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Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS Objetivos a serem estudados: 1- Entender o mecanismo das reações alérgicas 2- Compreender as reações de hipersensibilidade 3- Explicar os tipos de imunodeficiência Entender o mecanismo das reações alérgicas: As alergias são os distúrbios mais frequentes do sistema imunológico, estimadas para afetar de 10% a 20% das pessoas, e a incidência de doenças alérgicas tem aumentado nas sociedades industrializadas. A hipersensibilidade imediata desenvolve- se como consequência da ativação de células Th2 em resposta a antígenos proteicos ou produtos químicos que se ligam a proteínas. Os antígenos que provocam as reações de hipersensibilidade imediata (alérgicas) muitas vezes são chamados de alérgenos. A propensão para o desenvolvimento de células T produtoras de IL-4, para a produção de IgE e a hipersensibilidade imediata tem forte base genética; o principal risco conhecido ao se desenvolver alergias é um histórico familiar de doença atópica. As reações alérgicas (reações de hipersensibilidade) são respostas inadequadas do sistema imunológico a uma substância que normalmente é inofensiva. Os alérgenos podem causar uma reação alérgica quando caem sobre a pele ou os olhos ou quando são inalados, ingeridos ou injetados. Uma reação alérgica pode ocorrer de diversas formas: • Como parte de uma alergia sazonal (como a febre do feno), provocada pela exposição a substâncias como o pólen de árvores, de grama ou da erva-de-santiago • Desencadeada por tomar um medicamento (alergia medicamentosa) • Desencadeada pela ingestão de certos alimentos (alergia alimentar) • Desencadeada pela inalação de poeira, pelo de animais ou mofos (alergia durante todo o ano) • Desencadeada pelo toque de certas substâncias (como látex) • Desencadeada por picadas de insetos (como ocorre em reações anafiláticas e no angioedema) Em muitas reações alérgicas, o sistema imunológico, quando exposto pela primeira vez a um alérgeno, produz um tipo de anticorpo denominado imunoglobulina E (IgE). A IgE fixa-se a um tipo de glóbulo branco denominado basófilo na corrente sanguínea e a um tipo semelhante de célula, denominada mastócito, nos tecidos. A primeira exposição pode fazer com que uma pessoa se torne sensível ao alérgeno (chamado sensibilização), mas não causa sintomas. Quando a pessoa sensibilizada tem um novo contato com o alérgeno, os basófilos e mastócitos com IgE na sua superfície liberam substâncias (como histamina, prostaglandinas e leucotrienos) que produzem edema ou inflamação nos tecidos circundantes. Essas substâncias iniciam uma cascata de reações que continua a irritar e lesionar os tecidos. Essas reações variam de leve a grave. - Causas Fatores genéticos e ambientais trabalham juntos para contribuir para o desenvolvimento de alergias. Acredita-se que haja o envolvimento de genes porque mutações específicas são comuns em pessoas com alergias e porque as alergias tendem a ser hereditárias. Fatores ambientais também aumentam o risco de desenvolver alergias. Esses fatores de risco incluem os seguintes: • Exposição repetida a substâncias estranhas (alérgenos) • Dieta • Poluentes (como fumaça de tabaco e fumaça de descarga) Por outro lado, a exposição a diversas bactérias e vírus durante a infância pode fortalecer o sistema imunológico e ajudá-lo a aprender como responder a Tutoria 5 - Reações alérgicas e imunodeficiências Tutoria 5 - Reações alérgicas e imunodeficiências Tutoria 5 - Reações alérgicas e imunodeficiências Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS alérgenos de maneira não nociva ajudando, assim, a prevenir o desenvolvimento de alergias. Um ambiente que limita a exposição de uma criança a bactérias e vírus, comumente considerado uma coisa boa, pode aumentar o risco de desenvolvimento de alergias. A exposição a micro-organismos é limitada em famílias com menos filhos e um ambiente doméstico mais limpo e pelo uso precoce de antibióticos. Micro-organismos vivem no trato digestivo, no trato respiratório e na pele, mas quais os micro-organismos presentes varia de pessoa para pessoa. Os micro- organismos presentes parecem afetar se e que alergias irão se desenvolver. Os alérgenos que desencadeiam reações alérgicas com uma maior frequência incluem • Excrementos de ácaros do pó • Pelo de animais • Pólen (de árvores, gramíneos e ervas daninhas) • Mofo Os ácaros vivem na poeira que se acumula em tapetes, roupa de cama, móveis estofados e brinquedos moles. Sintomas A maioria das reações alérgicas é leve e manifesta-se com olhos lacrimejantes e pruriginosos, corrimento nasal, prurido na pele e alguns espirros. As erupções (incluindo pápulas) são frequentes e muitas vezes produzem prurido. As pápulas, também denominadas urticária, são pequenas áreas vermelhas, levemente elevadas com o inchaço, geralmente com um centro pálido. O inchaço pode ocorrer em áreas mais extensas sob a pele (denominado angioedema). O inchaço é causado pelo extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos. A gravidade do quadro pode variar, dependendo das zonas do corpo afetadas. A alergia também pode desencadear crises de asma. Certas reações alérgicas, denominadas reações anafiláticas, podem ser fatais. As vias aéreas podem se estreitar (contrair), provocando sibilos, e o revestimento da garganta e das vias aéreas pode inchar, interferindo na respiração. Os vasos sanguíneos podem se alargar (dilatar), provocando uma queda perigosa da pressão arterial. Testes cutâneos Os testes cutâneos são o método mais útil para identificar alérgenos específicos. Geralmente, realiza-se primeiramente um teste cutâneo (prick test). Preparam-se soluções diluídas de extratos de pólen (de árvores, gramíneos ou ervas), mofo, ácaros do pó, pelo de animais, veneno de insetos, alimentos e alguns antibióticos. Coloca-se sobre a pele uma gota de cada solução e, em seguida, pica-se a pele com uma agulha. Os médicos também podem usar outras soluções para auxiliar na interpretação da resposta da pessoa aos alérgenos. Uma gota de uma solução de histamina, que deverá desencadear uma reação alérgica, é usada para determinar se o sistema imunológico da pessoa está funcionando. Uma gota da solução diluente, que não deve desencadear uma reação alérgica, é usada para comparação. Se a pessoa for alérgica a um ou mais dos alérgenos, a pele reage com uma pápula e vermelhidão à sua volta, indicada pelas seguintes características: Uma proeminência levemente elevada e pálida - a pápula - aparece onde se picou a pele, dentro de 15 a 20 minutos. A pápula resultante tem um diâmetro cerca de 0,3 a 0,5 centímetros (cerca de 1/8 a 2/10 de polegada) maior do que a pápula causada pela solução diluente. A pápula está rodeada por uma zona bem definida de pele avermelhada. O teste cutâneo (prick test) permite identificar a maioria dos alérgenos. Se nenhum alérgeno for identificado, é feito um teste intradérmico. Para este teste, uma pequena quantidade de cada solução pode ser injetada na pele da pessoa. Esse tipo de teste cutâneo tem uma probabilidade maior de detectar uma reação a um alérgeno. Antes de realizar os testes cutâneos, pede-se que as pessoas parem de tomar anti-histamínicos e determinados antidepressivos tricíclicos (como a amitriptilina) e inibidores da monoaminoxidase (como a selegilina). Esses medicamentos podem omitir uma reação aos testes. Alguns médicos também não realizam os testes em pessoas que estão tomando betabloqueadores, pois se estas pessoas tiverem uma Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS reaçãoalérgica em resposta ao teste, é mais provável que as consequências sejam graves. Além disso, os betabloqueadores podem interferir com os fármacos usados para tratar reações alérgicas sérias. Testes de IgE sérico específicos para o alérgeno O teste de IgE sérico específico para o alérgeno, um exame de sangue, é usado quando testes cutâneos não podem ser realizados - por exemplo, quando a erupção cutânea for generalizada. Este teste determina se a IgE no sangue da pessoa se liga ao alérgeno específico usado no teste. Se a ligação ocorrer, a pessoa tem alergia àquele alérgeno. Teste provocativo Para o teste provocativo, as pessoas são diretamente expostas ao alérgeno. Esse teste é geralmente realizado quando as pessoas precisam documentar sua reação alérgica; por exemplo, para uma alegação de incapacidade. Às vezes, ela é usada para diagnosticar uma alergia alimentar. Se os médicos suspeitarem de uma alergia induzida por exercícios, eles podem pedir que a pessoa se exercite. Compreender as reações de hipersensibilidade: As respostas imunes que causam lesão tecidual são chamadas de reações de hipersensibilidade, e as doenças causadas por estas reações são chamadas de hipersensibilidade ou doenças inflamatórias imunomediadas. A hipersensibilidade é um reflexo das respostas imunológicas excessivas ou anormais. As reações de hipersensibilidade podem ocorrer em duas situações. Primeiro, as respostas a antígenos estranhos (microrganismos e antígenos ambientais não infecciosos) podem causar lesão de tecido, especialmente se as reações são repetidas ou mal controladas. Em segundo lugar, as respostas imunes podem ser dirigidas contra autoantígenos (autólogas), como um resultado da falha de autotolerância. As respostas contra os autoantígenos são denominadas autoimunidade e doenças causadas por tais respostas são chamadas de doenças autoimunes. Tipos de reações de hipersensibilidade As reações de hipersensibilidade são classificadas com base no principal mecanismo imunológico responsável pela injúria aos tecidos e pelas doenças. Nós preferimos as designações descritivas mais informativas em vez de termos numéricos; por isso esses descritores são usados ao longo deste capítulo. • A hipersensibilidade imediata ou hipersensibilidade do tipo I é um tipo de reação patológica causada pela liberação de mediadores de mastócitos. Esta reação depende mais da produção do anticorpo imunoglobulina E (IgE) contra antígenos ambientais e da ligação de IgE aos mastócitos em vários tecidos. • Outros anticorpos além de IgE que são dirigidos contra antígenos de células ou de tecidos podem danificar essas células ou tecidos ou, ainda, podem prejudicar a sua função. Essas doenças são ditas mediadas por anticorpos e representam a hipersensibilidade do tipo II. • Os anticorpos contra antígenos solúveis podem formar complexos com os antígenos, e os complexos imunes podem se depositar em vasos sanguíneos de vários tecidos, causando inflamação e lesão tecidual. Tais doenças são chamadas de doenças do complexo imune e representam a hipersensibilidade tipo III. • Algumas doenças resultam das reações dos linfócitos T, muitas vezes contra os autoantígenos nos Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS tecidos. Essas doenças mediadas por células T representam a hipersensibilidade do tipo IV. Este sistema de classificação é útil porque distingue os mecanismos de lesão tecidual mediada pela resposta imune. Em muitas doenças imunológicas humanas, no entanto, o dano pode resultar de uma combinação de reações mediadas por anticorpos e por células T, de modo que muitas vezes é difícil classificar essas doenças perfeitamente em um tipo de hipersensibilidade. 1. Hipersensibilidade imediata A hipersensibilidade imediata é uma reação mediada por anticorpos IgE e mastócitos a certos antígenos que causam rápido vazamento vascular e secreções das mucosas, muitas vezes seguidos por inflamação. Os distúrbios importantes em que IgE medeia a hipersensibilidade imediata também são chamados de alergia ou atopia, e os indivíduos com propensão para desenvolver essas reações são chamados de atópicos. A hipersensibilidade imediata pode afetar vários tecidos e pode ser de gravidade variável em diferentes indivíduos. Os tipos mais comuns de alergias incluem rinite alérgica, alergias alimentares, asma brônquica e anafilaxia. As alergias são os distúrbios mais frequentes do sistema imunológico, estimadas para afetar de 10% a 20% das pessoas, e a incidência de doenças alérgicas tem aumentado nas sociedades industrializadas. A sequência de eventos no desenvolvimento das reações de hipersensibilidade imediatas tem início com a ativação de Th2 e de células T auxiliares foliculares (Tfh; do inglês, T follicular helper) secretoras de IL-4 que estimulam a produção dos anticorpos IgE em resposta a um antígeno, ligando-se a IgE por receptores Fc específicos dos mastócitos e então na exposição subsequente ao antígeno, através da ligação cruzada de IgE acoplada ao antígeno e liberação de mediadores de mastócitos. Alguns mediadores de mastócitos levam a um rápido aumento na permeabilidade vascular e contração do músculo liso, resultando em muitos sintomas dessas reações. Essa reação vascular e muscular lisa pode ocorrer dentro de poucos minutos da reintrodução do antígeno em um indivíduo previamente sensibilizado, por isso recebe o nome de hipersensibilidade imediata. Outros mediadores de mastócitos são as citocinas que recrutam neutrófilos e eosinófilos para o local da reação durante algumas horas. Este componente inflamatório é chamado de reação de fase tardia, e é responsável principalmente pela lesão do tecido resultante de repetidos ataques de hipersensibilidade imediata. Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS Em indivíduos propensos a alergias, a exposição a alguns antígenos resulta na ativação de células Th2 e Tfh e na produção de anticorpos IgE. A maioria dos indivíduos não produz fortes respostas Th2 a antígenos ambientais. Por razões desconhecidas, quando alguns indivíduos encontram determinados antígenos, como proteínas do pólen, certos alimentos, venenos de insetos ou pelos de animais, se tratados com certos medicamentos, como a penicilina, acontece uma forte resposta Th2. Ativação de células Th2 e produção de anticorpos IgE A hipersensibilidade imediata desenvolve- se como consequência da ativação de células Th2 em resposta a antígenos proteicos ou produtos químicos que se ligam a proteínas. Os antígenos que provocam as reações de hipersensibilidade imediata (alérgicas) muitas vezes são chamados de alérgenos. Ativação dos mastócitos e secreção de mediadores Assim, em um indivíduo atópico, os mastócitos são revestidos com anticorpos IgE específico para o(s) antígeno(s) ao(s) qual(is) o indivíduo é alérgico. Este processo de revestimento de mastócitos com IgE é chamado de sensibilização, porque o revestimento com IgE específico para um antígeno torna os mastócitos sensíveis à ativação por um encontro subsequente com esse antígeno. Em indivíduos normais, por outro lado, os mastócitos podem carregar moléculas IgE de muitas especificidades diferentes, pois muitos antígenos podem induzir pequenas respostas de IgE e a quantidade de IgE específico para qualquer antígeno não é suficiente para causar reações de hipersensibilidade imediata após a exposição a esse antígeno. Quando os mastócitos sensibilizados por IgE são expostos aos alérgenos, as células são ativadas para secretar seus mediadores Os mediadores mais importantes produzidos pelos mastócitos são as aminas vasoativas e as proteases armazenadas e liberadas a partir degrânulos, os produtos recém-gerados e secretados do metabolismo do ácido araquidônico e citocinas Estes mediadores apresentam diferentes ações. A amina principal, histamina, causa a dilatação dos pequenos vasos sanguíneos, aumenta a permeabilidade vascular e estimula a contração transiente dos músculos lisos. As proteases podem causar danos para os tecidos locais. Os metabólitos do ácido araquidônico incluem as prostaglandinas, que causam a dilatação vascular e os leucotrienos, os quais estimulam a contração prolongada do músculo liso. As citocinas induzem a inflamação local (a reação de fase tardia, descrita a seguir). Assim, os mediadores de mastócitos são responsáveis pelas reações vasculares agudas e do músculo liso e a inflamação, pelas características da hipersensibilidade imediata. As citocinas produzidas pelos mastócitos estimulam o recrutamento de leucócitos, que causam a reação de fase tardia. Os principais leucócitos envolvidos nesta reação são os eosinófilos, neutrófilos e células Th2. O fator de necrose tumoral (TNF) derivado dos mastócitos e IL-4 promovem a inflamação rica em neutrófilos e eosinófilos. As reações de hipersensibilidade imediata apresentam diversas características clínicas e patológicas, todas atribuíveis aos mediadores produzidos pelos mastócitos em diferentes quantidades e em diferentes tecidos: Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS A terapia para as doenças de hipersensibilidade imediata tem como objetivo inibir a desgranulação dos mastócitos, antagonizar os efeitos de mediadores de mastócitos e reduzir a inflamação. 2. Doenças causadas por anticorpos e complexos antígeno-anticorpo Outros anticorpos de IgE podem causar doenças através da ligação aos seus antígenos em células e tecidos, ou pela formação de complexos imunes que se depositam nos vasos sanguíneos. As reações de hipersensibilidade mediadas por anticorpos têm sido reconhecidas há muito como a base de muitas doenças imunológicas crônicas em seres humanos. Os anticorpos contra células ou componentes da matriz extracelular podem depositar-se em qualquer tecido que expresse o antígeno. As doenças causadas por esses anticorpos geralmente são específicas para um tecido particular. Os complexos imunes depositam-se frequentemente em vasos sanguíneos, incluindo vasos através dos quais o plasma é filtrado em alta pressão (p. ex., nos glomérulos renais e na sinóvia). Portanto, as doenças do complexo imune tendem a ser sistêmicas e muitas vezes se manifestam como vasculites, artrites e nefrites generalizadas. FIGURA 11-7 Tipos de doenças mediadas por anticorpos. Anticorpos (exceto IgE) podem causar lesão tecidual e doença por: A, a ligação direta aos seus antígenos- alvo na superfície das células e na matriz extracelular (hipersensibilidade tipo II) ou B, através da formação de complexos imunes que se depositam principalmente nos vasos sanguíneos (hipersensibilidade tipo III). Etiologia das Doenças Mediadas por Anticorpos - Os anticorpos que causam doenças mais frequentemente são os autoanticorpos contra autoantígenos e, menos frequentemente, são específicos para antígenos externos (p. ex., microbianos). A produção de autoanticorpos resulta de uma falha de autotolerância. Mecanismos de Lesões Teciduais e Doenças - Os anticorpos específicos para antígenos de células e tecidos podem se depositar nos tecidos e causar ferimentos induzindo inflamação local; eles podem induzir a fagocitose e destruição das células ou interferir nas funções normais da célula. ❖ Inflamação: Anticorpos contra antígenos teciduais e complexos imunes depositados nos vasos induzem a inflamação por atrair e ativar os leucócitos. Os anticorpos IgG das subclasses IgG1 e IgG3 ligam-se aos neutrófilos e receptores Fc de macrófagos e ativam estes leucócitos, resultando na inflamação. Os mesmos anticorpos, bem como IgM, ativam o sistema do complemento pela via clássica, resultando na produção de produtos do complemento que recrutam os leucócitos e induzem a inflamação. Quando os leucócitos são ativados em locais de deposição de anticorpo, essas células liberam espécies reativas de oxigênio e enzimas Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS lisossomais que danificam os tecidos adjacentes. ❖ Opsonização e fagocitose: Se os anticorpos se ligam às células, tais como eritrócitos e plaquetas, as células são opsonizadas e podem ser ingeridas e destruídas pelos fagócitos do hospedeiro. ❖ Respostas celulares anormais: Alguns anticorpos podem causar doença sem induzir diretamente o dano tecidual. Por exemplo, os anticorpos contra receptores hormonais podem inibir a função do receptor; em alguns casos de miastenia gravis, os anticorpos contra o receptor de acetilcolina inibem a transmissão neuromuscular, causando paralisia. Outros anticorpos podem ativar diretamente os receptores, imitando os seus ligantes fisiológicos. Em uma forma de hipertireoidismo chamada doença de Graves, os anticorpos contra o receptor para o hormônio estimulante da tireoide estimulam as células tireoides mesmo na ausência do hormônio. 3. Doenças causadas por linfócitos T O papel dos linfócitos T nas doenças imunológicas humanas tem sido cada vez mais reconhecido com métodos otimizados para a identificação e isolamento dessas células a partir de lesões e através de modelos animais de doenças humanas em que o papel patogênico das células T é estabelecido através de experimentos. Na verdade, grande parte do interesse recente na patogênese e no tratamento de doenças autoimunes humanas tem focado nos distúrbios em que o dano tecidual é causado principalmente pelos linfócitos T. Etiologia das Doenças Mediadas por Células T - As principais causas das reações de hipersensibilidade mediada por células T são a autoimunidade e as respostas exageradas ou persistentes a antígenos ambientais. As reações autoimunes geralmente são dirigidas contra antígenos celulares com uma distribuição restrita nos tecidos. Portanto, as doenças autoimunes mediadas por células T tendem a ser limitadas a alguns órgãos e geralmente não são sistêmicas. Os exemplos de reações de hipersensibilidade mediada por células T contra antígenos ambientais incluem a sensibilidade de contato com produtos químicos (p. ex., vários fármacos terapêuticos e substâncias encontradas em plantas como a hera venenosa). A lesão tecidual também pode acompanhar as respostas das células T aos microrganismos. Por exemplo, na tuberculose, uma resposta imune mediada por células T se desenvolve contra antígenos proteicos de Mycobacterium tuberculosis, e a resposta se torna crônica porque a infecção é difícil de erradicar. A inflamação granulomatosa resultante causa lesão aos tecidos normais no local da infecção. A ativação policlonal excessiva das células T por certas toxinas microbianas produzidas por algumas bactérias e vírus pode levar à produção de grandes quantidades de citocinas inflamatórias, causando uma síndrome semelhante ao choque séptico. Essas toxinas são chamadas de superantígenos porque estimulam um grande número de células T. Os superantígenos ligam-se a partes invariantes de receptores de células T em muitos clones diferentes de células T, independentemente de especificidade para o antígeno, ativando as células. FIGURA 11-13 Doenças mediadas pela célula T. Doenças nas quais as células T desempenham papel dominante em causar lesão tecidual; os anticorpos e complexos imunes podem também contribuir. Note que a esclerose múltipla, a artrite reumatoide e o diabetes tipo 1 são doenças autoimunes. A doença de Crohn, uma doença inflamatória intestinal, é provavelmente causada pelasreações contra microrganismos no intestino e pode ter um componente de autoimunidade. As outras doenças são causadas por reações contra antígenos estranhos (ambientais ou microbianos). Na maior parte destas doenças, o papel das células T é inferido a partir da detecção e o isolamento de células T reativas com vários antígenos do sangue ou lesões, e a partir da similaridade com modelos experimentais em que foi estabelecido o envolvimento de células T por uma variedade de doenças. A especificidade das células T patogênicas foi definida em modelos animais e em algumas das doenças humanas. A hepatite viral e a síndrome do choque tóxico são doenças nas quais as células T desempenham papel Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS patogênico importante, mas estes não são considerados exemplos de hipersensibilidade. CTL, linfócitos T citotóxicos; DTH, hipersensibilidade do tipo tardio; HBV, vírus da hepatite B; HCV, vírus da hepatite C. Explicar os tipos de imunodeficiência: Disfunções causadas pela imunidade defeituosa são chamadas de doenças de imunodeficiência. Algumas destas podem resultar de anormalidades genéticas em um ou mais componentes do sistema imune; estas são chamadas de imunodeficiências congênitas (ou primárias). Outros defeitos no sistema imune podem resultar de infecções, anormalidades nutricionais ou tratamentos médicos que causam perda ou funcionamento inadequado de vários componentes do sistema imune; estas são chamadas de imunodeficiências adquiridas (ou secundárias). 1. Imunodeficiências congênitas (primárias) As imunodeficiências congênitas são causadas por defeitos genéticos que levam ao bloqueio na maturação ou nas funções de diferentes componentes do sistema imune. Estima-se que em torno de 1 em 500 indivíduos, nos Estados Unidos e Europa, sofram de deficiências congênitas imunes de severidades variadas. Estas imunodeficiências compartilham várias características, a mais comum sendo complicações infecciosas. As doenças de imunodeficiências congênitas podem, entretanto, diferir consideravelmente nas manifestações clínicas e patológicas. Algumas destas disfunções resultam em suscetibilidade muito aumentada a infecções que podem se manifestar logo após o nascimento e podem ser fatais, a não ser que os defeitos imunológicos sejam corrigidos. Outras imunodeficiências congênitas levam a infecções moderadas e podem ser primeiramente detectadas na vida adulta. Defeitos na Maturação do Linfócito - Muitas imunodeficiências congênitas são decorrentes de anormalidades genéticas que causam o bloqueio na maturação dos linfócitos B, linfócitos T ou ambos. Imunodeficiência Combinada Severa - Disfunções se manifestando como defeitos em ambos os ramos de células B e células T do sistema imune adaptativo são classificadas como imunodeficiência combinada severa (SCID; do inglês, severe combined immunodeficiency). Diversas anormalidades distintas genéticas podem causar SCID. • X-SCID causada por mutações yc. Ligada ao X, afetando somente crianças do sexo masculino. A consequência deste bloqueio no desenvolvimento é uma profunda redução no número de células T maduras, e imunidade humoral defeituosa devido à ausência de célula T auxiliar (mesmo quando as células B podem amadurecer quase que completamente). As células natural killer (NK) também estão deficientes, porque a cadeia γc é parte do receptor para IL-15, a principal citocina envolvida na proliferação e maturação da célula NK. • Deficiência ADA e PNP. Cerca de metade dos casos de SCID autossômicos recessivos é causada por mutações em uma enzima chamada de adenosina deaminase (ADA), que está envolvida na quebra da adenosina. A deficiência na ADA leva a um acúmulo de metabólitos tóxicos de purina nas células que estão sintetizando ativamente o DNA – ou seja proliferando. Defeitos na maturação dos linfócitos B ou T - Defeitos na Maturação dos Linfócitos B ou T Algumas imunodeficiências congênitas são causadas por defeitos que afetam células B ou células T. • Agamaglobulinemia ligada ao X. A síndrome clínica mais comum causada por um bloqueio na maturação da célula B é a agamaglobulinemia ligada ao X (anteriormente chamada como agamaglobulinemia de Bruton). Nesta disfunção, as células pré-B da medula óssea falham em se expandirem, resultando em uma queda acentuada ou ausência de linfócitos T maduros e em imunoglobulinas séricas. A doença é causada por mutações no gene que codifica uma quinase chamada de tirosina quinase de Bruton (BTK; do inglês, Bruton tyrosine kinase), resultando em produção ou função defeituosa da enzima. Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS • Síndrome de DiGeorge. Defeitos seletivos na maturação da célula T são raros. Destes, a síndrome de DiGeorge é a mais frequente. Ela resulta de um desenvolvimento incompleto do timo (e glândulas paratireoides). Pacientes com a síndrome de DiGeorge falham em desenvolver células T maduras. A condição tende a melhorar com a idade, provavelmente porque a pequena quantidade de tecido tímico que se desenvolve é capaz de suportar alguma maturação da célula T. Defeitos na Ativação e na Função do Linfócito - A melhor compreensão sobre as moléculas envolvidas na ativação e função do linfócito levou ao reconhecimento de mutações e outras anormalidades nestas moléculas que resultam em disfunções de imunodeficiências. Respostas Defeituosas na Célula B – A produção defeituosa de anticorpo pode ser o resultado de anormalidades nas células B ou nas células T auxiliares. • Síndrome da hiper-IgM • Deficiências genéticas na produção de isótopos selecionados de Ig são pouco comuns. IgA deficiente afeta certa de 1 em 700 pessoas. • Imunodeficiência variável comum (CVID). É um grupo heterogêneo de disfunções que representam uma forma comum de imunodeficiência primária. Estas disfunções são caracterizadas por uma resposta pobre de anticorpo às infecções e níveis séricos reduzidos de IgG, IgA e, frequentemente, de IgM. Ativação Defeituosa dos Linfócitos T - Uma variedade de anormalidades herdadas pode interferir na ativação da célula T. Defeito na Imunidade Inata - Anormalidades em dois componentes da imunidade inata, fagócitos e sistema complemento, são causas importantes de imunodeficiência: 2. Imunodeficiências adquiridas (secundárias) Com frequência, as deficiências do sistema imune se desenvolvem por causa de anormalidades que não são genéticas, mas são adquiridas durante a vida (Fig. 12-6). Dentre elas, a mais séria em todo o mundo é a infecção por HIV, como descrito anteriormente. As causas mais frequentes das imunodeficiências secundárias em países desenvolvidos são os cânceres envolvendo a medula óssea e várias terapias. O tratamento do câncer com fármacos quimioterápicos e irradiação pode danificar células em proliferação, incluindo precursores de leucócitos na medula óssea e linfócitos maduros, resultando na imunodeficiência. Fármacos imunossupressores usados para prevenir a rejeição de um transplante e fármacos para doenças inflamatórias, incluindo alguns das novas terapias (i.e., antagonistas de TNF, bloqueio da coestimulação), são designados para atenuar as respostas imunes. Assim, a imunodeficiência é uma complicação de tais terapias. Má nutrição proteica-calórica resulta em deficiências virtualmente de todos os componentes do sistema imune e é uma causa comum de imunodeficiência em países em desenvolvimento. Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | Mecanismos de agressão e defesa | MEDICINA – FITS FIGURA 12-6 Imunodeficiência adquirida (secundária). A figura lista as causas mais comuns das imunodeficiências adquiridas e comoelas levam a defeitos nas respostas imunes Síndrome da imunodeficiência adquirida - Embora a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) tenha sido primeiramente descoberta como uma entidade distinta na década de 1980, ela se tornou uma das mais devastadoras doenças da história. A AIDS é causada pela infecção por HIV. De uma estimativa de 35 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo, cerca de 70% estão na África e 20% na Ásia. Mais de 25 milhões de mortes são atribuídas a HIV/AIDS, com 1 a 2 milhões de mortes anuais. Fármacos retrovirais efetivos foram desenvolvidos, mas a infecção continua a se espalhar em partes do mundo onde estas terapias não estão amplamente disponíveis, e, em alguns países africanos, mais de 30% da população tem infecção por HIV. Esta seção descreve as características importantes do HIV, como ele infecta os homens e a doença que ele causa, finalizando com uma breve discussão do estado atual da terapia e do desenvolvimento de vacinas. Vírus da Imunodeficiência Humana - O vírus da imunodeficiência humana (HIV; do inglês, human immunodeficiency vírus) é um retrovírus que infecta células do sistema imune, principalmente os linfócitos T CD4+, e causa destruição progressiva dessas células. Patogênese da AIDS - A AIDS se desenvolve ao longo de anos quando o HIV latente se torna ativado e destrói as células do sistema imune. A produção do vírus leva à morte das células infectadas, assim como à morte de linfócitos não infectados, deficiências imunes subsequentes e AIDS clínica O curso clínico da infecção pelo HIV tipicamente consiste em viremia aguda, latência clínica com destruição progressiva das células T CD4+ e a dissolução dos tecidos linfoides e, por fim, a AIDS, com uma severa imunodeficiência resultando em infecções oportunistas, alguns cânceres, perda de peso e ocasionalmente demência. O tratamento da infecção pelo HIV é designado para interferir no ciclo de vida do vírus. O desenvolvimento de uma vacina está em andamento. Referencias Imunologia básica, funções e distúrbios do sistema imunológico 5ª edição. ABBAS https://www.msdmanuals.com/pt- br/casa/doen%C3%A7as- imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es- al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as- relacionadas-%C3%A0- hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es- gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es- al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A 7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20de nominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecido s. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas-e-outras-doen%C3%A7as-relacionadas-%C3%A0-hipersensibilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas#:~:text=Em%20muitas%20rea%C3%A7%C3%B5es%20al%C3%A9rgicas%2C%20o,%2C%20denominada%20mast%C3%B3cito%2C%20nos%20tecidos
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