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Tema 5 - Finanças nas Organizações - Movimentações financeiras

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DEFINIÇÃO 
Conceitos básicos referentes às movimentações financeiras. Análise de fluxos e 
demonstrações financeiras. Importância dos relatórios financeiros para a tomada de 
decisão. 
PROPÓSITO 
Compreender os tipos de movimentação financeira, os principais fluxos financeiros da 
organização, bem como as demonstrações financeiras e seus relatórios correspondentes. 
 
 
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OBJETIVOS 
MÓDULO 1 MÓDULO 2 
 
Compreender os tipos de movimentação 
financeira, os principais fluxos financeiros 
da organização, bem como as 
demonstrações financeiras e seus 
relatórios correspondentes. 
Reconhecer a importância das 
demonstrações financeiras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
O sonho de muitos empreendedores é ter muitos clientes para que possam vender o 
máximo de mercadorias e obter lucro no final do ano. 
Para ser um profissional de Finanças altamente capacitado ou um empreendedor de 
sucesso, é necessário ter um ótimo controle da entrada e saída de dinheiro da empresa. 
Por meio desse controle, o gestor pode tomar decisões importantes, como: 
 
Vender outros tipos de 
produtos 
Abrir uma nova loja Comprar um prédio para 
fixar endereço empresarial 
 
Vender o carro da empresa Comprar computadores Pagar bônus para os 
funcionários 
 
 
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É muito importante para todos que desejam entender o básico de Finanças Corporativas 
ter o conhecimento de controles como: 
Fluxo de Caixa (FC) Demonstração do Resultado do Exercício 
(DRE) 
 
 
Balanço Patrimonial (BP) 
 
É necessário entender as diversas formas de recebimento e pagamento que existem no 
mercado, como transações em espécie, entre outros, com características próprias que 
impactam nos resultados financeiros da empresa, de modo que seja possível identificar 
se ela terá ou não dinheiro no final do mês para pagar o salário de seus funcionários. 
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Neste conteúdo, você entenderá os conceitos básicos de movimentação financeira e, 
após o estudo, poderá aplicar esse conhecimento na empresa em que trabalha ou na 
abertura do próprio negócio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TIPOS DE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA 
As constantes entradas e saídas de dinheiro nas empresas podem ocorrer de diversas 
maneiras. 
 
As empresas funcionam por meio da 
venda de um produto ou serviço com a 
finalidade de gerar lucro para seus sócios, 
gerando a constante transação de dinheiro 
na empresa. 
O gestor paga os fornecedores e, 
simultaneamente, compra material de 
escritório, remunera os funcionários, 
recebe dinheiro da venda de mercadorias, 
dos juros após uma aplicação financeira, 
da prestação de um serviço ou mesmo da 
venda de um móvel da empresa que não é 
mais usado. 
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Vamos conhecer as principais movimentações financeiras que ocorrem nas 
organizações. 
1. Transações feitas em espécie 
Este tipo de transação é nada mais do que o pagamento ou recebimento em dinheiro vivo. 
 
 
 
 
 
 
Quando pagamos uma corrida de táxi a trabalho, compramos pão para dar de café da 
manhã aos funcionários ou recebemos o pagamento por um serviço de cabelereiro, 
costumamos pagar em dinheiro. 
Em outras palavras, pagamento ou recebimento de pequenos valores costumam ser em 
dinheiro. Trata-se da conhecida transação em espécie. 
As vantagens desse tipo de transação, são poucas, uma vez que têm um baixo nível de 
segurança. Geralmente, as pessoas preferem fazer pagamentos nesta modalidade 
quando o valor é pequeno ou quando a empresa não possui máquina de cartão. 
2. Transação feita em cartão 
Esta modalidade de pagamento foi a que 
mais cresceu nos último 20 anos. Com o 
avanço da tecnologia, hoje, a maioria dos 
brasileiros usa o cartão (seja de débito ou 
de crédito) para pagar alguma conta. 
 
Fonte: Shutterstock 
 
8 / 33 
 
+ Vantagem 
Esse tipo de transação oferece 
segurança ao cliente, que não precisa 
carregar muito dinheiro. Imagine, por 
exemplo, ter de andar nas ruas com R$ 
1.000,00 em espécie para pagar o 
aluguel. 
 - Desvantagem 
O gestor paga os fornecedores e, 
simultaneamente, compra material de 
escritório, remunera os funcionários, 
recebe dinheiro da venda de mercadorias, 
dos juros após uma aplicação financeira, 
da prestação de um serviço ou mesmo da 
venda de um móvel da empresa que não é 
mais usado. 
3. Transferências bancárias 
Depois que a internet entrou em cena, muita coisa mudou. A informação é encontrada 
rapidamente. É possível conversar com pessoas ao redor do mundo em tempo real e fazer 
pagamentos seguros por meio de serviços em sites como Mercado Livre, Amazon e 
Submarino. 
 
A transferência bancária logo se tornou 
uma das formas de pagamento mais 
rápidas, fáceis e seguras, pois não é mais 
necessário andar com R$ 50.000 em 
espécie para depositar na conta dos 
funcionários. 
É possível programar quando o dinheiro 
vai ser transferido, evitando possíveis 
atrasos. Assim, transferências bancárias 
são uma ótima maneira de transacionar 
dinheiro dentro das empresas. 
 
 
9 / 33 
 
 
4. Boletos 
Os boletos são uma modalidade de 
pagamento oferecida por algumas empresas 
para que seus clientes tenham maior 
facilidade e segurança no pagamento por 
algum produto ou serviço. 
 
Fonte: Shutterstock 
5. Duplicatas 
Esta modalidade funciona da seguinte maneira: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Como envolve o “empréstimo” de dinheiro, apenas algumas empresas utilizam essa 
modalidade de movimentação financeira. 
 
Saiba mais 
De acordo com Assaf Neto (2019, p. 1), receber uma quantia hoje 
ou no futuro não é a mesma coisa. O valor de uma unidade 
monetária hoje é preferível à mesma unidade monetária 
disponível amanhã. Adiar um recebimento por um período de 
tempo envolve um sacrifício, que deverá ser pago mediante uma 
recompensa definida pelos juros. Dessa forma, são os juros que 
introduzem efetivamente o adiamento do consumo, permitindo a 
formação de poupanças e de novos investimentos na economia. 
Agora que aprendemos os principais tipos de movimentação financeira, reflita: 
Quais são as principais formas de pagamento e recebimento utilizados por você e 
sua empresa? 
IMPORTÂNCIA DOS FLUXOS FINANCEIROS NAS ORGANIZAÇÕES 
Existem diversas formas de receber e pagar. Mas qual é a relevância disso para sua vida 
profissional? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cada tipo de modalidade tem suas peculiaridades. Isso influencia quando a 
empresa, ou você, receberá o dinheiro ou quando esse dinheiro sairá da 
conta. 
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Para evitar essa e outras surpresas, usamos o Fluxo de Caixa. 
O QUE É FLUXO DE CAIXA? 
Agora que sabemos que as empresas 
possuem diversas formas de pagar e 
receber dinheiro, precisamos entender a 
melhor forma de controlar isso. 
Caso não haja um bom controle dessas 
movimentações, a empresa pode ter 
sérios problemas. 
 
O Fluxo de Caixa é um controle financeiro feito, principalmente, por profissionais da área 
financeira (mas pode ser feito por qualquer um até para o controle das contas de casa) 
para monitorar a quantidade de dinheiro que está entrando e saindo diariamente da 
empresa. 
Agora, imagine se, no final do mês, você 
achava que tinha sobrado dinheiro, mas 
esqueceu que havia pago um boleto 
bancário que só compensa em três dias 
úteis. 
O dinheiro que você acreditou que serviria, 
por exemplo, para ir ao shopping não existe 
mais no fim de semana. 
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EXEMPLOS DE FLUXO DE CAIXA 
 
 
 
 
 
 
No desenvolvimento de um bom fluxo de caixa, são criadas três colunas: 
 
 
Na prática, empresas usam programas avançados e caros para o controle do 
fluxo de caixa. No entanto, na falta de dinheiro ou vontade de economizar, é 
possível usar planilha eletrônica de dados, que também pode ser eficiente, 
como, por exemplo, o Excel. 
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Recebimentos ou 
entradas 
Pagamentos, saídas ou 
desembolsosSaldo 
Colocamos todo o dinheiro que 
entra na empresa exatamente 
no dia em que foi recebido, 
lembrando que não vale 
colocar no dia seguinte. 
Colocamos toda a saída de 
dinheiro. Aqui vale desde 
pagamento do salário dos 
funcionários até compra de 
caneta para uso do escritório. 
Subtraímos o dinheiro que 
entrou (da coluna 
recebimentos) e o dinheiro que 
saiu da empresa (da coluna 
pagamentos). No final de cada 
dia, temos uma noção se a 
empresa tem dinheiro ou não 
naquele exato momento. Com 
base nesse saldo diário, é 
possível entender se a empresa 
possui liquidez, isto é, dinheiro 
em caixa, para pagar quaisquer 
dívidas futuras. 
Você pode se perguntar: Como é possível perder o controle da entrada e saída de 
dinheiro ou pensar em gastar só depois que receber? 
 
Muitas vezes, empresas 
compram produtos a prazo, 
tais como matéria-prima, 
maquinário, equipamento 
de uso diário etc. 
É possível que despesas 
antigas apareçam nos 
meses subsequentes. Caso 
não haja dinheiro suficiente 
em caixa para pagá-las, 
será cobrada uma multa. 
A fim de evitar o risco de 
não ter dinheiro no 
momento de pagar todas 
as dívidas, feitas ou não no 
passado, o Fluxo de Caixa 
surge como uma solução 
prática de análise diária que 
ajuda o gestor a decidir se 
pode ou não adquirir novas 
dívidas, bem como se há 
necessidade de solicitar um 
empréstimo. 
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VAMOS RELEMBRAR? 
Apresentamos até aqui os principais tipos de 
movimentações financeiras. Tal classificação 
é importante, pois devemos ser precisos 
nesta identificação, para que a organização 
seja melhor e nos permita tomar decisões 
acertadas, visto que cada movimentação tem 
suas vantagens ou indicação. 
 
Outro assunto importante que estudamos foi o Fluxo de Caixa, que pode ser considerado 
o confronto entre as entradas e saídas financeiras de uma pessoa jurídica ou física. 
Esse controle é essencial para prever em determinado momento: 
 
 
 
 
 
 
 
Para melhorar a saúde financeira de uma pessoa, precisamos, incialmente, mensurá-la. 
 
 
 
 
 
Falta de receita – possivelmente, 
será necessário captar recursos. 
Excesso de receita – 
possivelmente, uma parte dessa 
quantia será aplicada. 
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VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. Qual das alternativas a seguir representa um problema quando não há controle na 
empresa sobre a entrada e saída de dinheiro? 
a) O material que o administrador havia comprado não chegou porque o pagamento foi 
feito a prazo. 
b) O dinheiro que o administrador havia usado para pagar os salários foi corretamente 
depositado na conta dos funcionários. 
c) O boleto do cartão de crédito não era pago por um problema no código. Por isso, o 
administrador precisou pagar multa. 
d) O dinheiro que o administrador achava que tinha em conta não existe mais, pois ele 
havia comprado material no cartão de crédito que foi pago no final do mês. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa D está correta. 
Quando não há controle adequado da entrada e saída de dinheiro por parte de pessoa 
jurídica ou física, corre-se o risco de não ter dinheiro em caixa em determinado momento. 
Foi o que ocorreu na alternativa D: a compra do material foi feita antes e o pagamento, 
depois, quando, possivelmente, a chegada dessa conta de pagamento não era lembrada. 
Por meio do controle de dinheiro, dificilmente, vamos esquecer que temos de pagar certa 
conta em determinada data. 
 
 
 
 
 
 
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2. Os principais tópicos necessários para um Fluxo de Caixa são: 
a) Ganhos futuros, perdas no momento e diferença entre os dois. 
b) Entrada e saída de dinheiro, e diferença entre as duas. 
c) Ganhos no momento, perdas no futuro e soma entre os dois. 
d) Entrada e saída de dinheiro, e soma entre as duas. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
Em um Fluxo de Caixa, precisamos de três informações: a entrada de dinheiro ou 
recebimento, a saída de dinheiro ou pagamento, e a diferença entre ambos, que pode ser 
nula ou zero, ou excesso de caixa, ou falta de caixa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOÇÕES DE RESULTADOS FINANCEIROS 
Vamos estudar o resultado financeiro 
da organização, isto é, lucro ou 
prejuízo, e como determinados 
relatórios são usados para demonstrar 
a saúde financeira da organização. 
Como essa parte da Gestão Financeira 
dialoga muito com a área de 
Contabilidade, entenderemos, de forma 
resumida, alguns conceitos contábeis. 
Quando um gestor possui bons controles sobre a entrada e saída de dinheiro da empresa, 
podemos afirmar que tem um bom controle de Fluxo de Caixa. 
Saber apenas quanto dinheiro a empresa possui em caixa em determinado momento não 
é suficiente. Também é necessário saber: 
Quantos ativos (maquinário, estoque, dinheiro vivo, investimentos etc.) possui. 
 
Quanto deve aos outros (salários a pagar, impostos a recolher, empréstimos no 
banco etc.). 
Para esse tipo de informação e análise, foi criada a Demonstração Financeira (DF). 
 
 
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Trata-se de um relatório contábil que demonstra, de 
forma resumida, dados financeiros da empresa. 
 
 
 
As demonstrações financeiras são compostas por três relatórios principais: 
 
Como já aprendemos sobre o Fluxo de Caixa, 
focaremos nesses dois relatórios que ainda 
não mencionamos. 
Cada um desses relatórios é muito 
importante na tomada de decisão 
estratégica da empresa, se deve continuar 
vendendo um produto, se deve comprar 
outra empresa, se está gerando lucro etc., 
além de serem requeridos por lei em alguns 
casos. 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é definida como “um relatório contábil 
que apresenta, de forma resumida, as operações de uma empresa em determinado 
período e o resultado apurado, que pode ser de lucro ou prejuízo.” (DICIONÁRIO 
FINANCEIRO, s.d.) 
 
 
19 / 33 
 
 
Enquanto o fluxo de caixa mostra a 
entrada e saída de dinheiro no momento 
atual. 
Sem se preocupar com dívidas ou 
recebimentos futuros, nem com o custo de 
produção. 
A DRE consolida todas 
essas informações de 
forma organizada, 
considerando outros 
fatores, tais como 
outros tipos de receita, 
que não sejam a venda 
ou prestação de serviço, 
o pagamento de 
impostos etc. 
 
Fonte: Shutterstock 
Quando uma empresa 
vende um produto ou 
presta um serviço, o 
dinheiro que entra, 
chamado na 
Contabilidade de 
“receita operacional”, é 
contabilizado na DRE. 
Além disso, os custos 
de produção e do 
serviço prestado 
também são tipos de 
despesas registrados na 
DRE. 
Ao final da DRE, após a contabilização das receitas, dos custos e dos impostos, é 
possível ver se houve lucro ou prejuízo no exercício. 
 
 
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BALANÇO PATRIMONIAL 
O Balanço Patrimonial é definido como: 
“ "[U]m relatório contábil que demonstra como está a posição patrimonial e financeira da organização. Ele detalha o ativo, o passivo e o Patrimônio Líquido da companhia [...].” (DICIONÁRIO FINANCEIRO, s.d.) 
 
 
Em outras palavras, o Balanço Patrimonial 
serve para registrar, de forma organizada, 
todos os produtos que a empresa 
comprou e utiliza (computadores, carros, 
imóveis etc.), como todas as dívidas que 
ela tem a pagar (fornecedores a prazo, 
empréstimos no banco etc.). 
 
No final do ano (chamado, também, de exercício), consolida-se o Balanço Patrimonial, que 
possui subclassificações convencionadas para que todas as empresas sigam um padrão 
único. São elas: 
Ativo 
Valor que indica quais são os bens e direitos que uma empresa possui [e o que irá 
receber]. [É tudo o que pode ser convertido] em meios monetários” (DICIONÁRIO 
FINANCEIRO, s.d.). 
 
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Passivo 
Conjunto de obrigações e dívidas feitas para o financiamento da atividade 
organizacional, considerado na contabilidade das empresas” (DICIONÁRIO FINANCEIRO, 
s.d.). Em outras palavras, é tudo o que a empresa tem de pagar no futuro. 
Patrimônio Líquido 
Diferença entre o ativo e o passivo daorganização, ou seja, entre os bens e direitos que 
ela possui e suas obrigações. [Trata-se da] riqueza de uma organização, o que ela 
possui descontadas as contas que precisa pagar” (DICIONÁRIO FINANCEIRO, s.d.). 
 
1. Contas do ativo 
Na coluna do ativo, as contas 
que representam os bens e 
direitos são dispostas em 
ordem decrescente de grau de 
liquidez, ou seja, aparecem 
em cima daquilo que, em caso 
de necessidade, pode ser 
transformado mais 
rapidamente em dinheiro. 
O ativo divide-se em: 
Ativo circulante 
 
Ativo não circulante 
 
 
Contas do ativo circulante 
 
São divididas em alguns subgrupos: 
 
22 / 33 
 
Disponibilidades Créditos Estoques 
Recursos financeiros mais 
imediatos. Esta categoria 
pode ser dividida em 
subgrupos como: 
• Caixa – dinheiro em 
espécie; 
• Banco conta movimento 
– valores em conta-
corrente de livre 
movimentação; 
• Aplicações financeiras 
– de curto prazo; 
• Depósitos bancários à 
vista – para cheques ou 
transferências que 
entrarão na conta da 
empresa a curto prazo. 
Direitos que a empresa tem a 
receber. Entre seus subgrupos 
estão: 
• Duplicatas a receber ou 
clientes – valores a 
receber decorrentes das 
vendas; 
• Provisão para Créditos de 
Liquidação Duvidosa 
– estimativa de não 
pagamento (chamado por 
alguns de “calote”); 
• Títulos a receber – notas 
promissórias, 
empréstimos a receber de 
terceiros etc.; 
• Outras contas a receber 
– serviços prestados e 
ainda não faturados, juros 
a receber, adiantamento a 
fornecedores etc. 
Este grupo inclui contas 
referentes a produtos 
acabados, mercadorias para 
revenda, produtos em 
elaboração, matéria-prima e 
outros materiais. Esta 
categoria também possui um 
grupo chamado de Provisão 
para ajuste ao valor de 
mercado: uma conta redutora 
do ativo, que tem como 
finalidade ajustar os valores 
do estoque, considerando 
possíveis perdas, como 
deterioração e redução nos 
preços de venda. 
Outros subgrupos existentes são as despesas antecipadas e outros créditos. 
Contas do ativo não circulante 
 
Bens e direitos com menor liquidez da empresa. Estes itens não podem ser convertidos 
em dinheiro no curto prazo ou só serão rentabilizados depois do exercício daquele ano. 
As contas do ativo não circulante são divididas nas seguintes categorias: 
 
 
 
23 / 33 
 
Ativo realizável a 
longo prazo Investimentos Ativo imobilizado Estoques 
Notas promissórias, 
aplicações 
financeiras, depósitos 
e adiantamentos – 
todos de longo prazo, 
isto é, todos os 
recebimentos com 
vencimento após 12 
meses ao fim do 
exercício fiscal. 
Participações e 
aplicações 
financeiras de caráter 
permanente e com o 
objetivo de gerar 
rendimentos para a 
empresa, como as 
participações em 
outras sociedades, a 
posse de imóveis não 
essenciais para a 
manutenção das 
atividades, os 
investimentos em 
ouro e obras de arte 
etc. 
Bens e direitos 
essenciais para 
manutenção das 
atividades da empresa, 
como imóveis, 
máquinas e 
equipamentos, móveis 
e veículos etc. 
Bens não materiais, 
mas que possuem 
valor e são 
essenciais para as 
atividades da 
empresa, como 
fundos de comércio, 
marcas, direitos 
autorais, patentes, 
licenças etc. 
 
 
Saiba mais 
Podemos analisar a importância das contas do ativo no caso da 
empresa Rakuten, ela vendeu suas operações no país, porém, 
três meses depois, a companhia que assumiu pediu recuperação 
judicial e deixou mais de 2.000 varejistas sem receber. Pesquise 
na internet Os bastidores da dramática saída da Rakuten do 
Brasil e veja como este caso contribui com o conteúdo estudado. 
 
 
 
 
 
 
24 / 33 
 
2. Contas do passivo 
Na coluna do ativo, as contas 
que representam os bens e 
direitos são dispostas em 
ordem decrescente de grau de 
liquidez, ou seja, aparecem 
em cima daquilo que, em caso 
de necessidade, pode ser 
transformado mais 
rapidamente em dinheiro. 
O passivo pode ser dividido 
em: 
Passivo circulante 
 
Passivo não circulante 
 
Na Contabilidade, a diferença entre as duas classificações se deve à data de 
vencimento das obrigações. 
Conforme Gelbcke et al. (2018, p. 345): 
 
As obrigações da companhia (tudo que ela deve a 
outros – inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo não circulante). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 / 33 
 
 
 
Serão classificadas no passivo circulante quando vencerem 
no exercício seguinte, ou seja, quando seu vencimento ocorrer em até 
12 meses após o exercício fiscal do relatório. 
26 / 33 
 
 
E no passivo não circulante se tiverem vencimento em prazo maior. 
 
 
 
 
 
 
 
*Passivo circulante: “Contas que sejam realizáveis dentro do exercício social da empresa, 
prazo este de 12 meses da demonstração do Balanço Patrimonial. Também é conhecido 
como exigível a curto prazo” (DICIONÁRIO FINANCEIRO, s.d.). 
 
Assim, o passivo circulante* corresponde às obrigações de curto prazo, ou seja, 
às dívidas e contas que a empresa deverá pagar no exercício seguinte à 
apresentação do Balanço Patrimonial (geralmente, em até um ano). Se o prazo de 
pagamento for maior, essas contas entrarão no Balanço Patrimonial como passivo 
não circulante. 
27 / 33 
 
Tanto o passivo circulante quanto o não circulante podem ser divididos em subgrupos de 
contas. São eles: 
Obrigações a 
fornecedores 
Empréstimos e 
financiamentos Tributos a recolher 
Obrigações 
trabalhistas e 
previdenciárias 
Valores a pagar 
decorrentes da 
compra de 
mercadorias, 
matérias-primas e 
insumos industriais 
etc. É possível 
subdividir esse grupo 
entre fornecedores 
nacionais e 
estrangeiros. 
Recursos financeiros 
captados, tais como 
empréstimos no 
banco, leasing*, 
financiamento de um 
imóvel ou de um carro 
etc. 
Salários dos 
colaboradores e outros 
encargos relacionados 
aos funcionários. 
Obrigações 
trabalhistas e 
previdenciárias 
*Leasing: “Contrato por meio do qual a arrendadora ou locadora – empresa que se dedica 
à exploração de leasing – adquire um bem escolhido por seu cliente – arrendatário ou 
locatário – para, em seguida, alugá-lo a este último por um prazo determinado” (S.O.S 
CONSUMIDOR, s.d.). 
3. Contas do Patrimônio Líquido 
 
Podem ser divididas nos seguintes 
subgrupos: 
 
 
 
 
 
28 / 33 
 
Capital social Reservas de capital Reservas de lucros Prejuízos acumulados 
Discrimina o 
montante subscrito e 
a parcela ainda não 
realizada por sócios e 
acionistas. Por 
exemplo, quando uma 
empresa é montada, 
seus sócios investem 
um capital inicial que 
fica registrado no 
capital social da 
empresa. 
Recursos obtidos pela 
empresa que não 
possuem vínculo com 
a formação de lucro. 
São decorrentes, por 
exemplo, do 
reembolso ou da 
compra de ações, da 
incorporação ao 
capital e do 
pagamento de 
dividendos a ações 
preferenciais. 
Valores da apropriação 
de parte dos lucros em 
decorrência da lei ou da 
vontade do 
proprietário. Imagine, 
por exemplo, um 
cenário em que a 
empresa obteve R$ 
1.000.000 de lucro. 
Seus sócios decidiram 
não resgatar esse 
dinheiro, mas deixá-lo 
na empresa. Esse lucro 
deve ficar registrado 
nesta conta. 
Registros de 
prejuízos 
acumulados e ainda 
não cobertos. 
Quando uma 
empresa obtém 
prejuízo, deve 
contabilizá-lo nesta 
conta. 
Agora que você aprendeu sobre todos as etapas necessárias para construir o balanço 
patrimonial, veja como ele fica na prática: 
 
 
29 / 33 
 
VAMOS RELEMBRAR? 
Apresentamos as principais noções 
de resultado financeiro. Mais 
especificamente, abordamos, de 
forma completa, os dois principais 
relatórios que compreendem as 
demonstrações financeiras: o 
Balanço Patrimonial (BP) e a 
Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE). 
Com base no conhecimento aprofundado desses relatórios, você pôde entender, de modo 
coeso e prático, os registros contábeis demonstrados nessas DFs e, assim, observar 
quanto a empresa possui de bens e direitos – demonstrado nas contas do ativo – e suas 
obrigaçõescom terceiros – demonstrada nas contas do passivo. 
Agora você já sabe identificar se a empresa obteve lucro ou prejuízo no exercício 
contábil, bem como compreende os principais fatores que influenciaram o 
resultado apresentado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. (AOCP - UFOB - Técnico em Contabilidade - 2018) As demonstrações contábeis 
assumem papel fundamental por representarem importantes saídas de informações 
geradas pela contabilidade aplicada ao setor público, promovendo transparência dos 
resultados orçamentário, financeiro, econômico e patrimonial do setor público. 
 
Em relação às demonstrações contábeis, é correto afirmar que: 
a) O Balanço patrimonial demonstra o ativo, o passivo e o resultado financeiro. 
b) A DRE demonstra o resultado da entidade no ano e seus principais bens e direitos. 
c) O Balanço Patrimonial demonstra o ativo, o passivo e o capital social. 
d) A DRE demonstra um resultado apurado, contemplando os ativos, os passivos, o capital 
social e o resultado operacional. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa C está correta. 
As Demonstrações Financeiras (DFs) são relatórios contábeis usados, principalmente, 
para a tomada de decisão estratégica. O Balanço Patrimonial – um dos relatórios que 
compreende as DFs – tem o intuito de demonstrar os bens e direitos da organização 
(ativos), seus deveres e suas obrigações (passivo), bem como seu capital social. 
 
 
 
 
 
 
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2. Em 2018, a empresa XYZ adquiriu um empréstimo a pagar de R$ 100.000,00, que deve 
ser liquidado em 2021. Após analisar as demonstrações financeiras, o gestor da empresa 
evidenciou um erro do contador, que registrou esse passivo de forma incorreta, e solicitou 
um ajuste. 
 
Onde esse empréstimo deveria ser registrado e por quê? 
a) No passivo circulante, pois, por se tratar de um valor acima de R$ 40.000,00, a lei exige 
que seja registrado como tal para que fique em evidência. 
b) Na DRE, pois se trata de uma despesa financeira. 
c) No capital social da entidade, pois, por se tratar de um empréstimo, caso não seja pago, 
o banco poderá assumir ações da organização e se tornar seu sócio majoritário. 
d) No passivo não circulante, pois todos os deveres que vencem após um exercício fiscal 
devem ser registrados como tal. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa D está correta. 
As contas do passivo são destinadas à contabilização de obrigações e deveres das 
organizações. Como se trata de um empréstimo a pagar com vencimento em três anos, 
deve ser registrado no passivo não circulante, pois esta subconta compreende todos os 
passivos com vencimento após 12 meses ao encerramento do exercício fiscal da 
elaboração do relatório. 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSÃO 
Este conteúdo demonstrou as principais movimentações financeiras, bem como os 
conceitos de Fluxo de Caixa, Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE). Com base nesses conceitos, é possível dar início a conhecimentos mais 
avançados de finanças corporativas, tais como análise de custo. 
Além disso, explicamos como cada um dos relatórios é elaborado e como são usados na 
tomada de decisão estratégica pelo gestor financeiro das companhias. 
Este conhecimento adquirido capacita o futuro profissional a exercer funções 
estratégicas nas áreas financeiras das empresas, dando um suporte mais ativo na 
tomada de decisão para o gestor da companhia. 
REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, A. Matemática Financeira e suas aplicações. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
DICIONÁRIO FINANCEIRO. O que é balanço patrimonial? Matosinhos: 7Graus, (s.d.). 
DICIONÁRIO FINANCEIRO. O que é DRE? Matosinhos: 7Graus, (s.d.). 
DICIONÁRIO FINANCEIRO. O que são ativos. Matosinhos: 7Graus, (s.d.). 
DICIONÁRIO FINANCEIRO. Passivo. Matosinhos: 7Graus, (s.d.). 
DICIONÁRIO FINANCEIRO. Passivo circulante. Matosinhos: 7Graus, (s.d.). 
DICIONÁRIO FINANCEIRO. Patrimônio Líquido. Matosinhos: 7Graus, (s.d.). 
FREZATTI, F. Gestão do Fluxo de Caixa: perspectivas estratégica e tática. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2014. 
GELBCKE, E. et al. Manual de Contabilidade Societária aplicável a todas as sociedades de 
acordo com as normas internacionais do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018. 
GITMAN, L. Administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2010. 
S.O.S CONSUMIDOR. O que é o leasing. [S. l.]: S.O.S Consumidor, (s.d.). 
WEIL, R.; SCHIPPER, K.; FRANCIS, J. Contabilidade financeira: introdução aos conceitos, 
métodos e práticas. 2 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2015. 
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CONTEUDISTA 
Matheus Moura

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