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PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL Fisiologia Gastrointestinal As funções do trato gastrointestinal são a digestão e a absorção de nutrientes. Para atender a essas funções, existem quatro atividades principais do trato gastrointestinal. (1) A motilidade propele a comida ingerida desde a boca em direção ao reto, reduzindo o tamanho do alimento. A velocidade na qual a comida é propelida é regulada para otimizar o tempo para a digestão e a absorção. (2) As secreções das glândulas salivares do pâncreas e do fígado adicionam líquido, eletrólitos, enzimas e muco ao lúmen do trato gastrointestinal. Essas secreções auxiliam na digestão e absorção. (3) Após a ingestão, o alimento é digerido a moléculas absorvíveis. (4) Nutrientes, eletrólitos e água são absorvidos a partir do lúmen intestinal para a corrente sanguínea. 1.Compreender o processo de digestão, absorção e excreção: A digestão é a degradação química dos alimentos ingeridos até moléculas absorvíveis. As enzimas digestivas são secretadas nos sucos salivar, gástrico e pancreático e estão também presentes na membrana apical das células do epitélio intestinal. A absorção é o movimento dos nutrientes, da água e dos eletrólitos do lúmen do intestino para o sangue. Existem duas vias para absorção, a via celular e a paracelular. Na via celular, a substância deve cruzar a membrana apical (luminal), entrar na célula gástrica epitelial, e, então, passar por extrusão da célula, através da membrana basolateral, para o interior da corrente sanguínea. Os transportadores nas membranas apicais e basolaterais são os responsáveis pelos processos absortivos. Na via paracelular, a substância se move pelas junções ocludentes (junções fechadas), entre as células epiteliais intestinais, entre espaços intercelulares e para o sangue. estrutura da mucosa intestinal é idealmente apropriada para a absorção de grande quantidade de nutrientes. Características estruturais, chamadas microvilosidades, aumentam a área de superfície do intestino delgado, maximizando a exposição dos nutrientes às enzimas digestivas e criando grande superfície absortiva. A superfície do intestino delgado é disposta PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL em dobras longitudinais, chamadas de dobras de Kerckring. Vilosidades semelhantes a dedos se projetam para fora dessas dobras. Essas vilosidades são mais longas no duodeno, onde ocorre a maior parte da digestão e absorção, e são mais curtas no íleo. As superfícies das vilosidades são recobertas por células epiteliais (enterócitos) entremeadas por células secretoras de muco (células caliciformes). A superfície apical das células epiteliais é, em si, expandida por pequenos dobramentos chamados microvilosidades. Essa superfície microvilar é chamada borda em escova devido à sua aparência de “escova” sob microscopia óptica de luz. Juntas, as dobras de Kerckring, as vilosidades e as microvilosidades aumentam a área da superfície total, em cerca de 600 vezes! ➔ Digestão dos Carboidratos : A digestão do amido se inicia com a α-amilase. A amilase salivar começa o processo da digestão do amido na boca; ela executa, no entanto, papel pequeno na digestão geral porque é inativada pelo baixo pH do conteúdo gástrico. A amilase pancreática digere as ligações 1,4-glicosídicas do interior da molécula do amido, formando três dissacarídeos, dextrina α-limitada, maltose e maltotriose. Esses dissacarídeos são digeridos a monossacarídeos, pelas enzimas da borda em escova intestinal, a αdextrinase, maltase e a sacarase. O produto final de cada uma destas etapas digestivas é a glicose. Glicose, um monossacarídeo, pode ser absorvida pelas células epiteliais. Os três dissacarídeos no alimento são a trealose, a lactose e a sacarose. Eles não necessitam da etapa digestiva da amilase, pois já estão na forma dissacarídica. Cada molécula do dissacarídeo é digerida a duas moléculas de monossacarídeos pelas enzimas trealase, lactase e sacarase. Assim, a trealose é digerida pela trealase a duas moléculas de glicose; a lactose é digerida pela lactase a glicose e galactose; e a sacarose é digerida pela sacarase a glicose e frutose. Para resumir, existem três produtos finais da digestão dos carboidratos: glicose, galactose e frutose; todos são absorvíveis pelas células epiteliais intestinais. ➔ Absorção dos Carboidratos: A glicose e a galactose são absorvidas, através da membrana apical, por mecanismos de transporte ativo secundário similar ao encontrado no túbulo contorcido proximal. Ambas, glicose e galactose, se movem do lúmen intestinal para o interior da célula, por meio do cotransportador Na + -glicose (SGLT 1), contra gradiente eletroquímico. A energia para essa etapa não vem, diretamente, do trifosfato de adenosina (ATP), mas de gradiente através da membrana; o gradiente de Na + , é claro, criado e mantido pela Na + -K+ ATPase, na membrana basolateral. A glicose e a galactose são expelidas a partir da célula para a corrente sanguínea, PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL atravessando a membrana basolateral, por difusão facilitada (pelo transportador GLUT 2). A frutose é manipulada de forma diferente da glicose e da galactose. Sua absorção não envolve a etapa dependente de energia ou cotransportador na membrana apical. Em vez disso, a frutose é transportada, através da membrana apical e basolateral, por difusão facilitada; na membrana apical, transportador específico para frutose é chamado GLUT 5, e na membrana basolateral a frutose é transportada pelo GLUT 2. ➔ Digestão de Proteínas: A digestão de proteínas se inicia no estômago com a ação da pepsina e é completada no intestino delgado pelas proteases pancreática e da borda em escova (Figs. 8-28 e 8- 29). As duas classes de proteases são as endopeptidases e as exopeptidases. As endopeptidases hidrolisam as ligações peptídicas do interior das proteínas. As endopeptidases do trato gastrointestinal são a pepsina, tripsina, quimotripsina e elastase. As exopeptidases hidrolisam um aminoácido por vez da extremidade C-- terminal das proteínas e peptídeos. As exopeptidases do trato gastrointestinal são carboxipeptidases A e B. A digestão das proteínas se inicia com a ação da pepsina no estômago. As células gástricas principais secretam o precursor inativo da pepsina, o pepsinogênio. No baixo pH gástrico, o pepsinogênio é ativado à pepsina. Existem três isozimas da pepsina, cada uma com pH ótimo, variando entre 1 e 3; acima do pH 5, a pepsina é desnaturada e inativada. Dessa forma, a pepsina é ativada no baixo pH do estômago, e suas ações são finalizadas no duodeno, onde as secreções pancreáticas de HCO3 − neutralizam o H+ gástrico e aumentam o pH. Surpreendentemente, a pepsina não é essencial para a digestão proteica normal. Em pessoas, cujo estômago foi removido ou pessoas que não secretam H+ gástrico (e não conseguem ativar o pepsinogênio em pepsina), a digestão e a absorção proteicas são normais. Esses exemplos demonstram que as proteases pancreáticas e da borda em escova, sozinhas, podem, adequadamente, digerir a proteína ingerida. A digestão proteica continua no intestino delgado, pelas ações combinadas das proteases pancreáticas e da borda em escova. Cinco proteases pancreáticas principais são secretadas na forma de precursores inativos: tripsinogênio, quimitripsinogênio, proelastase, procarboxipeptidase A e procarboxipeptidase B (Fig. 8-28). A primeira etapa intestinal da digestão de proteínas é a ativação do tripsinogênio da sua forma ativa, tripsina, pela enzima enterocinase da borda em escova. Inicialmente, pequena quantidade de tripsina é produzida que, então, catalisa a conversão de todos os seus precursores inativos em suas enzimas ativas. Mesmo o tripsinogênio remanescente é autocatalisado PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL pela tripsina para formar mais tripsina. As etapas de ativação formam cinco enzimas ativas para a digestão de proteínas: tripsina, quimiotripsina, elastase, carboxipeptidase Ae carboxipeptidase B. Essas proteases pancreáticas hidrolisam as proteínas da dieta a aminoácidos, dipeptídeos, tripeptídeos e peptídeos maiores chamados oligopeptídeos. Apenas os aminoácidos, dipeptídeos e tripeptídeos são absorvíveis. Os oligopeptídeos são, subsequentemente, hidrolisados pelas proteases da borda em escova, formando moléculas menores e absorvíveis (Fig. 8-29). Por fim, as proteases pancreáticas se autodigerem umas às outras! ➔ Absorção de Proteínas:Os produtos da digestão proteica são aminoácidos, dipeptídeos e tripeptídeos. Todos podem ser absorvidos pelas células epiteliais intestinais. Note o especial contraste entre as proteínas e os carboidratos: os carboidratos só são absorvíveis na forma de monossacarídeos, enquanto as proteínas são absorvíveis em unidades maiores. Os l-aminoácidos são absorvidos por mecanismos análogos à absorção dos monossacarídeos (Fig. 8-30). Os aminoácidos são transportados do lúmen para o interior das células pelos cotransportadores Na + - -aminoácidos da membrana apical, energizados pelo gradiente de Na + . Existem quatro tipos distintos de cotransportadores: um para cada tipo de aminoácido: neutro, ácido, básico ou imino. Os aminoácidos são, então, transportados através da membrana basolateral para a corrente sanguínea, por difusão facilitada; de novo, por mecanismos distintos para os aminoácidos neutros, ácidos, básicos ou imino. A maior parte das proteínas é absorvida pelas células do epitélio intestinal nas formas de dipeptídeo e tripeptídeo, em vez de aminoácidos livres. Cotransportadores Na + -aminoácidos distintos, na membrana apical, transportam os dipeptídeos e tripeptídeos do lúmen intestinal para o interior da célula, utilizando o gradiente iônico de Na + , criado pelo trocador Na + -H+ na membrana apical (não mostrado na Figura 8- 30). Uma vez na célula, a maior parte dos dipeptídeos e tripeptídeos é hidrolisada a aminoácidos por peptidases citosólicas, produzindo aminoácidos que deixam a célula por difusão facilitada; os dipeptídeos e tripeptídeos remanescentes são absorvidos na forma inalterada. ➔ Digestão dos lipídios: A digestão dos lipídios da dieta se inicia no estômago, pela ação das lipases lingual e gástrica, e completada no intestino delgado, com as ações das enzimas pancreáticas lipase, da hidrolase dos ésteres do colesterol e da fosfolipase A2. PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL A função do estômago na digestão lipídica é misturar e homogeneizar, por agitação, os lipídios da dieta e iniciar a digestão enzimática. A ação de mistura mecânica rompe os lipídios em gotículas menores, aumentando a área de superfície para as enzimas digestivas. No estômago, as gotículas de lipídios são emulsificadas (mantidas separadas) pelas proteínas da dieta (os ácidos biliares, os agentes emulsificantes primários no intestino delgado, não estão presentes no conteúdo gástrico). As lipases lingual e gástricas iniciam a digestão hidrolisando, aproximadamente, 10% dos triglicéridos ingeridos a glicerol e ácidos graxos livres. Uma das mais importantes contribuições do estômago, na digestão (e absorção) geral dos lipídios, é que ele drena lentamente o quimo no intestino delgado, permitindo o tempo adequado para que as enzimas pancreáticas façam a digestão dos lipídios. A velocidade do esvaziamento gástrico, crítica para as etapas digestivas e absortivas subsequentes, é retardada pela CCK. A CCK é secretada logo que os lipídios chegam ao intestino delgado. A maior parte da digestão lipídica ocorre no intestino delgado, onde as condições são mais favoráveis que no estômago. Os sais biliares são secretados para o lúmen do intestino delgado. Esses sais, em associação com a lisolecitina e os produtos da digestão proteica, englobam e emulsificam os lipídios da dieta. A emulsificação produz pequenas gotículas de lipídios dispersas na solução aquosa do lúmen intestinal, criando grande área de superfície para a ação das enzimas pancreáticas. As enzimas pancreáticas (lipase pancreática, hidrolase dos ésteres de colesterol e fosfolipase A2 ) e proteína especial (colipase) são secretadas no intestino delgado para concluir o trabalho digestivo (Fig. 8-31). A lipase pancreática é secretada como enzima ativa. Hidrolisa moléculas de triglicerídeos a molécula de monoglicerídeo e duas moléculas de ácidos graxos. O problema em potencial, na ação da lipase pancreática, é que ela é inativada pelos sais biliares. Os sais biliares deslocam a lipase pancreática da interface água-lipídio das gotículas de gordura emulsificadas. Esse “problema” é resolvido pela colipase. A colipase é secretada, no suco pancreático, em forma inativa, procolipase, ativada no lúmen intestinal pela tripsina. A colipase, então, desloca os sais biliares da interface água-lipídio e liga-se à lipase pancreática. Com o deslocamento dos sais biliares inibitórios, a lipase pancreática pode continuar com suas funções digestivas. A hidrolase dos ésteres do colesterol é secretada como enzima ativa e hidrolisa os ésteres de colesterol a colesterol livre e ácidos graxos. Também hidrolisa as ligações esterificadas dos triglicéridos, formando glicerol. A fosfolipase A2 é secretada como proenzima e, como muitas outras enzimas pancreáticas, é ativada pela tripsina. A fosfolipase A2 hidrolisa os fosfolipídios em lisolecitina e ácidos graxos. Os produtos finais PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL da digestão de lipídios são monoglicerídeos, ácidos graxos, colesterol, lisolecitina e glicerol (da hidrólise das ligações éster dos triglicerídeos). Com exceção do glicerol, todos os produtos finais são hidrofóbicos e, logo, não são solúveis em água. Agora, os produtos digestivos hidrofóbicos devem ser solubilizados nas micelas e transportados para a membrana apical das células intestinais para absorção. ➔ Absorção dos Lipídios: 1. Os produtos da digestão lipídica (colesterol, monoglicerídeos, lisolecitina e ácidos graxos livres) são solubilizados, no lúmen intestinal, em micelas mistas, exceto o glicerol, que é hidrossolúvel. As micelas mistas são discos em forma cilíndrica, com diâmetro médio de 50 Å. Como discutido antes, o núcleo das micelas contém produtos da digestão lipídica, e o exterior é revestido por sais biliares, que são anfipáticos. A porção hidrofílica das moléculas de sais biliares se dissolve na solução aquosa do lúmen intestinal, solubilizando, assim, os lipídios do centro das micelas. 2. As micelas se difundem para a membrana apical (borda em escova) das células epiteliais intestinais. Na membrana apical, os lipídios são liberados das micelas e se difundem, seguindo seu gradiente de concentração para dentro da célula. No entanto, as micelas per se não penetram na célula, e os sais biliares são deixados para trás, no lúmen intestinal, para serem absorvidos mais abaixo no íleo. Como a maior parte dos lipídios ingeridos é absorvida no jejuno médio, o “trabalho” dos sais biliares estará completo muito antes de serem retornados ao fígado via circulação êntero-hepática. 3. Dentro das células epiteliais intestinais, os produtos da digestão de lipídios são reesterificados com os ácidos graxos livres, no retículo endoplasmático liso, para formar os lipídios originais ingeridos, triglicerídeos, ésteres de colesterol e fosfolipídios. 4. Nas células, os lipídios reesterificados são empacotados, com as apoproteínas, em partículas transportadoras de lipídios chamadas quilomícrons. Os quilomícrons, com diâmetro médio de 1.000 Å, são compostos por triglicerídeos e colesterol no centro e fosfolipídios e apoproteínas na face externa. Os fosfolipídios cobrem 80% da face externa da superfície dos quilomícrons, e os 20% restantes são cobertos por apoproteínas. As apoproteínas, sintetizadas pelas células epiteliais intestinais, são essenciais para a absorção dos quilomícrons. A falha na síntese da Apo B (ou βlipoproteína) resulta em abetalipoproteinemia, a condição em que a pessoa é incapaz de absorver os quilomícrons e, dessa forma, é, também, incapaz de absorveros lipídios da dieta. 5. Os quilomícrons são empacotados em vesículas secretórias no complexo de Golgi. As vesículas secretoras migram para as membranas basolaterais, onde ocorre a exocitose dos quilomícrons. Os quilomícrons são muito PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL grandes para penetrar nos capilares vasculares, mas eles podem entrar nos capilares linfáticos (lacteais) por se deslocarem entre as células endoteliais, que formam os lacteais. A circulação linfática transporta os quilomícrons para o ducto torácico, que deságua na corrente sanguínea. 2.Entender o peristaltismo e suas regulações (tipos e controle hormonal e nervoso): Motilidade é termo geral que se refere à contração e relaxamento das paredes e dos esfíncteres do trato gastrointestinal. A motilidade tritura, mistura e fragmenta o alimento ingerido, para prepará-lo para a digestão e a absorção e, então, o propele ao longo do trato gastrointestinal. Todos os tecidos contráteis do trato gastrointestinal são de músculo liso, exceto os da faringe, do terço superior do esôfago e do esfíncter anal externo, que são músculos estriados. A musculatura lisa do trato gastrointestinal é do tipo unidade simples, na qual as células são eletricamente acopladas por vias de baixa resistência chamadas junções comunicantes (gap junctions). As junções comunicantes permitem a rápida dispersão célula a célula de potenciais de ação, o que produz contração coordenada e uniforme. Os músculos circulares e longitudinais do trato gastrointestinal exercem funções diferentes. Quando o músculo circular se contrai, isso resulta no encurtamento de anel de musculatura lisa, o que reduz o diâmetro desse segmento. Quando o músculo longitudinal se contrai, isso resulta no encurtamento na direção longitudinal, o que diminui o comprimento desse segmento. Contrações da musculatura lisa gastrointestinal podem ser tanto fásicas quanto tônicas. As contrações fásicas são contrações periódicas, seguidas pelo relaxamento. As contrações fásicas são encontradas no esôfago, no antro gástrico e no intestino delgado, todos tecidos envolvidos na mistura e na propulsão. As contrações tônicas mantêm nível de contração constante, ou tônus, sem períodos regulares de relaxamento. Eles são encontrados na região mais oral PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL (superior) do estômago e nos esfíncteres esofágico inferior, ileocecal e anal interno. ➔ Motilidade Esofágica: A função da motilidade do esôfago é a de propelir o bolo alimentar da faringe para o estômago (Fig. 8-8). Existe sobreposição entre a fase esofágica da deglutição e a motilidade esofágica. A passagem do bolo alimentar pelo esôfago ocorre da seguinte forma: 1. O esfíncter esofágico superior se abre, mediado pelo reflexo de deglutição, permitindo que o bolo alimentar se mova da faringe para o esôfago. Uma vez que o bolo penetra no esôfago, o esfíncter esofágico superior se fecha, o que evita o refluxo para a faringe. 2. A contração peristáltica primária, também mediada pelo reflexo de deglutição, envolve uma série de contrações sequenciais (Fig. 8-9). Enquanto cada segmento do esôfago se contrai, ele cria área de alta pressão logo atrás do bolo, empurrando-o para baixo no esôfago. Cada contração sequencial empurra o bolo um pouco mais longe. Se a pessoa está sentada ou em pé, essa ação é, ainda, acelerada pela gravidade. 3. Quando a onda peristáltica e o bolo alimentar se aproximam do esfíncter esofágico inferior, este se abre. A abertura do esfíncter esofágico inferior é mediada por fibras peptidérgicas do nervo vago que liberam o VIP como neurotransmissor. O VIP promove o relaxamento da musculatura lisa do esfíncter esofágico inferior. Ao mesmo tempo em que o esfíncter esofágico inferior se relaxa, a região oral do estômago também se relaxa, fenômeno chamado de relaxamento receptivo. Este relaxamento reduz a pressão na região oral do estômago e facilita o movimento do bolo para o seu interior. Logo que o bolo penetra no estômago oral, o esfíncter esofágico inferior se contrai, retornando a seu elevado tônus de repouso. Nesse tônus de repouso, a pressão no esfíncter é maior que a pressão no esôfago ou no estômago oral. 4. Se a contração peristáltica primária não remover completamente a comida do interior do esôfago, a contração peristáltica secundária, mediada pelo sistema nervoso entérico, esvazia o esôfago de qualquer conteúdo alimentar remanescente. A contração peristáltica secundária se inicia no ponto de distensão e se dirige para baixo. ➔ Motilidade Gástrica: Existem três componentes da motilidade gástrica: (1) relaxamento da região oral do estômago para receber o bolo alimentar vindo do esôfago; (2) contrações que reduzem o tamanho do bolo e o misturam com as secreções gástricas que iniciam a digestão; e (3) esvaziamento gástrico que propele o quimo para o intestino delgado. A intensidade da transferência do quimo é regulada por hormônios para garantir tempo adequado para a digestão e absorção dos nutrientes no intestino delgado. Mistura e digestão: A região caudal do estômago tem a parede muscular grossa e produz as contrações necessárias para misturar e digerir a comida. Essas contrações quebram a comida em pedaços menores e os mistura com a secreção gástrica para iniciar o processo digestivo. As ondas de contração se iniciam, no meio do corpo do estômago, e se movem, distalmente, ao longo do estômago PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL caudal. Essas são contrações vigorosas que aumentam de intensidade ao se aproximarem do piloro. As contrações misturam o conteúdo gástrico e, periodicamente, propelem parte do conteúdo pelo piloro para o interior do duodeno. Muito do quimo não é, no entanto, injetado imediatamente no duodeno, porque a onda de contração também fecha o piloro. Dessa forma, a maior parte do conteúdo gástrico é propelida de volta ao estômago para misturas adicionais e maior redução do tamanho das partículas, processo chamado de retropropulsão. A frequência das ondas lentas no estômago caudal varia entre três e cinco por minuto. Relembre que as ondas lentas trazem o potencial de membrana para o limiar, de modo que os potenciais de ação possam ocorrer. Devido à frequência das ondas lentas determinarem a frequência máxima dos potenciais de ação e das contrações, o estômago caudal se contrai por três a cinco vezes por minuto. Embora as aferências neurais e a ação hormonal não influenciem a frequência das ondas lentas, elas, efetivamente, influenciam a frequência dos potenciais de ação e a força da contração. A estimulação parassimpática e os hormônios gastrina e motilina aumentam a frequência dos potenciais de ação e a força das contrações gástricas. A estimulação simpática e os hormônios secretina e GIP reduzem a frequência dos potenciais de ação e a força das contrações. Durante o jejum, ocorrem contrações gástricas periódicas, chamadas complexos mioelétricos migratórios, mediados pela motilina. Essas contrações ocorrem a intervalos de 90 minutos e funcionam removendo do estômago qualquer resíduo remanescente da alimentação anterior. ➔ Motilidade do Intestino Delgado: As funções do intestino delgado são a digestão e a absorção de nutrientes. Nesse contexto, a motilidade do intestino delgado serve para misturar o quimo com as enzimas digestivas e com as secreções pancreáticas, expor os nutrientes à mucosa intestinal para sua absorção, e propelir o quimo não absorvido, ao longo do intestino delgado, em direção ao intestino grosso. No intestino delgado, como acontece com outras musculaturas lisas gastrointestinais, a frequência das ondas lentas determina a frequência com que os potenciais de ação e as contrações ocorrem. Ondas lentas são mais frequentes no duodeno (12 ondas por minuto) do que no estômago. No íleo, a frequência das ondas lentas diminui ligeiramente para nove ondas por minuto. Como no estômago, as contrações (chamadas complexos mioelétricos migratórios) ocorrem a cada 90 minutos, para limpar o intestinodelgado de quimo residual. Existe inervação tanto parassimpática quanto simpática no intestino delgado. A inervação parassimpática é pelo nervo vago, e a simpática por fibras que se originam nos gânglios celíaco e mesentérico superior. A estimulação parassimpática aumenta a contração da musculatura lisa intestinal, e a atividade simpática reduz a contração. Embora muitos dos nervos parassimpáticos sejam colinérgicos (i.e., eles liberam ACh), alguns deles liberam outros neurócrinos (i.e., são peptidérgicos). Os neurócrinos, liberados pelos neurônios parassimpáticos peptidérgicos, no intestino delgado, incluem o VIP, as encefalinas e a motilina. Existem dois padrões de contração no intestino delgado: PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL contrações de segmentação e contrações peristálticas. Cada padrão é coordenado pelo sistema nervoso entérico. ➔ Motilidade do Intestino Grosso: O que não foi absorvido no intestino delgado penetra no intestino grosso. O conteúdo do intestino grosso, chamado fezes, é destinado à excreção. Depois que o conteúdo do intestino delgado passa pelo ceco e colo proximal, o esfíncter ileocecal se contrai, evitando o refluxo para o íleo. O material fecal, então, se move do ceco pelos colos (i.e., colos ascendente, transverso, descendente e sigmoide) para o reto, e daí para o canal anal. 3.Conhecer os mecanismos de débito gástrico: Esvaziamento Gástrico: Após a refeição, o estômago contém cerca de 1,5 L, composto por sólidos, líquidos e secreções gástricas. O esvaziamento dos conteúdos gástricos para o duodeno leva cerca de 3 horas. A intensidade (ou velocidade) do esvaziamento gástrico deve ser precisamente regulada para prover o tempo adequado para a neutralização do H+ gástrico, no duodeno, e o tempo para a digestão e para a absorção dos nutrientes. Os líquidos se esvaziam mais rapidamente que os sólidos, e os componentes isotônicos se esvaziam mais rapidamente que os componentes hipotônicos ou hipertônicos. Para entrar no duodeno, os sólidos devem ser reduzidos a partículas de 1 mm3 ou menos; a retropropulsão no estômago continua até que as partículas sólidas de alimento sejam reduzidas ao tamanho adequado. Dois fatores principais retardam ou inibem o esvaziamento gástrico (i.e., causam aumento do tempo de esvaziamento): a presença de gordura e de íons H+ (baixo pH) no duodeno. O efeito da gordura é mediado pela CCK, que é secretada quando ácidos graxos chegam ao duodeno. Por sua vez, a CCK retarda o esvaziamento gástrico, garantindo que os conteúdos gástricos sejam entregues lentamente ao duodeno, e provendo tempo adequado para que as gorduras sejam digeridas e absorvidas. O efeito do H+ é mediado por reflexos ao sistema nervoso entérico. Os receptores de H+ , na mucosa do duodeno, detectam o baixo pH dos conteúdos intestinais e retransmitem essa informação ao músculo liso gástrico, via interneurônios, no plexo mioentérico. Esse reflexo também assegura que os conteúdos gástricos sejam entregues lentamente ao duodeno, dando tempo para a neutralização do H+ pelo HCO3 − pancreático, como é necessário para a função ótima das enzimas pancreáticas. PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL 4.Explicar a estimulação sensorial na digestão: 5.Abordar como o trato digestório interfere no equilíbrio hidroeletrolítico O trato gastrointestinal absorve grande quantidade de líquido e eletrólitos. Juntos, os intestinos delgado e grosso absorvem, aproximadamente, 9 L de líquido por dia, quantidade quase igual ao volume de todo o líquido extracelular! Qual é a fonte deste grande volume de líquido que é absorvido? A Figura 8-33 mostra que existe pouco mais que 9 L de líquido no lúmen do trato gastrointestinal, que é o volume de líquido na dieta (2 L), somado ao volume combinado das secreções salivar, gástrica, pancreática, biliar e intestinal (7 L). Desses 9 L, a maior parte é absorvida pelas células epiteliais do intestino delgado e colo. O pequeno volume remanescente, que não é absorvido (100 a 200 mL), é excretado nas fezes. Claramente, distúrbio dos mecanismos absortivos pode levar à perda excessiva de líquido do trato gastrointestinal (diarreia). O potencial da perda corporal de água e de eletrólitos totais na diarreia é enorme. O intestino delgado e o colo não apenas absorvem grande quantidade de eletrólitos (Na + , Cl − , HCO3 − e K+ ) e água, mas as células epiteliais que circundam as criptas do intestino delgado também secretam líquido e eletrólitos. Essa secreção adicional contribui para o volume já presente no lúmen intestinal, que, então, deve ser absorvido. Os mecanismos para absorção de líquido e de eletrólitos, no intestino, envolvem vias celulares e paracelulares. A permeabilidade das junções ocludentes (junções fechadas) entre as células epiteliais determina se os líquidos e os eletrólitos vão se mover pela via paracelular ou pela via celular. As junções ocludentes, no intestino delgado, são “vazadoras” (têm baixa resistência) e permitem significativo movimento paracelular, enquanto as junções ocludentes no colo são “rígidas” (têm alta resistência) e não permitem o movimento paracelular. ➔ Absorção Intestinal: As células epiteliais intestinais que revestem as vilosidades absorvem grandes volumes de líquido. A primeira etapa, nesse processo, é a absorção do soluto, seguido pela absorção de água. O fluido absorvido é sempre isosmótico, significando que a PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL absorção do soluto e da água ocorre proporcionalmente entre si. O mecanismo da absorção isosmótica é similar ao do túbulo renal proximal. Os mecanismos de absorção de soluto variam ao longo do jejuno, do íleo e do colo. ➔ Secreção Intestinal: As células epiteliais que revestem as criptas intestinais secretam líquido e eletrólitos (comparados às células que revestem as vilosidades, que absorvem líquido e eletrólitos). O mecanismo de secreção de eletrólitos pelas células das criptas é mostrado na Figura 8-36. A membrana apical contém canais de Cl − . Além de ter a Na + - K+ ATPase, a membrana basolateral também tem cotransportador Na + -K+ -2Cl − , similar ao encontrado no ramo ascendente espesso da alça de Henle. Esse cotransportador de três íons, traz Na + , Cl − e K+ do sangue para o interior das células. O Cl − se move para o interior das células, pelo cotransportador Na + -K+ -2Cl − e, então, se difunde para o lúmen, pelos canais de Cl − na membrana apical. O Na + segue passivamente a secreção de Cl − , movendo-se por entre as células. Por fim, a água é secretada no lúmen, acompanhando a secreção de NaCl. 6.Diferenciar as dietas enteral e parenteral: Nutrição Enteral Uma das vias para se ofertar estes nutrientes é a enteral. Nela, a dieta é infundida por meio de cateter (sonda), que pode ser inserido através do nariz ou da boca. Estas são as formas mais comuns de posicionamento destes cateteres. Em outras situações estes cateteres são posicionados por meio de cirurgia. Os exemplos mais comuns são a gastrostomia e a jejunostomia. A nutrição enteral é indicada quando há alguma dificuldade para se deglutir (disfagia), quando o paciente não consegue atingir as suas necessidades nutricionais através da ingestão oral ou então em caso de tumores localizados no pescoço ou na cavidade oral. A dieta enteral é uma solução completa, composta por proteínas, lipídeos e carboidratos, associados a micronutrientes. Os nutrientes podem ser oferecidos de forma intacta, que é a chamada dieta polimérica, ou então em sua forma mais elementar, que é a dieta oligomérica. A dieta enteral pode ser individualizada conforme a comorbidade. Há PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL formulações para pacientes diabéticos, com insuficiência renal, com feridas. Os nutrientes podem ser oferecidos de forma isolada, que é o que chamamos de módulos. Exemplos comumente utilizados são os módulos de proteínas, carboidratos, fibras e lipídeos. Nutrição Parenteral A outra via de alimentação é a parenteral.Nela, os nutrientes, que estão em sua forma mais elementar (aminoácidos, triglicérides de cadeia média e longa e glicose), são infundidos através das veias. Normalmente, os três macronutrientes são infundidos, no entanto, em algumas situações, dois destes macronutrientes são associados nesta solução. Indica-se a via parenteral quando não há nenhuma possibilidade de uso do trato digestivo (obstruções ou fístulas) ou quando não se consegue atingir a necessidade nutricional deste paciente somente com o uso da enteral. A dieta parenteral pode ser administrada por vasos periféricos. Paciente que irão utilizar dieta parenteral por curto período, tem esta via indicada. Quando há uma previsão de maior que sete dias, a administração da dieta parenteral através de vasos mais calibrosos é indicada. Geralmente a parenteral tem uma indicação mais temporária, até que o trato digestivo recupere seu pleno funcionamento. A principais complicações da dieta parenteral são hiperglicemias, alterações nos triglicerídeos, esteatohepatite e infecções de cateteres. 7.Citar os tipos de bariátrica, seus benefícios e complicações. (requisitos, tipos, consequências, sindrome de dupimg): A recomendação para uma cirurgia bariátrica é apenas para pessoas obesas com Índice de Massa Corporal (IMC) de pelo menos 40 ou 35, mas com graves problemas médicos, como diabetes, hipertensão arterial, intolerância à glicose, diabetes, hiperlipidemia (níveis elevados de lipídeos e/ou lipoproteínas no sangue) e apneia obstrutiva do sono. Existem casos de cirurgia para pessoas com IMC de 30 a 35 com problemas corporais significativos nos joelhos e pernas, que tenham duas doenças graves diagnosticadas (comorbidades) por médicos da área que justifiquem a realização da cirurgia e que tenham um atestado de PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL impossibilidade de tratar clinicamente a obesidade fornecido por um endocrinologista. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), existem ainda as restrições aplicadas para determinadas faixas etárias. Para menores de 16 anos, a indicação é unânime somente para casos de síndrome genética. Em outras situações, é recomendado que os riscos sejam avaliados pela equipe médica multidisciplinar, que os pais ou responsáveis autorizem o procedimento e que acompanhem a recuperação do adolescente. Para as pessoas entre 16 e 18 anos, a intervenção cirúrgica é realizada por meio de indicação e concordância entre os pais e responsáveis pelo paciente e a equipe médica multidisciplinar. Entre 18 e 65 anos não existem restrições quanto a cirurgia. Já para as pessoas maiores de 65 anos, é necessário que seja feita uma avaliação pela equipe médica multidisciplinar, que leve em consideração o risco trazido pela cirurgia, a presença de comorbidade, a expectativa de vida e os benefícios que o emagrecimento possa trazer à vida do idoso. Tipos de cirurgia bariátrica A cirurgia bariátrica com Banda Gástrica Ajustável é considerada a mais simples. A diminuição do estômago é criada usando uma borracha de silicone, que pode ser ajustada através da adição ou remoção de uma solução salina através da pele. Esta operação pode ser realizada por laparoscopia. A perda de peso é predominantemente devido à restrição da ingestão de nutrientes. Essa cirurgia representa 5% dentre os tipos de cirurgia bariátrica realizadas no Brasil e também pode ser utilizada no tratamento contra a diabetes. Outro procedimento cirúrgico é chamado de Gastrectomia Vertical, em que o estômago é transformado em uma espécie de tubo que tem a capacidade de 80 a 100 ml. A operação é considerada nova, tendo começado a ser praticada nos anos 2000 e ajuda também a controlar a hipertensão, o colesterol e os triglicerídeos. Depois deste procedimento, temos o Bypass Gástrico, que promove o grampeamento de parte do estômago, causando assim a redução do espaço para ao alimento, e o desvio do intestino inicial, que aumenta a taxa dos hormônios que dão a sensação de saciedade e diminuem a fome. Esse é o tipo de cirurgia mais comum no Brasil, que corresponde a 75% das operações bariátricas realizadas por aqui. Por último, de todos os tipos de cirurgia bariátrica, a que leva a maior PROBLEMA 3 UC5 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/AL porcentagem de perda de peso, mas que também é mais complexa, é a cirurgia com Derivação Bileopancreática, pois o desvio do intestino é maior se comparado com a cirurgia anterior. Nesse caso é retirado 85% do estômago, sendo mantida sua anatomia básica e a fisiologia de esvaziamento. A duração da cirurgia varia de acordo com sua complexidade e de paciente para paciente. O IMC influencia diretamente no tempo de cirurgia, assim como possíveis outros problemas que ele possa ter por conta da obesidade. É mais raro, mas pode ser que a cirurgia traga algumas complicações como infecções, entupimento de vasos sanguíneos, separações de suturas, obstrução intestinal, fístulas, hérnia no local cortado para a operação, pneumonia e infecções internas. Há ainda a possibilidade do surgimento de sintomas gastrointestinais após a alimentação. A recomendação para aqueles que têm predisposição a esses problemas é reduzir o consumo de carboidratos, evitar beber ao mesmo tempo em que come e se alimentar com maior frequência durante o dia, ingerindo pequenas quantidades de alimentos. SÍNDROME DE DUMPING: Ocasionada pela passagem rápida do estômago para o intestino, de alimentos com grandes concentrações de gordura e/ou açúcares, em pacientes submetidos a cirurgias gástricas, como a bariátrica e metabólica, como resultado da alteração anatômica do estômago. SINTOMAS: cefaléia, taquicardia, sudorese, náuseas, fraqueza e diarréia. Estes sinais podem ser precoces (de 30 a 60 minutos após a refeição) ou tardios (de 1 a 3 horas após a refeição). TRATRAMENTO: Modificações dos hábitos alimentares: Evitar o consumo de açúcar, doces e alimentos gordurosos; fracionar a alimentação em aproximadamente 6 refeições por dia em menores volumes; não ingerir líquidos durante as refeições (consumir até 1 hora antes e 1 hora após); aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras; e mastigar bem. É também aconselhável associar alimentos fontes de proteína no consumo dos carboidratos (torrada com queijo branco), para lentificar o tempo de digestão dos mesmos. Pela mesma razão, a suplementação de módulos de fibras pode auxiliar em alguns casos.
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