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Aula 1: PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA - Todo cuidado para não quebrar a cadeia asséptica → conjunto de medidas para evitar a contaminação no ambiente cirúrgico. - O cirurgião deve estar com os epi’s para iniciar a paramentação → gorro, máscara e óculos. - A higienização das mãos é uma das principais estratégias para a prevenção de saúde, como realizar? Higienize as mãos com água e sabonete apenas quando estiverem visualmente sujas! Senão, friccione as mãos com preparações alcoólicas! Duração do procedimento 40-60 segundos. 1. Molhe as mãos com água. 2. Aplique na palma da mão a quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos. 3. Ensaboe as palmas das mãos friccionando-as entre si. 4. Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa. 5. Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais. 6. Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos, com movimento de vai-e-vem e vice-versa. 7. Esfregue o polegar esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, utilizando-se de movimento circular e vice-versa. 8. Friccione as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão esquerda, fazendo movimento circular e vice-versa. 9. Enxágue bem as mãos com água. 10. Seque as mãos com papel toalha descartável. 11. No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel toalha. Kit cirúrgico: qual é o melhor? Descartável: Depende → depende da cirurgia a ser executada (periodontia, implante, exodontia, tudo depende). Gramatura → quanto MAIOR a gramatura, mais RESISTENTE será o tecido. Tecido: Itens → varia de item para item. Descartar → lavado por uma empresa especializada, reembalado e esterilizado para uma nova utilização. Exemplos de utilização Exodontia simples e complexa: Ex: Kit periodontia. 2 toalhas de mão, 2 aventais, 2 campos de mesa, 1 campo fenestrado, 2 protetores de sugador, 1 protetor de refletor. PASSOS ANTES DA CIRURGIA? Higienização das mãos. Avental. Luvas. Montagem dos campos. Montagem da mesa cirúrgica (1° protetor para alta rotação). Aposição do campo fenestrado sobre o paciente após antissepsia extra-oral. Montagem do 2° protetor no sugador. Paramentação do auxiliar. Aula 2: HEMOSTASIA A manutenção de uma hemostasia meticulosa durante a cirurgia é necessária por razões importantes, tais como: Visibilidade diminuída que um sangramento descontrolado ocasiona. Outro problema causado pelo sangramento é a formação de hematomas que aplicam pressão sobre feridas, diminuindo a vascularidade; aumentam a tensão sobre as bordas da ferida e atuam como meio de cultura, potencializando o desenvolvimento de uma infecção na ferida. A prevenção da perda excessiva de sangue durante a cirurgia é importante para preservar a capacidade do paciente de carrear oxigênio. A HEMOSTASIA NA FERIDA PODE SER OBTIDA DE QUATRO MANEIRAS: 1. Auxiliando os mecanismos naturais hemostáticos – gaze para aplicar pressão sobre vasos sangrantes ou pinçando um vaso com uma pinça hemostática. - Os dois métodos causam estase sanguínea ao interior dos vasos, o que promove a coagulação. - Uns poucos vasos pequenos geralmente requerem pressão por apenas 20 ou 30 segundos. - Enquanto os vasos maiores requerem 5 a 10 minutos de pressão contínua. - Para remover o sangue extravasado com compressas de gaze, dessem pressionar várias vezes a ferida de maneira suave em vez e friccioná-la. A fricção é mais propensa a reabrir vasos que já foram tamponados pelo coágulo sanguíneo. 2. Através do uso de calor, com objetivo de fundir as porções terminais dos vasos seccionados (coagulação térmica). - O calor é geralmente aplicado por meio de uma corrente elétrica que o dentista concentra sobre o vaso em sangramento ao segurá-la com um instrumento de metal, tal como uma pinça hemostática, ou tocando diretamente com a ponta do eletrocautério. - Três condições devem ser criadas para a utilização adequada da coagulação térmica. A) O paciente deve estar conectado ao fio terra, ou seja, aterrado, para permitir que a corrente entre em seu corpo. B) A ponta cauterizadora e qualquer instrumento de metal que entre em contato com a ponta cauterizadora não podem tocar o paciente em qualquer ponto que não seja sítio onde está localizado o vasos sangrante. C) Remoção de qualquer sangue ou fluido que se tenha acumulado em redor do vaso a ser cauterizado. Os fluidos atuam como um dreno de energia e, dessa forma, evitam que uma quantidade suficiente de calor alcance o vaso para promover seu fechamento. 3. Hemostasia cirúrgica por meio de ligaduras. 4. Pelo emprego de substâncias vasoconstritoras. - A epinefrina é útil como vasoconstritor de maneira mais efetiva quando empregada no sítio em que se deseja a vasoconstrição pelo menos 7 minutos antes do início da cirurgia. Aula 3: PROFILAXIA ANTIBIÓTICA Ela é dividida em: Cirúrgica (risco local). Metastática (risco a distância). Para ser eficaz o antibiótico precisa estar em níveis plasmáticos elevados no momento da realização do procedimento. Por isso, existe a diferença entre profilaxia antibiótica e terapia antibiótica, pois quando o antibiótico é usado de forma profilática a dosagem vai ser mais elevada, já na terapia a dose será menor. Qual seria a referência para nível plasmático elevado? 4x concentração inibitória mínima. Concentração inibitória mínima menor [ ] do fármaco capaz de inibir a multiplicação de uma determinada cepa bacteriana. Administração: Via oral – 1 hora antes. Via parenteral – 30 minutos antes. CIRÚRGICA (LOCAL) Risco de infecção do procedimento - segundo o comitê de controle de infecções cirúrgicas do colégio americano de cirurgia: - Cirurgias orais apresentam índices de infecção que variam e 4% a 15%. - Incidência de infecção de aprox. 5% são considerados aceitáveis, esse percentual varia de 1% a 5%. Necessidade da profilaxia Pacientes imunodeprimidos: quadro de desnutrição, doenças malignas, uso de medicamentos imunossupressores, nefropatias, função anormal dos neutrófilos ou linfócitos (HIV POSITIVO) e etc. Utilização de corpos estranhos: implantes e enxertia óssea. Implantes e enxertos ósseos aumentam os índices de insucesso. Quando realizada, a profilaxia antibiótica mantém as taxas de insucesso entorno de 1,5%. Procedimentos com mais de 3 horas de duração; Pacientes com histórico de quadro de pericoronarite; QUAL ANTIBIÓTICA ESCOLHER? PENICILINA: por serem mais ativas contra os microrganismos que habitam na cavidade bucal, os quais são os principais causadores de infecções e complicações pós-operatórias. CLINDAMICINA Substituição: quando a profilaxia antibiótica necessita ser realizada por via parenteral, a amoxicilina é substituída pela ampicilina. Posologia: Adultos – via oral 2g amoxicilina 1 hr antes do procedimento ou 600mg clindamicina 1 hr antes do procedimento. Via parenteral 2g ampicilina 30 min antes do procedimento ou 600mg 30 min antes do procedimento. Crianças – vira oral 50mg/kg amoxicilina 1 hr antes do procedimento ou 20mg/kg clindamicina 1 hr antes do procedimento ou 15mg/kg azitromicina 1 hr antes do procedimento. Via parenteral 50mg/kg ampicilina 30 min antes do procedimento ou 20mg/kg clindamicina 30 min antes do procedimento. IMPORTANTE: No caso de utilização de corpos estranhos: Profilaxia antibiótica + terapia antibiótica METASTÁTICA (DISTÂNCIA) Prevenir que infecções ocorram em regiões anatomicamente separadas do local da cirurgia, que é via de entrada das bactérias. Necessidade e vantagens são incontestáveis na literatura. Ex: endocardite bacteriana, próteses ortopédicas, pacientes portadores de doença renal crônica etc.
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