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Fisiologia da Circulação Sanguínea

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Fisiologia da Circulação Sanguínea 
 
➔ Características físicas da circulação 
• A função da circulação é: 
Suprir as necessidades dos tecidos corporais 
- transporte de nutrientes, eliminação de resíduos, 
transporte de hormônios. 
• Partes funcionais da circulação: 
A função das artérias é transportar o sangue 
sob alta pressão para os tecidos. Por esse motivo 
possui fortes paredes vasculares, no qual o fluxo 
sanguíneo passa em alta velocidade. 
A função das arteríolas são pequenos ramos 
finais do sistema arterial; eles agem como 
condutores de controle pelos quais os sangue é 
liberado para os capilares. Eles tem forte parede 
muscular para o controle do fluxo sanguíneo para os 
capilares, regulando assim a irrigação para os tecidos 
do corpo de acordo com suas necessidades. 
A função dos capilares é a troca de líquidos, 
nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras 
substancias entre o sangue e o liquido intersticial. 
Para que ocorra essa troca, os capilares possui 
minúsculos poros capilares que são responsáveis por 
permitir a troca de substâncias. 
As vênulas coletam o sangue dos capilares e 
de forma gradual coalescem, ou seja, aumentam seu 
diâmetro, tornando-se veias. 
As veias funcionam como condutores de 
sangue das vênulas até o coração, além de atuar 
como importante reservatório se sangue extra. 
 
➔ Volumes de sangue nas diferentes partes da 
circulação 
 
Cerca de 84% do volume corporal sanguíneo 
encontra-se na circulação sistêmica, e os outros 16% 
no coração e na circulação pulmonar (7% coração e 
9% vasos pulmonares) 
Dentre o volume sistêmico, 64% encontra-se 
nas veias; 13% nas artérias; 7% nas arteríolas e 
capilares. 
É interessante analisar o baixo volume dentro 
dos capilares, enquanto são neles que ocorrem a 
função mais importante da circulação: a troca de 
substâncias 
Pelo fato dos capilares terem por volta de 0,3 
a 1 mm de comprimento, e a velocidade do sangue 
neles é por volta de 0,3mm/s (sangue permanecendo 
por volta de 1 a 3 segundos), é nesse intervalo de 
tempo que deve ocorrer as trocas de substancias. 
• Pressões nas diversas partes da circulação 
O coração bombeia continuamente sangue 
para aorta, por volta de 100 mmHg. 
Além disso, como o bombeamento cardíaco é 
pulsatil, a pressão arterial varia entre a pressão 
sistolica 120mmHg e diastolica 80mmHg. 
 
A medida que o sangue flui pela circulação 
sistêmica, a pressão média cai progressivamente para 
cerca de 0 mmHg até chegar nas veias cavas, que 
deságuam no átrio direito. 
A pressão nos capilares sistêmicos varia entre 
valores elevados, 35mmHg próximo ao início das 
arteríolas, e 10 mmHg, próximos a extremidade 
venosa. 
Porém, a pressão funcional é cerca de 17 
mmHg, uma vez que, é suficientemente baixa para 
que pouco plasma flua pelos poros das paredes dos 
capilares e muitos nutrientes possam se difundir para 
as células teciduais circundantes pelos mesmos 
poros. 
É interessante ressaltar que o fluxo sanguíneo 
total que passa pelos pulmões a cada minuto é o 
mesmo que o da circulação sistêmica. As baixas 
pressões do sistema pulmonar estão de acordo com 
as necessidades do pulmão, que consistem 
basicamente em expor o sangue dos capilares 
pulmonares ao oxigênio e aos outros gases 
alveolares. 
 
➔ Princípios básicos da função circulatória 
 
I - Velocidade do fluxo sanguineo controlado pelas 
necessidades teciduais. 
Quando os tecidos estão ativos e demandam 
de alta quantidade de sangue para ter o suprimento 
de nutrientes, o fluxo sanguineo desse tecido pode 
aumentar de 20 a 30X mais do que quando em 
repouso. Embora, às vezes se tenha uma maior 
demanda, o coração não pode aumentar seu debito 
cardiaco superiormente a 4 ou 7 vezes seus valores 
de repouso. Assim, não é possivel simplesmente 
aumentar o fluxo sanguineo em todas as partes do 
corpo, quando um tecido particular aumenta sua 
Fisiologia da Circulação Sanguínea 
demanda. Em vez disso, os microvasos em cada 
tecido monitoram, de modo contínuo, as 
necessidades teciduais (metabolitos, O2, CO2,) ; 
estes, agem diretamente sobre vasos sanguineos 
locais, dilatando-os ou contraindo-os para controlar 
o fluxo sanguineo local de forma precisa e até o 
necessário para a atividade do tecido. 
Além da atuação do sistema nervoso central 
e hormonios. 
 
II - O débito cardíaco é controlado principalmente 
pela soma de todos os fluxos teciduais locais. 
Depois de fluir por um tecido, o sangue 
retorna pelas veias imediatamente para o coração. O 
coração, responde de maneira automatica a chegada 
do sangue, encaminhando-o para as arterias. Dessa 
forma, o coração age como autômato, respondendo 
as demandas dos tecidos. Entretanto, com frequência 
precisa auxiliado pelos sinais nervosos especiais, que 
o faz bombear a quantidade necessária para o fluxo 
sanguíneo. 
 
III - A regulação da pressão arterial é geralmente 
independente do fluxo sanguíneo local ou do débito 
cardíaco. 
O sistema circulatorio tem um extensivo 
sistema de controle da pressão arterial. 
Por exemplo, se em algum momento a 
pressão arterial cair abaixo dos 100 mmHg, um 
conjunto de reflexos nervosos desencadeiam em 
poucos segundos diversas alterações circulatórias 
para normalizar a pressão. 
Os sistemas nervosos, atuam especialmente 
A) aumentando a força de bombeamento cardíaco; 
B) causando constrição dos grandes reservatórios 
venosos, para levar sangue para o coração; e C) 
causando constrição generalizada das arteríolas em 
todo o corpo, de modo que a maior parte do sangue 
fique nas grandes artérias, aumentando a pressão. 
Quando a alteração arterial é de horas ou 
dias, os rins desempenham papel adicional nesse 
controle, com a secreção de hormônios controladores 
de pressão e reguladores de volume sanguíneo. 
 
➔ INTER-RELAÇÃO DA PRESSÃO, 
FLUXO E RESISTENCIA. 
 
O fluxo sanguíneo de um vaso é determinado 
por dois fatores: 
1 - a diferença de pressão (ou gradiente de pressão) 
sanguínea entre as duas extremidades do vaso (que é 
a força que impulsiona o sangue) 
2 - O impedimento ao fluxo sanguíneo pelo vaso, ou 
resistência vascular. 
 Analisando a figura o P1 representa a pressão 
na origem do vaso; Já P2 é a pressão no final do 
mesmo vaso. A resistência ocorre como resultado do 
atrito entre o sangue em movimento e o endotélio 
intravascular em todo interior do vaso. O fluxo pode 
ser calcula pela lei de Ohm. 
 
F= (P1 - P2) / R 
A formula define que o fluxo sanguíneo 
ocorre em proporção direta à diferença de pressão, 
mas inversamente proporcional à resistência. 
É importante ressaltar que é a diferença de 
pressão entre as duas extremidades que determina a 
intensidade/velocidade do fluxo e não a pressão 
absoluta. Pois se ambas as pressões (P1 e P2) forem 
iguais, não haveria diferença, e dessa força não 
haverá fluxo. 
 
➔ FLUXO SANGUINEO 
Fluxo sanguíneo significa a quantidade de 
sangue que passa por determinado ponto da 
circulação durante certo intervalo de tempo. 
Normalmente, é expresso por mililitros/min 
ou mililitros/seg. 
O fluxo sanguíneo total em um adulto é cerca 
de 5000mL/min. Isso é referido como débito 
cardíaco, por ser a quantidade de sangue bombeado 
pelo coração para aorta a cada minuto. 
 
➔ SANGUINEO TURBULENTO SOB 
CERTAS CONDIÇÕES 
Fluxo laminar é quando o sangue passa de 
maneira continua, reta dentro do vaso. 
Então, quando a intensidade do fluxo 
sanguíneo é muito elevado, ou quando o sangue 
passa por obstrução no vaso, por ângulo fechado ou 
por superfície áspera, o fluxo pode ficar turbulento 
ou desordenado em vez de laminar. 
Fisiologia da Circulação Sanguínea 
F|uxo turbulento significa que o sangue flui 
na direção longitudinal e na direção perpendicular, 
geralmente formando redemoinhos semelhantes ao 
de um rio. 
A tendência à ocorrência de fluxo turbulento 
é de modo direto proporcional à velocidadedo fluxo 
sanguíneo, ao diâmetro do vaso, e à densidade do 
sangue,e inversamente proporcional a viscosidade 
do sangue. 
 
Re = Vel. Diam. Den / visco 
 
Re é o número de Reynolds, em que é a 
medida da tendência para ocorrência de 
turbilhonamento. 
 
Normalmente, o número de Reynoalds é alto 
nas artérias para causar turbulência, e quase nunca 
em pequenos vasos. 
De 200 a 400 ocorre fluxo turbulento em 
alguns ramos de vasos, que acaba em suas porções 
mais lisas. 
Porém, quando esse número ultrapassa 2000 
o fluxo turbulento ocorre independente do vaso ser 
liso ou não. 
Normalmente, o fluxo de 200 a 400 ocorre 
nas artérias. 
É muito comum ocorrer fluxo turbulento nas 
porções próximos da aorta e da artéria pulmonar, 
uma vez que o fluxo alto e pulsátil; o grande 
diâmetro e sua brusca alteração auxilia neste tipo de 
fluxo. 
 
➔ DISTENSIBILIDADE VASCULA E 
FUNÇÕES DO SISTEMA ARTERIAL E 
VENOSO 
A natureza elástica da artérias permite que 
acomodem o débito pulsátil do coração, fazendo com 
que o fluxo sanguíneo para os pequenos vasos seja 
uniforme e contínuo. 
Já as veias tem função de reservatório, 
armazenando grande quantidade de sangue que pode 
ser utilizado. 
 
• Unidades de distensibilidade vascular 
Fração de aumento do volume para cada 
milímetro de mercúrio de aumente de pressão de 
acordo com a seguinte fórmula: 
 
diferença das distensibilidades de artérias e veias 
Anatomicamente, as paredes das artérias são 
mais fortes que as das veias. Dessa forma, as veias, 
em médias, são 8x mais distensíveis que as artérias. 
Isso significa que determinado aumento de pressão 
provoca aumento oito vezes maior no volume 
sanguíneo em uma veia que em uma artéria de 
diâmetro comparável. 
• ComplacÊncia vascular (ou CapacitÂncia 
vascular) 
É a quantidade total de sangue que pode ser 
armazenada em determinada região da circulação 
para cada mmHg de aumento de pressão. 
 
Complacência e distensibilidade são 
diferentes porque um vaso muito distensível que 
apresente pequeno volume pode ser muito menos 
complacente que o vaso muito menos distensível que 
apresente grande complacência, porque a 
complacência é igual à distensibilidade multiplicada 
pelo volume. 
A complacência da veia sistêmica é cerca de 
24x maior que sua artéria correspondente, porque 
apresenta distensibilidade 8x maior e volume 3x 
maior. 
• Curvas de volume-pressão das circulações 
arterial e venosa 
 
Fisiologia da Circulação Sanguínea 
 
Em todo o sistema venoso sistêmico, o 
volume em geral varia de 2.000 a 3.500 mililitros, e 
é necessária variação de muitas centenas de mililitros 
para que a pressão venosa se altere 3 a 5 mmHg. 
efeito da estimulação ou da inibição simpática sobre 
as relações de volume-pressão dos sistemas arterial e 
venoso 
Estimulação simpática causa aumento do 
tônus musculatura lisa vascular, aumentando a 
pressão das artérias ou das veias em cada volume, 
enquanto inibição simpática diminui a pressão sob 
cada volume. O controle vascular dos vasos, pelo 
sistema nervoso simpático, é meio eficiente de 
diminuir as dimensões de um segmento da 
circulação, dessa forma transferindo, 
consequentemente, sangue para outros segmentos. 
Por exemplo, o aumento do tônus vascular ao 
longo da circulação sistêmica frequentemente faz 
com que grande volume de sangue seja desviado para 
o coração, o que constitui um dos principais métodos 
que o organismo utiliza para aumentar o 
bombeamento cardíaco. 
O controle simpático da capacitância 
vascular é também muito importante durante as 
hemorragias. O aumento do tônus simpático, 
especialmente nas veias, reduz os calibres dos vasos 
de tal forma que a função circulatória permanece 
quase normal, mesmo com a perda de até 25% do 
volume sanguíneo total. 
• Complacência tardia (estresse – relaxamento) 
Significa que o vaso submetido a aumento do 
volume apresenta logo de início grande aumento de 
pressão, mas estiramento tardio progressivo do 
músculo liso na parede vascular permite que a 
pressão retorne ao normal dentro de minutos ou 
horas. 
A complacência tardia é mecanismo importante 
pelo qual a circulação pode acomodar sangue 
adicional quando necessário, como após transfusão 
excessivamente volumosa. A complacência tardia, 
no sentido oposto, é um dos modos como a 
circulação se ajusta de forma automática após 
período de minutos a horas de diminuição do volume 
sanguíneo, como ocorre depois de hemorragias 
graves. 
 
 
• Pulsações da pressão arterial 
Cada batimento cardíaco faz com que nova 
onda de sangue chegue às artérias. Se não fosse pela 
distensibilidade do sistema arterial, todo esse novo 
volume de sangue teria de fluir pelos vasos 
sanguíneos periféricos, quase instantaneamente, 
apenas durante a sístole cardíaca, e não ocorrería 
fluxo durante a diástole. Entretanto, normalmente a 
complacência da árvore arterial reduz os pulsos de 
pressão, de modo que quase não ocorrem pulsos 
quando o sangue atinge os capilares; assim, o fluxo 
sanguíneo tecidual é essencialmente contínuo, com 
pulsações muito pequenas. 
No adulto jovem saudável: pressão sistólica 
120 mmHg, pressão diastólica 80 mmHg, pressão de 
pulso é a diferença entre as duas, aprox.. 40mmHg. 
 
Dois fatores afetam a pressão de pulso: (1) o 
débito cardíaco sistólico (2)a complacencia 
(distensibilidade total) da árvore arterial. E também, 
menos importante, o caráter de ejeção do coração 
durante sístole. 
Em geral, quanto maior o débito sistólico, 
maior será a quantidade de sangue que deve ser 
acomodada na árvore arterial a cada batimento, e 
portanto maiores serão o aumento e a queda de 
pressão durante a sístole e a diástole, resultando em 
maior pressão de pulso. Por sua vez, quanto menor 
for a complacência do sistema arterial, maior será o 
aumento da pressão, provocado por um dado volume 
de sangue bombeado em cada batimento para as 
artérias. 
Efetivamente, a pressão de pulso é 
determinada, em termos aproximados, pela razão 
entre o débito sistólico e a complacência da árvore 
arterial. Qualquer condição da circulação que afete 
um desses dois fatores também afetará a pressão de 
pulso. 
Pressão de Pulso = débito sistólico/complacência 
arterial 
Fisiologia da Circulação Sanguínea 
• Traçados anormais de pressão de pulso 
Transmissão dos pulsos de pressão para as 
artérias periféricas. Quando o coração ejeta sangue 
para a aorta durante a sístole, apenas a porção 
proximal da aorta é inicialmente distendida porque a 
inércia do sangue impede seu movimento súbito por 
todo o trajeto até a periferia. 
Entretanto, o aumento da pressão na aorta 
proximal supera com muita rapidez essa inércia, e a 
onda de distensão é transmitida distalmente ao longo 
da aorta. Isso é chamado transmissão do pulso de 
pressão para as artérias. 
A velocidade da transmissão do pulso de 
pressão na aorta normal é de 3 a 5 m/s; nos grandes 
ramos arteriais, de 7 a 10 m/s; e nas pequenas 
artérias, de 15 a 35 m/s. Em geral, quanto maior a 
complacência de cada segmento vascular, menor 
será a velocidade, o que explica a lenta transmissão 
na aorta e a transmissão muito mais rápida nas 
artérias distais que são muito menos complacentes. 
Amortecimento dos Pulsos de Pressão nas Pequenas 
Artérias, nas Arteríolas e nos Capilares 
Somente quando os pulsos aórticos são muito 
grandes ou quando as arteríolas estão muito dilatadas 
é possível observar pulsos nos capilares. 
Essa diminuição progressiva dos pulsos na 
periferia é chamada de amortecimento dos pulsos de 
pressão. Existem duas causas para este efeito: (1) a 
resistência ao movimento do sangue pelos vasos e (2) 
a complacência dos vasos. A resistência amortece os 
pulsos porque pequena quantidade de sangue deve se 
mover para adiante, na onda de pulso, para distender 
o segmento seguinte do vaso; quanto maior a 
resistência, maior seráa dificuldade para que isso 
ocorra. 
A complacência amortece os pulsos porque 
quanto mais complacente for o vaso, maior será a 
quantidade de sangue necessária na onda de pulso 
para provocar aumento na pressão. Assim, o grau de 
amortecimento é quase diretamente proporcional ao 
produto da resistência pela complacência. 
 
➔ MÉTODOS CLÍNICOS PARA AS 
MEDIDAS DE PRESSÕES SISTÓLICAS E 
DIASTÓLICAS 
• Método auscultatório 
Acredita-se que os sons de Korotkoff sejam 
provocados principalmente pela ejeção de sangue 
pelo vaso parcialmente ocluído e por vibrações da 
parede do vaso. O jato de sangue provoca turbulência 
no vaso após o manguito, o que desencadeia 
vibrações ouvidas por meio do estetoscópio. 
Ao determinar a pressão arterial pelo método 
auscultatório, a pressão no manguito é inicialmente 
elevada acima da pressão arterial sistólica. Enquanto 
a pressão do manguito for maior que a pressão 
sistólica, a artéria braquial permanecerá colapsada, 
de modo que não ocorrerá ejeção de sangue para a 
parte inferior da artéria, parte do ciclo de pressão. 
Portanto, não serão ouvidos sons de Korotkoff na 
artéria distai inferior. Em seguida, contudo, a pressão 
do manguito é gradualmente reduzida. 
Imediatamente antes que a pressão no 
manguito caia abaixo da pressão sistólica, o sangue 
começa a fluir pela artéria, abaixo do manguito, 
durante o pico de pressão sistólica, e é possível ouvir 
sons secos como se fossem pancadas na artéria 
braquial em sincronia com os batimentos cardíacos. 
Assim que esses sons começam a ser ouvidos, o nível 
de pressão indicado pelo manômetro conectado ao 
manguito equivale à pressão sistólica. 
À medida que a pressão no manguito é ainda 
mais reduzida, a qualidade dos sons de Korotkoff se 
altera, passando a ser menos secos e adquirindo 
característica mais rítmica e áspera. Então, por fim, 
quando a pressão no manguito cai próxima à pressão 
diastólica e os sons repentinamente mudam para uma 
qualidade abafada. A pressão manométrica quando 
os sons de Korotkoff são alterados para a qualidade 
abafada e essa pressão é aproximadamente igual à 
pressão diastólica, embora superestime a pressão 
diastólica determinada por cateter intra-arterial 
direto. À medida que a pressão de manguito cai 
alguns mmHg, a artéria não é mais fechada durante a 
Fisiologia da Circulação Sanguínea 
diástole, o que significa que o fator essencial 
causador dos sons (o jato de sangue pela artéria 
comprimida) não está mais presente. Portanto, os 
sons desaparecem completamente. Muitos médicos 
acreditam que a pressão na qual os sons de Korotkoff 
desaparecem completamente deve ser usada como a 
pressão diastólica, exceto em situações em que o 
desaparecimento dos sons não pode ser determinado 
com segurança, pois os sons ainda são audíveis 
mesmo depois do esvaziamento completo do 
manguito. Por exemplo, em pacientes com fístulas 
intravenosas para hemodiálise ou com insuficiência 
da aorta, os sons de Korotkoff podem ser ouvidos 
após esvaziamento completo do manguito. 
O método auscultatório para a determinação 
das pressões sistólica e diastólica não é inteiramente 
preciso, mas em geral fornece valores com erros 
menores que 10% em relação à medida direta, com 
cateteres inseridos em artérias. 
 
➔ VEIAS E SUAS FUNÇÕES 
As veias são capaz de uma maior contração e 
relaxamente, proporcionando um reservatório de 
sangue; além do mais, elas também são capazes de 
impulsionar o sangue para diante, pela chamada 
bomba venosa. 
 
➔ PRESSÃO VENOSA - PRESSÃO ATRIAL 
DIREITA E PRESSOES VENOSAS 
PERIFÉRICAS 
A pressão atrial direita é regulada pelo 
balanço entre (1) a capacidade do coração de 
bombear o sangue para fora do átrio e ventrículo 
direitos para os pulmões e (2) a tendência do sangue 
de fluir das veias periféricas para o átrio direito. 
Alguns dos fatores que podem aumentar o 
retorno venoso e assim aumentar a pressão atrial 
direita são (1) - aumento do volume sanguineo; (2) - 
aumento do tônus de grandes vasos em todo o corpo, 
resultando em aumento das pressões venosas 
periféricas, e (3) dilatação das arteríolas, que diminui 
a resistência periférica e permite o rápido fluxo de 
sangue das artérias para as veias. 
A pressão atrial direita normal é cerca de 0 
mmHg, semelhante a pressão atmosférica ao redor 
do corpo. O limite inferior para a pressão atrial 
direita, em geral, é cerca de -3 a -5 mmHg. Essa é a 
também a pressão na pressão na cavidade torácica 
que circunda o coração. Essa pressão fica negativa 
quando o bombeamento cardíaco é 
excepcionalmente vigoroso ou quando o fluxo de 
sangue para o coração vindo dos vasos periféricos 
fica muito reduzido. 
 
➔ RESISÊNCIA VENOSA E PRESSÃO 
VENOSA PERIFÉRICA 
As grandes veias apresentam resistência tão 
pequena ao fluxo sanguíneo quando estão dilatadas, 
que seu valor se aproxima de zero, praticamente não 
tendo importância. 
Porém, em algumas regioes do corpo, como 
no tórax, pescoço e região abdominal comprimem 
algumas veias, podendo ficar colapsadas. Por esse 
motivo, as grandes veias de fato em geral oferecem 
alguma resistência ao fluxo sanguíneo, e por isso, a 
pressão nas pequenas veias mais periféricas, na 
pessoa deitada, é geralmente +4 A +6 mmHg maior 
que a pressão atrial direita. 
 
➔ EFEITO DA ELEVADA PRESSÃO 
ATRIAL DIREITA SOBRE A PRESSÃO 
VENOSA PERIFÉRICA 
Quando a pressão atrial direita sobe acima de 
seu valor normal de 0 mmHg, o sangue começa a se 
acumular nas grandes veias. Isso distende as veias, e 
até os pontos colapsados se abrem quando a pressão 
atrial fica acima de +4 a +6 mmHg. A medida que a 
pressão atrial se eleva ainda mais, é produzido 
aumento correspondente da pressão venosa 
periférica dos membros e demais parte do corpo. 
 
➔ EFEITO DA PRESSÃO INTRA-
ABDOMINAL SOBRE AS PRESSÕES 
VENOSAS DOS MEMBROS INFERIORES 
A pressão média na cavidade abdominal de 
pessoa deitada é cerca de +6mmHg, mas alguns 
fatores como gravidez, grandes tumores podem 
aumentar essa pressão. Dessa forma, quando a 
pressão intra-abdominal se eleva, é necessário que a 
pressão nas veias das pernas também se elevem para 
vencer a barreira e permitir que o sangue flua das 
pernas para coração. Portanto, se a pressão intra-
abdominal elevar-se para +20 mmHg, é necessario 
que a pressão das veias inferiores fiquem pelo menos 
+20mHg também. 
 
Fisiologia da Circulação Sanguínea 
➔ EFEITO DA PRESSÃO 
GRAVITACIONAL SOBRE A PRESSÃO 
VENOSA 
A pressão gravitacional ocorre no sistema 
vascular do ser humano, em virtude do peso do 
sangue. As pressões venosas tem diferentes valores 
de acordo com o nível do corpo. 
As veias do braço na regiao da primeira 
coestela tem pressao +6mmHg, porém, a diferença 
da pressão atmosférica da costela para com a mao é 
de 29 mmHg, o que somado com os +6mmHg da 1 
costela, resulta em pressão de +35mmHg. 
Por exemplo, a pressão gravitacional nos pés chega 
por volta de 90 mmHg. 
 
➔ VÁLVULAS VENOSAS E A BOMBA 
VENOSA: SEUS EFEITOS SOBRE A 
PRESSÃO VENOSA 
Se as veias não tivessem válvulas, o efeito da 
pressão gravitacional faria com que a pressão venosa 
nos pés fosse sempre 90mmHg num adulto em 
posição ortostática. 
Entretanto, cada vez que a perna é movimentada, a 
contração do musculo comprime veias adjacentes e 
interiores, ejetando sangue de seu interior para cima, 
uma vez que as válvulas venosas seguem o sentido 
do coração. Esse sistema de contração do musculo, 
que ejeta sangue e sua volta não ocorre pela 
existência de válvulas é chamado de BOMBA 
VENOSA. 
 
➔ A INCOMPETENCIA DAS VALVULAS 
VENOSAS PROVOCA VEIAS 
"VARICOSAS" 
As válvulas venosas muitas vezes ficam 
incompetentes, e podem ate chegar a serem 
destruídas. 
Um aumento da pressão por muitos dias, 
pode causar um aumento no calibre das veias, não 
permitindo que os folhetos das válvulas ocluam 
totalmente a volta do sangue.Dessa forma, o retorno 
venoso aumenta o calibre das veias cada vez mais, 
destruindo por total os folhetos das válvulas. 
Destruídos os folhetos, o indivíduo desenvolve 
"veias varicosas", ou seja, grandes protrusões 
bolhosas sob a pele de toda a perna. 
Uma pessoa com veia varicosa não pode ficar 
muito tempo de pé, uma vez que a alta pressão faz 
com que o liquido do plasma saia dos capilares e 
forme edemas nas pernas. Esse edema muitas vezes 
impede a boa difusão de nutrientes e oxigênio para 
fibras musculares e células cutâneas; tornando a pele 
gangrenosa e ulcerada. Assim, nesses casos o melhor 
tratamento é deixar as pernas para o alto na altura do 
coração. 
 
➔ FUNÇÃO DE RESERVÁTORIO DE 
SANGUE NAS VEIAS 
Pela grande complacência venosa, e a grande 
quantidade de sangue no sistema venoso (cerca de 
60%), este sistema atua como reservatório de sangue 
para circulação. 
Quando o organismo perde sangue e a 
pressão arterial começa a cair, são desencadeados 
sinais nervosos pelos seios carotideos, pelo encefalo 
e medula espinal, atuando pelo sistema simpático 
que induz a vasoconstrição das veias, aumentando 
dessa forma a pressão do sistema venoso. Isso 
compensa o baixo fluxo no sistema circulatório.

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