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Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros semiologia SEMIOTÉCNICA ✓ Paciente deve ser examinado em decúbito, sentado, de pé e andando. ✓ Primeiro deve-se examiná-lo na beira de leito. AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL ✓ Para descrever usa-se a seguinte nomenclatura: ➢ Estado geral bom ➢ Estado geral regular ➢ Estado geral ruim. AVALIAÇAO DO NÍVEL DE CONSCIENCIA ✓ Estado de vigília: percepção consciente do mundo exterior e de se mesmo. ✓ Níveis de consciência: ➢ Obnubilação: consciência pouco comprometida e es- tado de alerta moderadamente comprometido. ➢ Sonolência: facilmente despertado, responde mais ou menos apropriado e volta a dormir. ➢ Confusão mental: perda de atenção, pensamento não é claro, respostas lentas, pouca percepção temporoes- pacial. ➢ Torpor ou estupor: mais pronunciada, paciente é des- pertado por estímulos mais fortes, mas não abre os olhos. ➢ Coma: quando não desperta com estímulo forte. ✓ Utiliza-se a escala de coma de Glasgow para avaliar nível de consciência. FALA E LINGUAGEM ✓ Alterações de fala: ➢ Disfonia ou afonia: alteração no timbre da voz causada por problemas no órgão fonador. ➢ Dislalia: alterações menores da fala, trocas de letras. ➢ Disartria: alterações nos músculos da fonação, incoor- denação cerebral, hipertonia no parkinsonismo ou perda do controle piramidal. ➢ Disfasia: perturbação na elaboração cortical da fala. AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO ✓ Avaliado segundo os seguintes parâmetros: ➢ Alteração abrupta do peso; ➢ Alterações da pele quanto à umidade, à elasticidade e ao turgor (sem sinal de prega). ➢ Alterações das mucosas quanto à umidade (boca seca) ➢ Alterações oculares (olhos fundos) ➢ Estado geral ➢ Fontanelas ✓ Classificação quanto a intensidade na perda de peso: ➢ Leve ou de 1º grau: perda de peso de até 5% ➢ Moderada ou de 2º grau: perde de peso de 5 a 10% ➢ Grave ou de 3º grau: perda de peso acima de 10%. ✓ Classificação quanto à osmolaridade: ➢ Isotônica: sódio nos limites normais (130 a 150 mEq/L). ➢ Hipotônica: sódio baixo (<130mEq/L) ➢ Hipertônica: sódio alto (>150mEq/L). AVALIAÇAO ANTROPOMETRICA ALTURA/ESTATURA ✓ Em crianças, acompanhar pelos escores. ✓ No idoso observa-se diminuição na altura com o passar dos anos devido ao encurtamento da coluna vertebral. ✓ Algumas equações estimam a altura: ➢ Altura do joelho: pa- ciente sentado com os pés no chão. Mede-se o ponto ós- seo externo, logo abaixo da rótula até a superfície do chão. ➢ Envergadura e semienvergadura do braço PESO ✓ Peso atual: peso do momento. ✓ Peso usual/habitual: como referência na avaliação das mudanças recentes de peso. Somatoscopia Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros ✓ Peso ideal/desejável/teórico: o peso definido com alguns parâmetros. ✓ Peso ajustado: é estimado a partir do peso atual e do ideal. Peso ajustado para obesidade: 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = (𝑃𝐴 − 𝑃𝐼)𝑋 0,25 + 𝑃𝐼 Peso ajustado para desnutrição: 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 = (𝑃𝐼 − 𝑃𝐴)𝑋 0,25 + 𝑃𝐴 ✓ Peso corrigido: para pacientes amputados. 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 = 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑎𝑚𝑝𝑢𝑡𝑎çã𝑜 𝑥 100 (100% − % 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑝𝑢𝑡𝑎çã𝑜) ✓ Peso estimado: quando não dá para medir o peso. ✓ Peso seco: descontando edema e ascite. ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ✓ Indicador do estado nutricional. ✓ IMC = peso atual (kg)/altura² (m). CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA ✓ É utilizada para diagnóstico de obesidade abdominal e re- flete o conteúdo de gordura visceral. ✓ Mede entre a última costela e a crista ilíaca. ✓ Masculino: Normal (<94 cm), aumentada (94 a 102 cm) e muito aumentada (>102 cm) ✓ Feminino: Normal (<80 cm), aumentada (80 a 88 cm) e muito aumentada (>88 cm) CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA ✓ Avalia a depleção da massa muscular ✓ Rastreamento de sarcopenia em idosos: ➢ Menor que 35 cm, deve-se realizar acompanhamento de rotina ➢ De 31 a 34 cm, exige vigilância nutricional ao idoso ➢ Menor que 31 cm caracteriza depleção de massa mus- cular (sarcopenia) (necessária intervenção). PERÍMETRO CEFÁLICO ✓ Importante acompanhamento da criança até 2 anos de idade. ✓ Para microcefalia o valor de PC deve ser inferior a 33 cm na criança a termo. ✓ Passar a fita nas bordas supraorbitárias e a proeminência occipital. ✓ Perímetro cefálico no primeiro ano de vida para crianças nascias a termo: ➢ 0 3 meses: 2 cm por mês. ➢ 3 a 6 meses: 1 cm por mês ➢ 6 a 9 meses: 0,5 cm por mês ➢ 9 a 12 meses: 0,5 cm por mês. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL SOBREPESO E OBESIDADE ✓ Sobrepeso e obesidade são definidos como o acúmulo ex- cessivo de gordura corporal, condição que acarreta prejuí- zos à saúde global, além de favorecer o surgimento de en- fermidades como dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. DESNUTRIÇÃO ✓ A American Dietetics Association (ADA) e a ASPEN diz que tem que ter a presença de dois ou mais dos seguintes ele- mentos: ➢ Ingestão insuficiente de energia. ➢ Perda de peso ➢ Perda de gordura subcutânea. ➢ Perda de massa muscular. ➢ Acúmulo de líquido localizado ou generalizado, que, em algumas ocasiões, pode mascarar a perda de peso. ➢ Capacidade funcional diminuída, medida pela força do aperto de mão, com uso de dinamômetro. ✓ Classifica-se em: ➢ Bem nutrido ➢ Moderadamente desnutrido ➢ Suspeito de desnutrição ➢ Gravemente desnutrido DESENVOLVIMENTO FÍSICO ✓ Os achados podem ser: ➢ Desenvolvimento normal ➢ Hiperdesenvolvimento ➢ Hipodesenvolvimento ➢ Hábito grácil ➢ Infantilismo ✓ Hábito grácil: Constituição corporal frágil e delgada. Ossa- tura fina, muscular pouco desenvolvida. Altura e um peso abaixo do normal. ✓ Infantilismo: Persistência anormal das características in- fantis na idade adulta. ✓ Hipodesenvolvimento: Não é igual ao nanismo ✓ Critérios de Tanner para avaliar maturidade sexual na ado- lescência. ✓ Distúrbios do desenvolvimento físico e sexual: ➢ Gigantismo acromegálico: hiperfunção do lóbulo ante- rior da hipófise Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros ➢ Gigantismo infantil: extremidades inferiores muito lon- gas. Hiperfunção da hipófise anterior que tenha come- çado antes da soldadura das epífises. ➢ Nanismo acondroplásico: a cabeça e tronco têm dimen- sões aproximadas às do adulto normal, enquanto as pernas são curtas e arqueadas. ➢ Cretinismo: nanismo por hipofunção congênita da glân- dula tireoide. Falta de desenvolvimento de todos os segmentos do corpo. ➢ Nanismo hipofisário: cabeça e tronco normalmente proporcionados, mas pequenos. Os órgãos genitais são hipodesenvolvidos. ➢ Nanismo do raquitismo: mau desenvolvimento e defor- midades da coluna e dos ossos longos. FACIES ✓ Fácies normal ou atípica: sem alteração. ✓ Fácies hipocrá- tica: olhos fundos, para- dos e inexpressivos. Bati- mentos das asas do na- riz, palidez cutânea e uma discreta cianose la- bial. ✓ Fácies renal: edema que predo- mina ao redor dos olhos + palidez cutânea. ✓ Fáceis leonina: lesões do mal de Hansen. Supercílioscaem, nariz se espessa e alarga, lábios mais grossos e proeminentes, barba escas- seia. ✓ Fáceis adenoidiana: nariz pequeno e afilado e a boca sempre entreaberta. Nos portadores de hipertrofia das ade- noides. ✓ Fáceis parkinsoniana, cérea ou em máscara: inexpressiva, com rigidez fa- cial. ✓ Fácies basedowiana: exof- talmia e olhos brilhantes. Presença de um bócio indica hipertireoidismo. ✓ Fácies mixedematosa: rosto arredon- dado, nariz e lábios grossos, pele seca, es- pessada e com acentuação de seus sulcos. Pálpebras tornam-se infiltradas e enruga- das. Supercílios escassos e cabelos secos e sem brilho. Aparece no hipotireoidismo ou mixedema. ✓ Fácies acromegálicas: saliência das arcadas supraorbitárias, proeminência das maçãs do maxilar inferior. ✓ Fácies cushingoide ou de lua cheia: Aparece na síndrome de Cushing e em uso prolongado de corticoi- des. Arredondamento do rosto com ate- nuação dos traços faciais, associado ao aparecimento de acne. ✓ Fácies mongoloide: epicanto (pregas cutâneas), olhos oblí- quos e distantes. Rosto re- dondo. É observada no mongo- lismo ou trissomia do par 21. ✓ Fácies de depressão: inexpressividade do rosto. Cabisbaixa, olhos fixos em ponto distante. Sulco nasolabial de acentua e o canto da boca se rebaixa. ✓ Facies pseudobulbar: súbitas crises de choro ou riso, involuntárias, mas cons- cientes. Aparece na paralisia pseudo- bulbar. ✓ Facies da paralisia facial periférica: assimétrica da face, com impossibili- dade de fechar as pálpebras, repuxa- mento da boca para o lado são e paga- mento do sulco nasolabial. Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros ✓ Facies miastênica ou de Hutchinson: ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Ocorre na miastenia gravis. ✓ Fácies do deficiente mental: traços faciais são apagados e grosseiros. Boca constantemente entreaberta, às vezes com saliva- ção. Hipertelorismo e estrabismo. ✓ Facies etílica: olhos avermelha- dos e certa ruborização da face. Hálito etílico, a voz pastosa e sor- riso meio indefinido. ✓ Fácies esclerodérmica: fá- cies de múmia. Quase completa imo- bilidade facial. A pele se torna aper- gaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos. Repuxamento dos lábios, afinamento do nariz e imobilização das pálpebras. Fisiono- mia é inexpressiva, parada, imutá- vel, justificando a comparação com múmia. ATITUDE E DECÚBITO PREFERIDO NO LEITO ✓ Algumas posições são conscientemente procuradas pelo paciente (voluntárias), enquanto outras independem de sua vontade ou são resultantes de estímulos cerebrais (in- voluntárias). ATITUDES VOLUNTÁRIAS ✓ Ortopneica: alivia a falta de ar decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica e ascite volumosa. Paciente sen- tado à beira do leite com os pés no chão e as mãos apoia- das no colchão. ✓ Genupeitoral: paciente de joelhos com o tronco fletido so- bre as coxas, enquanto a face anterior do tórax põe-se em contato com o solo ou colchão. Facilita o enchimento do coração nos casos de derrame pericárdico. ✓ Cócoras: em crianças com cardiopatia congênita cianótica. Alívio da hipoxia generalizada, em decorrência da diminui- ção do retorno venoso para o coração. ✓ Parkinsoniana: de pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores. Ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade. ✓ Decúbito lateral: quando há dor pleurítica. Reduz movi- mentação dos folhetos pleurais ao lado o qual repousa. Ele se deita sobre o lado da dor. ✓ Decúbito dorsal: per- nas fletidas sobre as co- xas e estas sobre a ba- cia, é observado nos processos inflamató- rios plevicoperitoneais. ✓ Decúbito ventral: por- tadores de cólica intes- tinal. De bruços, e as vezes coloca traves- seiro debaixo do ven- tre. ATITUDES INVOLUNTÁRIAS ✓ Atitude passiva: fica do jeito que é colocado no leito. Paci- entes inconscientes. ✓ Ortóno: todo o tronco e os membros estão rígidos. ✓ Opistótono: decorrente de contratura da musculatura lombar. Em tétano e meningite. Corpo passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares. ✓ stótono: no tétano, meningite e na raiva. Contrário do opistótono, ou seja, o corpo do paciente forma uma conca- vidade voltada para diante. ✓ Pleurostótono: rara no tétano, meningite e raiva. Corpo se curva lateralmente. ✓ Posição em gatilho: irritação meníngea. Comum em crian- ças. Hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para di- ante. ✓ Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial: EXAME DAS MUCOSAS ✓ São as mucosas conjuntivais (olhos) e as mucosas labiobu- cal, lingual e gengival. COLORAÇÃO ✓ A normal é róseo-avermelhada → normocoradas. ✓ Descoramento das mucosas: descoradas ou pálidas. Avali- ação em cruzes. Indica anemia. ✓ Mucosas hipercoradas: traduzem aumento das hemácias naquela área, como nas inflamações e nas policitemias. ✓ Cianose: coloração azulada ✓ Icterícia: mucosas amarelas ou amarelo-esverdeadas. UMIDADE Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros ✓ Em geral, úmidas, traduzem bom hidratação. ✓ Mucosas com unidade normal ou secas. MUSCULATURA INSPEÇÃO ✓ Olhar atentamente, observando relevo das massas muscu- lares mais volumosas PALPAÇÃO ✓ Polpas digitais em pinça, com polegar em oponência aos demais dedos. ✓ Primeiro com o músculo em repouso e, em seguida, com uma leve contração. ✓ Troficidade: é a massa do próprio músculo. Pode ser nor- mal, hipertrófica ou hipotrófica. ✓ Tonicidade: estado de semicontração própria. Pode ter tônus normal, hipertonicidade (rigidez → contração mesmo em repouso) e hipotonicidade ou flacidez (tônus diminuído ou ausente). ✓ Nas lesões extrapiramidais é típico o aumento da tonici- dade sem alterações da troficidade. MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS ✓ Alguns são constantes e outros ocorrem periodicamente. ✓ Os principais são: ➢ Tremores: manobras para pesquisa – 1. Folha de papel no dorsal das mãos com as palmas voltadas para baixo e com os dedos separados e 2. Levar um copo, com uma das mãos, da mesa à boca. Tipos: 1. De repouso, desaparece com sono e movimento. Mais evidente nas mãos. Ocorre no parkinsonismo. 2. De atitude ou postural, ocorre no pré-coma hepá- tico, doença de Wilson. 3. Discinético ou intencional: surge ou se agrava com movimento. Aparece nas doenças cerebelares. 4. Vibratório: fino e rápido. Pode surgir no hipertireoi- dismo, alcoolismo, neurosífilis e, principalmente, de origem emocional. ➢ Movimentos coreicos: movimentos involuntários, am- plas, desordenados, de ocorrência inesperada e arrít- micos. Manifestam-se nas síndromes coreica. Coreia de Sydenham (coreia infantil de etiologia infecciosa e rela- cionada com moléstia reumática) e Coria de Huntington (hereditário que pode afetar também habilidades men- tais e aspectos da personalidade) ➢ Movimentos atetósicos: Movimentos involuntários nas extremidades. São lentos e estereotipados, lembrando movimentos do polvo. Determina lesões dos núcleos da base. ➢ Pseudoatetose: movimentos incoordenados, lentos e de grande amplitude. Nas mãos, nos pés e na face. Re- lacionados com lesão do corpo estriado. ➢ Hemibalismo: movimentos abruptos, violentos e de grandeamplitude, limitados a uma metade do corpo; raros e decorrem de lesões extrapiramidais. ➢ Mioclonias: involuntários, breves, rítmicos ou arrítmi- cos. Relatados como abalos, choques, sacudidas e tran- cos. De origem central, espinal e periférica. ➢ Mioquinias: contrações fibrilares de tipo ondulatório. Surge em múculos íntegras, principalmente no ortibal das pálpebras, quadríceps e gêmeo. Não apresenta sig- nificado patológico. ➢ Asterix: ou flapping. Movimentos rápidos, de ampli- tude variável, que ocorrem nos segmentos distais e apresentam certa semelhança com o bater de asas das aves. Frequente na insuficiência hepática e menos fre- quente no coma urêmico. ➢ Tiques: movimentos involuntários em determinado grupo muscular, repetindo-se sucessivamente. Classifi- cação: 1. Motores simples: grupo muscular isolado. Ex.: pis- camento, abertura da boca, balanceio da cabeça etc. 2. Motores complexos: padrões elaborados de movi- mentos. Ex.: contrações faciais bizarras, desvios oculares, gesticulação obscena etc. Síndrome de Tourette. ➢ Convulsões: movimentos musculares súbitos e incoor- denados, involuntários e paroxísticos. Podem surgir na epilepsia, tétano, estados hipoglicêmicos, meningites etc. 1. Tônicas: mantidas por longo tempo e imobilizarem as articulações. 2. Clônicas: rítmicas, alterando-se em contrações e re- laxamentos musculares em ritmo mais ou menos rá- pido. Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros 3. Tônico-clônicas: soma as características de ambas. ➢ Tetania: caracteriza-se por crises exclusivamente tôni- cas quase sempre localizadas nas mãos e pés. Ocorre nas hipocalcemias e na alcalose respiratória por hiper- ventilação. ➢ Fasciculações: São contrações breves, arrítmicas e limi- tadas a um feixe muscular. Não devem ser confundidas com as mioquinias. ➢ Bradicinesia: lentidão de movimentos apresentada pe- los pacientes com doença de Parkinson, que pode ser detectada de diferentes maneiras. ➢ Discinesias orofaciais: movimentos rítmicos, repetiti- vos e bizarros, que comprometem, principalmente, a face, a boca, a mandíbula e a língua, sendo expressos sob a forma de caretas, franzir dos lábios, protrusão da língua, abertura e fechamento da boca e desvios da mandíbula. ➢ Distonias: contrações musculares mantidas que levam a posturas anormais e movimentos repetitivos, quase sempre acompanhados de dor. ENFISEMAS SUBCUTÂNEOS ✓ Presença de bolhas de ar debaixo da pele. ✓ O ar pode ser procedente do tórax, em decorrência de um pneumotórax, ou ter origem em processo local por ação de bactérias produtoras de gás; isso é o que ocorre nas gan- grenas gasosas. CISCULAÇÃO COLATERAL ✓ Presença de um circuito venoso anormal visível ao exame. ✓ Indica dificuldade ou impedimento do fluxo venoso através dos troncos venosos principais. Aí o sangue se desvia para as colaterais. ✓ Deve ser analisada quanto à: ➢ Localização: tórax, abdome, raiz dos MMSS, segmento cefálico. ➢ Direção do fluxo: Pode ser fluxo venoso abdome-tórax, ombro-tórax e pelve-tórax. A técnica é comprimir com os indicadores a veio, afastar uns 5-10 cm, conferir se a veia está exangue, tirar um dos dedos e ver o reenchi- mento venoso. Se reencher de imediato, significa que o sangue está fluindo no sentido do dedo que permanece fazendo a compressão. Tem que repetir umas 3 vezes para ter certeza. ➢ Presença de frêmito e/ou sopro: só tem quando há re- canalização da veia umbilical. ✓ Os tipos são: ➢ Braquicefálica: veias superficiais ingurgitadas em am- bos os lados da parte superior da face anterior do tórax, com sangue fluindo de fora para dentro. Se o obstáculo estiver no tronco braquiocefálico esquerdo em conse- quência de adenomegalia ou aneurisma da convexi- dade da crossa da aorta, surgirão jugular esquerda túr- gida e não pulsátil e empastamento da fossa supracla- vicular esquerda. ➢ Cava superior: a rede venosa colateral vai se distribuir na metade superior da face anterior do tórax; as vezes, também na parte posterior, nos braços e no pescoço. costumam surgir os seguintes sinais: estase jugular bi- lateral não pulsátil, cianose e edema localizado na por- ção superior do tronco, pescoço e face. ➢ Porta: obstáculo pode estar situado nas veias supra-he- páticas (síndrome de Budd-Chiari), no fígado (cirrose hepática) ou na veia porta (pileflebite). Semiologia Básica - Exame Clínico - Somatoscopia Medicina – UFAL - Turma 82 - Maryelle Barros IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE Estado geral: ( ) BEG ( ) REG ( ) MEG Fácies (atípica/típica – qual?): Nível de consciência: Estado de hidratação (hidratado/desidratado): Mucosas: ( ) coradas ( ) hipocoradas ( ) hipercoradas Respiração: ( ) eupneico ( ) dispneico Atitude: ( ) passiva _________ ( ) ativa __________ Postura: Movimentos involuntários: ( ) ausentes ( ) presentes _______ Biotipo: ( ) brevilíneo ( ) normoíneo ( ) longilíneo Peso: Altura: IMC: CC: CA: Temperatura axilar: ºC Panículo adiposo: ( ) normal ( ) nanismo ( ) gigantismo Pele (cor, umidade, textura, turgor, elasticidade, sensibili- dade, lesões): Fâneros (unhas, cabelos, cílios, supercílios, pelos do corpo): Estado nutricional: ( ) desnutrido ( ) nutrido Veias superficiais (ausentes/presentes – varizes e simetria): Circulação colateral (ausente/presente – tipo): Edema (local, intensidade, elasticidade, temperatura, sensibi- lidade, consistência): Fala e linguagem: Marcha: Observações: Referências: Porto, Celmo Celeno. Exame clínico / Celmo Celeno Porto, Ar- naldo Lemos Porto. 8. ed. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. Bates - Propedêutica Médica - Lynn S. Bickley. 10ª Edição. Roteiro Pedagógico
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