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Pr5 MT2 - Reações alérgicas - hipersensibilidades

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Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS 
 
Objetivos a serem estudados: 
1- Entender o mecanismo das reações alérgicas 
2- Compreender as reações de 
hipersensibilidade 
3- Explicar os tipos de imunodeficiência 
 
Entender o mecanismo das reações alérgicas: 
As alergias são os distúrbios mais frequentes do 
sistema imunológico, estimadas para afetar de 10% a 
20% das pessoas, e a incidência de doenças alérgicas 
tem aumentado nas sociedades industrializadas. 
A hipersensibilidade imediata desenvolve- se como 
consequência da ativação de células Th2 em resposta 
a antígenos proteicos ou produtos químicos que se 
ligam a proteínas. Os antígenos que provocam as 
reações de hipersensibilidade imediata (alérgicas) 
muitas vezes são chamados de alérgenos. 
A propensão para o desenvolvimento de células T 
produtoras de IL-4, para a produção de IgE e a 
hipersensibilidade imediata tem forte base genética; o 
principal risco conhecido ao se desenvolver alergias é 
um histórico familiar de doença atópica. 
As reações alérgicas (reações de hipersensibilidade) 
são respostas inadequadas do sistema imunológico a 
uma substância que normalmente é inofensiva. 
Os alérgenos podem causar uma reação alérgica 
quando caem sobre a pele ou os olhos ou quando são 
inalados, ingeridos ou injetados. Uma reação alérgica 
pode ocorrer de diversas formas: 
 
• Como parte de uma alergia sazonal (como a 
febre do feno), provocada pela exposição a 
substâncias como o pólen de árvores, de 
grama ou da erva-de-santiago 
• Desencadeada por tomar um medicamento 
(alergia medicamentosa) 
• Desencadeada pela ingestão de certos 
alimentos (alergia alimentar) 
• Desencadeada pela inalação de poeira, pelo 
de animais ou mofos (alergia durante todo o 
ano) 
• Desencadeada pelo toque de certas 
substâncias (como látex) 
• Desencadeada por picadas de insetos (como 
ocorre em reações anafiláticas e no 
angioedema) 
Em muitas reações alérgicas, o sistema imunológico, 
quando exposto pela primeira vez a um alérgeno, 
produz um tipo de anticorpo denominado 
imunoglobulina E (IgE). 
A IgE fixa-se a um tipo de glóbulo branco denominado 
basófilo na corrente sanguínea e a um tipo 
semelhante de célula, denominada mastócito, nos 
tecidos. 
A primeira exposição pode fazer com que uma pessoa 
se torne sensível ao alérgeno (chamado 
sensibilização), mas não causa sintomas. Quando a 
pessoa sensibilizada tem um novo contato com o 
alérgeno, os basófilos e mastócitos com IgE na sua 
superfície liberam substâncias (como histamina, 
prostaglandinas e leucotrienos) que produzem edema 
ou inflamação nos tecidos circundantes. 
Essas substâncias iniciam uma cascata de reações 
que continua a irritar e lesionar os tecidos. Essas 
reações variam de leve a grave. 
- Causas 
Fatores genéticos e ambientais trabalham juntos para 
contribuir para o desenvolvimento de alergias. 
Acredita-se que haja o envolvimento de genes 
porque mutações específicas são comuns em pessoas 
com alergias e porque as alergias tendem a ser 
hereditárias. 
Fatores ambientais também aumentam o risco de 
desenvolver alergias. Esses fatores de risco incluem os 
seguintes: 
• Exposição repetida a substâncias estranhas 
(alérgenos) 
• Dieta 
• Poluentes (como fumaça de tabaco e fumaça 
de descarga) 
Por outro lado, a exposição a diversas bactérias e 
vírus durante a infância pode fortalecer o sistema 
imunológico e ajudá-lo a aprender como responder a 
Tutoria 5 - Reações 
alérgicas e 
imunodeficiências 
 
Tutoria 5 - Reações 
alérgicas e 
imunodeficiências 
 
Tutoria 5 - Reações 
 
alérgicas e 
 
imunodeficiências 
 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS 
 
alérgenos de maneira não nociva ajudando, assim, a 
prevenir o desenvolvimento de alergias. Um 
ambiente que limita a exposição de uma criança a 
bactérias e vírus, comumente considerado uma coisa 
boa, pode aumentar o risco de desenvolvimento de 
alergias. A exposição a micro-organismos é limitada 
em famílias com menos filhos e um ambiente 
doméstico mais limpo e pelo uso precoce de 
antibióticos. 
Micro-organismos vivem no trato digestivo, no trato 
respiratório e na pele, mas quais os micro-organismos 
presentes varia de pessoa para pessoa. Os micro-
organismos presentes parecem afetar se e que 
alergias irão se desenvolver. 
Os alérgenos que desencadeiam reações alérgicas 
com uma maior frequência incluem 
• Excrementos de ácaros do pó 
• Pelo de animais 
• Pólen (de árvores, gramíneos e ervas 
daninhas) 
• Mofo 
Os ácaros vivem na poeira que se acumula em 
tapetes, roupa de cama, móveis estofados e 
brinquedos moles. 
Sintomas 
A maioria das reações alérgicas é leve e manifesta-se 
com olhos lacrimejantes e pruriginosos, corrimento 
nasal, prurido na pele e alguns espirros. As erupções 
(incluindo pápulas) são frequentes e muitas vezes 
produzem prurido. 
As pápulas, também denominadas urticária, são 
pequenas áreas vermelhas, levemente elevadas com o 
inchaço, geralmente com um centro pálido. O inchaço 
pode ocorrer em áreas mais extensas sob a pele 
(denominado angioedema). O inchaço é causado pelo 
extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos. A 
gravidade do quadro pode variar, dependendo das 
zonas do corpo afetadas. 
A alergia também pode desencadear crises de asma. 
Certas reações alérgicas, denominadas reações 
anafiláticas, podem ser fatais. As vias aéreas podem 
se estreitar (contrair), provocando sibilos, e o 
revestimento da garganta e das vias aéreas pode 
inchar, interferindo na respiração. Os vasos 
sanguíneos podem se alargar (dilatar), provocando 
uma queda perigosa da pressão arterial. 
Testes cutâneos 
Os testes cutâneos são o método mais útil para 
identificar alérgenos específicos. 
Geralmente, realiza-se primeiramente um teste 
cutâneo (prick test). Preparam-se soluções diluídas de 
extratos de pólen (de árvores, gramíneos ou ervas), 
mofo, ácaros do pó, pelo de animais, veneno de 
insetos, alimentos e alguns antibióticos. Coloca-se 
sobre a pele uma gota de cada solução e, em seguida, 
pica-se a pele com uma agulha. 
Os médicos também podem usar outras soluções para 
auxiliar na interpretação da resposta da pessoa aos 
alérgenos. Uma gota de uma solução de histamina, 
que deverá desencadear uma reação alérgica, é usada 
para determinar se o sistema imunológico da pessoa 
está funcionando. Uma gota da solução diluente, que 
não deve desencadear uma reação alérgica, é usada 
para comparação. 
Se a pessoa for alérgica a um ou mais dos alérgenos, a 
pele reage com uma pápula e vermelhidão à sua volta, 
indicada pelas seguintes características: 
Uma proeminência levemente elevada e pálida - a 
pápula - aparece onde se picou a pele, dentro de 15 a 
20 minutos. 
A pápula resultante tem um diâmetro cerca de 0,3 a 
0,5 centímetros (cerca de 1/8 a 2/10 de polegada) 
maior do que a pápula causada pela solução diluente. 
A pápula está rodeada por uma zona bem definida de 
pele avermelhada. 
O teste cutâneo (prick test) permite identificar a 
maioria dos alérgenos. 
Se nenhum alérgeno for identificado, é feito um teste 
intradérmico. Para este teste, uma pequena 
quantidade de cada solução pode ser injetada na pele 
da pessoa. Esse tipo de teste cutâneo tem uma 
probabilidade maior de detectar uma reação a um 
alérgeno. 
Antes de realizar os testes cutâneos, pede-se que as 
pessoas parem de tomar anti-histamínicos e 
determinados antidepressivos tricíclicos (como a 
amitriptilina) e inibidores da monoaminoxidase (como 
a selegilina). Esses medicamentos podem omitir uma 
reação aos testes. Alguns médicos também não 
realizam os testes em pessoas que estão tomando 
betabloqueadores, pois se estas pessoas tiverem uma 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS 
 
reaçãoalérgica em resposta ao teste, é mais provável 
que as consequências sejam graves. Além disso, os 
betabloqueadores podem interferir com os fármacos 
usados para tratar reações alérgicas sérias. 
Testes de IgE sérico específicos para o alérgeno 
O teste de IgE sérico específico para o alérgeno, um 
exame de sangue, é usado quando testes cutâneos 
não podem ser realizados - por exemplo, quando a 
erupção cutânea for generalizada. Este teste 
determina se a IgE no sangue da pessoa se liga ao 
alérgeno específico usado no teste. Se a ligação 
ocorrer, a pessoa tem alergia àquele alérgeno. 
Teste provocativo 
Para o teste provocativo, as pessoas são diretamente 
expostas ao alérgeno. Esse teste é geralmente 
realizado quando as pessoas precisam documentar 
sua reação alérgica; por exemplo, para uma alegação 
de incapacidade. Às vezes, ela é usada para 
diagnosticar uma alergia alimentar. Se os médicos 
suspeitarem de uma alergia induzida por exercícios, 
eles podem pedir que a pessoa se exercite. 
 
 
Compreender as reações de hipersensibilidade: 
As respostas imunes que causam lesão tecidual são 
chamadas de reações de hipersensibilidade, e as 
doenças causadas por estas reações são chamadas de 
hipersensibilidade ou doenças inflamatórias 
imunomediadas. 
A hipersensibilidade é um reflexo das respostas 
imunológicas excessivas ou anormais. 
As reações de hipersensibilidade podem ocorrer em 
duas situações. Primeiro, as respostas a antígenos 
estranhos (microrganismos e antígenos ambientais 
não infecciosos) podem causar lesão de tecido, 
especialmente se as reações são repetidas ou mal 
controladas. Em segundo lugar, as respostas imunes 
podem ser dirigidas contra autoantígenos (autólogas), 
como um resultado da falha de autotolerância. 
As respostas contra os autoantígenos são 
denominadas autoimunidade e doenças causadas por 
tais respostas são chamadas de doenças autoimunes. 
 
Tipos de reações de hipersensibilidade 
As reações de hipersensibilidade são classificadas 
com base no principal mecanismo imunológico 
responsável pela injúria aos tecidos e pelas doenças. 
Nós preferimos as designações descritivas mais 
informativas em vez de termos numéricos; por isso 
esses descritores são usados ao longo deste capítulo. 
• A hipersensibilidade imediata ou 
hipersensibilidade do tipo I é um tipo de reação 
patológica causada pela liberação de mediadores de 
mastócitos. Esta reação depende mais da produção do 
anticorpo imunoglobulina E (IgE) contra antígenos 
ambientais e da ligação de IgE aos mastócitos em 
vários tecidos. 
• Outros anticorpos além de IgE que são dirigidos 
contra antígenos de células ou de tecidos podem 
danificar essas células ou tecidos ou, ainda, podem 
prejudicar a sua função. Essas doenças são ditas 
mediadas por anticorpos e representam a 
hipersensibilidade do tipo II. 
• Os anticorpos contra antígenos solúveis podem 
formar complexos com os antígenos, e os complexos 
imunes podem se depositar em vasos sanguíneos de 
vários tecidos, causando inflamação e lesão tecidual. 
Tais doenças são chamadas de doenças do complexo 
imune e representam a hipersensibilidade tipo III. 
• Algumas doenças resultam das reações dos 
linfócitos T, muitas vezes contra os autoantígenos nos 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS 
 
tecidos. Essas doenças mediadas por células T 
representam a hipersensibilidade do tipo IV. 
 
Este sistema de classificação é útil porque distingue os 
mecanismos de lesão tecidual mediada pela resposta 
imune. Em muitas doenças imunológicas humanas, no 
entanto, o dano pode resultar de uma combinação de 
reações mediadas por anticorpos e por células T, de 
modo que muitas vezes é difícil classificar essas 
doenças perfeitamente em um tipo de 
hipersensibilidade. 
1. Hipersensibilidade imediata 
A hipersensibilidade imediata é uma reação mediada 
por anticorpos IgE e mastócitos a certos antígenos 
que causam rápido vazamento vascular e secreções 
das mucosas, muitas vezes seguidos por inflamação. 
Os distúrbios importantes em que IgE medeia a 
hipersensibilidade imediata também são chamados de 
alergia ou atopia, e os indivíduos com propensão para 
desenvolver essas reações são chamados de atópicos. 
A hipersensibilidade imediata pode afetar vários 
tecidos e pode ser de gravidade variável em 
diferentes indivíduos. Os tipos mais comuns de 
alergias incluem rinite alérgica, alergias alimentares, 
asma brônquica e anafilaxia. 
As alergias são os distúrbios mais frequentes do 
sistema imunológico, estimadas para afetar de 10% a 
20% das pessoas, e a incidência de doenças alérgicas 
tem aumentado nas sociedades industrializadas. 
A sequência de eventos no desenvolvimento das 
reações de hipersensibilidade imediatas tem início 
com a ativação de Th2 e de células T auxiliares 
foliculares (Tfh; do inglês, T follicular helper) 
secretoras de IL-4 que estimulam a produção dos 
anticorpos IgE em resposta a um antígeno, ligando-se 
a IgE por receptores Fc específicos dos mastócitos e 
então na exposição subsequente ao antígeno, através 
da ligação cruzada de IgE acoplada ao antígeno e 
liberação de mediadores de mastócitos. Alguns 
mediadores de mastócitos levam a um rápido 
aumento na permeabilidade vascular e contração do 
músculo liso, resultando em muitos sintomas dessas 
reações. Essa reação vascular e muscular lisa pode 
ocorrer dentro de poucos minutos da reintrodução 
do antígeno em um indivíduo previamente 
sensibilizado, por isso recebe o nome de 
hipersensibilidade imediata. 
Outros mediadores de mastócitos são as citocinas que 
recrutam neutrófilos e eosinófilos para o local da 
reação durante algumas horas. Este componente 
inflamatório é chamado de reação de fase tardia, e é 
responsável principalmente pela lesão do tecido 
resultante de repetidos ataques de hipersensibilidade 
imediata. 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS 
 
 
Em indivíduos propensos a alergias, a exposição a 
alguns antígenos resulta na ativação de células Th2 e 
Tfh e na produção de anticorpos IgE. A maioria dos 
indivíduos não produz fortes respostas Th2 a 
antígenos ambientais. Por razões desconhecidas, 
quando alguns indivíduos encontram determinados 
antígenos, como proteínas do pólen, certos alimentos, 
venenos de insetos ou pelos de animais, se tratados 
com certos medicamentos, como a penicilina, 
acontece uma forte resposta Th2. 
Ativação de células Th2 e produção de anticorpos IgE 
A hipersensibilidade imediata desenvolve- se como 
consequência da ativação de células Th2 em resposta 
a antígenos proteicos ou produtos químicos que se 
ligam a proteínas. Os antígenos que provocam as 
reações de hipersensibilidade imediata (alérgicas) 
muitas vezes são chamados de alérgenos. 
Ativação dos mastócitos e secreção de mediadores 
Assim, em um indivíduo atópico, os mastócitos são 
revestidos com anticorpos IgE específico para o(s) 
antígeno(s) ao(s) qual(is) o indivíduo é alérgico. Este 
processo de revestimento de mastócitos com IgE é 
chamado de sensibilização, porque o revestimento 
com IgE específico para um antígeno torna os 
mastócitos sensíveis à ativação por um encontro 
subsequente com esse antígeno. Em indivíduos 
normais, por outro lado, os mastócitos podem 
carregar moléculas IgE de muitas especificidades 
diferentes, pois muitos antígenos podem induzir 
pequenas respostas de IgE e a quantidade de IgE 
específico para qualquer antígeno não é suficiente 
para causar reações de hipersensibilidade imediata 
após a exposição a esse antígeno. 
Quando os mastócitos sensibilizados por IgE são 
expostos aos alérgenos, as células são ativadas para 
secretar seus mediadores 
Os mediadores mais importantes produzidos pelos 
mastócitos são as aminas vasoativas e as proteases 
armazenadas e liberadas a partir degrânulos, os 
produtos recém-gerados e secretados do 
metabolismo do ácido araquidônico e citocinas 
Estes mediadores apresentam diferentes ações. 
A amina principal, histamina, causa a dilatação dos 
pequenos vasos sanguíneos, aumenta a 
permeabilidade vascular e estimula a contração 
transiente dos músculos lisos. 
As proteases podem causar danos para os tecidos 
locais. 
Os metabólitos do ácido araquidônico incluem as 
prostaglandinas, que causam a dilatação vascular e os 
leucotrienos, os quais estimulam a contração 
prolongada do músculo liso. 
As citocinas induzem a inflamação local (a reação de 
fase tardia, descrita a seguir). Assim, os mediadores 
de mastócitos são responsáveis pelas reações 
vasculares agudas e do músculo liso e a inflamação, 
pelas características da hipersensibilidade imediata. 
As citocinas produzidas pelos mastócitos estimulam o 
recrutamento de leucócitos, que causam a reação de 
fase tardia. Os principais leucócitos envolvidos nesta 
reação são os eosinófilos, neutrófilos e células Th2. O 
fator de necrose tumoral (TNF) derivado dos 
mastócitos e IL-4 promovem a inflamação rica em 
neutrófilos e eosinófilos. 
As reações de hipersensibilidade imediata apresentam 
diversas características clínicas e patológicas, todas 
atribuíveis aos mediadores produzidos pelos 
mastócitos em diferentes quantidades e em 
diferentes tecidos: 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS 
 
 
A terapia para as doenças de hipersensibilidade 
imediata tem como objetivo inibir a desgranulação 
dos mastócitos, antagonizar os efeitos de mediadores 
de mastócitos e reduzir a inflamação. 
2. Doenças causadas por anticorpos e 
complexos antígeno-anticorpo 
Outros anticorpos de IgE podem causar doenças 
através da ligação aos seus antígenos em células e 
tecidos, ou pela formação de complexos imunes que 
se depositam nos vasos sanguíneos. 
As reações de hipersensibilidade mediadas por 
anticorpos têm sido reconhecidas há muito como a 
base de muitas doenças imunológicas crônicas em 
seres humanos. 
Os anticorpos contra células ou componentes da 
matriz extracelular podem depositar-se em qualquer 
tecido que expresse o antígeno. As doenças causadas 
por esses anticorpos geralmente são específicas para 
um tecido particular. 
Os complexos imunes depositam-se frequentemente 
em vasos sanguíneos, incluindo vasos através dos 
quais o plasma é filtrado em alta pressão (p. ex., nos 
glomérulos renais e na sinóvia). 
Portanto, as doenças do complexo imune tendem a 
ser sistêmicas e muitas vezes se manifestam como 
vasculites, artrites e nefrites generalizadas. 
 
FIGURA 11-7 Tipos de doenças mediadas por anticorpos. Anticorpos (exceto IgE) 
podem causar lesão tecidual e doença por: A, a ligação direta aos seus antígenos-
alvo na superfície das células e na matriz extracelular (hipersensibilidade tipo II) ou 
B, através da formação de complexos imunes que se depositam principalmente nos 
vasos sanguíneos (hipersensibilidade tipo III). 
Etiologia das Doenças Mediadas por Anticorpos - Os 
anticorpos que causam doenças mais frequentemente 
são os autoanticorpos contra autoantígenos e, menos 
frequentemente, são específicos para antígenos 
externos (p. ex., microbianos). A produção de 
autoanticorpos resulta de uma falha de 
autotolerância. 
Mecanismos de Lesões Teciduais e Doenças - Os 
anticorpos específicos para antígenos de células e 
tecidos podem se depositar nos tecidos e causar 
ferimentos induzindo inflamação local; eles podem 
induzir a fagocitose e destruição das células ou 
interferir nas funções normais da célula. 
❖ Inflamação: Anticorpos contra antígenos 
teciduais e complexos imunes depositados 
nos vasos induzem a inflamação por atrair e 
ativar os leucócitos. Os anticorpos IgG das 
subclasses IgG1 e IgG3 ligam-se aos 
neutrófilos e receptores Fc de macrófagos e 
ativam estes leucócitos, resultando na 
inflamação. Os mesmos anticorpos, bem 
como IgM, ativam o sistema do complemento 
pela via clássica, resultando na produção de 
produtos do complemento que recrutam os 
leucócitos e induzem a inflamação. Quando os 
leucócitos são ativados em locais de 
deposição de anticorpo, essas células liberam 
espécies reativas de oxigênio e enzimas 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS 
 
lisossomais que danificam os tecidos 
adjacentes. 
❖ Opsonização e fagocitose: Se os anticorpos se 
ligam às células, tais como eritrócitos e 
plaquetas, as células são opsonizadas e 
podem ser ingeridas e destruídas pelos 
fagócitos do hospedeiro. 
❖ Respostas celulares anormais: Alguns 
anticorpos podem causar doença sem induzir 
diretamente o dano tecidual. Por exemplo, os 
anticorpos contra receptores hormonais 
podem inibir a função do receptor; em alguns 
casos de miastenia gravis, os anticorpos 
contra o receptor de acetilcolina inibem a 
transmissão neuromuscular, causando 
paralisia. Outros anticorpos podem ativar 
diretamente os receptores, imitando os seus 
ligantes fisiológicos. Em uma forma de 
hipertireoidismo chamada doença de Graves, 
os anticorpos contra o receptor para o 
hormônio estimulante da tireoide estimulam 
as células tireoides mesmo na ausência do 
hormônio. 
 
3. Doenças causadas por linfócitos T 
O papel dos linfócitos T nas doenças imunológicas 
humanas tem sido cada vez mais reconhecido com 
métodos otimizados para a identificação e isolamento 
dessas células a partir de lesões e através de modelos 
animais de doenças humanas em que o papel 
patogênico das células T é estabelecido através de 
experimentos. Na verdade, grande parte do interesse 
recente na patogênese e no tratamento de doenças 
autoimunes humanas tem focado nos distúrbios em 
que o dano tecidual é causado principalmente pelos 
linfócitos T. 
Etiologia das Doenças Mediadas por Células T - As 
principais causas das reações de hipersensibilidade 
mediada por células T são a autoimunidade e as 
respostas exageradas ou persistentes a antígenos 
ambientais. As reações autoimunes geralmente são 
dirigidas contra antígenos celulares com uma 
distribuição restrita nos tecidos. Portanto, as doenças 
autoimunes mediadas por células T tendem a ser 
limitadas a alguns órgãos e geralmente não são 
sistêmicas. Os exemplos de reações de 
hipersensibilidade mediada por células T contra 
antígenos ambientais incluem a sensibilidade de 
contato com produtos químicos (p. ex., vários 
fármacos terapêuticos e substâncias encontradas em 
plantas como a hera venenosa). A lesão tecidual 
também pode acompanhar as respostas das células T 
aos microrganismos. Por exemplo, na tuberculose, 
uma resposta imune mediada por células T se 
desenvolve contra antígenos proteicos de 
Mycobacterium tuberculosis, e a resposta se torna 
crônica porque a infecção é difícil de erradicar. A 
inflamação granulomatosa resultante causa lesão aos 
tecidos normais no local da infecção. A ativação 
policlonal excessiva das células T por certas toxinas 
microbianas produzidas por algumas bactérias e vírus 
pode levar à produção de grandes quantidades de 
citocinas inflamatórias, causando uma síndrome 
semelhante ao choque séptico. Essas toxinas são 
chamadas de superantígenos porque estimulam um 
grande número de células T. Os superantígenos 
ligam-se a partes invariantes de receptores de células 
T em muitos clones diferentes de células T, 
independentemente de especificidade para o 
antígeno, ativando as células. 
 
FIGURA 11-13 Doenças mediadas pela célula T. Doenças nas quais as 
células T desempenham papel dominante em causar lesão tecidual; os 
anticorpos e complexos imunes podem também contribuir. Note que a 
esclerose múltipla, a artrite reumatoide e o diabetes tipo 1 são doenças 
autoimunes. A doença de Crohn, uma doença inflamatória intestinal, é 
provavelmente causada pelasreações contra microrganismos no intestino e 
pode ter um componente de autoimunidade. As outras doenças são causadas 
por reações contra antígenos estranhos (ambientais ou microbianos). Na 
maior parte destas doenças, o papel das células T é inferido a partir da 
detecção e o isolamento de células T reativas com vários antígenos do 
sangue ou lesões, e a partir da similaridade com modelos experimentais em 
que foi estabelecido o envolvimento de células T por uma variedade de 
doenças. A especificidade das células T patogênicas foi definida em modelos 
animais e em algumas das doenças humanas. A hepatite viral e a síndrome 
do choque tóxico são doenças nas quais as células T desempenham papel 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS 
 
patogênico importante, mas estes não são considerados exemplos de 
hipersensibilidade. CTL, linfócitos T citotóxicos; DTH, hipersensibilidade do 
tipo tardio; HBV, vírus da hepatite B; HCV, vírus da hepatite C. 
 
Explicar os tipos de imunodeficiência: 
Disfunções causadas pela imunidade defeituosa são 
chamadas de doenças de imunodeficiência. Algumas 
destas podem resultar de anormalidades genéticas 
em um ou mais componentes do sistema imune; estas 
são chamadas de imunodeficiências congênitas (ou 
primárias). Outros defeitos no sistema imune podem 
resultar de infecções, anormalidades nutricionais ou 
tratamentos médicos que causam perda ou 
funcionamento inadequado de vários componentes 
do sistema imune; estas são chamadas de 
imunodeficiências adquiridas (ou secundárias). 
1. Imunodeficiências congênitas (primárias) 
As imunodeficiências congênitas são causadas por 
defeitos genéticos que levam ao bloqueio na 
maturação ou nas funções de diferentes componentes 
do sistema imune. Estima-se que em torno de 1 em 
500 indivíduos, nos Estados Unidos e Europa, sofram 
de deficiências congênitas imunes de severidades 
variadas. Estas imunodeficiências compartilham 
várias características, a mais comum sendo 
complicações infecciosas. As doenças de 
imunodeficiências congênitas podem, entretanto, 
diferir consideravelmente nas manifestações clínicas e 
patológicas. Algumas destas disfunções resultam em 
suscetibilidade muito aumentada a infecções que 
podem se manifestar logo após o nascimento e 
podem ser fatais, a não ser que os defeitos 
imunológicos sejam corrigidos. Outras 
imunodeficiências congênitas levam a infecções 
moderadas e podem ser primeiramente detectadas 
na vida adulta. 
 
Defeitos na Maturação do Linfócito - Muitas 
imunodeficiências congênitas são decorrentes de 
anormalidades genéticas que causam o bloqueio na 
maturação dos linfócitos B, linfócitos T ou ambos. 
Imunodeficiência Combinada Severa - Disfunções se 
manifestando como defeitos em ambos os ramos de 
células B e células T do sistema imune adaptativo são 
classificadas como imunodeficiência combinada 
severa (SCID; do inglês, severe combined 
immunodeficiency). Diversas anormalidades distintas 
genéticas podem causar SCID. 
• X-SCID causada por mutações yc. Ligada ao X, 
afetando somente crianças do sexo 
masculino. A consequência deste bloqueio no 
desenvolvimento é uma profunda redução no 
número de células T maduras, e imunidade 
humoral defeituosa devido à ausência de 
célula T auxiliar (mesmo quando as células B 
podem amadurecer quase que 
completamente). As células natural killer (NK) 
também estão deficientes, porque a cadeia γc 
é parte do receptor para IL-15, a principal 
citocina envolvida na proliferação e 
maturação da célula NK. 
• Deficiência ADA e PNP. Cerca de metade dos 
casos de SCID autossômicos recessivos é 
causada por mutações em uma enzima 
chamada de adenosina deaminase (ADA), que 
está envolvida na quebra da adenosina. A 
deficiência na ADA leva a um acúmulo de 
metabólitos tóxicos de purina nas células que 
estão sintetizando ativamente o DNA – ou 
seja proliferando. 
Defeitos na maturação dos linfócitos B ou T - Defeitos 
na Maturação dos Linfócitos B ou T Algumas 
imunodeficiências congênitas são causadas por 
defeitos que afetam células B ou células T. 
• Agamaglobulinemia ligada ao X. A síndrome 
clínica mais comum causada por um bloqueio 
na maturação da célula B é a 
agamaglobulinemia ligada ao X 
(anteriormente chamada como 
agamaglobulinemia de Bruton). Nesta 
disfunção, as células pré-B da medula óssea 
falham em se expandirem, resultando em 
uma queda acentuada ou ausência de 
linfócitos T maduros e em imunoglobulinas 
séricas. A doença é causada por mutações no 
gene que codifica uma quinase chamada de 
tirosina quinase de Bruton (BTK; do inglês, 
Bruton tyrosine kinase), resultando em 
produção ou função defeituosa da enzima. 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS 
 
• Síndrome de DiGeorge. Defeitos seletivos na 
maturação da célula T são raros. Destes, a 
síndrome de DiGeorge é a mais frequente. 
Ela resulta de um desenvolvimento 
incompleto do timo (e glândulas 
paratireoides). Pacientes com a síndrome de 
DiGeorge falham em desenvolver células T 
maduras. A condição tende a melhorar com a 
idade, provavelmente porque a pequena 
quantidade de tecido tímico que se 
desenvolve é capaz de suportar alguma 
maturação da célula T. 
 
Defeitos na Ativação e na Função do Linfócito - A 
melhor compreensão sobre as moléculas envolvidas 
na ativação e função do linfócito levou ao 
reconhecimento de mutações e outras anormalidades 
nestas moléculas que resultam em disfunções de 
imunodeficiências. 
Respostas Defeituosas na Célula B – A produção 
defeituosa de anticorpo pode ser o resultado de 
anormalidades nas células B ou nas células T 
auxiliares. 
• Síndrome da hiper-IgM 
• Deficiências genéticas na produção de 
isótopos selecionados de Ig são pouco 
comuns. IgA deficiente afeta certa de 1 em 
700 pessoas. 
• Imunodeficiência variável comum (CVID). É 
um grupo heterogêneo de disfunções que 
representam uma forma comum de 
imunodeficiência primária. Estas disfunções 
são caracterizadas por uma resposta pobre de 
anticorpo às infecções e níveis séricos 
reduzidos de IgG, IgA e, frequentemente, de 
IgM. 
 
Ativação Defeituosa dos Linfócitos T - Uma variedade 
de anormalidades herdadas pode interferir na 
ativação da célula T. 
Defeito na Imunidade Inata - Anormalidades em dois 
componentes da imunidade inata, fagócitos e sistema 
complemento, são causas importantes de 
imunodeficiência: 
 
2. Imunodeficiências adquiridas (secundárias) 
Com frequência, as deficiências do sistema imune se 
desenvolvem por causa de anormalidades que não 
são genéticas, mas são adquiridas durante a vida 
(Fig. 12-6). Dentre elas, a mais séria em todo o mundo 
é a infecção por HIV, como descrito anteriormente. As 
causas mais frequentes das imunodeficiências 
secundárias em países desenvolvidos são os cânceres 
envolvendo a medula óssea e várias terapias. O 
tratamento do câncer com fármacos quimioterápicos 
e irradiação pode danificar células em proliferação, 
incluindo precursores de leucócitos na medula óssea e 
linfócitos maduros, resultando na imunodeficiência. 
Fármacos imunossupressores usados para prevenir a 
rejeição de um transplante e fármacos para doenças 
inflamatórias, incluindo alguns das novas terapias (i.e., 
antagonistas de TNF, bloqueio da coestimulação), são 
designados para atenuar as respostas imunes. Assim, 
a imunodeficiência é uma complicação de tais 
terapias. 
Má nutrição proteica-calórica resulta em deficiências 
virtualmente de todos os componentes do sistema 
imune e é uma causa comum de imunodeficiência em 
países em desenvolvimento. 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS 
 
 
FIGURA 12-6 Imunodeficiência adquirida (secundária). A figura lista as causas mais 
comuns das imunodeficiências adquiridas e comoelas levam a defeitos nas 
respostas imunes 
Síndrome da imunodeficiência adquirida - Embora a 
síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) tenha 
sido primeiramente descoberta como uma entidade 
distinta na década de 1980, ela se tornou uma das 
mais devastadoras doenças da história. A AIDS é 
causada pela infecção por HIV. De uma estimativa de 
35 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo, 
cerca de 70% estão na África e 20% na Ásia. Mais de 
25 milhões de mortes são atribuídas a HIV/AIDS, com 
1 a 2 milhões de mortes anuais. Fármacos retrovirais 
efetivos foram desenvolvidos, mas a infecção 
continua a se espalhar em partes do mundo onde 
estas terapias não estão amplamente disponíveis, e, 
em alguns países africanos, mais de 30% da população 
tem infecção por HIV. Esta seção descreve as 
características importantes do HIV, como ele infecta 
os homens e a doença que ele causa, finalizando com 
uma breve discussão do estado atual da terapia e do 
desenvolvimento de vacinas. 
Vírus da Imunodeficiência Humana - O vírus da 
imunodeficiência humana (HIV; do inglês, human 
immunodeficiency vírus) é um retrovírus que infecta 
células do sistema imune, principalmente os linfócitos 
T CD4+, e causa destruição progressiva dessas células. 
Patogênese da AIDS - A AIDS se desenvolve ao longo 
de anos quando o HIV latente se torna ativado e 
destrói as células do sistema imune. A produção do 
vírus leva à morte das células infectadas, assim como 
à morte de linfócitos não infectados, deficiências 
imunes subsequentes e AIDS clínica 
O curso clínico da infecção pelo HIV tipicamente 
consiste em viremia aguda, latência clínica com 
destruição progressiva das células T CD4+ e a 
dissolução dos tecidos linfoides e, por fim, a AIDS, 
com uma severa imunodeficiência resultando em 
infecções oportunistas, alguns cânceres, perda de 
peso e ocasionalmente demência. O tratamento da 
infecção pelo HIV é designado para interferir no ciclo 
de vida do vírus. O desenvolvimento de uma vacina 
está em andamento. 
 
 
Referencias 
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