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Anamnese infantil, Exame físico do RN

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Resumo de Habilidades 
Médicas 
3ª ETAPA 
TURMA VII 
 
FAM – SP 
2019 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
1 
 
SUMÁRIO 
1. Anamnese Pediátrica RN...........................................2 
2. Amamentação...........................................................4 
3. Anamnese do Lactente..............................................6 
4. Exame Físico do RN...................................................7 
5. Exame Neurológico do RN........................................9 
6. Avaliação Neurológica de 1 a 7 anos ..................... 13 
7. Anamnese do Adolescente.....................................16 
8. Dificuldade de Aprendizado....................................18 
9. Espectro Autista......................................................23 
10. Exame Neurológico do Adolescente e do Adulto...25 
11. Anamnese do Idoso.................................................31 
12. Demências..............................................................33 
13. Terapia de Reidratação Oral – TRO.........................36 
14. Oxigenoterapia.......................................................49 
15. Insulinoterapia........................................................40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
2 
 
ANAMNESE DO RECÉM NASCIDO 
FAIXAS ETÁRIAS 
• Recém-nascido: 0-28 dias 
• Lactente: 29 dias- 2 anos 
• Pré-escolar: 2-7 anos 
• Escolar: 7-10 anos 
• Adolescência 
• Pubescência 
- Feminina:10-12 anos 
 - Masculina: 12-14 anos 
• Puberdade 
-Feminina:12-14 anos 
-Masculina: 14-16 anos 
• Pós-puberdade: 
-Feminina:14-18 anos 
-Masculina: 16-21 anos 
 
REALIZAÇÃO DA ANAMNESE 
 IDENTIFICAÇÃO 
• Nome: data: 
• Data de nascimento: 
• Sexo: cor: 
• Natural: procedência: 
• nome da mãe / idade / profissão 
• Nome do pai / idade / profissão 
• Irmãos: 
• Fonte da história e confiabilidade: 
• Estado civil: 
• Grau de escolaridade: 
− Pai 
− Mãe 
 
 MOTIVOS DA CONSULTA 
• Queixa e duração 
• História pregressa da doença atual 
 
 ANTECEDENTES NEONATAIS 
❖ Condições do nascimento 
• Recém-nascido a termo (RNT) 
37 sem – 41 sem 6/7 
• Recém-nascido prematuro (RNPT) 
<37 sem 
• Recém-nascido pós-termo 
>= 42 sem 
 
❖ Classificação 
• Adequado para idade gestacional (AIG) 
• Pequeno para idade gestacional (PIG) 
• Gigante para idade gestacional (GIG) 
 
❖ Peso no nascimento 
• AIG - 3.500 g 
• Baixo peso <2.500g 
• Muito baixo peso <1.500g 
• Extremo baixo peso <1.000g 
 
❖ Estatura em RNT: 49 cm 
❖ Perímetro cefálico em RNT: 34 – 35 cm 
❖ Perímetro torácico: 30,5 – 33 cm 
❖ Perímetro abdominal:30,5 – 33,5 cm 
 
APGAR: Primeiro minuto; Quinto Minuto; Décimo 
Minuto. 
 
 REVISÃO DOS SISTEMAS 
• Geral - alterações de peso, pele e mucosas, cor 
(icterícia neonatal), febre, sudorese; 
• Cabeça - cefaleia, deformidades; 
• Olhos - conjuntivite, acuidade, lacrimejamento; 
• Ouvidos - secreção, hipoacusia, otalgia; 
• Nariz - epistaxe, coriza, congestão; 
• Garganta - gengiva, rouquidão, dor; 
• Pescoço - dor, nódulos, cistos, torcicolo; 
• Cardíaco - dor, sopro, palpitação, taquicardia; 
• Respiratório - tosse, dor, expectoração, sibilos; 
• Digestivo - hábito intestinal, dor, icterícia; 
• Geniturinário - poliúria, padrão miccional, dor, cor, 
corrimentos, lesões; 
• Musculoesquelético - hérnias, fraquezas, dor, 
rigidez, deformidades; 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
3 
 
• Nervoso - humor, perda de consciência, paralisia, 
tremor, dormência. 
 
 HISTÓRIA VACINAL 
• Ao nascer: BCG e Hepatite B 
 
❖ TESTE DO PEZINHO 
Idade de 0 a 28 dias de vida; 
Detecta doenças como: 
− Fenilcetonúria; 
− Hipotireoidismo Congênito; 
− Hemoglobinopatias (anemia falciforme); 
− Fibrose Cística; 
− Deficiência de Biotinidase; 
− Hiperplasia Adrenal Congênita; 
❖ TESTE DA ORELHINHA; 
❖ REFLEXO VERMELHO (olhinho); 
❖ TESTE DO CORAÇÃO; 
❖ TESTE DO QUADRIL. 
 
 HISTÓRIA GESTACIONAL 
Pré-Natal 
• Início: 1º. Trimestre 
• Programa de humanização no Pré-natal e no 
nascimento; 
• Nº Mínimo de consultas: 6 
Problemas maternos durante a gestação 
• Hipertensão arterial 
Crônica: Pode geral o descolamento prematuro da 
placenta, sofrimento fetal, prematuridade, retardo 
crescimento intrauterino [...] 
Moléstia hipertensiva específica da gravidez: Asfixia 
perinatal / morbidade e mortalidade materna. 
 
• Diabetes mellitus – Macrossomia, retardo 
crescimento intrauterino (comprometimento 
vascular materno) prematuridade, malformações 
congênitas, hipoglicemia; 
− Prevenção: Controle do diabete durante gestação. 
 
• Infecções congênitas: Rubéola / sífilis / 
citomegalovírus / toxoplasmose / hepatites B e C / 
HIV / herpes simples II / varicela / HIV. 
 
• Incompatibilidade sanguínea 
− Incompatibilidade Rh: Mãe Rh negativo e RN 
positivo 
− Incompatibilidade Rh – Eritroblastose Fetal ou 
Doença Hemolítica do Recém-Nascido. 
 
• Hipotireoidismo: Prematuridade / baixo peso 
 
• Álcool 
− Síndrome Fetal Alcoólica; 
− Aborto / prematuridade; 
− Problemas de comportamento. 
 
• Tabagismo: Abortamento /prematuridade / baixo 
peso; 
 
• Cocaína: Abortamento / prematuridade / retardo 
crescimento intrauterino/ Síndrome de abstinência; 
 
• Idade materna: Síndrome de Down. 
 
 HISTÓRIA FAMILIAR 
• Doenças familiares: câncer, tuberculose, diabete, 
cardiopatia, epilepsia, consanguinidade, alergias 
(asma), doenças hereditárias. 
 
→ Medicamentos 
Recém-Nascido a Termo – AD-til 
Recém-Nascido Pós -Termo – Polivitamínico (Protovit), 
A D E K, Sulfato ferroso e Zinco. 
EM CASO DE MICROCEFALIA 
❖ Perímetro cefálico: 
<= 31,5 cm para meninas e 31,9 para meninos 
dentro da primeira semana de vida; 
→ Segundo a tabela da OMS: Tabela do Estudo 
Internacional de Crescimento Fetal e do RN 
Padrão (RNPT) -Intergrowth. 
• Ao nascer com 2 a 3 desvios padrões (DP) abaixo da 
média para idade gestacional e sexo: Microcefalia 
leve; 
• Mais de 3 desvios padrões (DP) abaixo da média 
para idade gestacional e sexo: Microcefalia grave. 
 
 
❖ Perímetro Torácico: 33 cm 
❖ Perímetro Abdominal: 35 cm 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
4 
 
AMAMENTAÇÃO 
VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO: 
• Vínculo, afeto, proteção e nutrição; 
• Intervenção mais sensível, econômica e eficaz; 
• Redução da morbidade e mortalidade infantil; 
• Impacto na promoção da saúde integral da dupla 
mãe/bebê; 
• Abordagem integral e humanizada. 
 
VANTAGENS DO LEITE MATERNO: 
• Biodisponibilidade; 
• Proteção contra infecções, doenças respiratórias, 
problemas no TGI; 
• Proteção contra doenças não infecciosas e alergias; 
• Obesidade, hipertensão, hipercolesteronemia e 
diabetes; 
• Melhor desenvolvimento da cavidade bucal; 
 
❖ Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, 
sem oferecer chá nem água; 
 
 
 PRODUÇÃO DO LEITE MATERNO 
• Produzido nos alvéolos - levado até seios lactíferos 
por rede de ductos; 
• Para cada lobo mamário, há um seio lactífero com 
uma saída independente no mamilo. 
 
 
• Controlada principalmente pelos hormônios 
ocitocina e prolactina; 
• Grande parte do leite de uma mamada é produzido 
enquanto a criança mama – estímulos da prolactina. 
 
 
 
 
 
 CARACTERÍSTICAS DO LEITE MATERNO 
• Principal proteína do leite materno: 
Lactoalbumina; 
(Principal proteína do leite de vaca: caseína – difícil 
digestão para a espécie humana). 
 
❖ COLOSTRO: Produzido entre o 1º e o 5º dia após o 
nascimento; 
• Coloração amarelo gema e espesso; 
• Rico em proteínas e anticorpos - verdadeira vacina; 
• Eficaz na proteção contra infecções; 
• Ação laxativa; 
• Facilita a eliminação do mecônio; 
• Previne icterícia. 
 
❖ LEITE DE TRANSIÇÃO: Produzido entre o 6º e 15º dia 
após o nascimento;• Rico em lipídios e lactose. 
 
❖ LEITE MADURO: Produzido a partir do 15º dia após 
o nascimento; 
• Rico em todos os nutrientes que a criança precisa 
para se desenvolver; 
• Rico em IgA secretória (principal Ac ); 
• Atua contra microrganismos presentes nas 
superfícies mucosas; 
• IgM e IgG; 
• Macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T; 
• Possui fatores imunológicos: 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
5 
 
- Lactoferrina; 
- Lisosima; 
- Fator bífido. 
• O leite maduro se subdivide em Leite anterior 
(Início da mamada) e Leite posterior (Final da 
mamada): 
− Leite anterior: Rico em proteínas, lactose, água 
e sais minerais; É o leite que hidrata o bebê. 
− Leite posterior: Maior índice de gordura; 
Saciedade, energia e ganho de peso. 
 
 INÍCIO DA AMAMENTAÇÃO 
• Primeiros dias após o parto. 
 
 NÚMERO DE MAMADAS POR DIA 
• Sem restrições de horários e de tempo de 
permanência na mama (amamentação em livre 
demanda); 
 
 PEGA CORRETA 
• Pescoço do bebê está ereto ou um pouco curvado 
para trás, sem estar distendido; 
• Boca está bem aberta; 
• Corpo da criança está voltado para o corpo da 
mãe; 
• Barriga do bebê está encostada na barriga da mãe; 
• Todo o corpo do bebê recebe sustentação; 
• Queixo toca a mama; 
• Lábio inferior está virado para fora; 
• Há mais aréola visível acima da boca do que 
abaixo; 
• Ao amamentar, a mãe não sente dor no mamilo; 
• A mãe deve escolher uma posição que a deixe 
confortável. 
 
 
 
 ALIMENTAÇÃO DA NUTRIZ 
• Ingestão de calorias e de líquidos além do habitual; 
• Consumo extra de 500 calorias por dia; 
 
 SINAIS DE ALEITAMENTO SUFICIENTE 
• Mama 8 vezes ou mais em 24 horas; 
• Quando acorda fica alerta; 
• Bom tônus muscular; 
• Urina clara / mais de 6 vezes em 24 horas; 
• Bom ganho de peso (25-30g/dia); 
• Evacua várias vezes ao dia; 
• Sensação de descida do leite. 
 
 MOTIVOS DE DIFICULDADE PARA AMAMENTAR 
• Ansiedade materna; 
• Depressão pós-parto; 
• Dor; 
• Stress; 
• Técnica inadequada; 
• Falta de orientação; 
• Falta de apoio; 
• Pressão excessiva. 
 
 RESTRIÇÕES AO ALEITAMENTO 
• Doenças da criança: 
- Fenilcetonúria; 
- Galactosemia; 
- Leucinose (síndrome do xarope de bordo); 
• Doenças infecciosas maternas: 
- HIV; 
- HTLV; 
• Drogas utilizadas pela mãe: 
- Quimioterápicos; 
- Uso de medicamentos incompatíveis com a 
amamentação; 
 
 INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA DA AMAMENTAÇÃO 
• Infecção herpética; 
• Varicela: 5 dias antes do parto a 2 dias após 
• Doença de Chagas (fase aguda); 
• Abscesso mamário (amamentação deve ser mantida 
na mama sadia); 
• Consumo de drogas de abuso. 
 
 SEM RESTRIÇÃO AO ALEITAMENTO 
• Tuberculose; 
• Hepatite B (Vacina e a administração de 
imunoglobulina específica (HBIG)) 
• Hepatite C (Prevenção de fissuras mamilares); 
• Dengue; 
• Consumo de cigarros; 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
6 
 
ANAMNESE DO LACTENTE 
 
❖ Lactente: 29 dias- 2 anos 
Pré-escolar: 2-7 anos 
Escolar: 7-10 anos 
❖ Toda criança até 6 anos deve possuir um Cartão 
da Criança 
• Identificação de um ou mais fatores de risco: 
 – Baixo peso ao nascer; 
– Idades maternas extremas; 
– Gemelaridade; 
– Intervalo inter-gestacional curto (inferior a dois 
anos); 
 – Criança indesejada; 
– Desmame precoce; 
– Mortalidade em < 5 anos; 
 – Condições inadequadas de moradia, baixa renda 
e desestruturação familiar; 
Nessas situações deve haver um acompanhamento especial. 
 CRESCIMENTO DO LACTENTE 
• Aumento do tamanho corporal 
 Fatores intrínsecos – potencial genético; 
Fatores extrínsecos – Alimentação, Infecções 
(imunização adequada, infecções repetidas), 
Desnutrição (vulnerabilidade a episódios infecciosos 
mais graves e de maior duração). 
• Altura final do indivíduo 
Interação carga genética fatores do meio ambiente e 
variabilidade genética. 
❖ Velocidade de crescimento pós-natal: Nos dois 
primeiros anos; 
❖ A partir dos 5 anos: De 5 a 6 cm/ano até o início 
do estirão da adolescência. 
 
REALIZAÇÃO DA ANAMNESE 
• Nome: 
• Data da consulta: 
• Data de nascimento: 
• Sexo: 
• Cor: 
• Natural: 
• Procedência: 
• Nome da mãe/ Idade/ Profissão: 
• Nome do pai/ Idade / Profissão: 
• Irmãos: 
• Fonte da história e confiabilidade: 
• Estado Civil: 
• Grau de escolaridade: Pai e Mãe 
 
 MOTIVOS DA CONSULTA 
• Queixa e duração 
• História pregressa da doença atual 
Queixas frequentes: “meu filho não come”, “meu 
filho fica muito doente”. 
 
 
 
 REVISÃO DOS SISTEMAS – Interrogatório sobre os 
diversos sistemas 
• Segmento cefálico; 
• Cardiopulmonar (cansaço às mamadas); 
• Trato gastrintestinal (regurgitação, vômitos); 
• Osteoarticular; 
• Trato genitourinário (presença de corrimento nas 
meninas; analisar o jato da urina dos meninos.) 
 
 ANTESCEDENTES PESSOAIS 
• Patologias; 
• Bronquiolite 
• Broncoespasmo / asma; 
• Convulsão febril; 
• OMA (Otite Média Aguda); 
• IVAS (Infecções das Vias Aéreas Superiores); 
• Amigdalites; 
• Internações. 
 
 HISTÓRIA VACINAL 
• Olhar o cartão da criança e avaliar se o calendário de 
vacinação está em dia. 
 
 ANTECEDENTES FAMILIARES 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
7 
 
• Consanguinidade; 
• Antecedentes alérgicos (asma/rinite/dermatite 
atópica/alergia a medicações); 
• Antecedentes cardíacos (hipertensão arterial/ IAM / 
Hipercolesteronemia); 
• Antecedentes endocrinológicos (diabetes mellittus/ 
hipotireoidismo); 
• Crise convulsiva; 
• Óbito precoce. 
 
 HISTÓRIA SOCIAL 
Avaliar: 
• A reciprocidade da mãe com o filho; 
• Se a criança se acalma no colo da mãe; 
• Se a criança olha para quando está sendo 
amamentada; 
• Convívio na escola, com os pais e irmãos; 
 - Questionar patologias maternas e possível 
depressão pós-parto (psicoses); 
 
 
ALIMENTAÇÃO 
 Até os 6 meses: Leite materno exclusivo em livre 
demanda (O LM contém tudo o que é necessário 
para o bebê, exceto vitamina A e D); 
- Não ofertar água nem chás; 
- Quando não for possível o aleitamento materno, 
ele deve ser substituído por uma fórmula infantil 
recomendada pelo médico. 
 A partir dos 6 meses: Leite materno em livre 
demanda + introdução de papa de frutas/legumes; 
(As papas auxiliam no reflexo lingual, no processo de 
deglutição, no desenvolvimento da dentição; 
 Ao completar 12 meses: Leite materno + papas + 
refeição básica da família. (O leite de vaca só pode 
ser introduzido a partir dos 12 meses). 
 Leite materno pode manter-se até os 2 anos ou 
mais. 
 
 
 
 A alimentação complementar da criança deve ser 
sem rigidez, respeitando a vontade da criança; 
 Alimentação vasta e colorida, vários alimentos ao 
dia; 
 Estimular o consumo de verduras, legumes e frutas; 
 Evitar sal e guloseimas nos primeiros anos de vida; 
 
ATIVIDADE FÍSICA NA INFÂNCIA 
 6 a 12 anos – todos atos motores são possíveis 
– Iniciar programação de atividades físicas sistemáticas, 
com horários determinados e uma rotina estabelecida; 
 – Escola + “escolinha de esportes”; 
 • exercícios variados sempre de forma coletiva; 
 10 anos – escolha de um esporte específico; 
 
EXAME FÍSICO DO RECÉM NASCIDO 
 
1) Apresentação adequada; 
2) Anamnese completa; 
3) Higienização adequada das mãos; 
4) Exame físico completo. 
 
 Materiais necessários para o exame: 
• Estetoscópio infantil; 
• Otoscópio; 
• Oftalmoscópio; 
• Balança calibrada; 
• Régua de medição (estadiômetro); 
• Fita métrica; 
• Espátula. 
 
REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO 
 
 Higienização mãos; 
 Ectoscopia ou somatoscopia: 
• É avaliação global do doente; 
• Dados gerais (independente da queixa do 
paciente); 
• A avaliação deve ser crânio-caudal. 
 
 Segmento cefálico (inspeção e palpação): 
1) Fácies 
2) Alterações fenotípicas (Síndrome de Down); 
3) Fontanelas 
- Tamanho; 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
8 
 
- Fontanela anterior(bregma); 
- Tensão. 
4) Crânio; 
5) Formato 
- Cranistenose; 
 
6) Abaulamento; 
7) Malformações; 
8) Olhos - Reflexo Vermelho, reflexo pupilar. 
9) Narinas; 
10) Pescoço; 
11) Orofaringe – inspeção e palpação; Língua (frênulo 
lingual); 
12) Fendas orofaciais; 
13) Orelhas – Posição, forma, tamanho; 
 Tórax: Frequência respiratória (40-60 rpm); Inspeção 
e ausculta. 
 
 Exame cardíaco: Palpação dos pulsos (ritmo, 
simetria e amplitude); Frequência cardíaca (120-
160 bpm); Avaliar se a presença de sopros. 
 
 Exame abdominal: 
Inspeção: 
– Globoso; 
– Coto umbilical; 
– Mamas; 
– Hérnias; 
– Diástese de reto abdominal; 
 Palpação: 
– Flácido; 
– Fígado; 
– Baço; 
– Massas; 
– Hidronefrose; 
 
 Antropometria: 
• Peso; Estatura; Perímetro cefálico; Perímetro 
torácico, Perímetro abdominal. 
• Peso: Deitado; Sem roupas; 
- Padrão: Ganhar 25-30 gramas/dia até 3 meses. 
• Estatura: Deitado; Corpo reto; Cabeça reta com 
apoio na parte superior da régua; Pés retos com 
apoio na parte inferior da régua. 
- Padrão: Ganhar 15 cm – 1°Semestre; 
10 cm – 2°Semestre; 
• Perímetro Cefálico: Proeminência occiptal e arco das 
sobrancelhas; 
• - Padrão: Ganhar 2cm/mês – 1,2 e 3 meses; 
1cm/mês – 4,5,6 meses; 
• Perímetro Torácico: Nível dos mamilos. 
• Perímetro Abdominal: Nível da cicatriz umbilical. 
 
 Genitália: 
Meninos: 
• Examinar os testículos - posição do orifício 
ureteral centrado na glande; 
• Examinar se os testículos estão em seu local 
correto (caso não estiver serão testículos 
ectópicos. Quando os testículos não descem 
pelo canal inguinal durante a gestação, e o 
bebê nasce com os testículos na região 
abdominal, terá um criptorquidismo.) 
 
Meninas: 
• Examinar o clitóris; 
• Observar se não há fusão de pequenos lábios; 
• Presença de secreção; 
• Genitália ambígua (genitália masculina + 
genitália feminina -> dificulta a identificação do 
sexo). 
 
 Sistema Osteoarticular: 
• Exame dos membros – simetria, articulação, 
movimentação; 
• Pé torto; 
• Artogripose – múltiplas contraturas articulares 
– congênita; 
 
 
- Identificar se é uma deformidade com relação 
genética ou por má posição. 
 
❖ Quadril: 
• Realizar o exame do quadril para identificar se 
há alguma luxação. 
• Manobra de Ortolani 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
9 
 
 
 
❖ Quadril: 
• Com o bebê em decúbito dorsal avaliar: 
tumorações, malformações, penugens, 
espinha bífida. 
 
❖ Extremidades: 
• Polidactilia; 
• Sindactilia (união entre dois ou mais dedos 
dos pés ou mãos.) 
 Pele: 
• Coloração: Rosácea; Avermelhada; 
• Descamação fisiológica – pés e mãos; 
• Miliária – erupções avermelhadas com bolhas 
(brotoeja); 
 
 
• Eritema tóxico recém-nascido - manchas 
avermelhadas dispersas pelo corpo do bebê; 
• Dermatite seborreica – doença inflamatória que 
gera a descamação do couro cabeludo. Pode 
acometer a face e áreas de dobras - como atrás da 
orelha, pescoço, axilas e até a região da virilha. 
• Lanugem; 
• Dermatite das fraldas; 
• Equimoses; 
• Icterícia – zonas de Kramer 
 
EXAME NEUROLÓGICO DO RECÉM NASCIDO E 
LACTENTE 
É fundamental pois se detectar alguma anomalia, 
poderá ser corrigida por conta da plasticidade neural do 
SNC. O tratamento possibilita um desenvolvimento 
“normal”. 
• Sempre questionar: 
- História familiar. 
- História da gestação, do parto e do período 
neonatal; 
- História médica pós-natal; 
- Contexto social e familiar; 
 Marcos do desenvolvimento. 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGIA 
❖ Atitude; 
❖ Tônus; 
❖ Reflexos primitivos; 
❖ Equilíbrio estático e dinâmico; 
❖ Coordenação apendicular (dos membros); 
❖ Funções cerebrais superiores. 
 
 
 
 DESENVOLVIMENTO NO 1º ANO DE VIDA 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
10 
 
• Estreita relação entre as funções que aparecem e 
desaparecem com a evolução estrutural do SNC 
(crânio-caudal); 
• Funções mais elementares vão paulatinamente 
sendo substituídas por funções hierarquicamente 
superiores. 
 
 
 REAÇÃO AUTOMÁTICA (DE SOBREVIVÊNCIA): 
 O recém-nato gira a cabeça para um lado a fim 
de liberar as vias aéreas, esta reação está 
presente desde o nascimento; ela pode faltar 
no bebê que apresenta outras anomalias 
neurológicas. 
 
 
 REFLEXO MAGNÉTICO: 
Em posição dorsal, com os quadris e os joelhos 
fletidos (posição simétrica da cabeça na linha 
media), os polegares do examinador são 
compridos sobre a sola do pé e lentamente 
retirados. O contato entre o dedo e a sola do 
pé mantém-se. as pernas estendem-se, o pé 
fica colado no dedo. 
 
 
 
 REFLEXO DE MARCHA 
Após pormos o lactente em posição ereta, se 
inclinarmos seu tronco para frente, ele iniciará 
movimentos alternantes que nos dará 
impressão de marcha. 
 
 
 REFLEXO DE TABELA 
Comprimindo a glabela, fecham-se os olhos. 
 
 
 REAÇÃO DE POSICIONAMENTO (PLACING – 
REACTION) 
Segura-se por baixo dos braços, com os pés 
abaixo da borda da escada levantando devagar 
a criança; tocando de leve no dorso do pé, 
puxa-se este para cima pela borda inferior da 
escada, com o que o pé sobe na escada. A 
mesma coisa pode-se provocar com o dorso da 
mão. Esta reação também se chama reação de 
subida, porque a criança dá a impressão de 
poder galgar a escada. 
 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 REAÇÃO DE GALLANT 
Resposta de flexão lateral do tronco diante a 
um estímulo com o dedo paralelamente à 
coluna vertebral desde a última costela até a 
crista ilíaca. A concavidade terá que estar 
voltada para o lado do estímulo. Este teste 
deve ser realizado bilateralmente com o 
lactante em prono ou em suspensão ventral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 REAÇÃO POSTURAL LABIRÍNTICA 
Observamos a posição da cabeça em relação ao 
corpo ao colocarmos a criança nas posições: 
supino (levanta a cabeça ao 6° mês), prono 
(mantém elevada aos 4 meses), quando puxada 
para sentar (aos 4 meses) e em suspensão 
ventral (alinha com 8 semanas). 
 
 REAÇÃO POSTURAL CERVICAL 
Com o lactante em supino, seguramos e viramos 
sua cabeça para um dos lados, ele responde 
acompanhando a cabeça com o tronco, virando-se 
para o lado. Esta reação desaparece aos 5 meses. 
 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
12 
 
 
 REFLEXO DE PREENSÃO PALMAR 
 
 REFLEXO DE MORO 
A estimulação mais utilizada é a queda da cabeça 
em extensão. “O examinador coloca a criança 
sabre um antebraço e apóia-lhe a cabeça com a 
outra mão. A mão que segura a cabeça move-se, 
então, para baixo; a cabeça da criança cai na mão 
aberta.” O lactente responde com elevação e 
abdução dos membros superiores junto a uma 
extensão dos dedos e em seguida os braços ficam 
fletidos e aduzidos, podendo ou não ser 
acompanhado por choro. Este reflexo desaparece 
no 5º mês. 
 
 
 
 REFLEXO DA PREESÃO PLANTAR 
 
 
 REFLEXO DE LANDAU 
O examinador, para testar esse reflexo precisa 
segurar o lactente firmemente em suspensão 
ventral. A partir dos 4 ou 5 meses de idade, o 
bebê normal reage à suspensão ventral com 
extensão de cabeça e tronco, por volta dos 6 a 8 
meses, ele estende também os membros 
inferiores. O examinador flete a cabeça do 
lactente; esta é seguida pela flexão de tronco e 
pernas Quando se solta a cabeça, os membros, 
a cabeça e o tronco costumam voltar à posição 
de extensão, este reflexo aparece ao 4° mês. 
 
 
 REFLEXO DE PÁRA-QUEDAS (DISPOSIÇÃO PARA 
SALTO) 
Segura-se a criança pela cintura com as duas 
mãos e aproxima-se a cabeça da plataforma com 
relativa rapidez. Antes da cabeça chegar à 
plataforma, os braços se estendem como se a 
criança fosse apoiar-se, este reflexo inicia aos 6 
meses com mais evidência aos 9 meses. 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
13 
 
 
REFLEXOS PRIMITIVOS 
 
• 0 MÊS: Postura fetal; 
• 1 MÊS: Levanta o queixo; 
• 2 MESES: Levanta o peito; 
• 3 MESES: Procurar– agarrar – deixar 
escapar; 
• 4 MESES: Senta-se com apoio; 
• 5 MESES: Senta-se no colo; 
• 6 MESES: Senta em cadeiras altas; Agarra 
objetos; 
• 7 MESES: Senta-se sozinho; 
• 8 MESES: Fica em pé com ajuda; 
• 9 MESES: Fica em pé apoiado na mobília; 
• 10 MESES: Engatinha; 
• 11 MESES: Anda guiado; 
• 12 MESES: Anda segurando nos móveis; Fica 
em pé sozinho. 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 1 – 7 ANOS 
• Atitude 
• Tônus 
• Reflexos primitivos 
• Equilíbrio estático e dinâmico 
• Coordenação 
• Funções cerebrais superiores 
ESCALAS DE AVALIAÇÃO DO DNPM 
 Teste de Denver (DDST – teste de triagem de 
desenvolvimento de Denver): 
• Avalia do nascimento aos 6 anos 
• TRIAGEM 
Não é teste de QI ou preditor para habilidades futuras 
Compara a criança com outras da mesma idade; 
1. Pessoal-social 
Aspectos da socialização da criança dentro e fora do 
ambiente familiar 
2. Motricidade fina-adaptativa 
3. Linguagem 
Produção de som, capacidade de reconhecer, entender 
e usar a linguagem 
4. Motricidade ampla. 
 Escala de Bayley III (2006): 
• Avalia 1 a 42 meses 
• Avaliam 5 domínios do desenvolvimento: 
1. Cognitivo 
2. Motor 
3. Linguístico 
4. Socioemocional 
5. Comportamento adaptativo 
 ENE (Exame Neurológico Específico): 
• Avalia de 3-7 anos 
• Dominância lateral, Tônus muscular e Reflexos 
profundos, Equilíbrio Estático, Equilíbrio 
Dinâmico, Coordenação Apendicular, 
Coordenação Tronco-Membros, Sincinesias, 
Atividade Sensitiva Sensorial e Persistência 
Motora 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
14 
 
1.Linguagem: Expressão, fala, escrita, gestual, 
compreensão 
2.Equilíbrio: Permanecer estático 
• Crianças menores: Sustento da cabeça, do tronco 
e membros inferiores; Manutenção da posição 
ortostática 
• Crianças maiores: Prova de Romberg; Manter-se 
em pé apoiado em um dos pés; Marcha; Corridas; 
Salto. 
3.Motricidade 
Voluntária: Crianças que não colaboram com o exame; 
Inspeção de movimentos voluntários espontâneos 
Passiva: tônus muscular 
Involuntária: observação; reflexos superficiais e 
profundos. 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
1. Motricidade grosseira 
2. Motricidade fina e adaptação 
3. Linguagem 
4. Contato social 
5. Audição 
6. Funções cerebrais superiores 
(audição/linguagem/gnosias = Conhecimento, noção 
e função de um objeto) 
7. Esfíncteres 
❖ 12 MESES: 
• Reflexos primitivos presentes 
Preensão plantar 
Cutâneo-plantar extensor em desaparecimento 
• Motricidade grosseira 
Fica sentada 
Fica em pé com apoio 
1ºs. Passos 
• Motricidade fina e adaptação 
Tira brinquedos da caixa e coloca no lugar 
Apanha brinquedos longe e larga 
Acha brinquedos escondidos 
Deixa cair pequenos objetos por abertura estreita 
Preensão em pinça 
Brinca com telefone e interessa-se por estímulos 
mais finos 
Coloca cubo em cima de outro 
Bate 2 cubos 
• Linguagem 
1 a 3 palavras 
Reage ao nome 
Imita sons 
• Contato social 
Entende quando repreendem ou elogiam 
Brinca de esconder 
Olha para o espelho 
Reconhece a si mesmo e outras pessoas 
Birra 
• Audição 
Vira-se em direção ao ruído 
Distingue qualidades 
Imitação de sons 
• Comportamento emocional 
Bom contato social 
Seleciona pessoas referenciais 
Curiosa 
Diverte-se com o que descobre 
 
❖ 15 MESES: 
• Motricidade grosseira 
Caminha livremente 
• Motricidade fina e adaptação 
Pega objetos 
Imita trabalho caseiro 
Pode executar pequenas tarefas 
Come sozinho com colher 
Despe 1ªs peças de roupa 
Rabisca 
Torre de 2 cubos 
• Linguagem 
Compreende “sim” e “não” 
Diz palavras com sentido 
Imita bem ruídos 
• Contato social 
Entende o q o adulto quer dele 
Compreendem se elogiam ou repreendem 
Articula desejos próprios (às vezes por meio de 
truques) 
Manifesta conforto e desconforto 
• Audição 
Boa capacidade de ouvir e localizar ruídos 
 
❖ 18 MESES: 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
15 
 
• Motricidade grosseira 
Posição em pé 
Marcha 
Pé plano-valgo com pernas em ligeira rotação 
interna 
Chuta bola 
Sobe escada com ajuda 
Reflexos primitivos desaparecem 
• Motricidade fina e adaptação 
Colabora atividades simples 
Despe peças de roupa 
Torre de 3 cubos 
Lembra onde estão certos objetos 
Brinca concentrada e fantasiosamente 
Serve-se com colher 
• Linguagem 
Fala em torno de 10 palavras 
Frase com 2 palavras 
Boa compreensão da linguagem falada 
Obedece ordens simples 
• Contato social 
Participa vida familiar 
Senta-se à mesa p comer 
Brinca com outra criança 
Defende seu espaço. 
 
❖ 2 ANOS: 
• Motricidade grosseira 
Permanece em pé com os pés juntos de olhos 
abertos “sem limite de tempo” 
Sobe e desce escada sem alternar os pés e com 
apoio 
• Motricidade fina e adaptação 
Chuta bola sob comando 
Constrói uma torre com 6 cubos 
• Linguagem 
Nomeia-se a si mesmo pelo pré- nome 
Capaz de dizer em torno de 50 palavras 
Construir frases de 3 palavras ou mais. 
❖ 3 ANOS: 
• Motricidade grosseira 
Sobe e desce escada com os dois pés no mesmo 
degrau sem apoio 
• Motricidade fina e adaptação 
 Constrói torres de 9 a 10 cubos 
Copia um traço vertical 
Faz prova dedo-nariz de olhos abertos 
2 Funções cerebrais superiores 
(audição/linguagem/gnosias) 
Localização da fonte sonora direta para trás 
Pode apresentar dislalias por supressão 
 Copia linha reta 
Desenvolvimento psicossocial 
Capaz de socialização 
Criança que não consegue brincar necessita 
avaliação específica 
 
❖ 4 ANOS: 
• Motricidade grosseira 
Permanece com pés juntos e olhos fechados por 
30 
Sobe e desce escada alternando os pés e sem 
apoio 
• Motricidade fina 
Prova dedo-nariz com olhos fechados 
Copia uma cruz 
• Funções cerebrais superiores 
(audição/linguagem/gnosias) 
Até 4 anos e 6 meses pode apresentar algumas 
reduções em encontros consonantais e 
dessonorizações 
Após fala corretamente: reconhece objetos familiares, 
denomina as cores preta e branca 
• Esfíncteres 
Controle vesical noturno em consolidação. 
 
❖ 5 ANOS: 
• Motricidade grosseira 
Pula com o pé dominante a distância 
• Motricidade fina e adaptação 
Copia círculo / quadrado 
Toca a extremidade dos dedos com o polegar 
• Funções cerebrais superiores 
Conhece e nomeia todas as cores 
• Esfíncteres 
Controle completo vesical e anal 
 
❖ 6 ANOS: 
• Motricidade grosseira 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
16 
 
Pula com o pé não dominante a distância 
• Motricidade fina 
Bate com o indicador na mesa e o pé no chão de 
um lado, alternando com o outro lado do corpo 
• Funções cerebrais superiores 
Noção de direita e esquerda 
Reconhece os dedos. 
 
❖ 7 ANOS: 
• Motricidade fina e adaptação 
Movimentos alternados e sucessivos com as 
mãos (diadococinesia) 
Copia um losango 
• Coordenação tronco-membros 
Passa do decúbito ventral à posição sentado, 
sem apoio 
• Funções cerebrais superiores 
 Conhece a direita e esquerda no examinador. 
 
DESENVOLVIMENTO PSICOSOCIAL 
A partir dos 10 meses 
– Explora mundo 
– Ambiente superprotetor: impede 
desenvolvimento do prazer e o interesse pelo 
conhecer 
 
16-24 meses 
– Consciência de sua separação em relação à mãe 
12-24 meses 
– Estabelecer limites 
24 meses 
– Lida com ausência da mãe (sabe que mãe sai 
mas volta) 
– Distingue dia da noite 
– Pode esperar 
– Fica tranquila 
– Brincar 
 Fundamental – expressa desejos, medos e fantasias – 
não sabe brincar com outras crianças (processo de 
desenvolvimento psíquico) 
36 meses 
– Capaz de socialização 
– Criança que não consegue brincar necessita 
avaliação específica. 
 
ANAMNESE DO ADOLESCENTE 
❖ Puberdade: Conjunto de transformações físicas que 
acontece dos 10-18 anos; 
• Desenvolvimento psicológico simultâneo; 
• Transformações físicas; 
• Menstruação; 
• Alterações SNC; 
• Impulsos; 
 
❖ Adolescência: Rápido crescimento físico e 
desenvolvimento; 
PERÍODOS 
❖ PubescênciaFeminina:10-12 anos 
 Masculina: 12-14 anos 
❖ Puberdade 
Feminina:12-14 anos 
 Masculina: 14-16 anos 
❖ Pós-puberdade 
 Feminina:14-18 anos 
 Masculina: 16-21 anos 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
17 
 
• Segunda fase de maior velocidade de crescimento, 
11 cm/ano; 
• Aumenta da necessidade de nutrientes; 
• Transformações: Físicas / psicológicas; 
• Crescente independência; 
• Alterações psicológicas; 
• Busca de autonomia; 
• Definição identidade; 
• Influência de amigos; 
• Demandas escolares; 
• Pressões; 
• Modificação de preferências alimentares; 
• Rebeldia contra padrões familiares. 
 
❖ Síndrome da Adolescência Normal 
• Comportamento contraditório; 
• Busca de si mesmo e da identidade adulta; 
• Invulnerabilidade; 
• Egocentrismo; 
• Espirito critico, questionadores; 
• Não ouvem os pais; 
• Impulsividade sexual; 
• Transtornos psiquiátricos; 
• Transtornos Alimentares: bulimia, anorexia; 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS NA CONSULTA DO 
ADOLESCENTE 
Ética; 
Confiança; 
Humanidade; 
Respeito; 
Reciprocidade. 
❖ SIGILO MÉDICO: PRINCÍPIOS ÉTICOS 
• Privacidade; 
• Confidencialidade 
– Informações discutidas não podem ser passadas aos 
responsáveis sem a permissão do adolescente; 
• Sigilo 
– Situações em que o profissional percebe que o 
adolescente não tem condições de arcar sozinho 
com sua saúde ou se conduz de forma a causar 
danos a si ou a outras pessoas, a quebra de sigilo é 
justificada (Gravidez, AIDS, percepção da ideia de 
suicídio ou homicídio, drogadição e recusa ao 
tratamento); O paciente deve ser informado da 
quebra de sigilo; (Artigo 103 do Código de Ética Médica; 
Capítulo II, art. 17 do ECA.) 
 
– Em todos os casos em que se caracteriza uma 
situação de violência contra o adolescente -> 
Notificar o Conselho Tutelar; (Arts. 5o e 13 do ECA). 
 
• Sigilo médico – relação médico e paciente 
adolescente 
Quanto ao dever de privacidade, confidencialidade e 
intimidade versus representação/assistência do menor 
– Artigo 74 do Código de Ética Médica 
É vedado ao médico: 
– Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a 
paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou 
representantes legais, desde que o menor tenha 
capacidade de discernimento, salvo quando a não 
revelação possa acarretar dano ao paciente. 
 
 
REALIZAÇÃO DA ANAMNESE 
 
 IDENTIFICAÇÃO; 
 
 MOTIVO DA CONSULTA 
• Queixa e duração 
• História pregressa da doença atual 
 
 ANTECEDENTES PESSOAIS 
• Patologias 
– Asma 
– Amigalites 
– Internações 
 
 REVISÃO DOS SISTEMAS 
• Segmento cutâneo: Acne; 
• Segmento cefálico: Cefaleia (tensional / 
enxaqueca); 
• Cardiopulmonar: Síncope (reflexo vagal); 
• TGI: Gastrite/ Constipação intestinal; 
• Osteoarticular: Escoliose / alterações de postura; 
• Psicológico / psiquiátrico: Depressão/ Transtornos 
bipolares; 
 
 ANTECEDENTES FAMILIARES 
• Consanguinidade; 
• Antecedentes alérgicos (asma / rinite / dermatite 
atópica / alergia a medicações); 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
18 
 
• Antecedentes cardíacos (hipertensão arterial / 
IAM / hipercolesteronemia); 
• Antecedentes endocrinológicos (diabetes mellittus 
/ hipotireoidismo); 
• Doenças neurológicas (Crise convulsiva); 
• Neoplasias; 
• Antecedentes psiquiátricos. 
 
 
 
 HISTÓRIA SOCIAL 
• Questionar como é o convívio e a relação com os 
pais. 
 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
• Questionar o adolescente sobre seus hábitos 
alimentares. 
• Observar: 
OBESIDADE: Hipertensão arterial, Diabetes 
Mellitus precoce, bullying e cyberbullying 
MAGREZA: Anorexia, bulimia. 
 
 
 
 VACINAÇÃO 
HPV é prioritária na adolescência: voltada para 
meninos com idades entre 11 a 13 anos e meninas 
de 9 a 14 anos. 
 
 SINAIS DE ALERTA 
• Mudança de comportamento habitual; 
• Mudança da forma de se relacionar com os 
colegas e professores; 
• Queda do rendimento escolar; 
• Excesso de faltas; 
• Atitudes autodestrutivas; 
• Comportamento delinquente. 
 
DIFICULDADE ESCOLAR 
❖ Desenvolvimento Cognitivo 
• Busca identidades e diferenças; 
• Capacidade de raciocinar sobre o mundo de forma 
mais lógica e adulta; 
• Aplicar mesmos tipos de pensamentos a problemas 
diferentes; 
• Lógica interna consistente; 
• Solução problemas concretos; 
• Operam com números; 
• Usam relações espaciais; 
❖ Desenvolvimento Emocional 
• Influenciado pelas aquisições cognitivas 
(autoestima); 
• Melhor compreensão das emoções; 
• Reconhecimento emoções dos outros; 
• Falar sobre seus sentimentos - Empatia, 
Solidariedade; 
• Socialização e comunicação. 
❖ Interação Social 
• Grupos – Escolhe amigos (características e interesses 
comuns); 
GNOSIA: É uma função que permite a pessoa 
interpretar estímulos que vêm do exterior através 
dos órgãos dos sentidos. 
APRAXIA: É um distúrbio de caráter neurológico que 
se caracteriza pela perda da capacidade de realizar 
movimentos e gestos característicos de uma pessoa 
normal, mesmo essa pessoa tendo condições e 
habilidades físicas para tal. 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
19 
 
• Bullying - Medos; Baixa autoestima; 
• Pais - Impacto importante na personalidade; 
❖ Dificuldade Escolar X Dificuldade de Aprendizagem 
• Dificuldade Escolar 
– Conjunto de problemas; 
– Causas múltiplas e variadas; 
– Biológicos, psicológicos, sociais, familiares, 
educacionais, pedagógicos, políticos, religiosos; 
– Resultado: Inúmeros fatores. 
• Dificuldade de Aprendizagem 
– Deficiências na esfera da leitura, escrita e 
matemática, causadas por disfunções 
neurológicas. 
 
ANAMNESE 
 
 Identificação; 
 Descrição das dificuldades: Quando começou; 
quais são; quem percebeu; 
 Antecedentes neonatais e pessoais; 
 Antecedentes familiares; 
 Problemas visuais / auditivos / dificuldades 
escolares/ desempenho escolar dos irmãos; 
 Expectativa da família; 
 
❖ DNPM: 
• Interação social; 
• Motora; 
• Linguagem, fala, leitura, fluência e compreensão; 
• Escrita, comunicação usando a escrita, troca de 
letras; 
• Problemas na visão; 
• Problemas na audição; 
 
❖ HABILIDADE: 
• Resolução problemas; 
• Jogos e brincadeiras; 
❖ SONO; 
❖ ATIVIDADES: 
• Observar as atividades preferidas e as 
executadas com excesso; 
 
❖ HISTÓRIA ESCOLAR: 
• Idade de início; 
• Desempenho anterior; 
• Repetências; 
• Mudanças: escola ou professor; 
• Faltas; 
• Adaptação na escola; 
• Bullying; 
❖ ESTÍMULO FAMÍLIA: 
• Leitura; 
• Acompanhamento escolar; 
• Nível de exigência; 
❖ ATITUDE DA FAMÍLIA E DA ESCOLA; 
❖ ROTINA; 
❖ FATORES FAMILIARES: 
• Doença grave; 
• Alcoolismo; 
• Separação; 
• Brigas; 
• Violência doméstica; 
❖ FATORES AMBIENTAIS 
• Uso de drogas, álcool; 
• Isolamento social; 
❖ CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS: 
• Escolaridade dos pais; 
• Acesso à leitura; 
 Avaliações: 
• Visual; 
• Auditiva; 
• Linguagem; 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
20 
 
• Nutricional – obesidade. 
 Conduta: 
• Rotinas: Sono, estudo, atividades; 
• Reforço positivo; 
• Relatório da escola; 
• Conversar em separado; 
 Função do Pediatra 
• Acompanhamento; 
• Avaliação psicopedagógica em conjunto com a 
escola; 
• Promover: autoestima, resiliência; 
• Ética; 
 Prevenção 
• Ação integral à saúde 
• Acompanhamento do desenvolvimento 
• Ação junto à família 
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM 
❖ Segundo estimativas da Organização Psiquiátrica 
Americana: 2 a 10% da população possuem 
Transtornos da Aprendizagem; 
❖ O Diagnóstico e a intervenção é multidisciplinar: 
Neurologista, psicopedagogo, psicólogo, 
fonoaudióloga. 
❖ Dificuldades heterogêneas: 
• Auditiva; 
• Fala; 
• Leitura; 
• Escrita; 
• Raciocínio matemático. 
❖ Pode ser percebida pelo professoro(a) e 
diagnosticada por profissionais especializados; 
❖ Na pré-escola pode ser evitado e é importante 
respeitar o nível cognitivo da criança e permitir que 
ela possa interagircom o conhecimento; 
→ Observar, compreender, classificar e analisar; 
 
❖ Alterações fenotípicas: avaliação geneticista; 
 
TRANSTORNOS: 
→ Transtorno de leitura: 
– Dificuldade específica em compreender 
palavras escritas; 
→ Transtorno de matemática: 
– Dificuldade em associar habilidades 
matemáticas básicas com o mundo que a cerca; 
→ Transtorno de expressão escrita: 
– Dificuldade nas habilidades referentes à escrita; 
→ Transtorno não-verbal de Aprendizagem: 
– Comunicar razoavelmente bem do ponto de vista 
verbal; 
– Área mais comprometidas: Interpretação de 
textos e aritmética; 
– Dificuldades para decorar a tabuada e realizar 
operações aritméticas mais complexas; 
– Dificuldades: andar de bicicleta e amarrar cadarços; 
– Desenhos: Imaturos, simplificados; 
– Dificuldades para compreender os aspectos 
implícitos na interação social e na linguagem 
(ironia e sarcasmo); 
– Pode existir sobreposição com o espectro autista; 
– Dificuldade para aprender com a experiência. 
→ Dislalia: 
– Dificuldade em articular as palavras (Cebolinha); 
Omissão, substituição ou deformação de fonemas. 
 
→ Disortografia: 
– Dificuldade de aprendizado e desenvolvimento da 
linguagem escrita expressiva. Ex. “todos” por 
“totos”; 
– Pode ocorrer associada à dislexia; 
– Falta vontade de escrever; 
– Dificuldade em perceber sinalizações gráficas; 
– Textos muito reduzidos; 
– Aglutinação ou separação indevida de palavras. 
 
→ Discalculia: 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
21 
 
– Incapacidade de compreender e manipular 
números; 
– Introspecção espacial; 
– Memória pobre; 
– Confusão de sinais (+ / - / x /÷); 
– Dificuldade em diferenciar direito e esquerdo; 
– Não consegue dizer qual dos números é o maior; 
– Ausência senso de direção; 
– Pouca habilidade em aprender e recordar conceitos 
matemáticos; 
– Dificuldade de manter a contagem durante jogos. 
→ Dislexia: 
– Verificar antecedentes familiares; 
– Neurobiológico; 
– Habilidade deficiente em compreender palavras ou 
frases escritas e impressas; 
– Distúrbio da leitura 
– Atraso na aquisição da linguagem oral – não se 
lembrar do nome, das coisas, vocabulário pobre. 
– Dificuldades para aprender rimas e canções 
– Deficiência na coordenação motora fina – 
desenhar, recortar, pintar, etc. 
– Dificuldades para entender o que está ouvindo. 
→ Dislexia – pré escola: 
– Dispersão; 
– Atraso do desenvolvimento da fala e da 
linguagem; 
– Dificuldade de aprender rimas e canções; 
– Fraco desenvolvimento da coordenação motora; 
– Dificuldade com quebra-cabeças; 
– Falta de interesse por livros impressos; 
→ Dislexia – Idade escolar: 
Leitura 
– Dificuldade na aquisição e automação da leitura e da 
escrita; 
– Pobre conhecimento de rima e aliteração (sons 
iguais no início das palavras); 
– Trocas (visuais e auditivas), substituições, omissões 
de palavras; 
– Não automatizada, entrecortada; 
– Não fluente, sem entonação, não percebe 
modulações; 
– Pouca compreensão; 
– Evita ler; 
– Não desenvolve hábito de leitura; 
– Medo acentuado de ler em voz alta; 
– Cansaço e desânimo quando lê; 
– Compreende quando leem para ele. 
Escrita 
– Dificuldade para copiar de livros ou lousa; 
– Dificuldade na coordenação motora fina (letras, 
desenhos, pinturas) e/ou grossa (ginástica, dança); 
– Lento, cansa-se rapidamente; 
– Tarefas em sala de aula incompletas; 
– Extrema dificuldade para redigir, produzir textos ou 
respostas por escrito; 
– Pouco arquivo pessoal (dificuldade para armazenar 
conteúdo informativo); 
– Limita-se ao escrever: medo dos erros; 
– Precisa de um tempo maior para elaborar a 
resposta. 
Matemática 
– Ótimo raciocínio lógico; 
– Pode ser rápido no raciocínio e errar – queima 
etapas; 
– Cálculos mentais, arrisca muito fazendo previsões ou 
se utiliza de recursos concretos para fazer cálculos 
(dedos ou desenha palitinhos); 
– Muita dificuldade para produzir e identificar 
sequências numéricas; 
– Comete trocas e/ou inversões de números, sinais, 
operações; 
– Dificuldades para memorizar tabuadas; 
– Pode cometer erros por perdas (ou trocas) de dados 
do enunciado; 
– Confusão: direita/esquerda; em cima/embaixo; 
– Dificuldades para amarrar (cadarços) e para abotoar; 
– Dificuldade para memorizar sequências; 
– Nas provas: Tensão; Necessita de um tempo maior e 
de avaliações orais; Doenças em vésperas; 
– Desatenção e dispersão (pode vir associada déficit 
de atenção e/ou combinado com hiperatividade); 
– Esquece-se de fazer ou levar trabalhos e materiais 
escolares; 
– Não anota nada na agenda e se anota se esquece de 
olhá-la; 
– Desorganizado com seus pertences pessoais 
(material escolar) e quarto; 
– Perde objetos pessoais; 
– Desatenção e dispersão; 
– Desorganização geral, constantes atrasos na entrega 
de trabalho escolares; 
– Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas 
telefônicas; 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
22 
 
– Vocabulário pobre; 
– Comprometimentos em sua vida pessoal, emocional 
e profissional; 
– Baixa estima, insegurança e pouca confiabilidade em 
suas possibilidades; 
– Não apresenta disciplina para o trabalho; 
– Em casa necessita de auxílio para suas tarefas 
escolares; 
– Dificuldade para aprender língua estrangeira na 
leitura e escrita; 
– Dificuldades para soletrar as palavras; 
– Dificuldade acentuada para perceber a sílaba tônica 
das palavras; 
– Dificuldade para relatar uma história ou um filme a 
que assistiu; 
Diagnóstico - Equipe multidisciplinar: Neuropsicólogo, 
psicopedagogo, fonoaudiólogo. 
Tratamento 
Psicopedagógico 
• Alfabetização; 
• Organização; 
• Disciplina; 
 
TDAH – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO 
COM HIPERATIVIDADE 
• Transtorno neurobiológico; 
• Causas genéticas -> Aparece na infância. 
Tríade: Desatenção, Inquietude e Impulsividade. 
Transtorno mais comum em crianças e adolescentes - 3 
a 5% 
Distúrbio de realização: Geralmente são inteligentes, 
sensíveis, curiosos, criativos, atrevidos, inventivos, com 
muita energia, espontâneos. 
Classificação: 
• Tipo Desatento; 
• Tipo Hiperativo-Impulsivo; 
• Tipo Misto / Combinado; 
• Tipo não-Específico. 
 
TDAH – HIPERATIVO-IMPULSIVO 
• Não conseguem controlar/inibir seus impulsos; 
• Dificilmente ficam quietos num lugar por muito 
tempo; 
• Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se 
remexendo na cadeira; 
• Dificuldade em permanecer sentada 
• Fala excessivamente; 
• Fala sem pensar (inconvenientes); 
• Interrompem a fala dos outros; 
• Dificuldade em esperar sua vez; 
• Responder a questões antes de serem totalmente 
formuladas; 
• Agem como se fosse movida a motor; 
• Incapazes de planejar com antecedência; 
• Não sabe lidar com fracasso e frustração; 
• Ansiosos, sentem-se incompreendidos e irritam-se 
com facilidade; 
• Desorganizados: material escolar, mochila, mesa, 
planejamento de suas tarefas (Deixam para a última 
hora, quando não deixam de fazer tal atividade); 
• Problemas de memória frequentes - Esquecem 
nomes, datas de trabalhos, provas, perdem ou 
esquecem objetos com facilidade; 
• Preocupação e ansiedade crônicas; 
• Autoestima fragilizada- Rótulos negativos; 
 
TDAH – DESATENTO 
• Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de 
cuidado; 
• Dificuldade em manter a atenção; 
• Parece não ouvir; 
• Dificuldade em seguir instruções; 
• Dificuldade na organização 
• Evita / não gosta de tarefas que exigem um esforço 
mental prolongado; 
• Frequentemente perde os objetos necessários para 
uma atividade; 
• Distrai-se com facilidade; 
• Esquecimento nas atividades diárias. 
TDAH – ADULTOS 
• Desatenção no cotidiano e no trabalho; 
• Problemas de memória; 
• Inquietos; 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
23 
 
• Vivem mudando de uma coisa para outra; 
• Impulsivos; 
• Grande frequência relacionados a problemas: 
Drogas e álcool, ansiedade, depressão.Diagnóstico 
Crianças e Adolescentes: SNAP-IV 
Adultos: ASRS-18 
❖ ASRS- 18 
→ Triagem; 
• Diagnóstico correto e preciso; 
– Profissional especializado; 
– Sintomas podem estar associados a outras 
comorbidades correlatas e/ou outras condições 
clínicas; 
Tratamento 
Multimodal: 
– Medicamentos; 
– Orientação aos pais e professores; 
– Técnicas específicas que são ensinadas ao 
portador; 
– Psicoterapia; 
Terapia Cognitivo Comportamental: 
– Psicólogos; 
– Fonoaudiólogo: Transtorno de Leitura e 
Transtorno da Expressão Escrita. 
 
ESPECTRO AUTISTA 
 
❖ Classificação (DSM-IV-TR) Transtornos Globais do 
Desenvolvimento 
• Transtorno Autista 
• Transtorno de Asperger 
• Transtorno Global do Desenvolvimento não 
especificado 
• Transtorno Desintegrativo da Infância 
• Transtorno de Rett 
 
❖ Classificação (DSM-IV-TR) Transtornos do Espectro 
Autista 
• Transtorno Autista 
• Transtorno de Asperger 
• Transtorno Global do Desenvolvimento não 
especificado 
 
→ Transtorno do Espectro Autista atinge 4 meninos 
para 1 menina. Já, o Asperger, 8 meninos para 1 
menina. 
 
 
COMPROMETIMENTO EM 3 ÁREAS DO 
DESENVOLVIMENTO 
– Interação social 
– Linguagem e comunicação verbal e não verbal 
– Comportamentos e interesses restritos e 
repetitivos (estereotipados, problemas com 
imaginação); 
 Os prejuízos na comunicação, comportamento e 
interação social se iniciam dentro dos 3 primeiros 
anos de vida. 
❖ Espectro autista se divide em graus e severidade: 
Os casos mais graves caracterizam-se por uma 
completa ausência da fala, por comportamentos 
extremamente repetitivos, não usuais, auto 
prejudiciais e agressivos. Já, os casos mais leves, 
(Síndrome de Asperger ou autismo de alto 
funcionamento) pode ser quase imperceptível e 
podem se confundir com timidez, falta de atenção 
e excentricidade. 
 
INTERAÇÃO SOCIAL – SOCIALIZAÇÃO 
• Prejuízos comportamentos não verbais como 
contato visual direto, expressão fácil, gestos 
comunicativos; 
• Dificuldade para estabelecer relacionamentos; 
• 70% associados a RDNPM 
• 29,3% deficiência leve/moderada 
• 38,5% deficiência severa/profunda 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
24 
 
• Dificuldades para compartilhar prazer, interesses ou 
desconforto; 
• Falta de reciprocidade social/emocional; 
• Isolamento (como se estivesse em outro mundo); 
• Dificuldade de estar com mais de um; 
• Abordagem - Modo desastrada e inábil; 
COMUNICAÇÃO 
• Atraso ou ausência da fala; 
• Dificuldade para iniciar ou manter conversação; 
• Uso estereotipado e repetitivo da linguagem; 
• Dificuldade na compreensão; 
• Alterações na articulação; 
• Dificuldades para compreender metáforas; 
• Dificuldades para compreender figuras de 
linguagem; 
• Pouca linguagem verbal e não verbal; 
• Fala limitada com repetições (ecolalias); 
• Reprodução de trechos que ouviu que são colados; 
• Comum uso de 3ª. pessoas ao invés de eu; 
• Abreviação de frases; 
• Expressão do estritamente necessário; 
• Contato social e troca de ideias ignorados. 
 
PADRÕES RESTRITOS DE COMPORTAMENTO, 
INTERESSES E ATIVIDADES 
Maneirismos estereotipados e repetitivos, apego 
excessivo a rotinas, preocupação persistente com partes 
de objetos. 
COMPROMETIMENTO DA IMAGINAÇÃO 
• Repetição de movimentos; 
• Repetição de rotinas; 
• Repetição atividades específicas; 
• Reações comportamentais violentas frente a 
mudanças de rotina; 
• Rituais; 
• Perfeccionismo. 
 
SINAIS PRECOCES 
• Criança não reage quando é chamada pelo nome; 
• Não pede a “atenção conjunta - Sugere a 
capacidade de compartilhar algo com outra pessoa; 
• Não imita o comportamento de outros - Sorrindo, 
dando tchauzinho ou batendo palmas; 
• Não brinca de faz de conta; 
• Não reage emocionalmente - Menos probabilidade 
de sorrir em resposta ao sorriso de outra pessoa ou 
de chorar quando observam outra criança chorando. 
 
❖ Sintomas que podem sugerir Espectro Autista 
→ Preferência pela solidão; 
→ Hiperatividade ou extrema inatividade; 
→ Insistência em repetição; 
→ Resistência a mudança de rotina; 
→ Repete palavras ou frases constantemente; 
→ Recusa colo ou afagos; 
→ Dificuldades em expressas necessidades, usa 
gesticular e apontar no lugar das palavras; 
→ Excesso de raiva sem razão aparente; 
→ Risos inapropriados; 
→ Inapropriada fixação por objetos inanimados; 
→ Insensibilidade à dor; 
→ Ausência de respostas aos métodos normais de 
ensino; 
→ Ausência de noção de perigo; 
→ Age como se estivesse surdo - Surdez aparente; 
→ Poses bizarras (ficar de cócoras por muito tempo, 
ficar em pé em uma das pernas); 
→ Habilidade motora irregular. 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
25 
 
 
 
SÍNDROME DE ASPERGER 
❖ Linguagem: Preservada 
❖ Capacidade cognitiva: Normal ou até elevada (são 
pessoas consideradas muito inteligentes, em áreas 
específicas) 
❖ Dificuldade nos relacionamentos sociais, na 
compreensão das convenções sociais e da 
expressão afetiva das outras pessoas 
• Baixa empatia 
• Dificuldade em compreender 
comportamentos não verbais; 
❖ Falham no entendimento das relações humanas e 
regras do convívio social; 
❖ Ingênuos; 
❖ Carentes de senso comum; 
❖ Inflexibilidade e falta de habilidade para lidar com 
mudanças; 
• Facilmente estressados; 
• Emocionalmente vulneráveis; 
❖ Muitos se casam; 
• Dificuldades de interação dentro e fora da família; 
• Risco aumentado de problemas de humor e 
depressão; 
❖ Podem seguir profissão; 
 
DIAGNÓSTICO 
Deve aparecer antes dos 3 anos de idade 
Pais: primeiros a notar algo diferente 
- Não há testes laboratoriais ou de imagem 
Equipe multiprofissional; 
Critérios de diagnóstico: 
• Poucas ou limitadas manifestações sociais; 
• Habilidades de comunicação não 
desenvolvidas; 
• Interesses e atividades repetitivos; 
 TRATAMENTO 
– Medicamento 
– Psicoterapia 
– Fisioterapia 
 
EXAME NEUROLÓGICO DO ADOLESCENTE E DO 
ADULTO 
 
❖ Causas de lesões: 
• Congênitas; 
• Neoplásicas; 
• Vasculares; 
• Infecções; 
• Doenças Inflamatórias; 
• Doenças Metabólicas; 
• Intoxicações; 
• Doenças Desmielinizantes; 
• Doenças degenerativas; 
• Traumas. 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO – Controla as 
funções viscerais: 
SIMPÁTICO: Origina-se na região torácica e lombar da 
medula espinal; Tem seus gânglios próximos à medula 
espinal; Respostas de luta/fuga. 
PARASSIMPÁTICO: Origina-se no tronco encefálico e na 
região sacral da medula; Tem seus gânglios próximos 
ou no interior dos órgãos. 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
26 
 
❖ Diagnóstico Neurológico: 
• Diagnóstico anatômico – local da lesão; 
• Diagnóstico sindrômico – disfunção 
fisiopatológica; 
• Diagnóstico etiológico. 
− Localização: Direita ou esquerda; Dorsal ou 
ventral; Central ou periférica. 
 
❖ Efeitos da lesão neurológica: 
• Perda, déficit, abolição ou destruição; 
• Paralisia; 
• Hipoestesia – perda ou diminuição da 
sensibilidade; 
• Arreflexia – ausência de reflexos; 
• Hemianopsia; 
• Cegueira; 
• Surdez; 
• Dor; 
• Crises epléticas. 
 
ANAMNESE 
 Identificação; 
 Motivos da consulta; 
 História da Moléstia Atual: 
- Localização; 
- Duração; 
- Intensidade; 
- Frequência; 
- Tipo; 
- Fatores que desencadeiam, agravam ou 
atenuam; 
 Antecedentes pessoais; 
 Interrogatório sobre diversos sistemas; 
 Antecedentes familiares; 
 Antecedentes epidemiológicos; 
 Vacinação. 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
 Sinais vitais; 
 Aspecto geral; 
 Pele e anexos; 
 Gânglios linfáticos; 
 Segmento cefálico; 
 Pescoço; 
 Cardiovascular; 
 Abdome; 
 Músculo-esqulético. 
EXAME ESPECÍFICO – NEUROLÓGICO 
MARCHA 
Solicitar ao paciente que ande em linha reta com os 
olhos fechados. 
- Observar postura, balanço dos braços, movimento das 
pernas e posição dos pés. 
• A partir do exame de marcha é possível diagnosticar: 
Marcha Espástica: 
− Membros inferiorescom extensão 
forçada; 
− Pés se arrastam e as pernas se cruzam 
uma na frente da outra quando o 
paciente tenta caminhar; 
− Frequente em paralisia cerebral; 
Marcha Escarvante: 
− Paralisia do movimento de flexão dorsal do pé; 
− Ao tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo 
e tropeça. Para evitar isso, levanta 
acentuadamente o membro inferior; 
− Poliomielite. 
Marcha vestibular: 
− Paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta 
lateropulsão quando anda; 
− É como se fosse empurrado para o lado ao tentar 
mover-se em linha reta. 
Marcha Parkinsoniana 
− Andar vagaroso com passos pequenos; 
− cabeça permanece inclinada para a frente; 
− Paciente anda enrijecido, sem o movimento 
automático dos braços. 
 
EQUILÍBRIO 
Avalia o equilíbrio estático (manutenção da postura) e o 
equilíbrio dinâmico (durante a transferência de 
movimento). 
− Solicita-se que o paciente permaneça em pé com os 
pés juntos e com olhos abertos; empurre-o 
levemente – Avaliar se o paciente precisa ficar 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
27 
 
olhando para o chão e para os lados para se manter 
em equilíbrio. 
− Solicita-se que o paciente permaneça em pé com os 
pés juntos, e feche os olhos; empurre-o levemente 
– Se mesmo empurrando-o permanecer em 
equilíbrio, está tudo certo. Porém se a queda for 
inevitável – Sinal de Romberg positivo (lesão nos 
fonículos da medula). 
COORDENAÇÃO 
Com os olhos abertos e em seguida com os olhos 
fechados, pedir para o paciente tocar a ponta do nariz 
alternando braços. 
 
TÔNUS 
O tônus é uma leve resistência muscular sentida pelo 
examinador conforme a extremidade relaxada é 
movimentada passivamente através da sua amplitude 
do movimento. 
Solicita-se ao paciente a deixar a extremidade firme; A 
extremidade é apoiada e para um tônus considerado 
normal o examinador deve sentir uma resistência suave 
e continua através de toda a amplitude; 
Quando há uma força, uma resistência aumentada, há 
um hipertonicidade; 
Quando há pouca resistência, o membro está flácido, há 
uma hipotonicidade. 
 
FORÇA MUSCULAR 
O examinador solicita para que o paciente faça uma 
força contraria a qual ele irá aplicar nos membros 
extensores, flexores, adutores e abdutores. 
 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
28 
 
 
 
 
 
 
SENSIBILIDADE 
❖ Superficial 
➢ Tátil: O examinador pede para o paciente fechar 
os olhos e estender os braços; Com o auxílio de 
um chumaço de algodão ou pincel de cerdas finas, 
o examinador passa-o levemente primeiro em um 
membro e depois no outro; 
- Pergunta ao paciente se sentiu a mesma 
sensação em ambos os braços. 
➢ Térmica: Com os braços estendidos e olhos 
fechados, o examinador toca levemente a pele 
do paciente com cubos de gelo e o questiona se 
o estímulo foi igual nos dois braços; 
➢ Dolorosa: Paciente com os braços estendidos e 
olhos fechados, o examinador utiliza de uma 
agulha ou alfinete para tocar levemente os 
membros; Questionando se há a presença do 
estímulo a dor e se o estímulo é igual nos dois 
braços. 
 
❖ Profunda 
➢ Vibratória: Uso de diapasão com 128 
ciclos/segundo; 
 
➢ Pressão: Paciente com os braços estendidos e 
olhos fechados; o examinador realiza pressões 
manuais em ambos os membros; Questiona o 
paciente sobre sua sensibilidade e se o 
estímulo é igual; 
➢ Cinética postural: Paciente com os olhos 
fechados; 
Examidor levanta o branço do paciente em 
determinada direção e pede para o mesmo 
descrever a localização do membro. 
➢ Estereognosia – capacidade de reconhecer 
objetos pela sua forma: 
- Paciente com os olhos fechados; Examidor lhe 
entrega um objeto para reconhece-lo pela suas 
formas táteis. 
 
REFLEXOS 
❖ Superficiais: 
➢ Cutâneo Abdominal: Com o auxílio de um 
pincel de cerdas finas; Examinador toca 
levemente no sentido latero medial na região 
epigástrico (T6-8) - superior, umbilical (T8-10) - 
medial e hipogástrico (T10-12) – inferior; 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
29 
 
➢ Cutâneo Plantar: Com o auxílio de um pincel de 
cerdas finas ou uma pena, o examinador 
estimula a borda lateral da planta do pé. 
- Resposta normal: flexão dos dedos dos pés; 
- Resultado anormal: extensão dos dedos do pé 
ou flexão dorsal do hálux. – Sinal de Babinski + 
 
 
− O sinal de Babinski indica lesão da via 
piramidal ou corticoespinal. 
 
❖ Profundos: 
➢ Reflexos axiais da face: Com leves batidinhas do 
martelo, o examinador examina os reflexos da face; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Reflexo Bicipital – flexão do antebraço. 
 
 
 
➢ Reflexo tricipital: Acima do olecrâneo cubital; 
Extensão do antebraço. 
 
 
 
➢ Reflexo braquio-radial: Músculos flexores da mão. 
 
 
 
➢ Reflexo das falanges: Só haverá resposta reflexa 
caso houver alguma patologia; 
➢ Reflexo de Aquileu: Com o paciente de joelhos 
sobre uma cadeira e com os pés para fora do 
assento, promover a percussão com o martelo no 
tendão do calcâneo; Extensão do pé sobre a perna. 
➢ 
 
➢ Reflexo Patelar: Com o paciente sentado e com as 
pernas pendentes, promover a percussão com o 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
30 
 
martelo no tendão da patela junto à articulação do 
joelho; Extensão da perna. 
 
 
 
PARES CRÂNIANOS 
 
 Nervo Olfatório: 
• Pede-se ao paciente para fechar os olhos, tapando 
uma narina e aproximando, da outra, a substância 
odorífera. Questionar se sente ou não o cheiro, se o 
odor é agradável ou desagradável e se identifica o 
odor. 
Pode se identificar com o exame: 
- Patologias: anosmia, hiposmia e 
parosmia/cacosmia/alucinações olfatórias. 
 
 Nervo Óptico: 
• Examinador utiliza um oftalmoscópio para realizar o 
exame da retina através da fundoscopia; 
• Campo visual: Solicita-se que o paciente permaneça 
com seus olhos fixos; O examinador estende seus 
braços na posição horizontal e os desloca pelo 
campo periférico do paciente. Pergunta-se ao 
paciente se vê as mãos e se estas estão 
movimentando-se ou encontram-se paradas; 
• Acuidade visual: Utilização da lâmina de Snellen a 60 
cm de distância; 
 
 Nervo Oculomotor, troclear e abducente – 
movimentação ocular. 
• Reflexos pupilares: reflexo fotomotor e 
consensual: Incidir a luz sobre a pupila de 1 olho e 
depois sobre a pupila do outro, observando a 
contração. 
 
• Movimentação ocular: Paciente com a cabeça 
parada; Examinador com o dedo indicador se 
explora os movimentos oculares para cima, baixo, 
direita, esquerda. Repete-se o movimento com o 
outro olho. 
 
 Nervo Trigêmeo: 
• Para avaliar a resistência, o examinador pede 
para o paciente morder um palito; O 
examinador faz um pressão no palito para 
mensurar a resistência da mandíbula. 
 
 Nervo facial: 
Examinador solicita ao paciente que: 
- Enrugue a testa (músculos frontais); 
- Feche os olhos com força (músculo orbicular 
da pálpebra); 
- Sorrir. 
 
 Nervo vestíbulo-coclear: Coloque um diapasão 
vibrando em frente ao meato auditivo externo 
e pergunte se o paciente pode escutá-lo. 
 
 Nervo glossofaríngeo e nervo vago: 
• Reflexo faríngeo (vômito): A partir de um 
estímulo mecânico na parede posterior da 
faringe, enquanto o paciente pronuncia a letra 
"a" com a boca bem aberta. 
 
 Nervos acessórios: 
• Inspeção do paciente observando a existência de 
assimetrias de relevo das massas musculares do 
pescoço, ombro e escápula; Solicita-se ao 
paciente que levante os ombros contra 
resistência exercida pelo examinador. Para 
avaliar a força do esternocleidomastóideo, deve-
se pedir ao paciente que gire a cabeça contra a 
nossa oposição. 
 
 
 Nervo hipoglosso: 
Pede-se ao paciente que ponha a língua para 
fora, movimentando-a em todas as direções 
possíveis. 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
31 
 
ANAMNESE DO IDOSO 
 Princípios básicos 
– Ética; 
– Confiança; 
– Humanidade; 
– Respeito; 
– Reciprocidade.• Senescência 
– Processo natural 
• Senilidade 
– Envelhecimento acompanhado de doenças; 
 
 Relacionamento afetivo: 
- Parceiro fixo; 
- Relacionamento casual; 
 - Sexualidade; 
- Uso de preservativos. 
 
 Antecedentes pessoais: 
-Bebida; 
-Doença crônica; 
-Tabagismo; 
 
 
 
 
 
 
 
 Equilíbrio e mobilidade; 
 Função cognitiva; 
 Deficiências sensoriais; 
 Condições emocionais; 
 Suporte social; 
 Condições ambientais; 
 Capacidade funcional; 
 Estado nutricional; 
 Incontinência urinária; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ Idoso > 60 anos 
 
❖ Expectativa de vida: 
• 1999 
− Homens 66,3 anos 
− Mulheres 73,9 anos 
• 2009 
− Homens 69,4 anos 
− Mulheres 77 anos 
3,6 viúvas/homem viúvo 
• 2025 
− 34 milhões idosos 
− 6º. País (16º. em 1950) 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
32 
 
 
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA 
 
 
 
MINI EXAME MENTAL 
 
❖ Orientação espacial (0-5 pontos) 
− Em que dia estamos? 
o Ano 
o Semestre 
o Mês 
o Dia 
o Dia da Semana 
− Onde estamos? 
o Estado 
o Cidade 
o Bairro 
o Rua 
o Local 
❖ Repita as palavras (0-3 pontos) 
o Caneca 
o Tijolo 
o Tapete 
❖ Cálculo (0-5 pontos) 
• O senhor faz cálculos? 
– Sim (vá para a pergunta 4a) 
– Não (vá para a pergunta 4b) 
4a. Se de 100 fossem tirados 7 quanto restaria? 
E se tirarmos mais 7? (5 vezes seguidas) 
❑ 93 
❑ 86 
❑ 79 
❑ 72 
❑ 65 
 4b. Soletre a palavra MUNDO de trás pra frente 
❑ O 
❑ D 
❑ N 
❑ U 
❑ M 
❖ Memorização (0-3 pontos) 
Peça para o entrevistado repetir as palavras ditas há 
pouco. 
o Caneca 
o Tijolo 
o Tapete 
❖ Linguagem (0-2 pontos) 
Mostre um relógio e uma caneta e peça para o 
entrevistado para nomeá-los. 
o Relógio 
o Caneta 
❖ Linguagem (0-3 pontos) 
Siga uma ordem de 3 estágios: 
o Pegue esse papel com a mão direita. 
o Dobre-o no meio. 
o Coloque-o no chão. 
❖ Linguagem (1 ponto) 
− Solicite ao entrevistado que repita a frase: 
o NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ. 
− Escreva em um papel: "FECHE OS OLHOS". Peça 
para o entrevistado ler 
o a ordem e executá-la. 
− Peça para o entrevistado escrever uma frase 
completa. A frase deve ter 
o um sujeito e um objeto e deve ter 
sentido. Ignore a ortografia. 
− Peça ao entrevistado para copiar o seguinte 
desenho. 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
33 
 
 
❑ Verifique se todos os lados estão preservados e se 
os lados da intersecção formam um quadrilátero. 
Tremor e rotação podem ser ignorados. 
 
DEMÊNCIAS EM IDOSOS 
 
❖ Déficit cognitivo: 
→ Memória 
• Registro; 
• Retenção; 
• Evocação; 
→ Afasia 
• Linguagem; 
– Mutismo / ecolalia / sem sentido; 
→ Apraxia 
• Execução atividades motoras; 
→ Agnosia 
• Identificação objetos; 
→ Perturbação do funcionamento executivo. 
 
• Sinais de alerta: 
• Esquecimento - Interferindo função; 
• Distúrbio linguagem; 
• Desorientação no tempo e espaço; 
• Comprometimento de julgamento; 
• Comprometimento do raciocínio abstrato; 
• Perda frequente de objetos; 
• Alteração do humor e do comportamento; 
• Mudança de personalidade; 
• Perda da iniciativa; 
 
❖ Sintomas comportamentais: 
• Agitação; 
• Agressão física; 
• Gritos; 
• Comportamentos inapropriados; 
• Desinibição sexual. 
 
❖ Sintomas psicológicos: 
• Humor depressivo; 
• Alucinações; 
• Delírio 
 
 
 
ALZHEIMER 
❖ Geralmente acomete pessoas com mais de 65 
anos; 
❖ Comprometimento cognitivo gradual de evolução 
lenta; 
• Perca gradual da memória - Geralmente 1º. 
Sintoma; 
• Afeta globalmente funções cognitivas 
específicas - quadro afásico, apráxico, 
agnósico e amnéstico; 
→ Avaliação cognitiva - dois níveis de complexidade: 
Avaliação dos resultados 
❖ Soma de todas as caselas, cada uma vale 1 
ponto; 
– Normal: acima de 27 pontos 
– Demência: 
• menor ou igual a 24 pontos 
• se menos de 4 anos de escolaridade 
• 17 pontos 
❖ Escore médios para depressão: 
– Depressão não-complicada: 25,1 pontos 
– Prejuízo cognitivo por depressão: 19 pontos 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
34 
 
– primeiro nível é de rápida e fácil aplicação: 
testes abreviados e escalas; Avalia o grau de 
autonomia do paciente; 
− Segundo nível: Aprofunda a avaliação; 
ANAMNESE DO PACIENTE COM ALZHEIMER 
 Pontos específicos: 
• primeiros sinais de anormalidade que foram 
detectados; 
• evolução 
 
 Doenças pregressas: 
• AVC; 
• Cardiopatias; 
• Diabetes; 
• Depressão; 
• doenças neurológicas; 
• Desmaios; 
• Convulsões; 
• Quedas com contusão craniana; 
 
 Medicação utilizada; 
 Memória; 
 Comportamento: 
• Explosões de raiva sem motivo relevante; 
• Mudanças bruscas de comportamento; 
• Depressão/ desinteresse / agressividade; 
• Mudança na personalidade prévia; 
• Antissocial; 
• Comportamento sexual inadequado; 
• Sente-se perseguido/ roubado/ tem visões/ ouve 
vozes; 
 Comunicação e autonomia 
• Dificuldade para encontrar palavras; 
• Problemas nas tarefas cotidianas (recados 
telefônicos, vestir-se, controle do saldo 
bancário e banhar-se) 
 Orientação 
• Dificuldades na orientação temporoespacial; 
• Confunde dias e horários; 
• Já se perdeu. 
 Hábitos 
• Álcool, fumo, drogas ilícitas, contato profissional 
com tóxicos, padrão de sono, promiscuidade 
sexual; 
• “sinal de virar a cabeça”. 
EXAME FÍSICO 
❖ Alterações dos reflexos; 
❖ Sinais extrapiramidais (35%); 
❖ Sinal de Babinski; 
• Aplicação de testes e escalas; 
– Diagnóstico diferencial: depressão e demência 
por múltiplos infartos cerebrais; 
DEMÊNCIA FRONTO-PARIETAL 
❖ Degeneração focal dos lobos frontais e 
temporais; 
❖ Início mais precoce; 
❖ Alterações comportamentais e de linguagem; 
 
ESCALAS 
❖ Blessed 
• Avalia o grau de dependência, mudança de 
hábitos e distúrbios comportamentais; 
• Fácil aplicação e passível de ser realizada pelo 
próprio cuidador; 
• Avaliação mensal fornece informações 
fundamentais com respeito à evolução de 
demência e da resposta terapêutica; 
❖ CDR - Clinical Dementia Rating. 
• instrumento de avaliação global das 
demências; 
• quantificar o grau de demência e seu 
estadiamento. 
TRATAMENTO 
❖ Medicamentosos: 
• Antagonistas dos receptores de glutamato: 
memantina; 
• Inibidores de Acetilcolinesterase; 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
35 
 
• Antipsicóticos; 
• Ansiolíticos; 
• Antidepressivos; 
 
❖ Não medicamentosos: 
 Reabilitação; 
 Terapia da orientação para a realidade 
o Trabalha os aspectos cognitivos e intelectuais; 
o Reuniões são periódicas, em grupos de cerca 
de dez pacientes; 
 Terapia física 
o Objetiva a melhora e manutenção das 
condições físicas, motoras e respiratórias. 
 Terapia ocupacional 
o Maximiza o desempenho para as atividades da 
vida diária; 
o Adaptações físicas para o ambiente onde o 
paciente reside - diminui dependência e 
previne acidentes domésticos; 
o Atividades culturais, como leitura, artesanais e 
computador. 
 Terapia ambiental 
o Sugere e indica mudanças e adaptações 
ambientais no domicílio e nas instituições, 
com o propósito de facilitar o cotidiano e 
prevenir acidentes. 
 Visitas; 
 Lugares públicos; 
 Música 
 musicoterapia tem sido utilizada com sucesso 
como recursos 
 Televisão 
o Efeito sedativo; 
o Apesar de incentivar negativamente o 
sedentarismo e a imobilidade, os programas 
de televisão podem distrair o 
paciente em alguns períodos do dia; 
o filmes antigos podem estimular recordações. 
 Animais de estimação; 
 Plantas; 
 Crianças 
o As visitas de netos e crianças em geral devem 
ser estimuladas ao máximo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
36 
 
 
 
 
TERAPIA DE REIDRATAÇÃO ORAL - TRO 
DIARREIA E DESIDRATAÇÃO 
• A diarreia e a desidratação são um dos maioresproblemas de saúde pública; 
• A diarreia consiste na alteração da função intestinal 
com perda excessiva de água e eletrólitos pelas 
fezes e/ou vômitos; Manifesta-se clinicamente pelo 
aumento do número de evacuações e/ou pela 
diminuição da consistência das fezes. 
− A perda excessiva de volume e eletrólitos, 
gera alterações nos bpm, além de poder levar 
a um choque hipovolêmico; 
• O vômito, por sua vez, é a ejeção rápida e forçada 
do conteúdo gastrointestinal pela cavidade oral. 
• São várias as causas das doenças diarreicas, porém 
a maioria é de origem infecciosa, provocadas por 
bactérias e vírus; 
• Apresentam um início abrupto e evolução 
autolimitada; 
• Transmissão ocorre por via fecal-oral de forma 
direta (mãos contaminadas – reinfecção) ou 
indireta (alimentos, água e utensílios 
contaminados). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIARREIA AGUDA 
❖ Duração menor que 14 dias; 
❖ A principal causa da diarreia aguda é infecciosa; 
❖ O quadro do paciente irá variar conforme o tipo 
de patógeno e as condições clínicas do 
hospedeiro; 
❖ Aquosa: Secreção ativa de água e eletrólitos sob 
a estimulação de determinadas substâncias; 
Disenteria: Agente infeccioso invade a mucosa 
do cólon. Ocorre a exsudação de muco, pus, 
proteínas e sangue. 
 
DIARREIA PERSISTENTE 
❖ Duração maior ou igual a 14 dias; 
❖ Infecção continuada de um agente, danificando 
as vilosidades, e/ou uma regeneração 
inadequada dos eritrócitos devido à 
desnutrição crônica. Pode apresentar-se na 
forma de diarreia aquosa ou disenteria. 
DIARREIA CRÔNICA 
❖ Duração maior que 30 dias; 
❖ Grande variedade de causas: inflamações 
crônicas, alergias e alimentos, cólon irritável, 
parasitoses intestinais, etc. 
 
→ Tipos de patógenos causadores: 
 
 
SAIS DE REIDRATAÇÃO ORAL – SRO 
❖ A solução de SRO está indicada na prevenção da 
desidratação em episódios diarreicos, no tratamento 
da desidratação leve, moderada e das graves não 
complicadas (sem prostração intensa, vômitos 
excessivos). 
− Se não houver SRO, o MS recomenda o uso de 
soluções caseiras de reidratação. 
ABORDAGEM CLÍNICA – Dados 
importantes para a anamnese 
• Quando o quadro teve início? 
• Número de evacuações; 
• Presença de muco ou sangue nas 
fezes, febre, náuseas e vômitos; 
• Familiares ou conhecidos estão com 
os mesmos sintomas? 
• Presença de doença crônica? 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
37 
 
 
PLANOS DE TRATAMENTO PARA DESIDRATAÇÃO 
PLANO A: Usuários com diarreia sem desidratação; 
❑ Realizado no domicílio; 
❑ Não suspender ou modificar a dieta habitual; 
❑ Orientar maior oferta líquida; 
❑ Se houver vômito, fracionar a dieta para melhorar 
a aceitação; 
❑ Oferecer solução de reidratação oral (SRO) a 
vontade após cada evacuação; 
❑ Orientar que a SRO não substitui as refeições. 
 
PLANO B: Presença de alguns sinais de desidratação, 
porém sem gravidade; 
❑ Paciente deve permanecer na Unidade Básica 
de Saúde para realizar a reidratação; 
❑ Pesar a criança para monitorar ganho de 
peso; 
❑ Realizar controle de diurese (saco coletor); 
❑ Suspender a alimentação enquanto o usuário 
permanecer desidratado (exceção para leite 
materno); 
❑ Iniciar TRO com SRO em pequenos volumes, 
aumentando a frequência da oferta aos 
poucos. 
❑ Desidratação leve (perda de 3% a 5% do 
peso corporal) devem receber 50ml/kg de 
SRO mais a reposição das perdas continuadas 
por 4 horas; 
❑ Desidratação moderada (perda de 6% a 9% 
do pelo corporal) devem receber 100ml/Kg 
de SRO mais a reposição das perdas 
continuadas por 4 horas; 
❑ Evitar o uso de antitérmico caso haja febre, 
pois costuma ceder à medida que a 
desidratação vai sendo reparada; 
PLANO C: Desidratação grave. 
❑ Iniciar quando o paciente apresentar 
dificuldade de ingestão de líquidos devido à 
hiperêmese; 
❑ Quadro de desidratação grave ou colapso 
circulatório (Choque: taquicardia, hipotensão, 
palidez e diminuição da perfusão). 
❑ Necessária a reidratação endovenosa; 
❑ Trata-se de emergência médica e o usuário 
deverá ser transferido o mais rápido possível. 
 
→ Avaliação do Estado de hidratação do paciente 
 
 
❖ Não devem ser usados antieméticos e 
antiaerreicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
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HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
39 
 
 
OXIGENOTERAPIA 
A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio 
acima da concentração do gás ambiental normal (21%), 
com o objetivo de manter a oxigenação tecidual 
adequada, corrigindo a hipoxemia e consequentemente, 
promover a diminuição da carga de trabalho 
cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar 
e sanguíneo de oxigênio. 
 
❖ Anóxia: "Ausência" de oxigênio, um agravante da 
hipóxia; 
❖ Hipoxemia: Deficiência anormal de concentração de 
oxigênio no sangue arterial (baixa PaO2). Os 
principais sintomas de hipoxemia são: 
− Falta de ar Palpitações; 
− Irritação; 
− Confusão mental; 
− Sonolência; 
− Estado de coma; 
− Suores excessivos; 
− Cianose (lábios e extremidades tornam-se roxos). 
❖ Hipóxia: Diminuição da oferta de oxigênio aos 
tecidos; pode ser causada por coágulos e trombos em 
lugar especifico. Os sintomas mais comumente 
observados são: 
− Dores de cabeça; 
− Falta de ar; 
− Náuseas; 
− Fadiga; 
− Respiração rápida; 
− Reflexos pobres; 
− Cianose; 
− Fadiga mental; 
− Deficiência de visão; 
− Tonturas; 
− Convulsões. 
A falta de oxigênio no cérebro devido à hipóxia pode 
causar: Mudanças na consciência e movimentos 
descoordenados. 
 
 SINAIS DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO 
• Cianose; 
• Batimento de asa do nariz; 
• Frequência respiratória - bradipnéico ou 
taquipnéico. (Normal: 14-22 IPM) 
• Oscilações na respiração. 
− Avalição da saturação de oxigênio por meio do 
oxímetro (abaixo de 90% oxigenação inadequada); 
 
 Para aliviar o desconforto respiratório: 
OXIGENOTERAPIA – Dividida em um sistema de 
baixo fluxo e um sistema de alto fluxo. 
❖ SISTEMAS DE BAIXO FLUXO 
Fornecerem uma quantidade de oxigênio abaixo da 
demanda do paciente, ou seja, o aparelho não 
fornece todo o ar, apenas uma parte. Por isso, o 
tratamento pode ser feito com cateteres do tipo 
nasal, faríngeo ou transtraqueal, além de máscaras 
simples ou máscaras com reservatório de oxigênio; 
Cateter nasofaríngeo: Fornece quantidade 
moderada de oxigênio (30 a 50%) a um fluxo de até 
8 L/min; 
 Antes de colocá-lo tem que aspirar com o ar 
comprimido a vácuo: 
1. Vias aéreas superiores; 
2. Nariz; 
3. Boca. 
Aspira-se na ordem de esterilidade (do mais limpo para o mais 
sujo); 
• Usa-se umidificador para evitar ressecamento das 
vias aéreas; 
• A cada litro de oxigênio há absorção de 4% a mais 
pelo organismo; 
• Saturação natural de 95% de oxigênio. 
→ O cateter deve ser medido da ponta do nariz até a 
orelha, para depois ser introduzido. 
→ Após sua introdução, o cateter deve ser fixado no 
nariz; 
→ Como este cateter afeta a produção de secreção, 
deverá ser removido e substituído por um novo 
pelo menos a cada 8 horas e preferencialmente, na 
narina oposta. 
 
 
 
 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 
 
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• Cânula nasal: Fornece uma quantidade moderada 
de oxigênio (20 a 28%) com um fluxo de 1 a 8 litros 
por minuto; Quando o fluxo inspiratório for superior 
ao fluxo de oxigênio do dispositivo. 
 
❖ SISTEMAS DE ALTO FLUXO (mais preciso que o 
baixo fluxo) 
• Fornecem a quantidade total do oxigênio para o 
paciente, ou seja, ele respira apenas com o auxílio 
do aparelho; 
− Máscara de Venturi: Fornece uma concentração de 
oxigênio de 24% a 50%. O fluxo geralmente utilizado é 
de 4 a 12 litros por minuto, conectada diretamente a 
rede de O2. D 
Diâmetro da válvula é especifico para cada paciente. 
Quanto menor for o diâmetro

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