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Relatório - Fertilidade do Solo UFV

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
ENG 447 – QUALIDADE DO MEIO FÍSICO AMBIENTAL
RELATÓRIO: FERTILIDADE DO SOLO
VERÔNICA SILVA BITTI (78106)
1) Com qual finalidade fazemos análises químicas no solo de uma determinada propriedade? 
Através das análises químicas do solo que um agricultor poderá saber como está a fertilidade do solo de sua propriedade e obter indicações corretas sobre o tipo e a quantidade de calcário e adubo a serem aplicados em cada gleba de sua propriedade.
A partir disso, será possível observar o estado nutricional do solo e fazer a correção de nutrientes, caso seja necessário, aumentando a produtividade do terreno, diminuindo desperdícios e evitando jogar dinheiro fora com gastos desnecessários. Além disso, a análise de um solo pode ser usada regularmente para monitorar e avaliar as mudanças dos nutrientes no solo (POTAFOS, 1998).
2) Porque a primeira etapa da análise dos solos, a amostragem, consiste etapa mais importante na análise de um solo, e quais procedimentos podem ser adotados para minimizar os erros na execução da mesma? 
O agricultor tira a amostra de terra que representa a gleba. A correta amostragem do solo é uma das principais fases da análise, pois dela depende a exatidão dos resultados analíticos. Caso haja dúvida na coleta da amostra, deve-se consultar um Engenheiro Agrônomo ou Florestal ou Agrícola ou um Zootecnista.
Os solos são corpos heterogêneos, porque seus fatores de formação variam de local para local e dentro do mesmo local, imprimindo-lhes características diferenciais que devem sem consideradas na amostragem. A amostra representativa é aquela que melhor reflete as condições de fertilidade da área em que foi coletada. A quantidade de solo a ser empregada na análise é de apenas 10 gramas para cada amostra, o que ressalta a necessidade de se coletarem amostras de fato representativas, pois pretende-se que 10 gramas representem 2000000 kg de solo.
Se em função de uma amostragem inadequada a análise química acusar valores de disponibilidade de nutrientes mais altos que os reais, as indicações de adubação serão insuficientes e, se forem mais baixos, a quantidade de fertilizantes recomendada será excessiva. Desse modo é muito importante que cada amostra de solo seja enviada ao laboratório com um histórico completo da área amostrada, relatando se recebeu ou não calcário e adubo, com a quantidade e as fontes dos mesmos, se por exemplo, foi aplicado adubo fosfatado solúvel ou fosfato natural, bem como se o método de aplicação foi a lanço ou no sulco de plantio. Esses são os procedimentos que podem ser adotados para minimizar os erros na execução da amostragem de solo.
O histórico da área é muito importante para a interpretação correto dos dados da análise química, podendo inclusive determinar a modificação do extrato empregado na análise, em função dos insumos já aplicados ao solo. 
3) Porque a análise de pH é considerada a análise de abertura no que tange a fertilidade dos solos? Qual é o pH ideal para melhor fertilidade dos solos? E por qual motivo o equipamento é calibrado utilizando-se uma solução padrão de pH 4 para análise de solos?
O pH do solo é uma medida da acidez e alcalinidade dos solos. Os níveis de pH variam de 0 a 14, com 7 sendo neutro, abaixo de 7 ácido e acima de 7 alcalino. A faixa ideal de pH para a maioria das plantas é entre 5,5 e 7,0. Entretanto, várias plantas têm se adaptado para valores de pH fora dessa faixa. Como os níveis de pH controlam vários processos químicos que acontecem no solo – especificamente, disponibilidade de nutrientes de planta – é vital manter níveis adequados para suas plantas para atingir seu potencial de produção total.
Solos muito ácidos não são férteis, uma alternativa para corrigir este inconveniente consiste em realizar Calagem (com calcário), prática que não só corrige a acidez do solo como também estimula a atividade microbiana, a melhoria da fixação simbiótica de N pelas leguminosas e ainda o aumento da disponibilidade da maioria dos nutrientes das plantas (RIBEIRO, A., GUIMARÃES, P., V. V., 1999). Além disso, os fatores que afetam a acidez do solo são: chuva, fertilizantes de nitrogênio e plantas.
O sistema de determinação de pH deve ser calibrado com a utilização de soluções tampão de pH. Estas são facilmente deterioradas pelo crescimento de fungos e outros microrganismos ou pela contaminação com espécies químicas, particularmente gases, surgindo daí a necessidade de sua renovação periódica (mensalmente).
Na preparação destas soluções deve ser usada água destilada com condutividade menor que 2m mhos/cm, fervida e resfriada à temperatura de 25°C, contendo 1 gota de solução saturada de KCl p/cada 50 ml estando o seu pH 4,00. 
Na análise de rotina os tampões padrões de pH podem ser preparados com reagentes apresentados comercialmente na forma de comprimidos ou envelopes em quantidades especificadas para determinados volumes de água destilada. Acham-se também disponíveis no comércio soluções já prontas, mas sua aquisição não é recomendável a não ser que sua qualidade possa ser atestada. Os reagentes utilizados na preparação das soluções tampão devem obedecer as especificações que as qualifiquem como reagentes de grau analítico (AR - analytical reagent grade).
Dos reagentes especificados para preparação dos tampões mais comuns o Standard Methods (APHA et al, 1992) recomenda a secagem, em estufa a 110 - 130°C por duas horas, antes da pesagem somente de fosfato monobásico de potássio (KH2PO4). Os outros sais, mesmo os hidratados, embora não haja recomendação expressa, podem ser mantidos em dessecador desde a noite anterior à preparação dos padrões.
4) Quais são os principais problemas comentados na aula sobre a determinação da matéria orgânica do solo para o Método Walkley & Black?
De acordo com o que foi mostrado na aula prática no labaratório de rotina de Fertilidade do Solo, do Departamento de Solos da UFV, foi mostrado que o Dicromato de Potássio é usado na determinação da matéria orgânica do solo pelo método Walkley & Black. No caso, o uso dessa substância é um dos principais problemas pelo fato de ser poluente na atmosfera, e ainda é usado por não haver outra substância com a mesma eficiência para substituí-lo.
Além disso, uma pesquisa titulada por “Método Walkley & Black na determinação da matéria orgânica em solos contaminados por chorume” publicada na Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, enfatiza o estudo de verificação sobre a potencialidade do método de titulação após oxirredução por via úmida (Walkley-Black) para determinação da matéria orgânica em amostras de solo contaminadas por chorume de resíduos sólidos domésticos. 
De acordo com essa pesquisa, não foram localizados estudos que avaliassem a eficiência desses métodos na determinação da matéria orgânica em amostras de solos sujeitas à influência do chorume. Esta preocupação é baseada no fato do método ter sido desenvolvido para análises agrícolas (considerando-se a matéria orgânica natural) mas está sendo utilizado para analisar amostras de solo contendo concentrações de matéria orgânica acrescidas de outras fontes, como no caso do chorume. Assim, o método pode não ser adequado para analisar amostras de solo desse tipo, fornecendo resultados imprecisos.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POTAFOS – Instituto da Potassa & Fosfato. Manual internacional de fertilidade do solo. 2. ed . Piracicaba, 1998.
EMBRAPA. Amostragem de solo para análise química. Planaltina. 1982 (Circular Técnica ,11).
AVINDIMA – O Jornal da Vitivinicultura e da Agricultura Familiar. A importância da análise do solo para a agricultura. 2014. Disponível em: < http://www.avindima.com.br/?p=6122 >. Acesso em: 03 jul. 2017.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA/Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados. Relatório Técnico Anual 1976-1977. Planaltina, 1978. P.45-77.
KLAMT, E. & SANTOS, M.C.L. dos. Amostragem de solos para recomendação de corretivos e fertilizantes. 2 ed. Porto Alegre, UFRGS, Faculdade de Agronomia, 1974. 4p. (Folheto Informativo, 4).
RevistaBrasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Método Walkley & Black na determinação da matéria orgânica na determinação da matéria orgânica em solos contaminados por chorume. v.8, n.1, p.111-115, 2004. Campina Grande, PB, DEAg/UFCG.
Nutrição de Safras – Conhecimento para altas produtividades. PH do Solo. Disponível em: < http://www.nutricaodesafras.com.br/ph-do-solo#overview>. Acesso em: 03 jul. 2017.
APHA et al. Standard Methods for the examination of water and wastewater. American Public Health Association. 1992.
RIBEIRO, A., GUIMARÃES, P., V. V. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. 5º Aproximação. Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais – CFSEMG. Viçosa, 1999.

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