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Primórdios da diálise A primeira descrição histórica deste tipo de procedimento foi publicada em 1913. Abel, Rowntree e Turner dialisaram animais anestesiados, canalizando o seu sangue para fora do corpo através de tubos de membranas semipermeáveis feitas de colódio, um material à base de celulose. Até 1928, Haas dialisou mais seis doentes, dos quais nenhum sobreviveu, provavelmente devido à situação crítica dos doentes e à eficácia insuficiente do tratamento de diálise. O médico alemão Georg Haas, da cidade de Giessen, perto de Frankfurt, realizou os primeiros tratamentos de diálise em seres humanos. Pensa-se que Haas dialisou o primeiro doente com insuficiência renal na Universidade de Giessen, no verão de 1924. O primeiro tratamento de diálise bem- sucedido Em 1945, Willem Kolff, dos Países Baixos, fez a descoberta que teimosamente escapou a Haas. Kolff usou um rim com tambor rotativo que tinha criado para efetuar um tratamento de diálise, com a duração de uma semana, num doente de 67 anos que tinha sido internado no hospital com insuficiência renal aguda. O rim com tambor rotativo de Kolff utilizava tubos membranosos fabricados com um novo material à base de celulose, conhecido como celofane, que era utilizado na embalagem de alimentos. Durante o tratamento, os tubos com sangue eram presos a um tambor de madeira que rodava através de uma solução eletrolítica conhecida como dialisante. À medida que os tubos membranosos atravessavam o banho, as leis da física faziam com que as toxinas passassem para este líquido de lavagem. A evolução da tecnologia dos dialisadores era acompanhada pela evolução dos princípios científicos relativos ao transporte de substâncias através de membranas, e esses princípios eram aplicados especificamente à diálise O acesso vascular e a diálise Em 1960, nos Estados Unidos, com a criação do que mais tarde seria conhecido como acesso vascular de Scribner. O acesso vascular colocava uma pequena placa que era fixada no corpo do doente, por exemplo, no braço. Duas cânulas em teflon eram implantadas cirurgicamente, uma numa veia e outra numa artéria. Tratamento Hemodiálise È um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, uréia e creatinina.. As sessões de hemodiálise são realizadas geralmente em clínicas especializadas ou hospitais. Indicação pra fazer HD Via de acesso Máquina de hemodiálise Água tratada ( água por osmose) Solução de hemodiálise ( dialisato ou concentrado) Dialisdores e linhas de sangue Via de acesso Fístula artério-ven osa (FAV) Prótese (PAV) Catéter Venoso Central para hemodiálise (CVC) Fístula artériovenosa ( FAV) A construção de uma fístula arteriovenosa consiste na junção de uma artéria com uma veia Prótese (PAV) Em alguns casos em que não é possível construir uma fístula artério-venosa. Nestes casos o cirurgião coloca por baixo da pele um tubo sintético (Prótese) que vai ligar uma artéria a uma veia. Catéter Venoso Central para hemodiálise (CVC) acesso de emergência que permite iniciar tratamento dialítico Existem várias fístulas possíveis, mas os três tipos mais comuns são. No punho: FAV rádio-cefálica (mais frequente) FAV ulnar-basílica (rara) No cotovelo: FAV bráquio-cefálica Quais são as vantagens da FAV? Ausência de tubos e catéteres penetrantes na superfície corporal Uso normal do braço fora das sessões de hemodiálise Não há necessidade de curativos (exceto logo após a hemodiálise) Baixo risco de infecção e trombose. Acesso simples e rápido à circulação sanguínea. E as desvantagens? Necessidade de punção Necessidade de fazer a hemostasia (curativo e compressão para parar de sangrar) Mau aspecto do braço devido à hipertrofia das veias e cicatrizes dos locais puncionados Necessidade de tempo para a sua maturação Risco de má permeabilização em caso de hematoma. Cuidados com a fistula arterovenosa Cuidado para não traumatizar a fistula Não aferir pressão arterial no membro da fistula Não fazer acesso venoso periférico no membro da fistula. Verificar o frêmito da fistula antes de puncionar. Cateter de shilly Complicações durante hemodiálise Hipotensão arterial Câimbras Náuseas e vômitos Cefaleia Morte súbita Convulsão Diálise Peritoneal (DP) È um método de depuração do sangue no qual a transferência de solutos e líquidos ocorre através de uma membrana conhecida como peritôneo. Métodos manuais incluem: A diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD)
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