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Filariose Classificação FILO: Nematoda CLASSE: Secernentea (Cromadorea) ORDEM: Spirurida FAMÍLIA: Onchocercidae GÊNERO: Wuchereria Obs.: A filariose é causada pelos parasitas nematoides Wuchereria brancofti (continente americano), Brugia malayi e Brugia timori. Morfologia · VERME ADULTO -> O macho possui corpo delgado e branco-leitoso, a sua extremidade anterior é afilada e a posterior enrolada ventralmente. A fêmea possui corpo delgado e branco-leitoso, maior que o macho, possui órgãos genitais duplos, com exceção da vagina. · MICROFILÁRIA (embrião) -> A fêmea grávida faz a postura de microfilárias, que possuem uma membrana extremamente delicada e que funciona com uma bainha flexível. Se movimenta ativamente na corrente sanguínea. A bainha cuticular lisa é apoiada sobre numerosas células subcuticulares e células somáticas. · LARVA -> Encontradas no inseto vetor (Culex quinquefaciatus). A larva de primeiro estágio (L1) é originária da transformação da microfilária. Essa larva se diferencia em larva de segundo estágio (L2), duas a três vezes maior, e sofre nova muda originando a larva infectante (L3). Ciclo Biológico (heteroxênico) A fêmea do Culex, ao exercer o hematofagismo em pessoas parasitadas, ingere microfilárias que no estômago do mosquito, perdem a bainha, atravessam a parede do estômago do inseto, caem na cavidade geral e migram para o tórax, onde se alojam nos músculos torácicos e transformam-se em uma larva, a larva salsichoide ou L1. Depois ocorre a primeira muda, originando a L2, e por fim se transforma na larva infectante (L3), que migra pelo inseto até alcançar a probóscida concentrando-se no lábio do mosquito. Quando o inseto vetor vai fazer novo repasto sanguíneo, as larvas L3 escapam do lábio, penetram pela solução de continuidade da pele do hospedeiro, migram para os vasos linfáticos, tornam-se vermes adultos e depois de meses, as fêmeas grávidas produzem as primeiras microfilárias. Obs. 1: Os vermes adultos vivem nos vasos e gânglios linfáticos, já as microfilárias vivem na circulação sanguínea do hospedeiro. Obs.: Durante o dia o parasito dica nos capilares profundos, mas durante a noite, principalmente a meia-noite, aparecem no sangue periférico, para ficar mais fácil de serem ingeridos pelo Culex. Manifestação Clínica A FL se manifesta clinicamente de forma variada e surgem em decorrência da presença no ser humano tanto de vermes adultos quanto de microfilárias. Os vermes adultos lesam primariamente o vaso linfático, enquanto as ações das microfilárias são extralinfáticas. Entre os fatores que determinam a variedade de manifestações clínicas estão: O estádio do parasito; Resposta imunológica; Número de vermes adultos e sua localização no sistema linfático; Bem como o tratamento prévio com drogas antifilariais. Patogenia Reações inflamatórias = granulomas; hiperplasia fagocitária; Ação mecânica = presença do verme no vaso linfático; linfagiectasia; Ação irritativa = produtos do metabolismo do verme; linfangite e linfadenite; · Manifestações Agudas: Linfagiectasia subclínica -> Dilatação de vasos linfáticos. Linfagite filarial aguda (LFA) -> Morte de vermes adultos, espontânea ou devida ao tratamento terapêutico, pode resultar apenas na formação subclínica de nódulos granulomatosos. Em outros casos, a morte desses vermes provoca uma linfadenite ou uma linfangite descendente, a depender da localização, respectivamente em gânglio ou vasos linfáticos. Podendo ou não, ser acompanhado de sinais gerais como: Febre, cefaleia, fraqueza e dor muscular. Linfadenopatia -> Causada pelo enfartamento dos gânglios linfáticos comprometidos, os quais formam uma massa palpável compacta de superfície irregular. Geralmente é indolor e localiza-se preferencialmente nas regiões inguinal, epitroclear e axilar. A linfadenopatia pode acometer indivíduos de todas as faixas etárias, sendo mais frequente em crianças. Síndromes de disfunção linfática: hidrocele e linfedema agudos -> Resultam de uma obstrução parcial e temporária do vaso linfático, causada pela reação inflamatória desencadeada pela desintegração dos vermes adultos. · Manifestações Crônicas: Entre os fatores que favorecem a evolução para a forma crônica estão a resposta inflamatória individual, as infecções bacterianas superpostas às partes edemaciadas, além de residência ou permanência em áreas endêmicas o que possibilita a reinfecção. Linfedema crônico -> Início insidioso, indolor (exceto: erisipela ou linfangite), frequentemente, é unilateral e, nos casos em que é bilateral, há uma assimetria entre os membros; no início, acomete o segmento mais distal do membro afetado, com a perda progressiva de seu contorno anatômico (frequentemente atinge os pés e também os dedos). A área afetada tem temperatura mais baixa que outras áreas do corpo; o sinal de Stemmer está presente. Diagnóstico Pesquisa de microfilária no sangue periférico (22h); Gota espessa; Método de Knott; ELISA. Tratamento DEC (citrato de Dietilcarbamazina).
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