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Resumo de Habilidades Médicas 3ª ETAPA TURMA VII FAM – SP 2019 HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 1 SUMÁRIO 1. Anamnese Pediátrica RN...........................................2 2. Amamentação...........................................................4 3. Anamnese do Lactente..............................................6 4. Exame Físico do RN...................................................7 5. Exame Neurológico do RN........................................9 6. Avaliação Neurológica de 1 a 7 anos ..................... 13 7. Anamnese do Adolescente.....................................16 8. Dificuldade de Aprendizado....................................18 9. Espectro Autista......................................................23 10. Exame Neurológico do Adolescente e do Adulto...25 11. Anamnese do Idoso.................................................31 12. Demências..............................................................33 13. Terapia de Reidratação Oral – TRO.........................36 14. Oxigenoterapia.......................................................49 15. Insulinoterapia........................................................40 HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 2 ANAMNESE DO RECÉM NASCIDO FAIXAS ETÁRIAS • Recém-nascido: 0-28 dias • Lactente: 29 dias- 2 anos • Pré-escolar: 2-7 anos • Escolar: 7-10 anos • Adolescência • Pubescência - Feminina:10-12 anos - Masculina: 12-14 anos • Puberdade -Feminina:12-14 anos -Masculina: 14-16 anos • Pós-puberdade: -Feminina:14-18 anos -Masculina: 16-21 anos REALIZAÇÃO DA ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO • Nome: data: • Data de nascimento: • Sexo: cor: • Natural: procedência: • nome da mãe / idade / profissão • Nome do pai / idade / profissão • Irmãos: • Fonte da história e confiabilidade: • Estado civil: • Grau de escolaridade: − Pai − Mãe MOTIVOS DA CONSULTA • Queixa e duração • História pregressa da doença atual ANTECEDENTES NEONATAIS ❖ Condições do nascimento • Recém-nascido a termo (RNT) 37 sem – 41 sem 6/7 • Recém-nascido prematuro (RNPT) <37 sem • Recém-nascido pós-termo >= 42 sem ❖ Classificação • Adequado para idade gestacional (AIG) • Pequeno para idade gestacional (PIG) • Gigante para idade gestacional (GIG) ❖ Peso no nascimento • AIG - 3.500 g • Baixo peso <2.500g • Muito baixo peso <1.500g • Extremo baixo peso <1.000g ❖ Estatura em RNT: 49 cm ❖ Perímetro cefálico em RNT: 34 – 35 cm ❖ Perímetro torácico: 30,5 – 33 cm ❖ Perímetro abdominal:30,5 – 33,5 cm APGAR: Primeiro minuto; Quinto Minuto; Décimo Minuto. REVISÃO DOS SISTEMAS • Geral - alterações de peso, pele e mucosas, cor (icterícia neonatal), febre, sudorese; • Cabeça - cefaleia, deformidades; • Olhos - conjuntivite, acuidade, lacrimejamento; • Ouvidos - secreção, hipoacusia, otalgia; • Nariz - epistaxe, coriza, congestão; • Garganta - gengiva, rouquidão, dor; • Pescoço - dor, nódulos, cistos, torcicolo; • Cardíaco - dor, sopro, palpitação, taquicardia; • Respiratório - tosse, dor, expectoração, sibilos; • Digestivo - hábito intestinal, dor, icterícia; • Geniturinário - poliúria, padrão miccional, dor, cor, corrimentos, lesões; • Musculoesquelético - hérnias, fraquezas, dor, rigidez, deformidades; HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 3 • Nervoso - humor, perda de consciência, paralisia, tremor, dormência. HISTÓRIA VACINAL • Ao nascer: BCG e Hepatite B ❖ TESTE DO PEZINHO Idade de 0 a 28 dias de vida; Detecta doenças como: − Fenilcetonúria; − Hipotireoidismo Congênito; − Hemoglobinopatias (anemia falciforme); − Fibrose Cística; − Deficiência de Biotinidase; − Hiperplasia Adrenal Congênita; ❖ TESTE DA ORELHINHA; ❖ REFLEXO VERMELHO (olhinho); ❖ TESTE DO CORAÇÃO; ❖ TESTE DO QUADRIL. HISTÓRIA GESTACIONAL Pré-Natal • Início: 1º. Trimestre • Programa de humanização no Pré-natal e no nascimento; • Nº Mínimo de consultas: 6 Problemas maternos durante a gestação • Hipertensão arterial Crônica: Pode geral o descolamento prematuro da placenta, sofrimento fetal, prematuridade, retardo crescimento intrauterino [...] Moléstia hipertensiva específica da gravidez: Asfixia perinatal / morbidade e mortalidade materna. • Diabetes mellitus – Macrossomia, retardo crescimento intrauterino (comprometimento vascular materno) prematuridade, malformações congênitas, hipoglicemia; − Prevenção: Controle do diabete durante gestação. • Infecções congênitas: Rubéola / sífilis / citomegalovírus / toxoplasmose / hepatites B e C / HIV / herpes simples II / varicela / HIV. • Incompatibilidade sanguínea − Incompatibilidade Rh: Mãe Rh negativo e RN positivo − Incompatibilidade Rh – Eritroblastose Fetal ou Doença Hemolítica do Recém-Nascido. • Hipotireoidismo: Prematuridade / baixo peso • Álcool − Síndrome Fetal Alcoólica; − Aborto / prematuridade; − Problemas de comportamento. • Tabagismo: Abortamento /prematuridade / baixo peso; • Cocaína: Abortamento / prematuridade / retardo crescimento intrauterino/ Síndrome de abstinência; • Idade materna: Síndrome de Down. HISTÓRIA FAMILIAR • Doenças familiares: câncer, tuberculose, diabete, cardiopatia, epilepsia, consanguinidade, alergias (asma), doenças hereditárias. → Medicamentos Recém-Nascido a Termo – AD-til Recém-Nascido Pós -Termo – Polivitamínico (Protovit), A D E K, Sulfato ferroso e Zinco. EM CASO DE MICROCEFALIA ❖ Perímetro cefálico: <= 31,5 cm para meninas e 31,9 para meninos dentro da primeira semana de vida; → Segundo a tabela da OMS: Tabela do Estudo Internacional de Crescimento Fetal e do RN Padrão (RNPT) -Intergrowth. • Ao nascer com 2 a 3 desvios padrões (DP) abaixo da média para idade gestacional e sexo: Microcefalia leve; • Mais de 3 desvios padrões (DP) abaixo da média para idade gestacional e sexo: Microcefalia grave. ❖ Perímetro Torácico: 33 cm ❖ Perímetro Abdominal: 35 cm HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 4 AMAMENTAÇÃO VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO: • Vínculo, afeto, proteção e nutrição; • Intervenção mais sensível, econômica e eficaz; • Redução da morbidade e mortalidade infantil; • Impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê; • Abordagem integral e humanizada. VANTAGENS DO LEITE MATERNO: • Biodisponibilidade; • Proteção contra infecções, doenças respiratórias, problemas no TGI; • Proteção contra doenças não infecciosas e alergias; • Obesidade, hipertensão, hipercolesteronemia e diabetes; • Melhor desenvolvimento da cavidade bucal; ❖ Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, sem oferecer chá nem água; PRODUÇÃO DO LEITE MATERNO • Produzido nos alvéolos - levado até seios lactíferos por rede de ductos; • Para cada lobo mamário, há um seio lactífero com uma saída independente no mamilo. • Controlada principalmente pelos hormônios ocitocina e prolactina; • Grande parte do leite de uma mamada é produzido enquanto a criança mama – estímulos da prolactina. CARACTERÍSTICAS DO LEITE MATERNO • Principal proteína do leite materno: Lactoalbumina; (Principal proteína do leite de vaca: caseína – difícil digestão para a espécie humana). ❖ COLOSTRO: Produzido entre o 1º e o 5º dia após o nascimento; • Coloração amarelo gema e espesso; • Rico em proteínas e anticorpos - verdadeira vacina; • Eficaz na proteção contra infecções; • Ação laxativa; • Facilita a eliminação do mecônio; • Previne icterícia. ❖ LEITE DE TRANSIÇÃO: Produzido entre o 6º e 15º dia após o nascimento;• Rico em lipídios e lactose. ❖ LEITE MADURO: Produzido a partir do 15º dia após o nascimento; • Rico em todos os nutrientes que a criança precisa para se desenvolver; • Rico em IgA secretória (principal Ac ); • Atua contra microrganismos presentes nas superfícies mucosas; • IgM e IgG; • Macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T; • Possui fatores imunológicos: HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 5 - Lactoferrina; - Lisosima; - Fator bífido. • O leite maduro se subdivide em Leite anterior (Início da mamada) e Leite posterior (Final da mamada): − Leite anterior: Rico em proteínas, lactose, água e sais minerais; É o leite que hidrata o bebê. − Leite posterior: Maior índice de gordura; Saciedade, energia e ganho de peso. INÍCIO DA AMAMENTAÇÃO • Primeiros dias após o parto. NÚMERO DE MAMADAS POR DIA • Sem restrições de horários e de tempo de permanência na mama (amamentação em livre demanda); PEGA CORRETA • Pescoço do bebê está ereto ou um pouco curvado para trás, sem estar distendido; • Boca está bem aberta; • Corpo da criança está voltado para o corpo da mãe; • Barriga do bebê está encostada na barriga da mãe; • Todo o corpo do bebê recebe sustentação; • Queixo toca a mama; • Lábio inferior está virado para fora; • Há mais aréola visível acima da boca do que abaixo; • Ao amamentar, a mãe não sente dor no mamilo; • A mãe deve escolher uma posição que a deixe confortável. ALIMENTAÇÃO DA NUTRIZ • Ingestão de calorias e de líquidos além do habitual; • Consumo extra de 500 calorias por dia; SINAIS DE ALEITAMENTO SUFICIENTE • Mama 8 vezes ou mais em 24 horas; • Quando acorda fica alerta; • Bom tônus muscular; • Urina clara / mais de 6 vezes em 24 horas; • Bom ganho de peso (25-30g/dia); • Evacua várias vezes ao dia; • Sensação de descida do leite. MOTIVOS DE DIFICULDADE PARA AMAMENTAR • Ansiedade materna; • Depressão pós-parto; • Dor; • Stress; • Técnica inadequada; • Falta de orientação; • Falta de apoio; • Pressão excessiva. RESTRIÇÕES AO ALEITAMENTO • Doenças da criança: - Fenilcetonúria; - Galactosemia; - Leucinose (síndrome do xarope de bordo); • Doenças infecciosas maternas: - HIV; - HTLV; • Drogas utilizadas pela mãe: - Quimioterápicos; - Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação; INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA DA AMAMENTAÇÃO • Infecção herpética; • Varicela: 5 dias antes do parto a 2 dias após • Doença de Chagas (fase aguda); • Abscesso mamário (amamentação deve ser mantida na mama sadia); • Consumo de drogas de abuso. SEM RESTRIÇÃO AO ALEITAMENTO • Tuberculose; • Hepatite B (Vacina e a administração de imunoglobulina específica (HBIG)) • Hepatite C (Prevenção de fissuras mamilares); • Dengue; • Consumo de cigarros; HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 6 ANAMNESE DO LACTENTE ❖ Lactente: 29 dias- 2 anos Pré-escolar: 2-7 anos Escolar: 7-10 anos ❖ Toda criança até 6 anos deve possuir um Cartão da Criança • Identificação de um ou mais fatores de risco: – Baixo peso ao nascer; – Idades maternas extremas; – Gemelaridade; – Intervalo inter-gestacional curto (inferior a dois anos); – Criança indesejada; – Desmame precoce; – Mortalidade em < 5 anos; – Condições inadequadas de moradia, baixa renda e desestruturação familiar; Nessas situações deve haver um acompanhamento especial. CRESCIMENTO DO LACTENTE • Aumento do tamanho corporal Fatores intrínsecos – potencial genético; Fatores extrínsecos – Alimentação, Infecções (imunização adequada, infecções repetidas), Desnutrição (vulnerabilidade a episódios infecciosos mais graves e de maior duração). • Altura final do indivíduo Interação carga genética fatores do meio ambiente e variabilidade genética. ❖ Velocidade de crescimento pós-natal: Nos dois primeiros anos; ❖ A partir dos 5 anos: De 5 a 6 cm/ano até o início do estirão da adolescência. REALIZAÇÃO DA ANAMNESE • Nome: • Data da consulta: • Data de nascimento: • Sexo: • Cor: • Natural: • Procedência: • Nome da mãe/ Idade/ Profissão: • Nome do pai/ Idade / Profissão: • Irmãos: • Fonte da história e confiabilidade: • Estado Civil: • Grau de escolaridade: Pai e Mãe MOTIVOS DA CONSULTA • Queixa e duração • História pregressa da doença atual Queixas frequentes: “meu filho não come”, “meu filho fica muito doente”. REVISÃO DOS SISTEMAS – Interrogatório sobre os diversos sistemas • Segmento cefálico; • Cardiopulmonar (cansaço às mamadas); • Trato gastrintestinal (regurgitação, vômitos); • Osteoarticular; • Trato genitourinário (presença de corrimento nas meninas; analisar o jato da urina dos meninos.) ANTESCEDENTES PESSOAIS • Patologias; • Bronquiolite • Broncoespasmo / asma; • Convulsão febril; • OMA (Otite Média Aguda); • IVAS (Infecções das Vias Aéreas Superiores); • Amigdalites; • Internações. HISTÓRIA VACINAL • Olhar o cartão da criança e avaliar se o calendário de vacinação está em dia. ANTECEDENTES FAMILIARES HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 7 • Consanguinidade; • Antecedentes alérgicos (asma/rinite/dermatite atópica/alergia a medicações); • Antecedentes cardíacos (hipertensão arterial/ IAM / Hipercolesteronemia); • Antecedentes endocrinológicos (diabetes mellittus/ hipotireoidismo); • Crise convulsiva; • Óbito precoce. HISTÓRIA SOCIAL Avaliar: • A reciprocidade da mãe com o filho; • Se a criança se acalma no colo da mãe; • Se a criança olha para quando está sendo amamentada; • Convívio na escola, com os pais e irmãos; - Questionar patologias maternas e possível depressão pós-parto (psicoses); ALIMENTAÇÃO Até os 6 meses: Leite materno exclusivo em livre demanda (O LM contém tudo o que é necessário para o bebê, exceto vitamina A e D); - Não ofertar água nem chás; - Quando não for possível o aleitamento materno, ele deve ser substituído por uma fórmula infantil recomendada pelo médico. A partir dos 6 meses: Leite materno em livre demanda + introdução de papa de frutas/legumes; (As papas auxiliam no reflexo lingual, no processo de deglutição, no desenvolvimento da dentição; Ao completar 12 meses: Leite materno + papas + refeição básica da família. (O leite de vaca só pode ser introduzido a partir dos 12 meses). Leite materno pode manter-se até os 2 anos ou mais. A alimentação complementar da criança deve ser sem rigidez, respeitando a vontade da criança; Alimentação vasta e colorida, vários alimentos ao dia; Estimular o consumo de verduras, legumes e frutas; Evitar sal e guloseimas nos primeiros anos de vida; ATIVIDADE FÍSICA NA INFÂNCIA 6 a 12 anos – todos atos motores são possíveis – Iniciar programação de atividades físicas sistemáticas, com horários determinados e uma rotina estabelecida; – Escola + “escolinha de esportes”; • exercícios variados sempre de forma coletiva; 10 anos – escolha de um esporte específico; EXAME FÍSICO DO RECÉM NASCIDO 1) Apresentação adequada; 2) Anamnese completa; 3) Higienização adequada das mãos; 4) Exame físico completo. Materiais necessários para o exame: • Estetoscópio infantil; • Otoscópio; • Oftalmoscópio; • Balança calibrada; • Régua de medição (estadiômetro); • Fita métrica; • Espátula. REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO Higienização mãos; Ectoscopia ou somatoscopia: • É avaliação global do doente; • Dados gerais (independente da queixa do paciente); • A avaliação deve ser crânio-caudal. Segmento cefálico (inspeção e palpação): 1) Fácies 2) Alterações fenotípicas (Síndrome de Down); 3) Fontanelas - Tamanho; HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 8 - Fontanela anterior(bregma); - Tensão. 4) Crânio; 5) Formato - Cranistenose; 6) Abaulamento; 7) Malformações; 8) Olhos - Reflexo Vermelho, reflexo pupilar. 9) Narinas; 10) Pescoço; 11) Orofaringe – inspeção e palpação; Língua (frênulo lingual); 12) Fendas orofaciais; 13) Orelhas – Posição, forma, tamanho; Tórax: Frequência respiratória (40-60 rpm); Inspeção e ausculta. Exame cardíaco: Palpação dos pulsos (ritmo, simetria e amplitude); Frequência cardíaca (120- 160 bpm); Avaliar se a presença de sopros. Exame abdominal: Inspeção: – Globoso; – Coto umbilical; – Mamas; – Hérnias; – Diástese de reto abdominal; Palpação: – Flácido; – Fígado; – Baço; – Massas; – Hidronefrose; Antropometria: • Peso; Estatura; Perímetro cefálico; Perímetro torácico, Perímetro abdominal. • Peso: Deitado; Sem roupas; - Padrão: Ganhar 25-30 gramas/dia até 3 meses. • Estatura: Deitado; Corpo reto; Cabeça reta com apoio na parte superior da régua; Pés retos com apoio na parte inferior da régua. - Padrão: Ganhar 15 cm – 1°Semestre; 10 cm – 2°Semestre; • Perímetro Cefálico: Proeminência occiptal e arco das sobrancelhas; • - Padrão: Ganhar 2cm/mês – 1,2 e 3 meses; 1cm/mês – 4,5,6 meses; • Perímetro Torácico: Nível dos mamilos. • Perímetro Abdominal: Nível da cicatriz umbilical. Genitália: Meninos: • Examinar os testículos - posição do orifício ureteral centrado na glande; • Examinar se os testículos estão em seu local correto (caso não estiver serão testículos ectópicos. Quando os testículos não descem pelo canal inguinal durante a gestação, e o bebê nasce com os testículos na região abdominal, terá um criptorquidismo.) Meninas: • Examinar o clitóris; • Observar se não há fusão de pequenos lábios; • Presença de secreção; • Genitália ambígua (genitália masculina + genitália feminina -> dificulta a identificação do sexo). Sistema Osteoarticular: • Exame dos membros – simetria, articulação, movimentação; • Pé torto; • Artogripose – múltiplas contraturas articulares – congênita; - Identificar se é uma deformidade com relação genética ou por má posição. ❖ Quadril: • Realizar o exame do quadril para identificar se há alguma luxação. • Manobra de Ortolani HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 9 ❖ Quadril: • Com o bebê em decúbito dorsal avaliar: tumorações, malformações, penugens, espinha bífida. ❖ Extremidades: • Polidactilia; • Sindactilia (união entre dois ou mais dedos dos pés ou mãos.) Pele: • Coloração: Rosácea; Avermelhada; • Descamação fisiológica – pés e mãos; • Miliária – erupções avermelhadas com bolhas (brotoeja); • Eritema tóxico recém-nascido - manchas avermelhadas dispersas pelo corpo do bebê; • Dermatite seborreica – doença inflamatória que gera a descamação do couro cabeludo. Pode acometer a face e áreas de dobras - como atrás da orelha, pescoço, axilas e até a região da virilha. • Lanugem; • Dermatite das fraldas; • Equimoses; • Icterícia – zonas de Kramer EXAME NEUROLÓGICO DO RECÉM NASCIDO E LACTENTE É fundamental pois se detectar alguma anomalia, poderá ser corrigida por conta da plasticidade neural do SNC. O tratamento possibilita um desenvolvimento “normal”. • Sempre questionar: - História familiar. - História da gestação, do parto e do período neonatal; - História médica pós-natal; - Contexto social e familiar; Marcos do desenvolvimento. AVALIAÇÃO NEUROLÓGIA ❖ Atitude; ❖ Tônus; ❖ Reflexos primitivos; ❖ Equilíbrio estático e dinâmico; ❖ Coordenação apendicular (dos membros); ❖ Funções cerebrais superiores. DESENVOLVIMENTO NO 1º ANO DE VIDA HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 10 • Estreita relação entre as funções que aparecem e desaparecem com a evolução estrutural do SNC (crânio-caudal); • Funções mais elementares vão paulatinamente sendo substituídas por funções hierarquicamente superiores. REAÇÃO AUTOMÁTICA (DE SOBREVIVÊNCIA): O recém-nato gira a cabeça para um lado a fim de liberar as vias aéreas, esta reação está presente desde o nascimento; ela pode faltar no bebê que apresenta outras anomalias neurológicas. REFLEXO MAGNÉTICO: Em posição dorsal, com os quadris e os joelhos fletidos (posição simétrica da cabeça na linha media), os polegares do examinador são compridos sobre a sola do pé e lentamente retirados. O contato entre o dedo e a sola do pé mantém-se. as pernas estendem-se, o pé fica colado no dedo. REFLEXO DE MARCHA Após pormos o lactente em posição ereta, se inclinarmos seu tronco para frente, ele iniciará movimentos alternantes que nos dará impressão de marcha. REFLEXO DE TABELA Comprimindo a glabela, fecham-se os olhos. REAÇÃO DE POSICIONAMENTO (PLACING – REACTION) Segura-se por baixo dos braços, com os pés abaixo da borda da escada levantando devagar a criança; tocando de leve no dorso do pé, puxa-se este para cima pela borda inferior da escada, com o que o pé sobe na escada. A mesma coisa pode-se provocar com o dorso da mão. Esta reação também se chama reação de subida, porque a criança dá a impressão de poder galgar a escada. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 11 REAÇÃO DE GALLANT Resposta de flexão lateral do tronco diante a um estímulo com o dedo paralelamente à coluna vertebral desde a última costela até a crista ilíaca. A concavidade terá que estar voltada para o lado do estímulo. Este teste deve ser realizado bilateralmente com o lactante em prono ou em suspensão ventral. REAÇÃO POSTURAL LABIRÍNTICA Observamos a posição da cabeça em relação ao corpo ao colocarmos a criança nas posições: supino (levanta a cabeça ao 6° mês), prono (mantém elevada aos 4 meses), quando puxada para sentar (aos 4 meses) e em suspensão ventral (alinha com 8 semanas). REAÇÃO POSTURAL CERVICAL Com o lactante em supino, seguramos e viramos sua cabeça para um dos lados, ele responde acompanhando a cabeça com o tronco, virando-se para o lado. Esta reação desaparece aos 5 meses. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 12 REFLEXO DE PREENSÃO PALMAR REFLEXO DE MORO A estimulação mais utilizada é a queda da cabeça em extensão. “O examinador coloca a criança sabre um antebraço e apóia-lhe a cabeça com a outra mão. A mão que segura a cabeça move-se, então, para baixo; a cabeça da criança cai na mão aberta.” O lactente responde com elevação e abdução dos membros superiores junto a uma extensão dos dedos e em seguida os braços ficam fletidos e aduzidos, podendo ou não ser acompanhado por choro. Este reflexo desaparece no 5º mês. REFLEXO DA PREESÃO PLANTAR REFLEXO DE LANDAU O examinador, para testar esse reflexo precisa segurar o lactente firmemente em suspensão ventral. A partir dos 4 ou 5 meses de idade, o bebê normal reage à suspensão ventral com extensão de cabeça e tronco, por volta dos 6 a 8 meses, ele estende também os membros inferiores. O examinador flete a cabeça do lactente; esta é seguida pela flexão de tronco e pernas Quando se solta a cabeça, os membros, a cabeça e o tronco costumam voltar à posição de extensão, este reflexo aparece ao 4° mês. REFLEXO DE PÁRA-QUEDAS (DISPOSIÇÃO PARA SALTO) Segura-se a criança pela cintura com as duas mãos e aproxima-se a cabeça da plataforma com relativa rapidez. Antes da cabeça chegar à plataforma, os braços se estendem como se a criança fosse apoiar-se, este reflexo inicia aos 6 meses com mais evidência aos 9 meses. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 13 REFLEXOS PRIMITIVOS • 0 MÊS: Postura fetal; • 1 MÊS: Levanta o queixo; • 2 MESES: Levanta o peito; • 3 MESES: Procurar– agarrar – deixar escapar; • 4 MESES: Senta-se com apoio; • 5 MESES: Senta-se no colo; • 6 MESES: Senta em cadeiras altas; Agarra objetos; • 7 MESES: Senta-se sozinho; • 8 MESES: Fica em pé com ajuda; • 9 MESES: Fica em pé apoiado na mobília; • 10 MESES: Engatinha; • 11 MESES: Anda guiado; • 12 MESES: Anda segurando nos móveis; Fica em pé sozinho. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 1 – 7 ANOS • Atitude • Tônus • Reflexos primitivos • Equilíbrio estático e dinâmico • Coordenação • Funções cerebrais superiores ESCALAS DE AVALIAÇÃO DO DNPM Teste de Denver (DDST – teste de triagem de desenvolvimento de Denver): • Avalia do nascimento aos 6 anos • TRIAGEM Não é teste de QI ou preditor para habilidades futuras Compara a criança com outras da mesma idade; 1. Pessoal-social Aspectos da socialização da criança dentro e fora do ambiente familiar 2. Motricidade fina-adaptativa 3. Linguagem Produção de som, capacidade de reconhecer, entender e usar a linguagem 4. Motricidade ampla. Escala de Bayley III (2006): • Avalia 1 a 42 meses • Avaliam 5 domínios do desenvolvimento: 1. Cognitivo 2. Motor 3. Linguístico 4. Socioemocional 5. Comportamento adaptativo ENE (Exame Neurológico Específico): • Avalia de 3-7 anos • Dominância lateral, Tônus muscular e Reflexos profundos, Equilíbrio Estático, Equilíbrio Dinâmico, Coordenação Apendicular, Coordenação Tronco-Membros, Sincinesias, Atividade Sensitiva Sensorial e Persistência Motora HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 14 1.Linguagem: Expressão, fala, escrita, gestual, compreensão 2.Equilíbrio: Permanecer estático • Crianças menores: Sustento da cabeça, do tronco e membros inferiores; Manutenção da posição ortostática • Crianças maiores: Prova de Romberg; Manter-se em pé apoiado em um dos pés; Marcha; Corridas; Salto. 3.Motricidade Voluntária: Crianças que não colaboram com o exame; Inspeção de movimentos voluntários espontâneos Passiva: tônus muscular Involuntária: observação; reflexos superficiais e profundos. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 1. Motricidade grosseira 2. Motricidade fina e adaptação 3. Linguagem 4. Contato social 5. Audição 6. Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias = Conhecimento, noção e função de um objeto) 7. Esfíncteres ❖ 12 MESES: • Reflexos primitivos presentes Preensão plantar Cutâneo-plantar extensor em desaparecimento • Motricidade grosseira Fica sentada Fica em pé com apoio 1ºs. Passos • Motricidade fina e adaptação Tira brinquedos da caixa e coloca no lugar Apanha brinquedos longe e larga Acha brinquedos escondidos Deixa cair pequenos objetos por abertura estreita Preensão em pinça Brinca com telefone e interessa-se por estímulos mais finos Coloca cubo em cima de outro Bate 2 cubos • Linguagem 1 a 3 palavras Reage ao nome Imita sons • Contato social Entende quando repreendem ou elogiam Brinca de esconder Olha para o espelho Reconhece a si mesmo e outras pessoas Birra • Audição Vira-se em direção ao ruído Distingue qualidades Imitação de sons • Comportamento emocional Bom contato social Seleciona pessoas referenciais Curiosa Diverte-se com o que descobre ❖ 15 MESES: • Motricidade grosseira Caminha livremente • Motricidade fina e adaptação Pega objetos Imita trabalho caseiro Pode executar pequenas tarefas Come sozinho com colher Despe 1ªs peças de roupa Rabisca Torre de 2 cubos • Linguagem Compreende “sim” e “não” Diz palavras com sentido Imita bem ruídos • Contato social Entende o q o adulto quer dele Compreendem se elogiam ou repreendem Articula desejos próprios (às vezes por meio de truques) Manifesta conforto e desconforto • Audição Boa capacidade de ouvir e localizar ruídos ❖ 18 MESES: HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 15 • Motricidade grosseira Posição em pé Marcha Pé plano-valgo com pernas em ligeira rotação interna Chuta bola Sobe escada com ajuda Reflexos primitivos desaparecem • Motricidade fina e adaptação Colabora atividades simples Despe peças de roupa Torre de 3 cubos Lembra onde estão certos objetos Brinca concentrada e fantasiosamente Serve-se com colher • Linguagem Fala em torno de 10 palavras Frase com 2 palavras Boa compreensão da linguagem falada Obedece ordens simples • Contato social Participa vida familiar Senta-se à mesa p comer Brinca com outra criança Defende seu espaço. ❖ 2 ANOS: • Motricidade grosseira Permanece em pé com os pés juntos de olhos abertos “sem limite de tempo” Sobe e desce escada sem alternar os pés e com apoio • Motricidade fina e adaptação Chuta bola sob comando Constrói uma torre com 6 cubos • Linguagem Nomeia-se a si mesmo pelo pré- nome Capaz de dizer em torno de 50 palavras Construir frases de 3 palavras ou mais. ❖ 3 ANOS: • Motricidade grosseira Sobe e desce escada com os dois pés no mesmo degrau sem apoio • Motricidade fina e adaptação Constrói torres de 9 a 10 cubos Copia um traço vertical Faz prova dedo-nariz de olhos abertos 2 Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias) Localização da fonte sonora direta para trás Pode apresentar dislalias por supressão Copia linha reta Desenvolvimento psicossocial Capaz de socialização Criança que não consegue brincar necessita avaliação específica ❖ 4 ANOS: • Motricidade grosseira Permanece com pés juntos e olhos fechados por 30 Sobe e desce escada alternando os pés e sem apoio • Motricidade fina Prova dedo-nariz com olhos fechados Copia uma cruz • Funções cerebrais superiores (audição/linguagem/gnosias) Até 4 anos e 6 meses pode apresentar algumas reduções em encontros consonantais e dessonorizações Após fala corretamente: reconhece objetos familiares, denomina as cores preta e branca • Esfíncteres Controle vesical noturno em consolidação. ❖ 5 ANOS: • Motricidade grosseira Pula com o pé dominante a distância • Motricidade fina e adaptação Copia círculo / quadrado Toca a extremidade dos dedos com o polegar • Funções cerebrais superiores Conhece e nomeia todas as cores • Esfíncteres Controle completo vesical e anal ❖ 6 ANOS: • Motricidade grosseira HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 16 Pula com o pé não dominante a distância • Motricidade fina Bate com o indicador na mesa e o pé no chão de um lado, alternando com o outro lado do corpo • Funções cerebrais superiores Noção de direita e esquerda Reconhece os dedos. ❖ 7 ANOS: • Motricidade fina e adaptação Movimentos alternados e sucessivos com as mãos (diadococinesia) Copia um losango • Coordenação tronco-membros Passa do decúbito ventral à posição sentado, sem apoio • Funções cerebrais superiores Conhece a direita e esquerda no examinador. DESENVOLVIMENTO PSICOSOCIAL A partir dos 10 meses – Explora mundo – Ambiente superprotetor: impede desenvolvimento do prazer e o interesse pelo conhecer 16-24 meses – Consciência de sua separação em relação à mãe 12-24 meses – Estabelecer limites 24 meses – Lida com ausência da mãe (sabe que mãe sai mas volta) – Distingue dia da noite – Pode esperar – Fica tranquila – Brincar Fundamental – expressa desejos, medos e fantasias – não sabe brincar com outras crianças (processo de desenvolvimento psíquico) 36 meses – Capaz de socialização – Criança que não consegue brincar necessita avaliação específica. ANAMNESE DO ADOLESCENTE ❖ Puberdade: Conjunto de transformações físicas que acontece dos 10-18 anos; • Desenvolvimento psicológico simultâneo; • Transformações físicas; • Menstruação; • Alterações SNC; • Impulsos; ❖ Adolescência: Rápido crescimento físico e desenvolvimento; PERÍODOS ❖ PubescênciaFeminina:10-12 anos Masculina: 12-14 anos ❖ Puberdade Feminina:12-14 anos Masculina: 14-16 anos ❖ Pós-puberdade Feminina:14-18 anos Masculina: 16-21 anos HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 17 • Segunda fase de maior velocidade de crescimento, 11 cm/ano; • Aumenta da necessidade de nutrientes; • Transformações: Físicas / psicológicas; • Crescente independência; • Alterações psicológicas; • Busca de autonomia; • Definição identidade; • Influência de amigos; • Demandas escolares; • Pressões; • Modificação de preferências alimentares; • Rebeldia contra padrões familiares. ❖ Síndrome da Adolescência Normal • Comportamento contraditório; • Busca de si mesmo e da identidade adulta; • Invulnerabilidade; • Egocentrismo; • Espirito critico, questionadores; • Não ouvem os pais; • Impulsividade sexual; • Transtornos psiquiátricos; • Transtornos Alimentares: bulimia, anorexia; PRINCÍPIOS BÁSICOS NA CONSULTA DO ADOLESCENTE Ética; Confiança; Humanidade; Respeito; Reciprocidade. ❖ SIGILO MÉDICO: PRINCÍPIOS ÉTICOS • Privacidade; • Confidencialidade – Informações discutidas não podem ser passadas aos responsáveis sem a permissão do adolescente; • Sigilo – Situações em que o profissional percebe que o adolescente não tem condições de arcar sozinho com sua saúde ou se conduz de forma a causar danos a si ou a outras pessoas, a quebra de sigilo é justificada (Gravidez, AIDS, percepção da ideia de suicídio ou homicídio, drogadição e recusa ao tratamento); O paciente deve ser informado da quebra de sigilo; (Artigo 103 do Código de Ética Médica; Capítulo II, art. 17 do ECA.) – Em todos os casos em que se caracteriza uma situação de violência contra o adolescente -> Notificar o Conselho Tutelar; (Arts. 5o e 13 do ECA). • Sigilo médico – relação médico e paciente adolescente Quanto ao dever de privacidade, confidencialidade e intimidade versus representação/assistência do menor – Artigo 74 do Código de Ética Médica É vedado ao médico: – Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente. REALIZAÇÃO DA ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO; MOTIVO DA CONSULTA • Queixa e duração • História pregressa da doença atual ANTECEDENTES PESSOAIS • Patologias – Asma – Amigalites – Internações REVISÃO DOS SISTEMAS • Segmento cutâneo: Acne; • Segmento cefálico: Cefaleia (tensional / enxaqueca); • Cardiopulmonar: Síncope (reflexo vagal); • TGI: Gastrite/ Constipação intestinal; • Osteoarticular: Escoliose / alterações de postura; • Psicológico / psiquiátrico: Depressão/ Transtornos bipolares; ANTECEDENTES FAMILIARES • Consanguinidade; • Antecedentes alérgicos (asma / rinite / dermatite atópica / alergia a medicações); HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 18 • Antecedentes cardíacos (hipertensão arterial / IAM / hipercolesteronemia); • Antecedentes endocrinológicos (diabetes mellittus / hipotireoidismo); • Doenças neurológicas (Crise convulsiva); • Neoplasias; • Antecedentes psiquiátricos. HISTÓRIA SOCIAL • Questionar como é o convívio e a relação com os pais. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL • Questionar o adolescente sobre seus hábitos alimentares. • Observar: OBESIDADE: Hipertensão arterial, Diabetes Mellitus precoce, bullying e cyberbullying MAGREZA: Anorexia, bulimia. VACINAÇÃO HPV é prioritária na adolescência: voltada para meninos com idades entre 11 a 13 anos e meninas de 9 a 14 anos. SINAIS DE ALERTA • Mudança de comportamento habitual; • Mudança da forma de se relacionar com os colegas e professores; • Queda do rendimento escolar; • Excesso de faltas; • Atitudes autodestrutivas; • Comportamento delinquente. DIFICULDADE ESCOLAR ❖ Desenvolvimento Cognitivo • Busca identidades e diferenças; • Capacidade de raciocinar sobre o mundo de forma mais lógica e adulta; • Aplicar mesmos tipos de pensamentos a problemas diferentes; • Lógica interna consistente; • Solução problemas concretos; • Operam com números; • Usam relações espaciais; ❖ Desenvolvimento Emocional • Influenciado pelas aquisições cognitivas (autoestima); • Melhor compreensão das emoções; • Reconhecimento emoções dos outros; • Falar sobre seus sentimentos - Empatia, Solidariedade; • Socialização e comunicação. ❖ Interação Social • Grupos – Escolhe amigos (características e interesses comuns); GNOSIA: É uma função que permite a pessoa interpretar estímulos que vêm do exterior através dos órgãos dos sentidos. APRAXIA: É um distúrbio de caráter neurológico que se caracteriza pela perda da capacidade de realizar movimentos e gestos característicos de uma pessoa normal, mesmo essa pessoa tendo condições e habilidades físicas para tal. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 19 • Bullying - Medos; Baixa autoestima; • Pais - Impacto importante na personalidade; ❖ Dificuldade Escolar X Dificuldade de Aprendizagem • Dificuldade Escolar – Conjunto de problemas; – Causas múltiplas e variadas; – Biológicos, psicológicos, sociais, familiares, educacionais, pedagógicos, políticos, religiosos; – Resultado: Inúmeros fatores. • Dificuldade de Aprendizagem – Deficiências na esfera da leitura, escrita e matemática, causadas por disfunções neurológicas. ANAMNESE Identificação; Descrição das dificuldades: Quando começou; quais são; quem percebeu; Antecedentes neonatais e pessoais; Antecedentes familiares; Problemas visuais / auditivos / dificuldades escolares/ desempenho escolar dos irmãos; Expectativa da família; ❖ DNPM: • Interação social; • Motora; • Linguagem, fala, leitura, fluência e compreensão; • Escrita, comunicação usando a escrita, troca de letras; • Problemas na visão; • Problemas na audição; ❖ HABILIDADE: • Resolução problemas; • Jogos e brincadeiras; ❖ SONO; ❖ ATIVIDADES: • Observar as atividades preferidas e as executadas com excesso; ❖ HISTÓRIA ESCOLAR: • Idade de início; • Desempenho anterior; • Repetências; • Mudanças: escola ou professor; • Faltas; • Adaptação na escola; • Bullying; ❖ ESTÍMULO FAMÍLIA: • Leitura; • Acompanhamento escolar; • Nível de exigência; ❖ ATITUDE DA FAMÍLIA E DA ESCOLA; ❖ ROTINA; ❖ FATORES FAMILIARES: • Doença grave; • Alcoolismo; • Separação; • Brigas; • Violência doméstica; ❖ FATORES AMBIENTAIS • Uso de drogas, álcool; • Isolamento social; ❖ CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS: • Escolaridade dos pais; • Acesso à leitura; Avaliações: • Visual; • Auditiva; • Linguagem; HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 20 • Nutricional – obesidade. Conduta: • Rotinas: Sono, estudo, atividades; • Reforço positivo; • Relatório da escola; • Conversar em separado; Função do Pediatra • Acompanhamento; • Avaliação psicopedagógica em conjunto com a escola; • Promover: autoestima, resiliência; • Ética; Prevenção • Ação integral à saúde • Acompanhamento do desenvolvimento • Ação junto à família DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM ❖ Segundo estimativas da Organização Psiquiátrica Americana: 2 a 10% da população possuem Transtornos da Aprendizagem; ❖ O Diagnóstico e a intervenção é multidisciplinar: Neurologista, psicopedagogo, psicólogo, fonoaudióloga. ❖ Dificuldades heterogêneas: • Auditiva; • Fala; • Leitura; • Escrita; • Raciocínio matemático. ❖ Pode ser percebida pelo professoro(a) e diagnosticada por profissionais especializados; ❖ Na pré-escola pode ser evitado e é importante respeitar o nível cognitivo da criança e permitir que ela possa interagircom o conhecimento; → Observar, compreender, classificar e analisar; ❖ Alterações fenotípicas: avaliação geneticista; TRANSTORNOS: → Transtorno de leitura: – Dificuldade específica em compreender palavras escritas; → Transtorno de matemática: – Dificuldade em associar habilidades matemáticas básicas com o mundo que a cerca; → Transtorno de expressão escrita: – Dificuldade nas habilidades referentes à escrita; → Transtorno não-verbal de Aprendizagem: – Comunicar razoavelmente bem do ponto de vista verbal; – Área mais comprometidas: Interpretação de textos e aritmética; – Dificuldades para decorar a tabuada e realizar operações aritméticas mais complexas; – Dificuldades: andar de bicicleta e amarrar cadarços; – Desenhos: Imaturos, simplificados; – Dificuldades para compreender os aspectos implícitos na interação social e na linguagem (ironia e sarcasmo); – Pode existir sobreposição com o espectro autista; – Dificuldade para aprender com a experiência. → Dislalia: – Dificuldade em articular as palavras (Cebolinha); Omissão, substituição ou deformação de fonemas. → Disortografia: – Dificuldade de aprendizado e desenvolvimento da linguagem escrita expressiva. Ex. “todos” por “totos”; – Pode ocorrer associada à dislexia; – Falta vontade de escrever; – Dificuldade em perceber sinalizações gráficas; – Textos muito reduzidos; – Aglutinação ou separação indevida de palavras. → Discalculia: HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 21 – Incapacidade de compreender e manipular números; – Introspecção espacial; – Memória pobre; – Confusão de sinais (+ / - / x /÷); – Dificuldade em diferenciar direito e esquerdo; – Não consegue dizer qual dos números é o maior; – Ausência senso de direção; – Pouca habilidade em aprender e recordar conceitos matemáticos; – Dificuldade de manter a contagem durante jogos. → Dislexia: – Verificar antecedentes familiares; – Neurobiológico; – Habilidade deficiente em compreender palavras ou frases escritas e impressas; – Distúrbio da leitura – Atraso na aquisição da linguagem oral – não se lembrar do nome, das coisas, vocabulário pobre. – Dificuldades para aprender rimas e canções – Deficiência na coordenação motora fina – desenhar, recortar, pintar, etc. – Dificuldades para entender o que está ouvindo. → Dislexia – pré escola: – Dispersão; – Atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem; – Dificuldade de aprender rimas e canções; – Fraco desenvolvimento da coordenação motora; – Dificuldade com quebra-cabeças; – Falta de interesse por livros impressos; → Dislexia – Idade escolar: Leitura – Dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita; – Pobre conhecimento de rima e aliteração (sons iguais no início das palavras); – Trocas (visuais e auditivas), substituições, omissões de palavras; – Não automatizada, entrecortada; – Não fluente, sem entonação, não percebe modulações; – Pouca compreensão; – Evita ler; – Não desenvolve hábito de leitura; – Medo acentuado de ler em voz alta; – Cansaço e desânimo quando lê; – Compreende quando leem para ele. Escrita – Dificuldade para copiar de livros ou lousa; – Dificuldade na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas) e/ou grossa (ginástica, dança); – Lento, cansa-se rapidamente; – Tarefas em sala de aula incompletas; – Extrema dificuldade para redigir, produzir textos ou respostas por escrito; – Pouco arquivo pessoal (dificuldade para armazenar conteúdo informativo); – Limita-se ao escrever: medo dos erros; – Precisa de um tempo maior para elaborar a resposta. Matemática – Ótimo raciocínio lógico; – Pode ser rápido no raciocínio e errar – queima etapas; – Cálculos mentais, arrisca muito fazendo previsões ou se utiliza de recursos concretos para fazer cálculos (dedos ou desenha palitinhos); – Muita dificuldade para produzir e identificar sequências numéricas; – Comete trocas e/ou inversões de números, sinais, operações; – Dificuldades para memorizar tabuadas; – Pode cometer erros por perdas (ou trocas) de dados do enunciado; – Confusão: direita/esquerda; em cima/embaixo; – Dificuldades para amarrar (cadarços) e para abotoar; – Dificuldade para memorizar sequências; – Nas provas: Tensão; Necessita de um tempo maior e de avaliações orais; Doenças em vésperas; – Desatenção e dispersão (pode vir associada déficit de atenção e/ou combinado com hiperatividade); – Esquece-se de fazer ou levar trabalhos e materiais escolares; – Não anota nada na agenda e se anota se esquece de olhá-la; – Desorganizado com seus pertences pessoais (material escolar) e quarto; – Perde objetos pessoais; – Desatenção e dispersão; – Desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalho escolares; – Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas; HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 22 – Vocabulário pobre; – Comprometimentos em sua vida pessoal, emocional e profissional; – Baixa estima, insegurança e pouca confiabilidade em suas possibilidades; – Não apresenta disciplina para o trabalho; – Em casa necessita de auxílio para suas tarefas escolares; – Dificuldade para aprender língua estrangeira na leitura e escrita; – Dificuldades para soletrar as palavras; – Dificuldade acentuada para perceber a sílaba tônica das palavras; – Dificuldade para relatar uma história ou um filme a que assistiu; Diagnóstico - Equipe multidisciplinar: Neuropsicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo. Tratamento Psicopedagógico • Alfabetização; • Organização; • Disciplina; TDAH – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE • Transtorno neurobiológico; • Causas genéticas -> Aparece na infância. Tríade: Desatenção, Inquietude e Impulsividade. Transtorno mais comum em crianças e adolescentes - 3 a 5% Distúrbio de realização: Geralmente são inteligentes, sensíveis, curiosos, criativos, atrevidos, inventivos, com muita energia, espontâneos. Classificação: • Tipo Desatento; • Tipo Hiperativo-Impulsivo; • Tipo Misto / Combinado; • Tipo não-Específico. TDAH – HIPERATIVO-IMPULSIVO • Não conseguem controlar/inibir seus impulsos; • Dificilmente ficam quietos num lugar por muito tempo; • Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira; • Dificuldade em permanecer sentada • Fala excessivamente; • Fala sem pensar (inconvenientes); • Interrompem a fala dos outros; • Dificuldade em esperar sua vez; • Responder a questões antes de serem totalmente formuladas; • Agem como se fosse movida a motor; • Incapazes de planejar com antecedência; • Não sabe lidar com fracasso e frustração; • Ansiosos, sentem-se incompreendidos e irritam-se com facilidade; • Desorganizados: material escolar, mochila, mesa, planejamento de suas tarefas (Deixam para a última hora, quando não deixam de fazer tal atividade); • Problemas de memória frequentes - Esquecem nomes, datas de trabalhos, provas, perdem ou esquecem objetos com facilidade; • Preocupação e ansiedade crônicas; • Autoestima fragilizada- Rótulos negativos; TDAH – DESATENTO • Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado; • Dificuldade em manter a atenção; • Parece não ouvir; • Dificuldade em seguir instruções; • Dificuldade na organização • Evita / não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado; • Frequentemente perde os objetos necessários para uma atividade; • Distrai-se com facilidade; • Esquecimento nas atividades diárias. TDAH – ADULTOS • Desatenção no cotidiano e no trabalho; • Problemas de memória; • Inquietos; HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 23 • Vivem mudando de uma coisa para outra; • Impulsivos; • Grande frequência relacionados a problemas: Drogas e álcool, ansiedade, depressão.Diagnóstico Crianças e Adolescentes: SNAP-IV Adultos: ASRS-18 ❖ ASRS- 18 → Triagem; • Diagnóstico correto e preciso; – Profissional especializado; – Sintomas podem estar associados a outras comorbidades correlatas e/ou outras condições clínicas; Tratamento Multimodal: – Medicamentos; – Orientação aos pais e professores; – Técnicas específicas que são ensinadas ao portador; – Psicoterapia; Terapia Cognitivo Comportamental: – Psicólogos; – Fonoaudiólogo: Transtorno de Leitura e Transtorno da Expressão Escrita. ESPECTRO AUTISTA ❖ Classificação (DSM-IV-TR) Transtornos Globais do Desenvolvimento • Transtorno Autista • Transtorno de Asperger • Transtorno Global do Desenvolvimento não especificado • Transtorno Desintegrativo da Infância • Transtorno de Rett ❖ Classificação (DSM-IV-TR) Transtornos do Espectro Autista • Transtorno Autista • Transtorno de Asperger • Transtorno Global do Desenvolvimento não especificado → Transtorno do Espectro Autista atinge 4 meninos para 1 menina. Já, o Asperger, 8 meninos para 1 menina. COMPROMETIMENTO EM 3 ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO – Interação social – Linguagem e comunicação verbal e não verbal – Comportamentos e interesses restritos e repetitivos (estereotipados, problemas com imaginação); Os prejuízos na comunicação, comportamento e interação social se iniciam dentro dos 3 primeiros anos de vida. ❖ Espectro autista se divide em graus e severidade: Os casos mais graves caracterizam-se por uma completa ausência da fala, por comportamentos extremamente repetitivos, não usuais, auto prejudiciais e agressivos. Já, os casos mais leves, (Síndrome de Asperger ou autismo de alto funcionamento) pode ser quase imperceptível e podem se confundir com timidez, falta de atenção e excentricidade. INTERAÇÃO SOCIAL – SOCIALIZAÇÃO • Prejuízos comportamentos não verbais como contato visual direto, expressão fácil, gestos comunicativos; • Dificuldade para estabelecer relacionamentos; • 70% associados a RDNPM • 29,3% deficiência leve/moderada • 38,5% deficiência severa/profunda HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 24 • Dificuldades para compartilhar prazer, interesses ou desconforto; • Falta de reciprocidade social/emocional; • Isolamento (como se estivesse em outro mundo); • Dificuldade de estar com mais de um; • Abordagem - Modo desastrada e inábil; COMUNICAÇÃO • Atraso ou ausência da fala; • Dificuldade para iniciar ou manter conversação; • Uso estereotipado e repetitivo da linguagem; • Dificuldade na compreensão; • Alterações na articulação; • Dificuldades para compreender metáforas; • Dificuldades para compreender figuras de linguagem; • Pouca linguagem verbal e não verbal; • Fala limitada com repetições (ecolalias); • Reprodução de trechos que ouviu que são colados; • Comum uso de 3ª. pessoas ao invés de eu; • Abreviação de frases; • Expressão do estritamente necessário; • Contato social e troca de ideias ignorados. PADRÕES RESTRITOS DE COMPORTAMENTO, INTERESSES E ATIVIDADES Maneirismos estereotipados e repetitivos, apego excessivo a rotinas, preocupação persistente com partes de objetos. COMPROMETIMENTO DA IMAGINAÇÃO • Repetição de movimentos; • Repetição de rotinas; • Repetição atividades específicas; • Reações comportamentais violentas frente a mudanças de rotina; • Rituais; • Perfeccionismo. SINAIS PRECOCES • Criança não reage quando é chamada pelo nome; • Não pede a “atenção conjunta - Sugere a capacidade de compartilhar algo com outra pessoa; • Não imita o comportamento de outros - Sorrindo, dando tchauzinho ou batendo palmas; • Não brinca de faz de conta; • Não reage emocionalmente - Menos probabilidade de sorrir em resposta ao sorriso de outra pessoa ou de chorar quando observam outra criança chorando. ❖ Sintomas que podem sugerir Espectro Autista → Preferência pela solidão; → Hiperatividade ou extrema inatividade; → Insistência em repetição; → Resistência a mudança de rotina; → Repete palavras ou frases constantemente; → Recusa colo ou afagos; → Dificuldades em expressas necessidades, usa gesticular e apontar no lugar das palavras; → Excesso de raiva sem razão aparente; → Risos inapropriados; → Inapropriada fixação por objetos inanimados; → Insensibilidade à dor; → Ausência de respostas aos métodos normais de ensino; → Ausência de noção de perigo; → Age como se estivesse surdo - Surdez aparente; → Poses bizarras (ficar de cócoras por muito tempo, ficar em pé em uma das pernas); → Habilidade motora irregular. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 25 SÍNDROME DE ASPERGER ❖ Linguagem: Preservada ❖ Capacidade cognitiva: Normal ou até elevada (são pessoas consideradas muito inteligentes, em áreas específicas) ❖ Dificuldade nos relacionamentos sociais, na compreensão das convenções sociais e da expressão afetiva das outras pessoas • Baixa empatia • Dificuldade em compreender comportamentos não verbais; ❖ Falham no entendimento das relações humanas e regras do convívio social; ❖ Ingênuos; ❖ Carentes de senso comum; ❖ Inflexibilidade e falta de habilidade para lidar com mudanças; • Facilmente estressados; • Emocionalmente vulneráveis; ❖ Muitos se casam; • Dificuldades de interação dentro e fora da família; • Risco aumentado de problemas de humor e depressão; ❖ Podem seguir profissão; DIAGNÓSTICO Deve aparecer antes dos 3 anos de idade Pais: primeiros a notar algo diferente - Não há testes laboratoriais ou de imagem Equipe multiprofissional; Critérios de diagnóstico: • Poucas ou limitadas manifestações sociais; • Habilidades de comunicação não desenvolvidas; • Interesses e atividades repetitivos; TRATAMENTO – Medicamento – Psicoterapia – Fisioterapia EXAME NEUROLÓGICO DO ADOLESCENTE E DO ADULTO ❖ Causas de lesões: • Congênitas; • Neoplásicas; • Vasculares; • Infecções; • Doenças Inflamatórias; • Doenças Metabólicas; • Intoxicações; • Doenças Desmielinizantes; • Doenças degenerativas; • Traumas. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO – Controla as funções viscerais: SIMPÁTICO: Origina-se na região torácica e lombar da medula espinal; Tem seus gânglios próximos à medula espinal; Respostas de luta/fuga. PARASSIMPÁTICO: Origina-se no tronco encefálico e na região sacral da medula; Tem seus gânglios próximos ou no interior dos órgãos. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 26 ❖ Diagnóstico Neurológico: • Diagnóstico anatômico – local da lesão; • Diagnóstico sindrômico – disfunção fisiopatológica; • Diagnóstico etiológico. − Localização: Direita ou esquerda; Dorsal ou ventral; Central ou periférica. ❖ Efeitos da lesão neurológica: • Perda, déficit, abolição ou destruição; • Paralisia; • Hipoestesia – perda ou diminuição da sensibilidade; • Arreflexia – ausência de reflexos; • Hemianopsia; • Cegueira; • Surdez; • Dor; • Crises epléticas. ANAMNESE Identificação; Motivos da consulta; História da Moléstia Atual: - Localização; - Duração; - Intensidade; - Frequência; - Tipo; - Fatores que desencadeiam, agravam ou atenuam; Antecedentes pessoais; Interrogatório sobre diversos sistemas; Antecedentes familiares; Antecedentes epidemiológicos; Vacinação. EXAME FÍSICO GERAL Sinais vitais; Aspecto geral; Pele e anexos; Gânglios linfáticos; Segmento cefálico; Pescoço; Cardiovascular; Abdome; Músculo-esqulético. EXAME ESPECÍFICO – NEUROLÓGICO MARCHA Solicitar ao paciente que ande em linha reta com os olhos fechados. - Observar postura, balanço dos braços, movimento das pernas e posição dos pés. • A partir do exame de marcha é possível diagnosticar: Marcha Espástica: − Membros inferiorescom extensão forçada; − Pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar; − Frequente em paralisia cerebral; Marcha Escarvante: − Paralisia do movimento de flexão dorsal do pé; − Ao tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior; − Poliomielite. Marcha vestibular: − Paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda; − É como se fosse empurrado para o lado ao tentar mover-se em linha reta. Marcha Parkinsoniana − Andar vagaroso com passos pequenos; − cabeça permanece inclinada para a frente; − Paciente anda enrijecido, sem o movimento automático dos braços. EQUILÍBRIO Avalia o equilíbrio estático (manutenção da postura) e o equilíbrio dinâmico (durante a transferência de movimento). − Solicita-se que o paciente permaneça em pé com os pés juntos e com olhos abertos; empurre-o levemente – Avaliar se o paciente precisa ficar HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 27 olhando para o chão e para os lados para se manter em equilíbrio. − Solicita-se que o paciente permaneça em pé com os pés juntos, e feche os olhos; empurre-o levemente – Se mesmo empurrando-o permanecer em equilíbrio, está tudo certo. Porém se a queda for inevitável – Sinal de Romberg positivo (lesão nos fonículos da medula). COORDENAÇÃO Com os olhos abertos e em seguida com os olhos fechados, pedir para o paciente tocar a ponta do nariz alternando braços. TÔNUS O tônus é uma leve resistência muscular sentida pelo examinador conforme a extremidade relaxada é movimentada passivamente através da sua amplitude do movimento. Solicita-se ao paciente a deixar a extremidade firme; A extremidade é apoiada e para um tônus considerado normal o examinador deve sentir uma resistência suave e continua através de toda a amplitude; Quando há uma força, uma resistência aumentada, há um hipertonicidade; Quando há pouca resistência, o membro está flácido, há uma hipotonicidade. FORÇA MUSCULAR O examinador solicita para que o paciente faça uma força contraria a qual ele irá aplicar nos membros extensores, flexores, adutores e abdutores. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 28 SENSIBILIDADE ❖ Superficial ➢ Tátil: O examinador pede para o paciente fechar os olhos e estender os braços; Com o auxílio de um chumaço de algodão ou pincel de cerdas finas, o examinador passa-o levemente primeiro em um membro e depois no outro; - Pergunta ao paciente se sentiu a mesma sensação em ambos os braços. ➢ Térmica: Com os braços estendidos e olhos fechados, o examinador toca levemente a pele do paciente com cubos de gelo e o questiona se o estímulo foi igual nos dois braços; ➢ Dolorosa: Paciente com os braços estendidos e olhos fechados, o examinador utiliza de uma agulha ou alfinete para tocar levemente os membros; Questionando se há a presença do estímulo a dor e se o estímulo é igual nos dois braços. ❖ Profunda ➢ Vibratória: Uso de diapasão com 128 ciclos/segundo; ➢ Pressão: Paciente com os braços estendidos e olhos fechados; o examinador realiza pressões manuais em ambos os membros; Questiona o paciente sobre sua sensibilidade e se o estímulo é igual; ➢ Cinética postural: Paciente com os olhos fechados; Examidor levanta o branço do paciente em determinada direção e pede para o mesmo descrever a localização do membro. ➢ Estereognosia – capacidade de reconhecer objetos pela sua forma: - Paciente com os olhos fechados; Examidor lhe entrega um objeto para reconhece-lo pela suas formas táteis. REFLEXOS ❖ Superficiais: ➢ Cutâneo Abdominal: Com o auxílio de um pincel de cerdas finas; Examinador toca levemente no sentido latero medial na região epigástrico (T6-8) - superior, umbilical (T8-10) - medial e hipogástrico (T10-12) – inferior; HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 29 ➢ Cutâneo Plantar: Com o auxílio de um pincel de cerdas finas ou uma pena, o examinador estimula a borda lateral da planta do pé. - Resposta normal: flexão dos dedos dos pés; - Resultado anormal: extensão dos dedos do pé ou flexão dorsal do hálux. – Sinal de Babinski + − O sinal de Babinski indica lesão da via piramidal ou corticoespinal. ❖ Profundos: ➢ Reflexos axiais da face: Com leves batidinhas do martelo, o examinador examina os reflexos da face; ➢ Reflexo Bicipital – flexão do antebraço. ➢ Reflexo tricipital: Acima do olecrâneo cubital; Extensão do antebraço. ➢ Reflexo braquio-radial: Músculos flexores da mão. ➢ Reflexo das falanges: Só haverá resposta reflexa caso houver alguma patologia; ➢ Reflexo de Aquileu: Com o paciente de joelhos sobre uma cadeira e com os pés para fora do assento, promover a percussão com o martelo no tendão do calcâneo; Extensão do pé sobre a perna. ➢ ➢ Reflexo Patelar: Com o paciente sentado e com as pernas pendentes, promover a percussão com o HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 30 martelo no tendão da patela junto à articulação do joelho; Extensão da perna. PARES CRÂNIANOS Nervo Olfatório: • Pede-se ao paciente para fechar os olhos, tapando uma narina e aproximando, da outra, a substância odorífera. Questionar se sente ou não o cheiro, se o odor é agradável ou desagradável e se identifica o odor. Pode se identificar com o exame: - Patologias: anosmia, hiposmia e parosmia/cacosmia/alucinações olfatórias. Nervo Óptico: • Examinador utiliza um oftalmoscópio para realizar o exame da retina através da fundoscopia; • Campo visual: Solicita-se que o paciente permaneça com seus olhos fixos; O examinador estende seus braços na posição horizontal e os desloca pelo campo periférico do paciente. Pergunta-se ao paciente se vê as mãos e se estas estão movimentando-se ou encontram-se paradas; • Acuidade visual: Utilização da lâmina de Snellen a 60 cm de distância; Nervo Oculomotor, troclear e abducente – movimentação ocular. • Reflexos pupilares: reflexo fotomotor e consensual: Incidir a luz sobre a pupila de 1 olho e depois sobre a pupila do outro, observando a contração. • Movimentação ocular: Paciente com a cabeça parada; Examinador com o dedo indicador se explora os movimentos oculares para cima, baixo, direita, esquerda. Repete-se o movimento com o outro olho. Nervo Trigêmeo: • Para avaliar a resistência, o examinador pede para o paciente morder um palito; O examinador faz um pressão no palito para mensurar a resistência da mandíbula. Nervo facial: Examinador solicita ao paciente que: - Enrugue a testa (músculos frontais); - Feche os olhos com força (músculo orbicular da pálpebra); - Sorrir. Nervo vestíbulo-coclear: Coloque um diapasão vibrando em frente ao meato auditivo externo e pergunte se o paciente pode escutá-lo. Nervo glossofaríngeo e nervo vago: • Reflexo faríngeo (vômito): A partir de um estímulo mecânico na parede posterior da faringe, enquanto o paciente pronuncia a letra "a" com a boca bem aberta. Nervos acessórios: • Inspeção do paciente observando a existência de assimetrias de relevo das massas musculares do pescoço, ombro e escápula; Solicita-se ao paciente que levante os ombros contra resistência exercida pelo examinador. Para avaliar a força do esternocleidomastóideo, deve- se pedir ao paciente que gire a cabeça contra a nossa oposição. Nervo hipoglosso: Pede-se ao paciente que ponha a língua para fora, movimentando-a em todas as direções possíveis. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 31 ANAMNESE DO IDOSO Princípios básicos – Ética; – Confiança; – Humanidade; – Respeito; – Reciprocidade.• Senescência – Processo natural • Senilidade – Envelhecimento acompanhado de doenças; Relacionamento afetivo: - Parceiro fixo; - Relacionamento casual; - Sexualidade; - Uso de preservativos. Antecedentes pessoais: -Bebida; -Doença crônica; -Tabagismo; Equilíbrio e mobilidade; Função cognitiva; Deficiências sensoriais; Condições emocionais; Suporte social; Condições ambientais; Capacidade funcional; Estado nutricional; Incontinência urinária; ❖ Idoso > 60 anos ❖ Expectativa de vida: • 1999 − Homens 66,3 anos − Mulheres 73,9 anos • 2009 − Homens 69,4 anos − Mulheres 77 anos 3,6 viúvas/homem viúvo • 2025 − 34 milhões idosos − 6º. País (16º. em 1950) HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 32 ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA MINI EXAME MENTAL ❖ Orientação espacial (0-5 pontos) − Em que dia estamos? o Ano o Semestre o Mês o Dia o Dia da Semana − Onde estamos? o Estado o Cidade o Bairro o Rua o Local ❖ Repita as palavras (0-3 pontos) o Caneca o Tijolo o Tapete ❖ Cálculo (0-5 pontos) • O senhor faz cálculos? – Sim (vá para a pergunta 4a) – Não (vá para a pergunta 4b) 4a. Se de 100 fossem tirados 7 quanto restaria? E se tirarmos mais 7? (5 vezes seguidas) ❑ 93 ❑ 86 ❑ 79 ❑ 72 ❑ 65 4b. Soletre a palavra MUNDO de trás pra frente ❑ O ❑ D ❑ N ❑ U ❑ M ❖ Memorização (0-3 pontos) Peça para o entrevistado repetir as palavras ditas há pouco. o Caneca o Tijolo o Tapete ❖ Linguagem (0-2 pontos) Mostre um relógio e uma caneta e peça para o entrevistado para nomeá-los. o Relógio o Caneta ❖ Linguagem (0-3 pontos) Siga uma ordem de 3 estágios: o Pegue esse papel com a mão direita. o Dobre-o no meio. o Coloque-o no chão. ❖ Linguagem (1 ponto) − Solicite ao entrevistado que repita a frase: o NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ. − Escreva em um papel: "FECHE OS OLHOS". Peça para o entrevistado ler o a ordem e executá-la. − Peça para o entrevistado escrever uma frase completa. A frase deve ter o um sujeito e um objeto e deve ter sentido. Ignore a ortografia. − Peça ao entrevistado para copiar o seguinte desenho. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 33 ❑ Verifique se todos os lados estão preservados e se os lados da intersecção formam um quadrilátero. Tremor e rotação podem ser ignorados. DEMÊNCIAS EM IDOSOS ❖ Déficit cognitivo: → Memória • Registro; • Retenção; • Evocação; → Afasia • Linguagem; – Mutismo / ecolalia / sem sentido; → Apraxia • Execução atividades motoras; → Agnosia • Identificação objetos; → Perturbação do funcionamento executivo. • Sinais de alerta: • Esquecimento - Interferindo função; • Distúrbio linguagem; • Desorientação no tempo e espaço; • Comprometimento de julgamento; • Comprometimento do raciocínio abstrato; • Perda frequente de objetos; • Alteração do humor e do comportamento; • Mudança de personalidade; • Perda da iniciativa; ❖ Sintomas comportamentais: • Agitação; • Agressão física; • Gritos; • Comportamentos inapropriados; • Desinibição sexual. ❖ Sintomas psicológicos: • Humor depressivo; • Alucinações; • Delírio ALZHEIMER ❖ Geralmente acomete pessoas com mais de 65 anos; ❖ Comprometimento cognitivo gradual de evolução lenta; • Perca gradual da memória - Geralmente 1º. Sintoma; • Afeta globalmente funções cognitivas específicas - quadro afásico, apráxico, agnósico e amnéstico; → Avaliação cognitiva - dois níveis de complexidade: Avaliação dos resultados ❖ Soma de todas as caselas, cada uma vale 1 ponto; – Normal: acima de 27 pontos – Demência: • menor ou igual a 24 pontos • se menos de 4 anos de escolaridade • 17 pontos ❖ Escore médios para depressão: – Depressão não-complicada: 25,1 pontos – Prejuízo cognitivo por depressão: 19 pontos HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 34 – primeiro nível é de rápida e fácil aplicação: testes abreviados e escalas; Avalia o grau de autonomia do paciente; − Segundo nível: Aprofunda a avaliação; ANAMNESE DO PACIENTE COM ALZHEIMER Pontos específicos: • primeiros sinais de anormalidade que foram detectados; • evolução Doenças pregressas: • AVC; • Cardiopatias; • Diabetes; • Depressão; • doenças neurológicas; • Desmaios; • Convulsões; • Quedas com contusão craniana; Medicação utilizada; Memória; Comportamento: • Explosões de raiva sem motivo relevante; • Mudanças bruscas de comportamento; • Depressão/ desinteresse / agressividade; • Mudança na personalidade prévia; • Antissocial; • Comportamento sexual inadequado; • Sente-se perseguido/ roubado/ tem visões/ ouve vozes; Comunicação e autonomia • Dificuldade para encontrar palavras; • Problemas nas tarefas cotidianas (recados telefônicos, vestir-se, controle do saldo bancário e banhar-se) Orientação • Dificuldades na orientação temporoespacial; • Confunde dias e horários; • Já se perdeu. Hábitos • Álcool, fumo, drogas ilícitas, contato profissional com tóxicos, padrão de sono, promiscuidade sexual; • “sinal de virar a cabeça”. EXAME FÍSICO ❖ Alterações dos reflexos; ❖ Sinais extrapiramidais (35%); ❖ Sinal de Babinski; • Aplicação de testes e escalas; – Diagnóstico diferencial: depressão e demência por múltiplos infartos cerebrais; DEMÊNCIA FRONTO-PARIETAL ❖ Degeneração focal dos lobos frontais e temporais; ❖ Início mais precoce; ❖ Alterações comportamentais e de linguagem; ESCALAS ❖ Blessed • Avalia o grau de dependência, mudança de hábitos e distúrbios comportamentais; • Fácil aplicação e passível de ser realizada pelo próprio cuidador; • Avaliação mensal fornece informações fundamentais com respeito à evolução de demência e da resposta terapêutica; ❖ CDR - Clinical Dementia Rating. • instrumento de avaliação global das demências; • quantificar o grau de demência e seu estadiamento. TRATAMENTO ❖ Medicamentosos: • Antagonistas dos receptores de glutamato: memantina; • Inibidores de Acetilcolinesterase; HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 35 • Antipsicóticos; • Ansiolíticos; • Antidepressivos; ❖ Não medicamentosos: Reabilitação; Terapia da orientação para a realidade o Trabalha os aspectos cognitivos e intelectuais; o Reuniões são periódicas, em grupos de cerca de dez pacientes; Terapia física o Objetiva a melhora e manutenção das condições físicas, motoras e respiratórias. Terapia ocupacional o Maximiza o desempenho para as atividades da vida diária; o Adaptações físicas para o ambiente onde o paciente reside - diminui dependência e previne acidentes domésticos; o Atividades culturais, como leitura, artesanais e computador. Terapia ambiental o Sugere e indica mudanças e adaptações ambientais no domicílio e nas instituições, com o propósito de facilitar o cotidiano e prevenir acidentes. Visitas; Lugares públicos; Música musicoterapia tem sido utilizada com sucesso como recursos Televisão o Efeito sedativo; o Apesar de incentivar negativamente o sedentarismo e a imobilidade, os programas de televisão podem distrair o paciente em alguns períodos do dia; o filmes antigos podem estimular recordações. Animais de estimação; Plantas; Crianças o As visitas de netos e crianças em geral devem ser estimuladas ao máximo. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 36 TERAPIA DE REIDRATAÇÃO ORAL - TRO DIARREIA E DESIDRATAÇÃO • A diarreia e a desidratação são um dos maioresproblemas de saúde pública; • A diarreia consiste na alteração da função intestinal com perda excessiva de água e eletrólitos pelas fezes e/ou vômitos; Manifesta-se clinicamente pelo aumento do número de evacuações e/ou pela diminuição da consistência das fezes. − A perda excessiva de volume e eletrólitos, gera alterações nos bpm, além de poder levar a um choque hipovolêmico; • O vômito, por sua vez, é a ejeção rápida e forçada do conteúdo gastrointestinal pela cavidade oral. • São várias as causas das doenças diarreicas, porém a maioria é de origem infecciosa, provocadas por bactérias e vírus; • Apresentam um início abrupto e evolução autolimitada; • Transmissão ocorre por via fecal-oral de forma direta (mãos contaminadas – reinfecção) ou indireta (alimentos, água e utensílios contaminados). DIARREIA AGUDA ❖ Duração menor que 14 dias; ❖ A principal causa da diarreia aguda é infecciosa; ❖ O quadro do paciente irá variar conforme o tipo de patógeno e as condições clínicas do hospedeiro; ❖ Aquosa: Secreção ativa de água e eletrólitos sob a estimulação de determinadas substâncias; Disenteria: Agente infeccioso invade a mucosa do cólon. Ocorre a exsudação de muco, pus, proteínas e sangue. DIARREIA PERSISTENTE ❖ Duração maior ou igual a 14 dias; ❖ Infecção continuada de um agente, danificando as vilosidades, e/ou uma regeneração inadequada dos eritrócitos devido à desnutrição crônica. Pode apresentar-se na forma de diarreia aquosa ou disenteria. DIARREIA CRÔNICA ❖ Duração maior que 30 dias; ❖ Grande variedade de causas: inflamações crônicas, alergias e alimentos, cólon irritável, parasitoses intestinais, etc. → Tipos de patógenos causadores: SAIS DE REIDRATAÇÃO ORAL – SRO ❖ A solução de SRO está indicada na prevenção da desidratação em episódios diarreicos, no tratamento da desidratação leve, moderada e das graves não complicadas (sem prostração intensa, vômitos excessivos). − Se não houver SRO, o MS recomenda o uso de soluções caseiras de reidratação. ABORDAGEM CLÍNICA – Dados importantes para a anamnese • Quando o quadro teve início? • Número de evacuações; • Presença de muco ou sangue nas fezes, febre, náuseas e vômitos; • Familiares ou conhecidos estão com os mesmos sintomas? • Presença de doença crônica? HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 37 PLANOS DE TRATAMENTO PARA DESIDRATAÇÃO PLANO A: Usuários com diarreia sem desidratação; ❑ Realizado no domicílio; ❑ Não suspender ou modificar a dieta habitual; ❑ Orientar maior oferta líquida; ❑ Se houver vômito, fracionar a dieta para melhorar a aceitação; ❑ Oferecer solução de reidratação oral (SRO) a vontade após cada evacuação; ❑ Orientar que a SRO não substitui as refeições. PLANO B: Presença de alguns sinais de desidratação, porém sem gravidade; ❑ Paciente deve permanecer na Unidade Básica de Saúde para realizar a reidratação; ❑ Pesar a criança para monitorar ganho de peso; ❑ Realizar controle de diurese (saco coletor); ❑ Suspender a alimentação enquanto o usuário permanecer desidratado (exceção para leite materno); ❑ Iniciar TRO com SRO em pequenos volumes, aumentando a frequência da oferta aos poucos. ❑ Desidratação leve (perda de 3% a 5% do peso corporal) devem receber 50ml/kg de SRO mais a reposição das perdas continuadas por 4 horas; ❑ Desidratação moderada (perda de 6% a 9% do pelo corporal) devem receber 100ml/Kg de SRO mais a reposição das perdas continuadas por 4 horas; ❑ Evitar o uso de antitérmico caso haja febre, pois costuma ceder à medida que a desidratação vai sendo reparada; PLANO C: Desidratação grave. ❑ Iniciar quando o paciente apresentar dificuldade de ingestão de líquidos devido à hiperêmese; ❑ Quadro de desidratação grave ou colapso circulatório (Choque: taquicardia, hipotensão, palidez e diminuição da perfusão). ❑ Necessária a reidratação endovenosa; ❑ Trata-se de emergência médica e o usuário deverá ser transferido o mais rápido possível. → Avaliação do Estado de hidratação do paciente ❖ Não devem ser usados antieméticos e antiaerreicos. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 38 HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 39 OXIGENOTERAPIA A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio acima da concentração do gás ambiental normal (21%), com o objetivo de manter a oxigenação tecidual adequada, corrigindo a hipoxemia e consequentemente, promover a diminuição da carga de trabalho cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio. ❖ Anóxia: "Ausência" de oxigênio, um agravante da hipóxia; ❖ Hipoxemia: Deficiência anormal de concentração de oxigênio no sangue arterial (baixa PaO2). Os principais sintomas de hipoxemia são: − Falta de ar Palpitações; − Irritação; − Confusão mental; − Sonolência; − Estado de coma; − Suores excessivos; − Cianose (lábios e extremidades tornam-se roxos). ❖ Hipóxia: Diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos; pode ser causada por coágulos e trombos em lugar especifico. Os sintomas mais comumente observados são: − Dores de cabeça; − Falta de ar; − Náuseas; − Fadiga; − Respiração rápida; − Reflexos pobres; − Cianose; − Fadiga mental; − Deficiência de visão; − Tonturas; − Convulsões. A falta de oxigênio no cérebro devido à hipóxia pode causar: Mudanças na consciência e movimentos descoordenados. SINAIS DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO • Cianose; • Batimento de asa do nariz; • Frequência respiratória - bradipnéico ou taquipnéico. (Normal: 14-22 IPM) • Oscilações na respiração. − Avalição da saturação de oxigênio por meio do oxímetro (abaixo de 90% oxigenação inadequada); Para aliviar o desconforto respiratório: OXIGENOTERAPIA – Dividida em um sistema de baixo fluxo e um sistema de alto fluxo. ❖ SISTEMAS DE BAIXO FLUXO Fornecerem uma quantidade de oxigênio abaixo da demanda do paciente, ou seja, o aparelho não fornece todo o ar, apenas uma parte. Por isso, o tratamento pode ser feito com cateteres do tipo nasal, faríngeo ou transtraqueal, além de máscaras simples ou máscaras com reservatório de oxigênio; Cateter nasofaríngeo: Fornece quantidade moderada de oxigênio (30 a 50%) a um fluxo de até 8 L/min; Antes de colocá-lo tem que aspirar com o ar comprimido a vácuo: 1. Vias aéreas superiores; 2. Nariz; 3. Boca. Aspira-se na ordem de esterilidade (do mais limpo para o mais sujo); • Usa-se umidificador para evitar ressecamento das vias aéreas; • A cada litro de oxigênio há absorção de 4% a mais pelo organismo; • Saturação natural de 95% de oxigênio. → O cateter deve ser medido da ponta do nariz até a orelha, para depois ser introduzido. → Após sua introdução, o cateter deve ser fixado no nariz; → Como este cateter afeta a produção de secreção, deverá ser removido e substituído por um novo pelo menos a cada 8 horas e preferencialmente, na narina oposta. HABILIDADES MÉDICAS – Resumo 3ª etapa 40 • Cânula nasal: Fornece uma quantidade moderada de oxigênio (20 a 28%) com um fluxo de 1 a 8 litros por minuto; Quando o fluxo inspiratório for superior ao fluxo de oxigênio do dispositivo. ❖ SISTEMAS DE ALTO FLUXO (mais preciso que o baixo fluxo) • Fornecem a quantidade total do oxigênio para o paciente, ou seja, ele respira apenas com o auxílio do aparelho; − Máscara de Venturi: Fornece uma concentração de oxigênio de 24% a 50%. O fluxo geralmente utilizado é de 4 a 12 litros por minuto, conectada diretamente a rede de O2. D Diâmetro da válvula é especifico para cada paciente. Quanto menor for o diâmetro
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