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Patologia - 3° Período Júlia colognezi Morte celular Ocorre quando os estímulo não cessa e as lesões passam a ser irreversíveis Há perda irreversível da estrutura e funções vitais da célula Definições Necrose Morte celular em organismo vivo seguida de autólise Autólise – membranas celulares rompidas (todo o conteúdo da célula e da organelas extravasem do meio celular) Apoptose Lesão em que a célula é estimulada a acionar mecanismos que culminam com a sua morte Também acontece em organismo vivo Necrose A célula que perde função vital perde a capacidade de produzir energia Cálcio – ta no citoplasma porque a celula perdeu a capacidade de gerar ATP, então não é jogado para fora da célula As enzimas que saíram do lisossomo e entraram o citoplasma e se juntaram com o cálcio, são ativadas Imagem: onde tá mais escuro é proteína Digestão completa de todas as proteínas intracelulares e conteúdo celular é extravasado A autólise liberam substancias que induzem inflamação (DAMPs); normalmente junto com a necrose vai ter recrutamento de células do sistema imunológico e vasodilatação Alterações morfológicas da necrose – resulta da ação das enzimas liberadas e desnaturação de proteínas Morfologia Citoplasma eosinófilo Perda do RNA citoplasmático Afinidade da eosina à proteínas desnaturadas Núcleo Digestão inespecífica do DNA e status do pH - picnose: retração, condensação da cromatina, que toma aspecto denso e escuro (basofilia) - cariólise: perda do DNA pela ação de endonucleases (basofilia da cromatina esmaece) “apagamento do núcleo) - cariorexe: fragmentação nuclear – quebra física do DNA em partículas de diferentes tamanhos Padrões de necrose tecidual segundo a causa 1. Isquêmica (falta de O2) Necrose coagulativa Hemorrágica Necrose liquefativa Necrose gangrenosa 2. Necrose caseosa – inflamação granulomatosa 3. Gomosa 4. Gordurosa 5. Fibrinóide Necrose coagulativa Principal causa: isquemia Ocorre em todos os órgão exceto cérebro Morfologia: Macroscopia: o tecido torna-se firme, pálido e ressecado, como se tivesse sido cozido → desnaturação de proteínas, inclusive de enzimas Microscopia: tecido homogêneo e eosinófilo, perda do núcleo e arquitetura preservada Patologia - 3° Período Júlia colognezi Ex: infarto renal Normal afetada apagamento do núcleo, eosinofilia das células, muitas células inflamatória Infarto do miocárdio Células musculares perdem os núcleos Núcleos estão no estroma Fígado Veia central, hepatócitos formam hexágono ao redor da veia e cada vértice do hexago é formado por uma tríade portal (artéria hepática + ducto biliar + veia porta) A necrose no fígado causa mais dano (por falta de O2) às células que ficam ao redor da veia centroglobular Hemorrágica Acontece em órgão com circulação dupla Pulmão – quando sofre a obliteração de um vaso, a região do pulmão que é irrigada por esse vaso vai perder o sangue, no entanto, outros vasos vão chegar nessa região para a troca. Quando esses vasos desembocam para a troca gasosa, o sangue não consegue percorrer a circulação dupla e acaba sendo extravasado no pulmão Necrose liquefativa Caracterizada pela consistência mole, semifluida ou liquefeita Digestão das células mortas – ação de enzimas lisossomais – órgãos que tem muita gordura (como o cérebro), essas enzimas liberadas digerem a gordura – podem formar abcessos Infecções (bacteriana ou fúngicas) – acúmulo de leucócitos Local – determina o tipo de necrose: Pós anóxia: cérebro, suprarrenal e mucosa gástrica Inflamações purulentas (abscessos) Estrutura da célula não é preservada, muitas células inflamatórias e muitas bactérias Células inflamatórias Necrose gangrenosa Acontece nas extremidades do corpo Tecido necrótico sofre modificações por agentes externos como ar ou bactérias Ocorre principalmente nas extremidades do corpo: pés, pernas, mãos, brações, nariz - Tipos: se difere pela contaminação secundária de alguns microorganismos ou não Seca – perda de água para o ambiente; ex: Dedos das mãos de fumantes – trombogeíte obliterante (doença de buerger) Seca, retraída e aspecto mumificado Pés diabéticos – problemas na microcirculação periférica Úmida – contaminação com bactérias saprófitas “comedoras de carne” – digerem o Patologia - 3° Período Júlia colognezi tecido, amolecendo-o. Adquire nutrientes do tecido que sofreu gangrena Gasosa – bactérias contaminantes do gênero Clostridium – produz secundariamente alguns gases; odor Necrose caseosa Inflamação granulomatosa Não está associada à falta de vascularização É uma variedade de necrose coagulativa que ocorre na tuberculose “caseoso” (semelhante a queijo) Aparência friável esbranquiçada da área da necrose A microbactéria da tuberculose prolifera bem devagar Um microorganismo que infecta o órgão e tem um tempo de replicação lento, dá tempo de o nosso corpo reagir a ele, formando um tecido inflamatório que isola o microorganismo A área que tem tecido inflamatório em volta do microorganismo começa a sofrer necrose Microscopia: é uma área homogênea ou finamente granulosa e de cor rósea forte, geralmente circuncidada por granulomas Necrose gomosa Típica e característica da sífiis Área necrótica Uniforme e ocmpacta como goma Elástica como borracha Fluida como goma arábica Características histológicas Infiltrado inflamatorio com muitos plasmócitos Áreas focais de necrose Infiltrado perivsacular Muitos plasmocitos Necrose gordurosa/esteatonecrose Necrose do tecido adiposo Traumática/isquêmica Enzimática – quando tecido adiposo está em contato com enzimas de células digeridas, essas enzimas são liberadas para um tecido adiposo e reagem com a gordura, causando a saponificação da gordura Mais comum na pele (hipoderme), mama e pâncreas Necrose fibrinóide Ocorre em reações imunes que envolvem os vasos sanguíneos Deposição de complexos de Ag-Ac nas paredes das artérias combinadas com fibrina extravasada, necrose ao redor dos vasos Microscopia: material hialino (homogêneo e eosinófilo) amorfo (grumoso ou filamentoso) semelhante à fibrina Patologia - 3° Período Júlia colognezi Evolução da necrose - Absorção e ser naturalmente eliminadas - Cicatrização (troca de um tecido necrótico por um tecido fibroso) - Drenagem - Calcificação - Encistamento - Ulceração Apoptose O termo significa sem desmoronar Processo de morte celular programada, no qual a célula sofre contração e condensação dos seus componentes, fragmenta-se e é fagocitada (não há autólise) Fisiológica 1. remodelação de órgãos e tecidos durante a embriogênese Ex: involução das membranas interdigitais, apoptose de células epiteliais dos processos palatinos 2. Involução de tecidos hormônio-dependentes (na sua ausência) – hormônio para de ser produzido 3. perda celular em populações celulares prolifferativas – células epiteliais 4. eliminação de linfócitos autorreativos potencialmente nocivos 5. morte de células normais que já tenham cumprido sua atividade funcional Patológica 1. acúmulo de proteínas mal dobradas - célula no processo metabólico que, eventualmente, começa a sofrer alterações e passa a sofrer proteínas que não são corretas 2. Dano ao DNA 3. Infecções virais Indução à apoptose pelo vírus (HIV, Adenovírus) ou pela resposta imune do hospedeiro (hepatite viral) Ativação da apoptose Via intrínseca Quando a célula por si só desenvolve o processo de apoptose - casos de lesão - privado de fatores de crescimento - radicais livres Via extrínseca Células têm receptores que são ativados em algumas situações em que a célula precisa sofrer apoptoseEm algumas situações esses receptores são ativados Fases da apoptose 1. Retração celular (não tem autólise) 2. Condensação organizada da cromatina (fragmentação) 3. Fragmentação celular – formação de bolhas citoplasmáticas e corpos apoptóticos 4. Fagocitose Bibliografia • BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo patologia. 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. • FRANCO, Marcello; et al. Patologia: processos gerais. 6.ed. São Paulo: Atheneu, 2015. • KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K; FAUSTO, Nelson. Robbins & Cotran Patologia: bases patológicas das doenças. 7.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 1592 p. ISBN 9788535213911
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