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Esquistossomose A Organização Mundial da Saúde a considera uma “doença negligenciada” , isto é, grupo de doenças que atingem apenas países subdesenvolvidos e, por essa razão, há poucos esforços dos países ricos em desenvolver novos tratamentos e vacinas. A esquistossomose é causada por um platelminto, e, na América Latina e na África, a espécie Schistosoma mansoni é responsável pelas infecções. Para ocorrer a infecção pela esquistossomose no homem, é necessário um hospedeiro intermediário. Nesse caso, é o caramujo do gênero Biomphalaria, que normalmente vive em lagoas de água parada, conhecidas como “lagoa de coceira” Profilaxia Quadro clínico A principal profilaxia diz respeito ao cuidado com águas em que haja o caramujo. Sua erradicação pode ser difícil, mas é uma boa medida de prevenção. Em situações nas quais há ineficiência de medidas de controle do hospedeiro intermediário, o ato simples de não entrar em águas com muitos caramujos e, consequentemente de parasitas,é boa medida de prevenção. Epidemiologia Diagnóstico Exames inespecíficos 1. Na fase aguda, eosinofilia importante, com até 80% de eosinófilos; 2. Na fase crônica, pancitopenia, principalmente pelo hiperesplenismo. Observam-se sinais de hipertensão portal na ultrassonografia; 3. Tomografia mostra hepatoesplenomegalia; 4. Endoscopia digestiva alta confirma varizes de esôfago e estômago; 5. Ultrassonografia mostra hipertensão porta. Exames específicos 1. Reação imunológica realizada com sorologia para esquistossomose, ELISA ou imunofluorescência. Pode ser usada na fase aguda do diagnóstico, mas deve-se ter muito cuidado, pois pacientes em áreas endêmicas podem ter a sorologia sem doença em atividade; 2. Parasitológico de fezes (PPF) para pesquisa de ovos pesados nas fezes – Kato-Katz; 3. Biópsia retal pode ser feita como alternativa à PPF sem resultados positivos. É feita uma retossigmoidoscopia com biópsia do reto, onde os ovos ficam depositados mais frequentemente. Tratamento As manifestações clínicas da esquistossomose podem ser divididas em 2 momentos: a fase inicial ou aguda e a fase crônica. Aguda: dermatite cercariana + síndrome febril eosinofílica (febre de Katayama), polimicrolinfadenopatia e hepatoesplenomegalia. Crónica: hipertensão portal c/ formação de granulomas e fenómenos imunológicos. Fisiopatologia / ciclo Ovos eliminados nas fezes águas c/ caramujo (Biomphalaria) cercária penetração na pele humana vermes adultos parasitam vasos do sistema porta.. @medcomath O tratamento é feito com medidas para o controle dos sintomas na fase aguda e uso de antiparasitários específicos na fase crônica. São o praziquantel e a oxamniquina. A principal diferença entre os 2 medicamentos é a inatividade do oxamniquina contra Schistosoma que não o S. mansoni, enquanto o praziquantel trata todos. Como no Brasil a única espécie causadora de esquistossomose é o S. mansoni, a oxamniquina é a droga escolhida, principalmente para o uso em crianças menores de 4 anos, grupo etário para o qual o praziquantel é contraindicado. A dosagem do tratamento da esquistossomose é feita com praziquantel 50 mg/kg de peso para adultos e 60 mg/kg de peso para crianças, em dose única, ou com oxamniquina 15 mg/kg, somente para adultos, em dose única.
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