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Casos Clínicos Ligantes: Maria Gabriela e Mayara Hannah Pontos fundamentais 2 1. O que é e qual a diferença entre AE, IAMST, IAMSST, AI? 2. Como é a dor torácica ? 3. Como diagnosticar? 4. Quais os diagnósticos diferenciais importantes? 5. Como conduzir e os principais erros ? Descomplicando as coronariopatias 1 4 Descomplicando as coronariopatias DAC crônica DAC aguda Angina Estável 5 Descomplicando as coronariopatias Infarto ⦿ Obstrução parcial ⦿ MNM - Angina Instável ⦿ IAMST - obstrução total com MNM + ⦿ IAMSST obstrução parcial com MNM + ⦿ Condição crônica ⦿ Obstrução e isquemia - esforço induzida ; ⦿ Placas de ateroma sem trombo ⦿ Duração curta ⦿ Melhora c/ repouso, nitrato ⦿ > risco de MS Hipoperfusão miocárdica decorrente de obstrução total ou parcial coronariana Síndrome Coronariana Aguda Dor anginosa súbita que não melhora com repouso ou nitrato, prolongada ( > 15 a 20min), padrão crescente ( pequenos ou mín esforços que nos últimos 2m aumentou Caracterizando a dor torácica 2 Dor torácica no infarto ANGINA TÍPICA ⦿ Caráter: aperto, constricção, pressão ⦿ Localização: retroesternal, precordial, ⦿ Irradiação: mandíbula a umbigo ⦿ Nitrato (Fatores de melhora e piora) - Não melhora com repouso, nem com nitrato sublingual ⦿ Intensidade: forte ⦿ Curso: súbito, duração prolongada ⦿ Associados: sensação iminente de morte, diaforese, náuseas e vômitos ANGINA ATÍPICA ⦿ Caráter: facada, queimação epigástrica OBS: EQUIVALENTES ANGINOSOS Mulheres, idosos, diabéticos, receptores de tx cardíaco - Dispneia - Palpitação - Síncope - Tonteira - Dor na mandíbula - Dispepsia 7 Agora ficou mais fácil Paciente 75 anos, diabético, foi admitido com desconforto epigástrico com duração de 25 minutos, sem relação com esforço. Refere que também apresentou durante um episódio de palpitação, sensação de desmaio. Marque a alternativa correta: a) Como o paciente apresenta sintomas atípicos, descarta-se a possibilidade de síndrome coronariana. b) Paciente deve ser investigado pelo protocolo de síndrome de coronariana aguda 8 O paciente da questão apresentava EQUIVALENTES ANGINOSOS, se tratava tanto de um idoso quanto de um diabético, então não podemos descartar a possibilidade de SCA nele pois é grupo de risco para equivalente anginoso Diagnosticando 3 10 O diagnóstico de SCA é pelo tripé CLÍNICA + ECG + MARCADORES História clínica com FR, mas ECG e troponina normais, não descarte SCA Até metade das isquemias pode cursar com primeiros ECGs normais e até 3h do início do quadro a troponina pode não se elevar 11 Agora ficou mais fácil Paciente do sexo masculino, 55 anos, diabético, foi avaliado no PS com história de dor torácica em opressão retroesternal com duração > 15 minutos que se repetiu em 3 ocasiões nas últimas 24 horas. Apresenta ECG de repouso e troponinas normais. Qual deve ser a conduta para o caso? a) Como apresenta troponina normal, devemos avaliar outros diagnósticos diferenciais, já que não se trata de SCA b) Paciente se trata de alta probabilidade de SCA de alto risco e por isso deve ser internado paciente que apresenta fatores de risco cardiovasculares como idade acima de 55 anos e diabetes associados a uma história clínica florida e que fala favor de um quadro agudo de síndrome coronariana. Apesar de o ECG e a troponina estarem normais, o tripé para o diagnóstico da SCA conta, neste caso, com uma forte suspeição clínica! ECG e troponina podem vir normais no início! Diagnóstico de SCA Clínica → Angina típica, > 10 minutos que não melhora com repouso, nem com nitrato sublingual → Fatores de risco ECG IAMST → Supra de ST ≥ 1 mm em 2 derivações contíguas no plano frontal ou → Supra de ST ≥ 2 mm em 2 derivações contíguas no precórdio ou → BRE novo IAMSST → Presença de ondas T negativas e simétricas, amplitude > 2 mm e ou → Infradesnivelamento de ST > 0,5 mm Marcadores Mioglobina CKMb Troponina I ou ultrassensível 12 1. Idade acima de 50 (H) e 55 (M) 2. Sexo masculino 3. Diabetes 4. HAS 5. Dislipidemia 6. História familiar 7. Sedentarismo 8. Obesidade 9. Tabagismo 10. Hiperomocisteinemia 11. PCR alto 12. Personalidade A ECG V1 a V3 → Antero-septal V2 a V4 → anterior V4 a V6, D1 e AVL→ antero-lateral V1 a V6, D1 e AVL→ anterior extenso V5 e V6→ lateral baixa D1 e AVL → lateral alta D2, D3, AVF → parede inferior 13 ECG 14 IAM de parede anterior extensa (supra V2 a V6) IAM de parede inferior (supra D2, D3, AVF) ECG 15 IAMST de parede anterior (V2 a V6) e inferior (D2, D3, AVF) Inversão de onda T Pensando em diagnósticos diferenciais 4 Nem toda dor torácica + supraST = Infarto 17 18 19 Outras causas de dor torácica Embolia pulmonar Pneumotórax Dissecção de Aorta - sempre pensar como causa e excluir!!! 20 Agora tá mamão com açúcar Paciente de 24 anos, chega ao PS com uma dor torácica atípica desde ontem, relata que teve um quadro viral há uns 10 dias. Solicita-se ECG Supra ST difuso , sem FR cardiovascular , pensar em Dx, como pericardite. Condutas e erros MONA BCH 5 Erros 1. Não ter segurança para trombolisar: saber C.I 2. Usar nitrato ou diurético em infarto de parede inferior 3. Dar ticagrelor ou prasugrel em paciente que vai para trombólise! 4. Dar prasugrel como antiagregante plaquetário a paciente com história de AVC 5. Trombolisar paciente com IAMST com tempo de dor > 12h 6. Demorar demais pra prescrever o trombolítico 7. Esquecer de pedir perfil lipídico em paciente com IAMST antes da alta e deixar ele com estatina de baixa potência. 22 23 Conduta na SCA 1. ECG em até 10 min 2. Monitorização e veia 3. Oxigênio se SaOs<90% 4. Nitrato: não diminui mortalidade na SCA usar: dor, congestão, HAS Contraindicação ao nitrato Hipotensão Bradicardia Infarto de VD Uso de inibidor de fosfodiesterase porque são venodilatadores 5. Analgesia - morfina: não usar de rotina usar: se paciente persiste com dor mesmo após nitrato IAM de parede inferior (DII, DIII, AVF) → hipotensão severa!! (vasodilatador) 6. Betabloqueador Oral e nas primeiras 24h e sempre comece com dose mais baixa (metoprolol, carvedilol, bisoprolol) Usar se ausência de sinais de IC, ausência de baixo DC e ausência de risco aumentado de choque cardiogênico 24 7. Clopidogrel + AAS ( DUPLA ANTIAGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA) AAS 200mg de ataque (2cp) + 100mg manutenção por tempo indet. o Fazer para todos no infarto com supra pois diminui muito mortalidade Clopidogrel o 300mg de ataque (4cp) nos pacientes que fizeram trombolítico há < 24h + 75mg ao dia manutenção o 600mg ataque (8cp) nos pacientes que fizeram trombolítico há > 24h + 75mg ao dia manutenção o 600mg ataque (8cp) nos pacientes que foram direto para ICP + 75mg ao dia manutenção o Se >75 anos não fazer dose de ataque do clopidogrel 25 Outros antiagregantes plaquetários Ticagrelor a evidência de que ticagrelor é melhor que clopidogrel foi para pacientes que seriam submetidos a CATE Prasugrel Contraindicações ao prasugrel - Paciente tem mais de 75 anos - Tem menos de 60 kg - Teve AVC previamente 26 8. Heparina ● Heparina não fracionada – precisa do controle do TTPA ● Heparina de baixo peso molecular (enoxaparina EV) Obs: Não administrar dose de ataque EV nos pacientes > 75 anos e manter a dose de manutenção mais baixa 27 9. Reperfundir - Em IAMST 28 Trombolíticos Revascularização cirúrgica ICP (cateterismo + angioplastia) 9. Reperfundir 29 Trombolíticos ● Tenecteplase > streptoquinase 30 Intervenção Coronariana Percutânea 9. Reperfundir No IAMS T a ang ioplastia pode ser primária ( sem uso prévio de trombolí tico), de resgate (a pós insuc esso de trombólise ); eletiva (após sucesso de trombólis e) 31 9. Reperfundir ● Anatomia coronariana desfavorável para ICP ● Insucesso da ICP + instabilidade hemodinâmica e ou grande área de risco● Complicações mecânicas ○ Ruptura do VE ○ CIV ○ IM por ruptura do m. papilar ● Choque cardiogênico (anatomia desafavorece ICP) ● Lesão de tronco de coronária 32 Então... Paciente 57 anos com dor torácica típica há 30 minutos, com sensação iminente de morte. Estando há 3h de um centro com hemodinâmica, o que você faria? AAS + clopidogrel + enoxaparina + trombolítico tudo junto 33 Para finalizar a) Nitrato constitui uma medida importante a ser adotada para todos os pacientes pois age na redução da dor b) Se o paciente já usava betabloqueador e infartou, mantém o uso no quadro agudo desde que não tenha bradicardia, sinais de IC, baixo debito ou choque cardiogênico, também sendo possível diminuir a dose se necessário c) Em paciente com tempo de dor > 12h ainda assim há benefício em realizar trombólise d) Em caso de paciente que infartou, é necessário, com a alta hospitalar, deixar o paciente usando uma estatina, como por exemplo Sinvastatina 20mg 34 Para finalizar a) Nitrato constitui uma medida importante a ser adotada para todos os pacientes pois age na redução da dor b) Se o paciente já usava betabloqueador e infartou, mantém o uso no quadro agudo desde que não tenha bradicardia, sinais de IC, baixo debito ou choque cardiogênico, também sendo possível diminuir a dose se necessário c) Em paciente com tempo de dor > 12h ainda assim há benefício em realizar trombólise d) Em caso de paciente que infartou, é necessário, com a alta hospitalar, deixar o paciente usando uma estatina, como por exemplo Sinvastatina 20mg VALVULOPATIAS DICAS GERAIS + QUESTÕES CLÁSSICAS + BÔNUS VALVULOPATIAS Dicas Gerais 36 Anamnese -trate de fazer bem feita e, se possível, com Interrogatório sistemático rápido e eficiente! Exame físico (cardio) -Inspeção: 2 posições -Palpação: IC (LEIM), FC, FP, BP -Ausculta: sopros? (LITIS) Exame físico (vascular periférico) -Inspeção: cianose, turgência jugular, pulsações, circulação colateral, edema -Palpação de pulsos: RAFEF -Ausculta: aorta, renais, ilíaca - femorais VALVULOPATIAS Dicas Gerais 37 A P T M estenose estenose insuficiência insuficiência insuficiência insuficiência estenose estenose VALVULOPATIAS Questões 1. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2010 Um paciente de 58 anos de idade, sem quaisquer sintomas, procurou atendimento médico ambulatorial com vistas à realização de check-up. Informou ser tabagista há 25 anos e que sua mãe e seu pai faleceram de ataque cardíaco, ambos aos 75 anos de idade. Relatou também sedentarismo. O exame clínico mostrou paciente consciente, orientado, eupneico, pressão arterial de 95 x 80 mmHg, frequência cardíaca de 75 bpm, índice de massa corporal igual a 28 kg/m². Exame do aparelho respiratório e do abdome sem anormalidades. Extremidades com discretas varizes em membros inferiores. 38 VALVULOPATIAS Questões 1. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2010 O exame cardiovascular evidenciou precórdio calmo, ictus cordis visível e palpável no 5º espaço intercostal esquerdo e na linha hemiclavicular esquerda, com 2,5 cm de extensão com impulsividade aumentada (cupuliforme), presença de frêmito sistólico +3/-4 em foco aórtico irradiado para fúrcula esternal e ao longo do trajeto das artérias carótidas. Auscultou-se ritmo cardíaco regular em três tempos à custa de quarta bulha, segunda bulha única em foco aórtico (apenas componente P2) presença de clique sistólico sucedido por sopro sistólico ejetivo, grau IV de Levine, mais bem audível em foco aórtico e irradiado para a base de pescoço e para as artérias carótidas, que reduz de intensidade após a realização da manobra de preensão manual (handgrip), pulso carotídeo tem amplitude reduzida e enchimento com duração lentificada, ausência de turgência jugular a 45°. Considerando os dados apresentados, julgue o item subsequente: “A redução da intensidade do sopro sistólico em decorrência da realização da manobra de preensão manual decorre da diminuição da pré-carga de trabalho cardíaco, a qual, por seu turno leva a uma redução no gradiente pressórico transvalvar aórtico.” 39 VALVULOPATIAS Questões 1. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2010 Considerando os dados apresentados, julgue o item subsequente: “A redução da intensidade do sopro sistólico em decorrência da realização da manobra de preensão manual decorre da diminuição da pré-carga de trabalho cardíaco, a qual, por seu turno leva a uma redução no gradiente pressórico transvalvar aórtico.” A manobra de handgrip, ou preensão manual, aumenta a resistência vascular periférica, provocando uma elevação da pós-carga. Nos casos em que há estenose aórtica, sugerida pelo sopro sistólico em foco aórtico irradiado para fúrcula esternal e carótidas, o aumento da pós-carga reduz a intensidade do sopro, ao oferecer maior resistência ao fluxo, devido à redução do gradiente pela elevação da resistência periférica. A afirmativa da questão está ERRADA. 40 ESTENOSE AÓRTICA! VALVULOPATIAS Questões 41 VALVULOPATIAS Questões 2. HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ, 2012 Durante o exame físico de um paciente, você percebe a presença de frêmito durante a palpação do precórdio que aparece logo após a primeira bulha cardíaca. Levando em consideração os dados apresentados, é CORRETO afirmar que: a. Trata-se do estalido de abertura das válvulas atrioventriculares. b. O achado corresponde ao turbilhonamento de sangue, encontrado em sopros funcionais ou inocentes. c. Decorre da percepção tátil de um sopro diastólico. d. Pelo fato de ser palpável, não há garantia de que ele será ouvido via estetoscópio. e. É um sopro sistólico de alta intensidade. 42 VALVULOPATIAS Questões 2. HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ, 2012 Durante o exame físico de um paciente, você percebe a presença de frêmito durante a palpação do precórdio que aparece logo após a primeira bulha cardíaca. Levando em consideração os dados apresentados, é CORRETO afirmar que: a. Trata-se do estalido de abertura das válvulas atrioventriculares. b. O achado corresponde ao turbilhonamento de sangue, encontrado em sopros funcionais ou inocentes. c. Decorre da percepção tátil de um sopro diastólico. d. Pelo fato de ser palpável, não há garantia de que ele será ouvido via estetoscópio. e. É um sopro sistólico de alta intensidade. 43 VALVULOPATIAS Questões 3. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2018 No que se refere a doenças cardiovasculares, isquêmicas e cerebrovasculares, julgue o item a seguir: “Insuficiência mitral é a lesão valvular mais comum resultante de febre reumática aguda.” 44 VALVULOPATIAS Questões 3. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2018 No que se refere a doenças cardiovasculares, isquêmicas e cerebrovasculares, julgue o item a seguir: “Insuficiência mitral é a lesão valvular mais comum resultante de febre reumática aguda.” A febre reumática aguda tem como principal forma de acometimento valvar a insuficiência mitral. Nos casos com sequela crônica de um quadro prévio de febre reumática, a alteração mais encontrada é a estenose mitral. Afirmativa CORRETA. 45 VALVULOPATIAS Questões 4. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO, 2018 Uma paciente de 26 anos procurou a emergência com queixas de palpitações e dispneia aos esforços, iniciadas há três dias. Ao exame, apresenta-se eupneica, consciente e orientada, com turgência jugular, estertores finos em bases pulmonares, ritmo cardíaco irregular com frequência de 120 bpm e sopro diastólico no ictus cordis. PA 120x70mmHg. Qual a medida imediata recomendada nesse momento? a. Ecocardiograma TE b. Warfarin c. Cardioversão elétrica d. Amiodarona e. Diltiazem 46 VALVULOPATIAS Questões 4. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO, 2018 Uma paciente de 26 anos procurou a emergência com queixas de palpitações e dispneia aos esforços, iniciadas há três dias. Ao exame, apresenta-se eupneica, consciente e orientada, com turgência jugular, estertores finos em bases pulmonares,ritmo cardíaco irregular com frequência de 120 bpm e sopro diastólico no ictus cordis. PA 120x70mmHg. Qual a medida imediata recomendada nesse momento? a. Ecocardiograma TE b. Warfarin c. Cardioversão elétrica d. Amiodarona e. Diltiazem “Paciente com quadro de FIBRILAÇÃO ATRIAL, provavelmente há mais de 48h, o que contraindica a cardioversão química com Amiodarona ou elétrica, pelo risco de embolização de um possível trombo. A cardioversão elétrica imediata também não tem indicação no caso, pois a paciente encontra-se estável. O caso nos relata ainda que a paciente é provavelmente portadora de ESTENOSE MITRAL, que está sendo descompensada pela taquiarritmia. Certamente ela teria indicação de fazer anticoagulação como planejamento para cardioversão ou até mesmo realizar ecocardiograma para excluir trombo, ENTRETANTO, a questão nos pede a medida IMEDIATA, e o que está levando essa paciente a sintomas é a elevação da frequência cardíaca, de modo que o mais recomendado agora é fazer o controle da FC, que pode ser feita com um BCC, como o Diltiazem.” 47 VALVULOPATIAS Questões 5. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2017 Uma professora do ensino fundamental, de vinte e oito anos de idade, procurou atendimento médico por apresentar dispneia aos médios esforços. O exame físico cardiovascular revelou ictus cordis visível e palpável no 5º espaço intercostal na linha medioclavicular esquerda; presença de hiperfonese; e desdobramento fisiológico da segunda bulha em foco pulmonar. Na ausculta do foco mitral, observaram-se hiperfonese da primeira bulha, estalido de abertura da mitral e sopro protomesodiastólico — grau III de Levine — associado a reforço pré-sistólico. No exame clínico, não foram observadas outras alterações significativas. 48 VALVULOPATIAS Questões 5. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2017 Uma professora do ensino fundamental, de vinte e oito anos de idade, procurou atendimento médico por apresentar dispneia aos médios esforços. O exame físico cardiovascular revelou ictus cordis visível e palpável no 5º espaço intercostal na linha medioclavicular esquerda; presença de hiperfonese; e desdobramento fisiológico da segunda bulha em foco pulmonar. Na ausculta do foco mitral, observaram-se hiperfonese da primeira bulha, estalido de abertura da mitral e sopro protomesodiastólico — grau III de Levine — associado a reforço pré-sistólico. No exame clínico, não foram observadas outras alterações significativas. Após avaliação clínica e laboratorial, o médico estabeleceu o diagnóstico de cardiopatia reumática crônica, tipo estenose mitral, de moderada intensidade. Com referência a esse caso clínico, julgue o seguinte item: como a lesão valvar definitiva está plenamente instalada, a profilaxia secundária para febre reumática não é recomendada para a paciente em questão. 49 VALVULOPATIAS Questões 5. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2017 Após avaliação clínica e laboratorial, o médico estabeleceu o diagnóstico de cardiopatia reumática crônica, tipo estenose mitral, de moderada intensidade. Com referência a esse caso clínico, julgue o seguinte item: como a lesão valvar definitiva está plenamente instalada, a profilaxia secundária para febre reumática não é recomendada para a paciente em questão. “Esse é um tema que não pode deixar de saber: profilaxia secundária com penicilina benzatina para febre reumática. Vamos revisar: pacientes sem sequelas cardíacas em primeiro episódio: penicilina benzatina a cada 21 dias, até os 21 anos de vida ou 5 anos após surto; sequela cardíaca leve: penicilina benzatina a cada 21 dias, até os 25 anos de vida ou 10 anos após surto; sequela cardíaca moderada a grave: até os 40 anos de vida ou para sempre. A paciente do caso se enquadra nesse último grupo, o que faz com que a afirmativa esteja ERRADA.” 50 VALVULOPATIAS Questões 6. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP, 2017 Homem 67 anos de idade procura pronto-socorro por piora da dispneia e ortopneia. Tem antecedente de hipertensão arterial e miocardiopatia isquêmica (infarto agudo com revascularização há três anos). Há dois anos apresenta quadro de dispneia aos moderados esforços e edema de membros inferiores, que melhoraram após início do tratamento. Faz uso de enalapril e caverdilol em doses máximas, espironolactona e AAS. Hoje de madrugada acordou subitamente "angustiado", com melhora parcial após "tomar ar fresco" próxima à janela. Ao exame clínico: regular estado geral, descorado 1+/4+ e taquipneico, PA = 130x70mmHg, FC = 90bpm, FR = 28ipm, saturação O? 96% em ar ambiente; murmúrios vesiculares presentes com estertores finos em bases bilateralmente, bulhas cardíacas arrítmicas normofonéticas com sopro sistólico em foco mitral e presença de B4. Hepatimetria de 15 cm na linha hemiclavicular; membros inferiores com edema depressível 2+/4+. O restante do exame clínico está sem alterações. Exames iniciais mostraram: Hb = 12 mg/dL, leucócitos = 8.000/mm³, segmentados = 60%, bastões = 1%, Na+ = 132 mEq/L, K+ = 5,0 mEq/L, creatinina = 1,2 mg/dL, ureia = 80mg/dL, DHL = 600 U/L. O eletrocardiograma e a radiografia de tórax estão a seguir (Conforme imagem do caderno de questões): 51 VALVULOPATIAS Questões 6. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP, 2017 52 VALVULOPATIAS Questões 6. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP, 2017 O paciente foi internado. Além das medicações que o paciente já utilizava e de dieta hipossódica, é fundamental prescrever ao paciente: a. Catéter de oxigênio e ceftriaxone b. Levofloxacina e furosemida c. Enoxaparina e furosemida d. Máscara de oxigênio e enoxaparina 53 VALVULOPATIAS Questões 6. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP, 2017 O paciente foi internado. Além das medicações que o paciente já utilizava e de dieta hipossódica, é fundamental prescrever ao paciente: a. Catéter de oxigênio e ceftriaxone b. Levofloxacina e furosemida c. Enoxaparina e furosemida d. Máscara de oxigênio e enoxaparina “Paciente que possui um quadro prévio de Insuficiência cardíaca, provavelmente secundária à hipertensão arterial e miocardiopatia isquêmica, que chega ao PS com descompensação do quadro, apresentando ortopnéia e dispnéia paroxística noturna. No raio X vemos um intensa congestão pulmonar, em que a conduta nesse momento seria utilizar Furosemida, e no ECG observarmos uma arritmia com fibrilação atrial, e que a conduta nesse momento deve ser com a utilização de um anticoagulação plena, com por exemplo a Enoxaparina. Vamos lembrar que essa questão possui um erro conceitual, mas que mesmo assim a banca não quis anular: Um paciente com fibrilação atrial não pode ter a presença de B4. Alternativa correta, letra C.” 54 VALVULOPATIAS Bônus 55 VALVULOPATIAS Bônus 56 VALVULOPATIAS Bônus 57 VALVULOPATIAS Bônus 58 VALVULOPATIAS Bônus 59 Casos Clínicos Ligantes: Maria Gabriela e Mayara Hannah
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