pela fossa da vesícula biliar e posteriormente pelo sulco da veia cava. - A fissura umbilical (sagital esquerda) é o sulco contínuo formado anteriormente pela fissura do ligamento redondo e posteriormente pela fissura do ligamento venoso. • O ligamento redondo do fígado é o remanescente fibroso da veia umbilical, que levava o sangue oxigenado e rico em nutrientes da placenta para o feto. - O ligamento redondo e as pequenas veias paraumbilicais seguem na margem livre do ligamento falciforme. • O ligamento venoso é o remanescente fibroso do ducto venoso fetal, que desviava sangue da veia umbilical para a VCI, passando ao largo do fígado. • O omento menor, que encerra a tríade portal (ducto colédoco, artéria hepática e veia porta) segue do fígado até a curvatura menor do estômago e os primeiros 2 cm da parte superior do duodeno. • A margem livre e espessa do omento menor estende-se entre a porta do fígado e o duodeno (o ligamento hepatoduodenal) e envolve as estruturas que atravessam a porta do fígado. • O restante do omento menor, que se assemelha a uma lâmina, o ligamento hepatogástrico, estende-se entre o sulco para o ligamento venoso do fígado e a curvatura menor do estômago. • Além das fissuras, as impressões na face visceral (em áreas dela) refletem a relação do fígado com: - Lado direito da face anterior do estômago (áreas gástrica e pilórica); - Parte superior do duodeno (área duodenal); - Omento menor (estende-se até a fissura do ligamento venoso); - Vesícula biliar (fossa da vesícula biliar); - Flexura direita do colo e colo transverso direito (área cólica); - Rim e glândula suprarrenal direitos (áreas renal e suprarrenal). Lobos anatômicos do fígado • Externamente, o fígado é dividido em dois lobos anatômicos e dois lobos acessórios pelas reflexões do peritônio a partir de sua superfície, as fissuras formadas em relação a essas reflexões e os vasos que servem ao fígado e à vesícula biliar. • Esses “lobos” superficiais não são lobos verdadeiros como o termo geralmente é usado em relação às glândulas e têm apenas relação secundária com a arquitetura interna do fígado. • O plano essencialmente mediano definido pela fixação do ligamento falciforme e a fissura sagital esquerda separa um lobo hepático direito grande de um lobo hepático esquerdo muito menor. • Na face visceral inclinada, as fissuras sagitais direita e esquerda passam de cada lado dos — e a porta do fígado transversal separa — dois lobos acessórios (partes do lobo hepático direito anatômico): o lobo quadrado anterior e inferiormente, e o lobo caudado posterior e superiormente. - O processo caudado estende-se para a direita, entre a VCI e a porta do fígado, unindo os lobos caudado e hepático direito Subdivisão funcional do fígado • Cada parte do fígado recebe seupróprio ramo primário da artéria hepática e veia porta, e é drenada por seu próprio ducto hepático. • Na verdade, o lobo caudado pode ser considerado um terceiro fígado; sua vascularização é independente da bifurcação da tríade portal (recebe vasos de ambos os feixes) e é drenado por uma ou duas pequenas veias hepáticas, que entram diretamente na VCI distalmente às veias hepáticas principais. • O fígado pode ser ainda subdividido em quatro divisões e depois em oito segmentos hepáticos cirurgicamente ressecáveis, sendo cada um deles servido independentemente por um ramo secundário ou terciário da tríade portal, respectivamente. • Segmentos hepáticos (cirúrgicos) do fígado - Exceto pelo lobo caudado (segmento posterior), o fígado é dividido em partes hepáticas direita e esquerda com base na divisão primária da tríade portal em ramos direito e esquerdo, sendo o plano entre as partes hepáticas direita e esquerda a fissura portal principal, na qual está a veia hepática média. - Na face visceral, esse plano é demarcado pela fissura sagital direita. O plano é demarcado na face diafragmática mediante extrapolação de uma linha imaginária — a linha de Cantlie — que segue da fossa da vesícula biliar até a VCI. - As partes direita e esquerda do fígado são subdivididas verticalmente em divisões medial e lateral pelas fissura portal direita e fissura umbilical, nas quais estão as veias hepáticas direita e esquerda. A fissura portal direita não tem demarcação externa. - Cada uma das quatro divisões recebe um ramo secundário da t - Um plano hepático transverso no nível das partes horizontais dos ramos direito e esquerdo da tríade portal subdivide três das quatro divisões (todas, com exceção da divisão medial esquerda), criando seis segmentos hepáticos, que recebem ramos terciários da tríade. - A divisão medial esquerda também é contada como um segmento hepático, de modo que a parte principal do fígado tem sete segmentos (segmentos II a VIII, numerados em sentido horário), que também recebem um nome descritivo. - O lobo caudado (segmento I, levando o número total de segmentos a oito) é suprido por ramos das duas divisões e é drenado por suas próprias veias hepáticas menores. - Embora o padrão de segmentação descrito seja o mais comum, os segmentos variam muito em tamanho e formato em razão da variação individual na ramificação dos vasos hepáticos e portas. Vasos sanguíneos do fígado • O fígado, como os pulmões, tem irrigação dupla (vasos aferentes): uma venosa dominante e uma arterial menor. • A veia porta traz 75 a 80% do sangue para o fígado. • O sangue porta, que contém aproximadamente 40% mais oxigênio do que o sangue que retorna ao coração pelo circuito sistêmico, sustenta o parênquima hepático (células hepáticas ou hepatócitos). • A veia porta conduz praticamente todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório para os sinusoides hepáticos. A exceção são os lipídios, que são absorvidos pelo sistema linfático e passam ao largo do fígado. • O sangue da artéria hepática, que representa apenas 20 a 25% do sangue recebido pelo fígado, é distribuído inicialmente para estruturas não parenquimatosas, sobretudo os ductos biliares intrahepáticos. • Irrigação - Artéria hepática direita e esquerda e veia porta. → Artéria celíaca → artéria hepática comum → artéria hepática própria → artéria hepática direita e esquerda. • Drenagem venosa - Veia hepática direita, intermédia e esquerda. → Veias centrais → veias coletoras → veias hepáticas. Drenagem linfática e inervação do fígado • O fígado é um importante órgão produtor de linfa. • Entre um quarto e metade da linfa recebida pelo ducto torácico provém do fígado. • Os vasos linfáticos do fígado ocorrem como linfáticos superficiais na cápsula fibrosa do fígado subperitoneal (cápsula de Glisson), que forma sua face externa, e como linfáticos profundos no tecido conjuntivo, que acompanham as ramificações da tríade portal e veias hepáticas. • A maior parte da linfa é formada nos espaços perissinusoidais (de Disse) e drena para os linfáticos profundos nas tríades portais intralobulares adjacentes. • Os vasos linfáticos superficiais das partes anteriores das faces diafragmática e visceral do fígado e os vasos linfáticos profundos que acompanham as tríades portais convergem em direção à porta do fígado. • Os vasos linfáticos superficiais drenam para os linfonodos hepáticos dispersos ao longo dos vasos e ductos hepáticos no omento menor. • Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos hepáticos drenam para os linfonodos celíacos que, por sua vez, drenam para a cisterna do quilo, um saco dilatado na extremidade inferior do ducto torácico. • Os vasos linfáticos superficiais das partes posteriores das faces diafragmática e visceral do fígado drenam para a área nua do fígado. Aqui eles drenam para os linfonodos frênicos, ou unem-se aos vasos linfáticos profundos que acompanharam as veias hepáticas que convergem na VCI, e seguem com essa grande veia através do diafragma para drenar nos linfonodos mediastinais posteriores. Os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos unem-se aos ductos linfático direito e torácico. • Alguns vasos linfáticos seguem vias diferentes: - Da face posterior do lobo hepático esquerdo em direção ao hiato esofágico do diafragma para terminarem nos linfonodos gástricos esquerdos; - Da face diafragmática central anterior ao longo do ligamento falciforme até os linfonodos paraesternais; - Ao longo do ligamento redondo do fígado até o umbigo e linfáticos da parede anterior do abdome. • Os nervos do fígado são derivados do plexo hepático, o maior derivado do plexo celíaco. • O plexo hepático acompanha os ramos da artéria hepática e da veia porta até o fígado. • Esse plexo é formado por fibras simpáticas do plexo celíaco e fibras parassimpáticas dos troncos vagais anterior e posterior. • As fibras nervosas acompanham os vasos e os ductos biliares da tríade portal. Além da vasoconstrição, sua função não é clara.
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