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PREVENÇÃO E COMBATE AO INCÊNDIO – PARTE II GESTÃO DA SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Jean Carlos Padilha* Professor *Formação acadêmica: Tecnólogo em Química Ambiental, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Especialista em Gestão Ambiental com ênfase em Perícias e Auditorias Ambientais, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, Mestre em Ciência do Solo (Qualidade e Sustentabilidade Ambiental) ▪ Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – o INMETRO, garantindo essa exigência pela exposição, nos aparelhos, de identificação de conformidade de órgãos de certificação credenciados pelo INMETRO ▪ Os extintores são utilizados apenas quando há o início do incêndio, porém, para serem utilizados na hora certa são necessárias várias medidas para que ele funcione da forma como esperamos Aspectos Gerais ▪ Mesmo os estabelecimentos dotados de chuveiros automáticos, ou sistemas de hidrantes deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir ▪ Há quatro tipos de extintores portáteis: os de espuma, os de Dióxido de Carbono, os químicos secos ou também chamados de PQS e os de água pressurizada, ou água-gás Aspectos Gerais ▪ São usados nos fogos de Classe A e B. ▪ Recordando, os da classe A são materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos. São exemplos destes materiais: tecidos, madeira, papel, fibras. E os da classe B, os materiais inflamáveis, aqueles produtos que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos, tais como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc. Extintores de Espuma ▪ São aqueles usados, preferencialmente, nos fogos das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de Classe A em seu início ▪ Fogos da Classe C, quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como computadores, motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc. Extintores de Dióxido de Carbono (CO2) ▪ São aqueles usados nos fogos das Classes B e C. As unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo PQS, porém o pó químico será especial para cada material ▪ Exemplos da classe D são os elementos pirofóricos (ou seja, geradores de fogo), como o sódio ou o magnésio metálico. Jamais poderemos utilizar água neste tipo de incêndio pois alguns elementos químicos reagem violentamente com a água gerando ou aumentando o incêndio ▪ O uso do PQS abafa o incêndio, ou seja, reduz o nível de oxigênio que poderia causar o incêndio Extintores Químico Seco ou PQS ▪ São usados em fogos Classe A. ▪ Possuem capacidade variável entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros e jamais deve ser utilizado em incêndios Classe C (materiais energizados eletricamente) ▪ Há outros tipos de extintores portáteis, mas só são admitidos com a prévia autorização da autoridade competente em matéria de segurança do trabalho ou do Corpo de Bombeiros Extintores de Água Pressurizada ou Água - Gás ▪ Existe outro método de abafamento seguindo a mesma lógica dos extintores, como o método de abafamento por meio de areia, mas esse só pode ser usado como variante nos fogos das Classes B, D e K ▪ O método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido pode ser usado como variante nos fogos Classe D (elementos pirofóricos), ainda assim desde que se tenha conhecimento sobre o combustível que está sendo queimado Extinção por Abafamento ▪ Todo extintor deve ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção. Esta inspeção deverá ser realizada mensalmente ▪ Cada extintor deverá ser inspecionado examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos ▪ Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados semestralmente. Se a perda de peso for além de 10 (dez) por cento do peso original, deverá ser providenciada a sua recarga Inspeção de Extintores ▪ O extintor tipo "Espuma" deverá ser recarregado anualmente ▪ As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com normas técnicas oficiais vigentes no País e em empreendimentos devidamente reconhecidos pelo INMETRO Inspeção de Extintores ▪ Os extintores deverão ser colocados em locais: a) de fácil visualização b) de fácil acesso c) e onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso ▪ Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas ▪ Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro) Localização de Extintores ▪ Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) acima do piso ▪ Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas ▪ Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a qualquer ponto do empreendimento ▪ Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais Localização de Extintores ▪ São sistemas feitos com mangueiras fixas, parecidas com as existentes em postos de gasolina, conectadas aos esguichos. Os mangotinhos possuem diâmetro menor que as mangueiras e, também, a vazão menor que os hidrantes Mangotinhos ▪ Da mesma maneira que com os extintores, a atenção da empresa deve ser redobrada no que diz respeito a instalação e manutenção das mangueiras e fluxo d’água para os hidrantes ▪ Os pontos de tomada de água devem ser posicionados: ✓ Nas proximidades das portas externas, escadas e /ou acesso principal a ser protegido a não mais de 5,0m ✓ Em posições centrais nas áreas protegidas ✓ Fora das escadas ou antecâmaras de fumaça ✓ De 1,0 m a 1,5 m de altura do piso Hidrantes ✓ No caso de projetos utilizando hidrantes externos, poderão ser utilizados até 60,0 m de mangueira de incêndio (preferencialmente em lances de 15,0 m cada), desde que devidamente dimensionados por cálculo hidráulico ▪ Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto de área a ser protegida seja alcançada por no mínimo dois esguichos considerando-se o comprimento da(s) mangueiras (s) de incêndio por meio de seu trajeto real e o alcance mínimo do jato de água igual a 10,0m devendo ter contato visual sem barreiras físicas a qualquer parte do ambiente, após adentrar pelo menos 1,0 m em qualquer compartimento Hidrantes ▪ Todos os sistemas fixos devem ser dotados de dispositivo de recalque, que consiste de um prolongamento, de mesmo diâmetro da tubulação principal, com engates compatíveis com os usados pelo Corpo de Bombeiros ▪ Trata-se de um ponto de apoio para que, se acabar a água do empreendimento durante uma tarefa de combate a incêndio, este dispositivo possibilite ao Corpo de Bombeiros alimentar a rede através de caminhão próprio, conectado a este dispositivo de recalque introduzindo, assim, água à rede de hidrantes Dispositivos ou Hidrantes de Recalque ▪ O dispositivo de recalque deve ser do tipo coluna onde houver impossibilidade técnica de o dispositivo ser do tipo passeio (sob o chão). O dispositivo de recalque deve ser instalado na fachada principal da edificação, ou no muro da divisa com a rua, com introdução voltada para a rua e para baixo em um ângulo de 45° e a uma altura entre 0,60 m e 1,50 em relação ao piso do passeio da propriedade ▪ A localização do dispositivo de recalque sempre deve permitir aproximação da viatura apropriada para o recalque da água, a partir do logradouro público, para o livre acesso dos bombeiros. O dispositivo de recalque deve ser instalado dentrode um abrigo embutido no muro Dispositivos ou Hidrantes de Recalque ▪ Na impossibilidade técnica, o dispositivo de recalque pode estar situado no passeio público e deve possuir as seguintes características: ✓ Ser enterrado em caixa de alvenaria com fundo permeável ou dreno ✓ A tampa deve ser articulada e o requadro em ferro fundido ou material similar, identificada pela palavra HIDRANTE, com dimensões de 0,40 m x 0,60m, identificada na cor vermelha ✓ Estar afastada a no mínimo 0,50m da guia do passeio e no máximo a 5,0m Dispositivos ou Hidrantes de Recalque ▪ O abrigo pode ser construído em alvenaria ou materiais metálicos, em fibra ou vidro laminado, ou de outro material a critério do projetista, desde que atendam os demais itens especificados, podendo ser pintados em qualquer cor, desde sinalizados de acordo com as Normas específicas do Corpo de Bombeiros ▪ O abrigo das mangueiras pode ter portas confeccionadas em material transparente (vidro temperado de 10mm). Deve possuir apoio ou fixação própria, independente da tubulação que abastece o hidrante ou mangotinho Abrigos de Hidrantes ▪ O abrigo deve ser dotado de abertura para ventilação, e o fechamento da porta pode ser através de trinco ou fechadura, sendo obrigatório que uma das chaves permaneça junto ao abrigo, dentro de uma caixa apropriada com viseira de material transparente e facilmente violável ▪ O abrigo deve ter dimensões para acondicionar, com facilidade, as mangueiras e respectivos acessórios, permitindo rápido acesso e utilização de todo conteúdo em caso de incêndio Abrigos de Hidrantes ▪ As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas dentro dos abrigos em ziguezague ou aduchadas, sendo que as mangueiras de incêndio semirrígidas podem ser acondicionadas enroladas, com ou sem o uso de carretéis ▪ O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um ponto de hidrante ou mangotinho deve ser suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos que existam. Para sistemas de hidrantes, deve-se, preferencialmente, utilizar lances de mangueiras de 15,0m Abrigos de Hidrantes ▪ São dispositivos confeccionados em latão e utilizados para lançamentos de água através de mangueiras (são os dispositivos de pontas das mangueiras) sendo reguláveis, possibilitando a emissão do jato compacto ou neblinado ▪ Cada esguicho deve ser adequado aos valores de pressão, vazão de água e de alcance de jato, para proporcionar o seu perfeito funcionamento, conforme dados do fabricante Esguichos ▪ As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em tonalidade e altura, de todos os outros dispositivos acústicos existentes no estabelecimento ▪ O tipo de sirene (intermitente ou contínua) deve ser explicado aos usuários dos ambientes, possibilitando a estes saber, quando do acionamento de cada tipo, se a sirene orienta para atenção, reunião de brigadistas, ou para saída emergencial dos ambientes Alarmes ▪ Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas comuns dos acessos dos pavimentos ▪ Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no interior de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável. Esta caixa deverá conter a inscrição "Quebrar em Caso de Emergência” Botoeiras
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