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Os seis anos que abalaram o mundo

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· Os seis anos que abalaram o mundo (1985-1991)
Eduarda da Silva Martins
O capítulo se inicia com o autor afirmando que estes seis anos definiram o fim de uma era e que o desfecho da Guerra Fria começou basicamente por um único motivo: a ascensão de Mikhail Gorbachev ao poder na União Soviética. Ele cita também que o motivo pelo qual a União Soviética e o conflito bipolar encerraram foi pelo golpe de estado fracassado em agosto de 1991 e a renúncia de Gorbachev na Secretaria Geral do Partido Comunista em dezembro do mesmo ano. Houve uma desintegração da União Soviética, também em 1991, no qual se encontraram em uma grande crise econômica e política. O império soviético na Europa Oriental sofreu inúmeras transições e revoluções para regimes democráticos e essas políticas foram da Perestroika, que significava reestruturação e da Glasnost, que significava transparência. Elas tiveram uma enorme importância pois elas acabaram com o processo de transformação soviética e catalisaram as forças transformadoras na Europa Oriental e posteriormente na Ásia Central. 
Gorbachev tinha uma ideia de que a União Soviética de 1985 estava em uma pré-crise, porque mesmo sendo uma superpotência, a economia doméstica não mais atendia qualquer necessidade básica de toda a população e ele também, ao contrário de seus antecessores da velha guarda, trouxe consigo um espírito inovador para a URSS. A política de Perestroika tinha como principal objetivo um socialismo democrático para que o fator humano pudesse ser reativado e partir do princípio de que havia um consenso sobre os benefícios do socialismo onde o povo seria leal ao Partido Comunista e seus ideais. O resultado das políticas inovadoras de Gorbachev foi completamente negativo pois aumentaram o déficit, a inflação e uma queda na credibilidade e popularidade de seu governo.
Já a política de Glasnost acabou com a censura, a história poderia ser escrita livremente e prisioneiros como o físico Andrei Sakharov foram libertados. A justificativa do declínio soviético junto com a queda de quase todos os regimes comunistas no mundo entre 1989 e 1991, foi a incapacidade de estimular crescimento e prosperidade suficientes para assegurar a legitimidade dos regimes comunistas (com exceção de Cuba e Coreia do Norte, que mantiveram seus regimes policiais vinculados aos seus líderes Fidel Castro e Kim II Sunga).
As implicações da unificação alemã foram relevantes e por este fato geraram inúmeras incertezas porque durante um século a Alemanha esteve no centro das tensões e sempre disputando o poder mundial. A unificação deixou a Alemanha cada vez mais rica e populosa (passando a ser o país mais populoso europeu com exceção da Rússia). O que o francês François Mitterrand era que esse crescimento populacional trouxesse consigo um desequilíbrio de poder e influência. Nos locais onde o comunismo não tinha simplesmente sido imposto pela pressão externa e onde as divisões nacionais eram mais dramáticas, o decorrer dos fatos foi muito mais violento e seus resultados nada estáveis. Uma das ironias do fim da URSS, foi que o maior rival de Gorbachev (o reformista Boris Yeltsin), usou o processo de reformas que fragmentava um império iniciado pelos czares há três séculos para liquidar o poder de Gorbachev, ou seja, Yeltsin anuncia a independência da Rússia e isso dificulta a independência das outras repúblicas soviéticas e consequentemente resulta no fim da União Soviética. Em pleno desfecho de 1991, as democracias vencem a Guerra Fria e a ideia de democracia prevalece sobre a estagnação do sistema comunista. Em suma, a era pós-União Soviética e o fim da Guerra Fria foram marcadas pelo renascimento de um nacionalismo virulento que se associa a antigas rivalidades histórias e anomalias fronteiriças. 
O século XX teve desfecho seu desfecho no início da década de 1990 e a partir da Guerra do Golfo em 1991, pode-se dizer que se iniciou o século XXI pois não existe mais confronto ideológico ou geoestratégico. Para Kissinger “O excepcionalismo inspirou a política externa dos Estados Unidos e os fez prevalecer na Guerra Fria. Mas será necessária uma aplicação ainda maior no mundo multipolar do século XXI” (KISSINGER, p.803).
E para finalizar, uma nova ordem ou desordem internacional deu início e começou a ser definida no início de 1990 e para ser compreendida pelos internacionalistas e historiadores serão necessárias algumas décadas.

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