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APX2 LP2 2020 1 (1) lingua portuguesa 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD Avaliação Presencial Excepcional 2 (APX2) – 2020.1
PRAZO FINAL PARA POSTAGEM: 06/06 – 10h
Disciplina: Língua Portuguesa na Educação 2 
Coordenadora(o): Cláudia Cristina dos Santos Andrade
Aluno(a): 	
Matrícula: 	Polo: 	
 Caro(a) aluno(a), antes de realizar as questões, observe as seguintes instruções:	
. preste atenção ao que é solicitado no enunciado das questões;
. procure não deixar nenhuma questão em branco;
. utilize a modalidade padrão da língua, reconhecidamente a mais adequada a textos científicos, em textos claros, coerentes e coesos.
QUESTÃO 1(4 pontos, 2 pontos cada )
Em nossa coletânea, discutimos que elementos linguísticos revelam o posicionamento do autor e nos permitem diferenciar o que é uma informação(fato) de um argumento e/ou opinião. Em tempos de produção intensiva de fake news e muita desinformação, a confusão entre fato/argumento pode ter consequências dramáticas para a vida em sociedade. Nesta prova utilizaremos estes conceitos para discutirmos a prática de ensino de LP. Para isso, temos três textos-base. O primeiro é parte de um plano de aula1 para discutir o assunto em turmas de Ensino Médio.
Boa Prova!
TEXTO 1
fa·to|ct| (latim factum, -i, aquilo que se fez, façanha, proeza, ato)
substantivo masculino
1. Coisa realizada. = ATO, FEITO
2. Acontecimento.
3. Sucesso.
4. Assunto (de que se trata).
5. Lance.
"fato", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013 http://www.priberam.pt/dlpo/fato [consultado em 20-11-2014].
o·pi·ni·ão (latim opinio, -onis) 
substantivo feminino
1. Modo de ver pessoal. = IDEIA
2. Juízo que se forma de alguém ou de alguma coisa.
3. Adesão pessoal ao que se crê bom ou verdadeiro. = CONVICÇÃO, CRENÇA
4. Manifestação das ideias individuais a respeito de algo ou alguém (ex.: dar a sua opinião). = PARECER, VOTO
5. Credo político. (Usado também no plural.) = CRENÇA
"opinião", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/opini%C3%A3o[consultado em 20-11-2014].
Como podemos perceber, a partir da definição de “fato”, trata-se de um acontecimento, algo realizado, algum feito. Já a opinião é o modo pessoal (individual) de encarar algum fato.
Nos textos, as opiniões são expressas por meio de adjetivos, locuções adjetivas e expressões que revelam o posicionamento do autor do texto em relação ao fato que esteja sendo discutido.
1 disponível em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=58809
TEXTO 2
Bem-vindos à Era da Confusão
Tecnologia, fake news e viralização mudarão a democracia para sempre. Tentar voltar aos velhos tempos é arriscada ilusão (disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/06)
OLIVER STUENKEL
6 AGO 2018 –
Na semana passada, uma eleição presidencial que deveria ter como marca a volta da democracia ao Zimbábue terminou em confusão quando contas falsas no Twitter, no Facebook e no WhatsApp disseminaram resultados contraditórios. O país inteiro chegou a presenciar comemorações espontâneas pela vitória dos dois candidatos, o que resultou em confrontos violentos. Em um clima geral de desconfiança, até observadores internacionais não sabiam onde obter informações confiáveis. Toda essa situação permite prever que o próximo governo enfrentará uma crise de legitimidade desde seu primeiro dia.
Na Índia, o governo empreende verdadeira batalha contra uma onda de linchamentos depois que rumores falsos viralizaram no WhatsApp sobre supostos sequestradores de crianças. Nacionalistas interessados em atiçar o ódio religioso usam a plataforma para aprofundar a polarização, que também tem resultado em linchamentos. Em resposta, o WhatsApp limitou a 20 pessoas por vez, o número de contatos para os quais cada usuário pode encaminhar mensagens, buscando, assim, atrasar a viralização das notícias. A medida é mero paliativo, uma vez que as pessoas tenderão a buscar outros aplicativos sem essa limitação.
Nos Estados Unidos, em vista das eleições legislativas de novembro, o Facebook tem se esforçado para reagir a um amplo ataque de fake news. Estima-se que 40% dos eleitores dos EUA foram expostos a notícias falsas durante a eleição presidencial de 2016. Em uma reviravolta inesperada, agora elas se voltam contra o presidente Donald Trump. O objetivo dos propagadores de fake news, muitos dos quais vivem na Rússia, não é apoiar um candidato ou outro, mas gerar confusão generalizada, polarização e desconfiança na própria democracia. (...). Nunca antes a democracia dos EUA enfrentou ameaça tão séria.
Na Grã-Bretanha, 52% dos eleitores votaram por deixar a União Europeia em 2016, atraídos por uma enxurrada de informações falsas disseminadas por nacionalistas oportunistas. Em uma pesquisa recente, uma porcentagem semelhante dos britânicos disse acreditar que os desembarques na Lua de 1969 a 1972 eram falsos. A triste ironia é que, pela primeira vez na história, a maioria dos cidadãos pode carregar no bolso todo o conhecimento do mundo, mas, ao mesmo tempo, nunca esteve tão vulnerável a informações falsas.
Engana-se quem pensa que algumas mudanças nas leis e ajustes técnicos podem resolver a situação e permitir que tudo volte a ser como antes. A humanidade testemunha os primeiros momentos de uma nova era em que todo o relacionamento com a informação - e a realidade como um todo - mudará de maneira hoje inimaginável. A democracia, tal como se concebe hoje, dificilmente sobreviverá a essa transformação.
Basta considerar duas grandes tendências. A primeira: apenas cerca de 50% da população mundial tem acesso à internet hoje. Nos próximos anos, a outra metade, potencialmente ainda mais vulnerável a notícias falsas, também poderá participar do debate online. Por exemplo, muitos aplicativos populares no mundo em desenvolvimento concentram-se apenas em mensagens de voz, já que parcela considerável de seus usuários não sabe ler nem escrever, dificultando ainda mais a identificação de informações falsas.
A segunda: o desenvolvimento de ferramentas baseadas em inteligência artificial, capazes de manipular ou fabricar vídeos, arquivos de áudio e fotos falsas - as chamadas deep fakes - ampliará consideravelmente a dificuldade de separar fato de ficção, o que fará as fake news de hoje parecerem brincadeira de criança.
Daqui a alguns anos, um smartphone será suficiente para simular uma sequência de notícias, como as da CNN, por exemplo, na qual a perfeita imitação da voz de um apresentador famoso reportaria um golpe militar em Washington ou um anúncio da Casa Branca sobre uma guerra iminente, sem meio técnico para confirmar ou negar sua veracidade. Em uma futura eleição presidencial no Brasil, não será mais necessário atacar os concorrentes - pode-se simplesmente produzir um vídeo em que o rival promete que, se eleito, encerrar o programa Bolsa Família, eliminar a propriedade privada ou qualquer absurdo que o faça perder apoio. Confusos e desconfiados, os cidadãos se refugiarão ainda mais em suas bolhas aparentemente seguras, isolados em relação a qualquer tipo de debate público.
Heather Bryant, jornalista afiliada à Universidade Stanford, escreveu recentemente que jornalistas, mesmo nos melhores jornais do mundo, estão totalmente despreparados para distinguir fato de ficção ao analisar deep fakes. Para complicar ainda mais a situação, há evidências crescentes de que internautas parecem realmente preferir notícias falsas: em um estudo recente de Soroush Vosoughi, um pesquisador do MIT, conclui que as informações falsas têm 70% mais chances de serem retuitadas do que notícias verdadeiras.
O impacto na política externa será igualmente expressivo. O interminável ciclo de notícias falsas e a rápida disseminação de opiniões extremas (ou, por exemplo, falsos vídeos de atrocidades cometidas por outro país) reduzirão o espaço de negociações tranquilas para se chegar a compromissos aceitáveis para todos os envolvidos.Em 1945, delegados de 50 países se reuniram em São Francisco para desenhar a ordem global pós-Guerra. Foram oito semanas de negociação, com poucas interrupções. Hoje, o mesmo seria praticamente impossível. A necessidade de adotar posições em minutos, instantaneamente acessíveis em todo o mundo, afeta a capacidade da diplomacia de reduzir o risco de conflitos.
O debate sobre como salvar a democracia acabou de começar. Não existem soluções fáceis, e há anos de tentativas e erros dolorosos adiante - como testemunhado hoje no Zimbábue, na Índia, nos Estados Unidos, no Reino Unido e em tantos outros países. O único erro que não se pode cometer é fingir ser possível, de alguma forma, voltar aos velhos tempos.
TEXTO 3
Especial educação: enquanto colégios apostam em aplicativos, outros evitam usar computadores
Fora dos muros da escola, cada vez mais crianças trocam o parquinho pelo celular e computador. Dentro do meio acadêmico, porém, o uso de tecnologia ainda é um tema polêmico.
De um lado, colégios como o Equipe Grau buscam se atualizar. A instituição instalou quadros interativos em 49 salas das três unidades, duas em Nova Iguaçu e uma em Nilópolis. A tecnologia permite que o professor projete uma tela de computador no quadro e utilize canetas especiais para explicar a matéria.
O professor pode mostrar vídeos para complementar a matéria e abrir o Google Maps. O aluno vai a Roma sem sair da cadeira. E a imagem do quadro pode ser enviada por e-mail — afirmou o diretor do Equipe, Iury Monteiro. Os professores gostaram da novidade. Para Henrique Gaio, que ensina história para o 3º ano do ensino médio, as aulas ficaram mais dinâmicas:
· Estudamos ditadura militar e mostrei imagens da violência e músicas de festivais da época. Os alunos aprovam:
· Agora, presto mais atenção — disse Nathália Tostes, aluna do 9º ano.
O quadro facilitou o ensino, mas os alunos ainda têm trabalho. Eles precisam dar suporte técnico aos professores menos íntimos com o mundo digital.
Aulas com atividades mais lúdicas
Nova Iguaçu tem uma das únicas escolas do estado que aplicam a pedagogia Waldorf — o Recanto do Fazer. Lá, computadores só entram no ensino médio, e com ressalvas.
· Ensinamos os alunos a conhecerem a máquina para dominá-la, e não o contrário. Antes disso, a tecnologia é nociva, porque obriga as crianças a agirem logicamente, tornando-as precoces — disse Anderson de Souza, um dos diretores da unidade.
Na pedagogia Waldorf, as crianças até 7 anos fazem atividades mais lúdicas. O dia a dia na sala é menos tradicional, e os professores cantam, fazem pão e contam histórias. Dos 7 aos 14 anos, os conteúdos são passados por meio da música e de outras formas artísticas. Só no ensino médio é que passam a ter aula com especialistas.
· Gosto de ler e brincar. Meus pais não me deixam ter Facebook — contou Vitória Santana, de 10 anos
......................................................................................................................................................................
A) Qual(is) dos três textos pertence(m) à esfera jornalística? Justifique sua resposta, indicando as características mais importantes. 
 
Em qual(is) dos três textos opinar sobre algum assunto de atualidade é a tendência predominante? Justifique sua resposta, transcrevendo um trecho do texto escolhido que fundamente sua opinião. 
 
QUESTÃO 2 (6 pontos)Os artigos de opinião jornalísticos, entre outros gêneros de textos argumentativos, orais e escritos, são importantes instrumentos para a formação do cidadão. Aprender a ler e a escrever esse tipo de texto na escola contribui para desenvolver a capacidade de participar, com argumentos convincentes, das discussões sobre as questões do lugar onde se vive e, mais do que isso, formar opinião sobre elas e contribuir para resolvê-las.(GAGLIARD, AMARAL e apud Aula Extra 2, p.2)
Planeje uma sequência de três atividades sobre a diferença entre fato e opinião, a partir da leitura do texto 3, para uma turma de 5º ano de escolaridade. Observe os seguintes tópicos:
1. As atividades deverão ser planejadas para serem desenvolvidas em um único dia de aula ou para dias diferentes. Observe a coerência entre elas e a perspectiva discursiva- dialógica, tal como estudada durante a disciplina. (1 pt)
2. O plano de atividades deverá conter: justificativa teórica, com base no texto da aula extra 2(1pt), descrição das atividades(3pts) e tempo necessário para a realização de cada uma delas(1pt)
3. Em uma das atividades, apresente um outro texto para ser lido por/com a turma, definindo o gênero textual escolhido e sua finalidade(1pt).

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