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Casos clínicos Infarto

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Casos Clínicos
Ligantes: Maria Gabriela e Mayara Hannah
Pontos fundamentais
2
1. O que é e qual a diferença entre AE, IAMST, IAMSST, AI?
2. Como é a dor torácica ?
3. Como diagnosticar?
4. Quais os diagnósticos diferenciais importantes?
5. Como conduzir e os principais erros ?
Descomplicando as 
coronariopatias
1
4
Descomplicando 
as coronariopatias
DAC crônica DAC aguda
Angina Estável 
5
Descomplicando 
as coronariopatias
Infarto 
⦿ Obstrução parcial
⦿ MNM -
Angina Instável
⦿ IAMST - obstrução 
total com MNM +
⦿ IAMSST obstrução 
parcial com MNM +
⦿ Condição crônica
⦿ Obstrução e isquemia 
- esforço induzida ;
⦿ Placas de ateroma 
sem trombo
⦿ Duração curta 
⦿ Melhora c/ repouso, 
nitrato
⦿ > risco de MS
Hipoperfusão miocárdica decorrente de obstrução total ou parcial coronariana
Síndrome Coronariana Aguda
Dor anginosa súbita que não melhora com repouso ou nitrato, 
prolongada 
( > 15 a 20min), padrão crescente ( pequenos ou mín esforços que nos 
últimos 2m aumentou
Caracterizando a dor 
torácica
2
Dor torácica no infarto
 ANGINA TÍPICA 
⦿ Caráter: aperto, constricção, pressão
⦿ Localização: retroesternal, precordial, 
⦿ Irradiação: mandíbula a umbigo
⦿ Nitrato (Fatores de melhora e piora)
- Não melhora com repouso, nem com 
nitrato sublingual
⦿ Intensidade: forte
⦿ Curso: súbito, duração prolongada
⦿ Associados: sensação iminente de morte, 
diaforese, náuseas e vômitos
ANGINA ATÍPICA
⦿ Caráter: facada, queimação 
epigástrica
OBS: EQUIVALENTES ANGINOSOS
Mulheres, idosos, diabéticos, 
receptores de tx cardíaco
- Dispneia
- Palpitação
- Síncope 
- Tonteira 
- Dor na mandíbula
- Dispepsia 7
Agora ficou mais fácil
Paciente 75 anos, diabético, foi admitido com desconforto epigástrico com 
duração de 25 minutos, sem relação com esforço. Refere que também 
apresentou durante um episódio de palpitação, sensação de desmaio. Marque a 
alternativa correta:
a) Como o paciente apresenta sintomas atípicos, descarta-se a possibilidade de 
síndrome coronariana.
b) Paciente deve ser investigado pelo protocolo de síndrome de coronariana aguda
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O paciente da questão apresentava EQUIVALENTES ANGINOSOS, se tratava tanto de um idoso 
quanto de um diabético, então não podemos descartar a possibilidade de SCA nele pois é grupo de 
risco para equivalente anginoso
Diagnosticando 
3
10
O diagnóstico de SCA é pelo tripé 
CLÍNICA + ECG + MARCADORES
História clínica com FR, mas ECG e 
troponina normais, não descarte SCA
Até metade das isquemias pode cursar com primeiros ECGs normais e 
até 3h do início do quadro a troponina pode não se elevar
11
Agora ficou mais fácil
Paciente do sexo masculino, 55 anos, diabético, foi avaliado no PS com história de dor 
torácica em opressão retroesternal com duração > 15 minutos que se repetiu em 3 ocasiões 
nas últimas 24 horas. Apresenta ECG de repouso e troponinas normais. Qual deve ser a 
conduta para o caso?
a) Como apresenta troponina normal, devemos avaliar outros diagnósticos diferenciais, já que não 
se trata de SCA
b) Paciente se trata de alta probabilidade de SCA de alto risco e por isso deve ser internado
paciente que apresenta fatores de risco cardiovasculares como idade acima de 55 anos e diabetes associados a 
uma história clínica florida e que fala favor de um quadro agudo de síndrome coronariana. Apesar de o ECG e a 
troponina estarem normais, o tripé para o diagnóstico da SCA conta, neste caso, com uma forte suspeição clínica! ECG 
e troponina podem vir normais no início!
Diagnóstico de SCA
Clínica
→ Angina típica, > 10 
minutos que não 
melhora com repouso, 
nem com nitrato 
sublingual 
→ Fatores de risco
ECG
IAMST
→ Supra de ST ≥ 1 mm em 2 derivações 
contíguas no plano frontal ou 
→ Supra de ST ≥ 2 mm em 2 derivações 
contíguas no precórdio ou → BRE novo
IAMSST
→ Presença de ondas T negativas e 
simétricas, amplitude > 2 mm e ou 
→ Infradesnivelamento de ST > 0,5 mm 
Marcadores
Mioglobina
CKMb
Troponina I ou 
ultrassensível
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1. Idade acima de 50 (H) e 55 
(M)
2. Sexo masculino
3. Diabetes
4. HAS
5. Dislipidemia
6. História familiar
7. Sedentarismo
8. Obesidade
9. Tabagismo
10. Hiperomocisteinemia
11. PCR alto
12. Personalidade A
ECG
V1 a V3 → Antero-septal
V2 a V4 → anterior
V4 a V6, D1 e AVL→ antero-lateral
V1 a V6, D1 e AVL→ anterior extenso
 V5 e V6→ lateral baixa
D1 e AVL → lateral alta
D2, D3, AVF → parede inferior
13
ECG 
14
IAM de parede anterior extensa (supra V2 a V6) IAM de parede inferior (supra D2, D3, AVF)
ECG
15
IAMST de parede anterior (V2 a V6) e inferior 
(D2, D3, AVF)
Inversão de onda T 
Pensando em diagnósticos 
diferenciais
4
Nem toda dor torácica + supraST = Infarto
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19
Outras causas de
 dor torácica
Embolia pulmonar
Pneumotórax
Dissecção de Aorta - sempre 
pensar como causa e excluir!!!
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Agora tá mamão com açúcar
Paciente de 24 anos, chega ao PS com uma dor torácica atípica desde ontem, relata que teve um 
quadro viral há uns 10 dias. Solicita-se ECG
Supra ST difuso , sem 
FR cardiovascular , 
pensar em Dx, como 
pericardite.
Condutas e erros
MONA BCH
5
Erros
1. Não ter segurança para trombolisar: saber C.I
2. Usar nitrato ou diurético em infarto de parede inferior
3. Dar ticagrelor ou prasugrel em paciente que vai para trombólise!
4. Dar prasugrel como antiagregante plaquetário a paciente com história de AVC
5. Trombolisar paciente com IAMST com tempo de dor > 12h 
6. Demorar demais pra prescrever o trombolítico
7. Esquecer de pedir perfil lipídico em paciente com IAMST antes da alta e deixar 
ele com estatina de baixa potência.
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23
Conduta na SCA
1. ECG em até 10 min
2. Monitorização e veia
3. Oxigênio se SaOs<90%
4. Nitrato: não diminui mortalidade na SCA
 usar: dor, congestão, HAS 
Contraindicação ao nitrato
 Hipotensão 
 Bradicardia 
 Infarto de VD
 Uso de inibidor de fosfodiesterase porque são venodilatadores
5. Analgesia - morfina: não usar de rotina usar: se paciente persiste com dor 
mesmo após nitrato 
IAM de parede inferior (DII, DIII, AVF) → hipotensão severa!! (vasodilatador)
6. Betabloqueador
 Oral e nas primeiras 24h e sempre comece com dose mais baixa (metoprolol, 
carvedilol, bisoprolol)
 Usar se ausência de sinais de IC, ausência de baixo DC e ausência de risco 
aumentado de choque cardiogênico
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7. Clopidogrel + AAS ( DUPLA ANTIAGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA)
AAS 200mg de ataque (2cp) + 100mg manutenção por tempo indet.
o Fazer para todos no infarto com supra pois diminui muito mortalidade
Clopidogrel 
o 300mg de ataque (4cp) nos pacientes que fizeram trombolítico há < 24h + 
75mg ao dia manutenção
o 600mg ataque (8cp) nos pacientes que fizeram trombolítico há > 24h + 
75mg ao dia manutenção
o 600mg ataque (8cp) nos pacientes que foram direto para ICP + 75mg ao 
dia manutenção
o Se >75 anos não fazer dose de ataque do clopidogrel 
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Outros antiagregantes plaquetários
Ticagrelor a evidência de que ticagrelor é melhor que clopidogrel foi para 
pacientes que seriam submetidos a CATE
Prasugrel 
Contraindicações ao prasugrel
- Paciente tem mais de 75 anos
- Tem menos de 60 kg
- Teve AVC previamente
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8. Heparina
● Heparina não fracionada – precisa 
do controle do TTPA
● Heparina de baixo peso molecular 
(enoxaparina EV)
Obs: Não administrar dose de ataque 
EV nos pacientes > 75 anos e manter 
a dose de manutenção mais baixa
 
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9. Reperfundir - Em IAMST
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Trombolíticos
Revascularização 
cirúrgica
ICP (cateterismo + 
angioplastia)
9. Reperfundir
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Trombolíticos
● Tenecteplase > streptoquinase
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Intervenção Coronariana Percutânea
9. Reperfundir
No IAMS
T a ang
ioplastia 
pode ser 
primária (
sem uso 
prévio de
 trombolí
tico), de 
resgate (a
pós insuc
esso de 
trombólise
); eletiva
 (após 
sucesso de
 trombólis
e)
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9. Reperfundir
● Anatomia coronariana desfavorável para ICP
● Insucesso da ICP + instabilidade hemodinâmica e ou 
grande área de risco● Complicações mecânicas
○ Ruptura do VE
○ CIV
○ IM por ruptura do m. papilar
● Choque cardiogênico (anatomia desafavorece ICP)
● Lesão de tronco de coronária
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Então...
Paciente 57 anos com dor torácica 
típica há 30 minutos, com sensação 
iminente de morte. Estando há 3h 
de um centro com hemodinâmica, o 
que você faria?
AAS + clopidogrel + enoxaparina + 
trombolítico tudo junto
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Para finalizar
a) Nitrato constitui uma medida importante a ser adotada para todos os pacientes pois age 
na redução da dor
b) Se o paciente já usava betabloqueador e infartou, mantém o uso no quadro agudo desde 
que não tenha bradicardia, sinais de IC, baixo debito ou choque cardiogênico, também 
sendo possível diminuir a dose se necessário
c) Em paciente com tempo de dor > 12h ainda assim há benefício em realizar trombólise
d) Em caso de paciente que infartou, é necessário, com a alta hospitalar, deixar o paciente 
usando uma estatina, como por exemplo Sinvastatina 20mg
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Para finalizar
a) Nitrato constitui uma medida importante a ser adotada para todos os pacientes pois age 
na redução da dor
b) Se o paciente já usava betabloqueador e infartou, mantém o uso no quadro agudo desde 
que não tenha bradicardia, sinais de IC, baixo debito ou choque cardiogênico, também 
sendo possível diminuir a dose se necessário
c) Em paciente com tempo de dor > 12h ainda assim há benefício em realizar trombólise
d) Em caso de paciente que infartou, é necessário, com a alta hospitalar, deixar o paciente 
usando uma estatina, como por exemplo Sinvastatina 20mg
VALVULOPATIAS
DICAS GERAIS + QUESTÕES CLÁSSICAS + BÔNUS
VALVULOPATIAS 
Dicas Gerais
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Anamnese
-trate de fazer bem feita e, se possível, com 
Interrogatório sistemático rápido e eficiente!
Exame físico (cardio)
-Inspeção: 2 posições
-Palpação: IC (LEIM), FC, FP, BP
-Ausculta: sopros? (LITIS)
Exame físico (vascular periférico)
-Inspeção: cianose, turgência jugular, pulsações, 
circulação colateral, edema
-Palpação de pulsos: RAFEF
-Ausculta: aorta, renais, ilíaca - femorais
VALVULOPATIAS 
Dicas Gerais
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A P
T M
estenose estenose
insuficiência insuficiência
insuficiência insuficiência
estenose estenose
VALVULOPATIAS 
Questões
1. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2010
Um paciente de 58 anos de idade, sem quaisquer sintomas, procurou atendimento médico 
ambulatorial com vistas à realização de check-up. Informou ser tabagista há 25 anos e que sua mãe 
e seu pai faleceram de ataque cardíaco, ambos aos 75 anos de idade. Relatou também 
sedentarismo. 
O exame clínico mostrou paciente consciente, orientado, eupneico, pressão arterial de 95 x 80 
mmHg, frequência cardíaca de 75 bpm, índice de massa corporal igual a 28 kg/m². Exame do 
aparelho respiratório e do abdome sem anormalidades. Extremidades com discretas varizes em 
membros inferiores. 
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Questões
1. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2010
O exame cardiovascular evidenciou precórdio calmo, ictus cordis visível e palpável no 5º espaço 
intercostal esquerdo e na linha hemiclavicular esquerda, com 2,5 cm de extensão com 
impulsividade aumentada (cupuliforme), presença de frêmito sistólico +3/-4 em foco aórtico 
irradiado para fúrcula esternal e ao longo do trajeto das artérias carótidas. Auscultou-se ritmo 
cardíaco regular em três tempos à custa de quarta bulha, segunda bulha única em foco aórtico 
(apenas componente P2) presença de clique sistólico sucedido por sopro sistólico ejetivo, grau IV 
de Levine, mais bem audível em foco aórtico e irradiado para a base de pescoço e para as artérias 
carótidas, que reduz de intensidade após a realização da manobra de preensão manual (handgrip), 
pulso carotídeo tem amplitude reduzida e enchimento com duração lentificada, ausência de 
turgência jugular a 45°. 
Considerando os dados apresentados, julgue o item subsequente:
“A redução da intensidade do sopro sistólico em decorrência da realização da manobra de 
preensão manual decorre da diminuição da pré-carga de trabalho cardíaco, a qual, por seu 
turno leva a uma redução no gradiente pressórico transvalvar aórtico.”
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VALVULOPATIAS 
Questões
1. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2010
Considerando os dados apresentados, julgue o item subsequente:
“A redução da intensidade do sopro sistólico em decorrência da realização da manobra de 
preensão manual decorre da diminuição da pré-carga de trabalho cardíaco, a qual, por seu 
turno leva a uma redução no gradiente pressórico transvalvar aórtico.”
A manobra de handgrip, ou preensão manual, aumenta a resistência vascular periférica, 
provocando uma elevação da pós-carga. Nos casos em que há estenose aórtica, sugerida pelo 
sopro sistólico em foco aórtico irradiado para fúrcula esternal e carótidas, o aumento da pós-carga 
reduz a intensidade do sopro, ao oferecer maior resistência ao fluxo, devido à redução do gradiente 
pela elevação da resistência periférica. A afirmativa da questão está ERRADA.
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ESTENOSE AÓRTICA!
VALVULOPATIAS 
Questões
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Questões
2. HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ, 2012
Durante o exame físico de um paciente, você percebe a presença de frêmito durante a palpação do 
precórdio que aparece logo após a primeira bulha cardíaca. Levando em consideração os dados 
apresentados, é CORRETO afirmar que:
a. Trata-se do estalido de abertura das válvulas atrioventriculares.
b. O achado corresponde ao turbilhonamento de sangue, encontrado em sopros funcionais ou 
inocentes.
c. Decorre da percepção tátil de um sopro diastólico.
d. Pelo fato de ser palpável, não há garantia de que ele será ouvido via estetoscópio.
e. É um sopro sistólico de alta intensidade.
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VALVULOPATIAS 
Questões
2. HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ, 2012
Durante o exame físico de um paciente, você percebe a presença de frêmito durante a palpação do 
precórdio que aparece logo após a primeira bulha cardíaca. Levando em consideração os dados 
apresentados, é CORRETO afirmar que:
a. Trata-se do estalido de abertura das válvulas atrioventriculares.
b. O achado corresponde ao turbilhonamento de sangue, encontrado em sopros funcionais ou 
inocentes.
c. Decorre da percepção tátil de um sopro diastólico.
d. Pelo fato de ser palpável, não há garantia de que ele será ouvido via estetoscópio.
e. É um sopro sistólico de alta intensidade.
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Questões 
3. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2018
No que se refere a doenças cardiovasculares, isquêmicas e cerebrovasculares, julgue o item a 
seguir:
“Insuficiência mitral é a lesão valvular mais comum resultante de febre reumática aguda.”
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VALVULOPATIAS 
Questões 
3. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2018
No que se refere a doenças cardiovasculares, isquêmicas e cerebrovasculares, julgue o item a 
seguir:
“Insuficiência mitral é a lesão valvular mais comum resultante de febre reumática aguda.”
A febre reumática aguda tem como principal forma de acometimento valvar a insuficiência 
mitral. Nos casos com sequela crônica de um quadro prévio de febre reumática, a alteração 
mais encontrada é a estenose mitral. Afirmativa CORRETA.
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Questões 
4. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO, 2018
Uma paciente de 26 anos procurou a emergência com queixas de palpitações e dispneia aos 
esforços, iniciadas há três dias. Ao exame, apresenta-se eupneica, consciente e orientada, com 
turgência jugular, estertores finos em bases pulmonares, ritmo cardíaco irregular com frequência de 
120 bpm e sopro diastólico no ictus cordis. PA 120x70mmHg. 
Qual a medida imediata recomendada nesse momento?
a. Ecocardiograma TE
b. Warfarin
c. Cardioversão elétrica
d. Amiodarona
e. Diltiazem 
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VALVULOPATIAS 
Questões 
4. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO, 2018
Uma paciente de 26 anos procurou a emergência com queixas de palpitações e dispneia aos 
esforços, iniciadas há três dias. Ao exame, apresenta-se eupneica, consciente e orientada, com 
turgência jugular, estertores finos em bases pulmonares,ritmo cardíaco irregular com frequência de 
120 bpm e sopro diastólico no ictus cordis. PA 120x70mmHg. 
Qual a medida imediata recomendada nesse momento?
a. Ecocardiograma TE
b. Warfarin
c. Cardioversão elétrica
d. Amiodarona
e. Diltiazem 
“Paciente com quadro de FIBRILAÇÃO ATRIAL, provavelmente há mais de 48h, o que contraindica a cardioversão química com 
Amiodarona ou elétrica, pelo risco de embolização de um possível trombo. A cardioversão elétrica imediata também não tem indicação 
no caso, pois a paciente encontra-se estável. O caso nos relata ainda que a paciente é provavelmente portadora de ESTENOSE 
MITRAL, que está sendo descompensada pela taquiarritmia. Certamente ela teria indicação de fazer anticoagulação como 
planejamento para cardioversão ou até mesmo realizar ecocardiograma para excluir trombo, ENTRETANTO, a questão nos pede a 
medida IMEDIATA, e o que está levando essa paciente a sintomas é a elevação da frequência cardíaca, de modo que o mais 
recomendado agora é fazer o controle da FC, que pode ser feita com um BCC, como o Diltiazem.”
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VALVULOPATIAS 
Questões 
5. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2017
Uma professora do ensino fundamental, de vinte e oito anos de idade, procurou atendimento médico 
por apresentar dispneia aos médios esforços. O exame físico cardiovascular revelou ictus cordis 
visível e palpável no 5º espaço intercostal na linha medioclavicular esquerda; presença de 
hiperfonese; e desdobramento fisiológico da segunda bulha em foco pulmonar. Na ausculta do foco 
mitral, observaram-se hiperfonese da primeira bulha, estalido de abertura da mitral e sopro 
protomesodiastólico — grau III de Levine — associado a reforço pré-sistólico. No exame clínico, não 
foram observadas outras alterações significativas.
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VALVULOPATIAS 
Questões 
5. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2017
Uma professora do ensino fundamental, de vinte e oito anos de idade, procurou atendimento médico 
por apresentar dispneia aos médios esforços. O exame físico cardiovascular revelou ictus cordis 
visível e palpável no 5º espaço intercostal na linha medioclavicular esquerda; presença de 
hiperfonese; e desdobramento fisiológico da segunda bulha em foco pulmonar. Na ausculta do foco 
mitral, observaram-se hiperfonese da primeira bulha, estalido de abertura da mitral e sopro 
protomesodiastólico — grau III de Levine — associado a reforço pré-sistólico. No exame clínico, não 
foram observadas outras alterações significativas.
Após avaliação clínica e laboratorial, o médico estabeleceu o diagnóstico de cardiopatia reumática 
crônica, tipo estenose mitral, de moderada intensidade. 
Com referência a esse caso clínico, julgue o seguinte item: como a lesão valvar definitiva está 
plenamente instalada, a profilaxia secundária para febre reumática não é recomendada para a 
paciente em questão.
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VALVULOPATIAS 
Questões 
5. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, 2017
Após avaliação clínica e laboratorial, o médico estabeleceu o diagnóstico de cardiopatia reumática 
crônica, tipo estenose mitral, de moderada intensidade. 
Com referência a esse caso clínico, julgue o seguinte item: como a lesão valvar definitiva está 
plenamente instalada, a profilaxia secundária para febre reumática não é recomendada para a 
paciente em questão.
“Esse é um tema que não pode deixar de saber: profilaxia secundária com penicilina benzatina 
para febre reumática. Vamos revisar: pacientes sem sequelas cardíacas em primeiro episódio: 
penicilina benzatina a cada 21 dias, até os 21 anos de vida ou 5 anos após surto; sequela 
cardíaca leve: penicilina benzatina a cada 21 dias, até os 25 anos de vida ou 10 anos após 
surto; sequela cardíaca moderada a grave: até os 40 anos de vida ou para sempre. A paciente 
do caso se enquadra nesse último grupo, o que faz com que a afirmativa esteja ERRADA.”
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VALVULOPATIAS 
Questões 
6. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP, 2017
Homem 67 anos de idade procura pronto-socorro por piora da dispneia e ortopneia. Tem antecedente 
de hipertensão arterial e miocardiopatia isquêmica (infarto agudo com revascularização há três anos). 
Há dois anos apresenta quadro de dispneia aos moderados esforços e edema de membros 
inferiores, que melhoraram após início do tratamento. Faz uso de enalapril e caverdilol em doses 
máximas, espironolactona e AAS. Hoje de madrugada acordou subitamente "angustiado", com 
melhora parcial após "tomar ar fresco" próxima à janela. 
Ao exame clínico: regular estado geral, descorado 1+/4+ e taquipneico, PA = 130x70mmHg, FC = 
90bpm, FR = 28ipm, saturação O? 96% em ar ambiente; murmúrios vesiculares presentes com 
estertores finos em bases bilateralmente, bulhas cardíacas arrítmicas normofonéticas com sopro 
sistólico em foco mitral e presença de B4. Hepatimetria de 15 cm na linha hemiclavicular; membros 
inferiores com edema depressível 2+/4+. O restante do exame clínico está sem alterações. Exames 
iniciais mostraram: Hb = 12 mg/dL, leucócitos = 8.000/mm³, segmentados = 60%, bastões = 1%, Na+ 
= 132 mEq/L, K+ = 5,0 mEq/L, creatinina = 1,2 mg/dL, ureia = 80mg/dL, DHL = 600 U/L. O 
eletrocardiograma e a radiografia de tórax estão a seguir (Conforme imagem do caderno de 
questões):
51
VALVULOPATIAS 
Questões 
6. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP, 2017
52
VALVULOPATIAS 
Questões 
6. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP, 2017
O paciente foi internado. Além das medicações que o paciente já utilizava e de dieta hipossódica, é 
fundamental prescrever ao paciente:
a. Catéter de oxigênio e ceftriaxone
b. Levofloxacina e furosemida
c. Enoxaparina e furosemida
d. Máscara de oxigênio e enoxaparina
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VALVULOPATIAS 
Questões
6. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SP, 2017
O paciente foi internado. Além das medicações que o paciente já utilizava e de dieta hipossódica, é 
fundamental prescrever ao paciente:
a. Catéter de oxigênio e ceftriaxone
b. Levofloxacina e furosemida
c. Enoxaparina e furosemida
d. Máscara de oxigênio e enoxaparina
“Paciente que possui um quadro prévio de Insuficiência cardíaca, provavelmente secundária 
à hipertensão arterial e miocardiopatia isquêmica, que chega ao PS com descompensação 
do quadro, apresentando ortopnéia e dispnéia paroxística noturna. No raio X vemos um 
intensa congestão pulmonar, em que a conduta nesse momento seria utilizar Furosemida, e 
no ECG observarmos uma arritmia com fibrilação atrial, e que a conduta nesse momento 
deve ser com a utilização de um anticoagulação plena, com por exemplo a Enoxaparina. 
Vamos lembrar que essa questão possui um erro conceitual, mas que mesmo assim a banca 
não quis anular: Um paciente com fibrilação atrial não pode ter a presença de B4. Alternativa 
correta, letra C.” 54
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Bônus 
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Bônus 
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Casos Clínicos
Ligantes: Maria Gabriela e Mayara Hannah

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