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Aula 01

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AULA 01 – Contas Nacionais 
 
SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 
1.8.2. Investimento = poupança 02 
1.9. Déficit público 03 
1.10. Diferentes conceitos de produto 05 
1.11. Mensurando o PIB 09 
1.12. Excedente operacional bruto (EOB) 15 
1.13. Carga tributária bruta e líquida 16 
1.14. Problemas com o uso do PIB 17 
1.15. O Sistema de Contas Nacionais (SCN) 20 
1.16. Bizús e memento 27 
1.17. Exercícios comentados 30 
Lista de questões apresentadas na aula 74 
Gabarito 92 
 
Olá caros(as) amigos(as), 
 
 Oficialmente, iniciamos hoje nosso curso de Macroeconomia para 
STN. Se você está lendo esta aula, é porque certamente está acreditando 
em nosso trabalho realizado aqui no Estratégia Concursos, e sou 
profundamente grato por isto. Prometo não decepcioná-los. Ao fim do 
curso, vocês terão se tornado verdadeiros acertadores de questões de 
Macroeconomia, ok?! 
 
Agora, vamos falar da nossa aula. Continuaremos tratando sobre o 
assunto Contas Nacionais exatamente do ponto onde paramos na aula 
demonstrativa. E digo para vocês o seguinte: o tema Contas Nacionais 
é assunto certo na sua prova, ainda mais em se tratando de 
provas aplicadas pela ESAF. Com absoluta certeza, é o assunto 
mais importante do edital de Macroeconomia. 
 
 Também acho importante salientar que a presente aula é a mais 
longa e também está entre as duas mais difíceis do curso. Junto 
com a aula 08 (Crescimento Econômico), considero as “Contas Nacionais” 
como um dos assuntos mais “enjoados” do edital. Isto acontece não 
porque o assunto seja difícil em si, mas sim porque é muita coisa, muito 
detalhe para decorar. É preciso estar atento e as coisas começam a se 
esclarecer apenas a partir de uma segunda lida e depois de fazer muitos 
exercícios. Desde já, acho importante alertá-los quanto a isto, ok?! 
 
 Nesta aula, comentarei as questões do concurso do MDIC, 
aplicado pela ESAF em Maio/2012. Neste certame, houve uma área 
(Grupo 02) na qual a ESAF focou a preparação do candidato em temas de 
Economia. Na prova de conhecimentos específicos para este grupo, caiu 
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Microeconomia, Macroeconomia, Desenvolvimento Econômico e 
Contabilidade Nacional; sendo que esta última era uma disciplina 
isolada, com 15 questões. Ou seja, a profundidade com que as questões 
de Contas Nacionais foram cobradas pela ESAF no MDIC dificilmente se 
repetirá no concurso da STN. 
 
No entanto, mesmo assim, vamos nos aventurar e comentar 
praticamente todas as questões de Contas Nacionais do concurso do 
MDIC. Só deixarei de fora aquelas que tratam de assuntos que 
extrapolam bastante o edital da STN (exemplo: não abordarei as questões 
sobre a matriz de insumos de Leontief – embora seja possível, é bastante 
difícil de imaginar sua cobrança no concurso da STN). Desta forma, se 
você estudar bem a aula e fizer os exercícios, estará bastante tranquilo 
no que tange às contas nacionais, pois as questões de contas nacionais 
cobradas no MDIC possuem um nível acima do que deve cair na prova da 
STN. 
 
 E aí, todos prontos? Então, vamos aos estudos! 
 
 
1.8.2. INVESTIMENTO=POUPANÇA 
 
Numa economia fechada e sem governo (não tem G nem X–M na 
despesa agregada), a produção (P) de bens finais terá apenas duas 
utilizações: ou será consumida pelas famílias (consumo das famílias) ou 
será acumulada pelas empresas, como investimentos (sob a forma de 
bens de capital e/ou de variação de estoques). Assim: 
 
P = C + I 
 
Por outro lado, sabe-se que a renda (R) da economia tem duas 
utilizações: ou é apropriada para consumo (C) ou vira poupança (S). 
Assim: 
 
R = C + S 
 
Como sabemos, produto=renda=despesa, logo, P será igual a R: 
 
P = R 
C + I = C + S 
I = S 
 
Portanto, sabemos que as poupanças realizadas pelas famílias é que 
financiam os investimentos totais realizados pelas empresas. Se 
supusermos agora que estamos em uma economia completa (aberta e 
com governo), teremos as seguintes expressões, muito cobrada em 
provas: 
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I = SP + SG + SEXT 
FBKF + ΔE = SP + SG + SEXT 
 
Como SP+SG=SINT(poupança interna), podemos ainda definir assim: 
 
I = SINT + SEXT 
FBKF + ΔE = SINT + SEXT 
 
Assim, vemos que são as poupanças que financiam os 
investimentos da economia. Parte desses investimentos é financiada pela 
poupança privada, parte pela poupança pública e parte pela poupança 
externa. 
 
Os recursos das poupanças são convertidos em investimentos por 
intermédio do sistema financeiro. A renda não consumida pelos agentes é 
aplicada na aquisição de ativos financeiros que rendem juros. As 
instituições financeiras, por sua vez, utilizam os recursos captados para 
emprestar às empresas, que podem efetuar esses investimentos. 
 
No caso da poupança total (SP + SG + SEXT) ser maior que o 
investimento total (FBKF + ΔE), temos capacidade de financiamento. Por 
outro lado, se investimentos totais são maiores que a poupança total, 
temos necessidade de financiamento. Assim: 
 
S > I  capacidade de financiamento, 
I > S  necessidade de financiamento. 
 
.... A partir daqui, continuamos o assunto da aula demonstrativa: 
 
 
1. 9. DÉFICIT PÚBLICO (DP) 
 
No item 1.3, consumo, nós vimos que os gastos do governo com 
investimentos (despesas de capital) não são contabilizados como 
consumo do governo (G), mas sim como investimentos (I). Desta forma, 
além da divisão habitual do agregado investimento em FBKF e ΔE, 
podemos dividi-lo também em IP e IG (investimento privado e 
investimento público). Assim: 
 
I = IP + IG 
ou 
I = FBKF + ΔE 
 
 O déficit público (ou déficit orçamentário), em contas nacionais, 
significa o excesso de investimentos públicos sobre a poupança pública. 
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Então, como déficit público(DP)=IG–SG; I=SP+SG+SEXT e I=IP+IG, 
então: 
 
IP + IG = SP + SG + SEXT 
IG – SG = SP – IP + SEXT 
DP = (SP – IP) + SEXT 
 
Assim, pela ótica da contabilidade nacional, o déficit público é 
financiado, em parte, pelo excesso de poupança privada sobre o 
investimento privado e, em outra parte, pela poupança externa (=déficit 
no balanço de pagamentos em transações correntes). Veja que chegamos 
a uma afirmação estranha, mas que é correta: o déficit público é 
financiado em uma parte pelo déficit do balanço de pagamento em 
transações correntes (Verdadeiro). 
 
Caiu na prova: 
 
01. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional – 
2012) - Em uma economia fechada e com o governo, os 
investimentos privados e públicos e os gastos correntes das 
administrac ̧ões públicas devem ser financiados pela poupançaprivada e pelas receitas líquidas do governo. 
 
Comentários: 
Questão difícil, cobrada em prova específica do MDIC (área 02). 
 
Em uma economia fechada e com o governo, teremos o seguinte, a partir 
da identidade macroeconômica entre investimento e poupança: 
 
IP + IG = SP + SG (1) 
 
Sabemos1 que SG = (II + ID + ORG) – (Transf + Sub + G) (2) 
 
Como RLG (receita líquida do governo) = II + ID + ORG – Transf – Sub 
 
Então, substituindo RLG em (2): 
 
SG = RLG – G 
 
Agora, substituímos SG em (1): 
 
IP + IG = SP + RLG – G 
IP + IG + G = SP + RLG 
 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
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A expressão acima nos mostra que os investimentos privados (IP) e 
públicos (IG) e os gastos correntes do governo (G) são financiados pela 
poupança privada (SP) e pelas receitas líquidas do governo (RLG). 
Portanto, está certa a assertiva. 
 
Gabarito: Certo 
 
02. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional – 
2012) - Em uma economia fechada e com o governo, mesmo que 
exista poupanc ̧a pública positiva, existirá déficit orçamentário 
toda vez que a poupanc ̧a pública for inferior ao investimento 
público. 
 
Comentários: 
Outra assertiva difícil! 
 
O déficit orçamentário (ou déficit público) é igual ao excesso de 
investimentos públicos (IG) sobre a poupança pública (SG). Assim: 
 
DP = IG – SG 
 
Então, se IG>SG, necessariamente, haverá um déficit público ou 
orçamentário, mesmo que o valor de SG seja positivo. 
 
Gabarito: Certo 
 
 
 
1.10. DIFERENTES CONCEITOS DE PRODUTO 
 
1.10.1. Produto INTERNO X NACIONAL 
 
 Interno dá a ideia de interior, de algo que é produzido dentro de 
algo. Nacional dá a ideia de nação, de algo que é produzido por uma 
nação. 
 
Pois bem, o produto interno é uma medição do produto que leva em 
conta aspectos geográficos, isto é, contabiliza tudo que é produzido 
dentro do país, no interior de suas fronteiras, não importando por quem 
seja. 
 
O produto nacional é uma medição do produto que leva em conta 
aspectos nacionais, isto é, contabiliza tudo que é produzido por nacionais, 
não importando se estão dentro ou fora do país. 
 
O que difere um conceito do outro é a renda que se envia ao 
exterior e a renda que se recebe do exterior. Vale lembrar que renda 
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significa soma de remunerações de fatores de produção. Por exemplo, 
aqui no Brasil, há inúmeras empresas cujos fatores de produção (capital, 
mão-de-obra, tecnologia) pertencem a outros países (Hyundai, Microsoft, 
Adidas, BMW, etc). 
 
De tempos em tempos, as filiais dessas multinacionais que estão 
aqui instaladas enviam rendas para as suas matrizes localizadas no resto 
do mundo. De acordo com a metodologia do produto interno, essas 
rendas enviadas devem ser contabilizadas no produto, pois foram 
originadas por fatores de produção instalados em território brasileiro, 
dentro de nosso país. De acordo com a metodologia do produto nacional, 
tais rendas enviadas não devem ser contabilizadas no produto, pois foram 
originadas por fatores de produção de propriedade estrangeira (não 
nacional). 
 
Agora imagine as inúmeras filiais da Petrobrás existentes na 
América do Sul. De tempos em temos, essas filiais enviam parte de suas 
rendas para a matriz no Brasil. De acordo com a metodologia do produto 
interno, essas rendas recebidas não devem ser contabilizadas no produto, 
pois foram originadas fora das fronteiras do país. Já para a metodologia 
do produto nacional, tais rendas devem ser contabilizadas sim, pois foram 
originadas por fatores de produção de propriedade de nacionais. 
 
Traduzindo estes conceitos algebricamente, temos que: 
 
Produto nacional = Produto Interno – Renda enviada ao exterior 
(REE) + Renda recebida do exterior (RRE) 
ou 
Produto Interno = Produto Nacional + REE – RRE 
 
Ainda temos que: 
 
REE – RRE = RLEE (Renda líquida enviada ao exterior) 
 
Assim: 
 
Produto Interno = Produto Nacional + RLEE (1) 
ou 
Produto Nacional = Produto Interno – RLEE 
 
 Se a renda recebida for maior que a renda enviada, logicamente, a 
RLEE será negativa, ou ainda, teremos RLRE (renda líquida recebida do 
exterior) positiva. 
 
 Pela equação (1), percebe-se que, caso o país mais envie renda ao 
exterior do que receba, terá o produto interno maior que o produto 
nacional. Este é o caso dos países em desenvolvimento ou 
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subdesenvolvidos (Brasil, por exemplo), em que o número de empresas 
estrangeiras em solo nacional é maior que o número de empresas 
nacionais em solo estrangeiro. Por este motivo, nestes países, usa-se o 
produto interno como meio de aferição macroscópica da economia, pois 
ele refletirá de forma mais precisa e real a evolução da economia. 
 
 Caso o país tenha mais empresas nacionais em solo estrangeiro do 
que empresas estrangeiras em solo nacional, terá o produto nacional 
maior que o produto interno (a RLEE será negativa). Este é o caso dos 
países mais desenvolvidos economicamente (EUA, Japão, Alemanha, etc). 
 
 
1.10.2. Produto BRUTO X LÍQUIDO 
 
 A produção de um país sofre um desgaste físico parcial dos bens 
produzidos. Esse desgaste é a depreciação. O produto líquido 
corresponde ao produto bruto MENOS a depreciação. Assim: 
 
Produto líquido = Produto bruto – DEPRECIAÇÃO 
ou 
Produto bruto = Produto líquido + DEPRECIAÇÃO 
 
 Do ponto de vista técnico, o conceito mais correto a ser utilizado 
para análise é o produto líquido, no entanto, a depreciação é muito difícil 
de ser estimada. Por isso, utiliza-se normalmente o conceito bruto. 
 
 
1.10.3. Produto a PREÇOS DE MERCADOPM X a CUSTOS DE 
FATORESCF 
 
 O produto a custos de fatores é aquele que mede a produção de 
bens e serviços considerando apenas os custos dos fatores de produção. 
No entanto, os bens e serviços produzidos na economia não são 
transacionados a este preço, pois há a intervenção do governo que, por 
meio dos impostos e dos subsídios, altera os preços dos custos de fatores. 
Assim, partindo do produto a custos de fatores, para chegarmos ao 
produto a preços de mercado, devemos somar os impostos indiretos e 
subtrair os subsídios. 
 
Somamos os impostos indiretos pois eles aumentam os preços dos 
produtos; diminuímos os subsídios pois eles reduzem os preços dos 
produtos. Utilizamos os impostos indiretos em vez dos impostos diretos, 
pois são aqueles que incidem sobre a produção. De forma análoga, 
utilizamos os subsídios em vez das transferências, pois são aqueles que 
incidem sobre a produção com o objetivo de reduzir o preço dos bens e 
serviços finais. Traduzindo algebricamente, temos: 
 
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PRODUTOPM = PRODUTOCF + Impostos Indiretos – Subsídios 
ou 
PRODUTOCF = PRODUTOPM – Impostos Indiretos + Subsídios 
 
 A medida regularmente utilizada é o produto a preços de mercado, 
por motivos óbvios (é o preço que se usa na prática: “preços de 
mercado”). 
 
 Normalmente, o PIBPM será maior que o PIBCF pois é natural que os 
impostos indiretos sejam maiores que o montante de subsídios. Porém, 
nada impede que estes sejam maiores que aqueles fazendo com que o 
PIBCF seja maior que o PIBPM. 
 
 Exercício prático! 
Sabendo que a RLEE=50, Depreciação=25, Impostos Indiretos=30, 
Subsídios=10 e PIBPM=1000, calcule o PNLCF. 
 
Resolução: 
 
Bem, temos um PIBPM e devemos transformá-lo em PNLCF. Uma boa 
sugestão é fazer por partes, uma conversão de cada vez: 
 
1) Conversão: Interno  Nacional: 
PIBPM = PNBPM + RLEE 
PNBPM = PIBPM – RLEE 
PNBPM = 1000 – 50 = 950 
 
2) Conversão: Bruto  Líquido: 
PNLPM = PNBPM – Depreciação 
PNLPM = 950 – 25 = 925 
 
3) Conversão: Preços de mercado  Custo de fatores 
PNLPM = PNLCF + II – Sub 
PNLCF = PNLPM – II + Sub 
PNLCF = 925 – 30 + 10 
PNLCF = 905 (Resposta!) 
 
Ressalto que esta é apenas uma das inúmeras formas de se 
resolver. Se você fez de outra maneira e atingiu o resultado, não se 
preocupe! 
 
Nota  Como produto=renda=despesa, temos que qualquer 
conceito de produto será igual ao conceito de renda e/ou despesa 
equivalente. Por exemplo: RIB = PIB = DIB; RNLCF = PNLCF = 
DNLCF; DNBPM = PNBPM = RNBPM e assim por diante. 
 
 
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1.10.4. PIBPM 
 
 Conforme vimos nos itens acima, o Brasil utiliza os conceitos 
Interno, Bruto e a Preços de Mercado. Assim, aquela medida que vemos 
nos noticiários televisivos e jornais como aferição da medida econômica 
do país é o PIBPM. É ele a “menina dos olhos” da equipe econômica, é o 
principal agregado macroeconômico da contabilidade nacional. Quando, 
em questões de prova, é mencionado de forma genérica o PIB 
(Produto interno bruto), está sendo falado, na verdade, sobre o 
PIBPM. 
 
 
1.11. MENSURANDO O PIB 
 
 Em virtude de sabermos que Produto=Renda=Despesa, podemos 
calcular o valor do PIB por três caminhos diferentes: pela ótica da 
despesa, pela ótica da renda e pela ótica do produto (três métodos 
apenas pela ótica do produto). Os resultados encontrados nas três óticas 
devem ser iguais. 
 
 
1.11.1. ÓTICA DO PRODUTO 
 
 Nós vimos que o produto é o valor dos bens e serviços finais 
produzidos em determinado período de tempo. Nessa aferição é essencial 
evitar a dupla contagem: não faria sentido somar todos os valores 
produzidos por todas as unidades produtivas do país. Deixe me explicar 
melhor: suponha 01 litro de leite produzido em uma fábrica qualquer. 
Esse leite produzido poderá virar leite condensado, que poderá virar uma 
calda de chocolate, que poderá virar uma cobertura de uma deliciosa 
torta vendida em uma padaria. No entanto, esse produto só pode ser 
contado uma vez no cálculo do produto de um país, caso contrário o 
produto do país será superestimado. O procedimento correto, neste caso, 
é contabilizar apenas a torta que foi vendida na padaria, isto é, o produto 
final. 
 
Assim, para evitar a dupla contagem, só se inclui no produto o valor 
dos bens e serviços finais durante o período em questão. Outro exemplo: 
suponha o petróleo que é extraído pela Petrobrás. O petróleo extraído 
para exportação é um bem final (pois seu estágio final será venda para o 
resto do mundo), logo entrará no cálculo do produto. Já o petróleo que é 
empregado como insumo para a fabricação de gasolina não é computado 
no produto, sendo tratado como consumo intermediário (foi consumido na 
produção de gasolina), desta forma, só a gasolina (produto final) é 
computada no produto do país. Ou se procede desta maneira 
(considerando apenas o bem final), ou se soma tudo o que foi produzido e 
se subtrai o consumo intermediário. As duas formas (só o produto final; e 
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o total da produção menos o consumo intermediário) devem apresentar o 
mesmo resultado. 
 
Outra forma equivalente de aferir o produto obtém-se pelo conceito 
de valor adicionado ou agregado. Denomina-se valor adicionado em 
determinada etapa de produção a diferença entre o valor bruto produzido 
nesta etapa e o consumo intermediário. Assim, temos o seguinte em 
relação às várias (três) formas pelas quais podemos calcular o produto de 
um país: 
 
 É o valor total dos bens e serviços finais produzidos no país 
num determinado período de tempo. 
 
 O total dos valores brutos produzidos menos os consumos 
intermediários (CI) num determinado período de tempo. O 
total dos valores brutos produzidos é chamado de produção 
total (PT) ou valor bruto da produção (VBP). 
 
 A soma dos valores adicionados ou agregados (VA) num 
determinado período de tempo. 
 
Sei que parece confuso, por isso, ilustraremos de forma numérica 
essas três formas de se calcular o produto de um país. Imagine o 
seguinte exemplo: suponha um país, que possua uma fazenda que 
produza trigo no valor de R$ 150 (valor adicionado=R$ 150, uma vez que 
não há consumo intermediário nesta primeira etapa da produção). Essa 
fazenda vende toda a sua produção de trigo para uma fábrica de farinha 
de trigo, que, por sua vez, produz farinha de trigo no valor de R$ 350 
(valor adicionado=R$ 200). Essa fábrica de farinha de trigo vende toda a 
sua produção para uma padaria que produz pães no valor de R$ 650 
(valor adicionado=R$ 300). Calculemos o produto utilizando os três 
métodos: 
 
 Valor total 
bruto (VTB) 
Consumo 
intermediário (CI) 
Vlr adicionado 
(VTB – CI) 
Fazenda (trigo) R$ 150 0 R$ 150 
Fábrica(farinha) R$ 350 R$ 150 R$ 200 
Padaria (pão) R$ 650 R$ 350 R$ 300 
Total R$ 1.150 R$ 500 R$ 650 
 
1) 1º método (bens e serviços e finais): será R$ 650, pois este é 
valor do bem final (o pão). 
 
2) 2º método (VTB – Cons. Intermediário): será R$ 1.150 (VTB) 
MENOS R$ 500 (somatório dos CI). Assim, o produto será R$ 650. 
 
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3) 3º método (somatório dos valores adicionados): será R$ 150 
(valor adicionado na 1ª etapa) mais R$ 200 (valor adicionado na 
segunda etapa) mais R$ 300 (valor adicionado na terceira etapa). 
Logo, o produto será R$ 650. 
 
Veja que o produto foi R$ 650 nos três métodos e não poderia ser 
de forma diferente! Vale destacar que estes três métodos nos dão o 
resultado do PIB a custo de fatores. Segue então o resumo com as três 
maneiras de se calcular o PIBCF, sob a ótica do produto: 
 
1) PIBCF = Soma dos bens e serviços finais produzidos 
2) PIBCF = Valor bruto da produção – Consumo intermediário 
3)PIBCF = Σ Valores agregados ou adicionados 
 
Caso se queira chegar ao PIBPM, que é o conceito mais importante e 
ao qual todos se referem quando se fala em “PIB” genericamente, basta 
acrescentar os impostos indiretos líquidos dos subsídios (uma vez que 
PIBPM = PIBCF + II – Sub). Desta forma, pela ótica do produto, as 
formulações, considerando o PIBPM, serão: 
 
1) PIBPM = Soma dos bens e serviços finais produzidos + II – Sub 
2) PIBPM = Valor bruto da produção – Consumo intermediário + II – Sub 
3) PIBPM = Σ Valores agregados ou adicionados + II – Sub 
 
 
1.11.2. Ótica da renda 
 
 Pessoal, prepare o espírito, pois este é o item mais “decoreba” da 
aula. Em algumas partes, pedirei apenas para memorizar, pois 
demonstrar e explicar determinadas expressões levaria muitas páginas e 
tomaria muito tempo, apresentando uma relação esforço/benefício muito 
elevada. Também ressalto que veremos aqui apenas uma das duas 
formas de cálculo do PIBPM pela ótica da renda. A outra forma será vista 
no próximo item (1.12), onde veremos o que é excedente operacional 
bruto. 
 
Devemos atentar inicialmente que renda é o somatório das 
remunerações dos fatores de produção. Assim, renda2 = salários + lucros 
+ juros + aluguéis. Cabe-nos agora descobrir de que renda estamos 
falando? Essa renda significa a renda nacional. Logo, renda nacional = 
salários + lucros + juros + aluguéis. 
 
Por convenção, quando falamos em renda nacional, sem dizer se é 
líquida ou bruta, ou se é a preços de mercado ou a custo de fatores, 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
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  por	
  motivos	
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trata-se da renda nacional líquida e a custo de fatores (renda nacional = 
RNLCF). Assim sendo: 
 
Renda Nacional3 = RNLCF = PNLCF 
 
 O mesmo raciocínio vale para a renda interna. Quando falamos 
renda interna, entende-se que é a renda interna líquida e a custo de 
fatores (renda interna = RILCF): 
 
Renda Interna4 = RILCF = PILCF 
 
 Segue o cálculo da Renda Nacional, que leva em conta as 
remunerações dos fatores de produção dos agentes da economia: 
 
Renda Nacional = RNLCF = salários + juros + lucros + aluguéis 
 
 Para fins de prova, especialmente para as questões da ESAF, 
acredito que a expressão aí de cima já seja suficiente para resolvermos 
questões tratando da mensuração da renda. No entanto, mesmo assim, 
irei passar outros conceitos a ela subjacentes, e que podem cair, pois 
estão no rol do sistema de contas nacionais do Brasil 
 
 Seguem estes conceitos: 
 
Renda nacional disponível bruta (RNDB): a renda nacional disponível 
bruta é a renda nacional (RNLCF) acrescida dos impostos indiretos menos 
os subsídios, mais a depreciação, mais transferências correntes5 
recebidas menos as transferências correntes enviadas ao exterior. Em 
outras palavras, e de modo mais resumido, a RNDB é a renda nacional 
bruta a preços de mercado (RNBPM) +/- transferências correntes 
enviadas/recebidas do resto do mundo. Sendo assim: 
 
RNDB = RNBPM +/- transferências correntes do resto do mundo 
 
Se as transferências forem recebidas, estarão com sinal positivo; se 
forem enviadas, estarão com sinal negativo. 
 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
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  corresponde	
  ao	
  total	
  da	
  remuneração	
  efetuada	
  pelas	
  unidades	
  produtivas	
  de	
  um	
  
país	
  aos	
  proprietários	
  dos	
  fatores	
  de	
  produção,	
  como	
  contrapartida	
  pela	
  utilização	
  de	
  seus	
  serviços	
  
para	
  efetivar	
  a	
  produção	
  interna.	
  
5	
   Transferências	
   correntes	
   são	
   transferências	
   sem	
   contrapartida,	
   não	
   significam	
   pagamento	
   de	
  
fatores	
  de	
  produção,	
  bens	
  ou	
  serviços.	
  São	
  como	
  donativos.	
  
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Nota 1  se a questão de prova falar em renda nacional, considere o 
conceito líquido e a custo de fatores, isto é, considere que renda nacional 
= RNLCF. O mesmo se aplica à renda interna, que é o mesmo que RILCF. 
No entanto, se a questão falar em renda nacional bruta (neste caso, 
existe a palavra bruta), considere o conceito a preços de mercado, 
isto é, considere que renda nacional bruta = RNBPM. O mesmo se 
aplica à renda interna bruta, que é o mesmo que RIBPM. Então, concluindo 
sobre estas duas convenções: 
 Se for falado apenas em renda interna ou nacional, estamos falando 
do conceito líquido e a custo de fatores. 
 Se for falado de renda interna bruta ou renda nacional bruta, 
estamos falando do conceito a preços de mercado. O motivo para 
isto é a convenção adotada pelo IBGE no sistema de contas 
nacionais. 
 
Poupança bruta: no item 1.4.4, poupança interna, vimos que a 
poupança interna pode também ser chamada de poupança bruta do Brasil 
ou simplesmente poupança bruta. A poupança, por definição, é a renda 
não consumida. No entanto, em questões de prova, muitas vezes, 
precisamos de uma definição mais precisa, que é essa: 
 
Poupança interna (SP + SG) = RNDB – Consumo final (consumo das 
famílias e do governo = CF + G) 
 
Como poupança interna=poupança bruta=poupança bruta do Brasil, 
então: 
 
Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL 
 
Renda pessoal disponível (RPD): este conceito pode ser memorizado 
através do raciocínio (não é tão decoreba). A RPD, pelo o que o próprio 
nome indica, é a renda que fica disponível para as pessoas. Então, RPD 
será a renda nacional (RNLCF) MENOS tudo aquilo que não sejam 
remunerações de fatores de produção de propriedade das pessoas 
(famílias) e/ou também MENOS tudo aquilo que reduz a disponibilidade 
de renda das pessoas. Assim: 
 
Renda pessoal disponível (RPD) = Renda nacional (RNLCF) – lucros retidos 
– impostos diretos sobre as pessoas + transferências às pessoas/famílias 
 
Os lucros retidos são os lucros que as empresas não distribuem às 
pessoas, portanto, não fazem parte da renda que é disponível para as 
pessoas (RPD), devendo, assim, ser excluídos do cálculo da RPD. Os 
impostos diretos que incidem sobre as pessoas/famílias também reduzem 
a renda que é disponível para as pessoas, devendo, assim, ser levados 
em conta no cálculo, com sinal de menos. Por último, as transferências às 
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Oferta global demanda global 
famílias aumentam a RPD, pois haverá mais renda disponível para as 
pessoas. 
 
Nota 2  Se os impostos diretos forem impostos diretos sobre as 
empresas (pessoas jurídicas), eles não reduzirão a RPD. O mesmo 
acontece com as transferências, se estas forem direcionadas às empresas 
(transferências a empresas), não aumentarão a RPD. 
 
 
1.11.3. Ótica da despesa 
 
 A despesa ou demanda agregada (DA) é o destino da produção, isto 
é, são os gastos dos agentes econômicos na aquisição da produção. 
 
Na ótica da despesa, para calcular o PIBPM, devemos somar todas as 
despesas realizadas pelos agentes econômicos para que eles possam 
adquirir a produção. Nós já vimos que essa soma equivale a: 
 
DA = C + I + G + X – M 
 
Neste caso, a despesa agregada é o próprio PIBPM. Sendo assim, o 
PIBPM, pela ótica da despesa será: 
 
PIBPM = C + I + G + X – M 
 
 Lembro também que o item G só engloba os gastos do governo com 
bens e serviços. Não englobam os gastos com investimentos 
(enquadrados em I) e os gastos com salários de servidores, uma vez que 
estes não são despesas com aquisição da produção da economia. 
 
 A partir do PIB pela ótica da despesa, também podemos definir 
mais dois conceitos que: demanda e oferta global. A oferta global (ou 
oferta agregada, ou oferta final) significa todos os bens que são ofertados 
na economia. Para isso, basta somar ao PIB o valor das importações 
(oferta global = PIB + M). A demanda global (ou demanda final) será o 
outro lado da equação, sem a dedução das importações: 
 
PIBPM + M = C + I + G + X 
 
 
 
Observação sobre os cálculos do produto sob as três óticas: as 
questões de provas, a priori, não informam sob qual ótica o candidato 
deve realizar o cálculo do produto. É ele próprio que deverá decidir, com 
base nos dados do enunciado sob qual ótica serão realizados seus 
cálculos. Por exemplo, se questão pedir o PIBPM e der os valores de C, I, 
G, X e M, é evidente que o concurseiro deverá utilizar a ótica da despesa. 
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Se, por outro lado, a banca pedir o PIBPM e informar o valor total bruto da 
produção (VTB) e o consumo intermediário (CI), devemos utilizar, para 
este caso, a ótica do produto. 
 
 
1.12. O EXCEDENTE OPERACIONAL BRUTO (EOB) e o 
RENDIMENTO MISTO BRUTO (RMB) 
 
O excedente operacional bruto (EOB) tem relação com que o seriam 
os lucros do setor produtivo da economia representado pelas empresas, 
ou o seu excedente. 
 
Nota: o excedente operacional bruto também pode ser chamado de 
rendimento operacional bruto (ROB). 
 
O rendimento misto bruto (RMB) tem relação com o que seriam os 
lucros do setor produtivo da economia representado pelos autônomos 
(pessoas física que trabalham como autônomos, ou seja, fazem parte do 
setor produtivo da economia). Outra nomenclatura usada para o RMB é 
rendimento de autônomos. 
 
A formulação algébrica envolvendo os dois conceitos é: 
 
EOB + RMB = PIBPM – Remuneração de empregados (RE) – 
Impostos sobre a produção e de importação + Subsídios à 
produção 
 
Em suma, a expressão nos diz que os lucros do setor produtivo 
(EOB – empresas, RMB – autônomos) é a renda/produto interna(o) bruta 
(RIBPM=PIBPM) MENOS as remunerações dos empregados MENOS os 
impostos sobre a produção e de importação MAIS os subsídios. Em outras 
palavras, é a produção/renda MENOS os itens que reduzem os lucros 
(remunerações de empregados e impostos sobre produção) MAIS os itens 
que aumentam os lucros (subsídios sobre a produção). 
 
A remuneração de empregados (RE) inclui todos os encargos, de 
todos os empregados que trabalham no país (sejam residentes ou não 
residentes). Ou seja, é uma conta que inclui, além dos salários, as 
contribuições sociais e demais tributos incidentes sobre a folha salarial ou 
decorrentes das relações de trabalho. 
 
Cabe aqui uma observação muito importante sobre a fórmula (que 
deve ser decorada!). O conceito de impostos sobre a produção e de 
importação não se confunde com o conceito apresentado no item 1.4.2, 
impostos sobre produtos. São conceitos diferentes: 
 
Impostos sobre a produção ≠ Impostos sobre produtos 
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Os impostos sobre produtos são aqueles que incidem sobre os 
produtos de forma a alterar de forma direta os seus preços (ICMS, IPI e 
ISS). Já os impostos sobre a produção e a importação são mais amplos, 
incluem aqueles que têm como fato gerador a produção, mas que não 
alteram, pelo menos teoricamente, os preços dos produtos e serviços 
vendidos. 
 
Como exemplo de impostos sobre a produção que não são 
computados na conta impostos sobre produtos, temos os impostos 
incidentes sobre a mão-de-obra utilizada na produção de bens ou serviços 
(ISS sobre serviços de mão-de-obra, por exemplo) ou remunerações 
pagas e taxas incidentes sobre o exercício de atividades econômicas 
específicas6. 
 
Assim, vê-se claramente que a conta impostos sobre 
produção e de importação terá valor sempre maior que a conta 
impostos sobre produtos. 
 
O mesmo raciocínio se aplica no caso dos subsídios. Temos os 
subsídios sobre produtos e os subsídios à produção, este último sendo o 
conceito mais amplo (com valor maior) e que deve ser utilizado no cálculo 
do EOB e RMB. 
 
Ademais, usando a fórmula do EOB e RMB, chegamos também ao 
PIBPM pela ótica da renda (segunda forma de cálculo): 
 
PIBPM = EOB + RMB + Remuneração de empregados + Impostos 
sobre produção e de importação – Subsídios à produção 
 
 
1.13. CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA e LÍQUIDA 
 
A carga tributária bruta (CTB) mede a proporção entre a receita 
tributária (impostos indiretos e diretos) e o PIBPM. Em outras palavras, ela 
mede qual o percentual da produção do país que serve para financiar os 
gastos do governo. Algebricamente: 
 
𝐶𝑇𝐵   𝑒𝑚  % =  
Receita  tributária  do  governo
PIBpm =  
Impostos  indiretos+ impostos  diretos
PIBpm 
 
 Destacamos que o conceito de CTB é expresso em medidas 
percentuais. Por exemplo, se a receita tributária do governo é R$ 1 
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
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  retirado	
  das	
  notas	
  metodológicas	
  da	
  nova	
  série	
  do	
  SCN	
  (Sistema	
  de	
  Contas	
  Nacionais)	
  do	
  
IBGE,	
  em	
  conformidade	
  com	
  o	
  System	
  of	
  National	
  Accounts	
  (SNA),	
  1993,	
  manual	
  das	
  Organizações	
  
das	
  Nações	
  Unidas	
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  ONU.	
  
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milhão e o PIB é R$ 5 milhões, a CTB será 1/5=0,2; o que corresponde 
dizer que a CTB é de 20%. 
 
 A carga tributária líquida (CTL) exclui da receita tributária do 
governo as transferências e os subsídios: 
 
𝐶𝑇𝐿  (𝑒𝑚  %) =  
Receita  tributária− Transferências− SubsídiosPIBpm 
 
 
 
1.14. PROBLEMAS COM O USO DO PIB 
 
O PIB não leva em conta a saúde de nossos filhos, a qualidade de sua 
educação ou a alegria de suas diversões. Não inclui a beleza de 
nossa poesia ou a intensidade de nossos casamentos, a inteligência 
de nossos debates públicos ou a integridade de nossas autoridades 
públicas. Não mede nem a nossa coragem, nem a nossa sabedoria, 
nem a nossa dedicação ao país. Mede todas as coisas, em resumo, 
exceto aquilo que faz com que a vida valha a pena. 
- Robert Kennedy, em discurso quando concorria à 
presidência em 1968. 
 
 O PIB, apesar de bastante difundido, não é um instrumento perfeito 
para medir a produção e a renda correntes, assim como a Renda per 
capita (ou PIB per capita) não é um instrumento perfeito de avaliação do 
bem estar da população. Assim, não devemos confundir o PIB com 
desenvolvimento e/ou bem-estar, ele é apenas mais um índice. O fato de 
termos PIBs per capita elevados não implica obrigatoriamente 
bem-estar ou desenvolvimento, indica apenas riqueza material 
(de bens). Vejamos os motivos: 
 
• O PIB ignora em seu cômputo muitas transações não monetárias, 
como, por exemplo: trabalho do lar, prestações de favores, 
alimentação no domicílio, agricultura de subsistência, etc. Em suma, 
atividades produtivas que não envolvem transações de mercado, 
nem são precificadas, não entram no cálculo do PIB. A não-inclusão 
destas atividades pode levar a situações bastante esdrúxulas. Por 
exemplo, se uma madame se apaixona e se casa com seu motorista 
e, após o casamento, seu marido trabalhe para ela por amor e não 
por dinheiro, haverá redução do PIB, pois o salário que era pago ao 
motorista sumirá das estatísticas. Como disse certa vez o 
economista inglês Arthur Pigou: “Quem casa com a própria 
empregada diminui a renda nacional”. 
 
• O PIB, pela inviabilidade de cálculo, não registra a economia 
clandestina (informal e/ou ilegal). Pela própria natureza dessas 
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atividades, é impossível os institutos econômicos conseguirem aferir 
economicamente com alguma precisão essas atividades. Sendo 
assim, não fazem parte do PIB. 
 
• O PIB não considera os custos sociais (externalidades), efeitos 
colaterais ou males da produção. Entre essas ocorrências não 
registradas, temos os danos ambientais (o vazamento de óleo que 
ocorreu no Golfo do México causado pela British Petroleum em 2010 
não é computado no PIB), desastres naturais (terremotos, furacões, 
enchentes e outros desastres também não são registrados no PIB), 
emissão de gases poluentes, etc. 
 
• O PIB não leva em conta a distribuição de renda da sociedade. Por 
exemplo, os países árabes têm elevada renda per capita, porém o 
número de pobres é elevadíssimo. Isto ocorre porque os ricos são 
excessivamente ricos e detêm a maior parte da renda. 
 
• O PIB exclui o lazer como um bem valorizado pelas pessoas, assim 
como o desconforto associado à produção de bens de serviços, 
como custo para o ser humano. Por tal motivo, ele não é um meio 
eficiente de medição do bem-estar econômico. Um país pode ter R$ 
30.000,00 de renda per capita anual, com uma média de 30 horas 
de trabalho semanais; enquanto outro pode ter os mesmos R$ 
30.000,00, porém com uma média de 50 horas de trabalho 
semanais. O PIB ou renda per capita é igual nos dois países, mas o 
bem-estar é melhor no primeiro caso. 
 
Nos casos acima, expusemos situações que acontecem na 
economia, mas que não entram no cálculo no PIB, pela inviabilidade da 
inclusão. No entanto, existe um caso interessante, em que ocorre o 
contrário. Nele, não há desembolso ou transação monetária, mas a 
atividade é sim levada em conta no cálculo no PIB. É o caso de 
domicílios ocupados por seus proprietários. Quando uma pessoa tem 
um imóvel, ela pode auferir alguma renda com o aluguel do mesmo. No 
entanto, quando o proprietário vive em seu imóvel (na “casa própria”), 
ele deixa de ganhar este dinheiro, caso o alugasse. 
 
Este valor de aluguel que o proprietário deixa de receber ao ocupar 
seu próprio imóvel é computado no PIB. Neste caso, em virtude não 
haver desembolso monetário, são imputados valores de aluguel 
semelhantes aos que são praticados no mercado. Tais valores entram no 
cálculo do PIB, mesmo que os proprietários dos imóveis não paguem a si 
mesmos. 
 
Apesar destes problemas de medição, o PIB provê uma medida 
razoavelmente precisa do produto de mercado de uma sociedade, bem 
como da taxa de variação desse produto. Apesar de não ser uma medida 
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de felicidade e bem-estar dos cidadãos, é bastante útil como ferramenta 
no auxílio às tomadas de decisões no âmbito da política econômica. 
 
Caiu na prova: 
 
03. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional – 
2012) - Assinale a alternativa incorreta: 
a) Em domicílios ocupados por seus proprietários, são imputados valores 
de aluguel equivalentes aos valores exercidos no mercado para compor a 
atividade aluguel de imóveis nas tabelas de recursos e usos. 
b) Pagamentos de salários e outras remunerações dos funcionários 
públicos, assim como gastos com bens e serviços do governo, entram no 
cálculo da renda nacional. 
c) Serviços pessoais e domésticos – tais como preparo de refeições, 
educação e cuidados com as crianças, limpeza e as reparações e 
manutenção dos bens de consumo duráveis e habitação –, realizados por 
membros da família para seu próprio consumo final, são excluídos da 
medição da produção. 
d) Com o objetivo de realizar a transformação das importações medidas a 
preços CIF para preços FOB, foi criada uma coluna de Ajuste CIF/FOB na 
Tabela de Recursos e Usos. 
e) Ao comprar um automóvel usado em uma revendedora, o consumidor 
está contribuindo para elevar o Produto Interno Bruto (PIB), uma vez que 
representa um aumento do consumo de bens duráveis. 
 
Comentários: 
A alternativa incorreta é a letra E, pois a compra de bens usados não 
entra no cálculo do PIB. Afinal, o PIB é o valor dos bens e serviços finais 
produzidos durante determinado período de tempo (não leva em conta 
bens produzidos em períodos passados). 
 
Segue uma passagem da aula 00, página 13: 
 
“O produto inclui somente a produção em determinado período de 
tempo: o produto, em 2012, inclui somente os bens e serviços 
produzidos durante esse ano. Em 2011, apenas os bens e serviços 
produzidos durante aquele ano e assim por diante. Em particular, o 
produto da economia não inclui o valor de bens usados. Se você 
comprar um livro de Macroeconomia em uma livraria, a compra será 
incluída no produto.” 
 
Ou seja, um bem usado é computado no PIB daquele ano em que foi 
produzido. Se, mais tarde, alguém compra esse bem usado (produzido 
em ano anterior), ele não integra mais o cálculo do PIB. 
 
PS: neste curso, não estudaremos em detalhes a tabela de usos e 
recursos, nem as diferenças dos critérios CIF e FOB e suas consequências 
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na contabilização dentro do Sistema de Contas Nacionais. Apesar de fazer 
parte do edital do MDIC (área 02), não é objetivo para está estudando 
para outros concursos. 
 
Gabarito: E 
 
 
1.15. O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN) 
 
Pessoal, neste item, coloco, de modo resumido, o sistema de contas 
nacionais (SCN) com tudo aquilo que aprendemos na aula. Tudo que está 
exposto no SCN já foi apresentado durante o texto da aula, na forma de 
conceitos e fórmulas. Assim, as contas nacionais que ora seguem são 
apenas a título de “curiosidade”, como forma de confirmação da teoria 
apresentada na aula. Julgo interessante apenas você se tomar ciência do 
que cada conta trata, pois uma questão de prova pode fazer perguntas 
teóricas do tipo: a conta de capital é a conta que registra a capacidade ou 
necessidade de financiamento (gabarito: certo); a conta de produção 
registra o consumo intermediário da economia (gabarito: certo); e assim 
por diante. 
 
Ressalto que os valores utilizados foram retirados do SCN da 
economia brasileira no ano-calendário de 2003 e já seguem a nova 
metodologia do IBGE, em conformidade com o manual do SNA (System 
Nacional Accounts) da ONU. Na coluna da direita, temos os recursos 
(origens) e na coluna da esquerda os usos (aplicações). Estão 
apresentadas três contas principais: conta de produção, conta de renda e 
conta de acumulação (de capital). 
 
Conta 1 – Conta de produção – R$ 1.000.000 (valores correntes) 
Usos Operações e saldos Recursos 
 1. Produção 3.026.167 
1.630.563 2. Consumo intermediário 
 3. Impostos sobre produtos 160.578 
 3.1. Imposto de importação 8.084 
 3.2. Demais impostos sobre produtos 152.493 
0 4. Subsídios sobre produtos 
1.556.182 5. Produto Interno Bruto 
 
Primeiro, ressalte-se que o PIB de que trata a conta é o PIBPM. Esta 
conta evidencia o PIBPM pela ótica do produto, item 1.11.1: 
 
PIBCF = Produção – CI  como PIBPM = PIBCF + II – Sub, então: 
PIBPM = Produção – CI + Impostos s/ produtos – Subsídios s/ produtos 
5 = 1 – 2 + 3 – 4 
 
 
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Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes) 
2.1. Conta de distribuição primária da renda 
2.1.1. Conta de geração da renda 
Usos Operações e saldos Recursos 
 5. Produto Interno Bruto 1.556.182 
554.149 6. Remuneração dos empregados 
266.968 7. Impostos sobre a produção e de importação 
- 3.617 8. Subsídios à produção (-) 
738.683 9. EOB + RMB 
 
 Primeiro, note que o saldo de impostos sobre a produção e de 
importação, item 7, é diferente (maior) que o saldo de impostos sobre 
produtos, item 3. O mesmo acontece em relação aos itens 8 e 4. Esta 
conta evidencia o PIBPM pela ótica da renda, utilizando o EOB e RMB 
(vimos no item 1.12 da aula): 
 
PIBPM = EOB + RMB + RE + Impostos s/ prod. e imp. – Sub. à produção 
5 = 6 + 7 + 8 + 9 
 
Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes) 
2.1. Conta de distribuição primária da renda 
2.1.2. Conta de alocação da renda 
Usos Operações e saldos Recursos 
 9. EOB + RMB 738.683 
 6. Remuneração dos empregados 554.149 
 7. Impostos sobre a produção e de importação 266.968 
 8. Subsídios à produção (-) - 3.617 
66.384 
10. Rendas de propriedade enviadas e 
recebidas do resto do mundo (RLEE) 10.902 
1.501.032 11. Renda Nacional Bruta 
 
 Conforme vimos em uma nota do item 1.11.2, a renda nacional 
bruta é o mesmo que RNBPM. Outra observação se refere ao fato de o 
item 10 se refere à RLEE, onde REE = 66.384 e RRE = 10.902, assim, a 
RLEE = 66.384 – 10.902 = 55.482. 
 
 Esta conta evidencia a transformação do item 5 (PIBPM) em item 11 
(RNBPM): 
 
PIBPM = EOB + RMB + RE + Impostos s/ prod. e imp. – Sub. à produção 
Ao mesmo tempo, PIBPM = RNBPM + RLEE, assim: 
RNBPM = PIBPM – RLEE 
11 = 9 + 6 + 7 + 8 – 10 
 
 
 
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Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes) 
2.2. Conta de distribuição secundária da renda 
Usos Operações e saldos Recursos 
 11. Renda Nacional Bruta 1.501.032 
941 
12. Transferências correntes enviadas e 
recebidas do resto do mundo 9.694 
1.509.785 13. Renda disponível bruta 
 
 A renda (nacional) disponível bruta (RNDB) é a RNB +/- 
transferências correntes. No caso acima, as transferências recebidas 
foram maiores que as enviadas, portanto, a RDNB é maior que a RNB. 
 
RNDB = RNB +/- transferências correntes enviadas e/ou recebidas 
13 = 11 + 12 
 
Conta 2 – Conta da renda – R$ 1.000.000 (valores correntes) 
2.3. Conta de uso da renda 
Usos Operações e saldos Recursos 
 13. Renda Disponível Bruta 1.509.785 
1.192.613 14. Despesa de consumo final 
317.172 15. Poupança bruta 
 
 Conforme no item 1.11.2 da aula, o item 14 da tabela é o consumo 
final (C + G). A poupança bruta (do Brasil) é a RNDB menos o consumo 
final. Assim: 
 
Poupança bruta do Brasil = RNDB – CFINAL 
15 = 13 – 14 
 
Conta 3 – Conta de acumulação – R$1.000.000 (valores correntes) 
3.1. Conta de capital 
Usos Operações e saldos Recursos 
 15. Poupança bruta 317.172 
276.741 16. Formação bruta de capital fixo (FBKF) 
30.750 17. Variação de estoques (ΔE) 
112 
18. Transferências de capital enviadas e 
recebidas do resto do mundo (SEXT) 1.624 
11.193 
19. Capacidade (+) ou necessidade (-) de 
financiamento 
 
 
 A conta trata da identidade investimento=poupança. O item 18 é a 
SEXT. No caso acima, a SEXT vale 1624 – 112 = 1512. Portanto, a SEXT é 
positiva, indicando que houve transferências de capital enviadas ao resto 
do mundo (conforme sabemos, se o resto do mundo recebeu capital, 
então, recebeu poupança externa). A poupança bruta é o mesmo que 
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poupança interna, que, por sua vez, é a soma da poupança privada e do 
governo. Assim, a conta diz que: 
 
19 = 15 – 16 – 17 + 18 
Capacidade de financiamento = Poupança bruta – FBKF – ΔE + SEXT 
Capacidade de financiamento = Poupança interna + SEXT – I 
Capacidade de financiamento = S – I 
 
Falamos em capacidade de financiamento, pois o saldo de (S – I) foi 
positivo, no valor de 11.193, uma vez que S é maior que I. Se I fosse 
maior que S, falaríamos em necessidade de financiamento. 
 
 
Adendo: As tabelas de recursos e usos (TRU) e as Contas 
Econômicas Integradas (CEI) 
 
Nota: o texto a seguir não está tão didático, a meu ver. No entanto, 
neste trecho da aula, eu preferi reproduzir quase que literalmente o que 
consta nas notas metodológicas do IBGE. Uma questão sobre isso, se 
cair, certamente, será teórica e estará embasada nas notas do IBGE, que 
é o órgão responsável pela estrutura do SCN. Assim, mesmo que não 
entenda muito bem algumas passagens, procure ler pelo menos uma vez 
o que vem a seguir sobre as TRU e sobre as CEI. É apenas para dar uma 
visão geral sobre o assunto. Se cair alguma questão, acredito que não 
deva ser nada aprofundado em relação a isso (porque se for, quase 
ninguém acerta ;-). 
 
a) as TRU 
 
As TRU se dividem em duas tabelas.A tabela I corresponde aos recursos 
de bens e serviços, isto é, donde vêm os bens e serviços. A tabela II é a 
de usos de bens e serviços, isto é, para onde vão os bens e serviços. 
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 A tabela de recursos de bens e serviços, tabela I, discrimina a 
origem dos produtos em nacional e importado. Veja que os bens e 
serviços têm basicamente duas origens: uma é a produção da economia, 
outra são as importações. O primeiro quadrante (A) apresenta a oferta 
global a preços de mercado e a preços básicos, as margens de comércio e 
transporte e os impostos e subsídios associados a cada produto. A 
produção das atividades especificadas por produto forma o segundo 
quadrante (A1) desta tabela. Por fim, no terceiro quadrante (A2) são 
apresentadas, em uma coluna, as importações e, em outra, as operações 
de produtos sem emissão de câmbio. 
 
A tabela de usos de bens e serviços, tabela II, apresenta o equilíbrio 
entre oferta e demanda, assim como as estruturas de custos das 
atividades econômicas detalhadas por produto. No primeiro quadrante (A) 
repete-se o vetor da oferta total, a preços do consumidor. O quadrante 
B1 apresenta os insumos utilizados na produção de cada atividade. O 
quadrante seguinte (B2) apresenta os bens e serviços que se destinam à 
demanda final: consumo final das famílias e das administrações publicas, 
formação bruta de capital fixo, variações de estoques e as exportações (é 
a demanda global). O último quadrante (C) mostra os demais custos de 
produção - remuneração dos empregados e os impostos, líquidos de 
subsídios, sobre a produção, que não incidem diretamente sobre o 
produto -, finalizando com o rendimento misto bruto e o excedente 
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operacional bruto. Como informação complementar, é apresentado o total 
de pessoal ocupado em cada atividade. 
 
O principal objetivo das tabelas de recursos e usos é a análise dos 
fluxos de bens e serviços e dos aspectos básicos do processo de produção 
- estrutura de insumos e estrutura de produção de produtos por atividade 
e a geração da renda. Resultam, portanto, dois elementos fundamentais 
na sua construção: atividades (conjuntos de agentes do processo de 
produção) e produtos (conjunto de bens e serviços). 
 
A unidade básica considerada na análise do processo de produção é 
a unidade produtiva (estabelecimento ou unidade local), definida como o 
local físico onde se realiza uma única atividade econômica. As atividades 
são compostas a partir da agregação de estabelecimentos com estruturas 
relativamente homogêneas de consumo e produção. Em alguns casos a 
unidade de produção coincide com a empresa; quando, no entanto, esta 
tem uma produção diversificada é desmembrada em estabelecimentos, 
podendo cada qual ser classificado numa atividade distinta. 
 
Por outro lado, mesmo desenvolvendo uma única atividade, os 
estabelecimentos podem produzir acessoriamente, por necessidade de 
ordem técnica ou questões de mercado, produtos típicos de outras 
atividades; neste caso, os estabelecimentos são classificados em função 
de sua produção principal, resultando, assim, uma produção secundária 
de produtos não-característicos de sua atividade principal. 
 
b) as CEI 
 
 O SCN apresenta, por setor institucional, as contas correntes e a 
conta de acumulação, primeiro segmento das contas financeiras. A visão 
de conjunto da economia é fornecida pelas Contas Econômicas Integradas 
- CEI onde, numa única tabela, são dispostas, em colunas, as contas dos 
setores institucionais, do resto do mundo e de bens e serviços. Inclui, 
também, uma coluna para a soma dos setores institucionais, isto é, o 
total da economia onde os macro agregados são diretamente visíveis. Nas 
linhas figuram as operações, saldos e alguns agregados, descritos na 
coluna central da tabela. 
 
As contas do resto do mundo são apresentadas do ponto de vista do 
resto do mundo. Cabe a observação que na montagem da tabela síntese 
as colunas de bens e serviços são colunas especiais, funcionando como 
uma conta espelho da conta dos setores institucionais. No lado dos usos 
(esquerdo) aparece a oferta de bens e serviços enquanto no de recursos 
(direito) aparece a demanda de bens e serviços. 
 
O esquema apresentado a seguir mostra a desagregação das 
contas, por operação, para cada setor institucional. 
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A conta de produção mostra o resultado do processo de produção - 
valor de produção, consumo intermediário e seu saldo o valor adicionado. 
 
A conta de distribuição primária da renda subdivide-se em duas 
subcontas: a conta de geração da renda e a conta de alocação da renda 
primária. As rendas primárias são rendas recebidas pelas unidades 
institucionais por sua participação no processo produtivo ou pela posse de 
ativos necessários à produção. 
 
A conta de geração da renda mostra como se distribui o valor 
adicionado entre os fatores de produção trabalho e capital e as 
administrações públicas. Esta conta registra, do ponto de vista dos 
produtores, as operações de distribuição diretamente ligadas ao processo 
e produção. 
 
A conta de alocação da renda registra a parte restante da 
distribuição primária da renda, ou seja, as rendas de propriedade a pagar 
e a receber, bem como a remuneração dos empregados e os impostos, 
líquidos dos subsídios, a receber respectivamente pelas famílias e 
administrações públicas. Esta conta centra-se nas unidades institucionais 
residentes como recebedoras de rendas primárias mais do que como 
produtores cujas atividades geram rendas primárias. 
 
A conta de distribuição secundária da renda mostra a passagem do 
saldo da renda primária de um setor para renda disponível, após o 
recebimento e pagamento de transferências correntes, exclusive as 
transferências sociais em espécie. Essa redistribuição representa a 
segunda fase no processo de distribuição da renda. 
 
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A conta de redistribuição da renda em espécie leva à fase seguinte 
do processo de redistribuição da renda. Mostra como a renda disponível 
das famílias, das instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias e 
das administrações públicas se transforma em renda disponível ajustada, 
pela receita e pagamento de transferências sociais em espécie. As 
empresas financeiras e não-financeiras não estão envolvidas nesse 
processo, por não receberem transferências em espécie. 
 
A conta de uso renda desdobra-se em conta de uso da renda 
disponível e conta de uso da renda disponível ajustada pelo valor das 
transferências emespécie, de forma a explicitar a despesa de consumo e 
o consumo efetivo dos setores. A primeira tem como objetivo mostrar 
como as famílias, as instituições sem fins lucrativos e as administrações 
públicas alocam sua renda disponível em consumo e poupança. Parte-se 
da renda disponível e as despesas de consumo aparecem sendo 
realizadas pelos setores que efetivamente despenderam os recursos. As 
despesas de consumo individual das administrações públicas e das 
instituições privadas sem fins lucrativos são as relativas às transferências 
sociais em espécie para as famílias. 
 
A conta de uso da renda disponível ajustada parte da renda 
disponível ajustada, onde as transferências sociais foram recebidas pelas 
famílias das administrações públicas e das instituições privadas sem fins 
lucrativos. Assim, o consumo das famílias está acrescido das 
transferências sociais em espécie a fim de se registrar o consumo final 
efetivo. 
 
Deve-se notar que a poupança, saldo da conta de uso da renda, não 
se altera em função de seu desdobramento. Sendo a poupança o saldo 
final das operações correntes constitui, naturalmente, o ponto de partida 
da contas de acumulação. A conta de capital, primeira deste conjunto, 
registra as operações relativas às aquisições de ativos não-financeiros e 
às transferências de capital que implicam em redistribuição de riqueza; 
seu saldo é a capacidade/necessidade líquida de financiamento. 
 
As operações entre residentes e não-residentes, chamadas de 
operações externas da economia, são agrupadas na conta do resto do 
mundo. 
 
 
1.16. BIZÚS E MEMENTO 
 
Pessoal, sei que o assunto é bastante extenso e é muita informação 
para memorizar. Posso dizer que contas nacionais não é um assunto 
difícil, mas é um assunto “enjoado”, exigindo paciência e perseverança. 
 
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Quando estudei este assunto pela primeira vez, principalmente nas 
questões de cálculo, costumava ficar um pouco perdido com as 
informações. Eu via aquele amontoado de números no enunciado e não 
sabia em que fórmula ou conceito utilizá-los. Pois bem, a minha dica é a 
seguinte: memorize as principais fórmulas (as que eu coloquei no 
memento do final da aula). Assim, ao se deparar com a questão, adote os 
seguintes passos: 
 
1º: veja qual o agregado pedido pela questão e veja em qual 
fórmula ele está (para ver em qual fórmula ele está, você acessará a sua 
memória na hora da prova, portanto, é importante memorizar as fórmulas 
do memento). 
 
2º: tente trabalhar com os dados que estão na fórmula do item que 
a questão pede. Se for possível terminar a questão, termine-a. Se estiver 
faltando algum dado, prossiga. Você deverá voltar ao passo 1 para tentar 
achar esse dado faltante (ver em qual fórmula ele está e utilizar os dados 
da questão). 
 
3º: faltando algum dado, veja em que outra fórmula você poderá 
descobrir o valor deste item faltante, e assim por diante. 
 
Para ver o método, veja especialmente a resolução das questões 
14 e 18. 
 
Faça muitos exercícios de contas nacionais, pois eles farão com que 
seja praticamente impossível você errar alguma questão desse assunto na 
hora da prova. 
 
Segue agora o memento de conceitos e fórmulas, graduadas de 
acordo com o nível, do mais básico para o mais avançado. As fórmulas do 
nível I são conceitos básicos, inerentes ao próprio aprendizado de contas 
nacionais. Assim, são expressões que podem ser decoradas através da 
simples leitura da aula. 
 
As fórmulas do nível II são as principais, dentre aquelas exigidas 
nas questões de cálculos (é claro que, preliminarmente, você deve saber 
os conceitos abarcados no nível I). As fórmulas do nível III são mais 
difíceis de serem encontradas em questões de prova, mas, se cair alguma 
delas na prova, será uma daquelas questões que servirão para diferenciar 
os candidatos. 
 
Segue um recado especial àqueles que prestam provas da ESAF (é 
o caso de vocês, que estão se preparando para o concurso de Auditor da 
Receita!). Para a ESAF, os níveis I e II do memento são garantia de 
um excelente rendimento em questões sobre contas nacionais. 
 
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Para finalizar, espero que tenham gostado da aula. Depois do 
memento, coloquei muitos exercícios para treinamento, essenciais para 
“pegar” o jeito, quando tratamos de contas nacionais. 
 
Até a próxima, abraços e bons estudos! 
 
Heber Carvalho 
hebercarvalho@estrategiaconcursos.com.br 
 
MEMENTO DE FÓRMULAS – CONTAS NACIONAIS 
Fórmulas nível I: 
(1) Poupança pública=o que governo ganha MENOS o que ele gasta: 
SG = II + ID + ORG – trans – sub – G 
(2) SEXT = - T 
(3) Poupança interna ou poupança bruta = SP + SG 
(4) I = FBKF + ΔE 
(5) IL = IB – dep 
(6) Poupança líquida = poupança bruta MENOS depreciação 
(7) CFINAL = C + G 
(8) AI = C + I + G 
(9) Produto=Renda=Despesa 
(10) Investimento = Poupança 
(11) Interno = Nacional + RLEE 
(12) Líquido = Bruto – depreciação 
(13) Preços de mercado = custos de fatores + II – Sub 
(14) Renda nacional = RNLCF 
(15) Renda interna = RILCF 
(16) Renda nacional bruta = RNBPM 
(17) Renda interna bruta = RIBPM 
(18) DIB = PIB = RIB = PIBPM 
Fórmulas nível II (importantíssimas para as questões da ESAF!): 
(1) DP = (SP – IP) + SEXT 
(2) SEXT = (M – X) + RLEE +/- TU 
(3) PIBCF = VBP – CI 
(4) PIBPM = C + I + G + X – M 
(5) FBKF + ΔE = SP + SG + SEXT 
(6) EOB + RMB = PIBPM – RE – Imp s/ prod e imp + Sub à prod 
Fórmulas nível III: 
(1) Renda nacional = salários + juros + lucros + aluguéis 
(2) RNDB (renda nacional disponível bruta) = Renda disponível bruta 
= RNBPM +/- transferências correntes do resto do mundo 
(3) Renda pessoal disponível (RPD) = Renda nacional (RNLCF) – 
impostos diretos – lucros retidos + transferências às pessoas 
(4) Poupança bruta (poupança interna) = RNDB - CFINAL 
 
 
 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
04. (ESAF – ACE/MDIC – 2012) - Considere os seguintes dados 
presentes na “Conta de Alocação da Renda” do Sistema de Contas 
Nacionais, em unidades monetárias: 
 
Renda Nacional Bruta: 3.175 
Excedente Operacional Bruto e Rendimento Misto Bruto (total): 1.336 
Remuneração dos Empregados: 1.414 
Impostos sobre a Produção e a Importação: 496 
Subsídios à Produção: 6 
Rendas de Propriedades Enviadas ao Resto do Mundo: 83 
 
Com base nessas informações, é correto afirmar que, em unidades 
monetárias, as “Rendas de Propriedade Recebidas do Resto do 
Mundo” foram iguais a: 
a) 101. 
b) 24. 
c) 18. 
d) 65. 
e) 97. 
 
Comentários: 
As rendas de propriedades recebidas do resto do mundo são a nossa RRE 
(renda recebida do exterior). As rendas de propriedade enviadas ao resto 
do mundo (REE) líquidas das rendas de propriedades recebidas do resto 
do mundo nos indicam o valor da RLEE (renda líquida enviada ao 
exterior). Assim, 
 
RLEE = Rendas de propriedades enviadas – Rendas de propriedades 
recebidas 
 
RLEE = 83 – Rendas de propriedades recebidas (1)Ou seja, para resolvermos nosso problema, precisamos encontrar o valor 
da RLEE. 
 
Sabemos que é a RLEE que difere os conceitos de PIB e PNB. Portanto: 
 
PIB = PNB + RLEE (2) 
 
O valor do PNB foi dado pela questão e vale: 
 
PNB = 3.175 
 
Nota: lembre que Produto Nacional Bruto (PNB) é igual à Renda Nacional 
Bruta (RNB), PNB=RNB, uma vez produto é igual à renda. 
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Agora, colocando o valor da RLEE (1) e do PNB na expressão (2), 
temos: 
 
PIB = 3.175 + 83 – Rendas de propriedades recebidas (3) 
 
Neste momento, nosso problema passa a ser a descoberta do valor do 
PIB. Pelos dados do problema, podemos utilizar a expressão do EOB 
aprendida no item 1.12 da aula: 
 
EOB + RMB = PIB – Rem. Empreg. – Imp. s/ prod. + Sub. s/ prod. 
1.336 = PIB – 1.414 – 496 + 6 
PIB = 3.240 
 
Agora, finalmente, basta substituir o valor do PIB na expressão (3) e 
chegaremos ao final do problema (ufa!): 
 
PIB = 3.175 + 83 – Rendas de propriedades recebidas 
3.240 = 3.175 + 83 – Rendas de propriedades recebidas 
Rendas de propriedades recebidas = 18 
 
Gabarito: C 
 
05. (ESAF – ACE/MDIC – 2012) - Considere os seguintes dados 
presentes no Sistema de Contas Nacionais em unidades 
monetárias: 
 
Salários: 681 
Contribuic ̧ões Sociais Diversas: 141 
Contribuic ̧ões Sociais Imputadas: 38 
Rendimento Misto Bruto: 201 
Rendimento Operacional Bruto: 755 
Imposto sobre a Produc ̧ão e Importação: 335 
 
Para que, em unidades monetárias, o Produto Interno Bruto da 
Economia seja de 2.147, os “subsídios à produc ̧ão e importac ̧ão” e 
a “remunerac ̧ão dos empregados” deverão ser (em unidades 
monetárias) respectivamente: 
a) 38 e 822. 
b) 4 e 860. 
c) 8 e 681. 
d) zero e 681. 
e) 22 e 898. 
 
Comentários: 
A expressão do EOB (ou Rendimento Operacional Bruto) é: 
 
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EOB + RMB = PIB – Rem. Empreg. – Imp. s/ prod. + Sub. s/ prod. 
755 + 201 = 2.147 – Rem. Empreg. – 335 + Sub. s/ prod. 
Rem. Empreg. – Sub. s/ prod. = 856 (1) 
 
Observe que a única alternativa que obedece à expressão (1) é a letra B. 
 
No entanto, poderíamos calcular a remuneração dos empregados, 
sabendo que ela inclui o salário dos empregados e todas as contribuições 
dele decorrentes. Assim: 
 
Rem. Empreg. = 681 + 141 + 38 
Rem. Empreg. = 860 
 
Se substituirmos o valor da remuneração dos empregados na expressão 
(1), encontramos o valor dos subsídios (Sub=4). 
 
Gabarito: B 
 
06. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) 
- Com as informações retiradas no Sistema de Contas Nacionais, 
listadas abaixo, é possível obter os valores do Produto Interno 
Bruto (PIB) e da Renda Nacional Bruta (RNB) de um determinado 
País. 
 
 
É correto afirmar que os valores do PIB e da RNB são, 
respectivamente, iguais a: 
a) PIB = 2.500,00 e RNB = 2.200,00 
b) PIB = 1.960,00 e RNB = 1.760,00 
c) PIB = 1.800,00 e RNB = 1.500,00 
d) PIB = 1.880,00 e RNB = 1.600,00 
e) PIB = 1.960,00 e RNB = 1.660,00 
 
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Comentários: 
Com os dados apresentados, é bem simples descobrirmos o valor do PIB: 
 
EOB + RMB = PIB – Rem. Empreg. – Imp. s/ prod. + Sub. s/ prod. 
1.180 = PIB – 500 – 200 + 80 
PIB = 1.800 
 
Por aí, já acertávamos a questão. 
 
Mas, vamos calcular o valor da RNB (ou PNB, já que produto=renda). 
Sabemos que: 
 
PIB = PNB + RLEE 
PIB = RNB + (REE – RRE) 
1.800 = RNB + (600 – 300) 
RNB = 1.500 
 
Gabarito: C 
 
07. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) 
- Um Analista de Comércio Exterior inicia um estudo para verificar 
o valor monetário da Poupanc ̧a Bruta do País X, no ano de 2011. 
Para realizar esse estudo, o Analista retira do Sistema de Contas 
Nacionais do País X os seguintes elementos das Contas 
Econômicas Integradas (CEI) e os respectivos valores monetários, 
apresentados abaixo: 
 
 
 
Após esse levantamento, o Analista de Comércio Exterior poderá 
afirmar que a Poupanc ̧a Bruta no País X, em 2011, foi de: 
a) $ 0,00 (zero). 
b) $ 1.500,00. 
c) $ 1.300,00. 
d) $ 1.220,00. 
e) $ 220,00. 
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Comentários: 
Outra questão difícil! 
 
Para resolvermos esta questão, necessitamos da identidade segundo a 
qual poupança é igual investimento. No entanto, devemos notar que há 
necessidade de financiamento, o que indica que o investimento é maior 
que a poupança, exatamente no valor de $ 800,00. Assim: 
 
I = S + 800 
(FBKf + ΔE) = SP + SG + SEXT + 800 
 
PS: Onde poupança bruta é (SP+SG), e SEXT é igual às transferências 
enviadas menos as recebidas. 
 
400 + 200 = SBRUTA + (50 – 150) + 800 
SBRUTA = -100 
 
Ou seja, não há resposta! A questão foi anulada. 
 
Gabarito: Anulada 
 
08. (ESAF – ACE/MDIC – Grupo 02_Contabilidade Nacional - 2012) 
- Os agregados do Sistema de Contas Nacionais são indicadores de 
síntese e grandezas-chave para os objetivos da análise 
macroeconômica e para comparações no espaço e no tempo. De 
acordo com o conceito de agregados adotado pelo IBGE, 
apresentado nas Contas Econômicas Integradas para uma 
economia aberta, é correto afirmar que: 
a) a Demanda Total da Economia é igual ao somatório do consumo 
intermediário, da despesa de consumo final, da formação bruta de capital 
fixo, da variação de estoque, das exportac ̧ões de bens e servic ̧os menos o 
valor das importações de bens e serviços. 
b) o Produto Interno Bruto medido pela ótica da renda é igual à 
remuneração dos empregados mais o total dos impostos (líquidos de 
subsídios) sobre a produção e importação mais o rendimento misto bruto 
mais o excedente operacional bruto. 
c) a Renda Nacional Bruta é igual ao PIB menos as rendas primárias a 
pagar, líquidas das rendas primárias a receber, das unidades não 
residentes (Resto do Mundo). 
d) o Saldo do Balanc ̧o de Pagamentos em transação corrente é igual ao 
saldo externo da conta de operac ̧ões correntes com o Resto do Mundo 
registrado com o sinal trocado. 
e) o Produto Interno Bruto medido pela ótica da produc ̧ão é igual ao valor 
da produc ̧ão menos o consumo intermediário mais os impostos, líquidos 
de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produc ̧ão. 
 
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Comentários: 
 
a) Incorreta. A demanda total (ou demanda

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