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Lesão Celular Reversíveis Irreversíveis Acúmulos Intracelulares Degeneração Turva e Vacuolar Esteatose (degeneração gordurosa) Lipidose (aterosclerose) Degeneração Hialina Adaptações Celulares Hipertrofia Atrofia Hiperplasia Metaplasia Calcificações Patológicas Calcificação Distrófica Calcificação Metastática Concreções Pigmentos Patológicos Carvão Metais Pesados Melanina Lipofuscina Hemossiderina Bilirrubina Necrose Necrose de Coagulação Necrose de Liquefação Necrose Caseosa Necrose Gordurosa Necrose Gangrenosa Patologia NP1 Consequências na Membrana Celular Consequências na Mitocôndria Consequências nos Ribossomos Consequências no Núcleo Consequências nos Lisossomos 4 sistemas intracelulares são altamente vulneráveis: 1.Membrana celular 2. Mitocôndria 3. Ribossomos 4. Núcleo Lesão Celular Patologista é o profissional que reconhecer, interpreta e entende as lesões e as doenças, procurando estabelecer o diagnóstico morfológico e etiológico provável e o prognóstico. 4 fatores devem ser considerados no desenvolvimento da lesão celular: Adaptações Celulares Hipertrofia Aumento do tamanho das células. Alteração reversível. Pode decorrer de motivações fisiológicas: hormonais (lactação, gestação) e trabalho (aptidão racial, exercício). Ou por motivações patológicas: compensatória (suprir necessidade de outro órgão), adaptativa, genética e hormonal (uso de contraceptivo injetável). Mecanismo: Ativação de vias metabólicas que induzem a síntese proteica. Hiperplasia Aumento do número de células (proliferação). Pode ser fisiológica: hormonal (puberdade, gravidez) ou compensatória (regeneração). Ou patológica: hormonal excessiva , regenerativa (cicatrizes) e outras causas (prolapso). Mecanismo: Ação de agentes que estimulam a proliferação celular de células estáveis: hormônios peptídicos, hormônios esteróides ,ação viral. Atrofia Diminuição do tamanho das células. Pode ser fisiológica: involução natural, estímulo hormonal insuficiente, senilidade (envelhecimento). Ou patológica: desuso (insuficiência funcional, fraturas), desnervação (neurotrópica, cinomose), carência nutricional, isquemia da região, atrofia hormonal (uso de anabolizantes). Mecanismo: aumento da degradação das proteínas celulares. Metaplasia Um tipo celular é substituído por outro. Alteração reversível. Nos fumantes, a substituição do epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado da mucosa brônquica por epitélio estratificado escamoso. Mecanismo: é resultado de uma reprogramação de células-tronco: nova via de diferenciação, sinais gerados por citocinas, fatores de crescimento e componentes da matriz extracelular, genes específicos do tecido estão envolvidos. Tipos de Acúmulos 1.Acúmulo de água e eletrólitos: Degeneração turva (albuminosa, parenquimatosa, tumefação) e Degeneração hidrópica, vacuolar, balonosa, edema celular). É a primeira manifestação de quase todas as formas de dano celular. Definida como incapacidade da célula de manter o equilíbrio iônico e a homeostasia de fluidos, em função de falha nas bombas dependentes de energia das membranas celulares. É um processo reversível, não letal, sem consequências funcionais. Acúmulos Intracelulares Substância endógena normal Água, lipídeos, proteínas e carboidratos. Produção aumentada, em metabolismo inadequado. Gasto insuficiente ou excreção deficiente. Substâncias endógenas anormais Defeito adquirido ou genético na síntese e no metabolismo, no dobramento e no empacotamento, no transporte e na secreção Acúmulo de produtos de síntese ou metabolismo anômalo envolvendo os glicídeos, os lipídeos e as proteínas. 2.Acúmulos de Lipídios: Esteatose= Degeneração gordurosa, Acúmulo de triglicerídeos no LIC. Principal ocorrência Fígado, Coração, Rins, Pâncreas, Músculos. O órgão se apresenta aumentado de volume, com consistência mole e coloração amarelada. Consequências: Cistos gordurosos (hepatócitos repletos de gordura podem se romper e formar verdadeiros lagos de gordura, com reações inflamatórias), Embolia gordurosa (ruptura dos cistos gordurosos na circulação), Insuficiência hepática na forma difusa. 3. Acúmulo de proteínas: Degeneração hialina= Excesso de produção de proteínas normais e por defeitos no dobramento das proteínas ou reabsorção pelo epitélio tubular renal. Lipidose= acúmulo de colesterol e fosfolipídios no LEC. Decorre de alimentação inadequada, excesso de peso, sedentarismo, endocrinopatias, tumores, idade. Ateroma é o depósito de colesterol, em placas amareladas, amolecidas, e na túnica íntima. Aterosclerose são cristais rombóides, com proliferação do tecido, colagenização da íntima e calcificação destes depósitos de colesterol. Amiloidose= depósito extracelular de um material eosinofílico, amorfo de características protéico-fibrilar Degeneração Mucoide: hiperprodução de mucina. Atinge trato respiratório e digestório, assim como neoplasias glandulares. Células com núcleo deslocado para a periferia e em anel de sinete. Acúmulo de Glicogênio= sua causa básica é a deficiência de enzimas que atuam no processo de sua degradação. Doença metabólica induzida por fármacos (ex: corticosteróides). Melanina: Melanose= Melanina ectópica congênita. Ocorre migração errática dos melanoblastos, com deposição congênita excessiva de melanina em tecidos que normalmente não são pigmentados. É rara. Melanismo= mutação genética que provoca a produção excessiva, concentrada e considerável da melanina. É comum. Melanoderma e Melanotriquia= é hereditária. alteração de cor na região da tireóide, gônadas e adrenais. Vitiligo= diminuição ou ausência de melanócitos. É herança genética e decorre de fatores ambientais como estresse, exposição solar excessiva e a pesticidas. Melanoma= neoplasia decorrente da proliferação maligna dos melanócitos. Carvão - Antracose: Deposição de carvão, pela migração de macrófagos, principalmente nos pulmões, linfonodos regionais e outros órgãos. Pigmentos Patológicos Pigmentos exogênos Carvão Metais Pesados Pigmentos endógenos Melanina Lipofuscina Hemossiderina Bilirrubina Metais Pesados - Tatuagem: o pigmento é depositado na derme e com ajuda de fibroblastos e da proteína colágeno, ficam fixados permanentemente como uma cicatriz. Albinismo= distúrbio congênito caracterizado pela ausência total ou parcial de melanina na pele, olhos e pêlos. Leucotriquia - Acromotricose= senilidade, radioatividade, deficiência de cobre, deficiência de ácido pantotênico, cortisona, anticoncepcionais, cetoconazol e procainamida. Lipofuscina: pigmento de tom alaranjado que compõe a membrana celular. Pode decorrer do envelhecimento, câncer terminal, desnutrição crônica. Intracelular ou Extracelular. Hemossiderose: Acúmulos de hemossiderina que é o pigmento de cor marrom constituído por Ferro+++. Icterícia pré-hepática - Hemolítica= hemólise bilirrubina não conjugada; fezes e urina coradas. Decorrente de Babesia, Anaplasma, Erlichia, L. icterohaemorrhagiae, Toxinas e venenos: ricina, saponina, ofídicos, Agentes químicos, Isoimunização materno-fetal, Hemorragias maciças. Icterícia hepática - Tóxica= doenças hepáticas bilirrubina conjugada e não conjugada. Decorre de inflamação, Leptospirose, Hepatite contagiosa dos cães, agentes químicos: P, CCl4, As, Pb, Cu, intoxicação por Senecio. Icterícia pós-hepática - Obstrutiva: doenças extrahepáticas; bilirrubina conjugada, encontrando-se os órgãos e tecidos corados mas não as fezes. Decorre de Bloqueio dos canalículos biliares por aumento de volume dos hepatócitos; Obstrução dos ductos biliares e vias biliares extra-hepáticas: parasitos; Compressão dos ductos biliares: cirrose; nódulos parasitários; Colangites, neoplasias, granulomas, abscessos, litíase,duodenites. Bilirrubina: pigmento de cor amarelada, é um produto da degradação da hemoglobina. Seu acúmulo é chamado de Colestase. Endógenas:Calculose - Litíase: Calcificação em estruturas tubulares diferentes de vasos sanguíneos. Colélitos= cálculos biliares, formados por colesterol, pigmentos, carbonatos e fosfatos de cálcio. Urólitos= cálculos renais. Enterólitos= cálculos intestinais. Cíbalo/Fecálito/Fecaloma= material fecal dessecado, endurecido, consequência de constipação crônica. Não deve ser confundido com os verdadeiros enterólitos, que são mais raros. Sialólitos= cálculos em região submandibular. Pancreólitos= cálculos no pâncreas. Odontólito= cálculo dentário. Exógenas: Bezoários: Pilobenzoários= massas leves, lisas ou hirsutas, formadas pelo enovelamento dos pêlos ingeridos e misturados à massa alimentar. Cor marrom escura, esverdeada ou preta. Odor nauseante pela fermentação, decomposição e putrefação de alimentos e restos orgânicos entremeados aos pêlos. Fitoconcreções= massas mais pesadas e mais leves que os enterólitos. Forma esferoidal, aspecto aveludado, cor esverdeada, preta ou marrom com saliências e depressões cerebriformes. Consistência mole, se apertadas liberam suco digestivo, depois de secas ficam esponjosas, friáveis, esfarelam após serem retiradas e secas ao ar. Calcificações Patológicos Calcificação Distrófica É mais frequente e ocorre de maneira localizada no organismo. Decorre de � lesões avançadas, áreas de necrose e ateromas. É irreversível. Calcificação Metastática É mais rara e mais disseminada no organismo. É reversível. Deposição de sais de cálcio em tecidos moles: aorta, rins, tendões, coração e ligamentos. Hipercalcemia por: hiperparatireoidismo (remoção de Ca dos ossos), hipervitaminose D, dieta excessivamente rica em Ca e P, plantas tóxicas calcinogênicas. Concreções Necrose de Coagulação: Ocorre nos tecidos com isquemias, arterial ou venosa; exposição ao frio extremo ou a altas temperaturas; radiação; ação de produtos químicos tóxicos, etc. Os tecidos com necrose de coagulação evoluem para necrose liquefativa pela ação de enzimas lisossomais das próprias células (autólise) e as liberadas pelas células inflamatórias (heterólise). Não ocorre no cérebro. O tecido apresenta área esbranquiçada, tumefeita e quase sempre, a região necrosada é circundada por um halo avermelhado. As células se encontram com núcleo em cariólise e citoplasma com aspecto de substância coagulada. Presença de células-fantasma. Necroses Características Macroscópicas �Perda da cor, palidez ou escurecimento do tecido. Perda da resistência à medida que o tecido amolece Zona de demarcação bem definida entre os tecidos necrótico e vivo � Padrão da lesão Características Microscópicas Desnaturação protéica e a progressiva ação enzimática degradativa nas células com lesão irreversível (autólise e heterólise). Apresentam tumefação, ou degeneração hidrópica. Concreções Necrose de Liquefação: Ocorre em todos os tecidos. Ocorre digestão enzimática das células mortas, pela liberação de grande quantidade de enzimas lisossomais. Progressivo amolecimento dos tecidos com consequente perda da arquitetura do órgão, presença de pus. e glicerol, pela quebra das ligações éster entre o glicerol e os ácidos graxos. Os ácidos graxos com os seus grupos carboxila ionizados negativamente, unem- se a cátions metálicos, formando moléculas de sabão (reação de saponificação). Ocorre no pâncreas, nas mamas e no tecido adiposo. Ocorre digestão da gordura por ação de enzimas líticas: “pingos de vela” = pontos esbranquiçados, opacos, sólidos. Focos de adipócitos necrosados de contornos sombreados, com depósitos basofílicos de cálcio, cercados por reação inflamatória. Necrose Gordurosa: Acomete o tecido adiposo, sendo fruto da ação de enzimas, especialmente na pancreatite aguda, cuja reação inflamatória lesa os ácinos liberando lipases, que digerem o tecido adiposo regional. Os ácidos graxos liberados podem combinar-se com cálcio gerando sabões, processo conhecido como saponificação. Esta deve-se à ação das triacilglicerol-lipases sobre os triacilgliceróis, liberando-se ácidos graxos Necrose de Caseosa: Surge secundariamente nos granulomas, mostrando-se os mesmos com centro amorfo acidófilo, com restos nucleares basofílicos. Ocorre usualmente por infecção por Mycobacterium tuberculosis, Linfadenite caseosa ovina (Corynebacterium pseudotuberculosis). Macroscopicamente mostra-se como massa branca, semelhante à massa de queijo. Apresenta destruição completa das células e arcabouço tissular, produzindo espaços vazios. Caracterizado pela perda dos contornos celulares. Necrose Gangrenosa: Evolução da necrose, resultante da ação de agentes externos sobre o tecido necrosado. NECROSE + PUTREFAÇÃO Gangrena Seca= desidratação do tecido necrosado; processo lento e gradual, possibilitando a drenagem e evaporação de líquidos teciduais, na medida que a isquemia vai se agravando; mumificação: tecido seco e endurecido; coloração negra: alteração Hb; geralmente é bem delimitado. Gangrena Úmida= grande proliferação de saprófitas; odor fétido; coloração escurecida; pode haver bolhas de gás; produção de grande quantidade de toxinas, com toxemia grave= sapremia, que se não tratada rapidamente por exérese da área gangrenada pode ser fatal. Gangrena Gaseosa= causada por bactérias anaeróbicas produtoras de gases - clostrídios: H2 , CO2 , CH4 , NH3 , SH2 , de ácido butírico -de onde o odor característico de manteiga rançosa e de ácido acético. Enzimas proteolíticas produzidas degradam os tecidos tornando-os escuros, tumefeitos e crepitantes. Terminologias: Esfácelo: tecidos moles. Sequestro: tecido ósseo. Cárie: tecido mineralizado. Caverna: órgãos parenquimatosos. Malácia: tecido nervoso. Erosão: tecido cutâneo e mucoso - superficial. Úlcera: tecido cutâneo e mucoso - profunda.
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