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NOVOS DESAFIOS NA CLÍNICA PSICANALÍTICA COM CRIANÇAS: · Psicanálise trabalhando com a transformação do ser; possibilita mudanças na existência daquele marcado pelo social. · A narração permite a compreensão do analista do que é a dor e o sofrimento do paciente – as mudanças culturais exigem transformações nos textos a serem construídos. · Hans – a criança analisada por Freud. · Com a conquista feminina dos espaços sociais, pode-se compreender melhor a posição delas sobre a construção subjetiva. · Famílias que sofreram mudanças: mono parentalidade, união homoafetiva, padrastos e madrastas, etc. COMO ISSO INFLUENCIA NA CONSTRUÇÃO PSÍQUICA? · Atenção voltada ao campo de Narciso do que ao de Édipo – qual o nicho psicológico onde o bebê é acolhido? Será ele capaz de reavivar o narcisismo de seus pais? · A mulher no universo profissional – a elaboração da falta do falo era falo/bebê e, hoje, é falo/trabalho. A maternidade não é mais uma possibilidade de lidar com a castração. · O bebê faz muito para ganhar terreno – o seu psiquismo se constrói numa relação de trocas, portanto, a atenção clínica se volta para à relação sujeito e objeto. · Fim do “não poder falar de sexo”; as crianças vivem sua sexualidade – o período de latência caiu. O QUE SERIA ENTÃO RECALCADO? · Multiplicidades identificatórias que tornam difícil ter um ideal a seguir – problema na sustentação do ser, existir de forma una para dar conta do múltiplo. · Os sintomas apontam para dificuldade de manter algo dentro de si. O objeto é sempre perdível – perdas exigem aguentar a falta e construir símbolos – é perdido na percepção e reencontrado e sustentado na psique. · Para alguns pais, é insustentável a possibilidade de “demora” na melhora do filho – conhecer e saber são fenômenos que envolvem sensações e que exigem envolvimento no contato com o outro. · A narrativa – papel para desenhar, massa de modelar – os monstros têm nomes e é possível dominá-los de acordo com o tipo de escuta. · Não cabe ao analista julgar o social, mas sim ajudar o paciente a se haver com seu desejo – o sintoma busca em linguagem possível a realização de um desejo e análise coloca o sujeito frente à sua verdade. · Qualidade no encontro com o analista – ser acolhido MARCAS DA SINGULARIDADE E DA DIFERENÇA: O QUE AS CRIANÇAS E OS ADOLESCENTES NOS REVELAM Psicanálise e ciência contemporânea na clínica infantil: · Chaves casuais do sofrimento psíquico e as fronteiras entre “normal” e “patológico”. · Captura das crianças em categorias diagnósticas baseadas em signos classificatórios e não compreensivos e na informação de um suposto caráter imodificável das estruturas psicopatológicas que garante a medicalização (princípios corporativos) da criança. · O trabalho fundamental do Cuidador Primário é aumentar a distância entre o corpo e a subjetividade da criança para abrir espaço para o desenvolvimento e permitir o surgimento dos registros do Real, do Simbólico e do Imaginário. · Construção de uma dialética transdisciplinar que devolve à criança sua condição de sujeito – a cura: ao invés de um objetivo fixo (medicamentoso), devolver à criança a sua capacidade de desejar e escolher seu destino.
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