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ESTUDO DIRIGIDO_ Transferencia de renda e seguranca alimentar e nutrcional

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
Estudo Dirigido
Disciplina: Política de Seguridade Social – Transferência de Renda e Segurança Alimentar e Nutricional. 
Olá pessoal, 
Este estudo dirigido tem o objetivo de auxiliar nos estudos para as provas, objetivais e discursivas. Mas, lembre-se que este não deve ser o único meio de estudo, aqui temos apenas uma síntese do foi estudado. 
Veja também as vídeos-aulas e os outros materiais disponíveis. 
Vamos lá!? 
· Sobre as dificuldades de se estrutura uma política social em um país como Brasil, vimos que uma das grandes dificuldades para a construção de ações contra a fome é a própria abordagem do planejamento, que não considera o problema de forma conjunta e sistêmica, como um complexo de manifestações simultaneamente biológicas, econômicas e sociais. Nessa direção, e acrescentando o fator tempo, Barraclough (1991) afirma que a pobreza massiva e a fome têm naturezas sistêmicas, e é possível, a curto prazo, obter melhorias em alguns aspectos da segurança alimentar independentemente de outros; a longo prazo, porém, todas as dimensões devem avançar juntas, pois, do contrário, o ‘sistema alimentar’ se tornaria crescentemente instável (ROCHA; BURLANDY; MAGALHÃES, 2013, p. 48).
· Sobre a importância da rede de equipamentos para a política de segurança alimentar e nutricional: Os equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional são, em sua grande maioria, a forma de operacionalização e distribuição da política materializada. A legislação cria um sistema, o sistema organiza a política e os equipamentos são a operacionalização do concreto para além das questões administrativas ou de planejamento. Estes equipamentos devem estar organizados de acordo com a lógica da Segurança Alimentar e Nutricional e na perspectiva do direito humano a alimentação adequada. Muitos programas estimularam e financiaram uma diversidade de programas e ações que se espalharam em um primeiro momento pelo Brasil. Podemos citar os restaurantes populares, cozinhas comunitárias e banco de alimentos como exemplo. Porém é importante lembrar que antes mesmo da recriação do CONSEA em 2003 onde se teve um avanço nas políticas da Segurança Alimentar e Nutricional em diversos municípios já existiam equipamentos que foram criados nessa lógica.
· Quanto a inclusão produtiva rural vimos que a alta incidência de pobreza no meio rural exigiu do governo federal estratégias específicas capazes de reconhecer e incorporar em suas ações a diversidade social e econômica existente no campo. Para isso, o Plano Brasil sem Miséria articulou, de forma inédita, as informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal com as bases de dados de outros programas voltados ao atendimento da população rural, permitindo ao poder público conhecer as famílias mais pobres do país e reorientar a ação dos programas de apoio à estruturação produtiva dos agricultores familiares. Assim, foi possível direcionar esses programas de maneira focalizada, levando ao público do Plano, em uma perspectiva sistêmica, uma ou mais ações do “pacote” de inclusão produtiva rural, constituído por assistência técnica especializada, recursos para investir nas propriedades, ampliação do acesso à água e energia elétrica e apoio à comercialização da produção, por meio de compras públicas e privadas. (BRASIL, 2015, p. 17).
· Em relação ao monitoramento e sua importância vimos que: Monitoramento consiste no acompanhamento contínuo, cotidiano, por parte de gestores e gerentes, do desenvolvimento dos programas e políticas em relação a seus objetivos e metas. É uma função inerente à gestão dos programas, devendo ser capaz de prover informações sobre o programa para seus gestores, permitindo a adoção de medidas corretivas para melhorar sua operacionalização. É realizado por meio de indicadores, produzidos regularmente com base em diferentes fontes de dados, que dão aos gestores informações sobre o desempenho de programas, permitindo medir se objetivos e metas estão sendo alcançados. O conceito de monitoramento encerra uma ambigüidade e pode se referir a dois processos distintos, ainda que interligados. Por um lado, enquanto o acompanhamento dos programas se constitui em uma atividade interna da organização, um procedimento “a distância”, por outro, o monitoramento também se refere a processos “presenciais”, checagens locais, que acabam constituindo um tipo de pesquisa rápida, qualitativa, por meio da qual gestores, pesquisadores ou outros agentes podem verificar como a implementação está sendo realizada, e se está atingindo seus objetivos, além de verificar que problemas estão interferindo nas ações, processos e consecução dos objetivos previstos (UNESCO, 2006, p. 21).
· Sobre a avaliação e sua importância - A avaliação costuma ser realizada por meio de estudos específicos que procuram analisar aspectos como relevância, eficiência, efetividade, resultados, impactos ou a sustentabilidade de programas e políticas, segundo aquilo que foi definido em seus objetivos. Seu objetivo é melhorar as atividades em andamento e dar subsídios para o planejamento, a programação e a tomada de decisões futuras. De um modo geral, as avaliações são executadas por instituições externas, com pesquisas que procuram responder a perguntas específicas, propor medidas de correção e orientar os tomadores de decisão, gestores e demais atores envolvidos no processo de formulação e implementação. Pode ter como objetivo melhorar a qualidade dos processos de implementação ou auferir resultados. (UNESCO, 2006, p. 21).
· No que se refere a justiça social estudamos sobre equidade, igualdade de cidadania, oportunidades, bens primários, sobre renda e como a sociedade brasileira atual cria estrutura que auxiliam no desenvolvimento da desigualdade social e como os programas são importantes. 
· Sobre o papel do Estado nas políticas públicas é necessário o entendimento do protagonismo do Estado no desenvolvimento de ações e políticas para o combate às desigualdades pois está é a função social deste ente. Da mesma forma é importante ressaltar que este Estado está sendo disputado por interesses privados que visam o acúmulo de riquezas que muitas vezes são obtidas fruto da exploração dos trabalhadores. Desta forma cabe ao Estado a mediação destas relações.
· Direitos fundamentais são os direitos básicos individuais, sociais, políticos e jurídicos que são previstos na Constituição Federal de uma nação. Por norma, os direitos fundamentais são baseados nos princípios dos direitos humanos, garantindo a liberdade, a vida, a igualdade, a educação, a segurança e etc) e renda básica (Renda Básica é a definição de projetos ou programas de transferência de renda, governamentais ou não, que provém como garantia de direito inalienável, a distribuição sistemática de uma soma em dinheiro, igual, periódica, individual e predeterminada, para todos os membros de uma comunidade política, sem nenhum tipo de discriminação, segregação ou condicionalidade) 
· A FAO é um organismo internacional que promove um intenso debate sobre o combate à fome no mundo, seja através das suas análises, formulações e eventos acabam por “conduzir” no campo internacional o movimento desta área. Josué de Castro foi além de um ativista, técnico um formulador neste campo. Sua atuação na FAO e em outros organismos é marcante, porém seus livros são clássicos da área.
· A característica sistêmica da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil é positiva pensando em um organismo que interage entre si para que funcione como um corpo integrado. Para Renato S. Maluf e Marcio Carneiro dos Reis no livro “Segurança Alimentar e Nutricional: perspectivas, aprendizados e desafios para as políticas públicas”, são seis as características de um pensamento sistêmico: 1) A mais geral é a mudança das partes para o todo; 2) As propriedades das partes surgem das ‘relações de organização’ entre elas, isto é, as partes são apenas um padrão em uma teia inseparável de relações; 3) A capacidade
de deslocar a própria atenção de um lado para outro entre níveis sistêmicos; 4) Não é analítico, mas sim contextual; 5) A percepção do mundo vivo como uma rede de relações; 6) A estrutura vista como manifestação de processos subjacentes, tornando o pensamento sistêmico sempre em um pensamento processual (ROCHA; BURLANDY; MAGALHÃES, 2013). 
· A Segurança Alimentar e Nutricional ancora-se no direito humano a alimentação adequada defendida por organizamos internacionais e nacionais de defesa dos direitos humanos e da área da assistência social como um pilar de desenvolvimento de um país. Isto equivale a afirmar que nenhum país pode ser verdadeiramente desenvolvido se sua população não tiver o direito humano a alimentação adequada e em quantidade suficiente para sua vida em sociedade.
· A Segurança Alimentar e Nutricional vincula-se à concepção do direito humano à alimentação adequada. Essa perspectiva é construída, tanto no contexto nacional como internacionalmente, desde meados do século XX, demonstrando controvérsias ainda persistentes. O conceito atual envolve uma alimentação em quantidade suficiente, com qualidade e de forma adequada aos aspectos culturais, sociais e ambientais. Nesse sentido, foi por meio do Comitê de Direitos Sociais Econômicos e Culturais da ONU que o DHAA previsto na Declaração Universal, no PIDESC e em outros tratados- ganhou parâmetros específicos para o controle, que são atinentes aos debates atuais. Nas últimas décadas, o Brasil tem se destacado na adoção de políticas visando à segurança alimentar, com avanços significativos. Há um conjunto de atores e movimentos sociais envolvidos, que disputam decisões do e no Estado, entre produtores agrícolas, industriais, comerciantes, consumidores, entre outros. (ÁVILA; PESSOA, 2015, p. 12). 
· O ato de se alimentar é o mais básico do ser humano, mas metade da população mundial o faz precariamente, seja por carência material, o que ocasiona o problema da fome, ou por carência informacional, gerando a fome oculta, ou seja, má qualidade da alimentação causada por baixo índice e qualidade de nutrientes. É por isso que centrar o problema da fome na distribuição de alimentos não basta, é necessário que todo o ciclo de produção da sobrevivência esteja integrado para a promoção do desenvolvimento socialmente includente, ambiental e economicamente sustentável. Analisar a sustentabilidade da alimentação, desde a plantação dos insumos, a colheita, a chegada até a cozinha, o cuidado, a preparação, o descarte, a transformação do descarte e sua decomposição é a forma mais sábia de mostrar as relações sociais, políticas, econômicas e ambientais embutidas em cada etapa de um dos processos políticos mais importantes na vida do homem: o consumo de alimentos (RODRIGUES; ZANETI; LARANJEIRA, 2012, p. 23). 
· Disponibilidade de alimentos: Relaciona-se a aspectos vinculados ao transporte, a produção e a comercialização local de alimentos, em quantidade suficiente e de modo permanente que podem limitar a oferta de alimentos à população. Acesso aos alimentos: Relaciona-se a aspectos socioeconômicos e físicos que interferem na aquisição de alimentos pela população/famílias. Utilização biológica de nutrientes: Relaciona-se às condições de acesso a serviços sociais, de saneamento e de saúde que, ao incidirem sobre o estado de saúde do indivíduo, podem limitar a utilização biológica dos nutrientes oriundos dos alimentos consumidos. Estabilidade ao longo do tempo: Das outras três dimensões de segurança alimentar. Seu não cumprimento gera insegurança alimentar: inadequado acesso ao alimento, levando à deterioração do estado nutricional. A isso se somam fatores como as condições climáticas adversas, instabilidade política ou fatores econômicos como desemprego e aumento do preço dos alimentos (VÁSQUEZ ANGULO, 2014, p. 07).
· Sobre os liberais e neoliberais a principal ideia é a concepção de Estado mínimo. A situação econômica do País força uma reprogramação de recursos do Estado. Cada corrente ideológica prega uma visão de Estado e de acordo com estas visões a “bússola” de financiamentos dos programas muda. 
· Na aula 4 realizamos um debate sobre conceitos e princípios da segurança alimentar e nutricional, trajetória internacional da segurança alimentar e nutricional, a contribuição de Josué de Castro, o conceito de segurança alimentar e nutricional no Brasil e o pensamento sistêmico desta área em nosso País. Entre os conceitos e princípios da Segurança Alimentar e Nutricional estão: Direito à vida – Necessidade da realidade – Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – Direito ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade em quantidade suficiente – Socialmente sustentável – Garantia do essencial para o indivíduo sobreviver em sociedade;
· Trajetória internacional da segurança alimentar e nutricional: Criação da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) – Crise de escassez mundial de alimentos – Necessidade de crescimento da produção de alimentos – Sistema internacional de ajuda alimentar;
· Josué de Castro: Reflexão sobre o tema fome no mundo – Retirou o debate da fome do campo moral e sagrado – Contraposição a concentração de renda e propriedade;
· Conceito de segurança alimentar e nutricional no Brasil: 1985 o Ministério da Agricultura define uma proposta para a área – 1986 Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição – 1993 Ação da Cidadania contra Fome que contava com o sociólogo Herbert de Souza (Betinho) – 1993 Constituição do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA)– 1994 I Conferência Nacional de Segurança Alimentar – 1995 Programa Comunidade Solidária – 1998 criação pelo movimentos sociais do Fórum brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional – 2003 recriação do CONSEA – Institucionalização do Programa Fome Zero pelo Governo Federal;
· Pensamento sistêmico da segurança alimentar e nutricional no Brasil: Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) – Aproximações com a área da saúde e da assistência social que possuem sistemas bem organizados – Organização em escala nacional – Institucionalização da política; 
· Na aula 5 aprofundamos o debate sobre o conceito de sistema, sistemas de segurança alimentar e nutricional, rede de equipamentos, inclusão produtiva rural e direito humano a alimentação adequada e políticas públicas. 
· Aprofundando sobre sistemas: Característica sistêmica da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil - Características do pensamento sistêmico (Mudança as partes para o todo, relação de organização entre as partes, capacidade de deslocar a própria atenção de um lado para outro em níveis sistêmicos, não é analítico, mas sim contextual, percepção do mundo vivo como uma rede de relações e pensamento processual) – Planejamento – Pobreza massiva e a fome tem naturezas sistêmicas – Se o problema é sistêmico temos que construir uma solução sistêmica;
· Sistemas de Segurança Alimentar e Nutricional: Elementos: formulação, implementação e monitoramento das políticas públicas - Componentes constitutivos: fluxos de interdependência e os mecanismos de coordenação – Elementos institucionais – Elementos Organizacionais – Organização nacional – Fluxo de informações – Trocas;
· Rede de equipamentos: Forma de operacionalização e distribuição da política materializada - legislação cria um sistema, o sistema organiza a política e os equipamentos são a operacionalização do concreto - ideia central do sistema é criar uma rede de equipamentos que possam estruturar operacionalmente o sistema dando coerência e efetividade para os planos e ações que versam sobre o tema – Oportunidade de qualificar a atuação dos entes federados – Garantia do direito humano a alimentação – Equipamentos como referências para as políticas;
· Inclusão produtiva rural: Prioridade ao combate à pobreza no campo – Cria condições objetivas para a produtividade – Duas vertentes: econômica e social – Incremento a produtividade agrícola;
· Direito humano a alimentação adequada e políticas públicas:
Defesa dos direitos humanos e assistência social como pilares da Segurança Alimentar e Nutricional – Não existe país desenvolvido sem uma população que tenha o seu direito à alimentação adequada garantido - alimentação em quantidade suficiente, com qualidade e de forma adequada aos aspectos culturais, sociais e ambientais;
· Na aula 6 realizamos um debate sobre conceitos de indicadores e sua função, indicadores no Brasil e no mundo, segurança alimentar e meio ambiente e monitoramento e avaliação. 
· Conceito de indicadores e sua função: Forma permanente de avaliação e verificação das ações - Avaliação é um processo – Indicadores são, portanto, medidas-síntese que contêm informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões do estado de segurança alimentar – Possibilidade de indicar o que é real – Avaliação pontual e em larga escala da política – Desafio dos indicadores é vencer a fragmentação da cultural eleitoral;
· Indicadores no Brasil e no mundo: 4 dimensões internacionais na Segurança Alimentar e Nutricional que nortearão os indicadores (Disponibilidade de alimentos – Acesso aos alimentos – Utilização biológica de nutrientes – estabilidade ao longo do tempo); 6 dimensões utilizadas no Brasil que nortearão os indicadores (Produção e disponibilidade de alimentos, Renda e despesa das famílias com alimentação, Acesso à alimentação adequada, saúde e acesso a serviços de saúde, educação, políticas públicas, direitos humanos e o orçamento público) – Atributos que serviram de referência para os indicadores no Brasil ( validade; confiabilidade, sensibilidade, desagregação e periodicidade) – Avaliação como verificação da realidade – Avaliação para correção de rumos;
· Segurança Alimentar e Nutricional e Meio Ambiente: direito à vida está intimamente ligado a existência planetária da espécie humana - centrar o problema da fome na distribuição de alimentos não basta, é necessário que todo o ciclo de produção da sobrevivência esteja integrado para a promoção do desenvolvimento socialmente includente, ambiental e economicamente sustentável – Sustentabilidade – Consciência ambiental;
· Monitoramento e avaliação: Monitoramento consiste no acompanhamento contínuo, cotidiano - avaliação procura analisar aspectos como relevância, eficiência, efetividade, resultados, impactos ou a sustentabilidade de programas e políticas, segundo aquilo que foi definido em seus objetivos; 
· Bons Estudos e Boa Prova á todos!!!

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