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RECURSO ESPECIAL- AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - ANA LUIZA MONZESSE

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EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
 	SERAFIM, já qualificado nos autos da ação movida em face de INCORPORADORA Y, por seu advogado ao final assinado, vem interpor RECURSO ESPECIAL em face do acórdão proferido às fls. XXX, com base no artigo 105, III, a da Constituição, pelas razões que passa a expor.
Ademais, pugna pela admissão do recurso, sendo certo que as custas foram devidamente recolhidas, conforme guia anexa, bem como requer a intimação da parte recorrida para apresentação de contrarrazões, remetendo-se, posteriormente, o feito ao Superior Tribunal de Justiça.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Local, data.
Nome do advogado
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECORRENTE: Serafim
RECORRIDO: Incorporadora X
TRIBUNAL DE ORIGEM: Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL
1 – DO CABIMENTO
Pelo viés do artigo 105, III, “a” da Constituição Federal, é cabível o Recurso Especial uma vez que o Acórdão entra em conflito com determinada norma federal, uma vez que houve prequestionamento da norma legal violada em segunda instância.
2 – SÍNTESE DA DEMANDA
Serafim, promitente comprador de um imóvel, ora autor, propôs ação indenizatória que tramita na capital do Rio de Janeiro, por meio da qual pleiteia da promitente vendedora, Incorporadora X, ora recorrida, sua condenação ao pagamento de quantias indenizatórias a título de lucros cessantes em razão da demora exacerbada na entrega da unidade imobiliária e danos morais, de modo que todas as provas pertinentes e relevantes dos fatos constitutivos do direito do autor foram carreadas nos autos.
Na contestação, a ré suscitou preliminar de ilegitimidade passiva, apontando como devedora de eventual indenização a sociedade Construtora Y contratada para a execução da obra e, ainda alegou, no mérito, o descabimento de danos morais por mero inadimplemento contratual e, ainda, aduziu que a situação casuística não demonstrou a ocorrência dos lucros cessantes alegados pelo autor.
O juízo de primeira instância, transcorridos regularmente os atos processuais sob o rito comum, acolheu a preliminar de ilegitimidade passiva e, deste modo, da sentença proferida já à luz da vigência do CPC/15, o autor interpôs recurso de apelação, mas o acórdão no Tribunal de Justiça correspondente manteve integralmente a decisão pelos seus próprios fundamentos, sem motivar específica e casuisticamente a decisão. 
O autor, diante disso, opôs embargos de declaração por entender que havia omissão no Acórdão, para pré-questionar a violação de norma federal aplicável ao caso em tela. No julgamento dos embargos declaratórios, embora tenha enfrentado os dispositivos legais aplicáveis à espécie, o Tribunal negou provimento ao recurso e também aplicou a multa prevista na lei para a hipótese de embargos meramente protelatórios.
Pelo transcorrido, o autor, ora recorrente, viu-se obrigado a interpor o Recurso Especial, por ter o acórdão violado norma legal, afim de anular o mesmo.
3 – DAS RAZÕES PARA REFORMA DO JULGADO
O acórdão, que fora avo do presente recurso, ao acolher a ilegitimidade passiva da incorporadora X, infringiu as normas constantes nos artigos 942 do Código Civil, visto que é ela a recorrida esta qual é responsável solidária, logo a mesma deve responder pelos danos causados ao recorrente.
De mesmo modo, é notório que o recorrente sofreu danos pelo inadimplemento contratual da construtora recorrida, esta qual cometeu o ilícito contratual e, de acordo com o artigo 389 do Código Civil, se não cumprida a obrigação responde o devedor por perdas e danos, bem como lucros cessantes.
Em comum sentido, o acórdão em tela discutido não fundamentou especificamente a decisão que proferiu, ausente assim a essencialidade prevista no artigo 489, parágrafo 1º do Código de Processo Civil, razão pela qual a mesma deverá ser invalidada. E, entendo o Egrégio Superior Tribunal que, eventualmente, a invalidação será excessivamente prejudicial ao recorrido, que então seja pedida reforma integral do julgado, com base no Art. 282, § 2º, do Código de Processo Civil.
Vale ressaltar que, na forma do art. 1.025 do Código de Processo Civil, para que o Recurso Especial seja acolhido é necessária a existência do prequestionamento da matéria, tendo este requisito sido demonstrado vez que no julgamento dos embargos de declaração manifestou-se acerca da matéria. Portanto, a multa aplicada em razão do entendimento do Tribunal de que os embargos de declaração interpostos consistiram meramente protelatórios, deve ser contestada, visto que a aplicabilidade do artigo 1.026 parágrafo 2º do Código de Processo Civil no presente caso violaria o entendimento jurisprudencial de que embargos de declaração que tenham a finalidade de pré-questionamento não possui caráter protelatório conforme disposto na súmula 98 do STJ.
4 – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) O conhecimento e o provimento do presente recurso, para que seja anulado o referido acórdão do Tribunal de 2° Instância, bem como, na eventualidade, seja provida a reforma integral da decisão recorrida e o provimento para afastamento da aplicação da multa;
b) A condenação do recorrido ao pagamento das custas e honorários, com a majoração devida, em virtude do trabalho realizado na instância recursal.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, data.
Nome do advogado
OAB XXX.XXX