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LEGISLAÇÃO NA ÁREA DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL AS NORMAS REGULAMENTADORAS – PARTE VI GESTÃO DA SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Jean Carlos Padilha* Professor *Formação acadêmica: Tecnólogo em Química Ambiental, Engenheiro Agrônomo, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Especialista em Gestão Ambiental com ênfase em Perícias e Auditorias Ambientais, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, Mestre em Ciência do Solo (Qualidade e Sustentabilidade Ambiental) ▪ É fundamentada no inciso III do artigo 200 e dos artigos 293 a 301 da CLT ▪ Disciplina os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento da atividade de mineração com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores NR 22 – Trabalho em Mineração ▪ Aplica-se a áreas de minerações subterrâneas, minerações a céu aberto, garimpos, beneficiamentos minerais e pesquisa mineral ▪ Empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira cabe elaborar e implementar o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO (conforme NR 07) e o Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR NR 22 – Trabalho em Mineração ▪ Riscos físicos, químicos e biológicos ▪ Atmosferas explosivas ▪ Deficiências de oxigênio ▪ Ventilação ▪ Proteção respiratória, de acordo com a Instrução Normativa n.º 1, de 11/04/94, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho ▪ Investigação e análise de acidentes do trabalho ▪ Ergonomia e organização do trabalho ▪ Riscos decorrentes do trabalho em altura, em profundidade e em espaços confinados NR 22 – PGR – Conteúdo Mínimo ▪ Riscos decorrentes da utilização de energia elétrica, máquinas, equipamentos, veículos e trabalhos manuais ▪ Equipamentos de proteção individual de uso obrigatório, observando-se no mínimo o constante na NR 06 ▪ Estabilidade do maciço ▪ Plano de Emergência e outros resultantes de modificações e introduções de novas tecnologias NR 22 – PGR – Conteúdo Mínimo ▪ Responsabilidades da Empresa e do Permissionário de Lavra Garimpeira ▪ Responsabilidades dos Trabalhadores ▪ Direitos dos Trabalhadores ▪ Organização dos Locais de Trabalho ▪ Circulação Transporte de Pessoas e Materiais NR 22 – PGR – Itens Importantes ▪ Transportadores Contínuos através de Correias ▪ Superfícies de Trabalho ▪ Escadas ▪ Máquinas, Equipamentos, Ferramentas e Instalações ▪ Equipamentos de Guindar ▪ Cabos, Correntes e Polias NR 22 – PGR – Itens Importantes ▪ Tem por base o inciso IV do artigo 200 da CLT e obriga que todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis ▪ Esta atribuição atualmente é definida pelos estados e municípios, em especial pelas especificações técnicas do Corpo de Bombeiros ou legislações correlatas NR 23 – Proteção contra Incêndios ▪ O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre: a) a utilização dos equipamentos de combate ao incêndio b) os procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança; e c) os dispositivos de alarme existentes ▪ Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência NR 23 – Proteção contra Incêndios ▪ As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho ▪ Normatiza também sobre a aberturas e saídas e vias de passagem por meio de placas ou sinais luminosos, além dos tipos e quantidades de extintores portáteis e recomendações gerais sobre sistemas fixos, como os hidrantes NR 23 – Proteção contra Incêndios ▪ Tem por fundamentação o inciso VII do artigo 200 da CLT ▪ Trata de aspectos como: instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos, condições de assepsia e higiene dos ambientes, conforto por ocasião das refeições, disponibilidade de água (potável ou não), bem como: coleta, acondicionamento e armazenamento adequado de resíduos gerados ▪ Além dos itens estabelecidos nesta NR, as condições adequadas dos ambientes também são avaliadas pelas Vigilâncias Sanitárias municipais locais NR 24 – Condições Sanitárias e Conforto ▪ Está amparada no inciso VII do artigo 200 da CLT ▪ Trata sobre o gerenciamento de resíduos, principalmente “aqueles provenientes dos processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras, substâncias lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como demais efluentes líquidos e emissões gasosas contaminantes atmosféricos” NR 25 – Gerenciamento de Resíduos ▪ Aborda Resíduos Industriais definindo-os, bem como determinando que os trabalhadores envolvidos em atividades de coleta, manipulação, acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e disposição de resíduos devem ser capacitados pela empresa, de forma continuada, sobre os riscos envolvidos e as medidas de controle e eliminação adequadas NR 25 – Gerenciamento de Resíduos ▪ Estabelece procedimentos para o encaminhamento correto aos resíduos provenientes dos processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras, substâncias lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como demais efluentes líquidos e emissões gasosas contaminantes atmosféricos ▪ Apesar de voltada aos resíduos industriais, a base normativa pode ser utilizada para resíduos gerados em outras atividades, como comerciais e serviços NR 25 – Gerenciamento de Resíduos ▪ Os empreendimentos industriais (industriais ou não) deverão também observar o disposto na Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, bem como o Decreto Federal nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, além de legislações estaduais, municipais e Normas Técnicas que atuam sobre o tema NR 25 – Gerenciamento de Resíduos ▪ Tem por base o inciso VIII do artigo 200 da CLT ▪ Fixa as cores a serem utilizadas nos locais de trabalho objetivando: ▪ Identificar os equipamentos de segurança ▪ Delimitar áreas ▪ Identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases; e ▪ Advertir trabalhadores e pessoas que circulam nas áreas de trabalho em relação aos riscos existentes nos locais NR 26 – Sinalização de Segurança ▪ Esta NR define também que a utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes, bem como o uso dessas cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador ▪ As cores comumente utilizadas na Segurança do Trabalho são: o vermelho, o amarelo, o branco, o preto, o azul, o verde, o laranja, a púrpura, o lilás, o cinza, o alumínio e o marrom ▪ O detalhamento do uso destas cores está estabelecido em Normas Técnicas específicas, editadas pela ABNT NR 26 – Sinalização de Segurança ▪ Esta NR estabelecia sobre o registro profissional do Técnico de Segurança do Trabalho, porém essa Norma Regulamentadora foi revogada pela Portaria n.º 262, de 29 de maio de 2008, tendo em vista a existência da Lei Federal nº 7.410, de 27 de novembro de 1985, além da NR 04, que também tratam sobre este tema ▪ Apesar ter sido revogada, a Portaria n.º 262, de 29 de maio de 2008 explicita que o exercício da profissão do Técnico de Segurança do Trabalho depende de prévio registro no Ministériodo Trabalho e Emprego, efetivado através de solicitação às Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego NR 27 – Registro Profissional do TST ▪ Está baseada no artigo 201 da CLT, alterada pelo artigo 2º da Lei 7855/89 e pelo artigo 1º da Lei 8383/1991 ▪ Dá procedimentos a serem adotados pela fiscalização a ser realizada por parte dos agentes representantes do Ministério do Trabalho e Emprego quando do estabelecimento de prazos, correção de problemas técnicos e a aplicação de multas por infrações ao descumprimento das Normas Regulamentadoras NR 28 – Fiscalização e Penalidades ▪ As infrações aos preceitos legais e/ou regulamentos sobre segurança e saúde do trabalhador têm as penalidades aplicadas conforme o disposto no quadro de gradação de multas, obedecendo às infrações previstas no quadro de classificação das infrações, ambas estabelecidas na NR ▪ Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, as penalidades podem ser agravadas NR 28 – Fiscalização e Penalidades ▪ Há penalidades ao descumprimento de vários itens para todas as NR´s existentes ▪ O não atendimento a uma NR pode ocasionar a penalidade em vários itens gerando-se acumulação dos valores a serem pagos por parte do Empregador NR 28 – Fiscalização e Penalidades ▪ É uma norma temática por segmento de trabalho e está fundamentada através da Medida Provisória nº 1575-6/1997, no artigo 200 da CLT e na Convenção OIT nº 152 promulgada pelo Decreto 99.534/1980 ▪ Regula a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, os primeiros socorros a acidentados e as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários, aplicando-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado NR 29 – Trabalho Portuário ▪ Tem como objetivo a proteção e a regulamentação das condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários ▪ Aplica-se aos trabalhadores das embarcações comerciais, de bandeira nacional, bem como às de bandeiras estrangeiras, no limite do disposto na Convenção da OIT n.º 147 - Normas Mínimas para Marinha Mercante, utilizadas no transporte de mercadorias ou de passageiros, inclusive naquelas embarcações utilizadas na prestação de serviços NR 30 – Trabalho Aquaviário ▪ Aplica-se também aos trabalhadores das embarcações artesanais, comerciais e industriais de pesca, das embarcações e plataformas destinadas à exploração e produção de petróleo, das embarcações específicas para a realização do trabalho submerso e de embarcações e plataformas destinadas a outras atividades ▪ Independentemente desta NR, as regulamentações de Saúde e Segurança do Trabalho Aquaviário deve seguir das demais NR´s e legislações ou acordos que tratem sobre o tema NR 30 – Trabalho Aquaviário ▪ Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura ▪ É oriunda das Normas Regulamentadoras Rurais (NRR´s) ▪ Tem grande importância e aplicabilidade devido ao papel do Agronegócio em nosso país e tem, por objetivo, estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho NR 31 – Trabalho Rural ▪ Estabelece responsabilidades à SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho), ao Empregador rural ou assemelhados (como cooperativas de produção ou parceiros rurais) e aos Trabalhadores ▪ Principais pontos estabelecidos: ▪ Os direitos dos trabalhadores ▪ A obrigatoriedade de criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalhado Rural (CIPATR) ▪ A necessidade em se ter, nas áreas de trabalho, materiais para atendimento a primeiros socorros NR 31 – Trabalho Rural ▪ A adoção de EPI´s compatíveis com as atividades a serem desempenhadas bem como treinamentos específicos quanto ao uso ▪ O uso de vestimentas adequadas pelos trabalhadores ▪ O uso de ferramentas manuais ▪ O transporte de trabalhadores e cargas NR 31 – Trabalho Rural
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