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Resumo somatoscopia

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Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
semiologia 
 
 
SEMIOTÉCNICA 
✓ Paciente deve ser examinado em decúbito, sentado, de pé 
e andando. 
✓ Primeiro deve-se examiná-lo na beira de leito. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL 
✓ Para descrever usa-se a seguinte nomenclatura: 
➢ Estado geral bom 
➢ Estado geral regular 
➢ Estado geral ruim. 
AVALIAÇAO DO NÍVEL DE CONSCIENCIA 
✓ Estado de vigília: percepção consciente do mundo exterior 
e de se mesmo. 
✓ Níveis de consciência: 
➢ Obnubilação: consciência pouco comprometida e es-
tado de alerta moderadamente comprometido. 
➢ Sonolência: facilmente despertado, responde mais ou 
menos apropriado e volta a dormir. 
➢ Confusão mental: perda de atenção, pensamento não 
é claro, respostas lentas, pouca percepção temporoes-
pacial. 
➢ Torpor ou estupor: mais pronunciada, paciente é des-
pertado por estímulos mais fortes, mas não abre os 
olhos. 
➢ Coma: quando não desperta com estímulo forte. 
✓ Utiliza-se a escala de coma de Glasgow para avaliar nível de 
consciência. 
FALA E LINGUAGEM 
✓ Alterações de fala: 
➢ Disfonia ou afonia: alteração no timbre da voz causada 
por problemas no órgão fonador. 
➢ Dislalia: alterações menores da fala, trocas de letras. 
➢ Disartria: alterações nos músculos da fonação, incoor-
denação cerebral, hipertonia no parkinsonismo ou 
perda do controle piramidal. 
➢ Disfasia: perturbação na elaboração cortical da fala. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO 
✓ Avaliado segundo os seguintes parâmetros: 
➢ Alteração abrupta do peso; 
 
 
 
➢ Alterações da pele quanto à umidade, à elasticidade e 
ao turgor (sem sinal de prega). 
➢ Alterações das mucosas quanto à umidade (boca seca) 
➢ Alterações oculares (olhos fundos) 
➢ Estado geral 
➢ Fontanelas 
✓ Classificação quanto a intensidade na perda de peso: 
➢ Leve ou de 1º grau: perda de peso de até 5% 
➢ Moderada ou de 2º grau: perde de peso de 5 a 10% 
➢ Grave ou de 3º grau: perda de peso acima de 10%. 
✓ Classificação quanto à osmolaridade: 
➢ Isotônica: sódio nos limites normais (130 a 150 mEq/L). 
➢ Hipotônica: sódio baixo (<130mEq/L) 
➢ Hipertônica: sódio alto (>150mEq/L). 
AVALIAÇAO ANTROPOMETRICA 
ALTURA/ESTATURA 
✓ Em crianças, acompanhar pelos escores. 
✓ No idoso observa-se diminuição na altura com o passar dos 
anos devido ao encurtamento da coluna vertebral. 
✓ Algumas equações estimam a altura: 
➢ Altura do joelho: pa-
ciente sentado com 
os pés no chão. 
Mede-se o ponto ós-
seo externo, logo 
abaixo da rótula até 
a superfície do chão. 
 
➢ Envergadura e semienvergadura do braço 
PESO 
✓ Peso atual: peso do momento. 
✓ Peso usual/habitual: como referência na avaliação das 
mudanças recentes de peso. 
 
Somatoscopia 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
✓ Peso ideal/desejável/teórico: o peso definido com alguns 
parâmetros. 
✓ Peso ajustado: é estimado a partir do peso atual e do ideal. 
Peso ajustado para obesidade: 
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = (𝑃𝐴 − 𝑃𝐼)𝑋 0,25 + 𝑃𝐼 
Peso ajustado para desnutrição: 
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = (𝑃𝐼 − 𝑃𝐴)𝑋 0,25 + 𝑃𝐴 
✓ Peso corrigido: para pacientes amputados. 
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑝𝑢𝑡𝑎çã𝑜 𝑥 100
(100% − % 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑝𝑢𝑡𝑎çã𝑜)
 
✓ Peso estimado: quando não dá para medir o peso. 
✓ Peso seco: descontando edema e ascite. 
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL 
✓ Indicador do estado nutricional. 
✓ IMC = peso atual (kg)/altura² (m). 
CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA 
✓ É utilizada para diagnóstico de obesidade abdominal e re-
flete o conteúdo de gordura visceral. 
✓ Mede entre a última costela e a crista ilíaca. 
✓ Masculino: Normal (<94 cm), aumentada (94 a 102 cm) e 
muito aumentada (>102 cm) 
✓ Feminino: Normal (<80 cm), aumentada (80 a 88 cm) e 
muito aumentada (>88 cm) 
CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA 
✓ Avalia a depleção da massa muscular 
✓ Rastreamento de sarcopenia em idosos: 
➢ Menor que 35 cm, deve-se realizar acompanhamento 
de rotina 
➢ De 31 a 34 cm, exige vigilância nutricional ao idoso 
➢ Menor que 31 cm caracteriza depleção de massa mus-
cular (sarcopenia) (necessária intervenção). 
PERÍMETRO CEFÁLICO 
✓ Importante acompanhamento da criança até 2 anos de 
idade. 
✓ Para microcefalia o valor de PC deve ser inferior a 33 cm na 
criança a termo. 
✓ Passar a fita nas bordas supraorbitárias e a proeminência 
occipital. 
✓ Perímetro cefálico no primeiro ano de vida para crianças 
nascias a termo: 
➢ 0 3 meses: 2 cm por mês. 
➢ 3 a 6 meses: 1 cm por mês 
➢ 6 a 9 meses: 0,5 cm por mês 
➢ 9 a 12 meses: 0,5 cm por mês. 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
SOBREPESO E OBESIDADE 
✓ Sobrepeso e obesidade são definidos como o acúmulo ex-
cessivo de gordura corporal, condição que acarreta prejuí-
zos à saúde global, além de favorecer o surgimento de en-
fermidades como dislipidemias, doenças cardiovasculares, 
diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. 
DESNUTRIÇÃO 
✓ A American Dietetics Association (ADA) e a ASPEN diz que 
tem que ter a presença de dois ou mais dos seguintes ele-
mentos: 
➢ Ingestão insuficiente de energia. 
➢ Perda de peso 
➢ Perda de gordura subcutânea. 
➢ Perda de massa muscular. 
➢ Acúmulo de líquido localizado ou generalizado, que, em 
algumas ocasiões, pode mascarar a perda de peso. 
➢ Capacidade funcional diminuída, medida pela força do 
aperto de mão, com uso de dinamômetro. 
✓ Classifica-se em: 
➢ Bem nutrido 
➢ Moderadamente desnutrido 
➢ Suspeito de desnutrição 
➢ Gravemente desnutrido 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO 
✓ Os achados podem ser: 
➢ Desenvolvimento normal 
➢ Hiperdesenvolvimento 
➢ Hipodesenvolvimento 
➢ Hábito grácil 
➢ Infantilismo 
✓ Hábito grácil: Constituição corporal frágil e delgada. Ossa-
tura fina, muscular pouco desenvolvida. Altura e um peso 
abaixo do normal. 
✓ Infantilismo: Persistência anormal das características in-
fantis na idade adulta. 
✓ Hipodesenvolvimento: Não é igual ao nanismo 
✓ Critérios de Tanner para avaliar maturidade sexual na ado-
lescência. 
✓ Distúrbios do desenvolvimento físico e sexual: 
➢ Gigantismo acromegálico: hiperfunção do lóbulo ante-
rior da hipófise 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
➢ Gigantismo infantil: extremidades inferiores muito lon-
gas. Hiperfunção da hipófise anterior que tenha come-
çado antes da soldadura das epífises. 
➢ Nanismo acondroplásico: a cabeça e tronco têm dimen-
sões aproximadas às do adulto normal, enquanto as 
pernas são curtas e arqueadas. 
➢ Cretinismo: nanismo por hipofunção congênita da glân-
dula tireoide. Falta de desenvolvimento de todos os 
segmentos do corpo. 
➢ Nanismo hipofisário: cabeça e tronco normalmente 
proporcionados, mas pequenos. Os órgãos genitais são 
hipodesenvolvidos. 
➢ Nanismo do raquitismo: mau desenvolvimento e defor-
midades da coluna e dos ossos longos. 
FACIES 
✓ Fácies normal ou atípica: sem alteração. 
✓ Fácies hipocrá-
tica: olhos fundos, para-
dos e inexpressivos. Bati-
mentos das asas do na-
riz, palidez cutânea e 
uma discreta cianose la-
bial. 
 
✓ Fácies renal: edema que predo-
mina ao redor dos olhos + palidez 
cutânea. 
 
 
✓ Fáceis leonina: lesões do 
mal de Hansen. Supercílioscaem, 
nariz se espessa e alarga, lábios 
mais grossos e proeminentes, 
barba escas-
seia. 
 
✓ Fáceis adenoidiana: nariz pequeno e 
afilado e a boca sempre entreaberta. 
Nos portadores de hipertrofia das ade-
noides. 
 
 
✓ Fáceis parkinsoniana, cérea ou em 
máscara: inexpressiva, com rigidez fa-
cial. 
 
 
✓ Fácies basedowiana: exof-
talmia e olhos brilhantes. Presença 
de um bócio indica hipertireoidismo. 
 
 
✓ Fácies mixedematosa: rosto arredon-
dado, nariz e lábios grossos, pele seca, es-
pessada e com acentuação de seus sulcos. 
Pálpebras tornam-se infiltradas e enruga-
das. Supercílios escassos e cabelos secos 
e sem brilho. Aparece 
no hipotireoidismo ou 
mixedema. 
✓ Fácies acromegálicas: saliência das 
arcadas supraorbitárias, proeminência 
das maçãs do maxilar inferior. 
 
✓ Fácies cushingoide 
ou de lua cheia: Aparece na síndrome de 
Cushing e em uso prolongado de corticoi-
des. Arredondamento do rosto com ate-
nuação dos traços faciais, associado ao 
aparecimento de acne. 
✓ Fácies mongoloide: epicanto 
(pregas cutâneas), olhos oblí-
quos e distantes. Rosto re-
dondo. É observada no mongo-
lismo ou trissomia do par 21. 
✓ Fácies de depressão: 
inexpressividade do rosto. Cabisbaixa, 
olhos fixos em ponto distante. Sulco 
nasolabial de acentua 
e o canto da boca se 
rebaixa. 
✓ Facies pseudobulbar: súbitas crises de 
choro ou riso, involuntárias, mas cons-
cientes. Aparece na paralisia pseudo-
bulbar. 
 
✓ Facies da paralisia facial periférica: 
assimétrica da face, com impossibili-
dade de fechar as pálpebras, repuxa-
mento da boca para o lado são e paga-
mento do sulco nasolabial. 
 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
 
✓ Facies miastênica ou de Hutchinson: 
ptose palpebral bilateral que obriga o 
paciente a franzir a testa e levantar a 
cabeça. Ocorre na miastenia gravis. 
 
✓ Fácies do deficiente 
mental: traços faciais são apagados 
e grosseiros. Boca constantemente 
entreaberta, às vezes com saliva-
ção. Hipertelorismo e estrabismo. 
✓ Facies etílica: olhos avermelha-
dos e certa ruborização da face. 
Hálito etílico, a voz pastosa e sor-
riso meio indefinido. 
 
✓ Fácies esclerodérmica: fá-
cies de múmia. Quase completa imo-
bilidade facial. A pele se torna aper-
gaminhada, endurecida e aderente 
aos planos profundos. Repuxamento 
dos lábios, afinamento do nariz e 
imobilização das pálpebras. Fisiono-
mia é inexpressiva, parada, imutá-
vel, justificando a comparação com 
múmia. 
ATITUDE E DECÚBITO PREFERIDO NO LEITO 
✓ Algumas posições são conscientemente procuradas pelo 
paciente (voluntárias), enquanto outras independem de 
sua vontade ou são resultantes de estímulos cerebrais (in-
voluntárias). 
ATITUDES VOLUNTÁRIAS 
✓ Ortopneica: alivia a falta de ar decorrente de insuficiência 
cardíaca, asma brônquica e ascite volumosa. Paciente sen-
tado à beira do leite com os pés no chão e as mãos apoia-
das no colchão. 
✓ Genupeitoral: paciente de joelhos com o tronco fletido so-
bre as coxas, enquanto a face anterior do tórax põe-se em 
contato com o solo ou colchão. Facilita o enchimento do 
coração nos casos de derrame pericárdico. 
✓ Cócoras: em crianças com cardiopatia congênita cianótica. 
Alívio da hipoxia generalizada, em decorrência da diminui-
ção do retorno venoso para o coração. 
✓ Parkinsoniana: de pé, apresenta semiflexão da cabeça, 
tronco e membros inferiores. Ao caminhar, parece estar 
correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade. 
✓ Decúbito lateral: quando há dor pleurítica. Reduz movi-
mentação dos folhetos 
pleurais ao lado o qual 
repousa. Ele se deita 
sobre o lado da dor. 
✓ Decúbito dorsal: per-
nas fletidas sobre as co-
xas e estas sobre a ba-
cia, é observado nos 
processos inflamató-
rios plevicoperitoneais. 
✓ Decúbito ventral: por-
tadores de cólica intes-
tinal. De bruços, e as 
vezes coloca traves-
seiro debaixo do ven-
tre. 
ATITUDES INVOLUNTÁRIAS 
✓ Atitude passiva: fica do jeito que é colocado no leito. Paci-
entes inconscientes. 
✓ Ortóno: todo o tronco e os membros estão rígidos. 
✓ Opistótono: decorrente de contratura da musculatura 
lombar. Em tétano e meningite. Corpo passa a se apoiar na 
cabeça e nos calcanhares. 
✓ stótono: no tétano, meningite e na raiva. Contrário do 
opistótono, ou seja, o corpo do paciente forma uma conca-
vidade voltada para diante. 
✓ Pleurostótono: rara no tétano, meningite e raiva. Corpo se 
curva lateralmente. 
✓ Posição em gatilho: irritação meníngea. Comum em crian-
ças. Hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as 
coxas e encurvamento do tronco com concavidade para di-
ante. 
✓ Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial: 
EXAME DAS MUCOSAS 
✓ São as mucosas conjuntivais (olhos) e as mucosas labiobu-
cal, lingual e gengival. 
COLORAÇÃO 
✓ A normal é róseo-avermelhada → normocoradas. 
✓ Descoramento das mucosas: descoradas ou pálidas. Avali-
ação em cruzes. Indica anemia. 
✓ Mucosas hipercoradas: traduzem aumento das hemácias 
naquela área, como nas inflamações e nas policitemias. 
✓ Cianose: coloração azulada 
✓ Icterícia: mucosas amarelas ou amarelo-esverdeadas. 
UMIDADE 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
✓ Em geral, úmidas, traduzem bom hidratação. 
✓ Mucosas com unidade normal ou secas. 
MUSCULATURA 
INSPEÇÃO 
✓ Olhar atentamente, observando relevo das massas muscu-
lares mais volumosas 
PALPAÇÃO 
✓ Polpas digitais em pinça, com polegar em oponência aos 
demais dedos. 
✓ Primeiro com o músculo em repouso e, em seguida, com 
uma leve contração. 
✓ Troficidade: é a massa do próprio músculo. Pode ser nor-
mal, hipertrófica ou hipotrófica. 
✓ Tonicidade: estado de semicontração própria. Pode ter 
tônus normal, hipertonicidade (rigidez → contração 
mesmo em repouso) e hipotonicidade ou flacidez (tônus 
diminuído ou ausente). 
✓ Nas lesões extrapiramidais é típico o aumento da tonici-
dade sem alterações da troficidade. 
 
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS 
✓ Alguns são constantes e outros ocorrem periodicamente. 
✓ Os principais são: 
➢ Tremores: manobras para pesquisa – 1. Folha de papel 
no dorsal das mãos com as palmas voltadas para baixo 
e com os dedos separados e 2. Levar um copo, com uma 
das mãos, da mesa à boca. Tipos: 
1. De repouso, desaparece com sono e movimento. 
Mais evidente nas mãos. Ocorre no parkinsonismo. 
2. De atitude ou postural, ocorre no pré-coma hepá-
tico, doença de Wilson. 
3. Discinético ou intencional: surge ou se agrava com 
movimento. Aparece nas doenças cerebelares. 
4. Vibratório: fino e rápido. Pode surgir no hipertireoi-
dismo, alcoolismo, neurosífilis e, principalmente, de 
origem emocional. 
➢ Movimentos coreicos: movimentos involuntários, am-
plas, desordenados, de ocorrência inesperada e arrít-
micos. Manifestam-se nas síndromes coreica. Coreia de 
Sydenham (coreia infantil de etiologia infecciosa e rela-
cionada com moléstia reumática) e Coria de Huntington 
(hereditário que pode afetar também habilidades men-
tais e aspectos da personalidade) 
➢ Movimentos atetósicos: Movimentos involuntários nas 
extremidades. São lentos e estereotipados, lembrando 
movimentos do polvo. Determina lesões dos núcleos da 
base. 
➢ Pseudoatetose: movimentos incoordenados, lentos e 
de grande amplitude. Nas mãos, nos pés e na face. Re-
lacionados com lesão do corpo estriado. 
➢ Hemibalismo: movimentos abruptos, violentos e de 
grandeamplitude, limitados a uma metade do corpo; 
raros e decorrem de lesões extrapiramidais. 
➢ Mioclonias: involuntários, breves, rítmicos ou arrítmi-
cos. Relatados como abalos, choques, sacudidas e tran-
cos. De origem central, espinal e periférica. 
➢ Mioquinias: contrações fibrilares de tipo ondulatório. 
Surge em múculos íntegras, principalmente no ortibal 
das pálpebras, quadríceps e gêmeo. Não apresenta sig-
nificado patológico. 
➢ Asterix: ou flapping. Movimentos rápidos, de ampli-
tude variável, que ocorrem nos segmentos distais e 
apresentam certa semelhança com o bater de asas das 
aves. Frequente na insuficiência hepática e menos fre-
quente no coma urêmico. 
➢ Tiques: movimentos involuntários em determinado 
grupo muscular, repetindo-se sucessivamente. Classifi-
cação: 
1. Motores simples: grupo muscular isolado. Ex.: pis-
camento, abertura da boca, balanceio da cabeça 
etc. 
2. Motores complexos: padrões elaborados de movi-
mentos. Ex.: contrações faciais bizarras, desvios 
oculares, gesticulação obscena etc. Síndrome de 
Tourette. 
➢ Convulsões: movimentos musculares súbitos e incoor-
denados, involuntários e paroxísticos. Podem surgir na 
epilepsia, tétano, estados hipoglicêmicos, meningites 
etc. 
1. Tônicas: mantidas por longo tempo e imobilizarem 
as articulações. 
2. Clônicas: rítmicas, alterando-se em contrações e re-
laxamentos musculares em ritmo mais ou menos rá-
pido. 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
3. Tônico-clônicas: soma as características de ambas. 
➢ Tetania: caracteriza-se por crises exclusivamente tôni-
cas quase sempre localizadas nas mãos e pés. Ocorre 
nas hipocalcemias e na alcalose respiratória por hiper-
ventilação. 
➢ Fasciculações: São contrações breves, arrítmicas e limi-
tadas a um feixe muscular. Não devem ser confundidas 
com as mioquinias. 
➢ Bradicinesia: lentidão de movimentos apresentada pe-
los pacientes com doença de Parkinson, que pode ser 
detectada de diferentes maneiras. 
➢ Discinesias orofaciais: movimentos rítmicos, repetiti-
vos e bizarros, que comprometem, principalmente, a 
face, a boca, a mandíbula e a língua, sendo expressos 
sob a forma de caretas, franzir dos lábios, protrusão da 
língua, abertura e fechamento da boca e desvios da 
mandíbula. 
➢ Distonias: contrações musculares mantidas que levam 
a posturas anormais e movimentos repetitivos, quase 
sempre acompanhados de dor. 
ENFISEMAS SUBCUTÂNEOS 
✓ Presença de bolhas de ar debaixo da pele. 
✓ O ar pode ser procedente do tórax, em decorrência de um 
pneumotórax, ou ter origem em processo local por ação de 
bactérias produtoras de gás; isso é o que ocorre nas gan-
grenas gasosas. 
CISCULAÇÃO COLATERAL 
✓ Presença de um circuito venoso anormal visível ao exame. 
✓ Indica dificuldade ou impedimento do fluxo venoso através 
dos troncos venosos principais. Aí o sangue se desvia para 
as colaterais. 
✓ Deve ser analisada quanto à: 
➢ Localização: tórax, abdome, raiz dos MMSS, segmento 
cefálico. 
➢ Direção do fluxo: Pode ser fluxo venoso abdome-tórax, 
ombro-tórax e pelve-tórax. A técnica é comprimir com 
os indicadores a veio, afastar uns 5-10 cm, conferir se a 
veia está exangue, tirar um dos dedos e ver o reenchi-
mento venoso. Se reencher de imediato, significa que o 
sangue está fluindo no sentido do dedo que permanece 
fazendo a compressão. Tem que repetir umas 3 vezes 
para ter certeza. 
➢ Presença de frêmito e/ou sopro: só tem quando há re-
canalização da veia umbilical. 
✓ Os tipos são: 
➢ Braquicefálica: veias superficiais ingurgitadas em am-
bos os lados da parte superior da face anterior do tórax, 
com sangue fluindo de fora para dentro. Se o obstáculo 
estiver no tronco braquiocefálico esquerdo em conse-
quência de adenomegalia ou aneurisma da convexi-
dade da crossa da aorta, surgirão jugular esquerda túr-
gida e não pulsátil e empastamento da fossa supracla-
vicular esquerda. 
➢ Cava superior: a rede venosa colateral vai se distribuir 
na metade superior da face anterior do tórax; as vezes, 
também na parte posterior, nos braços e no pescoço. 
costumam surgir os seguintes sinais: estase jugular bi-
lateral não pulsátil, cianose e edema localizado na por-
ção superior do tronco, pescoço e face. 
➢ Porta: obstáculo pode estar situado nas veias supra-he-
páticas (síndrome de Budd-Chiari), no fígado (cirrose 
hepática) ou na veia porta (pileflebite). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia 
Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
Estado geral: ( ) BEG ( ) REG ( ) MEG 
Fácies (atípica/típica – qual?): 
Nível de consciência: 
Estado de hidratação (hidratado/desidratado): 
Mucosas: ( ) coradas ( ) hipocoradas ( ) hipercoradas 
Respiração: ( ) eupneico ( ) dispneico 
Atitude: ( ) passiva _________ ( ) ativa __________ 
Postura: 
Movimentos involuntários: ( ) ausentes ( ) presentes _______ 
Biotipo: ( ) brevilíneo ( ) normoíneo ( ) longilíneo 
Peso: Altura: 
IMC: CC: CA: 
Temperatura axilar: ºC 
Panículo adiposo: ( ) normal ( ) nanismo ( ) gigantismo 
Pele (cor, umidade, textura, turgor, elasticidade, sensibili-
dade, lesões): 
Fâneros (unhas, cabelos, cílios, supercílios, pelos do corpo): 
Estado nutricional: ( ) desnutrido ( ) nutrido 
Veias superficiais (ausentes/presentes – varizes e simetria): 
Circulação colateral (ausente/presente – tipo): 
Edema (local, intensidade, elasticidade, temperatura, sensibi-
lidade, consistência): 
Fala e linguagem: 
Marcha: 
Observações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
Porto, Celmo Celeno. Exame clínico / Celmo Celeno Porto, Ar-
naldo Lemos Porto. 8. 
ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. 
 
Bates - Propedêutica Médica - Lynn S. Bickley. 10ª Edição. 
 
Roteiro Pedagógico

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