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SEMIOLOGIA DE CABEÇA E PESCOÇO – AULA 1 CABEÇA – OLHOS – OUVIDOS CABEÇA – FORMATO DO CRÂNIO - CRANIO: Forma, tamanho, suturas, fontanelas, protuberâncias e deformidades. Fecha sutura lambdoidea: ao nascer ou 2-3 meses Fecha sutura bregmática: 9 – 18 meses Cabeça -Vicio postural Deve mudar a posição da criança CRANIOSSINOSTOSE -Fechamento prematuro de alguma sutura. -As consequências dependem de quais suturas estão envolvidas, da ordem em que elas se fundem e do momento do fechamento. -Quanto mais precoce ocorrer a craniossinostose, mais graves serão as consequências sobre a forma do crânio e mesmo sobre o cérebro em crescimento. - Quando ocorre fusão precoce de várias suturas - resulta em microcefalia -Tambem pode ocorrer deformidade secundária a vício postural. *Comprimento para detectar conformidade. Deve usar um capacete para moldar o crânio caso apresente deformidade. TAMANHO PERÍMETRO CEFÁLICO -Perímetro cefálico - com fita métrica ponto da região frontal logo acima da glabela e, posteriormente, a protuberância occipital externa. - O Comprimento é aferido pela distânciaanteroposterior (DAP), usando como referência a glabela até a protuberância occipital externa, passando sobre a sutura sagital. MICROCEFALIA - Cabeça anormalmente pequena para a idade. - É um indicador de redução do tamanho do cérebro - Medida é menor que 2DP da média normal para idade e sexo (percentil inferior a -2).. - Tempo de aparecimento - Causas: genéticas, infecciosas. -Ocorre crescimento rápido principalmente no primeiro ano de vida, e espera-se que com 1 ano de idade o perímetro cefálico tenha aumentado cerca de 12cm, sendo 2cm por mês no primeiro trimestre, 1cm por mês no segundo trimestre e 0,5cm mensalmente no segundo semestre de vida. MACROCRANIA OU MACROCEFALIA -Cabeça anormalmente grande. -Perímetro cefálico acima de 2DP para idade e sexo. -Varias causas. -Hidrocefalia - Hidranencefalia - Hidrocefalia externa (dilatação do espaço subaracnóideo) - Coleção subdural (higroma ou hematoma) - Pseudotumor cerebral - Familiar (hereditária) - Megaloencefalia - Cistos aracnoides - Aneurisma da veia de Galeno - Tumor cerebral sem hidrocefalia - Acondrodisplasia - Doença de Canavan Deve fazer a DDP que no qual vai sugar o liquido por um canudinho HIDROCEFALIA -Aumento do volume do crânio - diástase das suturas, - abaulamento da fontanela anterior e saliência dos vasos do couro cabeludo - olhar em sol poente, caracterizado pelo desvio ocular, revelando a esclera acima da íris e, por vezes, paralisia do nervo abducente. DEFORMIDADES - Bossa serossanguinea - Cefalohematoma - Encefaloceles - Abaulamento de fontanela - Fontanela deprimida BOSSA SEROSSANGUÍNEA é um derrame seroso que se desenvolve entre o couro cabeludo e o periósteo, de limites imprecisos. Pode ser observada logo após o parto e desaparece rapidamente nos primeiros dias de vida. CEFALOHEMATOMA - é uma coleção sanguínea entre o periósteo e o osso, ocorrendo principalmente nos ossos parietais. Em geral, é único, não transpõe suturas ou fontanelas, aparece nos 2 ou 3 primeiros dias após o parto e desaparece em 15 a 30 dias. Risco de ficar ictérico devido a diminuição de hemoglobina e aumento de bilirrubina. ENCEFALOCELE Nasce com má formação que apresenta meninge (meningocele) ou tecido e meninge (mielomeningocele). Anterior: encéfalocele Posterior: meningocele (só meninge), mielomeningocele (tecido encefálico e meninge). ABAULAMENTO DE FONTANELA -O abaulamento da fontanela anterior pode estar relacionado com uma série de condições. - é um sinal de hipertensão intracraniana. - Pode estar associado a hematomas, edema cerebral, coleções subdurais, meningites, encefalites, tumores cerebrais, hidrocefalia e hipervitaminose A. Precisa investigar para ver a causa do aumento de pressão intracraniana. Geralmente associada a desidratação, principalmente se estiver com diarreia. Desnutrição grave. Fontonela plana e normotensa quando está normal. OLHOS TESTE DO OLHINHO – REFLEXO VERMELHO - Quem faz: médico Pediatra na maternidade, antes da alta do recém-nascido. 2º, 3º dia de vida pois antes o olho estava muito inchadinho. - Consultas pediátricas de rotina, pelo menos, duas a três vezes ao ano, nos três primeiros anos de vida. - é um exame simples, rápido, indolor e de baixo custo realizado em recém- nascidos. -Oftalmoscópio simples que joga luz no qual bate na retina do olho da criança, na qual é vascularizada e deste modo vai enxergar o vermelhão através do cristalino. Se o cristalino estiver opaco, não irá enxergar nada (pode apresentar catarata). -Identifica qualquer coisa que esteja entre o cristalino. Há uma doença chamada de retinoblastoma na qual infiltra o nervo óptico e chega ao cérebro, perde o olho. -Colocar no prontuário que está duvidoso e encaminhar ao oftalmo. Visão e DNPM - Maioria dos RN é capaz de fixar o olhar e seguir horizontalmente. - preferência por rostos humanos. - até 6 semanas olhos podem se mover independente – pode parecer estrábico (a partir de 3 meses não é normal) -30cm o melhor foco de um recém-nascido. Se fizer reconhecer o rosto humano e falar em som agudo, a criança reconhece que é ser humano e solta risadas. ATENÇÃO: - Ausência de acompanhamento e fixação (3 meses precisa acompanhar) -Inatenção visual (a criança da atenção a tudo) - movimentos oculares aleatórios - falta de sorriso social 6 semanas - nistagmo (tremor dos olhos), estrabismo (vesga), fotofobia (foge da luz) - reflexo vermelho alterado Exame da fixação central -Verificamos a motilidade ocular, fazendo com que o paciente acompanhe um objeto de fixação em diferentes posições do olhar (direita, esquerda, para cima e para baixo). Em criança com mais idade. - Exame da fixação central do olho direito. - Verificamos os movimentos de seguimento de cada olho separadamente. - A criança fixa o objeto? - Testamos cada olho separadamente, ocluindo o olho contralateral. RS: músculo reto superior RI: músculo reto inferior RL: músculo reto lateral RM: músculo reto medial OS: músculo oblíquo superior OI: músculo oblíquo inferior Estrabismo - teste de cobertura - Se o olho fixador for coberto -O olho estrabico move-se para assumir a fixação Pupila – Reflexo - Teste de Acomodação -Forma (normalmente arredondadas ou levemente ovaladas) -Localização (central) -Tamanho (variável de acordo com a Claridade) -Midríase (dilatada) -Miose (contraída) -Anisocoria (tamanho desigual) -Reflexos: joga a luz no olho e o nervo óptico vai recolher a informação da luz no mesencéfalo no qual vai ter conexão com o nervo óculomotor 3 e deste modo vai contrair a pupila. -Fotomotor (contração pupilar à luz) -Consensual (contração pupilar de um Lado pela estimulação Fotomotor e consensual: Integridade do mesencéfalo -luminosa no outro olho) -Acomodação – Convergência (reflexo fotomotor até acostumar com a luz) Acuidade Visual - Recomendado em todas as crianças com 3 anos de idade -Normal = quando o paciente consegue ler até a oitava linha (acuidade visual 20/20) -Subnormal = quando o paciente consegue ler até a sexta linha -Normal ler até a 8ª linha -Teste de LEA :1ª imagem, enxergar ate a 8ª linha, visão normal 20/20, se para na 7ª linha é uma visão subnormal, precisa ser corrigida. -Teste de Snellen: criança mais velha, ler ate a 8ª linha. 2ª imagem, ler as letras E. *Ir a partir dos 3 anos é necessario ir ao oftalmo pois pode apresentar defasagem no aprendizado. Patologias mais frequentes: -Blefarite= glândulas de meibomius que produzem liquido de lipídeos e que se juntam as lagrimas, vermelho e um pouco inflamada. - Hordéolo: inflamação da glândula palpebral - Calázio: resquício inflamatório sem sinais inflamatórios do hordéolo - Obstrução do canal lacrimal nos primeiros 6 meses de vida (olho lacrimeja muito e geralmente um só, é normal até os 6 meses) - Conjuntivite: esclera avermelhada. Viral (geralmente bilateral com secreção clarinha, transparente, serosa) ou bacteriana (geralmente unilateral com secreção epessa, amarelada. Lavar com soro e dependendo, colíriocom anti-inflamatório. - Conjuntivite RN por gonorreia: super grave, purulenta, agressiva. Recém nascido Hordéolo Conjuntivite viral Conjuntivite bacteriana bilateral -Coloca-se colírio ao nascer. Miose: drogas como heroína, parassimpaticomiméticos (colinérgicos ou simpatolíticos) e derivados. Midríase: drogas simpaticomiméticas e doenças neurológicas. OUVIDOS ORELHAS - No pavilhão auricular normal encontramos uma série de relevos que dão à orelha sua forma característica: -Orelha tem que estar na altura do olho, criança com implantação baixa da orelha tem que ser bem analisada pois geralmente se relaciona com outras doenças genéticas. -Anotia é muito raro. -Microtia é má formação externa, precisa encaminhar para o otorrino para analisar se está com má formação interna, no canal aditivo. - Fistulas pré-auriculares (pode haver infecção ou queratina que promove mal cheiro), linfonodos, massas,inflamação, sensibilidade e edema da mastoides Fistula TAG Inflamação no mastoide Tag: Tecido adiposo com pele. Criança com TAG pode apresentar mal formação das vias urinarias. TESTE DA ORELHINHA – EOA -Emissões foto-acústica: cóclea precisa vibrar. -Teste negativo deve ser repetido pois pode haver restos intrauterinos dentro obstruindo o canal auditivo. OTOSCOPIA EXAME DO CONDUTO AUDITIVO EXTERNO E DA MEMBRANA TIMPÂNICA - No lactente: Puxar o ouvido para baixo e para trás. - Em crianças pré-escolares, para trás e para cima. - Apos idade escolar não há necessidade desse artificio, - Mobilizar delicadamente o otoscopio para cima e para baixo. Especulo de tamanho adequado - No CAE visualizar corpo estranho, furúnculos, inflamação, estenose, rolhas de cerume. OTITE MÉDIA AGUDA -Infecção/inflamação da orelha média com aumento na produção de secreção e, consequente, aumento da pressão intra-auricular. - Uma das principais complicações do resfriado comum. - Uma das doenças infecciosas mais comuns em pediatria: até os 3 anos de idade, 85% das crianças já apresentaram ao menos um episódio de OMA. Fatores de risco: - Do hospedeiro: idade < 3 anos, fenda palatina, síndrome de Down, DRGE, atopias, falta de aleitamento materno. - Ambientais: inverno, creches/escolas, tabagismo passivo, uso de mamadeiras (mamar deitado), chupeta, baixo nível socioeconômico. OTITE MÉDIA AGUDA Patogênese: - Anatomia: tuba auditiva mais curta e mais inclinada na criança até 3 anos de idade, dificultando a ventilação da orelha média e facilitando a progressão de vírus e bactérias (contiguidade). - Imunologia: imaturidade imunológica. A incidência diminui a medida em que aumenta a produção de IgA, IgG e IgM próprias. Normalmente precedida de um quadro de resfriado comum, em que a infecção viral predispõe uma infecção bacteriana secundária (lesão epitelial). Agentes: -Vírus: até 40% dos casos, a depender da faixa etária. - Bactérias: pneumococos, H. influenzae e Moraxella catarrhalis. Presença de abaulamento. Diagnóstico: História clínica + Exame físico. -Não há um padrão-ouro para o diagnóstico da OMA - Diferenciar: OMA – de etiologia bacteriana Efusão da orelha média - infecções virais - MT levemente opaca + hiperemia difusa leve ou moderada + ausência de abaulamento: sugere OMA viral. - MT opaca + hiperemia intensa + presença de abaulamento + diminuição da mobilidade: sugere OMA bacteriana. ←Normal Otite hiperemiada, abaulada e opaca → Tratamento: - sintomáticos: analgésicos e anti-térmicos. - antibióticos: amoxacilina, amoxacilina+clavulanato, azitromicina (7 a 10 dias). - opção: observação clínica e controle de sintomas nas primeiras 72 horas em crianças maiores de 2 anos e sem sinais de alarme. No entanto, há dificuldade no seguimento próximo desses doentes. - sinais de alarme/gravidade: otalgia intensa, febre alta, toxemia, outras infecções associadas, deformidades craniofaciais, imunodeficiência. - complicações: mastoidite, meningite, OMA recorrente, resistência antimicrobiana. OMA
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