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Estatuto dos Servidores - Material completo para concursos

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ESTATUTO DOS 
SERVIDORES 
 
 
 
LEI Nº 10.261, DE 28 DE 
OUTUBRO DE 1968 
 
 
 
 
 
 
 
Profs. Marcos Girão, Paulo Guimarães e Paulo Bilynskyj 
Estatuto dos servidores 
LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968 
 
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Sumário 
 
Estatuto dos funcionários públicos civis do estado ..............................................................................................2 
 Introdução .............................................................................................................................................................................. 2 
 Provimento, do Exercício e da Vacância dos Cargos Públicos .........................................................................3 
 Promoção............................................................................................................................................................................................ 8 
 Direitos e das Vantagens de Ordem Pecuniária ..............................................................................................................10 
 Vencimento e da Remuneração Posse ...............................................................................................................................10 
 Vantagens de Ordem Pecuniária .......................................................................................................................................11 
 Acumulações Remuneradas ..............................................................................................................................................14 
 Direitos e Vantagens em Geral ............................................................................................................................ 15 
 Férias...............................................................................................................................................................................................15 
 Licenças .......................................................................................................................................................................................15 
 Estabilidade...............................................................................................................................................................................17 
 Disponibilidade ...................................................................................................................................................................17 
 Aposentadoria ..................................................................................................................................................................17 
 Assistência ao Funcionário .......................................................................................................................................18 
 Direito de Petição ........................................................................................................................................................18 
 Deveres, das Proibições e da Responsabilidade ................................................................................ 19 
 Deveres e Proibições ..................................................................................................................................................19 
 Responsabilidades .....................................................................................................................................................21 
 Penalidades, da Extinção da Punibilidade e das Providências Preliminares ........................ 22 
 Penalidades e de sua Aplicação .............................................................................................................................22 
 Providências Preliminares ....................................................................................................................................24 
 Procedimento Disciplinar ..................................................................................................................... 25 
 Disposições Gerais ..................................................................................................................................................25 
 Sindicância...............................................................................................................................................................25 
 Processo Administrativo ...............................................................................................................................26 
 Processo por Abandono do Cargo ou Função e por Inassiduidade ...........................................28 
 Recursos ...........................................................................................................................................................29 
 Revisão ...........................................................................................................................................................29 
 Questões ............................................................................................................................................ 30 
 Gabarito ...........................................................................................................................................................40 
Estatuto dos servidores 
LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968 
 
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ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS 
CIVIS DO ESTADO 
LEI Nº 10.261, DE 28 DE OUTUBRO DE 1968 
 
1. Introdução 
Um dos problemas que enfrentaremos ao estudar o Estatuto é a idade da lei. Digo isso porque trata-se de 
uma lei com décadas de idade, e certamente ela mencionará alguns institutos e situações que não mais 
existem, e a interpretação de algumas normas deverá passar pelas regras da Constituição Federal de 1988 
e por decisões dos tribunais. 
 
DEFINIÇÕES BÁSICAS: 
 Funcionário Público: Pessoa investida em cargo público. 
 Cargo Público : Conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um funcionário. Aos cargos 
públicos serão atribuídos valores determinados por referências numéricas, seguidas de letras em ordem 
alfabética, indicadoras de graus. O conjunto de referência e grau constitui o padrão do cargo. 
 Classe: Conjunto de cargos de mesma denominação. 
 Carreira: Conjunto de classes da mesma natureza de trabalho, escalonadas segundo o nível de 
complexidade e o grau de responsabilidade. 
 Quadro: Conjunto de carreiras e de cargos isolados. 
 
Artigo 2º - As disposições desta lei não se aplicam aos empregados das autarquias, entidades paraestatais e 
serviços públicos de natureza industrial, ressalvada a situação daqueles que, por lei anterior, já tenham a 
qualidade de funcionário público. 
 
O âmbito de aplicabilidade do Estatuto se restringe aos servidores públicos estatutários do Estado de São 
Paulo. Na época da edição do Estatuto, as autarquias e as fundações públicas contavam com empregados, 
mas hoje essas entidades contam, em regra, com servidores estatutários, regidos pelas normas que 
estamos estudando. 
Estatuto dos servidores 
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Por outro lado, as empresas públicas e as sociedades de economia mista estaduais contam com 
empregados públicos, regidos pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho. 
 
Artigo10 - É vedado atribuir ao funcionário serviços diversos dos inerentes ao seu cargo, exceto as funções 
de chefia e direção e as comissões legais. 
 
Sempre que ensino a respeito de estatutos de servidores, costumo comparar um cargo à cadeira onde o 
servidor senta. Pois bem, um cargo é um “espaço” na Administração, que corresponde, como você já sabe, 
a um conjunto de atribuições e responsabilidades. Essas responsabilidades são definidas em lei, e por isso 
não se pode atribuir qualquer função ao funcionário público. Aproveito para esclarecer que hoje a 
nomenclatura adotada para referir-se aos agentes públicos estatutários é “servidor público”. 
 
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2. Do Provimento, do Exercício e da Vacância 
dos Cargos Públicos 
Artigo 11 - Os cargos públicos serão providos por: 
I - nomeação; 
II - transferência; 
III - reintegração; 
IV - acesso; 
V - reversão; 
VI - aproveitamento; e 
VII - readmissão. 
 
Estas são as famosíssimas formas de provimento do cargo público, ou seja, são os atos por meio dos quais 
os cargos públicos são preenchidos. A seguir trago os conceitos básicos de cada uma delas, para que você 
possa relembrar. Em seguida estudaremos as regras adicionais trazidas pelo Estatuto. 
NOMEAÇÃO → A nomeação é o ato por meio do qual o candidato aprovado em concurso público é 
convocado para tomar posse, assumindo assim a condição de servidor público. A regra geral é que a 
nomeação seja posterior à aprovação em concurso público, mas também existem os chamados cargos em 
comissão, cuja nomeação é de livre escolha da autoridade competente, não sendo necessária a aprovação 
em seleção. Neste caso também estaremos diante de uma nomeação. Apenas os requisitos são diferentes. 
TRANSFERÊNCIA → Esta é uma forma de provimento que não foi recepcionada pela Constituição de 
1988. Esse tipo de provimento ocorria quando um servidor passava de um cargo para outro dentro de um 
mesmo quadro. Frequentemente isso ocorria por meio de seleção interna. 
REINTEGRAÇÃO → A reintegração ocorre quando um servidor público é punido com a penalidade de 
demissão, e por isso perde o cargo, mas posteriormente consegue anular essa penalidade por via 
administrativa ou judicial. Seu retorno ao cargo, nesse caso, é chamado de reintegração. 
ACESSO → O acesso é uma forma de provimento que ainda aparece em leis antigas, não tendo sido 
recepcionada pela Constituição Federal de 1988. Por meio dessa forma de provimento, um servidor 
público poderia passar a ocupar outro cargo diferente daquele para o qual foi aprovado. Era o que 
acontecia com frequência, por exemplo, quando alguém era aprovado para um cargo de nível médio, e, 
depois de obter formação universitária, podia acessar um cargo de nível superior. 
REVERSÃO → A reversão ocorre quando o servidor aposentado retorna ao serviço ativo. Isso pode 
ocorrer se a aposentadoria por invalidez for invalidada após comprovação de que o servidor pode 
retornar ao serviço, e hoje também é aceita a possibilidade de reversão a pedido, sob certas 
circunstâncias. 
APROVEITAMENTO → O aproveitamento também é uma espécie de retorno ao serviço público, mas não 
do servidor demitido, e sim daquele que foi posto em disponibilidade. Caso você nunca tenha estudado 
Direito Administrativo, a disponibilidade é uma situação especial em que o servidor pode ser posto em 
alguns casos bastante específicos. Quando está em disponibilidade, o servidor público não precisa 
trabalhar, e recebe remuneração proporcional ao seu tempo de serviço. Pois bem, quando esse servidor 
for chamado de volta, passará pelo aproveitamento. 
READMISSÃO → Esta forma de provimento, que não existe mais, ocorria quando, em algumas situações, o 
servidor que foi desligado do serviço público podia retornar por vontade própria. 
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Artigo 13 - As nomeações serão feitas: 
I - em caráter vitalício, nos casos expressamente previstos na Constituição do Brasil; 
II - em comissão, quando se tratar de cargo que em virtude de lei assim deva ser provido; e 
III - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento dessa natureza. 
 
Já expliquei a você a diferença entre os cargos públicos efetivos e os cargos públicos em comissão, não é 
mesmo? As nomeações em caráter vitalício, por sua vez, ocorrem para alguns cargos específicos, a 
exemplo dos magistrados e dos membros dos tribunais de contas, que são regidos por estatutos próprios. 
 
Artigo 14 - A nomeação para cargo público de provimento efetivo será precedida de concurso público de 
provas ou de provas e títulos. 
 
Pois bem, cargos efetivos somente podem ser ocupados por aprovados em concurso público. Isso você já 
está cansado de saber. Esse concurso pode ser de provas ou de provas e títulos. 
A diferença entre um e outro é bem simples: nesta última modalidade, além da pontuação atribuída como 
resultado das provas, os candidatos também fazem jus a pontuação em razão de formação ou de 
experiência. Um candidato pode receber pontos adicionais, por exemplo, por ser graduado numa área 
específica ou por ter concluído curso de pós-graduação. 
 
Artigo 17 - Os concursos serão regidos por instruções especiais, expedidas pelo órgão competente. 
 
As instruções especiais em geral estão dispostas no edital do concurso público, e entre essas instruções é 
necessário determinar se o concurso será de provas ou de provas e títulos, bem como as condições para 
provimento do cargo referentes a diplomas ou experiência de trabalho, capacidade física e conduta. 
Além disso, as instruções especiais deverão informar o tipo e conteúdo das provas (e as categorias de 
títulos, se houver), a forma de julgamento das provas e títulos, os critérios de habilitação e de 
classificação, e o prazo de validade do concurso. 
A validade é o período em que os candidatos aprovados poderão ser nomeados. A nomeação, obviamente, 
deverá obedecer à ordem de classificação no concurso, e a validade, de acordo com a Constituição 
Federal, deverá ser de no máximo dois anos, sendo possível a prorrogação por igual período. 
 
Artigo 23 - Haverá substituição no impedimento legal e temporário do ocupante de cargo de chefia ou de 
direção. 
 
Quando um ocupante de cargo de chefia ou direção estiver ausente ou impedido de atuar, ele deverá ser 
substituído. Essa substituição sempre recairá sobre outro servidor público, e poderá ser automática. Isso 
significa que poderá haver uma norma (normalmente uma portaria) determinando que, nas ausências do 
ocupante do cargo de direção ou chefia, o substituto será determinado servidor. 
Quando a substituição não for automática, dependerá de ato da autoridade competente, por meio do qual 
o substituto será formalmente designado. 
Durante o tempo em que exercer a substituição, o substituto terá direito a perceber o valor do padrão e as 
vantagens pecuniárias inerentes ao cargo do substituído e mais as vantagens pessoais a que fizer jus. 
Ocorrendo a vacância (saída definitiva do titular do cargo de direção ou chefia), o substituto passará a 
responder pelo expediente da unidade ou órgão correspondente até o provimento do cargo. 
 
Artigo 30 - A reintegração é o reingresso no serviço público, decorrente da decisão judicial passada em 
julgado, com ressarcimento de prejuízos resultantes do afastamento. 
 
A reintegração do servidor que teve invalidada sua demissão será feita no mesmo cargo que ocupava 
anteriormente. Se este cargo tiver sido transformado, a reintegração será feita no cargo resultante da 
transformação. 
Se o cargo estiver preenchido, o seu ocupante será exonerado, ou, se ocupava outro cargo, a este será 
reconduzido ao cargo que ocupava anteriormente, sem direito a indenização. 
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Se o cargo houver sido extinto, a reintegração se fará em cargo equivalente, respeitadaa habilitação 
profissional. Se isso não for possível, o reintegrado ficará em disponibilidade no cargo que exercia. 
 
Artigo 32 - Transitada em julgado a sentença, será expedido o decreto de reintegração no prazo máximo de 
30 dias. 
 
O trânsito em julgado nada mais é do que o momento em que a decisão judicial. Uma sentença transitada 
em julgado, portanto, é aquela contra a qual não cabe mais nenhum recurso. A partir deste momento o 
Estado de São Paulo terá o prazo de 30 dias para expedir o decreto de reintegração. 
 
Transitada em julgado a sentença que invalida a demissão, deverá ser expedido o decreto de reintegração 
no prazo máximo de 30 dias. 
 
Artigo 35 - Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público a pedido ou ex-officio. 
 
A reversão ex-officio ocorrerá quando forem consideradas insubsistentes as razões que determinaram a 
aposentadoria por invalidez. 
Em regra, a reversão não poderá ocorrer se o aposentado já tiver mais de 58 anos de idade, mas isso é 
possível se estivermos falando da reversão ex-officio. 
Não poderá reverter à atividade o aposentado que contar mais de 58 anos de idade, a não ser quando a 
reversão for feita ex-officio. 
 
Além do limite de idade, a reversão também depende de inspeção médica, por meio da qual deverá ficar 
comprovada a capacidade para o exercício do cargo. 
Se o servidor for revertido e não tomar posse ou não entrar em exercício no prazo legal, a reversão ex-
officio será tornada sem efeito e sua aposentadoria será cassada. 
 
Artigo 37 - Aproveitamento é o reingresso no serviço público do funcionário em disponibilidade. 
 
O aproveitamento será feito, na medida do possível, em cargo de natureza e padrão de vencimentos 
correspondentes ao que o servidor ocupava, não podendo ser feito em cargo de padrão superior. Por 
outro lado, se o aproveitamento se der em cargo de padrão inferior ao provento da disponibilidade, o 
servidor terá direito a receber a diferença. 
Assim como a reversão, o aproveitamento depende de inspeção médica, por meio da qual deverá ficar 
provada a capacidade para o exercício do cargo. Se a inspeção médica julgar o servidor incapaz para o 
serviço público, ele será aposentado no cargo anteriormente ocupado. 
Se o servidor aproveitado não tomar posse e não entrar em exercício dentro do prazo legal, o 
aproveitamento será tornado sem efeito e a disponibilidade será cassada. 
 
Artigo 41 - Readaptação é a investidura em cargo mais compatível com a capacidade do funcionário e 
dependerá sempre de inspeção médica. 
 
A readaptação ocorre quando o servidor público sofre uma limitação na sua capacidade laborativa. O 
exemplo mais comumente oferecido pelos livros de Direito Administrativo é o do ascensorista que sofre 
um acidente e perde a mão. Ele então precisaria ser investido em um cargo mais adequado à sua nova 
condição. 
 
Artigo 43 - A remoção, que se processará a pedido do funcionário ou ex-officio, só poderá ser feita: 
I - de uma para outra repartição, da mesma Secretaria; e 
II - de um para outro órgão da mesma repartição. 
 
A remoção nada mais é do que o deslocamento do servidor público de um setor para outro. Importante 
salientar que a remoção pode envolver ou não a mudança de sede do servidor, ok!? Se ele for removido 
para um outro órgão da mesma repartição, ainda assim haverá remoção. 
Estatuto dos servidores 
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A remoção poderá ocorrer por meio de permuta, e neste caso será processada a requerimento de ambos 
os interessados, com anuência dos respectivos chefes. 
 
Artigo 45 - O funcionário não poderá ser removido ou transferido ex-officio para cargo que deva exercer 
fora da localidade de sua residência, no período de 6 (seis) meses antes e até 3 (três) meses após a data das 
eleições. 
 
Essa proibição é bastante interessante, e por meio dela o Estatuto evita que haja remoções de ofício que 
impliquem em mudança de residência pouco antes ou pouco depois de eleições federais, estaduais ou 
municipais. 
 
Artigo 46 - Posse é o ato que investe o cidadão em cargo público. 
 
A posse é o ato subsequente à nomeação no encadeamento de atos referentes à vida funcional do 
servidor. 
 
Artigo 47 - São requisitos para a posse em cargo público: 
I - ser brasileiro; 
II - ter completado 18 (dezoito) anos de idade; 
III - estar em dia com as obrigações militares; 
IV - estar no gozo dos direitos políticos; 
V - ter boa conduta; 
VI - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção realizada por órgão médico oficial do Estado, para 
provimento de cargo efetivo, ou mediante apresentação de Atestado de Saúde Ocupacional, expedido por 
médico registrado no Conselho Regional correspondente, para provimento de cargo em comissão; 
VII - possuir aptidão para o exercício do cargo; e 
VIII - ter atendido às condições especiais prescritas para o cargo. 
 
Aqui há a menção à possibilidade de prescrições em leis especiais para ocupar determinados cargos. Esse 
é o caso dos cargos que exigem formação específica, como os de profissionais da saúde ou privativos de 
bacharel em Direito por exemplo. 
Com relação ao inciso VI, a deficiência física comprovadamente estacionária não será considerada 
impedimento para a caracterização da capacidade psíquica e somática, desde que tal deficiência não 
impeça o desempenho normal das funções inerentes ao cargo. 
Na minha modesta opinião você não deve ficar tentando memorizar esses requisitos. Para quem já tem 
alguma experiência com Direito Administrativo vai ser fácil lembra-los para a prova. 
 
Artigo 48 - São competentes para dar posse: 
I - Os Secretários de Estado, aos diretores gerais, aos diretores ou chefes das repartições e aos funcionários 
que lhes são diretamente subordinados; e 
II - Os diretores gerais e os diretores ou chefes de repartição ou serviço, nos demais casos, de acordo com o 
que dispuser o regulamento. 
 
Quando estivermos falando de altas autoridades, a competência para dar posse será dos Secretários de 
Estado, que também são competentes para dar posse a servidores que lhes sejam diretamente 
subordinados. Os demais servidores tomarão posse perante os diretores gerais, diretores ou chefes de 
repartição ou serviço, de acordo com o regulamento do órgão ou entidade. 
 
Artigo 49 - A posse verificar-se-á mediante a assinatura de termo em que o funcionário prometa cumprir 
fielmente os deveres do cargo. 
 
O termo de posse é um documento importantíssimo, assinado pelo novo servidor no ato da posse. A posse 
poderá ser tomada por procuração quando se tratar de funcionário ausente do Estado, em comissão do 
Governo ou, em casos especiais, a critério da autoridade competente. 
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Outra informação importante, e que você deve guardar bem para a prova, é que a posse deve ocorrer no 
prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento. Esse prazo pode ser prorrogado, a 
requerimento do interessado, por mais 30 dias. 
A posse deve ocorrer no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento. Esse prazo pode 
ser prorrogado, a requerimento do interessado, por mais 30 dias. 
 
A posse por procuração é permitida quando o empossado estiver ausente do estado, em comissão do 
Governo, e em casos especiais, a juízo da autoridade competente. 
Se a posse não ocorrer dentro do prazo, será tornado sem efeito o ato de provimento. 
 
Artigo 60 - O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados: 
I - da data da posse; e 
II - da data da publicação oficial do ato, no caso de remoção. 
 
No encadeamento dos atos funcionais, após a posse temos o exercício. O prazo também é de 30 dias, 
contados da data da posse ou do ato de remoção. Esse prazo pode ainda ser prorrogado por mais 30 dias 
a requerimento do interessado, a juízo da autoridade competente. 
Se o novo servidor não entrar em exercício no prazo será exonerado do cargo. O responsável por dar 
exercícioao novo servidor é o chefe do serviço. 
 
Artigo 61 - Em caso de mudança de sede, será concedido um período de trânsito, até 8 (oito) dias, a contar 
do desligamento do funcionário. 
 
Este período de até 8 dias normalmente é chamado de período de trânsito, e é concedido ao servidor que 
precisa deslocar-se em razão de ter sido removido para outra sede. 
 
Artigo 68 - O funcionário poderá ausentar-se do Estado ou deslocar-se da respectiva sede de exercício, para 
missão ou estudo de interesse do serviço público, mediante autorização expressa do Governador. 
 
Essas ausências exigem autorização do Governador, bem como os afastamentos de servidores para 
participação em congressos e outros certames culturais, técnicos ou científicos. 
 
Artigo 70 - O servidor preso em flagrante, preventiva ou temporariamente ou pronunciado será considerado 
afastado do exercício do cargo, com prejuízo da remuneração, até a condenação ou absolvição transitada 
em julgado. 
 
Esta é uma norma bastante interessante para a sua prova. Veja bem, o servidor que for preso será 
considerado afastado do exercício do cargo, e ficará sem receber remuneração. Perceba que estamos 
falando de prisão, e não simplesmente da existência de processo criminal. O fato do servidor ser réu em 
ação penal não gera nenhum prejuízo, até porque ainda não houve condenação. 
Se o servidor preso for condenado ao final do processo judicial, o afastamento sem remuneração 
continuará até o cumprimento total da pena, em regime fechado ou semi-aberto, salvo na hipótese em 
que a decisão condenatória determinar a perda do cargo público. Neste caso, obviamente, ele perderá 
imediatamente o cargo. 
 
O servidor preso em flagrante, preventiva ou temporariamente ou pronunciado será considerado 
afastado do exercício do cargo, com prejuízo da remuneração, até a condenação ou absolvição transitada 
em julgado. 
 
Artigo 72 - O funcionário, quando no desempenho do mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado 
de seu cargo, com prejuízo do vencimento ou remuneração. 
 
Você percebeu que o art. 72 somente menciona o afastamento nos casos de desempenho de mandato 
eletivo federal e estadual? Pois bem, as regras no caso de mandato municipal são um pouco diferentes, 
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pois o servidor pode optar entre a remuneração do cargo de Prefeito ou Vereador e a remuneração do 
cargo efetivo. 
Além disso, é proibida a remoção ou transferência do servidor durante o exercício do mandato. 
 
Artigo 75 - O funcionário, devidamente autorizado pelo Governador, poderá afastar-se do cargo para 
participar de provas de competições desportivas, dentro ou fora do Estado. 
 
Esse afastamento para participar de competições desportivas pode referir-se tanto a competições no 
âmbito do Estado quanto fora dele. É o que ocorre, por exemplo, se tivermos um servidor atleta que 
disputará um campeonato mundial ou os jogos olímpicos. 
Quando estiver afastado para representar o Brasil ou o Estado em competições desportivas oficiais, o 
servidor receberá normalmente seu vencimento ou remuneração. 
 
 
 
 
 
3. Da Promoção 
 
Artigo 87 – Promoção é a passagem do funcionário de um grau a outro da mesma classe e se processará 
obedecidos, alternadamente, os critérios de merecimento e de antiguidade na forma que dispuser o 
regulamento. 
 
A promoção ocorre quando o servidor passa de um grau a outro dentro da mesma classe. É o movimento 
natural do servidor ao longo de sua carreira, que ocorre quando o servidor preenche alguns requisitos 
previstos em lei. 
Já de cara sabemos que o servidor pode ser promovido pela aplicação dos critérios do merecimento e da 
antiguidade. Basicamente podemos dizer que o servidor que é promovido por merecimento vai primeiro, 
enquanto aquele que vai pela antiguidade demora mais a progredir. 
 
I. MERECIMENTO 
O merecimento do funcionário será apurado em pontos positivos e negativos. 
a) Os pontos positivos se referem a condições de eficiência no cargo e ao aperfeiçoamento funcional 
resultante do aprimoramento dos seus conhecimentos. 
b) Os pontos negativos resultam da falta de assiduidade e da indisciplina. 
O funcionário terá ciência do resultado da apuração do merecimento. 
 
II. ANTIGUIDADE 
A antiguidade será determinada pelo tempo de efetivo exercício no cargo e no serviço público, apurado 
em dias. 
 
Artigo 91 - As promoções serão feitas em junho e dezembro de cada ano, dentro de limites percentuais a 
serem estabelecidos em regulamento e corresponderão às condições existentes até o último dia do semestre 
imediatamente anterior. 
 
Já houve questões em concursos cobrando os momentos em que a promoção é realizada. No caso do 
Estado de São Paulo, teremos promoções nos meses de junho e dezembro de cada ano, e os limites serão 
estabelecidos por meio de regulamento específico. 
Os direitos e vantagens que decorrerem da promoção serão contados a partir da publicação do ato, salvo 
quando publicado fora do prazo legal, caso em que vigorará a contar do último dia do semestre a que 
corresponder. 
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Caso um servidor seja promovido indevidamente, a promoção será declarada sem efeito, e ele não ficará 
obrigado a restituir os valores recebidos, a não ser que tenha prestado declaração falsa ou se omitido 
intencionalmente. 
 
Artigo 96 - O funcionário em exercício de mandato eletivo federal ou estadual ou de mandato de prefeito, 
somente poderá ser promovido por antiguidade. 
 
Caso o servidor estadual esteja exercendo mandato eletivo, ele não perderá seu cargo efetivo. Se 
estivermos falando de mandato federal ou estadual ou, ainda, de prefeito, ele somente poderá ser 
promovido por antiguidade. Caso o mandato seja de vereador, haverá outras regras, pois é possível que, a 
depender das circunstâncias, o servidor continue exercendo seu cargo efetivo ao mesmo tempo em que 
assume a vereança. 
 
Artigo 97 - Não serão promovidos por merecimento, ainda que classificados dentro dos limites estabelecidos 
no regulamento, os funcionários que tiverem sofrido qualquer penalidade nos dois anos anteriores à data de 
vigência da promoção. 
 
Caso o servidor tenha sofrido punição disciplinar nos últimos dois anos, ele não poderá ser promovido 
por merecimento. Lembre-se de que a punição disciplinar é consequência do cometimento de infração 
administrativa. No momento oportuno do nosso curso estudaremos as infrações administrativas e o 
procedimento disciplinar para a aplicação de punições. 
Caso o servidor esteja respondendo processo administrativo, ele poderá ser promovido por merecimento, 
mas essa promoção ficará sem efeito se o processo resultar em penalidade. 
 
O processamento das promoções cabe à Comissão de Promoção, que será instalada em cada Secretaria de 
Estado. As atribuições de cada uma das comissões são as seguintes: 
a) eleger o respectivo presidente; 
b) decidir as reclamações contra a avaliação do mérito, podendo alterar, fundamentalmente, os pontos 
atribuídos ao reclamante ou a outros funcionários; 
c) avaliar o mérito do funcionário quando houver divergência igual ou superior a 20 pontos entre os 
totais atribuídos pelas autoridades avaliadoras; 
d) propor à autoridade competente a penalidade que couber ao responsável pelo atraso na expedição e 
remessa do Boletim de Promoção, pela falta de qualquer informação ou de elementos solicitados, pelos 
fatos de que decorram irregularidade ou parcialidade no processamento das promoções; 
e) Avaliar os títulos e os certificados de cursos apresentados pelos funcionários; e 
f) dar conhecimento aos interessados, mediante afixação na repartição, das alterações de pontos feitos 
nos Boletins de Promoção, bem como dos pontos atribuídos pelos títulos e certificados de cursos. 
 
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4. Direitos e das Vantagens deOrdem 
Pecuniária 
 
4.1 - DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO 
 
Artigo 108 - Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente 
ao valor do respectivo padrão fixado em lei, mais as vantagens a ele incorporadas para todos os efeitos 
legais. 
 
Artigo 109 - Remuneração é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, 
correspondente a 2/3 do respectivo padrão, mais as quotas ou porcentagens que, por lei, lhe tenham sido 
atribuídas e as vantagens pecuniárias a ela incorporadas. 
 
Vencimento é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao valor 
do respectivo padrão fixado em lei, mais as vantagens a ele incorporadas para todos os efeitos legais. 
Remuneração é a retribuição paga ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente a 2/3 
do respectivo padrão, mais as quotas ou porcentagens que, por lei, lhe tenham sido atribuídas e as 
vantagens pecuniárias a ela incorporadas. 
 
Artigo 110 - O funcionário perderá: 
I - o vencimento ou remuneração do dia, quando não comparecer ao serviço, salvo no caso previsto no § 1º 
deste artigo; e 
II - 1/3 do vencimento ou remuneração diária, quando comparecer ao serviço dentro da hora seguinte à 
marcada para o início do expediente ou quando dele retirar-se dentro da última hora. 
 
Se o servidor não comparecer ao serviço, obviamente deverá perder o vencimento ou remuneração 
referente àquele dia. A exceção fica por conta da previsão de 6 faltas por ano (no máximo uma por mês), 
em razão de moléstia ou outro motivo relevante, que poderão ser abonadas pelo superior imediato, a 
requerimento do servidor, no primeiro dia útil subsequente ao da falta. A outra previsão de perda de 
vencimento ou remuneração se refere ao servidor que chega atrasado até uma hora ou que sai até uma 
hora mais cedo. Neste caso ele perderá o valor referente a 1/3 do vencimento ou remuneração. 
 
Artigo 111 - As reposições devidas pelo funcionário e as indenizações por prejuízos que causar à Fazenda 
Pública Estadual, serão descontadas em parcelas mensais não excedentes da décima parte do vencimento ou 
remuneração ressalvados os casos especiais previstos neste Estatuto. 
 
Esta é outra possibilidade de desconto no vencimento ou remuneração do servidor, que ocorrerá quando 
ele precisar fazer reposições ao erário estadual ou quando tiver a obrigação de indenizar prejuízos 
causados à Fazenda Pública Estadual. Nestes casos haverá um desconto no vencimento ou remuneração, 
de no máximo 10% da remuneração mensal. 
 
Artigo 113 - O vencimento, remuneração ou qualquer vantagem pecuniária atribuídos ao funcionário, não 
poderão ser objeto de arresto, sequestro ou penhora, salvo: 
I - quando se tratar de prestação de alimentos, na forma da lei civil; e 
II - nos casos previstos no Capítulo II do Título VI deste Estatuto. 
 
Em regra, o vencimento ou remuneração do servidor não podem sofrer arresto, sequestro ou penhora. 
Essas três medidas são utilizadas pelo Poder Judiciário para constranger alguém a pagar obrigações 
devidas, mas elas não podem alcançar o vencimento ou remuneração em razão do seu caráter de verba 
alimentar. 
 
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Em outras palavras, os valores que o servidor recebe são necessários para sua subsistência, e por isso não 
podem ser objeto dessas medidas judiciais. 
Esta regra, porém, tem exceções. A primeira delas é a necessidade de prestação de alimentos, que ocorre 
quando o servidor tem o dever de prover o sustento de outras pessoas. Isso normalmente ocorre quando 
há a necessidade de pagar pensão alimentícia a ex-cônjuge e filhos. Como aqui também estamos diante de 
verba alimentar, o Poder Judiciário pode alcançar o vencimento ou remuneração. 
A outra exceção já foi mencionada por nós, e diz respeito à necessidade de reposição de valores ou 
indenização de prejuízos causados ao erário público estadual. 
 
Artigo 119 - Nos dias úteis, só por determinação do Governador poderão deixar de funcionar as repartições 
públicas ou ser suspenso o expediente. 
 
O horário de trabalho nas repartições é fixado pelo Governo, de acordo com a natureza e as necessidades 
do serviço. Em regra todos os serviços públicos devem funcionar nos dias úteis. As exceções dependem de 
determinação do Governador. 
 
Artigo 120 - Ponto é o registro pelo qual se verificará, diariamente, a entrada e saída do funcionário em 
serviço. 
 
A presença do servidor na repartição é verificada por meio de registro de ponto. O Estatuto estabelece 
que, nesse tipo de registro, devem ser usados preferencialmente meios mecânicos. 
Existem alguns casos previstos na legislação em que o servidor tem direito a uma flexibilização do horário 
de trabalho. É o caso do servidor estudante, para o qual poderão ser estabelecidas normas especiais de 
frequência, de acordo com regulamento específico. Mesmo o estudante, porém, não está dispensado do 
registro de ponto. 
 
Artigo 122 - O funcionário que comprovar sua contribuição para banco de sangue mantido por órgão 
estatal ou paraestatal, ou entidade com a qual o Estado mantenha convênio, fica dispensado de comparecer 
ao serviço no dia da doação. 
 
Esta é uma outra exceção, por meio da qual o Estatuto concede um dia de ausência ao trabalho ao 
servidor que comprovar que doou sangue. 
 
 
4.2 - DAS VANTAGENS DE ORDEM PECUNIÁRIA 
 
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VANTAGENS PECUNIÁRIAS 
ADICIONAIS 
POR TEMPO 
DE SERVIÇO 
- O servidor terá direito, após cada período de 5 anos, contínuos ou não, à percepção de 
adicional de 5% sobre o vencimento ou remuneração, a que se incorpora para todos os 
efeitos. 
- O servidor que completar 25 anos de efetivo exercício perceberá mais a sexta-parte do 
vencimento ou remuneração, a estes incorporada para todos os efeitos. 
- O servidor que exercer cumulativamente cargos ou funções, terá direito aos adicionais, 
isoladamente, referentes a cada cargo ou a função. 
GRATIFICAÇÕ
ES 
- Poderá ser concedida gratificação ao funcionário: 
a) pelaprestação de serviço extraordinário→será paga por hora de trabalho prorrogado ou 
antecipado (no máximo 2h por dia), na mesma razão percebida pelo funcionário em cada hora 
de período normal de trabalho. Além disso, não se pode conceder esta gratificação para 
remunerar outros serviços ou encargos. 
b) pelaelaboração ou execução de trabalho técnico ou científico ou de utilidade para o 
serviço público→será arbitrada pelo Governador, após a conclusão do trabalho. 
c) a título de representação, quando em função de gabinete, missão ou estudo fora do 
Estado ou designação para função de confiança do Governador→será arbitrada pelo 
Governador, ou por autoridade que a lei determinar, podendo ser percebida 
cumulativamente com a diária. 
d) quando designado para fazer parte de órgão legal de deliberação coletiva→ será fixada 
pelo Governador; e 
e) outras que forem previstas em lei. 
- Será punido com pena de suspensão e, na reincidência, com a de demissão, a bem do serviço 
público, o servidor que atestar falsamente a prestação de serviço extraordinário; e que se 
recusar, sem justo motivo, à prestação de serviço extraordinário. 
- É vedado conceder gratificação por serviço extraordinário, com o objetivo de remunerar 
outros serviços ou encargos. 
- O funcionário que exercer cargo de direção não poderá perceber gratificação por serviço 
extraordinário. 
DIÁRIAS 
- Serão pagas, a título de indenização das despesas de alimentação e pousada, aoservidor que 
se deslocar temporariamente da respectiva sede, no desempenho de suas atribuições, ou em 
missão ou estudo, desde que relacionados com o cargo que exerce. 
- Não será concedida diária ao servidor removido ou transferido, durante o período de 
trânsito. 
- Não caberá a concessão de diária quando o deslocamento de servidor constituir exigência 
permanente do cargo ou função.- Entende-se por sede o município onde o funcionário tem exercício. 
- Não pode haver concessão de diárias nos casos de missão ou estudo fora do País. 
- O valor das diárias será fixado em decreto. 
- É vedado conceder diárias com o objetivo de remunerar outros encargos ou serviços. 
AJUDA DE 
CUSTO 
- Poderá ser concedida, a juízo da Administração, ao servidor que, no interesse do serviço, 
passar a ter exercício em nova sede. 
- A ajuda de custo destina-se a indenizar o funcionário das despesas de viagem e de nova 
instalação. 
- O transporte do funcionário e de sua família compreende passagem e bagagem e correrá por 
conta do Governo. 
- O valor da ajuda de custo será arbitrado pelos Secretários de Estado, não podendo exceder o 
correspondente a 3 vezes o valor do padrão do cargo. 
- A ajuda de custo será concedida ao servidor designado para serviço ou estudo no 
estrangeiro. 
- Não será concedida ajuda de custo: 
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a) ao servidor que se afastar da sede ou a ela voltar, em virtude de mandato eletivo; e 
b) ao que for afastado junto a outras Administrações. 
- O servidor que recebeu ajuda de custo, se for obrigado a mudar de sede dentro do período 
de 2 anos poderá receber, apenas, 2/3 do benefício que lhe caberia. 
- Quando o servidor for incumbido de serviço que o obrigue a permanecer fora da sede por 
mais de 30 dias, poderá receber ajuda de custo sem prejuízos das diárias que lhe couberem. 
- Restituirá a ajuda de custo que tiver recebido: 
a) o servidor que não seguir para a nova sede dentro dos prazos fixados, salvo motivo 
independente de sua vontade, devidamente comprovado sem prejuízo da pena disciplinar 
cabível; 
b) o servidor que, antes de concluir o serviço que lhe foi cometido, regressar da nova sede, 
pedir exoneração ou abandonar o cargo. 
SALÁRIO-
FAMÍLIA E 
SALÁRIO-
ESPOSA 
O salário-família será concedido ao servidor ou ao inativo por: 
a) filho menor de 18 anos; e 
b) filho inválido de qualquer idade. 
- Consideram-se dependentes, desde que vivam total ou parcialmente às expensas do 
funcionário, os filhos de qualquer condição, os enteados e os adotivos. 
- A invalidez é a incapacidade total e permanente para o trabalho. 
- Quando o pai e a mãe tiverem a condição de servidor público e viverem em comum, o 
salário-família será concedido a apenas um deles. Se não viverem em comum, será concedido 
ao que tiver os dependentes sob sua guarda, ou a ambos, de acordo com a distribuição de 
dependentes. 
- Não será pago o salário-família nos casos em que o servidor deixar de perceber o respectivo 
vencimento ou remuneração. 
É vedada a percepção de salário-família por dependente em relação ao qual já esteja sendo 
pago este benefício por outra entidade pública federal, estadual ou municipal, ficando o 
infrator sujeito às penalidades da lei. 
- O salário-esposa será concedido ao funcionário que não perceba vencimento ou 
remuneração de importância superior a 2 vezes o valor do menor vencimento pago pelo 
Estado, desde que a mulher não exerça atividade remunerada. 
OUTRAS 
CONCESSÕES 
PECUNIÁRIAS 
- Ressarcimento de danos e prejuízos→O Estado assegurará ao servidor o direito de pleno 
ressarcimento de danos ou prejuízos, decorrentes de acidentes no trabalho, do exercício em 
determinadas zonas ou locais e da execução de trabalho especial, com risco de vida ou saúde. 
-Transporte para tratamento→Ao servidor licenciado, para tratamento de saúde poderá ser 
concedido transporte, se decorrente do tratamento, inclusive para pessoa de sua família. 
- Transporte em caso de falecimento→Poderá ser concedido transporte à família do 
funcionário, quando este falecer fora da sede de exercício, no desempenho de serviço.Só serão 
atendidos os pedidos de transporte formulados dentro do prazo de 1 ano, a partir da data em 
que houver falecido o funcionário. 
- Auxílio-Funeral→Ao cônjuge, ao companheiro ou companheira ou, na falta destes, à pessoa 
que provar ter feito despesas em virtude do falecimento de servidor ativo ou inativo será 
concedido auxílio-funeral, a título de benefício assistencial, de valor correspondente a 1 mês 
da respectiva remuneração. 
- Prêmios em dinheiro em concursos de monografias→O Governo do Estado poderá conceder 
prêmios em dinheiro, dentro das dotações orçamentárias próprias, aos funcionários autores 
dos melhores trabalhos, classificados em concursos de monografias de interesse para o 
serviço público. 
 
 
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4.3. DAS ACUMULAÇÕES REMUNERADAS 
 
Artigo 171 - É vedada a acumulação remunerada, exceto: 
I - a de um juiz e um cargo de professor; 
II - a de dois cargos de professor; 
III - a de um cargo de professor e outro técnico ou científico; e 
IV - a de dois cargos privativos de médico. 
 
Não podemos dizer que este dispositivo não foi recepcionado, mas a regra da Constituição de 1988 a 
respeito da acumulação remunerada de cargos públicos é um pouquinho diferente. 
Veja o que diz o art. 37, XVI. 
 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de 
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
 
É importante que você saiba essas pequenas diferenças (na Constituição a possibilidade de acumulação é 
estendida a todos os profissionais de saúde e não apenas aos médicos, por exemplo), mas tenha em mente 
que, numa eventual questão de prova que cobrar estritamente a regra do Estatuto, você deve responder 
estritamente de acordo com o que está escrito no Estatuto, ok!? 
É preciso ter muito cuidado com a forma como essas questões são escritas, para você não correr o risco 
de errar por bobagem! 
Além disso, é importante também saber que a proibição de acumular se estende a cargos, funções ou 
empregos em autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, mas não se aplica aos 
aposentados, quanto ao exercício de mandato eletivo, cargo em comissão ou ao contrato para prestação 
de serviços técnicos ou especializados. 
 
Artigo 174 - Verificado, mediante processo administrativo, que o funcionário está acumulando, fora das 
condições previstas neste Capítulo, será ele demitido de todos os cargos e funções e obrigado a restituir o que 
indevidamente houver recebido. 
 
Se houver indícios de que está ocorrendo acumulação indevida de cargos, o servidor será submetido a 
processo administrativo e terá a oportunidade de defender-se. Se verificar-se que a acumulação ilícita 
realmente ocorreu, o servidor será demitido de todos os cargos e obrigado a restituir os valores que não 
deveria ter recebido. 
 
O servidor demitido nessas circunstâncias ficará ainda inabilitado por 5 anos para o exercício de função 
ou cargo público, inclusive em entidades que exerçam função delegada do poder público ou que sejam por 
este mantidas ou administradas. 
Por outro lado, se ficar comprovado que ele agiu de boa-fé (achando que poderia acumular licitamente) 
ele será mantido no cargo que exercer há mais tempo. 
 
Verificado, mediante processo administrativo, que o funcionário está acumulando, fora das condições 
previstas neste Capítulo, será ele demitido de todos os cargos e funções e obrigado a restituir o que 
indevidamente houver recebido. Além disso, ficará ainda inabilitado por 5 anos para o exercício de função 
ou cargo público, inclusive em entidades que exerçam função delegada do poder público ou que sejam por 
este mantidas ou administradas. 
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5. DIREITOS E VANTAGENS EM GERAL 
 
5.1. Das Férias 
 
Artigo 176 - O funcionário terá direito ao gozo de 30 dias de férias anuais, observada a escala que for 
aprovada.No Brasil, os trabalhadores em geral (tanto na iniciativa privada quanto no serviço público) têm direito a 
30 dias de férias remuneradas por ano. No caso dos servidores do Estado de São Paulo, temos a 
possibilidade de serem acumulados 2 períodos e férias, mas apenas quando houver necessidade do 
serviço. 
Para que sejam concedidas as primeiras férias será exigido 1 ano de exercício, ressalvados os casos de 
férias coletivas, no interesse da administração. Para essa finalidade o Estatuto permite também que o 
tempo de serviço prestado em outro cargo público seja levado em consideração, desde que entre a 
cessação do anterior e o início do novo exercício não haja interrupção superior a 10 dias. 
Além disso, o Estatuto proíbe que seja levada à conta de férias qualquer falta ao serviço. A escala de férias 
do ano seguinte deve ser elaborada pelo chefe da repartição ou serviço no mês de dezembro de cada ano. 
 
5.2. Das Licenças 
 
LICENÇAS PREVISTAS NO ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS 
LICENÇA PARA 
TRATAMENTO DE 
SAÚDE 
- Será concedida ao funcionário que, por motivo de saúde, estiver 
impossibilitado para o exercício do cargo. 
- Terá duração máxima de 4 anos, com vencimento ou remuneração. Findo esse 
prazo, o funcionário será submetido à inspeção médica e aposentado, desde que 
verificada a sua invalidez, permitindo-se o licenciamento além desse prazo, 
quando não se justificar a aposentadoria. 
- Dependerá de inspeção médica oficial e poderá ser concedida a pedido do 
funcionário ou de ofício. 
- A inspeção pode ser dispensada a critério do órgão oficial, quando a análise 
documental for suficiente para comprovar a incapacidade laboral, ou quando for o 
caso de licença para tratamento de saúde de curta duração. 
- O funcionário licenciado não poderá dedicar-se a qualquer atividade remunerada, 
sob pena de ser cassada a licença e de ser demitido por abandono do cargo, caso 
não reassuma o seu exercício dentro de 30 dias. 
LICENÇA AO 
FUNCIONÁRIO 
ACIDENTADO NO 
EXERCÍCIO DE SUAS 
ATRIBUIÇÕES OU 
ATACADO DE 
DOENÇA 
PROFISSIONAL 
- Será concedida com vencimento ou remuneração. 
- Não poderá exceder de 4 anos. 
- A comprovação do acidente será feita em procedimento próprio, que deverá 
iniciar-se no prazo de 10 dias, contados da data do acidente. 
- Considera-se também acidente: 
A) a agressão sofrida e não provocada pelo funcionário, no exercício de suas 
funções; 
B)a lesão sofrida pelo funcionário, quando em trânsito, no percurso usual para o 
trabalho. 
- O funcionário licenciado não poderá dedicar-se a qualquer atividade 
remunerada, sob pena de ser cassada a licença e de ser demitido por abandono do 
cargo, caso não reassuma o seu exercício dentro de 30 dias. 
LICENÇA À 
FUNCIONÁRIA 
GESTANTE 
- Terá a duração de 180 dias, com vencimento ou remuneração. 
- Poderá ser concedida a partir da 32ª semana de gestação, mediante 
documentação médica que comprove a gravidez e a respectiva idade gestacional. 
- Ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, será esta concedida 
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mediante a apresentação da certidão de nascimento e vigorará a partir da data do 
evento, podendo retroagir até 15 dias. 
- Durante a licença, cometerá falta grave a servidora que exercer qualquer 
atividade remunerada ou mantiver a criança em creche ou organização similar. 
LICENÇA POR 
MOTIVO DE 
DOENÇA EM 
PESSOA DA 
FAMÍLIA 
- Poderá ser concedida por motivo de doença do cônjuge e de 
parentes até segundo grau. 
- Será concedida com vencimentos ou remuneração até 1 mês e com os seguintes 
descontos: 
a) de 1/3, quando exceder a 1 mês até 3; 
b) de 2/3, quando exceder a 3 até 6; 
c) sem vencimento ou remuneração do sétimo ao vigésimo mês. 
LICENÇA PARA 
ATENDER A 
OBRIGAÇÕES 
CONCERNENTES AO 
SERVIÇO MILITAR 
- Será concedida ao funcionário que for convocado para o serviço militar e 
outros encargos da segurança nacional, sem vencimento ou remuneração. 
- Será concedida mediante comunicação do funcionário ao chefe da repartição 
ou do serviço, acompanhada de documentação oficial que prove a incorporação. 
- O funcionário desincorporado reassumirá imediatamente o exercício, sob pena 
de demissão por abandono do cargo, se a ausência exceder a 30 dias. 
LICENÇA PARA 
TRATAR DE 
INTERESSES 
PARTICULARES 
- Poderá ser concedida depois de 5 anos de efetivo exercício, sem vencimento ou 
remuneração. 
- Prazo máximo de 2 anos. 
- Poderá ser negada a licença quando o afastamento do funcionário for 
inconveniente ao interesse do serviço. 
- A licença poderá ser gozada parceladamente a juízo da Administração, desde 
que dentro do período de 3 anos. 
- O funcionário poderá desistir da licença, a qualquer tempo, reassumindo o 
exercício em seguida. 
- Só poderá ser concedida nova licença depois de decorridos 5 anos do término 
da anterior. 
LICENÇA À 
FUNCIONÁRIA 
CASADA COM 
FUNCIONÁRIO OU 
MILITAR 
- A funcionária terá direito à licença quando o marido for mandado servir, 
independentemente de solicitação, em outro ponto do Estado ou do território 
nacional ou no estrangeiro. 
- Será concedida mediante pedido devidamente instruído e vigorará pelo tempo 
que durar a comissão ou a nova função do marido. 
LICENÇA 
COMPULSÓRIA 
- É concedida, a juízo de autoridade sanitária competente, ao funcionário ao qual 
se possa atribuir a condição de fonte de infecção de doença transmissível. 
- Verificada a procedência da suspeita, o funcionário será licenciado para 
tratamento de saúde, considerando-se incluídos no período da licença os dias de 
licenciamento compulsório. 
- Quando não positivada a moléstia, deverá o funcionário retornar ao serviço, 
considerando-se o período de licença compulsória como de efetivo exercício, para 
todos os efeitos legais. 
LICENÇA PRÊMIO 
- Será concedida ao funcionário após cada período de 5 anos de exercício 
ininterrupto, desde que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa. 
- Terá duração de 90 dias. 
- O período da licença será considerado de efetivo exercício para todos os efeitos 
legais, e não acarretará desconto algum no vencimento ou remuneração. 
- O funcionário poderá requerer o gozo da licença-prêmio: 
a) por inteiro ou em parcelas não inferiores a 15 dias; 
b) até o implemento das condições para a aposentadoria voluntária. 
 
 
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5.3. Estabilidade 
 
Artigo 217 - É assegurada a estabilidade somente ao funcionário que, nomeado por concurso, contar mais 
de 2 anos de efetivo exercício. 
 
A estabilidade é a condição em razão da qual o servidor público somente pode perder o cargo em alguns 
casos bastante específicos, previstos na Constituição e na lei. Perceba que a previsão de período de 
aquisição de estabilidade do Estatuto é diferente da que hoje vigora na Constituição Federal. 
 
CF, Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público. 
 
Na prática, portanto, o servidor público do Estado de São Paulo precisa ter três anos de efetivo exercício 
para adquirir a estabilidade. 
Uma vez adquirida a estabilidade, o servidor só poderá ser demitido em virtude de sentença judicial ou 
mediante processo administrativo, assegurada ampla defesa. 
 
5.4. Disponibilidade 
 
Artigo 219 - O funcionário poderá ser posto em disponibilidade remunerada: 
I - no caso previsto no § 2º do art. 31; e 
II - quando, tendo adquirido estabilidade, o cargo for extinto por lei. 
 
A primeira hipótese de disponibilidade se refere ao servidor que é reintegrado e cujo cargo foi extinto. 
Esse servidor então será posto em disponibilidade até que seja possível aproveitá-lo em outro cargo. A 
segunda é a do servidor que já adquiriu estabilidade e cujo cargo foi extinto. 
A retribuição pecuniária no caso de disponibilidade é chamada de provento, e não poderá ser superior ao 
vencimentoou remuneração e vantagens às quais faz jus o funcionário. 
Além disso, qualquer alteração do vencimento ou remuneração e vantagens percebidas pelo funcionário 
em virtude de medida geral, será extensiva ao provento do disponível, na mesma proporção. 
 
5.5. Aposentadoria 
 
Artigo 222 - O funcionário será aposentado: 
I - por invalidez; 
II - compulsoriamente, aos 70 anos; e 
III - voluntariamente, após 35 anos de serviço(homens) e aos 30 anos de serviço (para mulheres) 
 
A primeira modalidade é a aposentadoria por invalidez, que só será concedida, após a comprovação da 
invalidez do funcionário, mediante inspeção de saúde realizada em órgão médico oficial. 
A segunda é a aposentadoria compulsória, que ocorrerá aos 70 anos de idade, de acordo com o Estatuto. 
Recentemente, porém, uma emenda constitucional estendeu ao serviço público a extensão da idade da 
aposentadoria compulsória para 75 anos. Essa aposentadoria é automática com o implemento da idade, 
não dependendo de qualquer requerimento por parte do servidor, devendo o servidor afastar-se 
imediatamente do serviço público, independentemente de publicação do ato da aposentadoria. A última 
modalidade é a aposentadoria voluntária, que ocorrerá quando o servidor completar 35 anos de serviço, 
quando homem, e 30 anos de serviço, quando mulher. A implementação dessa modalidade de 
aposentadoria depende da publicação do ato no Diário Oficial. Nos casos de invalidez e de aposentadoria 
voluntária, o provento corresponderá ao valor integral da remuneração ou provento que o servidor 
recebia na atividade. Nos demais casos os proventos serão proporcionais ao tempo de serviço. Por outro 
lado, o Estatuto também determina que o provento da aposentadoria não pode ser superior ao 
vencimento ou remuneração e demais vantagens percebidas pelo funcionário. 
Por fim, qualquer alteração no vencimento ou remuneração dos servidores da ativa deverá refletir no 
provento da aposentadoria correspondente. 
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5.6. Assistência ao Funcionário 
 
Artigo 233 - Nos trabalhos insalubres executados pelos funcionários, o Estado é obrigado a fornecer-lhes 
gratuitamente equipamentos de proteção à saúde. 
 
Os aspectos relacionados ao uso de equipamentos de proteção são levados muito a sério pela legislação 
trabalhista. O Estado não só deve fornecer esses equipamentos de forma gratuita, mas também os 
servidores são obrigados a utilizá-los, sob pena de suspensão. 
Os equipamentos de proteção aprovados por órgão competente, serão de uso obrigatório dos 
funcionários, sob pena de suspensão. 
 
Artigo 234 - Ao funcionário é assegurado o direito de remoção para igual cargo no local de residência do 
cônjuge, se este também for funcionário e houver vaga. 
 
O Estatuto prevê o direito de o servidor ser removido para onde residir seu cônjuge, mas há duas 
condicionantes: o cônjuge também deve ser servidor do Estado, e deve haver vaga para o mesmo cargo na 
localidade. 
 
Artigo 238 - O ato que remover ou transferir o funcionário estudante de uma para outra cidade ficará 
suspenso se, na nova sede, não existir estabelecimento congênere, oficial, reconhecido ou equiparado àquele 
em que o interessado esteja matriculado. 
 
Se o servidor for estudante, ele terá direito a obter vaga em estabelecimento congênere no novo local de 
trabalho. Se não houver essa possibilidade, porém, o ato de remoção ficará suspenso. 
 
O ato que remover ou transferir o funcionário estudante de uma para outra cidade ficará suspenso se, na 
nova sede, não existir estabelecimento congênere, oficial, reconhecido ou equiparado àquele em que o 
interessado esteja matriculado 
 
5.7. Direito de Petição 
 
Artigo 239 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, independentemente de pagamento, o direito 
de petição contra ilegalidade ou abuso de poder e para defesa de direitos. 
 
O direito de petição é assegurado pela Constituição Federal em seu art. 5º, nos termos do inciso XXXIV. 
CF, art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
 
O direito de petição é assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, de forma gratuita. Qualquer pessoa 
poderá reclamar sobre abuso, erro, omissão ou conduta incompatível no serviço público, e a 
Administração é proibida de recusar- se a protocolar, encaminhar ou apreciar a petição, sob pena de 
responsabilidade do agente. 
Além disso, ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como de pedir 
reconsideração e recorrer de decisões, no prazo de 30 dias, salvo previsão legal específica. 
 
Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como de pedir reconsideração e 
recorrer de decisões, no prazo de 30 dias, salvo previsão legal específica. 
 
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6. Deveres, das Proibições e da 
Responsabilidade 
 
 
6.1. DEVERES E PROIBIÇÕES 
 
DEVERES 
I - ser assíduo e pontual; 
Assiduidade é o comparecimento ao serviço, e a 
pontualidade se refere à chega e saída nos horários 
previstos. 
II - cumprir as ordens superiores, representando 
quando forem manifestamente ilegais; 
Se uma autoridade emite uma ordem 
manifestamente ilegal (claramente ilegal), cabe ao 
servidor que recebeu a ordem representar à 
autoridade superior para que tome providências no 
sentido de promover sua responsabilização. 
III - desempenhar com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido; 
IV – guardar sigilo sobre os assuntos da repartição e, 
especialmente, sobre despachos, decisões ou 
providências; 
O sigilo no serviço público hoje é objeto da Lei de 
Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011). Esta lei 
prevê a publicidade como regra, mas há uma série de 
hipóteses de sigilo previstas. 
V - representar aos superiores sobre todas as irregularidades de que tiver conhecimento no exercício de 
suas funções; 
VI – tratar com urbanidade as pessoas; 
Urbanidade nada mais é do que educação, 
sociabilidade. 
VII - residir no local onde exerce o cargo ou, onde autorizado; 
VIII - providenciar para que esteja sempre em ordem 
no assentamento individual, a sua declaração de 
família; individual, a sua em ordem, no 
A declaração de família contém informações acerca 
da família do servidor: nome e outros dados sobre 
seu cônjuge e filhos. 
IX - zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à sua guarda ou 
utilização; 
X - apresentar-se convenientemente trajado em 
serviço ou com uniforme determinado, quando for o 
caso; 
Os servidores devem utilizar roupas adequadas ao 
ambiente formal da repartição, e, quando for o caso, 
utilizar uniforme. 
XI - atender prontamente, com preferência sobre 
qualquer outro serviço, às requisições de papéis, 
documentos, informações ou providências que lhe 
forem feitas pelas autoridades judiciárias ou 
administrativas, para defesa do Estado, em Juízo; 
As autoridades judiciárias e administrativas aqui 
mencionadas são, por exemplo, magistrados, 
membros do Ministério Público, da Procuradoria-
Geral do Estado, dos órgãos policiais, etc. 
XII - cooperar e manter espírito de solidariedade com os companheiros de trabalho; 
XIII - estar em dia com as leis, regulamentos, 
regimentos, instruções e ordens de serviço que 
digam respeito às suas funções; e 
Os servidores precisam estar sempre atualizados em 
relação às leis e outras normas aplicáveis ao serviço. 
XIV - proceder na vida pública e privada na forma 
que dignifique a função pública. 
Perceba que a vida privada do servidor também 
importa para o conceito do servidor junto à 
administração pública. 
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PROIBIÇÕES 
I - retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento/objeto existente na 
repartição; 
II - entreter-se, durante as horas de trabalho, em leituras ou outras atividades estranhas ao serviço; 
III – deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada; 
IV - tratar de interesses particulares na repartição; 
V - promover manifestações de apreço ou desapreço dentro 
da repartição, ou tornar-se solidário com elas; 
São perigosas porque podem criar um clima 
de rivalidade entre os servidores. 
VI - exercer comércio entre os companheiros de serviço, promover ou subscrever listas de donativos 
dentro da repartição; e 
VII - empregar material do serviço público em serviço particular. 
VIII - fazer contratos de natureza comercial e industrial com 
o Governo, por si, ou como representante de outrem; 
Um servidor não deve negociar com a 
administração pública, já que poderia se 
beneficiar dos contatos. 
IX - participar da gerência ou administração de empresas 
bancárias ou industriais, ou de sociedades comerciais, que 
mantenham relações comerciais ou administrativas com o 
Governo do Estado, sejam por este subvencionadas ou 
estejam diretamente relacionadas com a finalidade da 
repartição ou serviço em que esteja lotado; 
Não está compreendida nesta proibição a 
participação do funcionário em sociedades 
em que o Estado seja acionista, bem assim na 
direção ou gerência de cooperativas e 
associações de classe, ou como seu sócio. 
X - requerer ou promover a concessão de privilégios, garantias de juros ou outros favores semelhantes, 
federais, estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria; 
XI - exercer, mesmo fora das horas de trabalho, emprego ou 
função em empresas, estabelecimentos ou instituições que 
tenham relações com o Governo, em matéria que se 
relacione com a finalidade da repartição ou serviço em que 
esteja lotado; 
Conflito de interesses entre o servidor e a 
administração pública. Se o servidor tem 
relações profissionais com uma instituição 
que tenha relação com o Governo, poderá 
utilizar sua posição para beneficiar a 
instituição. 
XII - aceitar representação de Estado estrangeiro, sem autorização do Presidente da República; 
XIII - comerciar ou ter parte em sociedades comerciais nas 
condições mencionadas no item II deste artigo, podendo, em 
qualquer caso, ser acionista, quotista ou comanditário; 
Não está compreendida nesta proibição a 
participação do funcionário em sociedades 
em que o Estado seja acionista... 
XIV - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de 
sabotagem contra o serviço público; 
Acredito que este dispositivo seria hoje 
considerado inconstitucional, pois a 
Constituição assegura o direito de greve 
tanto ao empregado privado quanto ao 
servidor público. 
XV - praticar a usura; 
A usura nada mais é do que a cobrança de 
juros. 
XVI - constituir-se procurador de partes ou servir de 
intermediário perante qualquer repartição pública, exceto 
quando se tratar de interesse de cônjuge ou parente até 
segundo grau; 
Se houver o interesse de cônjuge ou parente 
de até segundo grau do servidor, nada 
impede que o servidor atue como procurador 
junto à administração pública. 
XVII - receber estipêndios de firmas fornecedoras ou de entidades fiscalizadas, no País, ou no estrangeiro, 
mesmo quando estiver em missão referente à compra de material ou fiscalização de qualquer natureza; 
XIII - valer-se de sua qualidade de funcionário para desempenhar atividade estranha às funções ou para 
lograr, direta o
 
u indiretamente, qualquer proveito; e 
XIX- fundar sindicato de funcionários ou deles fazer 
parte. 
Mais um dispositivo que não foi recepcionado 
pela Constituição de 1988. 
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6.2. RESPONSABILIDADES 
 
Nesta parte do Estatuto tratamos da responsabilização do servidor por atos cometidos. 
 
Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda 
Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados. 
 
O servidor que der causa a prejuízo deverá ser responsabilizado, mas isso deve ocorrer mediante 
procedimento apuratório. Essa responsabilização deverá ocorrer especialmente pelas seguintes razões: 
a) pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, ou por não prestar 
contas, ou por não as tomar, na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos, regimentos, 
instruções e ordens de serviço; 
b) pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os materiais sob sua 
guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização; 
c) pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros documentos 
da receita, ou que tenham com eles relação; e 
d) por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Estadual. 
 
Artigo 246 - O funcionário que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regulamentares, 
será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis, podendo-se 
proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração. 
 
Se um servidor público adquire para a administração materiais em desacordo com a lei e os regulamentos 
aplicáveis, deverá ser responsabilizado. Este seria o caso, por exemplo, do servidor que promove a 
aquisição de materiais desrespeitando a lei de licitações. 
 
Artigo 247 - Nos casos de indenização à Fazenda Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de uma só 
vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar 
recolhimento ou entrada nos prazos legais. 
 
Esta regra diz respeito à situação em que o servidor será obrigado a indenizar a Fazenda Pública. Pois 
bem, esse pagamento será feito de uma só vez. Muita atenção aqui, pois estas regras já foram cobradas em 
concursos anteriores. 
Nos demais casos em que o servidor tiver que pagar valores à Fazenda Pública, o valor da indenização 
poderá ser descontado do vencimento ou remuneração, em no máximo 10% do seu valor. 
 
Artigo 250 - A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da responsabilidade civil ou 
criminal que no caso couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado, na forma dos arts. 247 
e 248, o exame da pena disciplinar em que incorrer. 
 
O servidor será responsabilizado pelo exercício irregular de suas atribuições, tanto na esfera 
administrativa, quanto na civil e também na criminal. 
Você já deve saber disso, mas essas três esferas de responsabilização são, em regra, independentes, e 
podem gerar diferentes consequências. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL → decorre de procedimento doloso ou culposo, que importe em prejuízo à 
Fazenda Estadual ou a terceiros. No caso de dano causado a terceiro, o servidor responderá perante a 
Fazenda Estadual em ação regressiva proposta após transitar em julgado a decisão que a houver 
condenado a indenizar o terceiro. 
 
RESPONSABILIDADE PENAL → abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor. 
 
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA → resulta de ação ou omissão do desempenho do cargo ou 
função e não será elidida pelo ressarcimento do dano. 
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7.0. Penalidades, da Extinção da 
Punibilidade e das Providências 
Preliminares 
 
7.1. PENALIDADES E DE SUA APLICAÇÃO 
 
Artigo 251 - São penas disciplinares: 
I - repreensão; 
II - suspensão; 
III - multa; 
IV - demissão; 
V - demissão a bem do serviço público; e 
VI - cassação de aposentadoria ou disponibilidade 
 
 
PENAS DISCIPLINARES 
PENALIDADE REGRAS GERAIS 
AUTORIDADE 
COMPETENTE 
REPREENSÃO 
Prescrição: 2 anos 
Será aplicada por escrito, nos casos de indisciplina ou 
falta de cumprimento do dever. 
Qualquer das autoridades 
nos itens seguintes. 
 
 
SUSPENSÃO 
Prescrição: 2 anos 
Nãoexcederá 90 dias; 
Será aplicada em casos de falta grave ou reincidência. 
Quando houver conveniência para o serviço, a pena 
de suspensão poderá ser convertida em multa, na 
base de 50% por dia de vencimento, obrigado o 
funcionário a permanecer no serviço. 
Diretores de 
Departamento e Divisão, 
até a suspensão limitada a 
30 dias. 
Coordenadores, até a de 
suspensão limitada a 60 
dias. Chefes de Gabinete. 
DEMISSÃO 
Prescrição: 5 anos 
a) abandono de cargo → é o não comparecimento do 
funcionário por mais de 30 dias consecutivos; 
b) procedimento irregular, de natureza grave; 
c) ineficiência no serviço; 
d) aplicação indevida de dinheiros públicos; 
e) ausência ao serviço, sem causa justificável, por 
mais de 45 dias, interpoladamente, durante 1 ano. 
O ato da demissão mencionará a causa da penalidade. 
O ato que demitir o funcionário mencionará sempre a 
disposição legal em que se fundamenta. 
Secretários, o Procurador 
Geral do Estado e os 
Superintendentes de 
Autarquia; Governador. 
DEMISSÃO A BEM DO 
SERVIÇO PÚBLICO 
Prescrição: 5 anos 
a) for convencido de incontinência pública e 
escandalosa e de vício de jogos proibidos; 
b) praticar ato definido como crime contra a 
administração pública, a fé pública e a Fazenda 
Estadual, ou previsto nas leis relativas à segurança e 
à defesa nacional; 
c) revelar segredos de que tenha conhecimento em 
razão do cargo, desde que o faça dolosamente e com 
prejuízo para o Estado ou particulares; 
Secretários, o Procurador 
Geral do Estado e os 
Superintendentes de 
Autarquia; Governador. 
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d) praticar insubordinação grave; 
e) praticar, em serviço, ofensas físicas contra 
funcionários ou particulares, salvo se em legítima 
defesa; 
f) lesar o patrimônio ou os cofres públicos; 
g) receber ou solicitar propinas, comissões, 
presentes ou vantagens de qualquer espécie, 
diretamente ou por intermédio de outrem, ainda que 
fora de suas funções mas em razão delas; 
h) pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer 
valores a pessoas que tratem de interesses ou o 
tenham na repartição, ou estejam sujeitos à sua 
fiscalização; 
i) exercer advocacia administrativa; e 
j) apresentar com dolo declaração falsa em matéria 
de salário-família, sem prejuízo da responsabilidade 
civil e de procedimento criminal, que no caso couber. 
k) praticar ato definido como crime hediondo, 
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins 
e terrorismo; 
l) praticar ato definido como crime contra o Sistema 
Financeiro, ou de lavagem ou ocultação de bens, 
direitos ou valores; 
m) praticar ato definido em lei como de improbidade. 
 
CASSAÇÃO DE 
APOSENTADORIA OU 
DISPONIBILIDADE 
Prescrição: 5 anos 
Será aplicada a pena se ficar provado que o inativo: 
a) praticou, quando em atividade, falta grave para a 
qual é cominada nesta lei a pena de demissão ou de 
demissão a bem do serviço público; 
b) aceitou ilegalmente cargo ou função pública; 
c) aceitou representação de Estado estrangeiro sem 
prévia autorização do Presidente da República; e 
d) praticou a usura em qualquer de suas formas. 
Secretários, o Procurador 
Geral do Estado e os 
Superintendentes de 
Autarquia; Governador. 
 
Ainda sobre a prescrição, quero chamar sua atenção para duas regras importantes: 
1)O prazo começa a correr do dia em que o fato (infração disciplinar) se tornou conhecido → isso significa 
que o prazo não começa a correr no momento em que o servidor efetivamente pratica a irregularidade, 
mas sim quando a Administração Pública dela toma conhecimento. 
2)Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares que também sejam 
consideradas crimes. 
 
Artigo 262 - O funcionário que, sem justa causa, deixar de atender a qualquer exigência para cujo 
cumprimento seja marcado prazo certo, terá suspenso o pagamento de seu vencimento ou remuneração até 
que satisfaça essa exigência. 
 
Este é um dispositivo bastante duro em relação às obrigações dos servidores. Se o servidor não atender a 
exigência que tenha prazo certo para ser cumprida, seu pagamento será suspenso até que ele cumpra o 
dever. Essa regra se aplica inclusive aos servidores aposentados ou em disponibilidade. 
 
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7.2. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES 
 
Artigo 264 - A autoridade que, por qualquer meio, tiver conhecimento de irregularidade praticada por 
servidor é obrigada a adotar providências visando à sua imediata apuração, sem prejuízo das medidas 
urgentes que o caso exigir. 
 
Não apenas o servidor tem a obrigação de cumprir as normas, como também a autoridade que tiver 
conhecimento de irregularidade praticada por servidor também é obrigada a tomar providências para 
sua apuração. 
 
Artigo 265 - A autoridade realizará apuração preliminar, de natureza simplesmente investigativa, quando 
a infração não estiver suficientemente caracterizada ou definida autoria. 
 
A apuração preliminar é um instrumento investigativo, para levantar mais fatores que permitam, ou não, 
a instauração de um processo punitivo. 
Essa apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30 dias. Se isso não for possível, a autoridade 
deverá imediatamente encaminhar ao Chefe de Gabinete relatório das diligências realizadas e definir o 
tempo necessário para o término dos trabalhos. 
A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de 30 dias. Se isso não for possível, a autoridade 
deverá imediatamente encaminhar ao Chefe de Gabinete relatório das diligências realizadas e definir o 
tempo necessário para o término dos trabalhos. 
Ao concluir a apuração preliminar, a autoridade deverá emitir uma opinião fundamentada pelo 
arquivamento ou pela instauração de sindicância ou de processo administrativo, que são as duas 
modalidades de processo punitivo. 
 
Artigo 266 - Determinada a instauração de sindicância ou processo administrativo, ou no seu curso, 
havendo conveniência para a instrução ou para o serviço, poderá o Chefe de Gabinete, por despacho 
fundamentado, ordenar as seguintes providências: 
I - afastamento preventivo do servidor, quando o recomendar a moralidade administrativa ou a apuração do 
fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, até 180 (cento e oitenta) dias, prorrogáveis uma única vez 
por igual período; 
II- designação do servidor acusado para o exercício de atividades exclusivamente burocráticas até decisão 
final do procedimento; 
III- recolhimento de carteira funcional, distintivo, armas e algemas; 
IV- proibição do porte de armas; 
V- comparecimento obrigatório, em periodicidade a ser estabelecida, para tomar ciência dos atos do 
procedimento. 
 
O art. 266 traz algumas medidas que podem ser determinadas pelo Chefe de Gabinete na qualidade de 
providências preliminares. Essas medidas podem ser decretadas no momento da instauração da 
sindicância ou do processo administrativo disciplinar, ou em qualquer momento em sua tramitação. 
A autoridade que determinar a instauração ou presidir sindicância ou processo administrativo poderá 
representar ao Chefe de Gabinete para propor a aplicação dessas medidas, bem como sua cessação ou 
alteração. 
 
Recomendo que você memorize os detalhes sobre o afastamento preventivo do servidor, que é possível 
por razões relacionadas à moralidade administrativa ou à apuração do fato, sem prejuízo de vencimentos 
ou vantagens, por até 180 dias, prorrogáveis uma única vez por igual período. 
Esse período de afastamento preventivo deverá ser computado como de efetivo exercício, não sendo 
descontado da pena de suspensão eventualmente aplicada. 
O afastamento preventivo do servidor é possível por razões relacionadas à moralidade administrativa ou 
à apuração do fato, sem prejuízo de vencimentos ou vantagens, por até 180 dias, prorrogáveis uma única 
vez por igual período. 
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