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Puericultura

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1 Victória Veiga – Medicina UNIFACS 
 
 
 
 
 
É a arte de promover e proteger a saúde das crianças, 
através de uma atenção integral, compreendendo a 
criança como um ser em desenvolvimento com suas 
particularidades. 
Apesar de ser uma especialidade iniciada em princípio 
na Pediatria, leva em conta a criança, sua família e o 
entorno, analisando o conjunto bio-psico-sócio-
cultural, sendo também fundamental no 
acompanhamento das crianças as equipes da 
Estratégia da Saúde da Família a nível de saúde 
coletiva. 
Tem como objetivo acolher a todas as crianças, dando 
assistência de forma integrada: 
- realizando a vigilância do crescimento e 
desenvolvimento e monitorando os fatores de 
risco ao nascer e evolutivos; 
- estimulando o aleitamento materno exclusivo 
até o sexto mês de vida e complementado com 
alimentação da família, até os dois anos de 
vida; 
- garantindo a aplicação das vacinas do esquema 
básico de imunização e, garantindo assim um 
atendimento de qualidade. 
A primeira avaliação desta criança é realizada pelo 
pediatra na própria sala de parto e até alta hospitalar. 
A partir daí preconiza-se que a criança seja avaliada na 
primeira de semana de vida, idealmente 48-72 horas 
após a alta. 
Retornos mensais até os 6 meses, depois 9º mês e 12º 
mês, além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º 
e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, com 
consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. 
Alguns serviços preconizam consultas semestrais no 
terceiro ano de vida. 
OBS: Na consulta do 1º mês de vida deve-se observar 
ganho ponderal, início de vacinas, triagens. 
No 2º mês, observar adaptação da família com a 
criança. 
OBS: A partir do 36 mês, as consultas passam a ser 
anualmente. 
Obviamente se a criança tiver alguma necessidade ela 
pode retornar a qualquer momento. 
 
Diagnósticos de puericultura 
✓ Nutricional – eutrófico ou distrófico 
Observar se a criança tem alguma alteração no peso, 
IMC, se tem alguma deficiência de micronutrientes. 
✓ Alimentar – correto ou incorreto 
De que forma a criança está se alimentando, se está 
adequado ou não para a idade. 
OBS: Em alguns momentos pode-se pensar que se não 
está amamentando, está inadequado. No entanto, 
pode ser que a mãe não consiga amamentar de forma 
exclusiva, mas se ela estiver complementando com 
uma fórmula infantil estará adequado. O erro vai estar 
se ela complementar com um leite integral. 
✓ Vacinal – em dia, em dia (SIC), em atraso 
OBS: Boa parte das vezes a mãe não leva o cartão de 
vacina, então só teremos a informação que ela está 
dando – anota e na próxima consulta checa se está 
tudo certo. 
✓ DNPM – adequado ou em atraso 
OBS: Colocar “sem informação” no local do diagnóstico 
caso o informante não souber. 
✓ Patológicos 
Peso 
✓ Primeiros 4 ou 5 dias – ocorre perda fisiológica de 
3 a 10% do peso; 
OBS: Existe uma queixa frequente de que o “leite é 
fraco” e por isso a criança está perdendo peso → é 
necessário orientação em relação a isso, explicando 
que essa perda ocorre de maneira fisiológica. 
Puericultura 
 
 
2 Victória Veiga – Medicina UNIFACS 
✓ O peso se recupera em torno do 10º dia de vida; 
✓ Primeiro trimestre, em média – 30g/dia = 900/mês; 
✓ Segundo trimestre – 20g/dia = 600g/mês; 
✓ Terceiro/Quarto trimestre – 10g/dia = 450g/mês 
no terceiro trimestre e 360g/mês no quarto 
trimestre. 
Peso de nascimento (PN) dobra entre o 5º e 6º mês; 
PN triplica em torno dos 12 meses; 
Aos 5 anos – dobra o peso em relação aos 12 meses; 
Aos 10 anos – triplica o peso em relação aos 12 meses; 
Aos 14 anos – quadruplica o peso em relação aos 12 
meses. 
Estatura 
Primeiro ano de vida – 25 cm (50% da estatura ao 
nascer) – a maioria das crianças nascem com uma 
média de 50cm; 
3,5 cm/mês no primeiro trimestre; 
2,0 cm/mês no segundo; 
1,5 cm/mês no terceiro; 
1,2 cm/mês no quarto trimestre; 
Segundo ano de vida - 12,5 cm; 
Terceiro ano de vida - 9 cm; 
6 – 8 cm/ano até a puberdade. 
Depois tem o estirão, fase onde tem um crescimento 
mais acelerado. 
Fluxograma da sala de parto 
REANIMAÇÃO NEONATAL 
Com a queda das taxas de mortalidade em menores de 
5 anos, chama mais atenção a necessidade de diminuir 
a taxa no período neonatal. 
O atendimento ao parto por profissionais habilitados 
pode reduzir em 20% a 30% as taxas de mortalidade 
neonatal + 5% a 20% de redução com o emprego das 
técnicas de reanimação – redução de até 45% das 
mortes neonatais por asfixia. 
Ao nascimento, cerca de um em cada 10 recém-
nascidos (RN) necessita de ajuda para iniciar a 
respiração efetiva; um em cada 100 precisa de 
intubação traqueal; e 1-2 em cada 1.000 requer 
intubação acompanhada de massagem cardíaca e/ou 
medicações, desde que a ventilação seja aplicada 
adequadamente. 
A necessidade de procedimentos de reanimação é 
maior quanto menor a idade gestacional e/ou peso ao 
nascer. 
O parto cesáreo, entre 37 e 39 semanas de gestação, 
mesmo sem fatores de risco antenatais para asfixia, 
também eleva a chance de que a ventilação ao nascer 
seja necessária. 
O parto normal/vaginal já faz com que o bebê vá se 
mobilizando, isso faz com que a transição seja mais 
tranquila. 
 
Estima-se que, no país a cada ano, ao redor de 300.000 
crianças necessitem de ajuda para iniciar e manter a 
respiração ao nascer. 
FATORES QUE AUMENTAM O RISCO DE REANIMAÇÃO 
NEONATAL: 
Idade materna: os extremos possuem maiores riscos. 
Tipagem sanguínea: incompatibilidade do fator Rh. 
Patologias prévias da mãe: especialmente 
hipertensão, diabetes gestacional. 
Antecedentes gestacionais e neonatais da mãe. 
Pré-natal: o ideal são de 6 a 8 consultas. 
Data da última menstruação (DUM) e idade 
gestacional (IG) estimada. 
Intercorrências gestacionais: infecções, tratamentos. 
Medicações, drogas ilícitas e tabagismo. 
Exames: realizados sorologias, acompanhamento de 
glicemia, hipertensão. 
Trabalho de parto e bolsa amniótica: partos 
prolongados (mais de 18 horas), bolsa rota. 
 
 
3 Victória Veiga – Medicina UNIFACS 
Material: O necessário para a manutenção da 
temperatura, aspiração de vias aéreas, ventilação e 
administração de medicações. 
Equipe: É fundamental que pelo menos um profissional 
capaz de iniciar de forma adequada a reanimação 
neonatal esteja presente em todo parto. 
- Nascimento de um concepto de alto risco: 2 a 
3 profissionais treinados e capacitados. 
- No caso do nascimento de gemelares, deve-se 
dispor de material e equipe próprios para cada 
criança. 
Devemos fazer 4 perguntas: 
Gestação a termo? 
Respirando ou chorando? 
Bom tônus muscular? 
Ausência de mecônio? 
 
➔ SIM para todas as perguntas 
Passos iniciais junto a mãe: 
Calor – colocar o RN corpo a corpo; 
Posicionar cabeça (vias aéreas pérvias) – extensão 
Secar – retirar panos úmidos, usar panos aquecidos 
Ficar atento a FC e respiração continuamente 
 
APGAR – índice de vitalidade fetal. 
Avalia a FC, respiração, cor da pele, tônus muscular e 
irritabilidade reflexa. 
Vai de 0 a 10 e deve ser feito no 1º, 5ª e 10º minutos 
de vida. 
 
 
 
 > 7 = boa vitalidade; 
4 – 6 = depressão moderada; 
 < 4 = depressão severa. 
 
 
CUIDADOS DE ROTINA 
1. Clampeamento do cordão: Com base nesses 
estudos e nas diretrizes da Organização Mundial da 
Saúde, recomenda-se, no RN ≥ 34 semanas com 
respiração adequada e tônus muscular em flexão 
ao nascimento, clampear o cordão umbilical 1-3 
minutos depois da sua extração completa da 
cavidade uterina. 
2. Vitamina K intramuscular. 
3. Profilaxia ocular com nitrato de prata. 
4. A amamentação na primeira hora pós-parto 
assegura que o RN receba o colostro, rico em 
fatores protetores. 
O contato pele-a-pele entre mãe e bebê ao 
nascimento favorece o início precoce da 
amamentação e aumenta a chance de o 
aleitamento materno exclusivo ser bem sucedido 
nos primeiros meses de vida.

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