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DISCIPLINA: FERRAMENTAS DA QUALIDADE - AULA 03 - Prof. Vander Claudio Sezerino - vander@organizzer.com.br Bibliografia: WERKEMA, Maria Cristina Catarino. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Ferramentas estatísticas básicas para o gerenciamento de processos. BELO HORIZONTE: Fundação Christiano Ottoni, 1995. Gráfico de Pareto O Gráfico de Pareto é um gráfico de barras verticais que dispõe a informação de forma a tornar evidente e visual a priorização de temas. A informação assim disposta também permite o estabelecimento de metas numéricas viáveis a serem alcançadas. O Princípio de Pareto estabelece que os problemas relacionados à qualidade (percentual de itens defeituosos, número de reclamações de clientes, modos de falhas de máquinas, perdas de produção, gastos com reparos de produtos dentro do prazo de garantia, ocorrências de acidentes de trabalho, atrasos na entrega de produtos, entre outros), os quais se traduzem sob a forma de perdas, podem ser classificados em duas categorias: os “pouco vitais” e os “muito triviais”. Os pouco vitais representam um pequeno número de problemas, mas que, no entanto, resultam em grandes perdas para a empresa. Já os muitos triviais são uma extensa lista de problemas, mas que apesar do seu grande número, convertem-se em perdas pouco significativas. Em outras palavras, o Princípio de Pareto estabelece que se forem identificados, por exemplo, cinquenta problemas relacionados à qualidade, a solução de apenas cinco ou seis desses problemas já pode representar uma redução de 80 a 90% das perdas que a empresa vem sofrendo devido à ocorrência de todos os outros problemas existentes. O Princípio de Pareto também estabelece que um problema pode ser atribuído a um pequeno número de causas. Logo, se forem identificadas as poucas causas vitais dos poucos problemas vitais enfrentados pelas empresas, será possível eliminar quase todas as perdas por meio de um pequeno número de ações. Ou seja, em um primeiro momento devemos concentrar nossa atenção sobre os pouco vitais, deixando de lado os muito triviais, para que os problemas possam ser resolvidos da forma mais eficiente possível. O Princípio de Pareto foi inicialmente estabelecido por J. M. Juran, que adaptou aos problemas da qualidade a teoria para modelar a distribuição de renda desenvolvida pelo sociólogo e economista italiano Vilfredo Pareto (1843-1923). Como construir um Gráfico de Pareto A identificação dos poucos itens vitais estabelecidos pelo Princípio de Pareto é feita de forma mais fácil quando é construído um gráfico de barras conhecido como Gráfico de Pareto. 1) Determine o tipo de perda que você quer investigar. 2) Especifique o aspecto de interesse do tipo de perda que você quer investigar. 3) Organize uma folha de verificação com as categorias do aspecto que você decidiu investigar 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% A B C D E D % D E D E F E IT O S Tipo de defeito 4) Preencha a folha de verificação 5) Faça as contagens, organize as categorias por ordem decrescente de freqüência, agrupe aquelas que ocorrem com baixa freqüência sob denominação “outros” e calcule o total. 6) Calcule as freqüências relativas, as freqüências acumuladas e as freqüências relativas acumuladas. Ex.: A Tabela 1 e o Gráfico 1 demonstram a distribuição de determinadas peças segundo o tipo de defeitos Defeito Frequência relativa Freq. Acum. A 0,35 0,35 B 0,25 0,6 C 0,15 0,75 D 0,1 0,85 E 0,1 0,95 D 0,05 1 Total 1 Tabela 1 Distribuição das peças segundo o tipo de defeito Fonte: Werkema (1995) Gráfico 1 Distribuição das peças segundo o tipo de defeito Fonte: Werkema (1995) Algumas recomendações: O diagrama de Pareto estabelece prioridades, isto é, mostra em que ordem os problemas devem ser resolvidos. 1) Verifique e teste diversas classificações, antes de fazer o diagrama definitivo 2) Estude o problema medindo-o em várias escalas 3) Quebre grandes problemas ou grandes causas em problemas ou causas específicas, estratificando ou subdividindo em aspectos mais específicos.
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