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Apostila de Exercícios - Cálculo I Turma Honors - PEM (Programa Especial de Matemática) 2020.1 Rolci Cipolatti, Remi Ma�re Dupuis, Erick Manjarra, Renato Rosa, Yuri Paes Gomes. 3 Sumário 1 Exercícios 1 1.1 Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1.1.1 Cálculo de Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1.1.2 Continuidade de Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.2 Cálculo de Derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.2.1 Derivação Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.2.2 Derivação Implícita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.3 Aplicação de Derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.3.1 Limites com L'Hôpital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 1.3.2 Taxas Relacionadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 1.3.3 Aproximação de Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 1.3.4 Máximos e Mínimos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 1.3.5 Esboço de Grá�co . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 1.4 Integrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 1.4.1 Cálculo de Primitivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 1.4.2 Integrais De�nidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 1.4.3 Integrais Impróprias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 1.4.4 Aplicação de Integrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 2 Respostas dos Exercícios 25 2.1 Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 2.1.1 Cálculo de Limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 2.1.2 Continuidade de Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 2.2 Cálculo de Derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 2.2.1 Derivação Simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 2.2.2 Derivação Implícita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 2.3 Aplicação de Derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 2.3.1 Limites com L'Hôpital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 2.3.2 Taxas Relacionadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 2.3.3 Aproximação de Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 2.3.4 Máximos e Mínimos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 2.3.5 Esboço de Grá�co . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 2.4 Integrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 2.4.1 Cálculo de Primitivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 2.4.2 Integrais De�nidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 2.4.3 Integrais Impróprias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 2.4.4 Aplicação de Integrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 3 Material Complementar 127 3.1 Complementos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 3.1.1 Números . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127 3.1.2 Crescimento e Concavidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129 3.2 O Método de Euler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 3.2.1 O Problema de Valor Inicial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 3.2.2 O Método de Euler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 3.2.3 O Método de Euler em Python . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144 3.3 Quilling Shapes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 3.3.1 A Catenária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 3.3.2 Tokamak . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 1 Capítulo 1 Exercícios 1.1 Limites 1.1.1 Cálculo de Limites 1. Limites Elementares: (a) lim x→2 x− 2√ 2 + x (b) lim x→+∞ ( 2− 1 x + 4 x2 ) (c) lim x→+∞ 4x3 − 2x2 + 1 3x3 − 5 (d) lim x→±∞ x+ 1 x (e) lim x→−∞ x2 + x− 1 2x+ 5 (f) lim x→−∞ (√ x2 + 1− x ) (g) lim x→−∞ x (√ x2 + 1− x ) (h) lim x→0 √ 1 + x− 1 x (i) lim x→4 √ 2x+ 1− 3√ x− 2− √ 2 (j) lim x→1 3 √ x− 1√ x− 1 (k) lim x→a m √ x− m√a x− a 2 (l) lim x→0 √ 1 + x+ x2 x (m) lim x→+∞ √ x2 − 3 3 √ x3 + 1 (n) lim u→−2 u3 + 4u2 + 4u (u+ 2)(u− 3) 2. Indeterminações do tipo 0/0: (a) lim x→0 4x3 − 2x2 + x 3x2 + 2x (b) lim x→2 x2 − 4 x− 2 (c) lim x→1 x3 − 1 x− 1 (d) lim x→2 x2 − 5x+ 6 x2 − 12x+ 20 (e) lim x→2 x2 + 3x− 10 3x2 − 5x− 2 (f) lim y→−2 y3 + 3y2 + 2y y2 − y − 6 (g) lim u→−2 u3 + 4u2 + 4u (u+ 2)(u− 3) (h) lim x→−2 xn − 1 x− 1 , (n ∈ N) 3. Indeterminações do tipo ∞−∞: (a) lim x→1+ ( 1 1− x − 3 x2 − 1 ) (b) lim x→+∞ √ x2 + 1− x 4. Indeterminações do tipo 0×∞: (a) lim x→+∞ x (√ x2 + 1− x) ) 5. Limites trigonométricos com 0/0: (a) lim x→0 sen(x) tg(x) (b) lim x→0 sen(4x) x 3 (c) lim x→0 sen2 (x/3) x2 (d) lim x→0− x√ 1− cos(x) (e) lim x→0− (x(cotg(x)) (f) lim v→π/3 1− 2 cos(v) sen(v − π/3) (g) lim z→1 (1− z) tg (πz 2 ) (h) lim x→0 2 arcsen(x) 3x (i) lim x→0 tg x− senx x3 (j) lim x→0 sen a+ x− sen a− x x 6. Calcule os limites sabendo que: lim x→∞ ( 1 + 1 x )x = e (a) lim x→0 sen(x) tg(x) (b) lim x→∞ ( 1 + 2 x )x (c) lim x→∞ ( 1− 1 x )x (d) lim x→∞ ( x 1 + x )x (e) lim x→∞ x[ln(x+ 1)− ln(x)] (f) lim x→π/2 (1 + cos(x))3 sec(x) (g) lim x→0 ln(1 + αx) x (h) lim x→∞ ( 2x+ 3 2x+ 1 )2x+1 (i) lim x→0 (1 + 3 tg2(x))cotg 2(x) 7. Mostre que vale: 4 (a) lim n→+∞ 1 + 2 + 3 + ...+ n n2 = 1 2 (b) lim n→+∞ 12 + 22 + 32 + ...+ n2 n3 = 1 3 (c) lim n→+∞ 13 + 23 + 33 + ...+ n3 n4 = 1 4 (Dica) Para mostrar as igualdades acima é necessário mostrar que valem as seguintes igual- dades: (a) 1 + 2 + 3 + ...+ n = n(n+ 1) 2 (b) 12 + 22 + 32 + ...+ n2 = n(n+ 1)(2n+ 1) 6 (c) 13 + 23 + 33 + ...+ n3 = n2(n+ 1)2 4 Mostre-as! 1.1.2 Continuidade de Funções 1. Determine o valor da constante c para que a função f , dada abaixo, seja contínua em [0,+∞). f(x) = x+ √ x− 2 x− 1 , 0 ≤ x < 1. cx+ 5 x2 + 3 x ≥ 1. 2. Determine os valores de a e b para que a função f , dada abaixo, seja contínua em [−3, 3]. f(x) = a, x = −3. 9− x2 4− √ x2 + 7 , −3 < x < 3. b x = 3 3. Determine os valores de a e b para que a função f , dada abaixo, seja contínua em R. f(x) = x6, x ≤ −1. ax+ b, −1 < x < 2. x2 + 5 x ≥ 2 5 4. Determine o valor da constante c para que a função f , dada abaixo, seja contínua em [2,+∞). f(x) = x2 − 4 x2 − 3x+ 2 , x > 2. c x = 2. 5. Determine o valor da constante c para que a função f , dada abaixo, seja contínua em (0,+∞). f(x) = √ x2 + 16− 5 4− √ x2 + 7 , x 6= 3. c x = 3. 6. Determine o valor da constante c para que a função f , dada abaixo, seja contínua em x = 0. f(x) = 1− cos(x) sen2(x) , x 6= 0. c x = 0. 1.2 Cálculo de Derivadas 1.2.1 Derivação Simples 1. Para cada uma das funções f abaixo, calcule a derivada f ′(x0) usando a de�nição de derivada: (a) f(x) = 1 x (b) f(x) = √ x (c) f(x) = 1√ x (d) f(x) = sen2(x) 2. Determine a reta tangente ao grá�co de cada uma das funções f abaixo nos pontos x0 especí�cados e faça um esboço dos grá�cos e das tangentes: (a) f(x) = x3, x0 = 1 (b) f(x) = 1 x2 , x0 = 1/2 (c) f(x) = x+ √ x, x0 = 2 6 3. Calcule a derivada f ′(x0) de cada uma das funções abaixo aplicando as regras "al- gébricas" de derivação, explicitando os pontos x0 onde f não é derivável: (a) f(x) = x4 + 3x2 + 6 (b) f(x) = 6x3 − x2 (c) f(x) = x5 a+ b − x 2 a− b − x (d) f(x) = 6x7/2 + 4x5/2 + 2 (e) f(x) = √ x+ 3 √ x+ 1 x (f) f(x) = x3 + 1 x3/2 (g) f(x) = x m + m x + x2 n2 + n2 x2 (h) f(x) = sen(x) 1 + cos(x) 4. Calcule a derivada f ′(x0) de cada uma das funções abaixo aplicandoa regra da cadeia, explicitando os pontos x0 onde f não é derivável: (a) f(x) = (x2 + a2)5 (b) f(x) = (a+ x) √ a− x (c) f(x) = √ a+ x a− x (d) f(x) = 2x2 − 1 x √ 1 + x2 (e) f(x) = √ x+ 3 √ x+ 1 x (f) f(x) = 3 √ x2 + x+ 1 (g) f(x) = (1 + 4 √ x)3 (h) f(x) = √ x+ √ x+ √ x (i) f(x) = 1 + 4x2 x2(1 + x2)3/2 7 5. Considere a função f : R→ R de�nida assim: f(x) = 2x2 se x ≤ 2ax+ b se x > 2 Determine os valores de a e b para que a função seja derivável em R. 6. Considere a função f : R→ R de�nida assim: f(x) = x2 se x ∈ Q0 se x 6∈ Q Mostre que f é derivável em x0 = 0 e somente nesse ponto. 7. Considere a função f(x) = √ sen2(x2). (a) Determine o domínio D de f ; (b) Determine, caso existam, os pontos de D onde a função é descontínua; (c) Determine, caso existam, os pontos de D onde a função não é diferenciável. 8. Determine a equação da reta que é tangente simultaneamente aos grá�cos das fun- ções f e g de�nidas por f(x) = 1 − x2 e g(x) = −x 2 2 + 2x − 3 2 (veja a �gura abaixo). g Q f P h 9. Calcule as derivadas das seguintes funções no ponto x0: (a) f1(x) = e ee x (b) f2(x) = ln(1 + ln(1 + ln(1 + e 1+e1+x) (c) f3(x) = (sen(x)) sen(sen(x)) (d) f4(x) = sen(x sen(xsen(x))) (e) f5(x) = ( arcsen ( x sen(x) ))ln(sen(ex)) 8 1.2.2 Derivação Implícita 1. (a) Encontre y′ se x3 + y3 = 6xy (b) Encontre a reta tangente ao fólio de Descartes x3 + y3 = 6xy no ponto (3,3). (c) Em qual ponto do primeiro quadrante a reta tangente é horizontal? 2. Se 0 < x < 5, a equação x1/2 + y1/2 = 5 de�ne y como uma função de x. Sem isolar y, mostre que a derivada de y′ tem um sinal �xo. (Você pode assumir a existência de y′.) 3. A equação 3x2 + 4y2 = 12 de�ne y implicitamente como duas funções de x, se |x| ≤ 2. Assumindo que a segunda derivada y′′ existe, mostre que ela satisfaz a equação 4y3y′′ = −9. 4. Se y = xr, em que r é um número racional, digamos r = m/n, então yn = xm. As- sumindo a existência da derivada y′, deduza a fórmula y′ = rxr−1 usando derivação implícita e a fórmula correspondente para expoentes inteiros. 5. Para cada uma das funções y = f(x) de�nidas implicitamente perto de (x, y) = (a, b), Encontre o sinal de y′ naquela região perto do ponto. Perceba que a solução é única ao redor do ponto. (a) x cos(xy) = 0 em (a, b) = (1, π/2) (b) xy + ln(xy) = 1 em (a, b) = (1, 1) (c) x5 + xy + y5 = 3 em (a, b) = (1, 1) 6. Determine a, b ∈ R tais que (1, 1) pertence a curva de�nida implicitamente por x2y + ay2 = b e que a reta tangente nesse ponto é 4x+ 3y = 7. 7. Determine a reta tangente à curva xy = yx no ponto (k0, k0) com k0 6= e. 8. Mostre que as retas tangentes às curvas x2 +2xy+y3 = 1 e y2 +9x−(x−2)3−9 = 0 no ponto (0, 1) são perpendiculares. 9. Encontre uma equação da reta tangente ao grá�co da curva 2x2y2+y3 cos(πx)−1 = 0 no ponto (1,1) 1.3 Aplicação de Derivadas 1.3.1 Limites com L'Hôpital 1. Dizemos que uma função g(x) cresce mais rápido que f(x), se lim x→+∞ f(x) g(x) = 0 9 Mostre que, qualquer que seja n ∈ N, a função exponencial g(x) = ex cresce mais rápido que a função potência f(x) = xn; e que a função g(x) = x cresce mais rápido que a função f(x) = (ln(x))n. Observação: Isso quer dizer o seguinte: imagine que você desenvolveu um algo- ritmo para resolver um certo tipo de problema e observou que o número de operações do seu algoritmo depende exponencialmente do número x de dados. Se seu problema envolve um número muito grande de dados, seu algoritmo é ine�ciente. Jogue-o fora! Por outro lado, se o número de operações do seu algoritmo depende de ln(x), onde x é o número de dados a serem tratados, seu algoritmo é excelente. 2. Para cada n,m ∈ N, calcule os limites abaixo: (a) lim x→0+ x(ln(x))n (b) lim x→+∞ xm (ln(x))n (c) lim x→+∞ (ln(x))n x1/m (d) lim x→+∞ ex n emx 3. Três engenheiros, Abelardo, Albuquerque e Azevedo, desenvolveram para uma em- presa um algorítmo de busca de dados na internet e o entregraram para o chefe, Dr. Jonas, que demonstrou que o número de operações do algoritmo de Abelardo é da ordem de 10n, onde n é o numero de dados, que o algoritmo de Albuquerque exige um número de operações da ordem de n! e que o algoritmo de Azevedo exige um número de operações da ordem de nn. Qual dos três é o mais e�ciente e qual é o menos e�ciente para um conjunto muito grande de dados? Sugestão: Use a desigualdade: e (n e )n < n! < 2 (n 2 )n 4. Calcule os limites abaixo: (a) lim x→2 x3 + x2 − 11x+ 10 x2 − x− 2 (b) lim x→0 ( 1 x − 1 x2 ) (c) lim x→1 (x− 1)2 1 + cos(πx) (d) lim x→0 7 sen(7x) x 10 (e) lim x→0 sec(x)− 1 x (f) lim x→+∞ ( 1 x − 1 tg(x) ) (g) lim x→+∞ ex x (h) lim x→+∞ e7x πx (i) lim x→1 x8 − 5x7 + 9x6 − 7x3 + 12x− 10 (x− 1) (j) lim x→1 x7 + 5x5 − x4 + 8x3 + x2 − 17 (x− 1)2 (k) lim x→1− log(1− x) tg(1− x) (l) lim x→0+ xe1/x 1.3.2 Taxas Relacionadas 1. Um cocho de água (bebedouro para animais) tem 10 m de comprimento e uma seção transversal com forma de trapézio isósceles com 30 cm da base, 80 cm de extensão no topo e 50 cm de altura. Se o cocho for preenchido com água a uma taxa de 0, 2 L/min, quão rápido o nível de água estará subindo quando ela tiver 30 cm de profundidade? h(t) 8 dm 3 dm 5 dm 2. Duas carretas estão conectadas por uma corda rígida de 12 m que passa por uma polia P presa ao teto a uma altura de 4 m do ponto Q (veja �gura). A carreta A está sendo puxada afastando-se de Q a uma velocidade de 0, 5 m/s. Determine a velocidade da carreta B no instante t0 em que a carreta A se encontra a 3 m do ponto Q. 11 P LB(t) LA(t) B A y(t) x(t) Q 4m 3. Uma roda gigante com raio de 10 m está girando com velocidade angular de 360 graus por minuto. Com que velocidade um passageiro estará subindo quando seu assento estiver 16 m acima do solo? 4. Um semicírculo de diâmetro PQ está colado à base de um triângulo isóscelesOPQ de lados L cm (�xados) para formar uma região com um formato de sorvete, conforme mostra a �gura. Sejam A(θ) e B(θ) respectivamente as áreas do semicírculo e do triângulo. (a) Calcule o limite lim θ→0+ A(θ) B(θ) . (b) Se θ diminui com taxa de 0, 5 radianos por segundo, determine as taxas vT e vS com que estarão diminuindo as áreas do triângulo e do semicírculo, respec- tivamente, no instante t0 em que θ = π 4 . 12 O θ L L P Q 1.3.3 Aproximação de Funções 1. Aproxime, pela reta tangente, os valores das funções nos pontos indicados abaixo: (a) f(x) = ex no ponto x = 0.1. (b) f(x) = sen(x) no ponto x = 0.1 (c) f(x) = tg2(x) no ponto x = 0.2 (d) f(x) = ln(x)x no ponto x = 1.1 (e) f(x) = ln(x) 1− x2 (x2 + 1)2 no ponto x = 1.2 1.3.4 Máximos e Mínimos 1. Com que dimensões uma caixa com base quadrada e sem tampa pode ser construída de forma que seu volume seja máximo, utilizando-se de 1200 cm2 de papelão? 2. (a) Mostre que, de todos os retângulos com perímetro L, aquele com maior área é o quadrado. (b) Mostre que de todos os retângulos com área A, o de menor perímetro é o quadrado. 3. (a) Encontre o ponto da parábola y = x2 que está mais próximo do ponto P = (3, 0). (b) Encontre os pontos da elipse 4x2 + y2 = 4 que estão mais distantes do ponto P = (1, 0). Faça um esboço das �guras. 4. Uma janela tem a forma de um semicírculo sobreposto a um retângulo. Se o perí- metro da janela mede 10 m, determine as dimensões da janela que deixam passar a maior quantidade possível de luz. 13 5. Um pedaço de �o de 10 m é cortado em duas partes. Uma parte é dobrada em forma de um quadrado e a outra é dobrada em forma de uma circunferência. Como deve ser cortado o �o para que a soma das áreas das �guras formadas seja: ⇒0 x 10 (a) mínima? (b) máxima? 6. Como deve ser escolhido o ponto P na �gura abaixo de modo que o ângulo θ seja máximo? 2 cm 5 cm A B 3 cm θ P 14 7. Um fabricante de latas precisa fabricar latas cilíndricas com capacidade de um litro. Sabendo que o custo do material da tampa é o dobro do custo da parte lateral e do fundo, quais são as dimensões da lata queproporcionam o custo mínimo? 8. Um peso deve �car suspenso a 4 m de uma superfície horizontal por meio de uma armação de arame em forma de Y, como na �gura abaixo (onde os pontos A, B e P são os vértices de um triângulo isósceles). Se os pontos de sustentação A e B distam 2 √ 3 m, determine o comprimento mínimo de arame necessário para a armação. A B P 4m 2 √ 3m 9. Uma folha de papel retangular com lados medindo a e b centímetros (b > a) deve ser dobrado como indica a �gura abaixo. Determine o ponto P de modo que o comprimento da dobra L seja mínimo. Faça a experiência com uma folha de papel. a b L P 10. Escreva o número 8 como soma de dois números reais positivos de tal modo que a soma do quadrado do primeiro com o cubo do segundo seja máxima. É possível fazer essa decomposição de modo que a soma seja mínima? 11. O custo por hora para mover um barco é proporcional ao cubo da sua velocidade. Determine a velocidade com a qual ele deve se mover em uma correnteza de a km/h para minimizar o custo de uma viagem de b km contra a correnteza. Obs.: Lembre que a velocidade do barco é proporcional à velocidade de giro do motor. 15 12. Uma viga de madeira com seção reta retangular deve ser construída a partir de um tronco cilíndrico de raio R. Supondo que para uma viga cuja seção reta é um retângulo de base b e altura h sua "rigidez"seja proporcional ao comprimento da base e ao cubo da altura, determine a proporção h/b para a viga que oferece a maior rigidez. 13. Uma cerca de altura L metros está posicionada paralelalmente a uma parede um prédio bem alto e a uma distância b metros dessa parede. Determine a escada de comprimento mínimo que pode ser encostada na parede e também apoiada no topo da cerca. 14. Seja T um triângulo de base B e altura H cujos ângulos internos em relação à base são agudos. Mostre que dentre todos os retângulos que podem ser inscritos nesse triângulo, o de maior área tem base b = B/2 e altura h = H/2. 15. Uma peça mecânica de aço é construída a partir de uma esfera de raio R na qual faz- se um furo cilíndrico cujo eixo de simetria passa exatamente pelo centro da esfera. Determine o raio do furo para o qual a área total da peça seja máxima. 1.3.5 Esboço de Grá�co 1. Considere a função: f(x) = x3e−x (a) Calcule f ′(x) e f ′′(x). (b) Encontre todas as assíndotas verticais ou horizontais. (c) Identi�que os intervalos de crescimento e decrescimento de f . (d) Identi�que o(s) ponto(s) de máximo ou mínimo global. (e) Identi�que os intervalos de concavidade para cima ou para baixo de f . (f) Identi�que os pontos de in�exão de f . (g) Faça o esboço do grá�co de f . 2. Considere a função: f(x) = x2 − 4x− 12 x+ 3 (a) Calcule f ′(x) e f ′′(x). (b) Encontre as raízes de f . (c) Encontre todas as assíndotas verticais ou horizontais. (d) Identi�que os intervalos de crescimento e decrescimento de f . 16 (e) Identi�que o(s) ponto(s) de máximo ou mínimo. (f) Identi�que os intervalos de concavidade para cima ou para baixo de f . (g) Faça o esboço do grá�co de f . 3. Considere a função: f(x) = x 3 √ x2 − 1 (a) Calcule f ′(x) e f ′′(x). (b) Qual o domínio da função? (c) Encontre as assíndotas verticais ou horizontais, caso existam. (d) Identi�que os intervalos onjde a função é crescente ou decrescente. (e) Identi�que os valores máximo ou mínimo locais e globais, caso existam. (f) Identi�que os intervalos de concavidade para cima ou para baixo de f , assim como os pontos de in�exão. (g) Utilizando essas nformações, esboce um grá�co de f . 1.4 Integrais 1.4.1 Cálculo de Primitivas 1. Calcule as seguintes integrais inde�nidas: algumas são diretas, outras podem ser resolvidas pelo método de subtituição simples. (a) ∫ 3√ x2 + 4 √ x√ x dx (b) ∫ dx√ x+ 1 + √ x− 1 (c) ∫ ex + e2x + e3x e4x dx (d) ∫ ax bx dx (e) ∫ tg2(x) dx (f) ∫ dx a2 + x2 (g) ∫ dx√ a2 − x2 (h) ∫ tg(x) dx 17 (i) ∫ dx 1 + sen(x) (j) ∫ 8x2 + 6x+ 4 x+ 1 dx (k) ∫ 1√ 2x− x2 dx (l) ∫ ex sen(ex) dx (m) ∫ lnx x dx (n) ∫ ex e2x + 2ex + 1 dx (o) ∫ ee x ex dx (p) ∫ x√ 1− x2 dx (q) ∫ e √ x √ x dx (r) ∫ x √ 1− x2 dx (s) ∫ ln(cos (x)) tg(x) dx (t) ∫ ln(ln(x)) x ln(x) dx (u) ∫ xe−x 2 dx 2. Calcule as seguintes integrais inde�nidas usando o método de integração por partes. (a) ∫ x2ex dx (b) ∫ x2 sen(x) dx (c) ∫ cos(ln(x)) dx (d) ∫ x3ex 2 dx (e) ∫ ln3(x) dx (f) ∫ √ x ln(x) dx (g) ∫ eax sen(bx) dx (h) ∫ ln(ln(x)) x dx 18 (i) ∫ x ln2(x) dx 3. Use o mesmo truque aplicado para a determinação da primitiva de y = ln(x) para calcular a primitiva de y = arctg(x). 4. Calcule a primitiva de y = √ 1− x2 usando a integração por partes. (Sugestão: multiplique e divida a função pelo "conjugado".) 5. Use a solução do exercício 4 para calcular a área A da elipse x2 a2 + y2 b2 = 1 6. Determine as coordenadas do centro geométrico da região limitada pela parábola y = −x2 + 3x− 2 e a reta y = 0. (Sugestão: use o Teorema de Papus) 7. Calcule as seguinte integrais inde�nidas pelo método de substituição trigonométrica. (a) ∫ dx√ 1 + x2 (b) ∫ dx√ x2 − 1 (c) ∫ dx x √ x2 − 1 (d) ∫ dx x √ 1− x2 (e) ∫ dx x √ 1 + x2 (f) ∫ x3 √ 1− x2 dx (g) ∫ √ 1− x2 dx (h) ∫ √ 1 + x2 dx (i) ∫ √ x2 − 1 dx 8. Calcule as seguintes integrais inde�nidas pelos métodos que melhor lhe convier. (a) ∫ dx 1 + √ x+ 1 (b) ∫ dx 1 + ex (c) ∫ dx√ x+ 3 √ x 19 (d) ∫ dx√ 1 + ex (e) ∫ dx 2 + tg(x) (f) ∫ dx√√ x+ 1 (g) ∫ 4x + 1 2x + 1 dx (h) ∫ e √ x dx (i) ∫ √ 1 + x 1−√x dx 9. Calcule as seguintes integrais inde�nidas pelo método de frações parciais. (a) ∫ 2x2 + 7x− 1 x3 + x2 − x− 1 dx (b) ∫ x3 + 7x2 − 5x+ 5 (x− 1)2(x− 1)3 dx (c) ∫ 2x2 + x+ 1 (x+ 3)(x− 1)2 dx (d) ∫ x4 x2 + 1 dx (e) ∫ x3 + x+ 2 x4 + 2x2 + 1 dx (f) ∫ 3x2 + 3x+ 1 x3 + 2x2 + 2x+ 1 dx 10. Calcule as seguintes integrais inde�nidas pelo método que melhor lhe convier: (a) ∫ arctg(x) 1 + x2 dx (b) ∫ x arctg(x) (1 + x2)3 dx (c) ∫ ln( √ 1 + x2) dx (d) ∫ x ln( √ 1 + x2) dx (e) ∫ x2 − 1 x2 + 1 √ 1 + x2 dx (f) ∫ arcsen( √ x) dx (g) ∫ x 1 + sen(x) dx 20 (h) ∫ 1 x4 + 1 dx (i) ∫ 1 x6 + 1 dx (j) ∫ √ tg(x) dx 1.4.2 Integrais De�nidas Caso não tenha muito tempo, não se prenda demais em alguma questão muito difícil de resolver, muitos problemas podem sair facilmente depois de uma ideia especi�ca. No entanto, alguns problemas como os que envolvem o Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) são muito importantes e costumam cair nas provas então valem um pouco mais de atenção. 1. Por favor, resolva: (a) 1∫ −1 √ 4− x2 dx (b) f(x) = x2∫ 1 t2 dt. Calcule f(x) e f ′(x) (c) 1∫ −1 |x2 − 1| dx. (d) 2π∫ 0 1 1 + sen2(x) dx. 2. Seja g(x) = 2 + x∫ 0 (ez + z)1/z dz. Calcule lim x→+∞ g′(x). 3. Considere f(x) = 4 + x∫ 0 t+ et 2 3 + t4 dt. Sem calcular a integral, determine p(x) = ax2 + bx+ c tal que p(0) = f(0), p′(0) = f ′(0) e p′′(0) = f ′′(0). 4. Determine uma função y = f(x) tal que f(π) = 5 e x∫ 0 t3f ′(t) dt = x4 senx 5. Se f(x) = x∫ 0 eu 2 + cosu u5 + 3 du, determine (f−1)′(0). 21 6. Se 6∫ 0 h(x) dx = 8 e mudarmos o valor da função em x = 0 e em x = 4, a integral vai mudar de valor? Justi�que. 7. Sabendo que 3∫ −2 f(x) dx = 4, 3∫ −2 g(x) dx = −3 e 1∫ −2 f(x) dx = 7, calcule: (a) −2∫ 3 f(x) dx (b) 3∫ −2 (f(x) + 5g(x)) dx (c) −1∫ −1 g(sen3(x6)) dx (d) 3∫ 1 f(x) dx (e) 3∫ −2 1∫ −2 f(s)g(t)ds dt 8. Prove que para todas as funções contínuas f(x) e g(x), vale a desigualdade: ∣∣∣∣∣∣ b∫ a f(x)g(x) dx ∣∣∣∣∣∣ ≤ √√√√√ b∫ a (f(x))2 dx √√√√√ b∫ a (g(x))2 dx 9. Ache o valor intermediário ξ pelo teorema do valor médio para as seguintes integrais e inteprete o resultado geometricamente. (a) b∫ a 1 dx (b) b∫ a x dx (c) b∫ a xn dx (d) b∫ a dx x3 22 10. Tente calcular as seguintes integrais sem resolvê-las por métodos usuais de integração mas buscando o resultado pela simetria e pelo desenho geométrico que as funções representam. (a) 1∫ −1 x3 √ 1− x2 dx(b) 1∫ −1 (x5 + 3) √ 1− x2 dx 11. Mostre que x∫ 0 sen t t+ 1 dt > 0 para todo x > 0. Tente separar em intervalos (0, π/2], [π/2, π] e assim por diante. 1.4.3 Integrais Impróprias 1. Sabe-se que as funções y = e−x 4 e y = sen(x) x não possuem primitivas elementares. Independentemente desse fato, as integrais impróprias: ∫ ∞ 0 e−x 4 dx e ∫ ∞ 0 sen(x) x dx são convergentes. Mostre isso! 2. A função Gamma de Euler (no caso real) é assim de�nida: Γ : (0,∞)→ R Γ(x) = ∫ ∞ 0 e−t tx−1 dt (a) Mostre que a integral converge. (b) Mostre que Γ(x+1) = xΓ(x) e conclua que Γ(n) = (n+1)! para todo n natural. (c) Faça a substituição u = tx e conclua que: Γ(1/2) = 2 ∫ ∞ 0 e−x 2 dx Sabendo que ∫ ∞ 0 e−x 2 dx = √ π 2 , conclua que Γ(1/2) = √ π 3. Seja k > 1. Considere as seguintes integrais: (I) ∫ 1 0 √ x ln(x) dx 23 (II) ∫ +∞ 1 1 xk dx É correto a�rmar que: (a) Ambas as integrais convergem (b) Ambas as integrais divergem (c) Apenas (I) converge. (d) Apenas (II) converge. (e) (I) converge e (II) depende de k. 4. Calcule as áreas das regiões de�nidas por: (a) y = 1 x2 e y = 0, para x ∈ [1,+∞] (b) y = x−2, y = e−2x e x ≥ 1 5. Calcule:∫ +∞ −∞ cos7(x) cos6(x) cos5(x) cos4(x) cos3(x) cos2(x) cos1(x) sen(x) (1 + x2) (1+7)7 2 dx 1.4.4 Aplicação de Integrais 1. Calcule a área da região limitada pelas curvas: (a) y = x3, y = x+ 6 e 2y + x = 0 (b) 2y2 = x+ 4 e x = y2 (c) y = 1/x, y = √ x e y = 2 (d) y = 1 + sen(x) e y = cos(2x) para x ∈ [0, π] 2. Determine o volume do sólido gerado pela rotação, em torno do eixo y, da região limitada pela curva y = ex e pelas retas x = 0, x = 1 e y = 0. 3. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação, em torno da reta y = −1, da região limitada pelas curvas f(x) = 2 + cos(x) e g(x) = 2− cos(x), para x ∈ [−π/2, π/2]. 4. Seja R a região in�nita delimitada pelas curvas y = e−x e y = 1/x, x ≥ 1. Calcule o volume do sólido obtido pela rotação de R em torno do eixo x. 5. Encontre o volume do sólido obtido pela rotação, em torno do eixo x, da região in�nita situada entre o grá�co de y = xe−x e sua assíntota horizontal. 6. Determine o comprimento do grá�co das funções abaixo. 24 (a) f(x) = ln(x+ √ x2 − 1) para x ∈ [1, 2] (b) f(x) = √ 16− x2 para x ∈ [0, 4] (c) f(x) = ln(x) para x ∈ [1, 2] (d) f(x) = − ln( √ 2 cos(x)) para x ∈ [−π/4, π/4] 7. Se uma agulha de comprimento l cair aleatoriamente em um plano formado por faixas paralelas de largura a, qual a probabilidade da agulha cruzar uma linha entre duas faixas? Obs: Note que l < a 25 Capítulo 2 Respostas dos Exercícios 2.1 Limites 2.1.1 Cálculo de Limites 1. Limites Elementares: (a) lim x→2 x− 2√ 2 + x = 2− 2√ 2 + 2 = 0√ 4 = 0 (b) lim x→+∞ ( 2− 1 x + 4 x2 ) = ( 2− 1∞ + 4 ∞2 ) = 2 (c) lim x→+∞ 4x3 − 2x2 + 1 3x3 − 5 = limx→+∞ 4− 2x−1 + x−3 3− 5x−3 = 4 3 Obs: Para você poder dividir por x3 no denominador e no numerador como �zemos, lembre-se de garantir que x3 6= 0. (d) lim x→±∞ x+ 1 x = lim x→±∞ 1 + x−1 1 = 1 (e) lim x→−∞ x2 + x− 1 2x+ 5 = lim x→−∞ x+ 1− x−1 2 + 5x−1 = −∞ (f) lim x→−∞ (√ x2 + 1− x ) = (√ (−∞)2 + 1− (−∞) ) =∞+∞ =∞ (g) lim x→−∞ x (√ x2 + 1− x ) = −∞(∞) = −∞ (h) lim x→0 √ 1 + x− 1 x = lim x→0 ( √ 1 + x− 1)( √ 1 + x+ 1) x( √ 1 + x+ 1) (∗) = lim x→0 ( √ 1 + x)2 − 12) x( √ 1 + x+ 1) = lim x→0 x x( √ 1 + x+ 1) = lim x→0 1 ( √ 1 + x+ 1) = 1 2 26 Obs: A técnica que usamos em * é bastante comum, trata-se de multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado de um deles para nos livrarmos de uma raiz. (i) lim x→4 √ 2x+ 1− 3√ x− 2− √ 2 = lim x→4 ( √ 2x+ 1− 3)( √ 2x+ 1 + 3)( √ x− 2 + √ 2) ( √ x− 2− √ 2)( √ 2x+ 1 + 3)( √ x− 2 + √ 2) = lim x→4 (2x− 8)( √ x− 2 + √ 2) (x− 4)( √ 2x+ 1 + 3) = lim x→4 2( √ x− 2 + √ 2)√ 2x+ 1 + 3 = 2( √ 4− 2 + √ 2)√ 2(4) + 1 + 3 = 2 √ 2 3 (j) lim x→1 3 √ x− 1√ x− 1 = limx→1 ( 3 √ x− 1)(( 3√x)2 + 3√x+ 1)(√x+ 1) ( √ x− 1)(√x+ 1)(( 3√x)2 + 3√x+ 1) = limx→1 (x− 1)(√x+ 1) (x− 1)(( 3√x)2 + 3√x+ 1) = lim x→1 ( √ x+ 1) (( 3 √ x)2 + 3 √ x+ 1) = ( √ 1 + 1) (( 3 √ 1)2 + 3 √ 1 + 1) = 2 3 Obs: Para entender o porquê de multiplicarmos por (( 3 √ x)2 + 3 √ x + 1), veja que x3 − 1 = (x− 1)(x2 + x+ 1). (k) Sem usar o teorema de L'Hôpital: lim x→a m √ x− m√a x− a = limx→a ( m √ x− m√a) m−1∑ i=0 ( m √ x (m−1−i) m√a(i) ) (x− a) m−1∑ i=0 ( m √ x (m−1−i) m√a(i) ) = lim x→a x− a (x− a) m−1∑ i=0 ( m √ x (m−1−i) m√a(i) ) = limx→a 1m−1∑ i=0 ( m √ x (m−1−i) m√a(i) ) = 1 m−1∑ i=0 ( m √ a (m−1−i) m√a(i) ) = 1m−1∑ i=0 ( m √ a (m−1) ) = 1m m√a(m−1) = m √ a ma Obs: Se estiver com di�culdade nesse exercício, procure estudar mais fatora- ção. No caso desse exercício seria a de xn − yn. Caso não tenha entendido a notação, estude um pouco somatórios. É bem importante entender o básico de somatórios, principalmente quando for estudar integrais. Resolução com o teorema de L'Hôpital: lim x→a m √ x− m√a x− a = limx→a ( m √ x− m√a)′ (x− a)′ = limx→a 1 m x( 1 m −1) 1 = m √ a ma (l) lim x→∞ √ 1 + x+ x2 x = lim x→∞ √ 1/x2 + x/x2 + x2/x2 x/x = 1 27 (m) lim x→+∞ √ x2 − 3 3 √ x3 + 1 = lim x→+∞ √ (x2 − 3)/x2 3 √ (x3 + 1)/x3 = lim x→+∞ √ 1− 3/x2 3 √ 1 + 1/x3 = 1 (n) lim u→−2 u3 + 4u2 + 4u (u+ 2)(u− 3) = limx→−2 (u+ 2)2 (u+ 2)(u− 3) = limx→−2 u+ 2 u+ 3 = 0 2. Indeterminações do tipo 0/0: (a) lim x→0 4x3 − 2x2 + x 3x2 + 2x = lim x→0 4x2 − 2x+ 1 3x+ 2 = 1 2 (b) lim x→2 x2 − 4 x− 2 = limx→2 (x+ 2)(x− 2) x− 2 = 4 (c) lim x→1 x3 − 1 x− 1 = limx→1 (x− 1)(x2 + x+ 1) x− 1 = 3 (d) lim x→2 x2 − 5x+ 6 x2 − 12x+ 20 = limx→2 (x− 2)(x− 3) (x− 2)(x− 10) = limx→2 (x− 3) (x− 10) = 1 8 (e) lim x→2 x2 + 3x− 10 3x2 − 5x− 2 = limx→2 (x+ 5)(x− 2) (x− 2)(3x+ 1) = limx→2 x+ 5 3x+ 1 = 1 (f) lim y→−2 y3 + 3y2 + 2y y2 − y − 6 = limy→−2 y(y + 2)(y + 1) (y + 2)(y − 3) = limy→−2 y(y + 1) (y − 3) = − 2 5 (g) lim u→−2 u3 + 4u2 + 4u (u+ 2)(u− 3) = limu→−2 u(u+ 2)2 (u+ 2)(u− 3) = limu→−2 u(u+ 2) (u− 3) = 0 (h) lim x→1 xn − 1 x− 1 = limx→1 (x− 1)(xn−1 + xn−2 + xn−3 + ...+ x2 + x1 + x0) x− 1 = lim x→1 (xn−1 + xn−2 + xn−3 + ...+ x2 + x1 + x0) = nxn−1 3. Indeterminações do tipo ∞−∞: (a) lim x→1+ ( 1 x− 1 − 3 x2 − 1 ) = lim x→1+ [ 1 x− 1 ( 1− 3 x+ 1 )] = lim x→1+ ( 1 x− 1 ) lim x→1+ ( 1− 3 x+ 1 ) = (∞) ( 1− 1 2 ) = −∞ (b) lim x→+∞ √ x2 + 1− x = lim x→+∞ ( √ x2 + 1− x)( √ x2 + 1 + x)√ x2 + 1 + x = 28 lim x→+∞ 1√ x2 + 1 + x = 0 4. Indeterminações do tipo 0×∞: (a) lim x→+∞ x (√ x2 + 1− x ) = lim x→+∞ x ( 1√ x2 + 1 + x ) = lim x→+∞ 1√ 1 + x−2 + 1 = 1 2 5. Limites trigonométricos com 0/0: (a) lim x→0 sen(x) tg(x) = lim x→0 sen(x) cos(x) sen(x) = lim x→0 cos(x) = 1 (b) lim x→0 sen(4x) x = 4 lim x→0 sen(4x) 4x = 4 (c) lim x→0 sen2 (x/3) x2 = 1 9 lim x→0 ( sen(x/3) x/3 )2 = 1 9 (d) lim x→0− x√ 1− cos(x) = lim x→0− x( √ 1 + cos(x)) ( √ 1− cos(x))( √ 1 + cos(x)) = lim x→0− x( √ 1 + cos(x))√ 1− cos2(x) = lim x→0− x( √ 1 + cos(x)) − sen(x) = limx→0− − √ 1 + cos(x) sen(x)/x = − √ 2 1 = − √ 2 (e) lim x→0− x cotg(x) = lim x→0− cos(x) sen(x)/x = 1 (f) Sem L'Hôpital: lim v→π/3 1− 2 cos(v) sen(v − π/3) = limv→π/3 1− 2 cos(v) sen(v) cos(π/3)− sen(π/3) cos(v) = lim v→π/3 2 1− 2 cos(v) sen(v)− √ 3 cos(v) = lim u→1/2 2 1− 2u√ 1− u2 − u √ 3 = lim u→1/2 2 (1− 2u)( √ 1− u2 + u √ 3) ( √ 1− u2 − u √ 3)( √ 1− u2 + u √ 3) = lim u→1/2 2 (1− 2u)( √ 1− u2 + u √ 3) 1− 4u2 = lim u→1/2 2 √ 1− u2 + u √ 3 1 + 2u = √ 3 Obs: Usamos a substituição u = cos(v) Com L'Hôpital: 29 lim v→π/3 1− 2 cos(v) sen(v − π/3) = limt→0 1− 2 cos(t+ π/3) sen(t) = lim t→0 (1− 2 cos(t+ π/3))′ (sen(t))′ = lim t→0 2 sen(t+ π/3) cos(t) = 2 √ 3/2 1 = √ 3 Obs: Usamos a substituição v = t+ π/3 (g) lim z→1 (1−z) tg (πz 2 ) = lim u→0 (1−(u+1)) tg ( π(u+ 1) 2 ) = lim u→0 −u sen(πu/2 + π/2) cos(πu/2 + π/2) = lim u→0 −u sen(πu/2) cos(π/2) + sen(π/2) cos(πu/2) cos(πu/2) cos(π/2)− sen(π/2) sen(πu/2) = limu→0−u cos(πu/2) − sen(πu/2) = lim u→0 ( cos (πu 2 ) 2 π πu/2 sen(πu/2) ) = 2 π Obs: Usamos a substituição (1− z) = u. (h) lim x→0 2 arcsen(x) 3x = lim u→0 2u 3 sen(u) = 2 3 Obs: Usamos a substituição u = arcsen(x). Note que é possível fazer tal substituição, pois arcsen(x) é uma função contínua e estritamente crescente na vizinhança de x = 0. (i) lim x→0 tg(x)− sen(x) x3 = lim x→0 sen(x) x 1− cos(x) x2 cos(x) = lim x→0 sen(x) x (1− cos(x))(1 + cos(x)) x2 cos(x)(1 + cos(x)) = lim x→0 ( sen(x) x )3 1 cos(x)(1 + cos(x)) = 1 2 (j) lim x→0 sen(a+ x)− sen(a− x) x = lim x→0 sen(a) cos(x) + sen(x) cos(a)− (sen(a) cos(x)− sen(x) cos(a)) x = 2 sen(x) cos(a) x = 2 cos(a) 6. Cálcule os limites sabendo que: lim x→∞ ( 1 + 1 x )x = e (a) lim x→0 sen(x) tg(x) = lim x→0 cos(x) = 1 30 (b) lim x→∞ ( 1 + 2 x )x = lim u→∞ (( 1 + 1 u )u)2 = e2 Obs: Usamos a substituição u = x/2. (c) lim x→∞ ( 1− 1 x )x = lim u→∞ (( 1 + 1 u )u)−1 = 1 e Obs: Usamos a substituição u = −x. (d) lim x→∞ ( x 1 + x )x = lim u→∞ ( u− 1 u )u−1 = lim u→∞ ( 1− 1 u )u ÷ ( 1− 1 u ) = 1 e Obs: Usamos a substituição u = x+ 1 (e) lim x→∞ x (ln(x+ 1)− ln(x)) = lim x→∞ ln (( 1 + 1 x )x) = ln(e) = 1 (f) lim x→π/2 (1 + cos(x))3 sec(x) = lim u→∞ ( 1 + 1 u )3u = e3 Obs: Fizemos a substituição u = sec(x) (g) lim x→0 ln(1 + αx) x = lim t→∞ ln(1 + α/t) 1/t = lim t→∞ ln ( 1 + α t )t = α Obs: Fizemos a substituição t = 1/x (h) lim x→∞ ( 2x+ 3 2x+ 1 )2x+1 = lim u→∞ ( u+ 2 u )u = lim u→∞ ( 1 + 2 u )u = e2 Obs: Fizemos a substituição (2x+ 1) = u. (i) lim x→0 (1 + 3 tg2(x))cotg 2(x) = lim u→∞ ( 1 + 3 u )u = e3 Obs: Fizemos a substituição u = cotg2(x). 7. (a) Vamos começar mostrando a igualdade abaixo: 1 + 2 + 3 + ...+ n = n(n+ 1) 2 Para isso, vamos de�nir S como sendo a soma da sequência. Assim, temos que 1 + 2 + 3 + ...+ i+ (i+ 1) + ...+n = S e, invertendo a ordem dos termos, temos que n+ (n− 1) + (n− 2) + ...+ (n− i+ 1) + (n− i) + ...+ 1 = S Somando as duas sequências: 1 + 2 + 3 + ...+ i+ (i+ 1) + ...+ n = S 31 + n+ (n− 1) + (n− 2) + ...+ (n− i+ 1) + (n− i) + ...+ 1 = S = (n+1)+(n−1+2)+(n−2+3)+...+(n−i−1+i)+(n−i+i+1)+...+(n+1) = 2S n(n+ 1) = 2S S = n(n+ 1) 2 A partir disso, temos que: lim n→+∞ 1 + 2 + 3 + ...+ n n2 = lim n→+∞ n(n+ 1) 2n2 = lim n→+∞ 1 + n−2 2 = 1 2 � (b) Assim como a maioria das questões na matemática, existem diferentes maneiras de demonstrar a fórmula dada. Vamos utilizar a de indução, por dois motivos principais: � É um conceito importante e muito útil, que nem sempre é ensinado no ensino médio. � Para questões em que pedem para você demonstrar uma fórmula dada que vale para números inteiros, frequentemente é mais simples usá-la. Mas então, no que consiste essa técnica chamada de indução? Suponha que você queira provar que uma determinada formula ou igualdade f(i) é válida para todo i ∈ N.Um dos caminhos para você fazer isso é: � Provar que ela vale para i = 1 � Provar que, se ela vale para determinado k, ela também vale para k′ = k+1 Isso porquê, se ela vale para 1, obrigatoriamente vale para 2 por causa do que provamos no item acima. Analogamente valerá para 3,4,5,6,7... e assim em diante para todo n ∈ N Ao usar essa técnica, você precisa seguinte os sequintes passos: i. Informar que irá usar o método de indução �nita. ii. Provar que f(1) é válida. iii. Supor que f(k), com k ∈ N, é válida. iv. Provar que f(k + 1) é válida. Assim, retornando à nossa resolução: Queremos provar que: 1 + 22 + 32 + 42 + ...+ i2 + (i+ 1)2 + ...+ n2 = S2(n) 32 S2(n) = n(n+ 1)(2n+ 1) 6 Para isso, vamos usar o método de prova por indução. Para n = 1, temos 1 = 1(1 + 1)(2 + 1) 6 = 1, o que está correto.Logo, suponha- mos que isso vale para k ∈ N. Temos que: S2(k) = k(k + 1)(2k + 1) 6 Somando (k + 1)2 dos dois lados: S2(k) + (k + 1) 2 = k(k + 1)(2k + 1) 6 + (k + 1)2 S2(k + 1) = k(k + 1)(2k + 1) + 6(k + 1)2 6 S2(k + 1) = (k + 1)[k(2k + 1) + 6(k + 1)] 6 S2(k + 1) = (k + 1)[2k2 + 7k + 6] 6 S2(k + 1) = (k + 1)(k + 2)(2k + 3) 6 S2(k + 1) = (k + 1)((k + 1) + 1)(2(k + 1) + 1) 6 Repare que chegamos na formula que queriamos. Logo, ela vale para todo n ∈ N. Assim, nos resta provar que: lim n→+∞ 1 + 22 + 32 + 42 + ...+ i2 + (i+ 1)2 + ...+ n2 n3 = 1 3 Para isso, vamos substituir a sequência pela fórmula dada e demonstrada por indução. Assim, temos: lim n→+∞ n(n+ 1)(2n+ 1) 6n3 = 1 3 lim n→+∞ 2n3 + 3n2 + n 6n3 = 1 3 lim n→+∞ 2 + 3n−1 + n−2 6 = 1 3 1 3 = 1 3 � 33 Obs: Existem diversas variações do método de indução, essa é apenas uma delas. (c) Queremos provar que: 1 + 23 + 33 + 43 + ...+ i3 + (i+ 1)3 + ...+ n3 = S3(n) S3(n) = n2(n+ 1)2 4 Para isso, vamos usar o método de prova por indução (Assim como usamos na soma de quadrados). Para n = 1, temos 1 = 12(1 + 1)2 4 = 1, o que está correto. Logo, suponhamos que isso vale para k ∈ N. Temos que: S3(k) = k2(k + 1)2 4 Somando (k + 1)3 dos dois lados: S3(k) + (k + 1) 3 = k2(k + 1)2 4 + (k + 1)3 S3(k + 1) = k2(k + 1)2 + 4(k + 1)3 4 S3(k + 1) = (k + 1)2(k2 + 4k + 4) 4 S3(k + 1) = (k + 1)2(k + 2)2 4 Repare que chegamos na formula que queriamos. Logo, ela vale para todo n ∈ N. Assim, nos resta provar que: lim n→+∞ 1 + 23 + 33 + 43 + ...+ i3 + (i+ 1)3 + ...+ n3 n4 = 1 4 Para isso, vamos substituir a sequência pela fórmula dada e demonstrada por indução. Assim, temos: lim n→+∞ n2(n+ 1)2 4n4 = 1 4 lim n→+∞ n4 + 2n3 + n2 4n4 = 1 4 lim n→+∞ 1 + 2n−1 + n−2 4 = 1 4 34 1 4 = 1 4 � 2.1.2 Continuidade de Funções 1. Para que a função seja contínua de [0,+∞), devemos garantir que ela seja contínua em x = 1 de forma que para outros pontos do domínio, já podemos garantir que não há descontinuidades. Para chegar no resultado desejado, devemos usar que vale: lim x→1− f(x) = f(1) = lim x→1+ f(x) lim x→1− x+ √ x− 2 x− 1 = 0 0 lim x→1− x+ √ x− 2 x− 1 L′H = lim x→1− 1 + 1/(2 √ x) 1 = 3 2 f(1) = lim x→1+ f(x) = c+ 5 4 c+ 5 4 = 3 2 −→ c = 1 2. Fazendo um "mutatis mutandis"do enunciado do gabarito da questão acima, temos: lim x→−3+ 9− x2 4− √ x2 + 7 = 0 0 lim x→−3+ 9− x2 4− √ x2 + 7 L′H = lim x→−3+ −2x −2x/( √ x2 + 7) = lim x→−3+ √ x2 + 7 = 4 = a lim x→3− 9− x2 4− √ x2 + 7 L′H = lim x→3− √ x2 + 7 = 4 = b 3. Vamos veri�car a continuidade nos pontos x = −1 e x = 2 lim x→−1− f(x) = f(−1) = 1 lim x→−1+ f(x) = −a+ b = 1 lim x→2+ f(x) = f(2) = 9 lim x→2− = 2a+ b = 9 35 Resolvendo o sistema, temos que a = 8 3 e b = 11 3 . 4. Vamos analisar o limite para o ponto x = 2. Para que a função seja contínua, o limite deve ter o mesmo valor da função no ponto, ou seja, "c". lim x→2+ x2 − 4 x2 − 3x+ 2 = limx→2+ (x− 2)(x+ 2) (x− 2)(x− 1) = limx→2+ x+ 2 x− 1 = 4 = c 5. Vamos analisar o limite para o ponto x = 3. Para que a função seja contínua, o limite deve ter o mesmo valor da função no ponto, ou seja, "c". lim x→3 √ x2 + 16x− 5 4− √ x2 + 7 = √ 20 0 =∞ Sendo assim, não há valor "c"para que a função seja contínua em x = 3 6. Vamos analisar o limite para o ponto x = 0. Para que a função seja contínua, o limite deve ter o mesmo valor da função no ponto, ou seja, "c". lim x→0 1− cos(x) sen2(x) = lim x→0 1− cos(x) 1− cos2(x) = limx→0 1− cos(x) (1− cos(x)) (1 + cos(x)) = lim x→0 1 1 + cos(x) = 2 = c 2.2 Cálculo de Derivadas 2.2.1 Derivação Simples 1. (a) f ′(x) = (x−1)′ = −1x−1−1 = −x−2 → f ′(x0) = −x−20 , (b) f ′(x) = (x 1 2 )′ = 1 2 x 1 2 −1 = 1 2 √ x → f ′(x0) = 1 2 √ x0 , (c) f ′(x) = ( x− 1 2 )′ = −1 2 x− 1 2 −1 = − 1 2 √ x3 → f ′(x0) = − 1 2 √ x30 , (d) f ′(x) = (sen2(x))′ = 2 sen(x)(sen(x))′ = 2 sen(x) cos(x) = sen(2x) → f ′(x0) = sen(2x0). 2. (a) Esboçando o grá�co de f(x) = x3, temos: 36 1 1 Queremos uma reta da forma y = ax + b que seja tangente a f(x) no ponto (x0, f(x0)) = (1, 1). Logo, temos que: � O coe�ciente angular da reta, a, coincide com a derivada de f(x) noponto (x0, f(x0)) = (1, 1), portanto: df(x) dx (x0) = dx3 dx (x0) = 3x 2 0 = 3 � A reta passa pelo ponto (1, 1). Portanto: ax0 + b = y0 → a+ b = 1→ 3 + b = 1→ b = −2 Portanto, a equação da nossa reta é y = 3x− 2. Esboçando o grá�co, temos: 1 1 (b) Analogamente ao caso anterior, encontramos: � df(x) dx (x0) = d(x−2) dx (x0) = −2 1 x30 = −16→ a = −16 � ax0 + b = y0 → a 2 + b = f(1/2)→ −16 2 + b = 4→ b = 12 Portanto, a equação da nossa reta é y = −16x+12 e podemos esboçar o grá�co: 0.5 4 37 (c) Analogamente ao caso anterior, encontramos: � df(x) dx (x0) = d(x+ √ x) dx (x0) = 1 + 1 2 √ x = 1 + 1 2 √ 2 → a = 1 + 1 2 √ 2 � ax0 + b = y0 → 2a+ b = f(2)→ 2 ( 1 + 1 2 √ 2 ) + b = 2 + √ 2→ b = 1√ 2 Portanto, a equação da nossa reta é y = ( 1 + 1 2 √ 2 ) x+ 1√ 2 e podemos esboçar o grá�co: 2 3.41 3. (a) f ′(x0) = 4x 3 0 + 6x0, derivável para todo x0 ∈ R. (b) f ′(x0) = 18x 2 0 − 2x0, derivável para todo x0 ∈ R. (c) f(x0) = 5x40 a+ b − 2x0 a− b − 1, derivável para todo x0 ∈ R. (d) f ′(x0) = 21x 5/2 0 + 10x 3/2 0 , derivável para todo x0 ∈ R tal que x0 ≥ 0. (e) f ′(x0) = 1 2 √ x0 + 1 3 3 √ x20 − 1 x20 , derivável para todo x0 ∈ R tal que x0 > 0. (f) f ′(x0) = (x3 + 1)′(x3/2)− (x3 + 1)(x3/2)′ (x3/2)2 (x0) = ( 3x20x 3/2 0 − ( x30 + 1 ) 3√x0 2 ) 1 x30 3 2 (x 1/2 0 − x−5/20 ), derivável para todo x0 ∈ R tal que x0 > 0. (g) f ′(x0) = 1 m − m x20 + 2x0 n2 − 2n 2 x30 , derivável para todo x0 ∈ R tal que x 6= 0 (h) f ′(x0) = (sen(x))′(1 + cos(x))− (1 + cos(x))′(sen(x)) (1 + cos(x))2 (x0) = cos(x0)(1 + cos(x0)) + sen(x0) sen(x0) (1 + cos(x0))2 = cos(x0) + (cos 2(x0) + sen 2(x0)) (1 + cos(x0))2 = 1 1 + cos(x0) , 38 derivável para todo x0 ∈ R tal que x0 /∈ {x0 ∈ R |x0 = π + 2kπ, k ∈ Z}. 4. (a) f ′(x0) = 5(x 2 0 + a 2)4(2x0), derivável para todo x0 ∈ R. (b) f ′(x0) = ( √ a− x0) + −1 2 √ a− x0 (a + x0) = a− 3x0 2 √ a− x0 , derivável para todo x0 ∈ R tal que x < a. (c) f ′(x0) = 1 2 √ a− x0 a+ x0 ( +1(a− x0)− (a+ x0)(−1) (a− x0)2 ) = √ a− x0 a+ x0 a (a− x)2 , deri- vável para todo x0 ∈ R tal que −a < x < a. (d) f ′(x0) = (2x2 − 1)′( √ x2 + x4)− ( √ x2 + x4)′(2x2 − 1) ( √ x2 + x4)2 (x0) =( 4x20 (√ 1 + x20 ) − 2x0 + 4x 3 0 2 √ x20 + x 4 0 (2x20 − 1) ) (√ x20 + x 4 0 )2 = 4x20 + 1 x20 (1 + x 2 0) 3/2 , derivável para todo x0 ∈ R tal que x0 > 0. (e) f ′(x0) = 1 2 √ x0 + 1 3 3 √ x20 − 1 x20 , derivável para todo x0 ∈ R tal que x0 > 0. (f) f(x0) = 2x0 + 1 3 3 √ (x20 + x0 + 1) 2 , derivável para todo x0 ∈ R. (g) f(x0) = 3(1 + 4 √ x0) 2 4 4 √ x30 , derivável para todo x0 ∈ R tal que x0 > 0. (h) f(x0) = 1 2 ( x0 + √ x0 + √ x0 ) (1 + 1 2(x0 + √ x0) )( 1 + 1 2 √ x0 ) = 4 √ x0 + √ x0 √ x0 + 2 √ x0 + 1 8 √ x0 + √ x0 + √ x0 √ x0 + √ x0 √ x0 , derivável para todo x0 ∈ R tal que x0 > 0. (i) f ′(x0) = (8x0)(x 2 0(1 + x 2 0) 3/2)− (2x0(1 + x20)3/2 + x20 32(1 + x20)1/22x0)(1 + 4x20) (x20(1 + x 2 0) 3/2)2 = −12x40 − 5x20 − 2 x30(1 + x 2 0) 5/2 , derivável para todo x0 ∈ R tal que x0 6= 0. 5. Nós sabemos que a função f1(x) = 2x 2 e a função f2(x) = ax + b são derviváveis para todo x ∈ R. Logo, para que a função f seja derivável em R, só precisamos garantir que ela seja derivável em x = 2. Para que isso ocorra, temos que: 39 � f1(x) dx (2) = f2(x) dx (2)→ a = 8 � lim x→2− f(x) = lim x→2+ f(x)→ 2a+ b = 8→ b = −8 6. Veja o esboço do grá�co de f abaixo: A olho nu, parecem realmente ser traçados de duas funções contínuas no mesmo grá�co. Isso ocorre por que existem in�nitos números racionais e in�nitos números irracionais entre quaisquers dois números reais.Isso faz com que o nosso "pontilhado de números racionais"pareça ser uma parábola e nosso "pontilhado de números irracionais"pareça uma reta contínua. Ok, agora vamos à questão. Queremos provar que f(x) é derivável em e apenas em x = 0. A primeira parte (mostrar que é derivável em x = 0) é mais simples, basta mostrar que g(x) = x2 e h(x) = 0 são ambas iguais a zero nesse ponto e suas derivadas são iguais a zero. A segunda parte exige um pouco mais, precisamos provar que a função não é deri- vável em nenhum outro ponto diferente de zero. Para mostrar isso, vamos utilizar a técnica de demonstração por absurdo. Essa técnica consiste basicamente em supor verdadeiro o que queremos provar ser falso, chegando assim a um absurdo matemático. Sendo assim, suponhamos por absurdo que exista um ponto xp ∈ R tal que xp 6= 0 e f(x) é derivável em xp. Assim, temos que lim ∆x→0 f(xp + ∆x)− f(xp) ∆x existe. Porém, note que xp pode ser real ou irracional, assim como xp + ∆x. Isso por que há in�nitos racionais e irrácionais em qualquer intervalo próximo a xp. Portanto, como supomos por absurdo que o limite existe temos quatro possibilidades respectivamente: (xp + ∆x) e xp são números racionais, (xp + ∆x) é racional e xp é irracional, (xp + ∆x) é irracional e xp é racional ou então (xp + ∆x) e xp são irracionais. 40 lim ∆x→0 (xp + ∆x) 2 − x2p ∆x = lim ∆x→0 (xp + ∆x) 2 − 0 ∆x = lim ∆x→0 0− x2p ∆x = lim ∆x→0 0− 0 ∆x lim ∆x→0 2xp∆x+ ∆x 2 ∆x = lim ∆x→0 (xp + ∆x) 2 ∆x = lim ∆x→0 −x2p ∆x = lim ∆x→0 0 ∆x 2xp =∞ = −∞ = 0, pois assumimos xp 6= 0 Claramente, a igualdade acima é um absurdo. Portanto, nossa hípotese inicial de que existe xp 6= 0 tal que f seja derivável em xp é falsa. 7. Caso esteja curioso, esse é o grá�co de nossa função. (a) R. (b) A função f(x) é contínua em todos os pontos. Pois as funções sen(x), x2 e √ x são contínuas. (c) Para que f(x) não seja diferenciável em derminado ponto xp, temos que f ′(xp) não existe. Para encontrar esses pontos, vamos calcular f ′(x): f ′(x) = (√ sen2(x2) )′ = 1 2 √ sen2(x2) 2 sen(x2) cos(x2)(2x) = 2x cos(x2) sen(x2)√ sen2(x2) Note que, para sen(x2) > 0 ela vale 2x cos(x2) e para sen(x2) < 0 ela vale −2x cos(x2). Por enquanto, vamos apenas adotar o sinal de ± para lembrar disso. Continuando: f ′(x) = ±2x cos(x2) Note que a função cos(x2) é contínua nos reais. Portanto, devemos analisar os pontos em que sen(x2) = 0 pois são os únicos que não foram tratados quando simpli�camos o denominador e levam a derivada para ±∞. Esses pontos são todos da forma x2 = kπ, com k ∈ Z. Portanto, f(x) não é diferenciável nos pontos x = ± √ kπ, com k ∈ Z. 41 8. Nós sabemos que: � h pode ser escrita na forma y = ax+ b � A inclinação de f(x) no ponto P e a de g(x) no ponto Q coincidem com a inclinação a da reta, logo: −2xP = −xQ + 2 = a→ xP = − a 2 e xQ = 2− a � f e h passam pelo ponto P = (xP , yP ), logo: f(xP ) = yP → 1− x2P = axP + b→ 1− (−a/2)2 = a(−a/2) + b→ b = a2 + 4 4 � g e h passam pelo ponto Q = (xQ, yQ), logo: g(xQ) = yQ → − x2Q 2 + 2xQ − 3 2 = axQ + b→ −(2− a) 2 2 + 2(2− a)− 3 2 = a(2− a) + a 2 + 4 4 → −2(2− a)2 + 8(2− a)− 6 = 4a(2− a) + a2 + 4→ (2− a)(−2(2− a) + 8)− 6 = (2− a)(4a) + a2 + 4→ (2− a)(−4 + 2a+ 8− 4a) = +a2 + 10→ (−8 + 4a+ 16− 8a) + (+a4− 2a2 − 8a+ 4a2) = +a2 + 10→ a2 − 8a− 2 = 0→ a = 4± 3 √ 2→ a = 4− 3 √ 2→ b = (4− 3 √ 2)2 + 4 4 → b = 19− 12 √ 2 2 Logo, temos que h é dada por: y = (4− 3 √ 2)x+ 19− 12 √ 2 2 9. (a) f ′1(x0) = e ee x0 ee x0ex0 (b) f ′2(x0) = e1+e 1+x0 1 + ln(1 + e1+e 1+x0 ) ln (1 + e) 1 + e1+e 1+x0 (1 + e)1+x0 (c) f ′3(x0) = (sen(x0)) sen(sen(x0)) ( sen(sen(x0) sen(x0) + cos(sen(x0))(ln(sen(x0))) ) cos(x0) (d) f ′4(x0)=cos(x sen(x0) sen(x0) 0 )x sen(x sen(x0) 0 ) 0 ( sen(x sen(x0) 0 ) x0 +ln(x0) cos(x sen(x0) 0 )x sen(x) ( sen(x0) x0 +ln(x0) cos(x0) )) (e) f ′5(x0)=(arcsen ( x0 sen(x0) ) )ln(sen(e x 0 )) (sen(x0)−x0 cos(x0)) ln(sen(ex0 )) arcsen ( x0 sen(x0) ) sen2(x0) √ 1−[ x0 sen(x0) ]2 + ln(arcsen ( x0 sen(x0) ) ) cos(ex0 )e x 0 sen(ex0 ) . 42 2.2.2 Derivação Implícita 1. (a) Organizando a equação, temos: x3 + y3 − 6xy = 0 Derivando implícitamente, temos: 3x2 + 3y2y ′ − 6(y + xy′) = 0 3x2 + 3y2y − 6y − 6xy′ = 0 3y2y − 6xy′ = 6y − 3x2 y ′ (3y2 − 6x) = 6y − 3x2 y ′ (3y2 − 6x) = 6y − 3x2 y ′ = 6y − 3x2 3y2 − 6x(b) Usando o resultado do item anterior e substituindo o ponto (3, 3) na equação, temos: y ′ (3, 3) = 6× 3− 3× 32 3× 32 − 6× 3 −→ y ′ (3, 3) = −1 Logo, para equação da reta tangente, temos: y − y0 = y ′ (x0, y0) (x− x0) y − 3 = −1 (x− 3) y = 3− x+ 3 y = −x+ 6 43 (c) Para que uma reta tangente seja horizontal devemos ter y ′ = 0. Daí, temos: 6y2 − 3x2 3y2 − 6x = 0⇐⇒ 6y − 3x 2 = 0→ 2y − x = 0→ x2 = 2y Nesse caso, é fácil ver que o ponto no primeiro quadrante que torna a equação destacada verdadeira é o ponto (2, 2) . 2. Derivando a curva implícitamente, temos: 1 2 √ x + 1 2 √ y y′ = 0⇒ y′ = − √ y x Como raíz quadrada é uma função positiva, temos que y′ tem sinal �xo. 3. Precisamos ter em mente que precisamos chegar em 4y′′y3 = −9 3x2 + 4y2 = 12 (2.1) Derivando implicitamente: 6x+ 8yy′ = 0 (2.2) Derivando implicitamente: 6 + 8(y′2 + y′′y) = 0⇒ y′2 + y′′y = −3 4 (2.3) Isolando x em (2) e substituindo em (1): 16y2y′2 3 + 4y2 = 12→ y2 = 36− 12y 2 16y2 (2.4) Usando (4) para substituir em (3): 36− 12y2 16y2 + y′′y = −3 4 36− 12y2 + 16y′′y3 = −12y2 4y′′y3 = −9 4. Derivando yn = xm implícitamente, temos: 44 n yn−1y′ = mxm−1 ⇒ y′ = mx m−1 n yn−1 Como y = xr e r = m/n, temos: y′ = r xm−1 xm−r ⇒ y′ = rxr−1 c.q.d 5. Uma dica para não errar neste tipo de questão é escrever y como y(x) (a) Derivando x cos (xy(x)) = 0 implicitamente, temos: cos (xy(x)) + x[− sen (xy(x)) (y(x) + y′x)] = 0 y′ = cos(xy)− xy sen(xy) x2 sen(xy) Veja que a derivada é maior que zero em torno do ponto (1, π/2) (b) Derivando xy(x) + ln (xy(x)) = 1 implicitamente, temos: y(x) + xy′ + y(x) + y′x xy(x) = 0 y′ = −y(x)[xy(x) + 1] x[xy(x) + 1] = −y(x) x Veja que a derivada é menor que zero em torno do ponto (1, 1) (c) Derivando x5 + xy + y5 = 3 implicitamente, temos: 5x4 + y(x) + y′x+ 5y4(x)y′ = 0 y′ = −[y(x) + 5x4] x+ 5y4 Veja que a derivada é menor que zero em torno do ponto (1, 1) 45 6. Pela reta tangente apresentada, temos que y′ = −4 3 . Dessa forma, derivemos implí- citamente a curva dada. Assim, temos: (2xy + x2y′) + 2ayy′ = 0⇒ y′(x2 + 2ay) = −2xy ⇒ y′ = −2xy x2 + 2ay Substituindo no ponto (1, 1), temos que a = 1/4 para y′ = −4/3. Dessa forma, substituindo o valor de a na curva no ponto (1, 1), temos: 1× 1 + (1/4)× 1 = b⇒ b = 5/4 7. Derivando implícitamente a curva, temos: yxy−1y′ = xyx−1 ⇒ y′ = xy x−1 yxy−1 ⇒ y′ = k0 k0 kk0−10 kk0−10 ⇒ y′ = 1 Dessa forma, temos que a reta tangente é dada por: y − k0 = x− k0 ⇒ y = x 8. Derivemos implícitamente as curvas para encontrarmos y′ no ponto (0, 1). Assim, temos: � 2x+ 2y+ 2xy′+ 3y2y′ = 0⇒ 2x+ 2y+y′(2x+ 3y2) = 0⇒ y′ = −(2x+ 2y) 2x+ 3y2 ⇒ y′(0, 1) = −2 3 � 2yy′ + 9 − 3(x − 2)2 = 0 ⇒ 2yy′ = 3(x − 2)2 − 9 ⇒ y′ = 3(x− 2) 2 − 9 2y ⇒ y′(0, 1) = 12− 9 2 = 3 2 46 Como o produto dos coe�cientes angulares das retas tangentes é igual a −1, temos que elas são perpendiculares. 9. Derivando a curva implícitamente, temos: 2(2xy2 + 2x2yy′) + (3y2y′ cos(πx) + πy3 sen(πx)) = 0 4xy2 + 4x2yy′ + 3y2y′ cos(πx) + πy3 sen(πx) = 0 y′(4x2y + 3y2 cos(πx)) = −(πy3 sen(πx) + 4xy2) y′ = −(πy3 sen(πx) + 4xy2) (4x2y + 3y2 cos(πx)) Dessa forma, temos que y′(1, 1) = 4. Assim, a equação da reta tangente é dada por: y − 1 = −4(x− 1)⇒ y = −4x+ 5 2.3 Aplicação de Derivadas 2.3.1 Limites com L'Hôpital 1. Dados f(x) = xn e g(x) = ex, precisamos mostrar que lim x→+∞ f(x) g(x) = 0 Então precisamos calcular lim x→+∞ xn ex Dado que o limite acima resulta em uma indeterminação (�in�nito dividido por in�nito�) e que n ∈ N, podemos a�rmar, por L'Hospital, que lim x→+∞ xn ex L′H = lim x→+∞ nxn−1 ex L′H = lim x→+∞ n(n− 1)xn−2 ex L′H = · · · L ′H = lim x→+∞ n! ex = 0 Logo, a função ex cresce mais rápido que a função xn, qualquer que seja n ∈ N. 47 Dados f(x) = lnn(x) e g(x) = x, precisamos mostrar que lim x→+∞ lnn(x) x = 0 Então precisamos calcular lim x→+∞ lnn(x) x Dado que o limite acima também resulta em uma indeterminação (�in�nito divido por in�nito�) e que n ∈ R, podemos a�rmar, por L'Hospital, que lim x→+∞ lnn(x) x L′H = lim x→+∞ n lnn−1(x) x L′H = lim x→+∞ n(n− 1) lnn−2(x) x L′H = · · · L′H = lim x→+∞ n! ln(x) x L′H = lim x→+∞ n! x = 0 2. (a) lim x→0 x lnn(x) = lim x→0 x 1/ lnn(x) L′H = lim x→0 1 −n lnn−1(x)x−1 ln2n(x) → lim x→0 x lnn(x) = lim x→0 xlnn(x) ln(x) −n Ao obervar a igualdade acima, percebemos que o limite da função x lnn(x) é o limite dessa mesma função multiplicada por outra que tende ao in�nito. Portanto, temos que o limite é igual a 0 ou ∞, para n ∈ N. Caso o contrário, a igualdade acima claramente seria um absurdo. Sabendo que o limite deve tender para um desses valores, podemos simples- mente testar para um n especí�co. Assim, temos: lim x→0 x lnn(x) = lim x→0 x ln(x) = lim x→0 ln(x) 1/x L′H = lim x→0 1/x −1/x2 = limx→0−x = 0 (b) lim x→+∞ xm lnn(x) = ∞ ∞ . Dado que m,n ∈ N, por L'Hospital, lim x→+∞ xm lnn(x) L′H = lim x→+∞ mxm n lnn−1(x) L′H = lim x→+∞ m2xm n(n− 1) lnn−2(x) L′H = · · · L′H = lim x→+∞ mn−1xm n! ln(x) L′H = lim x→+∞ mnxm n! =∞. 48 (c) lim x→+∞ lnn(x) x1/m = ∞ ∞ . Dado que m,n ∈ N, por L'Hospital, lim x→+∞ lnn(x) x1/m L′H = lim x→+∞ n lnn−1(x) x1/m L′H = lim x→+∞ n(n− 1) lnn−2(x) x1/m L′H = · · · L′H = lim x→+∞ n! ln(x) x1/m L′H = lim x→+∞ n!/x x1/m/x = lim x→+∞ n! x1/m = 0. (d) lim x→+∞ ex n emx = lim x→+∞ ex n−mx. Já que a função exponencial é uma função contínua, podemos a�rmar que lim x→+∞ ex n−mx = elimx→+∞ x n−mx. Calculando o limite no expoente, temos lim x→+∞ xn −mx = lim x→+∞ xn ( 1− m xn−1 ) = lim x→+∞ xn(1− 0) =∞. Substituindo no expoente, elimx→+∞ x n−mx = e∞ =∞. 3. A partir da desigualdade apresentada, e (n e )n < n! < 2 (n 2 )n = e en < n! nn < 2 2n Tomando o limite de n tendendo ao in�nito em todos os fatores da desigualdade, temos lim n→∞ e en < lim n→∞ n! nn < lim n→∞ 2 2n =⇒ 0 < lim n→∞ n! nn < 0 Pelo Teorema do Confronto, temos que lim n→∞ n! nn = 0. Logo, a função nn cresce mais rapidamente que n! quando n tende ao in�nito, portanto é menos e�ciente. Comparando as funções 10n e nn, temos lim n→∞ 10n nn = lim n→∞ ( 10 n )n = lim n→∞ eln( 10 n )n = lim n→∞ en ln( 10 n ) = e∞·(−∞) = 0. Logo, a função nn cresce mais rapidamente que a função 10n quando n tende ao 49 in�nito, portanto é menos e�ciente. Para comparar as funções 10n e n!, precisamos analisar a função 10n n! = eln( 10n n! ) Usando a primeira parte da desigualdade, temos eln( 10n n! ) < e ln ( 10n e(ne ) n ) e ln ( 10n e(ne ) n ) = en ln(10)−ln e( n e )n = en ln(10)−[1+n ln( n e )] = en(ln(10)−ln( n e )−1 lim n→∞ en(ln(10)−ln( n e )−1 = e∞·(−∞)−1 = 0. Logo, n! cresce mais rápido que 10n e é menos e�ciente. Ordem de e�ciência: 10n > n! > nn. 4. (a) lim x→2 x3 + x2 − 11x+ 10 x2 − x− 2 = 0 0 lim x→2 x3 + x2 − 11x+ 10 x2 − x− 2 L′H = lim x→2 3x2 + 2x− 11 2x− 1 = 5 3 (b) lim x→0 ( 1 x − 1 x2 ) =∞−∞ lim x→0 x− 1 x2 = −∞ (c) lim x→1 (x− 1)2 1 + cos(πx) = 0 0 lim x→1 (x− 1)2 1 + cos(πx) L′H = lim x→1 2(x− 1) − sen(πx)π = 0 0 lim x→1 2(x− 1) − sen(πx)π L′H = lim x→1 2 − cos(πx)π2 = 2 π2 (d) lim x→0 7 sen(7x) x = 0 0 lim x→0 7 sen(7x) x L′H = lim x→0 49 cos(7x) 1 = 49 (e) lim x→0 sec(x)− 1 x = 0 0 50 lim x→0 sec(x)− 1 x L′H = lim x→0 tg(x) sec(x) 1 = 0 (f) lim x→+∞ ( 1 x − 1 tg(x) ) = 0− lim x→+∞ 1 tg(x) No entanto, lim x→+∞ tg(x) é inde�nido. Logo o limite como um todo também é inde�nido. (g) lim x→+∞ ex x = ∞ ∞ lim x→+∞ ex x L′H = lim x→+∞ ex 1 =∞ (h) lim x→+∞ e7x πx = ∞ ∞ lim x→+∞ e7x πx L′H = lim x→+∞ 7e7x lnπ =∞ (i) lim x→1 x8 − 5x7 + 9x6 − 7x3 + 12x− 10 (x− 1) = 0 0 lim x→1 x8 − 5x7 + 9x6 − 7x3 + 12x− 10 (x− 1) L′H = lim x→1 8x7 − 35x6 + 54x5 − 21x2 + 12 1 = 18 (j) lim x→1 x7 + 5x5 − x4 + 8x3 + x2 − 17 (x− 1)2 = −3 0 =∞ (k) lim x→1− log(1− x) tg(1− x) =∞ · 0 Para podermos usar L'Hôpital, devemos chegar em outrotipo de indetermina- ção como ±∞∞ ou 0 0 lim x→1− log(1− x) 1 cos(1−x) sen(1−x) = −∞ ∞ lim x→1− log(1−x) 1 cos(1−x) sen(1−x) L′H = lim x→1− −1 (1− x) ln 10 · −1 − cosc2(1− x) = limx→1− −1 (1− x) ln 10 · sen2(1− x) 1 = 0 0 51 lim x→1− −1 (1− x) ln 10 · sen2(1− x) 1 L′H = lim x→1− (−1)2 sen(1− x) cos(1− x).− 1 ln 10 = 0 (l) lim x→0+ xe1/x = 0 · ∞ xe1/x = e1/x 1 x Sendo assim, temos: lim x→0+ e1/x 1 x = ∞ ∞ lim x→0+ e1/x 1 x L′H = lim x→0+ ln 1 x e1/x ln 1 x =∞ 2.3.2 Taxas Relacionadas 1. A taxa de entrada de água é 0, 2 L/min = 0, 2 dm3/min. Portanto, vamos expressar as medidas de comprimento em decímetros. Sejam h(t) a altura do nível de água e V (t) o volume de água no instante t. No instante t0, tem-se h(t0) = 3 dm e deseja-se determinar h′(t0) (que é a velocidade, isto é, a taxa de variação da altura em relação ao tempo). h(t) 8 dm 3 dm 5 dm 2.5 dm h(t) x(t) Pela �gura, temos, V (t) = ( 2x(t) + 6 2 ) · h(t) · L = 100(x(t) + 3)h(t). Onde L é o comprimento do cocho de água. Calculando x(t) por semelhança de triângulos (veja �gura): 5 2, 5 = h(t) x(t) ⇐⇒ x(t) = h(t) 2 . 52 Portanto, V (t) = 100 ( h(t)2 2 + 3h(t) ) , ∀t. (2.5) Derivando a expressão acima em relação a t, obtemos V ′(t) = 100 (h(t)h′(t) + 3h′(t)) ∀t. Sabemos que V ′(t) = 2/10 em qualquer instante t e, no instante t0, h(t0) = 3 dm, de modo que, substituindo na expressão (2.5), nós dá 2 10 = 600h′(t0) ⇒ h′(t0) = 1 3000 dm/min = 1 300 cm/min. Resposta: No instante t0, o nível da água sobe a uma taxa de 1 300 cm/min. 2. Observando a �gura abaixo e considerando os dados do problema, temos P LB(t) LA(t) B A y(t) x(t) Q 4m LA(t) + LB(t) = 12 m ∀t, x′(t) = 0, 5 m/s ∀t, x(t0) = 3 m. (2.6) O que devemos calcular é a velocidade do carro B no instante t0, isto é, y ′(t0). Derivando a expressão na primeira linha de (2.6), obtemos L′A(t) + L ′ B(t) = 0 ⇒ L′B(t) = −L′A(t), ∀t. Pelo Teorema de Pitágoras no triângulo PQA, temos: LA(t) 2 = 16 + x(t)2, ∀t. (2.7) 53 No instante t0, LA(t0) 2 = 16 + x(t0) 2 = 16 + 9 = 25 ⇒ LA(t0) = 5 m. Derivando a expressão em (2.7), obtemos 2LA(t)L ′ A(t) = 2x(t)x ′(t), ∀t. Calculando no ponto t0 e usando os dados em (2.6), obtemos 5L′A(t0) = 15 10 ⇒ L′A(t0) = 0, 3 m/s Com esses cálculos podemos agora determinar o que ocorre com o carro B. Primei- ramente temos LB(t0) = 12− LA(t0) = 12− 5 = 7 m, L′B(t0) = −L′A(t0) = −0, 3 m/s. Pelo Teorema de Pitágoras no triângulo BPQ, obtemos LB(t) 2 = 16 + y(t)2, ∀t. (2.8) No instante t0 temos 49 = 16 + y(t0) 2 ⇒ y(t0) = √ 33. Derivando (2.8) em relação a t, obtemos 2LB(t)L ′ B(t) = 2y(t)y ′(t), ∀t. No ponto t0, temos −7 · 3 10 = √ 33y′(t0) ⇒ y′(t0) = − 7 √ 3 10 √ 11 m/s. Resposta: No instante t0, a velocidade do carro B é: y ′(t0) = − 7 √ 3 10 √ 11 m/s. 3. Observando a �gura abaixo, 54 θ(t) 10m h(t) seja h(t) + 10 a altura do passageiro no instante t (veja �gura). Então, h(t) = 10 sen(θ(t)), onde θ(t) é o ângulo mostrado na �gura. A velocidade angular da roda gigante é constante igual a θ′(t) = 2π (radianos por minuto). Pela Regra da Cadeia, temos h′(t) = 10 cos(θ(t))θ′(t), ∀t. No instante t0, temos h(t0) = 6 metros. Logo, 6 = 10 sen(θ(t0))⇒ sen(θ(t0)) = 3 5 ⇒ cos(θ(t0)) = √ 1− 9 25 = 4 5 . Logo, h′(t0) = 10 · 4 5 · 2π = 16π m/min. Resposta: A velocidade de subida do passageiro no instante t0 é: h ′(t0) = 16π m/min. 4. (a) Sejam r e h o raio do semicírculo e a altura do triângulo, respectivamente. Observemos que, por hipótese, L é um número �xo. Logo, r e h dependem de θ, isto é, r = r(θ) e h = h(θ). Assim, A(θ) = π 2 r(θ)2, B(θ) = h(θ)r(θ). Além disso, temos r(θ) = L sen ( θ 2 ) , h(θ) = L cos ( θ 2 ) . Portanto, A(θ) B(θ) = πL2 sen2(θ/2 2L2 sen(θ/2) cos(θ/2) = π 2 tg ( θ 2 ) . 55 Logo, lim θ→0+ A(θ) B(θ) = π 2 lim θ→0+ tg ( θ 2 ) = 0. (b) Temos dθ dt = −1 2 (radianos por segundo). vS(t) = dA(θ(t)) dt = πL2 2 d (sen2(θ(t)/2)) dt = πL2 2 d dt ( 1− cos(θ(t)) 2 ) = πL2 4 sen(θ(t)) dθ dt . Como no instante t0, temos θ(t0) = π 4 , então, vS(t0) = πL2 4 · √ 2 2 · ( −1 2 ) = −πL 2 √ 2 16 . Analogamente, vT (t) = dB(θ(t)) dt = L2 d (sen(θ(t)/2) cos(θ(t)/2)) dt = L2 2 d sen(θ(t)) dt = L2 2 cos(θ(t)) dθ dt . Logo, vT (t0) = L2 2 · √ 2 2 · ( −1 2 ) = −L 2 √ 2 8 . 2.3.3 Aproximação de Funções 1. Para aproximar a função pela reta tangente, faremos o seguinte: f ′(a) ≈ f(x)− f(a) x− a temos então: f(x) ≈ f(a) + f ′(a)(x− a) 2. f(x) = ex no ponto x = 0.1. 3. f(x) = sen(x) no ponto x = 0.1 4. f(x) = tg2(x) no ponto x = 0.2 5. f(x) = ln(x)x no ponto x = 1.1 6. f(x) = ln(x) 1− x2 (x2 + 1)2 no ponto x = 1.2 (a) f(0, 1) ≈ e0 + e0(0, 1− 0) = 0, 9 (b) f(0, 1) ≈ sen π 6 + cos π 6 ( 0, 1− π 6 ) ≈ (c) f(0, 2) ≈ tg2 π 6 + 2 tg π 6 sec2 π 6 ( 0, 2− π 6 ) ≈ (d) f(1, 1) ≈ ln(a).a+ ( 1 a a+ 1(ln a) ) (1, 1−a) = ln(1).1+ ( 1 1 1 + 1(ln 1) ) (1, 1−1) 56 (e) f(1, 2) ≈ ln(a) 1− a 2 (a2 + 1)2 + ( 1 a 1− a2 (a2 + 1)2 + ln a [ 2a(a2 + 1)2 + (1− a2)4a(a2 + 1) (a2 + 1)4 ]) (1, 2− a) Vamos usar o item d) para aproximar melhor a função. Temos que: ln(1, 1)1, 1 ≈ 0, 1→ ln(1, 1) ≈ 1 11 f(1, 2) ≈ ln(1, 1) 1− 1, 1 2 (1, 12 + 1)2 + ( 1 1, 1 1− 1, 12 (1, 12 + 1)2 + ln 1, 1 [ 2.1, 1(1, 12 + 1)2 + (1− 1, 12)4.1, 1(1, 12 + 1) (1, 12 + 1)4 ]) .(1, 2− 1, 1) = −0, 007581 2.3.4 Máximos e Mínimos 1. Sejam x o lado do quadrado da base e h a altura da caixa, respectivamente. Então o volume é V = x2h e a área total (sem a tampa) é A = x2 + 4hx. Como a área não pode ultrapassar 1200cm2, temos x2 + 4xh = 1200 ⇒ h = 1200− x 2 4x . Logo, V (x) = x2 ( 1200− x2 4x ) = 300x− x 3 4 . Como o volume não pode ser negativo, o problema proposto é determinar o máximo absoluto da função V (x) = 300x− x 3 4 , V : [0, 20 √ 3]⇒ R Calculando-se os pontos críticos de A no domínio (0, 20 √ 3) : V ′(x) = 0 ⇐⇒ 300− 3x 2 4 = 0 ⇐⇒ x2 = 400 ⇐⇒ x = 20. 57 Além disso, V ”(x) = −3x 2 ≤ 0, ∀x ∈ [ 0, 20 √ 3 ] , isto é, a função é côncava no seu domínio. Logo, o ponto crítico x0 = 20 é o ponto de máximo absoluto. Resposta: As dimensões da caixa de volume máximo são: x0 = 20 cm e h0 = 10 cm. 2. Sejam x e y os lados do retângulo de perímetro L e área A. Então, L = 2x+ 2y e A = xy. (2.1) (a) Da primeira igualdade em (2.1) temos para L �xado, y = L/2 − x, de modo que, substiuindo na expressão da área, obtemos A = x(L/2− x). Temos assim a função área A : [0, L/2] → R de�nida por A(x) = Lx 2 − x2. Derivando temos, A′(x) = 0 ⇐⇒ x = L/4. Além disso, A”(x) = −2 ≤ 0 para todo x. Logo, a função A é côncava e x0 = L/4 é ponto de máximo absoluto. Mas x0 = L/4 implica que y0 = L/4. (b) Se �xarmos a área A, obtemos de (2.1) y = A/x, de modo que o perímetro se expressa pela função L : (0,+∞) → R de�nida por, L(x) = 2x+ 2A x . (2.2) Observe que lim x→0− L(x) = lim x→+∞ L(x) = +∞, de modo que a função L(x) não possui máximo absoluto. Por outro lado, L′(x) = 2− 2A x2 = 0 ⇐⇒ x = √ A. 58 Além disso, L”(x) = 4A x3 > 0 ∀x > 0. Portanto, L(x) é função convexa e, consequentemente, o ponto x0 = √ A é ponto de mínimo absoluto. Mas x0 = √ A implica que y0 = √ A. Logo, dentre todos os retângulos de área igual a A, o que tem menor perímetro é o quadrado de lado √ A. 3. (a) Seja Q = (x, x2) um ponto qualquer da parábola. Então a distância de P = (3, 0) a Q é: dist(P,Q) = √ (x− 3)2 + x4. Consideremos a função f : R R de�nida por f(x) = (x − 3)2 + x4. Observe que dist(P,Q) = √ f(x) e como a função g(y) = √ y é estritamente crescente, o valor mínimo de √ f(s) é atingido no valor mínimo de f(x). Portanto, basta determinar o ponto de mínimo absoluto de f(x). Calculando a derivada de f , obtemos f ′(x) = 2(x− 3) + 4x3. Logo, f ′(x) = 0 ⇐⇒ 2x3 + x = 3. É fácil ver que x0 = 1 é solução da equação acima. Além disso, f ′′(x) = 12x2 + 2 > 0, ∀x ∈ R. Logo, f é uma função estritamente convexa e consequentemente, x0 = 1 é a única soluçãoda equação 2x3 + x = 3 e o ponto de mínimo absoluto de f . Portanto, o ponto da parábola que está mais próximo de P é Q0 = (1, 1). (b) Seja Q um ponto qualquer da elipse. Então Q = (x, 2 √ 1− x2) ou Q = (x,−2 √ 1− x2). Pela simetria da elipse, podemos considerar os pontos Q com ordenada y ≥ 0, isto é, vamos nos restringir aos pontos Q da forma Q = (x, 2 √ 1− x2). 59 Então, dist(P,Q) = √ (x− 1)2 + 4(1− x2). Pelo mesmo argumento do item anterior, podemos considerar a função f : [−1, 1]→ R, f(x) = (x− 1)2 + 4(1− x2). Calculando a derivada de f , obtemos f ′(x) = 2(x− 1)− 8x = 0 ⇐⇒ x = −1 3 . Além disso, f”(x) = −6 < 0 ∀x. Logo, f é função côncava e o ponto x0 = −1/3 é ponto de máximo absoluto. Portanto, os pontos mais distantes de P = (1, 0) são Q1 = (−1/3, 4 √ 2/3) e Q2 = (−1/3),−4 √ 2/3). 4. Seja r o raio do semicírculo e h a altura do retângulo (Figura na próxima página) Então a área da janela é A = πr2 2 + 2rh. Como o perímetro do bordo da janela é 10m, temos πr + 2r + 2h = 10 ⇒ h = 10− (π + 2)r 2 . Portanto, podemos expressar a área da janela pela função de r de�nida por A : [0, 10/(π + 2)] → R, A(r) = 10r − (π 2 + 2 ) r2. 60 Calculando a derivada de A(r), obtemos A(r) = 10− (π + 4)r = 0 ⇐⇒ r = 10 π + 4 . Além disso, A′′(r) = −(π + 4) < 0, ∀r > 0. Logo a função A(r) é côncava e conclui-se que r0 = 10 π + 4 é ponto de máximo absoluto. Portanto, as dimensões da janela de área máximo (que deixam passar a maior quantidade de luz) são: r0 = 10 π + 4 e h0 = 10 π + 4 . 5. (a) Vamos identi�car o �o com o intervalo [0,10]. Seja x ∈ (0, 10) o ponto de corte. De acordo com a �gura acima, com o pedaço da esquerda, de comprimento x metros, formamos uma circunferência, e com o pedaço da direita, de comprimento 10 − x metros, formamos um quadrado. Vamos convencionar tamém que se x = 0, formamos somente um quadrado e se x = 10, formamos somente uma circunferência. Então, 2πr = x e 4l = 10− x (5.1) A soma das áreas das �guras é A = πr2 + l2. Substituindo r e l em função de 61 x a partir de (5.1), temos a função soma das áreas de�nida por A : [0, 10]→ R, A(x) = x 2 4π + (10− x)2 16 . Calculando a derivada de A(x), obtemos A′(x) = x 2π + x− 10 8 . Então, A′(x) = 0 ⇐⇒ x = 10π 4 + π Além disso, A”(x) = 1 2π + 1 8 > 0, ∀x. Logo, A(x) é uma função convexa e x0 = 10π/(4 + π) é ponto de mínimo absoluto. (b) Portanto, cortando-se o �o no ponto x0 = 10π/(4+π) e formando a circunferên- cia com o pedaço de comprimento x0, a soma das áreas será a menor possível. Para responder o item (a), observe que a função A(x) é convexa, de modo que o máximo absoluto ocorre nas extremidades do intervalo [0,10]. Como A(0) = 25 4 , A(10) = 25 π , a área máxima é obtida só com circunferência. 6. Sejam x, θ1 e θ2 como na Figura (B). Então θ = θ1 + θ2, onde tg(θ1) = x 2 e tg(θ2) = 3− x 5 . 62 Dessa forma, podemos considerar a função θ : [0, 3] → R de�nida por θ(x) = arctg (x 2 ) + arctg ( 3− x 5 ) . Calculando a derivada de θ, obtemos θ′(x) = 2 4 + x2 − 5 25 + (x− 3)2 . Então θ′(x) ≥ 0 ⇐⇒ 2 4 + x2 ≥ 5 25 + (x− 3)2 ⇐⇒ 50 + 2(x− 3) 2 ≥ 20 + 5x2 ⇐⇒ x2 + 4x− 16 ≤ 0. Logo, θ(x) é crescente se x está entre as raízes da equação x2 + 4x − 16 = 0. Calculando as raízes: x = −4 + √ 16 + (4× 16) 2 = 2 √ 5− 2, x = −4− √ 16 + (4× 16) 2 = −2 √ 5− 2 Como x ∈ [0, 3], devemos descartar a raiz negativa. Assim, θ′(x) ≥ 0 ⇐⇒ x ∈ [0, 2( √ 5− 1]. Portanto, θ é crescente no intervalo [0, 2( √ 5−1)] e decrescente no intervalo [2( √ 5− 1), 3] e consequentemente x0 = 2( √ 5− 1) é ponto de máximo absoluto. Conclusão: o ponto P deve ser escolhido a uma distância de √ 5− 2 centímetros do ponto A. 7. Seja c o custo unitário do material para fabricar o fundo e a lateral da lata cilíndrica. Então, cada decímetro quadrado desse material custa c reais e o custo total para a fabricação de cada lata é Custo = (3πr2 + 2πrh)× c, Onde r é o raio da base do cilindro e h sua altura. Como cada lata tem capacidade para 1 litro, então πr2h = 1 ⇒ h = 1 πr2 . 63 Podemos assim considerar a função custo unitário de cada lata dado pela função: Custo : (0,+∞)→ R, Custo(r) = ( 3πr2 + 2 r ) × c. Calculando a derivada: Custo′(r) = ( 6πr − 2 r2 ) × c = 0 ⇐⇒ r3 = 1 3π ⇐⇒ r = 1 3 √ 3π . Além disso, Custo′′(r) = ( 6πr + 4 r3 ) × c > 0, ∀r > 0. Logo, a função Custo(r) é convexa em seu domínio e consequentemente o ponto r0 = 1/ 3 √ 3π é ponto de mínimo absoluto. Assim, as medidas da lata cilíndrica com menor custo de fabricação são r0 = r = 1 3 √ 3π dm e h0 = 1 πr20 = 3 √ 9 π dm. 8. Imagem da questão: 64 Seja x = PC. Então DC = 4− x e segue do teorema de Pitágoras que AP = BP = √ 3 + (4− x)2 Como o comprimento total do arame é AP+BP+PC, devemos considerar a função L(x) = x+ 2 √ 3 + (4− x)2 = x+ 2 √ x2 − 8x+ 19. Observe que para que o peso �que a 4m abaixo da superfície, é necessário que se x ∈ (0, 4), que será o domínio de L(x). Calculemos os pontos críticos de L: L′(x) = 1 + 2x− 8√ x2 − 8x+ 19 = 0⇐⇒ √ x2 − 8x+ 19 = 8− 2x. Elevando ao quadrado ambos os lados da equação acima, obtemos x2 − 8x+ 15 = 0 cujas raízes são x0 = 3 e x1 = 5. Portanto, o único ponto crítico de L é x0 = 3, já que x1 = 5 não está no seu domínio. Para concluir que x0 é ponto de mínimo, analisemos o sinal da dderivada de L: L′(x) > 0⇐⇒ √ x2 − 8x+ 19 > 8− 2x. Elevando ao quadrado a desigualdade acima, obtemos x2 − 8x + 15 < 0, o que ocorre somente se x ∈ (3, 5). Assim, L é estritamente crescente no intervalo (3, 4) e estritamente descrescente no complementar, isto é, em (0, 3). Portanto, x0 = 3 é, de fato, ponto de mínimo global. 9. Sejam x a distância de O a P e θ o ângulo entre os segmentos PQ e PT . É claro que o triângulo PQ′T é obtido pela re�exão do triângulo PQT sobre o segmento L. 65 Logo, temos sen(2θ) = a b− x, cos(θ) = b− x L . (9.1) Queremos determinar o valor de x que torna L o menor possível. Das expressões em (9.1), obtemos cos(2θ) = √ 1− a 2 (b− x)2 , sen(θ) = √ 1− (b− x) 2 L2 . (9.2) Sabemos que sen2(θ) = 1− cos(2θ) 2 , assim, substituindo as expressões em (9.2) na identidade acima, obtemos 1− (b− x) 2 L2 = 1 2 ( 1− √ 1− a 2 (b− x)2 ) . Logo, (b− x)2 L2 = 1 2 + 1 2 √ 1− a 2 (b− x)2 Para simpli�car a notação, vamos denotar z = a2 (b− x)2 . (9.3) Então, substituindo na expressão anterior, obtemos L2 = 2a2 z(1 + √ 1− z) (9.4) Observe que x ∈ [0, b− a] se, e somente se, z ∈ [a2/b2.1]. Assim, o comprimento da 66 dobra pode ser expresso pela função L : [a2/b2, 1]→ R, L(z) = √ 2a2 z(1 + √ 1− z) . Podemos calcular a derivada de L derivando implicitamente a expressão em (9.4). Assim, temos 2L(z)L′(z) = −2a2 ( 1 + √ 1− z − z 2 √ 1−z z2(1 + √ 1− z) ) Como L(z) > 0, temos L′(z) = 0 ⇐⇒ 1 + √ 1− z − z 2 √ 1− z = 0. Multiplicando ambos os lados da equação acima por 2 √ 1− z, obtemos 2 √ 1− z = 3z − 2 → 9z2 − 8z = 0 z = 0 ou z = 8/9. Observe que z = 0 está descartado, pois o domínio da função no problema é o inter- valo [a2/b2, 1]. Por outro lado, se z = 8/9, então segue de (9.3) que x = b−3 √ 2a/4. Para concluirmos que este ponto z0 = 8/9 fornece a solução do problema, é preciso veri�car se L(z0) é o valor mínimo absoluto. Como o cálculo da derivada de segunda ordem parece muito complicado, vamos analisar o crescimento/descrescimento da função. L′(z) > 0 ←→ 1 + √ 1− z < z 2 √ 1− z ←→ 2 √ 1− z < 3z − 2 ←→ z > 8/9. Portanto, a função é crescente no intervalo [8/9, 1] e descrescente em [0, 8/9] e consequentemente, z0 = 8/9 é ponto de mínimo absoluto. Observação: No caso em que 8/9 < a2/b2 < 1, a função será crescente e o mínimo será atingido na extremidade esquerda do intervalo, i.e, x = 0. 10. Queremos determinar o valor máximo de x2 + y3 com a restrição x + y = 8, x e y dois números positivos. Podemos então considerar a função: f : [0, 8]→ R, f(y) = (8− y)2 + y3. Como f é contínua (pois é um polinômio) e seu domínio é um intervalo fechado e limitado, sabemosque ela possui máximo e mínimo absolutos. Calculemos os pontos 67 críticos de f . f ′(y) = −2(8− y) + 3y2 = 0 ⇐⇒ 3y2 + 2y − 16 = 0. Resolvendo essa equação do segundo grau, obtemos as raízes y0 = 2 e y1 = −8/3 A segunda raíz deve ser eliminada, pois não está no domínio [0, 8]. Como f ′′(y) = 6y + 2 > 0, ∀y ∈ [0, 8] ⇒ f é convexa em [0, 8]. Portanto, o máximo absoluto de f é necessariamente atingido em um ponto da fronteira e y0 = 2 é ponto de mínimo absoluto. Por outro lado, f(0) = 64 e f(8) = 512, de modo que o máximo absoluto de f é f(8) = 512. Portanto, vemos que não é possível decompor 8 como soma de dois números positivos de forma que a soma seja máxima. 11. Vamos inicialmente interpretar o enunciado do exercício 1. Seja v a velocidade do barco (em relação à agua) e C(v) o custo por hora (R$/h) de viagem na velocidade v. Isso quer dizer que numa viagem sem correnteza com duraçâo de T horas, o custo será dado por αv3T, onde α é uma constante de proporcionalidade (que pode variar com a marca do motor do barco). Contra uma correnteza, a velocidade efetiva (i.e., em relação à margem) é v−a (km/h). Logo, o tempo de viagem para percorrer uma distância b (km) contra a correnteza será T = b/(v − a) horas e o custo da viagem será Custo = αv3T = αv3 b v − a. Resolvendo o problema: para calcular o custo mínimo, devemos minimizar a função f : (a,+∞) → R, f(v) = αb v 3 v − a Observe que lim x→a+ f(v) = lim v→+∞ f(v) = +∞ Logo f não possui máximo absoluto. Calculemos os pontos críticos. f ′(v) = αb 3v2(v − a)− v3 (v − a)2 = 0⇐⇒ v = 3a/2 1Lembre que a velocidade do barco é proporcional à velocidade de giro do motor 68 Logo, v = 3a/2 é o único ponto crítico de f . Além disso, como v > 0, f ′(v) > 0 ⇐⇒ 3v2(v − a)− v3 > 0 ⇐⇒ 3(v − a) > v ⇐⇒ v > 3a/2. Mutatis mutandis, f ′(v) < 0 ⇐⇒ v < 3a/2. Assim, vemos que f é decrescente no intervalo (a, 3a/2) e crescente em (3a/2,+∞), de onde se conclui que o custo da viagem será no mínimo se o barco viajar contra a correnteza com velocidade v = 3a/2 12. A �gura abaixo ilustra a seção reta do tronco e da viga. Se S mede a rigidez, então S = αLh3. Como o raio do tronco é �xo, podemos expressar L em função de h a partir do Teorema de Pitágoras, i.e., L2 + h2 = 4R2 → L = √ 4R2 − h2. Isso dito, o problema a ser resolvido é o de calcular o máximo da função S : [0, 2]→ R, S(h) = αh3 √ 4R2 − h2. É claro que S(h) ≥ 0 para todo h ∈ [0, 2R] e S(0) = S(2R) = 0 Calculemos os pontos críticos de S em (0, 2R). S ′(h) = 3αh2 √ 4R2 − h2 − αh3 h√ 4R2 − h2 = 0 ⇐⇒ 3h2 √ 4R2 − h2 = h 4 √ 4R2 − h2 ⇐⇒ 3h2(4R2 − h2) > h4 ⇐⇒ h = √ 3R. Mutatis Mutandis, S ′(h) < 0 ⇐⇒ h > √ 3R. Portanto, S é crescente no inter- valo (0, √ 3R) e decrescente em ( √ 3R, 2R) e consequentemente, h = √ 3R é ponto de máximo absoluto. Neste caso, L = √ 4R2 − h2 = R e a razão procurada é h/L = √ 3. 69 13. A próxima �gura ilustra o enunciado do problema. Considerando θ o ângulo que a escada faz com o chão, temos para L = L1 + L2, onde L é o comprimento da escada, cos (θ) = b L1 ⇒ L1 = b sec(θ), sen(θ) = a L2 ⇒ L2 = a cossec(θ). Logo, o problema se reduz a determinação do mínimo absoluto da função L : (0, π/2)→ R, L(θ) = b sec(θ) + a cossec(θ). Podemos observar inicialmente que lim θ→0+ L(θ) = lim θ→π/2− L(θ) = +∞, (2.9) de onde se conclui que L não admite máximo absoluto. Calculando os pontos críticos, obtemos L′(θ) = b tg(θ) sec(θ)− a cotg(θ) cossec(θ) = 0 ⇐⇒ b sen(θ) cos2(θ) = a cos(θ) sen2(θ) . Logo, L′(θ) = 0 ⇐⇒ b a tg3(θ) = 1⇐⇒ θ = arctg ( 3 √ a b ) . Como L(θ) é derivável e este é seu único ponto crítico, segue de (2.9) que este ponto crítico é necessariamente ponto de mínimo absoluto (por que?). Como deseja-se saber o comprimento da escada de menor comprimento, devemos calcular Lmin = 70 L ( arctg ( (a/b)1/3 )) . Observe que se ( arctg ( (a/b)1/3 )) , então sec2(θ)− 1 = tg2(θ) = (a b )2/3 ⇒ sec(θ) = √ 1 + (a b )2/3 (2.10) Como cotg(θ) = 1/ tg(θ), temos cossec2(θ)− 1 = cotg2(θ) = ( b a )2/3 ⇒ cossec(θ) = √ 1 + ( b a )2/3 (2.11) Da de�nição de L(θ) e das expressões (2.10) e (2.11), conclui-se que Lmin = a √ 1 + (a b )2/3 + b √ 1 + ( b a )2/3 . 14. O triângulo T de vértices A, B e C (veja �gura abaixo) tem base AB medindo β (unidades de comprimento). Seja R um retângulo inscrito no triângulo T tendo como base o segmento EF de medidas b na base e largura a. A base do retângulo R forma o triângulo de vértices E, F e C, que é semelhante a T. Logo, por semelhança, β α = b α− a ⇒ b = β α (α− a). A área do retângulo R é ab = β α a(α− a). Portanto, trata-se do problema de maxi- mizar a função f : [0, α]→ R, f(a) = β α a(α− a). 71 Calculando os pontos críticos de f no domínio [0,α], obtemos df da = β α [α− 2a] = 0 ⇐⇒ a = α 2 . Como d2f da2 = −2 < 0,∀a ⇒ f é função côncava. Logo, o ponto crítico a = α/2 é ponto de máximo global de f e vemos que a altura correspondente é b = β/2, como queríamos provar. 15. Quando furamos uma esfera nas condições do enunciado, área total do sólido re- sultante pode ser obtida subtraindo-se da área da esfera as áreas de duas calotas e somando-se a área lateral do cilindro (o furo) interior (faça a �gura). Se denotarmos por x e L respectivamente o raio e a altura do furo cilíndrico e por h a altura de cada uma das calotas, a área total A do sólido obtido é: A = (área da esfera) -2× (área da calota) + (área lateral do cilíndro) Assim, lembrando que a área de uma calota esférica de altura h obtida de uma esfera de raio R é dada por 2πRh, temos A = 4πR2 − 4πRh+ 2πxL. Observando a �gura, vê-se que h = R− √ R2 − x2 e L = 2 √ R2 − x2 Portanto, o problema em questão reduz-se a maximizar a função A : [0, R] → R, onde A(x) = 4πr2 − 4πR(R− √ R2 − x2) + 4πx √ R2 − x2 = 4π(R + x) √ R2 − x2 Derivando a função acima, obtém-se A′(x) = 4π (√ R2 − x2 − (R + x)x√ R2 − x2 ) = 0 ⇐⇒ R2 − x2 = Rx+ x2. Resolvendo a equação acima, obtemos as raízes x = R/2 e x = −R. Portanto, aúnica raiz no domínio da função é R/2. Além disso, A(0) = 4πR2, A(R) = 0 e A(x) > 0 72 para todo x ∈ (0, R). Portanto, o zero é ponto de mínimo global de A e como a função é positiva (e derivável!), basta que comparemos os valores de A(0) e A(R/2) para decidir qual deles é o máximo. A(R/2) = 4π(3R/2) √ 3R2/4 = 3π √ 3R2 > 4πR2 = A(R). Portanto, a peça de área máxima é a obtida fazendo-se um furo de raio R/2. 2.3.5 Esboço de Grá�co 1. (a) Aplicando a regra do produto para calcular f ′(x) e f ′′(x), temos: f ′(x) = 3x2e−x − x3e−x = x2e−x(3− x) f ′′(x) = 3 ( 2xe−x − x2e−x ) − ( 3x2e−x − x3e−x ) = xe−x ( x2 − 6x+ 6 ) (b) Calculando as assíntotas horizontais: lim x→∞ x3e−x = lim x→∞ x3 ex L′H = lim x→∞ 3x2 ex L′H = lim x→∞ 6x ex L′H = lim x→∞ 6 ex = 0 lim x→−∞ x3e−x = −∞ ·∞ = −∞ A função não possui assíntotas verticais pois é contínua em R e y = 0 é assíntota horizontal. (c) Podemos identi�car os intervalos de crescimento da função observando o sinal da sua derivada de primeira ordem, onde as raízes de f ′(x) serão referências no estudo do sinal. f ′(x) = 0⇒ 3x2e−x − x3e−x = 0⇒ 3x2e−x = x3e−x Logo, essa condição é satisfeita nos pontos x = 3 e x = 0. Vamos estudar o sinal de f ′(x) através de uma tabela. Colocando a primeira derivada da função na forma x2e−x(3− x), vemos que somente o sinal de (3− x) interfere no sinal da derivada. intervalo (−∞, 0) (0, 3) (3,∞) (3− x) + + − f ′(x) + + − crescimento ↗ ↗ ↘ (d) A função não possui ponto de mínimo global, pois lim x→−∞ f(x) = −∞. De acordo com a tabela de intervalos de crescimento de f e dado que a função não tende para ∞ em nenhum momento, podemos a�rmar que x = 3 é ponto de máximo global. 73 (e) Para identi�carmos os intervalos de concavidade da função, devemos observar o sinal da sua derivada de segunda ordem, onde as raízes de f ′′(x) serão os pontos de referência no estudo do sinal. f ′′(x) = 0⇒ xe−x ( x2 − 6x+ 6 ) = 0 Logo, essa condição é satisfeita quando x = 0, x = 3 + √
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