Buscar

Abdome agudo inflamatório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
 Dor abdominal 
• Sinais e sintomas de dor e sensibilidade 
abdomina l que requer intervenção de 
emergência (clínica ou cirúrgica). 
Dor visceral ⇢ dor parietal ⇢ dor referida 
• Dor aguda: sem período definido, duração de 
dias, piora progressiva. 
• Dor somática/parietal: dor na pele, inervação de 
fibras mielinizadas, inerva também o peritônio 
parietal, bem localizada, o paciente consegue 
apontar com precisão, sentida no dermátomo 
correspondente a área do estímulo. 
• Dor visceral: fibra não mielinizada, de condução 
lenta, dor mal definida, com sintomas 
autonômicos, causada por distensão de órgão, 
acompanha origem embrionária. É persistente 
e insidiosa, o paciente não consegue definir 
exatamente o local da dor, pode acompanhar 
sintomas vagais (bradicardia, hipotensão, 
sudorese e náusea). Sentida próxima a linha 
mediana (inervação bilateral) e no segmento 
do nervo. 
• Dor referida: é percebida longe do estímulo, 
captada no mesmo segmento medular para 
dermátomo e víscera 
• Peritonite: é inflamação da serosa que recobre 
as paredes internas e vísceras abdominais, 
independente da causa ou extensão. pode 
haver sensibilidade abdominal, distensão/ 
rigidez muscular, náuseas e vômitos 
• Localizada: inflamação local ⇢ exsudato, 
paralisia local do intestino; bloqueio ⇢ 
aderências ( intest ino, omento, parede 
abdominal, outros órgãos). 
• Difusa: inflamação difusa, dor generalizada, 
diminuição da motilidade do TGI, exemplo: 
úlcera duodenal perfurada. 
 Abdome agudo inflamatório 
Quadro de dor abdominal de início súbito, 
decorrente de um processo inflamatório e/ou 
infeccioso localizado na cavidade abdominal. 
- Em alguns casos apresenta peritonite ⇢ 
cirurgia. 
• Principais etiologias e incidência 
- Apendicite aguda: maior incidência entre 10-20 
anos e sexo masculino. 
- Colecistite aguda: maior incidência jovens e 
idosos, sexo feminino. 
- Pancreatite aguda: maior incidência de causa 
biliar no sexo feminino e de causa alcoólica no 
sexo masculino. 
- Diverticulite aguda: maior incidência > 50 anos. 
 Fisiopatologia 
- Extensão do processo inflamatório/ infeccioso 
a o p e r i t ô n i o e à s m o d i f i c a ç õ e s d o 
funcionamento do trânsito intestinal. 
⇢ Após instalação da peritonite o paciente piora 
rapidamente, sendo assim, um sinal de gravidade 
e mau prognóstico. 
Página de 1 5
Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
• Fase inicial: exsudativa e transudativa ⇢ horas 
de evolução. Pouca atividade inflamatória e 
aumento de efusão peritoneal e quimiotaxia de 
células inflamatórias. 
• Fase tardia: fibrinopurulenta e presença de 
abscessos ⇢ dias de evolução. Exuberante 
resposta inflamatória com formação de fibrina, 
aderências, pus e fibrose. 
 Quadro clínico geral 
 Tratamento geral 
1) Analgesia 
2) Reposição volêmica 
3) Correção de distúrbios eletrolíticos 
4) Tratamento do íleo adinâmico (jejum, sonda 
nasogástrica em alguns casos) 
5) Antibioticoterapia ou profilaxia 
6) Tratamento de complicações como sepse 
 Apendicite aguda 
Obstrução do lumen apendicular por corpo 
estranho ou processo inflamatório. 
 Obstrução ⇢ super crescimento bacteriano 
- Comprometimento do retorno venoso e 
arterial ⇢ isquemia 
- Evo lução : necrose e per fu ração ⇢ 
Perfuração: 
1. Perfuração bloqueada - abscesso localizado. 
2. Perfuração livre - peritonite difusa. 
- Dor abdominal contínua em cólica em região 
epigástrica/ periumbilical ⇢ migra para fossa 
ilíaca direita (ponto de McBurney). 
- Febre baixa-moderada, pode estar ausente em 
fases iniciais. 
- Náuseas e vômitos. 
- Indivíduo em posição antálgica e BEG. 
- Sinais de irritação peritoneal com contratura 
da musculatura abdominal e/ou defesa 
voluntária à palpação. 
• Diagnóstico 
1) Anamnese + exame físico 
Peritonite visceral Peritonite parietal
Paralisia da musculatura 
lisa
Contratura muscular 
localizada ou difusa
Íleo paralítico Fibras somáticas 
cerebroespinais
Fibras autonômicas Dor localizada contínua e 
intensa
Distensão e contração 
visceral
-
Dor difusa e mal 
localizada
-
Dor abdominal (quando exarcebada à 
movimentação indica peritonite e AAI)
Náuseas e vômitos (devido à dor intensa ou estase 
intestinal secundária à irritação do peritônio 
visceral)
Febre
Obstipação (secundária à paralisia das alças 
intestinais)
Sinal de blumberg Sinal de Rovsing
Dor à descompressão 
brusca em FID por 
palpação profunda
Dor em FID por palpação 
da FIE - deslocamento 
dos gases que atingem o 
apêndice na FID
Página de 2 5
Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
2) Hemograma: desvio à esquerda (quadros 
avançados) + leucocitose discreta com 
predomínio de neutrófilos. 
3) USG: aumento do tamanho do apêndice, 
exclusão de causas ginecológicas, sinal do 
alvo (aument da espessura das paredes). 
4) TC de abdome: dúvida diagnóstica, pacientes 
obesos. 
5) Escala de Alvarado 
• Tratamento 
- Tratamento geral 
- Apendicectomia laparoscópica de emergência 
 Colecistite aguda 
Inflamação química e/ou bacteriana da vesícula 
biliar. 
• Litíase vesicular: presença de cálculos na 
vesícula biliar. 
• Colelitíase: presença de inflamação na vesícula 
biliar, que pode ocorrer por cálculos ou não. 
• Coledocolitíase: presença de cálculos nos 
ductos biliares. 
- Por impactação de cálculo, geralmente, 
gerando contenção do conteúdo biliar ⇢ fluxo 
retrógrado ⇢ fenômenos vasculares e 
inflamatórios. 
* Sintomas 
- Dor abdominal em cólica em hipocôndrio 
direito, relacionada à ingestão de alimentos 
(contração da vesícula pela secreção de 
colecistocinina). 
- Localização: HD ⇢ epigástrio ⇢ dorso (pode-se 
tornar difusa). 
- Febre > 38C. 
- Náuseas e vômitos. 
- BEG, mas pode ser comprometido. 
- Pode haver irritação peritoneal e icterícia por 
impactação de cálculo, causando edema e 
obstrução do ducto hepático comum. 
• Diagnóstico 
1) Anamnese + exame físico 
2) Raio X de abdome: identificação de cálculos 
radiopacos (não é o melhor método 
diagnóstico) 
3) USG de abdome: visualização de dilatação do 
ducto e impactação de cálculos 
4) TC de abdome: avaliação de órgãos e 
estruturas adjacentes, dúvidas diagnósticas 
(exclusão) 
• Tratamento 
- Tratamento geral 
- Colecistectomia 
Sinal de Murphy Interrupção brusca da 
inspiração à palpação 
profunda em HD
Página de 3 5
Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
 Pancreatite aguda 
Inflamação do pâncreas por ativação enzimática 
inadequada. 
- Geralmente associado ao consumo de álcool. 
- Dor intensa e difusa em região epigástrica com 
irradiação para o dorso (dor em faixa). 
- Íleo paralítico: parada de eliminação de fezes e 
flatos e redução de RHA. 
- Náuseas e vômitos precoces e volumosos. 
- Geralmente são casos leves, paciente em REG 
e posição antálgica, sinais de desidratação e 
hipovolemia. 
- Casos graves: comprometimento do estado 
geral, taquicardia, taquidispneia, hipotensão, 
abdome distendido e sinais de peritonite. 
- Associado à litiase biliar ⇢ icterícia. 
 
- Sinais em casos severos. 
- Pode ocorrer hemorragia retroperitoneal. 
• Diagnóstico 
1) Anamnese + exame físico 
2) Amilase e lipase: aumento de 3x o valor de 
referência 
3) TC de abdome: delimitação do pâncreas e 
avaliaçnao das complicações 
• Tratamento 
- Tratamento geral 
- Ressucitação volêmica agressiva nas primeiras 
24h 
- Nutrição enteral após 5 dia 
- Antibioticoterapia 
- CPRE se houver colelitíase 
 Diverticulite aguda 
Processo inflamatório de um ou mais divertículos 
do cólon. 
-Dor abdominal contínua em cólica, localizada 
em FIE ou região suprapúbica ⇢ dorso 
ipsilateral. 
- Febre baixa. 
- Obstipação ou diarreia. 
- Anorexia e náuseas. 
- Pode haver tauquicardia discreta, distensão 
abdominal e sinais de peritonite. 
- Dor à descompressão brusca e à percussão. 
- Pode haver massas palpáveis e dolorosas em 
FIE. 
- Toque retal doloroso. 
- Disúria e polaciúria quando há acometimento 
de vias urinárias. 
• Diagnóstico 
1) Anamnese + exame físico 
2) TC de abdome: espessamento da parede 
intestinal, densificação da gordura pericólica, 
abscessos ou líquido livre ⇢ exame mais 
indicado 
Sinal de Cullen Sinal de Grey Turner
Equimoses e hematomas 
em região periumbilical
Equimoses e hematomas 
em região dos flancos
Página de 4 5
Medicina Ana Catarina Dutra Rebelo
3) Contraindicação de enema opaco e 
colonoscopia em fase aguda 
• Tratamento 
- Tratamento geral 
⇢ Se não houver sinais de gravidade: 
- Dieta leve 
- Prescrição de analgésicos e antibióticos 
⇢ Gravidade:
- Cirurgia de urgência 
- Drenagem dos abscessos 
Página de 5 5

Outros materiais