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1. Pitoresco; a marca da passagem, demonstrado na ruina dos edifícios. John Ruskin vive em meados do século 19, na Inglaterra, durante o período intensivo da revolução industrial, observando as transformações econômicas ocorrendo no país. Dentro desse contexto, Ruskin torna-se excêntrico tradicionalista e crítico do processo de industrialização na Inglaterra, uma vez que presencia a destruição dos campos para a aberturas de grandes fábricas, devido a substituição dos trabalhos manuais as produções em série. Nesse cenário que John Ruskin associa-se ao designer William Morris, sendo então os teóricos e idealizadores do movimento ‘Arts and Crafts’, com a ideia de valorizar as artes aplicadas; a marcenaria, a tecelagem, o trabalho com o vidro que outrora havia sido arruinado com a revolução industrial. Para John, a arquitetura do século 19 perdeu sua proximidade com os materiais, a sua relação com os bens, o artesão e seu processo de fabricação, concluindo ainda que a arquitetura desse período estava em trevas e para que fosse resgatada, necessitaria de algumas lâmpadas. Com isso, Ruskin escreve um livro nomeado por “As sete lâmpadas da arquitetura” (publicado em 1849), como uma crítica à arquitetura que se encontrava em ruinas e precisava ser ‘iluminada pelas lâmpadas’ do sacrifício, verdade, poder, beleza, vida, obediência e pela lâmpada da memória. Restauração é a mais total destruição que um edifício pode sofrer, pois representa a destruição do monumento acompanhada de sua falsa descrição. John Ruskin, reflete ainda que é impossível restaurar uma obra que já tenha sido grandiosa, uma vez que não há como voltar atrás no tempo, não consegue recuperar o espirito do artífice morto 1 – Despedaçar a obra antiga 2 – Erguer uma imitação ordinária e vulgar Ruskin comenta ainda que a gloria do monumento é demonstrada pela sua idade, concebendo assim um aspecto pitoresco. I - Cuide bem de seus monumentos e não precisará restaurá-los: conservação. 2 - Não temos o direito de tocar os edifícios, eles não são nossos. Os objetivos textuais são dissemelhantes. Viollet- Le-Duc destacava em seu verbete a instrumentalização dos restauradores da época, para que saibam como intervir nos monumentos, sendo assim um propositivo. Enquanto Ruskin é um crítico e teórico, a finalidade do seu livro era estabelecer normas para esta reflexão. Ambos ressaltam a importância da preservação, entendem que algo precisa ser realizado e que não se deve abandonar os monumentos históricos, mas deve-se reconhecer o valor deste. 1. Pitoresco; a marca da passagem, demonstrado na ruina dos edifícios. Os conceitos de restauração são distintos, devido as diferentes perspectivas, mas ambos defendem a utilização do edifício. Ambos pioneiros no método científico de intervenção da obra. Para Ruskin, o método de restauro ideal consiste em evitar a falsa descrição e a perda da matéria original, Opostamente, Viollet destaca em seu método que deve se colocar no lugar do arquiteto, fazendo assim o restauro mais verdadeiro da arquitetura em análise Um e outro comentam sobre a importância da idade do monumento e as marcas da passagem do tempo (manchas x adições). Os dois acordam na compreensão do caráter do edifício, para que as intervenções não sejam gratuitas e desprendidas de critérios, mas que seja pautada por uma clareza dos valores deles.
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