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21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/22 O Mundo do século XX e a Teorias das Relações Internacionais Prof.: Ronaldo Ramos Introdução O século XX foi marcado pelas duas maiores conflagrações mundiais, pelo conflito ideológico (capitalismo x socialismos), por revoluções e crises de todas as ordens, pela extraordinária expansão econômica, por profundas transformações sociais, por impérios e hegemonias, entre outros relevantes acontecimentos como o vultuoso desenvolvimento tecnológico percebido desde a I Guerra Mundial, que somado ao encurtamento das distâncias[i], abriu as portas para uma crescente transnacionalização das relações econômicas, sociais, políticas e culturais que ocorreram no mundo e acabou por tornar indefinidas as fronteiras das políticas interna e externa dos Estados. Esses acontecimentos, cada um a seu tempo, começaram a imprimir, já a partir da primeira Guerra Mundial, uma nova configuração ao sistema internacional que fora moldado no século XVII. Mas o século XX é também marcado pela evolução da Teoria das Relações Internacionais que se ocupa em analisar com mais clareza esse emaranhado conjunto de relações que se processa no mundo atual. O conhecimento acumulado das relações internacionais até o início do século XX, deu sustentação para que novas proposições, agora com um caráter científico, fossem elaboradas na medida que a política internacional dava rumos ao mundo mediante a velhos e novos acontecimentos, e se exigia, portanto, explicações mais consistentes da realidade. A Teoria das Relações Internacionais se consolida tendo a política internacional como objeto de estudo. A política internacional, por sua vez, se caracteriza assim, num conjunto de práticas, freqüentemente envolvendo o uso da força efetiva ou ameaçada, através das quais os Estados se relacionam. A Teoria das Relações Internacionais então, na definição de Castro, caracteriza-se em agrupar as proposições pela qual os Estados regulam tais práticas. Relativamente ao que podemos considerar política internacional através da história, Castro acrescenta que: “...é preciso considerar que esta expressão se refere a uma forma específica de institucionalização da política, que se tornou preponderante a partir do século XVII na Europa, propagando- se para praticamente todo o mundo subseqüentemente, e que hoje passa por transformações importantes”[ii]. Guimarães observa que, em sua fase inicial, os estudos acadêmicos de Teoria das Relações Internacionais se ocupavam em questões de “natureza substantiva, como diplomacia, política do poder ou problemas da paz e da guerra, alianças e intervenções militar, e refletiam freqüentemente preocupações prescritivas ou normativas” [iii]. http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn1 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn2 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn3 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/22 Contudo, a sofisticação teórica e metodológica que se foi empreendendo na construção dos estudos permitiu a apreciação de problemas mais analíticos, assim como, das relações entre dois ou mais fenômenos de ordens diferentes, tais como: relação entre poder e segurança, entre poder econômico e militar, entre organizações internacionais e estratégias de governos, entre outros. Como resultado desta evolução acadêmica, podemos perceber a definição de algumas sub-áreas de estudo dentro das Relações Internacionais, como por exemplo: a política externa dos Estados, a economia política internacional, a segurança internacional, a proliferação e controle de armamentos, os regimes e organizações internacionais, a integração regional, entre outros. De modo mais abrangente é perceptível que essas questões, agora compondo de forma segmentada à Agenda internacional, extrapolam, transcendem o âmbito interno e mesmo o controle de um único Estado. Nesse sentido, Guimarães pondera que para essas questões. “...o estudo e tratamento exigem cooperação internacional e freqüentemente multidisciplinar, como é o caso do narcotráfico, da poluição e degradação do meio-ambiente, questões amplamente debatidas na Rio –92, dos direitos humanos, objetos da Convenção de Viena de 1993, do papel da mulher (ou questão do gênero) no novo cenário internacional, debatido em Pequim em 1994, dos problemas relacionados com a população, examinados no Cairo em 1995, da questão da habitação, analisada em Copenhague em 1996, e outros”[iv] Contudo, somente o conjunto agentes e as questões que compõem a estrutura do estudo de Relações Internacionais até aqui abordados, não dão conta de explicar a evolução das Teorias das Relações Internacionais. É necessário considerar também que a análise do conjunto agentes e suas interações se processam por meios de teorias. Teorias, no pensar de Rocha, resultam dos esforços intelectuais em produzir interpretações científicas da realidade a partir da reflexão sistemática sobre agentes e processos no contexto das relações internacionais. Considerando a complexidade inerente ao sistema internacional, nenhuma teoria, individualmente, interpreta de forma cabal a realidade internacional, podendo, portanto, serem consideradas “imperfeitas no sentido de que raramente são consideradas, mesmo por seus autores, feitas, completas e acabadas”[v]. http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn4 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn5 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/22 Na medida em que reforça um entendimento óbvio, nem por isso às vezes lembrado, de que as “teorias são construções humanas”, Rocha pontua que o exercício mental de analistas para produzir conhecimento sobre um mesmo fenômeno observável na realidade internacional, acabou por engedrar diferentes discursos teóricos no campo de estudo das Relações Internacionais. Dito isso, podemos acrescentar que o campo de estudo das Relações Internacionais se caracteriza por um pluralismo teórico, o que significa dizer, que este, aceita a coexistência de vários discursos teóricos nem sempre antagônicos, mas em sua grande maioria complementares, nos permitindo assim, conferir análises mais inteligíveis da realidade internacional. 1. A cooperação e as organizações internacionais a luz de alguns dos principais Discursos no Campo das Relações Internacionais Como abordado anteriormente, o pluralismo teórico inerente Relações Internacionais possibilitou, desde a sua consolidação como campo de estudo, o desenvolvimento de diferentes estudos e interpretações da realidade internacional, dada à percepção dos fatos para cada analista e a dinâmica das relações entre os agentes. Mas não vamos discutir aqui a validade lógica dos muitos discursos dos quais analistas, desde da primeira metade do século passado, lançaram mão para conferir sentido a realidade. Desse modo, nos ateremos aqui tão somente a identificar a visão de cooperação e organizações internacionais, a partir do prisma de dois importantes debates das Teorias das Relações Internacionais: idealismo e realismo e realismo e interdependência. 1.1. A visão da cooperação e as organizações internacionais nos prismas Idealista e Realista O resultado destruidor da Primeira Guerra Mundial como o número de vitimas civis e militares, o nível de violência e a extensão do conflito impulsionaram o desenvolvimento das Relações Internacionais como campo de estudo científicoa partir de uma percepção de um mundo ideal da qual se pretendeu pautar as relações internacionais desde então, percepção esta que ficou denominada de idealismo. Os famosos 14 pontos de Wilson, como ficou conhecido, marca o surgimento do idealismo contemporâneo que vislumbrava a possibilidade de superação do “estado de natureza” em que se encontravam os Estados - conflito armado e 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/22 hostilidades - e a construção de uma nova ordem jurídica internacional através de uma espécie de pacto social mundial. Essa nova ordem, segundo a visão idealista, deveria se regimentada por organizações internacionais capazes de fazer prevalecer os princípios éticos e preceitos morais refreando assim os nacionalismos exacerbados e a desconfiança generalizada. Por conseguinte, “assegurar-se-iam a ordem e a paz entre as nações com a utilização de instrumentos jurídicos para dirimir os conflitos de interesses”[vi]. Em linhas gerais as principais preocupações condensadas nos 14 pontos de Wilson passavam pela “supressão da diplomacia secreta, liberdade dos mares, limitação dos armamentos, remoção das barreiras comerciais, reajustamento dos territórios, fim da exploração colonial e criação de uma Sociedade das Nações”[vii]. Dando realidade a algumas das idéias veiculadas nos “projetos de paz perpétua” dos séculos anteriores, foi criada a “Liga das Nações” uma organização política interestatal permanente a fim de oferecer garantias mútuas de independência política, integridade territorial e preservação da paz. Nas palavras de Castro[viii] “a esperança de Wilson era que a cooperação internacional através do direito internacional repassado de um moralismo idealista pudesse oferecer os meios pra a manutenção de uma paz duradoura”. O idealismo encontra seu momento de maior aceitação no período entre-guerras. Importantes publicações de autores e estudos contribuíram para o desenvolvimento inicial da Relações Internacionais como campo de estudos. Identificar as causas da guerra e buscar caminhos para a paz eram preocupações iniciais que, depois estiveram voltadas também para questões como os problemas de segurança, desarmamentos, imperialismo e suas conseqüências, negociação diplomática, balança de poder, geopolítica, etc[ix]. Mas os fatos que se sucederam pareciam contradizer as esperanças idealistas. No entender de Belli[x], tem se que “...a história conturbada [da Liga das Nações] não demonstrou outra coisa senão o triunfo da desconfiança recíproca e dos nacionalismos exacerbados sobre o idealismo wilsoniano.” Mesmo dominando os discursos políticos e acadêmicos nesse período, as propostas idealistas não vieram a se concretizar, sendo a evidência fática disso o novo conflito mundial. O fracasso eminente do idealismo na política internacional veio com a conflagração de uma Segunda Guerra Mundial em 1939, esta de proporções ainda maiores que a Primeira. O idealismo perdia ali sua capacidade de persuasão e ficou exposto diante às críticas de intelectuais realistas que “atingiu o que se considerou o caráter ingênuo e normativo do idealismo”[xi], sobretudo a partir do momento em que foi publicado o livro The Twenty Years´ Crisis, 1919 – 1939, de Edward Carr. A partir dessa publicação, a visão teórica realista da política internacional ganha força. A obra de Carr tornou-se a referência e inicia o debate entre idealista e realista. Conforme ressalta Castro[xii] é esta obra que emblematiza o começo do estudo “científico” das Relações Internacionais, marcando assim o início da tradição da Teoria das Relações Internacionais. A deflagração da Segunda Guerra Mundial contrapôs o argumento realista às propostas idealistas de cooperação através de instituições calcadas em princípios http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn6 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn7 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn8 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn9 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn10 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn11 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn12 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/22 éticos e morais como base do convívio internacional pacífico. O debate entre o idealismo e realismo ocorreu entre o final da Segunda Guerra Mundial e meado dos anos 1950. Observa-se nas raízes remotas do pensamento realista as obras já citadas de Maquiavel (O Príncipe) e T. Hobbe (Leviatã). No entanto, além de Carr, outros autores realistas se destacaram e constituem peças fundamentais para a consolidação do realismo nos anos que se seguiram à guerra como Hans J. Morgenthau (1904 – 1980) [xiii]. A visão realista de mundo postula os Estados como os principais agentes do sistema internacional e a sua interação consistem no mais importante processo em curso nas relações internacionais, entendendo, por conseguinte, que “todos os outros processos, assim como o comportamento de todos os outros agentes, são influenciados, direta ou indiretamente, em maior ou menor grau, pelas relações de poder existentes entre os Estados soberanos no plano internacional”[xiv]. Dessa forma as Organizações Internacionais, no contexto realista, é menor de importância, em virtude de estarem limitados aos poderes dos Estados e à supremacia da força militar. O sistema internacional, por sua vez, é entendido como sendo anárquico e conflitivo em que nenhum Estado reconhece em outro a capacidade de estabelecer regras e de faze-las cumprir no plano internacional. Ademais, o processo político era visto como uma luta pelo poder e pelo recorrente uso da forças. Nesse sentido, se atribuiu aos Estados um comportamento racional, capaz de estabelecer uma hierarquia de objetivos coerentemente com os interesses nacionais, que era segundo essa visão, uma preocupação constantes com a preservação de sua soberania e de sua segurança em detrimento das relações econômicas, ações de cooperação. Dessa maneira, o realismo político compreende as relações internacionais como sendo determinadas por elementos de segurança e militarização. No entender de para Castro[xv] a característica preponderante dessa visão é a justificação do uso da força, seja como condição inevitável da vida em sociedade, seja como meio de se atingir a paz no mundo. Em ascensão, o realismo passa a influenciar formuladores de política externa, sobretudo os da política externa americana nos anos 50, à medida que segundo Belli[xvi] “...parecia refletir não uma conjuntura passageira ou um momento de tensão, mas toda a história da humanidade marcada por conflitos armados e disputas variadas”. http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn13 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn14 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn15 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn16 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/22 Embora como se pode verificar que os primeiro pressupostos do realismo (clássicos) fossem flexibilizado a partir de pesadorescom Waltz e depois com Gilpin, ambos autores de uma linhagem neo-realista[xvii] da década de 70, com o decorrer do tempo, as características principais da política internacional defendidas pelo realismo – Estado como agente principal; sistema internacional anárquico; processo político: uma luta pelo poder; o uso sistemático da força como meio de solução de conflito – começam a serem questionadas, dando margem para que a partir de então, as relações internacionais fossem analisadas como um conjunto mais complexo de novos atores e processos. O realismo se revela realmente frágil quando manifesta uma vaga noção de uma natureza humana essencialmente egoísta e imutável, que na condição de crença não se presta à comprovação científica. Nesse sentido, refletindo as características fundamentais dos dois debates discutidos até aqui, Belli ressalta que: “Se é verdade que o idealismo enfatizou a possibilidade de cooperação e a convergência em detrimento da dimensão do conflito, não é menos verdade que os teóricos realistas clássicos desprezaram em suas análises a questão da cooperação, deixando de lado uma dimensão igualmente importante das relações internacionais” [xviii]. Além disso, as transformações no cenário internacional do século XX como vimos a pouco, tornaram inegável a importância das grandes corporações transnacionais para as economias domésticas e a influência das organizações internacionais de fórum multilateral e das organizações não-governamentais na política internacional. Agora, os Estados estavam deixando a condição de únicos e mais importantes atores da cena internacional e passaram a dividir espaço no cenário internacional com novos atores. Da mesma forma, questões de segurança e militarização que encabeçavam a agenda da política internacional aos poucos foram perdendo lugar na pauta para questões que ganharam papel de maior elevo no cenário internacional contemporâneo como relações econômicas, financeiras, sociais e culturais. 1.2. A Interdependência: cooperação e organizações internacionais A teoria da interdependência surge como uma tentativa de dar respostas mais satisfatórias a uma realidade internacional em acelerado processo de transformação. Sem descartar a contribuição realista, os precursores da teoria da interdependência Robert O. Keohane e Joseph S. Nye, no início dos anos 70, com livro Poder e Interdependência[xix], constroem um programa de pesquisa mais abrangente, em que há espaço para o desenvolvimento de análises que focalizam http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn17 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn18 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn19 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/22 agentes distintos do Estado nacional e processos outros, complementares ao problema da segurança, estabelecendo um contraste com a abordagem realista. Para essa análise os autores partem do que eles percebiam como transformações reais da política internacional. Tais transformações, nesse sentido, seriam as conseqüências de medidas adotadas pela política internacional desde o período entre guerras. Mesmo antes do fim da Segunda Guerra Mundial, as potências vencedoras imbuídas de esforços de institucionalização da política internacional desenvolveram uma rede de organizações internacionais com vistas a promover a cooperação multilateral em diferentes áreas. Entre as mais importantes, figurava a Organizações das Nações Unidas (ONU) e outras a ela relacionada como a FAO, a OIT e OMS e as agências do chamada “sistema Bretton Woods”, quais sejam: o Fundo Monetário Internacional (FMI) o Banco Mundial (BIRD) e por fim, também em instância multilateral de cooperação comercial, o Acordo Geral sobre tarifas Comércio (GATT- General Agreement on Tariffs and Trade), substituído em 1995 pela Organização Mundial do Comércio[xx]. Outros complexos acordos foram sendo estabelecidos a partir de então em áreas específicas de cooperação internacional como parcerias para administração de alta tecnologia e cooperação para uso de diversos recursos naturais[xxi]. O efeito desse processo se traduziu em um intenso fluxo de conhecimentos e informações que no entender de Castro[xxii] “passaram em grande parte a balizar e distribuir autoridade e estruturar instâncias de negociação, de maneira a influenciar extensamente o jogo da política e da economia internacionais”. Da mesma maneira o gigantesco aumento das transações transfronteiriças (fluxo de capitais, bens, pessoas, etc.), e a presença de atores não estatais como as transnacionais, igrejas e organizações não-governamentais (ONGs) participando nos processos da política e da economia internacionais, também alterava a realidade internacional. Desta forma, as sociedades criaram canais múltiplos de contato fazendo com que alguns importantes processos em curso nas relações internacionais contemporânea nem sempre passassem pelo controle estatal. Os pressupostos realistas se revelaram insuficiente para explicar os complexos eventos que agora dominavam a agenda política internacional contemporânea. Reconhecendo tal insuficiência do modelo realista, mas não o descartando totalmente, Keohane e Nye concebem uma agenda internacional aberta, complexa e composta de uma ampla variedade de objetivos, sem estar no entanto, subordinada uma hierarquia temática no sentido de que a segurança militar seja vista, a princípio, como tema mais relevante. A agenda internacional é considerada aberta por admitir temas de diversas ordens e interesses; e complexa ao estabelecer conexões variáveis, como por exemplo, entre questões de segurança nacional e questões econômicas ou tecnológicas e entre questões de política interna e política externa podendo ocorrer diferentes coalizões entre, dentro e fora de governos ou instituições. http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn20 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn21 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn22 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/22 Observaram também a existência de múltiplos canais de comunicação e influência entre sociedades cujas interações vão desde a informalidade entre autoridade e entre atores privados até relações interestatais formais. Desse modo existe a necessidade de analisar o papel desempenhado por outros agentes, que não o Estado, por os considerarem determinantes em alguns processos em curso nas relações internacionais, sendo que em determinados casos, “dependendo da tecnicidade associada às decisões, tais agentes desempenham papel tão relevante quanto o dos Estados”[xxiii] Ao mesmo tempo em que admite uma nova e agenda e novos agentes, a nova teoria tem por base o ‘conceito de interdependência’ como resultado das transações entre estes. A interdependência não se refere simplesmente a uma interconexão, mas sim, a uma “dependência mútua”, ou “uma situação em que atores são afetados, de formas potencialmente custosas, pelas ações de outros”[xxiv]. Dentro dos argumentos de Keohane e Nye, existem duas dimensões da interdependência: a “sensibilidade” e a “vulnerabilidade” a qual ficam sujeitos agentes à mudanças entre si. A “sensibilidade” à mudança são os ajustes realizados em políticas locais, em reflexos de alterações de fatores externo. A “vulnerabilidade” corresponde a custos impostos por eventos externos na qual estão sujeitos os agentes mesmo depois de ter alterado políticas. Isso significa dizer, segundoos autores dessa teoria, que nas relações interdependentes entre dois ou mais agentes, não necessariamente, resultará em vantagens a todos os envolvidos, uma vez que nada assegura que as relações consideradas interdependentes sejam caracterizadas por benefícios mútuos, “isso dependerá do peso dos atores e também da natureza da relação”[xxv]. Os diferentes agentes não possuem igual capacidade de influenciar a evolução dos acontecimentos no plano internacional. Desse modo, a interdependência se caracteriza por ser essencialmente assimétrica à medida que afeta os agentes de formas diferentes, exatamente por não gozarem, estes, do “mesmo grau de desenvolvimento socioeconômico e não controlarem os mesmos recursos naturais, geográficos, financeiros e militares”[xxvi]. Tais assimetrias geram disputas entre os agentes nos diferentes processos em curso nas relações internacionais, cujos resultados não são determinados pelo poder militar e o emprego da força da visão realista, mas pela manipulação dos próprios fatores de interdependência. É a partir dessas assimetrias, ou seja, das sensíveis diferenças entre os agentes nas áreas militar, econômica, industrial, entre outras que Keohane e Nye opõem o conceito de interdependência ao conceito realista de “poder”, essencialmente relacionado ao uso da força, ao afirmarem que: “São ‘assimetrias’ de dependência que mais provavelmente oferecerão fontes de influência para os atores nas relações que estabelecem entre si. Atores menos dependentes podem muitas vezes utilizar as relações de interdependência como uma fonte de poder na negociação relativa a uma questão e talvez para exercer influência em outros problemas...Concluímos que um início http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn23 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn24 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn25 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn26 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/22 promissor nas análises políticas da interdependência internacional pode ser o de conceber as interdependências assimétricas como fontes de poder para os atores”[xxvii]. O quadro mais complexo de agentes assimétricos e as novas fontes de poder percebidas pela interdependência fazem com que diferentes agentes sejam capazes de controlar a evolução e o resultado dos principais processos em curso no plano das relações internacionais. Assim, em alguns casos conforme o tema que se estiver negociando, as organizações internacionais (governamentais ou não), agentes sociais e mesmo representantes do setor privado terão maior ou menor capacidade de inserir temas na agenda internacional, interferir na formulação de política exterior dos Estados, controlar processos, etc. Em outros casos, as decisões mais importantes ficam por conta dos Estados. Esse quadro fortaleceu a atuação de outros agentes nos processos em cursos no plano internacional, sobretudo dos Estados mais fracos, e principalmente no âmbito das organizações internacionais. Para os interdependêntistas as organizações internacionais estabelecem agendas, induzem a formação de coalizões e funcionam como facilitadores da ação política dos Estados fracos. A capacidade para eleger o foro adequado para um problema e para mobiliar votos é importante resultado político. As regras são negociadas sob a apreciação dos membros e, no processo de aprovação e implementação destas, os Estados mais fracos, através de colisões, tentam fazer prevalecer seus objetivos ou mesmo obter resultados menos custosos. A teoria da interdependência, por assim dizer, passa então dar melhores explicações à nova realidade internacional e aos processos nela observado, nutrindo-se da “valorização das organizações internacionais, de atores privados participantes em processo de cooperação econômica, técnica ou política e de processos políticos domésticos, que passaram a ser vistos como relevantes para explicar as mudanças na política internacional”[xxviii]. O estudo dessa teoria não se limita aos argumentos aqui apresentados. Haja vista que a apreciação desta teoria que valoriza os atores não estatais, instituições (governamentais ou não), a cooperação entre agentes e uma ampla agenda de relações internacionais desembocam em uma outra agenda de pesquisa a dos “regimes internacionais” na qual não nos ocupamos aqui. [i] “qualquer lugar do mundo, atualmente, está a menos de dois dias de distância de qualquer outro, por avião a jato, e um míssil teleguiado vence qualquer distância a menos de quarenta minutos”. Deutsch, 1982, p.10. [ii] Castro, 2001, p.10. [iii] Guimarães, 2001, p. 10. [iv] Id., ibid.. [v] Rocha, 2002, p. 40. [vi] Belli, 1994, p.14. [vii] Id., ibid. [viii] Castro, 2001, p.14. http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn27 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_edn28 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref1 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref2 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref3 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref4 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref5 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref6 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref7 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref8 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/22 [ix] Guimarães, 2001, p. 24. [x] Belli, 1994, p.15. [xi] Id. p. 15. [xii] Castro, 2001, p. 15. [xiii] Guimarães, 2001, p. 44. [xiv] Rocha, 2002, p. 266. [xv] Castro, 2001, p.16. [xvi] Belli, 1994, p.17. [xvii] Para discussão sobre um aperfeiçoamento da abordagem realista, ver Belli, 1994, cap. 1. [xviii] Belli, 1994, p.18. [xix] Keohane & NYE, 1988 [1977] [xx] O GATT foi instituído no momento em que o Congresso Americano não ratificou a Carta de Havana que estabeleceria a Organização Internacional do comércio (ITO). Para uma melhor discussão sobre o GATT e OMC ver Ramos, 2004 pp.147-178. [xxi] Castro, 2001, p. 23. [xxii] Id., ibid. [xxiii] Rocha, 2002, p. 273. [xxiv] Keohane, 1992, p.167. [xxv] Id., ibid.. [xxvi] Junior, 2001, p. 25. [xxvii] Keohane, Robert O.;NYE, Joseph S,1977 apud Keohane, 1992, p.167. [xxviii] Castro, 2001, p. 24 - 25. Referências Bibliográficas ARAÚJO, Luis I. A. Das organizações internacionais. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2002. BELLI, Benoni. Interdependência assimétrica e negociações multilaterais: o Brasil e o regime internacional de comércio (1985 a 1989). Campinas, 1994. 142p. (Dissertação de Mestrado) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. CASTRO, Marcus F. De Westphalia a Seatle: a teoria das relações internacionais em transição. Cadernos do Rel. nº 20, 2º SEM. Brasília, 2001. DEUTSCH, Karl W. Análise das relações internacionais. 2ª Ed. Brasília: UnB, 1982. 343 p. (Coleção Pensamento Político) http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref9http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref10 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref11 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref12 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref13 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref14 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref15 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref16 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref17 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref18 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref19 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref20 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref21 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref22 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref23 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref24 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref25 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref26 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref27 http://adm.online.unip.br/fckeditor/editor/fckeditor.html?InstanceName=FCKeditor1&Toolbar=DisciplinaOnline#_ednref28 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/22 DIAS, Reinaldo. As primeiras teorias de comércio exterior: o mercantilismo. In Reinaldo Dias e Waldemar Rodrigues (orgs.), Comercio exterior: teoria e gestão. São Paulo: Atlas, 2004. pp.15-64. GUIMARÃES, Lytton L. Relações internacionais como campo de estudo: discurso, raízes e desenvolvimento, estado da arte. Cadernos do Rel. nº 17, 2º SEM. Brasília, 2001. HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: O breve século XX 1914-1991. 2ª Ed. São Paulo. Companhia das Letras. 1995. HOBBES, Thomas. Levitã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. 4ª Ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. 317 p. (Coleção os Pensadores). JUNIOR, Roberto DS., 2002, Poder e interdependência: novas perspectivas de análises das relações internacionais, Cena Internacional, Ano 4, Nº 2, Dezembro. KEOHANE, Robert O. Soberania estatal e instituições multilaterais: resposta à interdependência assimétrica. Trad. Álvaro de Vita. In José Álvaro Moisés (org), Rio de janeiro: Paz e Terra, 1992. pp.165 – 191. KEOHANE, Robert O.; NYE, Joseph S.. Poder e interdependencia: la política mundial em transición. Buenos Aires: Grupo Editor Latinoamericano, 1988. 317 p. (colección Estúdios Internacionales). MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Comentários de Napoleão Bonaparte. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2003. 156 p. (Coleção a Obra-Prima de Cada Autor) ROCHA, Antonio J. R. da. Relações internacionais: teorias e agenda. Brasília:Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2002. 336 p. (Coleção Relações Internacionais) RAMOS, Ronaldo J. S. A estrutura do comércio internacional . In Reinaldo Dias e Waldemar Rodrigues (orgs.), Comercio exterior: teoria e gestão. São Paulo: Atlas, 2004. pp.15-64. SATO, Eiiti., 2003, Conflito e cooperação nas relações internacionais: as organizações internacionais no século XXI. Revista Brasileira de Política Internacional, ano 46, Nº 1, Junho. SEITENFUS, Ricardo A. S. Manual das organizações internacionais, Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1997. VIZENTIN, Paulo F. O sistema de westphalia.Disponível em: <http:// educaterra.terra.com.br/vizentini/artigos/artigo_75.htm.> Acesso em: 15 jul. 2004. 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/22 1.Textos complementares 1. A Guerra Fria e seu Fim: Conseqüências para a Teoria das Relações Internacionais (HALLIDAY, Fred. Contexto Internacional no. 1, mês 1-6, ano 1994) 2. Diversificação das relações internacionais e teoria da interdependência. (SANTOS JUNIOR, Raimundo B. Paradigmas das relações internacionais. 2. ed. rev. Ijuí:Unijuí, 2004. pp.207–254. Coleção relações internacionais e globalização 1). 3. O Ideário da paz em um mundo conflituoso. (MIYAMOTO, Shiguenoli.Paradigmas das relações internacionais. 2. ed. rev. Ijuí:Unijuí, 2004. pp.15 – 56. Coleção relações internacionais e globalização 1). 2. Sites relacionados http://www.relnet.com.br 3. Grupos de estudos relacionados Centro de Estudos de Cultura Contemporânea – CEDEC Líder do grupo: Tullo Vigevani Lattes:http://www.cnpq.br/pls/dwdiretorio2002/p Relações Internacionais Contemporâneas - Universidade de Brasília - UnB Líder do grupo: Amado Luiz Cervo http://www.relnet.com.br/ http://www.cnpq.br/pls/dwdiretorio2002/p 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/22 Lattes:http://www.cnpq.br/pls/dwdiretorio2002/p Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais e Comparada Líder do grupo: Henrique Altemani de Oliveira Lattes:http://www.cnpq.br/pls/dwdiretorio2002/p Exercício 1: A política externa do Brasil é fundamentada no artigo 4º da Constituição Federal de 1988, que determina, nas relações do Brasil com outros países e organismos multilaterais, os princípios da não-intervenção, da autodeterminação dos povos, da cooperação internacional e tentativa de solução pacífica de conflitos. Ainda segundo a Constituição Federal de 1988, a política externa é de competência exclusiva do Poder Executivo federal, cabendo ao Legislativo federal as tarefas de ratificação de tratados internacionais e aprovação dos embaixadores designados pelo Presidente da República. Conceitualmente, a Política externa pode ser definida como um instrumento governamental com o qual um Estado afeta o destino do seu povo, mantendo a paz ou fazendo guerras, induzindo o crescimento, o desenvolvimento e a riqueza ou o atraso, a dependência e a pobreza. Nesse sentido podemos afirmar que a política externa de um Estado é orientada: A) pelas políticas públicas internacionais; B) pelo interesse nacional: sentimento ou desejo externado pela população do pais; C) pelo interesse nacional: fruto dos acordos internacionais ratificados pelo país; D) pelo interesse nacional: uma percepção majoritária dos responsáveis pela orientação da política externa dos Estados; E) pela ética interente à politica tanto no âmbito interno qunato externo. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 2: http://www.cnpq.br/pls/dwdiretorio2002/p http://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_Federal_de_1988 http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil http://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs http://pt.wikipedia.org/wiki/Povo http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_externa http://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_Executivo http://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_da_Rep%C3%BAblica 21/03/2021UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/22 A diplomacia não deve ser confundia coma política externa. A diplomacia é o instrumento de execução de uma estratégia de negociação para atingir objetivos definidos pelo Estado. Portanto, ele se compõe de atividades práticas e concentradas embasadas em técnicas de gestão negociação dos interesses externos dos Estados. A política externa é, por sua vez, uma atividade estritamente intelectual que expressa a concepção do relacionamento externo de um Estado. Feita esta distinção, podemos assegurar que as quatro principais funções da diplomacia são: A) representação; assinatura de acordos internacionais, informação e proteção; B) negociação, informação e proteção a imigrantes ilegais no exterior; C) representação, negociação, informação e assinatura de acordos internacionais; D) negociação, representação e proteção a imigrantes ilegais no exterior; E) representação, negociação, informação e proteção. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 3: Em 03/02/2008 um incidente diplomático entre Equador e Colômbia provocou as seguinte noticia nos veículos de comunicação - Colômbia cometeu atentado contra soberania do Equador, diz governo.: “ A Colômbia cometeu o pior atentado contra o Equador em anos ao realizar uma operação em seu território e "massacrar" 17 rebeldes das Farc, incluindo o número dois da guerrilha, Raúl Reyes, assinalou neste domingo o ministro da Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea. "É o atentado mais grave contra a soberania equatoriana cometido pela Colômbia", declarou Larrea, o qual, junto com o ministro da Defesa, Wellington Sandoval, inspeciona a área do incidente. "Não há antecedentes de uma incursão armada de um Estado frente a outro Estado soberano, sem respeitar nenhum procedimento internacional, como o que ocorreu na madrugada deste sábado", acrescentou. As tropas equatorianas já verificaram a área do incidente, localizada a dois quilômetros da fronteira com a Colômbia, e recolheram evidências de que se tratou de um massacre, segundo o presidente Rafael Correa. O mandatário equatoriano afirmou que o presidente colombiano, Alvaro Uribe, lhe havia informado sobre uma perseguição que obrigou os militares a se defenderem depois que as Farc atacaram da fronteira do Equador. "Para surpresa do governo equatoriano, foram encontrados 15 corpos de guerrilheiros e 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/22 duas guerrilheiras feridas em um acampamento das Farc" no Equador, acrescentou. "Mas os cadáveres estavam de roupas de dormir, de pijamas, ou seja, não houve nenhuma perseguição, foram bombardeados e massacrados enquanto dormiam." Considerando o fato relatado acima, podemos afirmar que a correta definição de soberania é: A) o interesse comum em se preservar o sistema de Estados, ou seja, que haja a preservação da soberania dos Estados, que haja um mínimo de paz para que cada Estado se desenvolva, e que se permita a cada sociedade a busca por seus objetivos; B) o monopólio sobre a violência e legitimidade que um Estado possui para ordenar relações internas dentro de um determinado território, além do reconhecimento da capacidade e legitimidade para promover seus interesses frente aos demais Estados; C) a autonomia que os Estado tem para perseguir seus interesses podendo recorrer ou não ao uso da força caso considere necessário para perseguir e defender esses interesses; D) do “direito das gentes” (direito das nações) que estabeleceu o direito que diversas cidades ou reinos observavam em si mesmos e em suas relações recíprocas; E) a capacidade que tem uma unidade política de impor sua vontade as demais. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 4: O Surgimento do Realismo Moderno se deu a partir da obra “vinte anos de Crise” de Edward Carr. O livro foi produzido em 1937, quando “a guerra [Segunda Guerra Mundial] projetava sua sombra sobre o mundo, mas quando nem toda esperança de evitá-la estava perdida” (CARR, 2001, Prefácio à Primeira Edição, p.1). Nele, o autor analisa os caminhos seculares de duas correntes antagônicas da política, a utópica e a realista, destruindo o “edifício” da primeira e dando passos importantes na construção da segunda. Além disso, responde porque a utopia dominou o pensamento teórico no entre-guerras e demonstra que nenhuma teoria é suficiente sem elementos de sua oposta. Por fim, Carr ilumina os conceitos do poder, da moral e do Direito para a política internacional. Considerando os aspectos elementares do pensamento Carr, podemos afirmar que o Realismo Moderno surgiu fundamentalmente em função 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 16/22 A) do “modelo westphaliano” que estabeleceu condições de autonomia para unidades políticas, sem criar obrigações mútuas entre elas; B) da incapacidade dos pressupostos dos realismo, que dominaram a política internacional após a Primeira Grande Guerra Mundial, em prevenir a crescente escalada de violência, nacionalismo e agressão internacional que culminou com a eclosão da segunda Guerra Mundial; C) da concepção baseada nas idéias de poder e força: os Estados definem seus interesses em termos de poder e sempre estão pronto para usar a forca; D) da autonomia que os Estado tem para perseguir seus interesses podendo recorrer ou não ao uso da força caso considere necessário para perseguir e defender esses interesses; E) da falha da visão idealista que entendia que a ordem internacional deveria ser regimentada por organizações internacionais capazes de fazer prevalecer os princípios éticos e preceitos morais refreando assim os nacionalismos exacerbados e a desconfiança generalizada. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 5: A teoria da dependência surge na década de 1950 como resultado de muitas críticas à atuação hegemônica norte-americana, que deram origem aos movimentos terceiro-mundistas e a uma visão do sul, relativos aos processos políticos e econômicos vividos na época da Guerra Fria. As principais idéias da Teoria da Dependência foca-se na relação entre países dominantes e dominados ou centrais e periféricos, transferindo o conceito clássico de luta de classes para a luta entre os países dominantes e explorados. As idéias dos teóricos da dependência deram origem a um programa de barreiras comerciais nos países em desenvolvimento, sobretudo os países Latino-americanos, aos produtos industrializados estratégicos para que a produção desses produtos fosse estimulada internamente. Estes programas foram chamados de: A) Sistema Bretton Woods; 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 17/22 B) Consenso de Washington; C) Liga das Nações; D) Substituição de importações; E) Pax britanica. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 6: A construção da ordem internacional está diretamente relacionada com a estruturação e operação de regimes nos vários campos das relações internacionais. Durante os últimos três séculos e meio conheceram-se diversos sistemas de ordem internacional, isto é, grandes acordos assumidos em tratados de paz assinados pelas principais potências da Europa, e depois do Mundo todo, visando a prevenção das guerras e a manutenção da paz. Cronologicamente, foram eles o de Westfália (1648), o de Viena (1815), o de Paris (1919), e o de SãoFrancisco (de 1945), que veio engendrar a ONU. Nas relações internacionais entende-se por ordem internacional: A) o monopólio sobre a violência e legitimidade para ordenar relações internas dentro de um determinado território que um Estado possui, além do reconhecimento da capacidade e legitimidade para promover seus interesses frente aos demais Estados; B) a autonomia que os Estado tem para perseguir seus interesses podendo recorrer ou não ao uso da força caso considere necessário para perseguir e defender esses interesses; C) a capacidade que tem uma unidade política (Estado) de impor sua vontade as demais; 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 18/22 D) o interesse comum em se preservar o sistema de Estados, ou seja, que haja a preservação da soberania dos Estados, que haja um mínimo de paz para que cada Estado se desenvolva, e que se permita a cada sociedade a busca por seus objetivos; E) da concepção baseada nas idéias de poder e força: os Estados definem seus interesses em termos de poder e sempre estão pronto para usar a forca. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 7: O Surgimento do Realismo Moderno se deu a partir da obra “vinte anos de Crise” de Edward Carr. O livro foi produzido em 1937, quando “a guerra [Segunda Guerra Mundial] projetava sua sombra sobre o mundo, mas quando nem toda esperança de evitá-la estava perdida” (CARR, 2001, Prefácio à Primeira Edição, p.1). Nele, o autor analisa os caminhos seculares de duas correntes antagônicas da política, a utópica e a realista, destruindo o “edifício” da primeira e dando passos importantes na construção da segunda. Além disso, responde porque a utopia dominou o pensamento teórico no entre-guerras e demonstra que nenhuma teoria é suficiente sem elementos de sua oposta. Por fim, Carr ilumina os conceitos do poder, da moral e do Direito para a política internacional. Considerando os aspectos elementares do pensamento Carr, podemos afirmar que o Realismo Moderno surgiu fundamentalmente em função: I. Do “modelo westphaliano” que estabeleceu condições de autonomia para unidades políticas, sem criar obrigações mútuas entre elas; II. Da incapacidade dos pressupostos dos idealismo, que dominaram a política internacional após a Primeira Grande Guerra Mundial, em prevenir a crescente escalada de violência, nacionalismo e agressão internacional que culminou com a eclosão da segunda Guerra Mundial; III. Da concepção baseada nas idéias de poder e força: os Estados definem seus interesses em termos de poder e sempre estão pronto para usar a forca; IV. Da autonomia que os Estado tem para perseguir seus interesses podendo recorrer ou não ao uso da força caso considere necessário para perseguir e defender esses interesses; V. Da falha da visão idealista que entendia que a ordem internacional deveria ser regimentada por organizações internacionais capazes de fazer prevalecer os princípios éticos e preceitos morais refreando assim os nacionalismos exacerbados e a desconfiança generalizada. A) A alternativa II é a correta; B) 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 19/22 As alternativas I, II e V estão corretas; C) As alternativas I, II, III e IV estão corretas; D) A alternativa IV é a correta; E) As alternativas II e V estão corretas. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 8: O Neo-realismo surgiu no final da década de 1970 com o trabalho de Kenneth Waltz, Theory of International Politics (1979). Com esta obra Waltz busca apresentar uma teoria geral das relações internacionais. Podemos afirmar que o neo-realismo diverge fundamentalmente do realismo: I. na concepção do papel do Estado nas relações internacionais II. na concepção da possibilidade de cooperação na relações internacionais III. no nível de analise das relações internacionais. Enquanto os realistas clássicos focam suas explicação no nível estatal, Walts aborda as relações internacionais a partir do nível sistêmico; IV. no nível de analise das relações internacionais. Enquanto os realistas clássicos focam suas explicação no nível sistêmico, Walts aborda as relações internacionais com foco nas ações do Estado; A) As alternativas I e IV estão corretas; B) As alternativas III e IV estão corretas; C) A alternativa I está correta; 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 20/22 D) A alternativa IV está correta; E) A alternativa III está correta. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 9: Leia atentamente a reportagem publicada pelo site www.folhaonline.com.br e responda a questão ao final: Blair defende motivos que levaram à Guerra do Iraque: O ex primeiro-ministro britânico, Tony Blair, defendeu a ação militar liderada por Reino Unido e EUA contra o regime do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein em discurso no Congresso americano. Blair e o presidente americano, George W. Bush, têm sido alvo de intensas críticas em razão da insegurança enfrentada pelas tropas da coalizão no Iraque e de informações falsas de inteligência sobre as supostas armas de destruição de massa de Saddam.Blair afirmou ter certeza de que a Guerra do Iraque foi justificada e que a história deve perdoá-los se as alegações sobre armas proibidas estiverem erradas.''Creio profundamente e com todas minhas convicções que tivemos razão, e que se não tivéssemos agido ou se tivéssemos duvidado desta ameaça em vez de dar o exemplo, a história não nos teria perdoado'', declarou Blair. Blair foi ovacionado ao entrar na Câmara dos Representantes dos EUA por parlamentares e autoridades do governo Bush. O premiê agradeceu aos presentes classificando os aplausos como uma ''recepção calorosa e generosa que é mais do que eu mereço e mais do que eu estou costumado, francamente'', referindo-se à oposição que tem enfrentado no Parlamento Britânico.''Podemos dizer que o terrorismo e as armas de destruição em massa se unirão? Deixem-nos dizer uma coisa: se estivermos errados, nós teremos destruído uma ameaça que é, pelo menos, responsável por uma matança desumana e por sofrimento'', declarou ele. ''Nós prometemos um governo democrático no Iraque. Nós vamos proporcionar isso'', disse ele.Não temos que deixar o Iraque ''antes que o trabalho esteja terminado'', acrescentou, fazendo um apelo ao comprometimento com uma longa estada no país. ''O fim dos combates não significa que o trabalho esteja terminado'', frisou Blair. Analisando a decisão dos EUA e aliados promoverem a Guerra contra o Iraque a partir da visão da Natureza da Política Externa proposta por Hans Morgenthau, teórico realista das relações internacionais, é correto afirma que: I - Trata-se de uma Política de defesa do status quo que visa conservar o poder e evitar mudanças no sistema internacional que alterem sua posição no sistema; II - Trata-se de uma Política de defesa do status quo orientada para a aquisição de mais poder mediante a alteração da estrutura vigente; III - Trata-se de uma Política de prestígio baseada em ostentação e ritualismo como forma de manter ou aumentar o poder do Estado; IV - Trata-se de uma Política de imperialismo orientada para a aquisição de mais poder mediante a alteração da estrutura vigente. 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 21/22 A) As alternativas I,III e IV estão corretas;B) As alternativas I e IV estão corretas; C) A alternativa I está correta; D) A alternativa IV está correta; E) A alternativa II está correta. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários Exercício 10: Hans Morgenthau (1904-1980) em sua obra Política entre as Nações critica a chamada visão Idealista de Relações Internacionais. Para ele, a paz mundial somente seria possível por meio de mecanismos “negativos”, ou seja, por um mecanismo de equilíbrio de poder. Para Morgenthau, o poder não se limita ao exercício da violência física, porém, ele reconhece que, dentro da arena internacional, o exercício desse poder torna-se fundamental para entender a força política de uma nação. Utilizando-se dos conceitos de poder de Morgenthau, podemos afirmar que o período da Guerra Fria, Estados Unidos e URSS se utilizaram do: I - Poder utilizável que é aquele que pode ser exercido como uso de forças militares em uma guerra, bem como os seus armamentos convencionais; II - Poder Não-utilizável aquele que não encontra respaldo na moralidade ou legalidade; III - Poder Não-utilizável representando pela impossibilidade da utilização das armas nucleares; IV - Poder legítimo que é legal e moralmente justificável, como o desencadeamento de uma guerra por autodefesa ou dentro de um contexto de apoio a aliados (guerra justa) ou mesmo com a aprovação das Nações Unidas. A) 21/03/2021 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 22/22 As alternativas II, III e IV estão corretas; B) A alternativa II é a correta; C) As alternativas I e III estão corretas; D) A alternativa III é a correta; E) A alternativa I é a correta. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários