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Artrite séptica não gonocócica

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Reumatologia Medicina 
 
 1 
Conceito 
• Consistem em uma resposta in-
flamatória sinovial, decorren-
tes de bactérias, vírus ou fun-
gos; 
• São emergências clínicas, pois 
podem ocasionar lesão articu-
lar irreversível e maior mortali-
dade (10 a 20%); 
• Podem ser ter evolução 
aguda, subaguda ou crônica. 
Epidemiologia 
• Incidência estimada de 2 a 6 
casos/100.000 habitantes; 
• Maior prevalência no sexo 
masculino (1,5:1); 
• Sem diferença entre raças; 
• Fatores de risco: 
o Idade > 80 anos; 
o Diabetes mellitus; 
o Alcoolismo; 
o Danos na integridade da 
pele (ex.: psoríase, úlceras, 
eczema, AIDS, doença renal 
crônica, artrite reumatoide, 
lúpus eritematoso sistêmico); 
Etiologia 
• 75-80% são Gram-positivos, 
sendo: 
o S. aureus em 60% das artrites 
infecciosas em adultos; 
o Estreptococo beta-hemolí-
tico em 30% dos casos; 
• Gram-negativos são mais fre-
quentes em: 
o Neonatos; 
o Portadores de doenças crô-
nicas; 
o Idosos; 
o Usuários de drogas injetáveis 
• Os gram-negativos mais preva-
lentes são: 
o E. coli; 
o Klebsiella pneumoniae; 
o Salmonella spp; 
o Pseudomonas spp. 
• Anaeróbios respondem de 5 a 
7% das artrites sépticas. 
Fisiopatologia 
• Frequentemente associada à 
bacteremia oculta; 
• A grande vascularização e ca-
rência de membrana protetora 
Artrite septica bacteriana nao gonococica 
 
Reumatologia Medicina 
 
 2 
torna a sinóvia mais suscetível 
a infecções; 
• Geralmente a inoculação 
ocorre por via hematogênica; 
• Ocorrem: 
o proliferação bacteriana; 
o aumento de fagócitos e po-
limorfonucleares na sinóvia; 
o degradação enzimática; 
o neovascularização; 
o aumento de tecido de gra-
nulação; 
• Pode haver aumento da pres-
são intra-articular por acúmulo 
de conteúdo purulento → tam-
ponamento do fluxo sanguíneo 
→ anóxia e necrose da cartila-
gem. 
Quadro clínico 
• Quadro febril de instalação sú-
bita; 
• Calafrios; 
• Queda de estado geral; 
• 80 a 90% dos casos são de aco-
metimento monoarticular, que 
costuma ser: 
o Súbito; 
o Aumento da temperatura lo-
cal e edema da articulação; 
o Doloroso; 
o Com derrame articular; 
o Limitação dos movimentos 
das articulações. 
• Pode afetar qualquer articula-
ção, sendo mais comum em 
joelho (50% dos casos), quadril 
(15%), tornozelo (9%) e coto-
velo (8%); 
Diagnostico e Exames com-
plementares 
• Análise do líquido sinovial aspi-
rado da articulação afetada: 
o Coletar antes de iniciar anti-
bioticoterapia; 
o Coloração pelo método de 
Gram; 
o Contagem de leucócitos 
(geralmente > 50.000/mm3, 
predomínio de polimorfonu-
cleares); 
o Cultura; 
o Pesquisa de cristais; 
o Líquido costuma ser: puru-
lento, de cor amarelada, 
opaco; 
• Hemoculturas: 50% de positivi-
dade; 
• Hemograma: leucocitose; 
• Velocidade de hemossedi-
mentação (VSH) e proteína C-
Reumatologia Medicina 
 
 3 
reativa (PCR): podem estar ele-
vados; 
• Exames de imagem: avaliam 
integridade da articulação e 
extensão da inflamação; 
Diagnostico diferencial 
• Artrite infecciosa por micobac-
térias, fungos, espiroquetas e 
vírus; 
• Artropatias por cristais; 
• Artrite traumática; 
• Artrite relacionada à espondi-
loartrites; 
• Artrites associadas a doenças 
autoimunes ou a lesões metas-
táticas; 
• Sinovite vilonodular pigmen-
tada. 
Tratamento 
• Antibioticoterapia por 2 a 4 se-
manas, inicialmente parenteral 
(mínimo 2 semanas), com possí-
vel migração para via oral, se 
evolução favorável; 
• Se agente etiológico Gram-ne-
gativo ou S. aureus → terapia EV 
por 4 semanas; 
• Considerar: 
o Se coco Gram-positivo: van-
comicina; 
o Infecção por S. aureus metici-
lina sensível: cefazolina ou 
oxacilina; 
o S. aureus meticilina resistente 
(MRSA): vancomocina, linezo-
lida ou clindamicina; 
o Gram-negativos: cefalospori-
nas de 3ª geração; 
o P. aeruginosa: ceftazidima 
com aminoglicosídeo; 
• Drenagem da articulação: 
o artrocentese com agulha: 
melhor para articulações de 
fácil acesso (ex.: joelho), per-
mite avaliar citologia e colher 
cultura periódicas; 
o via cirúrgica: melhor para 
ombro e quadril e se infecção 
associada à prótese articular. 
Complicacoes 
• Mortalidade elevada (10-20%), 
associada a: 
o Idade > 65 anos; 
o Imunossupressão; 
o Comorbidades; 
• Possíveis complicações: 
o Amputação; 
o Atrodese; 
Reumatologia Medicina 
 
 4 
o Deterioração da função arti-
cular; 
• Essas complicações estão as-
sociadas a: 
o Idade avançada; 
o Doença articular prévia; 
o Material sintético intra-articu-
lar. 
 
Referencias 
• IMBODEN, Jhon B. et al. CUR-
RENT reumatologia: diagnós-
tico e tratamento. 3ª ed. Porto 
Alegre: AMGH, 2014. 
• MARTINS, H. S.; BRANDÃO 
NETO, R. A.; SCALABRINI NETO, 
A.; VELASCO, I. T. Emergências 
Clínicas: abordagem prática. 
10ª Ed. São Paulo: Manole, 
2015.

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