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ADAPTAÇÃO-NEUROMUSCULAR (1)

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1 
 
SUMÁRIO 
1 ATIVIDADE FÍSICA .................................................................................... 2 
2 SEDENTARISMO ....................................................................................... 3 
3 Por que a preocupação com o sedentarismo? ............................................ 4 
4 OBESIDADE ............................................................................................... 5 
4.1 Epidemiologia ....................................................................................... 5 
5 O que é? ..................................................................................................... 5 
5.1 Fatores de risco associados ................................................................. 7 
5.2 Complicações ....................................................................................... 8 
5.3 Tratamento Nutricional ......................................................................... 9 
6 QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA? ......................... 10 
7 COMO É FEITA A ESCOLHA DA ATIVIDADE FÍSICA ADEQUADA? ..... 12 
7.1 Atividade física em crianças e jovens ................................................. 12 
7.2 Atividade física em idosos .................................................................. 13 
7.3 Atividade física durante a gestação .................................................... 14 
8 QUALIDADE DE VIDA E BEM ESTAR PSICOLÓGICO ........................... 15 
9 POSTURA ................................................................................................. 18 
10 O ENVELHECIMENTO .......................................................................... 21 
11 IMPACTO DO ENVELHECIMENTO NO ORGANISMO HUMANO ....... 22 
12 A COEDUCAÇÃO ENTRE GERAÇÕES. O QUE PODE UMA GERAÇÃO 
ENSINAR À OUTRA? ............................................................................................... 24 
13 BENEFÍCIOS RELACIONADOS À SAÚDE DO IDOSO ........................ 26 
14 COMO O IDOSO DEVE-SE PREPARAR PARA UMA ATIVIDADE 
FÍSICA? 27 
15 COMO DEVEM SER REALIZADAS AS ATIVIDADES FÍSICAS NO 
IDOSO? 28 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 29 
 
 
2 
 
 
1 ATIVIDADE FÍSICA 
 
Fonte: www.dicasdetreino.com.br 
A prática regular de atividade física sempre esteve ligada à imagem de pessoas 
saudáveis. Antigamente, existiam duas ideias que tentavam explicar a associação 
entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam 
uma predisposição genética à prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, 
vigor físico e disposição mental; a outra proposta dizia que a atividade física, na 
verdade, representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças, 
saúde mental e boa aptidão física. Hoje em dia sabe-se que os dois conceitos são 
importantes e se relacionam. 
Mas o que é atividade física? De acordo com Marcello Montti, atividade física é 
definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica 
envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que 
envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, 
além de atividades mentais e sociais, de modo que terá como resultados os benefícios 
à saúde. 
No Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo grande 
importância. As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias 
por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afetaria 
aproximadamente 70% da população brasileira, mais do que a obesidade, a 
 
 
3 
 
hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. O estilo de vida atual pode 
ser responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de 
morte por derrame cerebral, as principais causas de morte em nosso país. Assim, 
vemos como a atividade física é assunto de saúde pública. 
2 SEDENTARISMO 
O sedentarismo representa um problema de saúde pública no mundo atual, na 
medida em que está associado à prevalência de doenças crônico degenerativas, além 
de crescer tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. 
Para determinar o nível de sedentarismo de uma pessoa é preciso examinar a 
quantidade de atividade física realizada em quatro segmentos distintos sendo eles: o 
trabalho, as formas de deslocamento, o lazer e as atividades domésticas. Somente 
após uma avaliação desses quatro campos podemos determinar se uma pessoa é 
realmente sedentária. Em particular tem-se dado bastante relevância ao estudo da 
participação em atividades físicas durante o lazer. Estudo realizado em Salvador 
sugere uma prevalência de 72.5% de sedentarismo no lazer. 
 
 
Fonte: www.denisereal.com.br 
Segundo dados do ministério da saúde o número de brasileiros que praticam 
atividade física regular aumentou de 15.5% em 2005 para 16.4% em 2008, porém 
cerca de 26.3% dos brasileiros são sedentários segundo o ministério. Esses dados 
 
 
4 
 
refletem que uma grande parte da população ainda não apresenta um bom nível de 
prática de atividade física. 
A organização Mundial de Saúde (OMS) sugere que para o indivíduo não ser 
considerado sedentário é preciso realizar pelo menos 30 minutos de atividade física 
diariamente. Essas atividades podem ser realizadas durante um programa de 
exercícios: aulas de ginástica, musculação, prática de esportes, corrida ou durante as 
atividades diárias como, por exemplo, caminhar mais durante o dia, lavar o carro, 
passear com o cachorro subir escadas evitando o elevador. 
É de fundamental importância que a prática regular de exercícios seja 
estimulada desde a infância para que o hábito de exercitar-se seja cultivado e mantido 
por toda a vida. A escola possui um papel importante no incentivo a estas práticas, 
bem como o poder público através da implantação de programas de atividades físicas 
para a população, em ambientes públicos como praças e parques. 
3 POR QUE A PREOCUPAÇÃO COM O SEDENTARISMO? 
Na grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o 
Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível 
adequado de exercício físico. Esse problema fica mais claro quando levamos em 
conta os dados do censo de 2000, que mostram que 80% da população brasileira vive 
nas cidades. 
Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas 
de nível socioeconômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que 
as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da 
adolescência. 
Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, o que se relaciona 
pelo menos em parte à falta da prática de atividades físicas. É o famoso estilo de vida 
moderno, no qual a maior parte do tempo livre é passado assistindo televisão, usando 
computadores, jogando videogames, etc. 
 
 
5 
 
4 OBESIDADE 
4.1 Epidemiologia 
A obesidade recentemente é considerada uma das mais importantes doenças 
não transmissíveis nos países desenvolvidos. Pesquisas mostram que mais de um 
terço da população norte-americana está acima do peso desejável. Em contrapartida, 
a obesidade é ainda relativamente incomum nos países da África e da Ásia. No Brasil, 
a situação mais crítica é verificada na Região Sul. 
De acordo com os dados do inquérito nacional mais recente cerca de 1/3 (32%) 
dos adultos brasileiros têm algum grau de excesso de peso e apresenta uma 
tendência crescente nas últimas décadas, visto que em 1997 a prevalência de 
obesidade no país foi estimada em 11% da população residente nas regiões nordeste 
e sudeste, enquanto em 1989 era de 9,6% e em 1974 era de 5,7%. 
Há uma prevalência maior de obesidade entre as mulheres, inclusive nos 
idosos. Em ambos os sexos, seu pico máximo ocorre dos 45 aos 65 anos (37% entre 
homens e55% entre mulheres). 
 
 
Fonte: www.adrianobetelli.com.br 
5 O QUE É? 
A definição de obesidade pode ser a de “acúmulo excessivo de gordura no 
organismo”. Para sua determinação, criou-se o Índice de Massa Corporal (IMC), 
 
 
6 
 
método mais utilizado atualmente e que define que a obesidade seria classificada a 
partir de um IMC superior a 30 kg/m². 
A obesidade pode ser classificada em exógena, aquela causada pela ingestão 
calórica excessiva, sendo responsável por mais de 95% dos casos, ou endógena, que 
tem como causa os distúrbios hormonais e metabólicos. 
Existem também classificações quanto a distribuição de gordura: androide, 
conhecida como obesidade central ou em forma de maçã, que é o acúmulo de gordura 
na região do tronco e ginóide, conhecida como obesidade periférica ou em forma de 
pêra, que o acúmulo de gordura abaixo da cintura, na região glúteo-femural. A 
obesidade androide, central ou abdominal é observada com mais frequência em 
homens e a obesidade ginecoide ou femural são comuns em mulheres. O risco de 
desenvolver doenças do coração é maior para as pessoas que acumulam gorduras 
na região abdominal (central), ao redor das vísceras. 
 
 
Fonte: www.deporteinteligente.com 
Na cultura ocidental, é enfatizado a boa forma e imagem corporal, o que facilita 
a identificação de incômodos com o excesso de peso, independente dos graus de 
obesidade. Nossos padrões culturais fazem com que até indivíduos com peso dentro 
dos parâmetros de normalidade possam sentir-se com peso acima do estipulado pela 
sociedade. 
A obesidade tornou-se um problema de saúde pública, uma vez que é um dos 
principais fatores de risco para inúmeras doenças prevalentes na sociedade moderna, 
incluindo dislipidemia e diabetes mellitus. 
 
 
7 
 
A Organização Mundial de Saúde considera a obesidade um problema de 
abrangência mundial, pois ela atinge à um número elevado de pessoas e predispõe o 
organismo a vários tipos de doenças e mortes prematuras. 
Os componentes causadores de variações na determinação do peso corporal 
são: músculos, ossos e gorduras. As alterações que ocorrem nesses componentes 
são devidas aos fatores de crescimento e de envelhecimento, alimentação, exercício 
físico e as doenças. 
5.1 Fatores de risco associados 
A obesidade tem origem multifatorial, ou seja, a sua causa tem participação de 
vários fatores, como genética, orgânica, hábitos e estilos de vida (má alimentação e 
sedentarismo), fatores educacionais, psicológicos e farmacológicos (administração de 
insulina, glicocorticoides). 
De acordo com alguns pesquisadores, as causas do aumento significativo da 
obesidade nos últimos 20 anos são predominantemente ambientais, com componente 
genético contribuindo de maneira reduzida. 
Deste modo, a vida sedentária e o aumento da ingestão de gordura na 
alimentação têm grande importância no crescente número de casos de obesidade no 
mundo. 
 
 
Fonte: www.nadafragil.com.br 
O processo de modernização observado na maioria dos países tem promovido 
alterações na industrialização da produção alimentícia, que colabora para o consumo 
 
 
8 
 
de dietas ricas em proteína e gordura, muito açúcar e sal refinados e pouco amido e 
fibras. A modernização também ocasiona estilo de vida mais sedentário com 
transporte motorizado, equipamentos mecanizados que diminuem o esforço físico de 
homens e mulheres tanto no trabalho como em casa, como controles remotos, 
elevadores. Esses dois fatores tiveram como resultado previsível: a população 
mundial na maioria dos países começou a ganhar peso. 
Deste modo, o sedentarismo e os hábitos nutricionais parecem representar o 
principal fator de risco no desenvolvimento da obesidade mundial. 
Além disso, o peso corporal tende aumentar progressivamente dos 20 aos 50 
anos e este fenômeno agrava-se ainda mais quando há redução nos níveis de prática 
de atividade física. Após a menopausa também é frequente o aumento no peso 
corporal e modificações na distribuição de gordura. Observa-se que há aumento 
progressivo na relação cintura-quadril com o avanço da idade, decorrente de elevação 
da gordura abdominal da mulher em menopausa. 
Devemos estar atentos nos períodos críticos de ganho de peso corporal, são 
eles: hormonal (adolescência, gravidez e menopausa); estresse e ansiedade 
(estresse prolongado, morte de um ente querido ou perda divórcio, separação); 
mudanças no estilo de vida (aposentadoria, fim de carreira esportiva, meia-idade, 
ocasiões festivas) e fisiológica. 
5.2 Complicações 
As consequências da obesidade para a saúde são muitas e afetam diretamente 
a qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Ela sobrecarrega todos os órgãos, 
principalmente o coração. É frequentemente associada com hipertensão, 
hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e diabetes mellitus tipo 2 (DM2), condições 
intimamente relacionadas com doenças cardiovasculares. 
Além destas, temos como outras condições associadas à obesidade a 
resistência à insulina, síndrome do ovário policístico, cálculo biliar, hepatite esteatosa, 
apneia do sono, hemorroida, bloqueio nervoso, proteína na urina, osteoartrites, 
cânceres, incontinência urinária, micoses, celulite, alterações hormonais. 
Quanto ao aspecto psicológico, a obesidade tem sido apontada como um dos 
fatores contribuintes para a baixa-estima, o isolamento social, a depressão, etc. 
 
 
9 
 
5.3 Tratamento Nutricional 
É senso comum dizer que o tratamento da obesidade é difícil e que, com 
frequência, pessoas que conseguem emagrecer acabam recuperando o peso perdido 
algum tempo após. 
 
 
Fonte: www.teoesportes.com.br 
O controle do peso corporal depende de dois fatores, que são a dieta alimentar 
e a prática de atividade física. A alimentação correta implica na melhoria qualitativa e 
quantitativa, com ingestão da proporção adequada entre os componentes (proteínas, 
lipídeos e glicídios). Essa deve conter pouca gordura (20% total dos alimentos), ser 
moderada em calorias e forte em carboidratos. Também precisa ser rica em fibras, 
responsáveis pelo bolo fecal e o bom funcionamento do intestino, e incluir vitaminas e 
sais minerais, com a ingestão de quatro a cinco porções de frutas e verduras ao dia. 
Recomenda-se equilibrar adequadamente a dieta e distribuí-la em cinco ou seis 
refeições diárias, alimentando-se de três em três horas. 
Para que se consiga diminuir a ingestão calórica é importante reduzir a ingestão 
de alimentos com alto valor calórico. Deve ser cortado o uso de açúcares, doces 
concentrados, refrigerantes, bebidas alcóolicas, gordura de modo em geral (carnes 
gordas, de porco, embutidos, manteiga, creme de leite, queijos gordurosos), 
condimentos gordurosos (maionese, mostarda e catchup) e pastelarias. 
A atividade física é importante porque utiliza as calorias extras que geralmente 
seriam armazenadas como gorduras. Qualquer atividade física contribui para o gasto 
energético. É fundamental incluir atividades agradáveis, utilitárias e fáceis de 
executar. 
 
 
10 
 
Frequentemente o obeso não utiliza as vias públicas e academias, devido a sua 
imagem corporal negativa, restringindo a prática de atividade física ao seu próprio 
domicílio, o que é monótono e desmotivante. 
Podem-se sugerir ainda modificações comportamentais, autocontrole com 
registros da dieta, controle de eventos que antecedem a alimentação (identificar e 
controlar as circunstâncias que envolvem a ingestão ou ingestão exagerada), 
desenvolvimentos de técnicas para controlar o ato de comer (comer somente nos 
locais e horários definidos). 
 
6 QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA? 
 
Fonte: www.vivamelhoronline.com 
A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se 
manifestam sob todos os aspectos do organismo. Do ponto de vista 
musculoesquelético, auxilia na melhora da força e dos tônus muscular e da 
flexibilidade, fortalecimento dos ossos e dasarticulações. No caso de crianças, pode 
ajudar no desenvolvimento das habilidades psicomotoras. 
Com relação à saúde física, observamos perda de peso e da porcentagem de 
gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, 
diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom"). Todos 
esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes 
para a redução da mortalidade associada a elas. Veja, a pessoa que deixa de ser 
 
 
11 
 
sedentária e passa a ser um pouco mais ativa diminui o risco de morte por doenças 
do coração em 40%! Isso mostra que uma pequena mudança nos hábitos de vida é 
capaz de provocar uma grande melhora na saúde e na qualidade de vida. 
Já no campo da saúde mental, a prática de exercícios ajuda na regulação das 
substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o 
cérebro, ajuda na capacidade de lidar com problemas e com o estresse. Além disso, 
auxilia também na manutenção da abstinência de drogas e na recuperação da 
autoestima. Há redução da ansiedade e do estresse, ajudando no tratamento da 
depressão. 
 
Fonte: www.megafitsp.com.br 
A atividade física pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, 
tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar. 
Interessante notar que quanto maior o gasto de energia, em atividades físicas 
habituais, maiores serão os benefícios para a saúde. Porém, as maiores diferenças 
na incidência de doenças ocorrem entre os indivíduos sedentários e os pouco ativos. 
Entre os últimos e aqueles que se exercitam mais, a diferença não é tão grande. 
Assim, não é necessária a prática intensa de atividade física para que se garanta seus 
benefícios para a saúde. O mínimo de atividade física necessária para que se alcance 
esse objetivo é de mais ou menos 200Kcal/dia. Dessa forma, atividades que 
consomem mais energia podem ser realizadas por menos tempo e com menor 
frequência, enquanto aquelas com menor gasto devem ser realizadas por mais tempo 
e/ou mais frequentes. 
 
 
12 
 
7 COMO É FEITA A ESCOLHA DA ATIVIDADE FÍSICA ADEQUADA? 
A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores: 
• Preferência pessoal: o benefício da atividade só é conseguido com a prática 
regular da mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em 
realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem 
praticando. 
• Aptidão necessária: algumas atividades dependem de habilidades 
específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir 
um programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves. 
• Risco associado à atividade: alguns tipos de exercícios podem associar-se 
a alguns tipos de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos. 
 
 
Fonte: www.besttrainersclub.com.br 
7.1 Atividade física em crianças e jovens 
 
Nesses grupos, além de ser importante na aquisição de habilidades 
psicomotoras, a atividade física é importante para o desenvolvimento intelectual, 
favorecendo um melhor desempenho escolar e também melhor convívio social. A 
prática regular de exercícios pode funcionar como uma via de escape para a energia 
"extranormal" das crianças, ou seja, sua hiperatividade. 
 
 
 
13 
 
 
Fonte: www.doutissima.com.br 
7.2 Atividade física em idosos 
A falta de aptidão física e a capacidade funcional pobre são umas das principais 
causas de baixa qualidade de vida, nos idosos. Com o avanço da idade, há uma 
redução da capacidade cardiovascular, da massa muscular, da força e flexibilidade 
musculares, sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de exercício. 
Está mais do que comprovado que os idosos obtém benefícios da prática de 
atividade física regular tanto quanto os jovens. Ela promove mudanças corporais, 
melhora a autoestima, a autoconfiança e a afetividade, aumentando a socialização. 
 
 
Fonte: www.vivomaissaudavel.com.br 
Antes do início da prática de exercícios, o idoso deve passar por uma avaliação 
médica cuidadosa e realização de exames. Isso permitirá ao médico indicar a melhor 
 
 
14 
 
atividade, que pode incluir: caminhada, exercício em bicicleta ergométrica, natação, 
hidroginástica e musculação. 
Algumas recomendações são importantes, e valem também para as outras 
faixas etárias: 
• Uso de roupas e calçados adequados 
• Ingestão de grandes quantidades de líquidos, antes do exercício. 
• Praticar atividades apenas quando estiver se sentindo bem. 
• Iniciar as atividades lenta e gradualmente. 
• Evitar o cigarro e medicamentos para dormir. 
• Alimentar-se até duas horas antes do exercício. 
• Respeitar seus limites pessoais. 
• Informar qualquer sintoma. 
7.3 Atividade física durante a gestação 
É necessário a todas as gestantes um trabalho corporal a cada trimestre da 
gestação, para facilitar a adequação às alterações que ocorrem nesse período. Uma 
melhor capacidade cardiorrespiratória facilita a realização das atividades domésticas; 
uma melhoria das condições musculares e esqueléticas ajuda na adaptação às 
mudanças posturais e no trabalho de parto. Além disso, é de extrema importância a 
autoestima, a convivência com outras gestantes e os sentimentos de segurança e de 
felicidade. 
 
 
Fonte: www.mamaesaudefit.com 
 
 
15 
 
Os exercícios de ginástica garantem fortalecimento muscular, protegendo 
assim as articulações e reduzindo o risco de lesões. Ajudam também na oxigenação, 
na circulação e no controle da respiração. Já os exercícios desenvolvidos na água 
favorecem o relaxamento corporal, reduzem as dores nas pernas e o inchaço dos pés 
e mãos. 
Antes do início dos exercícios, a gestante deve passar por consulta de pré-natal 
para ser avaliada pelo obstetra. Após a realização dos exames ele poderá liberar ou 
não a prática de exercícios. As mulheres que já praticavam atividade física e que 
nunca sofreram aborto espontâneo, podem continuar as atividades após adaptação 
para seu novo estado. Já aquelas sedentárias devem iniciar os exercícios após a 
décima segunda semana de gestação. Não havendo problemas, os exercícios podem 
ser continuados até o parto, embora seja necessário reduzir a intensidade aos poucos. 
Após o parto normal, as atividades podem ser retomadas após 40 dias. No caso de 
cesárea, o médico avalia cada caso. 
As atividades físicas mais recomendadas às mulheres grávidas são: 
• Caminhada: é muito bom para a preparação para o parto, já que melhora a 
capacidade cardiorrespiratória e favorece o encaixe do bebê na bacia da mãe. O ideal 
é caminhar 3 vezes por semana, cerca de 30 minutos. 
• Natação: trabalha bastante a musculatura. Atenção: apenas algumas 
modalidades são liberadas durante a gestação. 
• Hidroginástica: são os mais indicados para as gestantes. 
• Alongamento: ajuda a manter a musculatura relaxada e o controle da 
respiração. 
8 QUALIDADE DE VIDA E BEM ESTAR PSICOLÓGICO 
A busca de uma boa qualidade de vida, passa por uma adequação do corpo às 
novas exigências do cotidiano moderno. Esta adequação se dá por meio de atividades 
físicas desenvolvidas em academias de ginástica e musculação. Há uma grande 
procura por este tipo de prática de atividades físicas, pois os meios de comunicação 
e os resultados positivos alcançados pelos que praticam, tem evidenciado os 
benefícios que as academias tem trazido para a saúde psicofísica das pessoas. 
 
 
16 
 
O avanço tecnológico mundial e a concentração da população nas grandes 
cidades são os princípios causadores do sedentarismo, devido à falta de tempo e pelo 
excesso de trabalho, há uma influência direta no cotidiano das pessoas, portanto, tem-
se uma necessidade maior de serviços de academias que proporcionem soluções 
para esse problema do sedentarismo, ou que pelo menos o amenize. 
 
 
Fonte: www.belezaesaude.com 
Conforme Grünspan (2001, p. 4) algumas empresasbrasileiras começaram a 
realizar incentivos no campo das atividades físicas e esportivas para seus 
trabalhadores, com o intuito de melhorar o rendimento laboral e a qualidade de vida, 
consequentemente, a melhoria da competitividade e a qualidades nas empresas. 
Fica claro que as atividades físicas podem ser analisadas como forma de 
auxiliar o processo produtivo das empresas, pois o hábito do exercício físico contribui 
para a diminuição do estresse, acidentes de trabalho e até mesmo o absenteísmo. 
A revolução Industrial trouxe uma elevada tecnologia para os dias de hoje, a 
transformação de uma sociedade rural para uma sociedade urbana fez com que toda 
a atividade física antes primordial fosse substituída por comodidades, trazendo um 
relativo conforto, vivemos hoje em uma população de "ansiosos e aborrecidos", mas 
até que ponto essas facilidades podem ser compatíveis com uma vida melhor e mais 
produtiva, a inatividade física traz problemas de ordem funcional ao organismo, 
doenças associadas ao sedentarismo como: coronariopatias dores nas costas, 
ansiedade e depressão entre outros (POLLOCK, 1986). 
As pessoas se exercitam, porque se provou cientificamente que a atividade 
física melhora a qualidade de vida, além de motivos estéticos, sociais e outros, em 
 
 
17 
 
academias as atividades realizadas são oferecidas de forma segura e orientadas, 
sistematizadas e eficientes. 
A inatividade física é causa importante de debilidade, por consequência de 
reduzida qualidade de vida. Há um risco de morte relacionado com o sedentarismo, 
pois se tem doenças associadas a este comportamento, estima-se que 60% da 
população adulta tenha níveis inferiores de atividade física do que o esperado, 
observando-se a necessidade de maior atenção para este tipo de modo de vida 
(NAHAS, 2001). 
Os benefícios da atividade física são inúmeros dentre os quais podemos 
destacar redução da gordura corporal, visto que a obesidade, atualmente, é um 
problema de ordem epidemiológica, redução nos níveis sanguíneos de colesterol, 
queda da pressão arterial entre outros citados por Fox et all (1991). 
 
 
Fonte: www.professormarcioceag.blogspot.com.br 
Há ainda os benefícios cardiorrespiratórios que são evidentemente perceptíveis 
com a atividade física regular e que portanto são imprescindíveis para a prevenção, 
manutenção ou recuperação do estado geral de saúde física e mental. 
O estudo realizado por Grüspan em 2001 mostra que várias empresas 
incluíram seus funcionários em atividades físicas, que resultou em satisfação com o 
trabalho, melhor desempenho e melhor qualidade de vida do trabalhador. 
 
 
18 
 
9 POSTURA 
A postura é uma posição ou atitude do corpo, formada pelo arranjo relativo de 
suas partes para uma atividade específica, ou ainda uma maneira individual de 
sustentação orientada pela força da gravidade, este conceito é descrito por Kisner 
(1987). 
É importante notar que não se pode falar em uma postura ereta que seja correta 
ou incorreta, mas sim mais ou menos confortável conforme cita Kendall (1987). 
Os músculos não utilizados se atrofiam, tornam-se fracos demais para 
sustentar corretamente o esqueleto. 
 
 
Fonte: www.tuasaude.com 
Assim chega-se a desvios posturais segundo Pavlovic (1987), ainda podemos 
identificar como causa da má postura, problemas de ordem estrutural, como algumas 
doenças, maus hábitos posturais nas atividades do cotidiano que causam alterações 
na mecânica normal da disposição de segmentos corporais em relação à manutenção 
da postura estática e durante a movimentação. 
Considerando que, atualmente, a velocidade de mudança de novas tecnologias 
ocorrem rapidamente, portanto computadores e processadores estão presente na 
maioria dos escritórios e as empresas devem trabalhar continuamente para concorrer 
no mundo globalizado. Assim, as pessoas passam a conviver cada vez mais com 
atividades que requerem a adoção de uma postura confortável. Para auxiliar no 
equilíbrio corporal que promove uma adequação do corpo as necessidades do 
 
 
19 
 
cotidiano, se encontram as academias que são estruturadas e monitoradas por 
profissionais. 
A medida em que o corpo humano fica à mercê da inatividade física ocorrem 
disfunções de ordem músculo esqueléticas que interferem nas atividades 
profissionais, portanto, podem levar ao absenteísmo ou afastamento total do trabalho 
ao longo do tempo, de acordo com a gravidade do problema e da frequência com que 
as dores aparecem. Para o estudo em questão foi observado apenas a incidência de 
desvios posturais na coluna vertebral, visto que a maior parte das pessoas sofrem ou 
já sofreram algum tipo de dor nesta região corporal. 
Segundo Paladini (1990, p.99) produzir qualidade exige engajamento da mão-
de-obra. Este engajamento requer, essencialmente, motivação e competência. Alguns 
trabalhos de pesquisa tem apontado que essa motivação e competência requer 
pessoas que, pelo menos pratiquem alguns exercício físicos, recuperando a energia 
consumida no trabalho. 
A Qualidade de vida depende de vários fatores que conjuntamente definem o 
estilo de vida de uma pessoa, este conceito é diferente de pessoa para pessoa, e 
pode mudar ao longo da vida, estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho 
etc (NAHAS, 2001). 
Genericamente a qualidade de vida pode ser entendida como uma relação com 
o grau de satisfação que o indivíduo possui diante da vida nos seus vários aspectos, 
ligada diretamente com o estilo de vida e de como a pessoa lida com as tensões da 
vida moderna. 
Sob o ponto de vista da saúde Dias da Silva et all (1997) apud Costa (2000) a 
qualidade de vida de uma pessoa pode ser considerada em seis dimensões: a física 
- da qual se considera os hábitos de vida e vícios; emocional - que diz respeito à 
capacidade do indivíduo lidar com as tensões do cotidiano, preservando sua 
autoestima e motivação; social - que é a capacidade de relação com outras pessoas, 
tanto pessoalmente como profissionalmente; Profissional - satisfação pessoal com o 
trabalho e sua consequente valorização; intelectual - entendida como a capacidade 
de desenvolver o potencial criativo, compartilhando este esse potencial com as 
demais pessoas e espiritual - que são os valores individuais, pensamentos positivos 
em relação à vida. Com base nesta afirmação, a atividade física está diretamente 
relacionada à qualidade de vida das pessoas. 
 
 
20 
 
Conforme Vieira (1992, p.183) salienta que os indicadores salário e lazer, estão 
intimamente relacionados. De acordo com as entrevistas pode-se afirmar que as 
pessoas buscam a academia como lazer na busca não só de exercícios físicos, mas 
de novas amizades para discutir assuntos que não sejam relacionados com o trabalho. 
 
 
 
Fonte: www.itapevatimes.com.br 
A qualidade de vida tem sido uma busca incessante no cotidiano da vida 
moderna, segundo Costa (2000) a prática de atividade física regular tem sido 
apontada pelos pesquisadores como um dos principais fatores que possibilitariam a 
prevenção de várias doenças, diminuição da ansiedade, entre outros, ficando evidente 
a sua relação com a qualidade de vida das pessoas. 
É natural, ao homem, movimentar-se. Para realizar nossas tarefas do dia-a-dia, 
andamos, subimos escadas, movemos os braços, agachamos, sentamos. A atividade 
física é o corpo em movimento, em ação. São os músculos esqueléticos do corpo 
gastando energia, contraindo-se e relaxando, numa sequência coordenada entre a 
ação do tecido muscular, tendões e ossos. 
É essencial que se discuta o assunto, pois entender a atividade física significa 
entender o homem como um ser dependente de sua atividade física. Sim, 
dependemos dela e muitas vezes não sabemos avaliar quão benéfica ela pode ser. 
Chamamos de atividade física toda ação humana que envolva movimentação 
e acelere os batimentos cardíacos acima da frequência de repouso. Portanto, ao 
praticar muitas das suasatividades cotidianas como ir a pé até a padaria, subir 
 
 
21 
 
escadas, fazer faxina, dançar, jogar uma pelada etc., você está praticando atividade 
física. 
Por exemplo, se uma pessoa de 70 kg subisse uma escada em velocidade 
média por 1 hora, gastaria em média 1000 kcal/hora. Recomenda-se reduzir o número 
de horas das atividades intelectuais realizadas em computadores e de leituras 
extensas, dedicar ao menos dois dias por semana para atividades realizadas com o 
corpo em movimento, realizar uma atividade física estruturada pelo menos três vezes 
por semana e introduzir na rotina diária hábitos saudáveis de locomoção. 
10 O ENVELHECIMENTO 
 
Fonte: www.mentalhealthy.co.uk 
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, tanto no que se refere 
aos países desenvolvidos como aos países em desenvolvimento. Este crescimento 
da população idosa é reflexo do aumento gradual da longevidade, conjuntamente com 
as diminuições das taxas de natalidade e mortalidade. 
Estimativas para a população idosa brasileira apontam que até 2020, o país 
terá 32 milhões de pessoas com idade superior a 60 anos. O aumento no número de 
idosos instiga o desenvolvimento de estratégias que possam minimizar os efeitos 
negativos do avanço da idade cronológica no organismo. Estas estratégias visam à 
manutenção da capacidade funcional e da autonomia para que as pessoas possam 
ter uma vida mais longa e com melhor qualidade. 
 
 
22 
 
O processo de envelhecimento em idades avançadas está associado a 
alterações físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais, bem como ao surgimento de 
doenças crônico-degenerativas advindas de hábitos de vida inadequados (tabagismo, 
ingestão alimentar incorreta, tipo de atividade laboral, ausência de atividade física 
regular), que se refletem na redução da capacidade para realização das atividades da 
vida diária. 
O declínio nos níveis de atividade física habitual para idoso contribui para a 
redução da aptidão funcional e a manifestação de diversas doenças, como 
consequência a perda da capacidade funcional. Neste sentido, tem sido enfatizada a 
prática de exercícios como estratégia de prevenir as perdas nos componentes da 
aptidão funcional. 
A diminuição da tolerância ao esforço físico faz com que um grande número de 
pessoas idosas vive abaixo do limiar da sua capacidade física, necessitando somente 
de uma mínima intercorrência na saúde para tornarem-se completamente 
dependentes6. A atividade física regular tem sido descrita como um excelente meio 
de atenuar a degeneração provocada pelo envelhecimento dentro dos vários domínios 
físico, psicológico e social. 
11 IMPACTO DO ENVELHECIMENTO NO ORGANISMO HUMANO 
O processo do envelhecimento, do ponto de vista fisiológico, não ocorre 
necessariamente em paralelo ao avanço da idade cronológica, apresentando 
considerável variação individual. 
 Este processo é marcado por um decréscimo das capacidades motoras, 
redução da força, flexibilidade, velocidade e dos níveis de VO2 máximo, dificultando 
a realização das atividades diárias e a manutenção de um estilo de vida saudável. 
 
 
23 
 
 
Fonte: www.pennmedicine.org 
As alterações fisiológicas de perda da capacidade funcional ocorrem durante o 
envelhecimento em idades mais avançadas, comprometendo a saúde e a qualidade 
de vida do idoso. E são agravadas pela falta de atividade física e consequentemente 
diminuição da taxa metabólica basal, associada à manutenção ou ao aumento do 
aporte calórico, excedendo na maioria das vezes as necessidades calóricas diárias. 
O processo de envelhecimento evidencia mudanças que acontecem em 
diferentes níveis: 
a) Antropométrico: caracteriza-se pela diminuição da estatura, com maior 
rapidez nas mulheres devido à prevalência de osteoporose após a menopausa e o 
incremento da massa corporal que inicia na meia idade (45-50 anos) e se estabiliza 
aos 70 anos, quando inicia um declínio até os 80 anos. Mudanças na composição 
corporal, decorrente da diminuição da massa livre de gordura e incremento da gordura 
corporal, com a diminuição da gordura subcutânea e periférica e o aumento da gordura 
central e visceral, aumentam os riscos à saúde propiciando o surgimento de inúmeras 
doenças. O declínio da massa mineral óssea relacionado com os aspectos 
hereditários, estado hormonal, nutrição e nível de atividade física do indivíduo, 
favorece para que o indivíduo esteja mais suscetível a osteoporose, 
consequentemente a quedas e fraturas. 
b) Neuromuscular: perda de 10 - 20% na força muscular, diminuição na 
habilidade para manter força estática, maior índice de fadiga muscular e menor 
capacidade para hipertrofia, propiciam a deterioração na mobilidade e na capacidade 
funcional do idoso. 
 
 
24 
 
c) Cardiovascular: diminuição do débito cardíaco, da frequência cardíaca, 
do volume sistólico, do VO2 máximo, e aumento da pressão arterial, da concentração 
de ácido láctico, do débito de O2, resultam numa menor capacidade de adaptação e 
recuperação ao exercício. 
d) Pulmonar: diminuição da capacidade vital, da frequência e do volume 
respiratório; aumento do volume residual, do espaço morto anatômico; menor 
mobilidade da parede torácica e declínio do número de alvéolos, dificultam a tolerância 
ao esforço. 
e) Neural: diminuição no número e tamanho dos neurônios, na velocidade 
de condução nervosa, no fluxo sanguíneo cerebral, e aumento do tecido conectivo 
nos neurônios, proporcionam menor tempo de reação e velocidade de movimento. 
f) Outros: diminuição da agilidade, da coordenação, do equilíbrio, da 
flexibilidade, da mobilidade articular e aumento na rigidez de cartilagem, tendões e 
ligamentos. 
 
 
Fonte: www.scicrunch.org 
12 A COEDUCAÇÃO ENTRE GERAÇÕES. O QUE PODE UMA GERAÇÃO 
ENSINAR À OUTRA? 
A organização da sociedade é determinada por uma complexa gama de fatores 
econômicos, políticos e culturais. Sabemos que o fator geração é apenas mais um 
dos muitos determinantes do comportamento social, assim como classe, gênero, 
etnia, etc. 
 
 
25 
 
Nossos ciclos de vida individuais e coletivos e as transições entre as distintas 
etapas ao longo do tempo determinam a qualidade de nossas vidas como idosos. 
Qualidade de vida na velhice é, hoje, um conceito importante no Brasil, na 
presença de maior número de idosos ativos e saudáveis na sociedade e da divulgação 
constante de informações sobre a importância de um estilo de vida saudável e da 
busca por recursos médicos e sociais que melhorem e prolonguem a vida. 
Através da educação e conscientização para um envelhecimento saudável, a 
integração Inter geracional promove uma reflexão sobre os hábitos e atitudes na 
relação entre idosos e a geração mais jovem, tais como: 
• Valores éticos fundamentais e memória cultural: onde os idosos 
transmitem sua história pessoal e a história da comunidade, permitindo aos jovens 
conhecerem suas origens e se enraizarem em sua própria cultura. 
 
 
Fonte: www.forbes.com.br 
• Educação para o envelhecimento: o velho aparece como modelo a ser 
seguido ou evitado, dependendo de seu grau de sucesso em viver satisfatoriamente 
esse período da vida, de sua própria maneira de enfrentar as dificuldades dessa fase. 
• Uma educação para os novos tempos: a geração mais jovem também 
transmite aos idosos valores e conhecimentos do mundo atual, resultando em 
posicionamentos menos conservadores em relação a assuntos polêmicos, como sexo, 
drogas, etc. 
• Domínio no manuseio de aparelhos eletrônicos e da linguagem digital: 
orientações transmitidas aos idosos, de como manejar a máquina e de como navegar 
pela rede. Vários idosos aprendem a usar computadores e outros aparelhos 
eletrônicos com seus próprios netos. 
 
 
26 
 
• Realizar pesquisas visando melhor conhecer os hábitos de vida nas 
escolas. 
• Criar programas de orientação nutricional para os alunos em saúde para 
realização de ações de educação alimentar interligadasà família. 
• Desenvolver trabalhos educativos em parceria com as escolas, 
envolvendo professores, profissionais da saúde, alunos, merendeiras e cantina. 
• Implementar ações junto à escola que desenvolvem a prática de 
atividade física junto aos alunos e a comunidade, como exemplo, elaborar encontro 
com alunos e avós – café da manhã, piquenique e programa de atividades físicas 
lúdicas. 
 
Fonte: www.ageukleicshomecare.co.uk 
13 BENEFÍCIOS RELACIONADOS À SAÚDE DO IDOSO 
 
Fonte: www.running4women.com 
 
 
27 
 
É muito importante que o cuidador saiba que o exercício físico: 
• Contribui para a manutenção e/ou o aumento da densidade óssea, 
diminuindo a velocidade da osteoporose; 
• Auxilia no controle do diabetes, da artrite, das doenças cardíacas e dos 
problemas com colesterol alto, da obesidade e hipertensão; 
• Melhora a absorção e eliminação dos alimentos; 
• Diminui a depressão; 
• Reduz a ocorrência de acidentes, pois os reflexos e a velocidade ao 
andar ficam melhores; 
• Mantém o peso corporal e melhora a mobilidade do idoso. 
14 COMO O IDOSO DEVE-SE PREPARAR PARA UMA ATIVIDADE FÍSICA? 
 
Fonte: www.jewishledger.com 
O idoso deve ser orientado quanto aos seguintes aspectos: 
• Realizar exercício somente quando houver bem-estar físico; 
• Evitar extremos de temperatura e umidade; 
• Tomar água moderadamente antes, durante e depois da atividade física; 
• Usar roupas leves, claras e ventiladas; 
• Não fazer exercícios em jejum, mas evitar comer demais antes da 
atividade física; 
• Usar sapatos confortáveis e macios; 
• Evitar fumo e o uso de sedativos; 
 
 
28 
 
• Respeitar os limites pessoais, interrompendo se houver dor ou 
desconforto; 
• Iniciar a atividade lenta e gradativamente para permitir adaptação. 
 
15 COMO DEVEM SER REALIZADAS AS ATIVIDADES FÍSICAS NO IDOSO? 
O cuidador deve saber que: 
• É recomendado que todo programa de exercícios deva ser feito com 
regularidade e continuidade, não devendo ser realizados exercícios físicos de modo 
esporádico; 
• Um bom programa de atividade física deve ser realizado no mínimo 3 
vezes por semana, por 40 a 60 minutos de cada vez; 
• Antes de exercitar-se, deve-se realizar sessão de alongamento. 
 
 
Fonte: www.harisfitnesscoach.co.nz 
LEMBRE-SE: 
Toda atividade física realizada na terceira idade deve ser feita sob controle 
médico, principalmente naquelas pessoas não habituadas a exercícios 
regulares. Muitas vezes há necessidade de se realizar testes cardíacos para 
avaliação da função cardiovascular. Converse com um professor de educação 
física para saber quais modalidades, frequência, intensidade e duração mais 
indicadas. Atividade física exagerada é sempre prejudicial. 
 
 
29 
 
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