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→ Forma de piodermite superficial que não forma cicatrizes apresenta-se sob duas formas clínicas: o impetigo não bolhoso ou crostoso e o impetigo bolhoso → Ambas as formas têm como etiologia predominante o Staphylococcus aureus, podendo a forma crostosa ser causada pela associação do Staphylococcus aureus com o Streptococcus pyogenes → Inicia-se com uma vesícula ou pústula sobre uma base eritematosa que se rompe com facilidade e cujo ressecamento dá origem a uma crosta aderente e amarelada, também descrita como melicérica → São causadas, na maioria das vezes, por cocos gram- positivos (estafilococos e estreptococos) → Primárias ou secundárias → DIAGNÓSTICO - Diagnóstico de ambas as formas é clínico, pelo aspecto típico da lesão, não sendo recomendada a cultura de rotina, a não ser que exista falha com a terapêutica adequada, recorrência das lesões ou em pacientes imunodeprimidos, ou ainda para fins epidemiológicos → FORMAS CLÍNICAS - Impetigo bolhoso . Tem como principal agente etiológico S. aureus, produtor de uma toxina epidermolítica, causando a Síndrome da Pele Escaldada -> inicia-se com vesículas, que se transformam em bolhas flácidas de paredes finas com conteúdo inicialmente claro que, depois, torna-se turvo . Bolhas rompem-se facilmente, permanecendo uma erosão rasa rodeada por restos da bolha (colarete), e a confluência de bolhas leva à formação de figuras policíclicas. . Tem como seu principal agente etiológico o S. aureus, produtor de uma toxina epidermolítica . Face é o local mais afetado . Mais comum em crianças de 2 a 5 anos - Impetigo crostoso . Pode ocorrer em adultos e crianças, com maior frequência neste último grupo, mas raramente abaixo dos 2 anos de idade . S. aureus, sozinho ou em combinação com o estreptococo beta-hemolítico do grupo A, é responsável pela quase totalidade dos casos . Pode ocorrer de forma primária, embora a impetiginização possa surgir sobre uma dermatose prévia, como na dermatite atópica, na dermatite de contato, nas picadas de inseto, na pediculose ou na escabiose. . Lesão: inicia-se com uma vesícula ou pústula sobre uma base eritematosa, que se rompe com facilidade e cujo ressecamento dá origem a uma crosta aderente e amarelada, também descrita como “melicérica”, predominando em áreas expostas, como face e ao redor do nariz e da boca → Imunossuprimidos -> Impetiginação secundária -> lesão de varicela → TRATAMENTO - Individualizado - Doença é autolimitada e dura até 3 semanas, podendo se estender conforme ocorram novas lesões por autoinoculação. - Antibióticos tópicos: pequeno número de lesões ou apenas uma região topográfica acometida . Mupirocina (3 vezes/dia, por 7 dias) e a retapamulina (2 vezes/dia, por 5 dias) são antibióticos eficientes contra Staphylococcus e Streptococcus. - Antibiótico sistêmico: quando ocorre um maior número de lesões ou o acometimento de duas ou mais regiões topográficas . Opção: Cefalexina via oral ou Cefalotina via endovenosa - Essencial a realização de limpeza delicada com remoção das crostas e restos das bolhas para evitar que a doença se espalhe e se perpetue. → Infecção aguda da pele, que envolve os tecidos subcutâneos e apresenta clinicamente eritema (sem limites nítidos), edema, calor e dor → Inicia com pequeno trauma na pele, que serve como porta de entrada para a bactéria. → ERITEMA DA CELULITE: não tem limites nítidos X erisipela (apresenta demarcação evidente do eritema) → PORTA DE ENTRADA: Trauma de pele → LESÃO: eritematosa, endurada e dolorosa → Bactérias mais comumente relacionadas a esta infecção são Staphylococcus e Streptococcus → TRATAMENTO - Varia conforme a extensão e a localização - Quando as lesões se localizam em região da face ou cervical, quando são muito extensas ou quando há comprometimento do estado geral, a criança deve ser hospitalizada com indicação de tratamento endovenoso -> risco de acometimento do SNC - Tratamento ambulatorial: cefalexina (50 a 100 mg/kg, a cada 6 horas, por 7 dias) e amoxicilina associada a ácido clavulânico (30 a 50 mg/kg de amoxicilina a cada 12 horas, por 7 dias → EXAMES LABORATORIAIS - Recomenda-se a coleta de cultura, quando possível, das crianças que são internadas, sendo que a cultura deve ser feita a partir de um aspirado com agulha fina da secreção - Hemocultura é fortemente recomendada - Coleta de cultura, quando possível, das crianças que são internadas, sendo que a cultura deve ser feita a partir de um aspirado com agulha fina → SINAIS DE GRAVIDADE - Acometimento dos olhos/ região periorbitária - Acometimento da região cervical → Forma superficial de celulite com importante comprometimento linfático, sendo quase sempre decorrente de uma infecção por Streptococcus do grupo A → Bactéria penetra através de um trauma na pele, porém a origem pode ser hematogênica → QUADRO CLÍNICO: Início súbito, febre e mal-estar geral, presença de uma área eritematosa bem delimitada e marginada, assim como a presença de linfagite ascendente e formação de bolhas sobre a placa eritematosa → DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: realização de culturas pela aspiração com agulha fina está indicada em casos graves que necessitem de internação ou nos casos que decorram de lesões prévias de mordeduras de animais ou imersão em água, ou ainda em pacientes imunodeprimidos → TRATAMENTO - Conforme a extensão e a localização - Casos mais leves: penicilina benzatina IM ou penicilina V via oral ou macrolídeos (eritromicina e azitromicina) - Pacientes com manifestações sistêmicas, como febre e calafrios, deve ser iniciada a terapia parenteral, sendo os antibióticos ceftriaxona e cefazolina → Micose superficiais dividem-se em dermatofitoses ou tinhas, ceratofitoses (ptiríase versicolor) e candidíase (sapinho) - Diagnóstico: anamnese e exame físico adequados - Exame micológico direto, cultura para fungos e exame histopatológico, quando necessários → DERMATÓFITOS: são fungos que vivem no solo, nos animais ou nos humanos - Digerem a queratina, invadindo a pele, os cabelos e as unhas - Geralmente, possuem um período de incubação curto (1 a 3 semanas) e acometem mais meninos que meninas → Comum na infância, acomete o couro cabeludo, alopecia descamativa distribuída em placas bem delimitadas e com cabelos tonsurados (quebrados logo após sua emergência do folículo piloso) e facilmente destacáveis - Agente causador: Antropofílicos (Fungo mais envolvido: Microsporum canis) - Acometem mais meninos - Famílias numerosas, casas superpovoadas e baixa classe socioeconômica → TRANSMISSÃO: humanos, animais e fômites → QUADRO CLÍNICO: uma ou mais áreas de alopecia podem estar presentes, pústulas no couro cabeludo podem estar presentes e deve, ser distinguidas de foliculite estéril ou bacteriana (nesses casos, não ocorre perda de cabelo) → QUÉRION - Apresentação inflamatória da tinea capitis com placas infiltradas, alopecia, pústulas e frequentemente drenagem de secreção purulenta - Resposta inflamatória intensa ao dermatófito e, em geral, está associada ao M. canis - Confunde-se com infecções bacterianas, podendo evoluir espontaneamente e não costuma causar alopecia definitiva, o diagnóstico precoce e o tratamento agressivo estão indicados, uma vez que a reação infamatória grave e prolongada pode levar a uma alopecia cicatricial → DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: inclui dermatite seborreica, psoríase, alopecia areata, tricotilomania (hábito de arrancar os cabelos), foliculite, impetigo, lúpus eritematoso e outras dermatoses do couro cabeludo menos comuns → TRATAMENTO: preferencialmente sistêmico, uma vez que a medicação deve penetrar no folículo piloso - Griseofulvina é bem tolerada e segura, sendo recomendado o uso de 20 a 25 mg/kg/dose, 1 vez/dia (após refeição gordurosa para aumentar sua absorção) por 6 a 8 semanas - Tratamentoconcomitante com xampu antifúngico, como o cetoconazol e o sulfeto de selênio, 2 a 3 vezes/semana, é recomendado, uma vez que esses agentes, ao removerem as placas, erradicam es poros viáveis e ajudam a diminuir o potencial de extensão da infecção → CASO CLÍNICO - Masculino, 7 anos, apresentava lesão eritematodescamativa, presença de alopecia e nódulos supurativos em região occipital direita, com evolução de aproximadamente 3 semanas. Negava febre, presença de imunodepressão ou trauma recente. Contato permanente com animais domésticos (gato e cachorro). Havia sido tratado previamente com cefalexina (500mg 6/6h) durante 7 dias, pensando-se em abcesso bacteriano. Ao exame físico apresentava lesão em placa na região occipital direita, eritemato-descamativa, dolorosa, com intensa supuração e queda de cabelo localizada, medindo aproximadamente 4 cm de diâmetro. Apresentava, também, linfonodomegalia palpável em cadeias cervicais anteriores e posteriores e cadeia occipital direita, todos móveis, de constância fibroelástica, indolor, não supurativo e não aderido a planos profundos. - Requer tratamento sistêmico (medicação deve penetrar no folículo piloso) -> Griseofulvina - Bem tolerada e segura, sendo recomendado o uso de 20 a 25 mg/kg/dose, 1 vez/ dia (após refeição gordurosa para aumentar para aumentar sua absorção) por 6 a 8 semanas - A não adesão ao tratamento ou o contato repetido com indivíduos infectados são provavelmente as principais causas para falha no tratamento. - Efeitos Adversos da Griseofulvina: são raros e incluem cefaleia, alterações gastrintestinais, fotossensibilidade e raras reações morbiliformes à droga. A hepatotoxicidade e a hepatotoxicidade são incomuns e a monitoração laboratorial não é, em geral, recomendada. - Diagnóstico Clínico: exame da lesão - Iniciado tratamento com ceftriaxona e clindamicina, por suspeição de uma infecção bacteriana secundária - Solicitados exames laboratoriais como hemograma e PCR, sem alterações significativas - Amostras para cultura através de raspado na lesão - Após 4 dias de evolução foram observadas lesões vesico- papulares, com halo eritematoso e pruriginosas em região cervical posterior, abdominal e em MMSS - Na cultura do raspado da lesão occipital, isolou-se o fungo Microsporum e estabeleceu-se o diagnóstico de Kerion celsi. O paciente foi tratado com griseofulvina oral (500mg/dia) por 60 dias, e o uso diário de cetoconazol xampu → Infecção superficial da região inguinal e raiz de coxas, comum em adolescentes do saco masculino e adultos → Mais comum em climas úmidos e quentes, obesos ou naqueles que realizam atividade física extenuante com suor excessivo e atrito das vestimentas → QUADRO CLÍNICO - Placas eritematosas bem demarcadas, com bordas elevadas com descamação, vesículas ou pústulas. Em geral, é bilateral, simétrica e envolve áreas intertriginosas junto ao escroto e à face medial das coxas. → TRATAMENTO - Terapia tópica, semelhante a discutida para tinea corporis, é geralmente suficiente, devendo ser aplicada por 3 a 4 semanas. - Nos casos de tinea cruris, pelo fato de ser geralmente causada pelo gênero Trychophyton, a terbinafina é outra opção terapêutica. → Medidas Úteis: reduzir o excesso de atrito e irritação com o uso de roupas íntimas de algodão largas e soltas, secar as áreas acometidas após o banho ou transpiração e estimular a perda de peso, no caso dos obesos → Rara em crianças pequenas → Calçados sintéticos e emborrachados que facilitam a sudorese → Adolescentes e adultos, dermatofitose mais comum → APRESENTAÇÕES - Intertriginosa: inflamação, descamação e maceração entre os pododáctilos - Vesicular: muito pruriginosa e apresenta inflamação com vesículas ou bolhas, sendo mais comum no verão e em crianças - Mocassim cursa com eritema, descamação, fissura e hiperqueratose plantar, podendo se estender para a face lateral dos pés → Medidas para proteger os pés em locais de uso comum e manter os pés secos são importantes: secar os pés após o banho, evitar sapatos fechados e usar sandálias ou chinelos em áreas de risco, além de tratar a hiperidrose → TRATAMENTO - Aplicação de antifúngico tópico 1 a 2 vezes/dia, por 2 a 3 semanas - Pacientes com inflamação grave ou doenças crônicas -> tratamento por via oral deve ser considerado. - Os agentes de escolha são semelhantes aos descritos para tinea capitis, terbinafina é uma boa opção terapêutica, por conta do agente (T. rubrum e mentagrophytes) → Infecção da face por dematófitos -> semelhante à tinha do corpo → QUADRO CLÍNICO: Placas anulares e eritematosas, com descamação na periferia. A tinha da face pode ter uma forma clínica discreta, especialmente nos casos em que corticoesteroides tópicos foram utilizados, sendo chamada de tinea incognito → TRATAMENTO - Lesões localizadas respondem ao tratamento tópico - Nos casos de uso de corticoesteroide prévio ou lesões refratárias, o tratamento sistêmico, como na tinea capitis, pode ser necessário para a resolução da dermatofitose → ONICOMICOSES - É mais comum em adultos, mas também ocorre em crianças, frequentemente associada à tinea pedis → PTIRÍASE VERSICOLOR - É uma infecção fúngica muito comum, causada pelas formas fermentadoras do fungo dimorfo. Esse microrganismo faz parte da flora normal da pele e sob condições apropriadas, a levedura transforma-se em hifa invasiva → CANDIDÍASE - Monilíase é uma infecção aguda ou crônica da pele, das membranas mucosas e, raramente, dos órgãos internos, causada por uma levedura do gênero Candida. → Doença contagiosa, causada pelo Sarcoptes scabiei variedade hominis - Fêmeas penetram na epiderme em um túnel e depositam seus ovos, que se tornam parasitas adultos em 2 a 4 semanas, desencadeiam uma reação de hipersensibilidade, ocasionando prurido intenso - Em geral os familiares também são contaminados → TRANSMISSÃO: contato direto pele a pele com pessoas infectadas, sendo descrita a transmissão por roupas → QUADRO CLÍNICO - Início da doença é insidioso, com aparecimento de lesões papulovesiculares eritematosas e pruriginosas, com prurido principalmente noturno - Pápulas eritematosas - Vesículas pequenas - Nódulos - Túneis - Prurido intenso, que piora durante a noite - Sinais de escoriação que alteram o aspecto da lesão, com impetiginação secundária, determinando o aparecimento de pústulas - Lesões de pele incluem: pápulas, nódulos, túneis, pústulas e vesículas - Adultos e adolescentes: localizam-se mais frequentemente nos espaços interdigitais, punhos, tornozelos, axilas, virilhas, palmas e plantas - Lactentes: quadro mais exuberante -> diagnóstico é dificultado pelo aspecto inflamatório e pela extensão das lesões, que podem ser mais disseminadas, além do acometimento peculiar das palmas e plantas - Aspecto e a distribuição das lesões, o prurido mais intenso à noite e os dados epidemiológicos são a base do diagnóstico clínico. → TRATAMENTO - Medicação tópica: Permetrina loção 5% . Primeira escolha . Deve ser aplicada em todo o corpo e couro cabeludo à noite, deixar o produto durante a noite (8 a 14 horas) e lavar pela manhã . Repetir a aplicação após 7-14 dias - Ivermectina oral . Dose única, repetindo a dose em 7 dias . Não recomendado em menores de 15kg - Enxofre 5% a 10% em creme ou loção . Indicado para menores de 2 meses . Aplicado 3 dias consecutivos à noite - Lavar as roupas com água quente ou expô-las ao sol e passar com ferro quente - Tratar os familiares, independetemente de a sintomatologia estar presente - Informar os familiares sobra a possível continuação do prurido um tempo após o tratamento, evitar o uso excessivo ou prolongado das medicações escabicidas e suas consequenciais → DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Dermatite atópica, dermatite de contato, exantemas virais e acropustulose da infância nos lactentes.→ Acometimento do couro cabeludo é causada pelo Pediculus humanus, var. capitis, sendo frequente nas crianças de 3 a 11 anos, mais comum nas meninas, que costumam ter cabelos longos, e transmitida pelo contato direto com pessoas, pentes, escovas, toalhas e bonés → QUADRO CLÍNICO - As crianças apresentam como sintoma mais comum o prurido, que pode ser intenso, levando a escoriação e possível infecção secundária - Algumas crianças podem ser assintomáticas - Prurido é relacionado a uma reação de hipersensibilidade à picada do inseto, que aparece após 2 a 6 semanas na primeira infestação e em 1 a 2 dias nas reinfestações → DIAGNÓSTICO - Presença do ovo do parasita (lêndea) aderido firmemente à haste do cabelo → TRATAMENTO - Permetrina: pode ser utilizada em loção cremosa a 1 ou 5%, deixando agir por 10 minutos, com enxague em seguida - Ivermectina: 200 mcg/kg em dose única, repetida 7 dias de pois, pois não atua em todos os estágios de vida dos piolhos → Bicho geográfico -> devido ao aspecto da lesão ser semelhante a um mapa → QUADRO CLÍNICO - Erupção cutânea autolimitada -> penetração e migração das larvas do Ancylostoma caninum (cachorro) e do Ancylostoma braziliensis - Larva penetra a pele -> Pápula pruriginosa - Pela ausência de enzimas necessárias para penetrar e sobreviver na derme, a larva migra, determinando um trajeto serpiginoso e linear na epiderme a uma velocidade de 2 a 5 cm/dia. - Prurido intenso resulta em escoriações e, frequentemente, em infecção secundária → LOCALIZAÇÃO - Qualquer área do corpo (preferência pelo pé e região glútea, pelo contato com areia ou solo contaminados) → TRATAMENTO - Poucas lesões: creme de tiabendazol ou albendazol comprimido - Extensos ou nas formas disseminadas: ivermectina oral, tiabendazol oral ou ivermectina → CASO CLÍNICO - MSL, sexo feminino, 2 anos e 6 meses, a mãe queixa surgimento da lesão única em região plantar, pruriginosa, com o concomitante aparecimento de vesículas de trajeto serpiginoso que progride de forma linear, tortuosa e eritematosa, numa progressão média de 1 a 2 cm por dia. A mãe notou a menor coçando o pé durante a noite, de interesse epidemiológico na história da criança a mãe relata um passeio com a tia e a menor brincou num parque ao ar livre descalça na grama e na areia. Nega outras queixas, sem outros familiares com lesão semelhante. → Mais comuns em crianças: molusco contagioso, verrugas, infecções causadas pelo herpes vírus e doença mão-pé-boca → AGENTE ETIOLÓGICO: DNA-vírus do grupo poxvírus - Qualquer idade, principalmente na primeira década de vida - Incubação é extremamente variável -> 2 semanas a 6 meses → TRANSMISSÃO - Contato direto com as lesões ou autoinoculação - Crianças pequenas, presença de lesões perianais ou genitais devem levar a suspeita de abuso, embora a autoinoculação seja frequente. → DIAGNÓSTICO: CLÍNICO -> História detalhada + Exame físico minucioso - Nos raros casos, em que pode haver dúvidas no diagnóstico, deve-se recorrer ao exame histológico da curetagem de uma das lesões → QUADRO CLÍNICO - Lesões assintomáticas localizadas em qualquer segmento da pele, mas raramente mucosas - Pápulas umbilicadas, cor da pele ou nacaradas, únicas ou múltiplas, de tamanho variável (de 2 a 3 mm até 1 cm de diâmetro), dependendo do tempo e do grau de evolução. - Em pacientes atópicos, por causa de alterações da barreira cutânea, e nos imunodeprimidos, as lesões tendem a ser maiores e mais numerosas e podem apresentar eczematização ao redor (eczema perimolusco) ou infecção bacteriana secundária. - Lesão clássica: é representada por uma pápula semiesférica, firme e com leve depressão central → TRATAMENTO - Curetagem -> equipe tecnicamente treinada e as lesões são retiradas uma a uma, provocando dor de pequena intensidade e pequeno sangramento - Dor pode ser atenuada com o uso de anestésico tópico à base de lidocaína, associada ou não à prilocaína, cerca de 30 minutos a 1 hora ates do procedimento - Crioterapia -> nitrogênio líquido, causa dor intensa, pouco indicado para crianças - Soluções de hidróxido de potássio (KOH) a 5% - Imiquimode creme na concentração de 5% - Deve-se avaliar cada caso, levando em consideração a idade e o estado imunológico do paciente, o número e a localização das lesões, escolher a melhor e mais prática alternativa terapêutica, além de conseguir a adesão de pacientes e pais ao tratamento, respeitando seus temores e inseguranças → Mais comum dermatite de contato por irritante primário → Resulta da interação de múltiplos fatores - Aumento da umidade - pH elevado - Enzimas fecais - Micro-organismos que se desenvolvem pela condição ideal proporcionada pela oclusão - Irritantes devido a limpeza -> lenços umedecidos → QUADRO CLÍNICO - Eritema que poupa as linhas de dobra -> aspecto em W - Região perineal - Lesões: podem iniciar com eritema e progredir com maceração, escoriações, pápulas, erosões e ulcerações (dermatite papuloulcerativa de Jacquet) na sua forma mais grave - Grave: eritema intenso, pápulas, vesículas, áreas de exulceração e descamação, pregas são poupadas → PREVENÇÃO E TRATAMENTO - Prevenção: troca frequente das fraldas, limpeza suave e cremes de barreira - Quando a lesão se estabelece é necessário: . Trocar as fraldas com maior frequência que o habitual . Limpar suavemente a região . Expor a pele ao ar . Cremes de barreira: base de vitamina E → Dermatose inflamatória de curso crônico e redicivante, de etiologia desconhecida e início precoce → CARACTERÍSTICAS - Prurido - Xerose - Lesões eczematosas (vesículas e crostas) → CAUSAS 1- Deficiência na função de barreira cutânea em decorrência do metabolismo anormal de lipídeos, o que determina a pele seca 2- Disfunção da imunidade cutânea inata (queratinócitos e células de Langerhans) 3- Alterações na microbiota cutânea-> colonização bacteriana 4- Influência psicossomática que resulta na alteração do SNA, com aumento de mediadores de diversas células inflamatórias, como eosinófilos e leucócitos 5- Relaciona-se com história familiar ou pessoal de rinite, asma e alergias (atopias familiares) → FASE PRÉ-PUBERAL (2 A 10 ANOS) - Pele é seca e áspera, prurido ocorre nas pregas ante cubitais e poplíteas, resultando no espessamento e no aparecimento de placas circunscritas → DERMATITE ATÓPICA GRAVE - Uso de antibiótico e de corticoide tópico prévio - Principais fatores agravantes: detergentes, alvejantes, sabões, amaciantes, roupas sintéticas, sabonetes, etiquetas de roupas, cloro de piscinas, materiais abrasivos, fumaça de cigarro, condições extremas de temperatura e umidade, fricção e estresse. - Recomendações: evitar o excesso de banhos, não passar produtos diretamente na pele, evitar atrito de sabonetes e roupas, outros - Medidas gerais para se evitar ou minimizar essas exposições devem ser adotadas precocemente → LOCALIZAÇÃO DAS LESÕES - Lactente: face, poupando a região central, couro cabeludo, no tronco e na região extensora dos membros (pregas) → TRATAMENTO PARA CONTROLE - Educação e autocuidado do paciente - Hidratação da pele - Controle dos desencadeantes - Medicação tópica ou oral → Prurigo -> erupção papular com intenso prurido → QUADRO CLÍNICO - Início após os 6 meses de vida, necessita de um processo de sensibilização, sendo necessária a ocorrência de várias picadas antes que apareçam os sintomas - Sensibilização pode variar conforme a criança e depende da exposição, do tipo de inseto e do número de picadas recebidas. - Após algum tempo pode ocorrer um processo de dessensibilização ou tolerância, próximo aos 10 anos de idade, no qual as picadas já não desencadeiam a doença → TRATAMENTO - Corticoesteroide tópico de média potência melhora a reação local e reduz o prurido, 1x ao dia por até 5 dias - Anti-histamínicos orais podemreduzir o prurido - Podem ser utilizadas loções com cânfora, calamina e mesmo mentol que aliviam os sintomas - Se infecção secundária, indica-se o tratamento com antibióticos . Tópico: infecções secundárias sem repercussões clínicas e quando número de lesões infectadas for pequeno . Lesões com complicação: uso de antibióticos sistêmicos (Cefalexina) . Cortar as unhas da criança para evitar lesões traumáticas em decorrência do prurido intenso e manter as lesões limpas com higiene local para evitar a infecção bacteriana secundária
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