Buscar

Novo CPC (atualiz 09 de abril)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 457 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 457 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 457 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - NCPC
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: 02/04/2021 - Lei 14010/20 (vide arts. 528, §3º e 611); Lei nº 14.133/21.
Última atualização jurisprudencial: 22/02/21 - Inclusão de julgados: Info 660 (art. 396); Info 661 (art. 982); Info 661 (art. 1.015, VI); Info 676 (art. 495)
Última atualização de Enunciados (FPPC, ENFAM, JDPC, etc.) e Súmulas: (quadros amarelos) – Até art. 15; arts. 102 a 275 (em construção)
Última atualização questões de concurso: 09/04/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, verbos, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe no NCPC).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
3) Obs. nº 01: Questões pendentes no site Qconcursos sobre o NCPC: i) 2016 (fiz todas!); ii) 2017 (12 questões); iii) 2018 (527 questões); iv) 2019 (444 questões); v) 2020 (19 questões) vi) 2021 (06 questões)
4) Obs. nº 02: Total de questões realizadas no Qconcursos sobre CPC/2015: 3.928 questões.
5) Obs. nº 03: Alguns artigos estão apenas marcados sem referência a determinado concurso em virtude de sua incidência em bancas desconhecidas ou para evitar o excesso de repetição da mesma informação no material.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015.
	
	Código de Processo Civil.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
PARTE GERAL
LIVRO I
DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS
TÍTULO ÚNICO
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
CAPÍTULO I
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL
Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código. (MPPR-2016) (DPU-2017) (Cartórios/TJMG-2017)
	FPPC nº 369. (arts. 1º a 12) O rol de normas fundamentais previsto no Capítulo I do Título Único do Livro I da Parte Geral do CPC não é exaustivo. (DPU-2017)
FPPC nº 370. (arts. 1º a 12) Norma processual fundamental pode ser regra ou princípio.
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. (TJPA-2019) (PGM-Cerquilho/SP-2019)
	(Cartórios/TJMG-2019-Consulplan): A instauração do processo depende de provocação das partes e seu desenvolvimento se dá por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. BL: art. 2º, NCPC
(TCEPE-2017-CESPE): Dado o princípio da demanda, o juiz não pode agir sem ser provocado pelo interessado, salvo no caso das exceções previstas em lei. BL: art. 2º, NCPC.
##Atenção: Princípio dispositivo (inércia da jurisdição; da demanda; da ação) / Princípio do impulso oficial.
(PGM-Mogi das Cruzes/SP-2016-VUNESP): O princípio da demanda e impulso oficial tem relação com a imparcialidade do juiz.
##Atenção: Quanto ao art. 2º do NCPC, denominada de ´princípio dispositivo (ou princípio da demanda), explica a doutrina: "O artigo trata do princípio dispositivo - também denominado de princípio da inércia ou da demanda. O processo não pode ser iniciado de ofício pelo juiz (ne procedat iudex ex officio). Cabe às partes, com exclusividade, a iniciativa para movimentar a máquina judiciária e delimitar o objeto do litígio. (...) Pois bem, constitui direito fundamental do cidadão postular em juízo. Como contrapartida, tem-se o dever do Estado de só prestar jurisdição quando solicitado; esta previsão, aliás, é corolário da impossibilidade de fazer justiça com as próprias mãos. Assim, a partir do momento em que o cidadão socorre-se do Judiciário, compete ao Estado colocar em marcha o processo. O princípio dispositivo é importante para assegurar a imparcialidade do juiz. Se ele pudesse iniciar a ação de ofício, teria que fazer um juízo de valor sobre o caso concreto, tornando-se praticamente coautor desta ação. Situação tal vulneraria o próprio princípio da igualdade, também expressamente previsto no novo Código..." (CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro. In: WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; e outros. Breves comentários ao novo Código de Processo Civil. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016, p. 71/72).
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. (MPPR-2016) (TCEPE-2017) (TRF2-2018) (TJPA-2019) (TJAL-2019) (TJMS-2020)
	(DPEAP-2018-FCC): “Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito”. Esse é o princípio da inafastabilidade ou obrigatoriedade da jurisdição e é, a um só tempo, princípio constitucional e infraconstitucional do processo civil. BL: art. 5º, XXXV da CF/88 e art. 3º, NCPC.
##Atenção: ##TJPA-2019: ##CESPE: ##TJAL-2019: ##TJMS-2020: ##FCC: O princípio da inafastabilidade da jurisdição está previsto no art. 5º, XXXV, da CF/88 e no art. 3º do NCPC. A compreensão de tal princípio parte da ideia de que a lei não excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito, sendo certo que a exigência de exaurimento da via administrativa como condição de ingresso ao Judiciário violará este princípio, mas tal regra não é absoluta, havendo exceções previstas no próprio texto constitucional, como, por exemplo, no que se refere à Justiça Desportiva, nos termos do §1º do art. 217, §1º da CF.[footnoteRef:1] [1: Art. 217. (...) § 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.] 
##Atenção: ##TJAL-2019: ##TJMS-2020: ##FCC: Por outro lado, pelo princípio da indelegabilidade significa dizer que a jurisdição não pode ser delegada/atribuída a outro Poder (aspecto externo) ou a outro órgão jurisdicional (aspecto interno). Tal princípio decorre do princípio da indeclinabilidade, segundo o qual o órgão jurisdicional, uma vez provocado, não pode recusar-se, tampouco delegar a função de dirimir os litígios, mesmo se houver lacunas na lei, caso em que poderá o juiz valer-se de outras fontes do direito, como a analogia, os costumes e os princípios gerais, nos termos do art. 4º da LINDB. Portanto, não poderá o juiz delegar sua jurisdição a outro órgão, pois, se assim o fizesse, violaria, pela via oblíqua, o princípio da inafastabilidade e a garantia constitucionalmente assegurada do juiz natural.
##Atenção: Vide art. 5º, XXXV da CF/88: “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Tal princípio também passou a ser positivado no CPC/15, em seu art. 3º. Entretanto, quando o CPC/15 coloca antes “ameaça”, ao contrário do que consta na CF/88, é em razão do tema da “tutela provisória”.
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. (PGESE-2017) (TCEPE-2017)
	Súmula 485-STJ: A Lei de Arbitragem aplica-se aos contratos que contenham cláusula arbitral, ainda que celebrados antes da sua edição.
	(MPGO-2019): O novo CPC trouxe medidas alternativas de resolução de conflitos, proporcionando ao ordenamento jurídico uma maior efetividade das normas constitucionais, em especial ao princípio da razoável duração do processo, determinando, expressamente, no seu art. 3° e respectivos parágrafos, que o Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos, por meio da conciliação, da mediação e de outros métodos, os quais deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. Acerca desta temática, assinale a alternativa correta: Tem-se a partir desse novo modelo de solução consensual de conflitoso que se denomina de sistema multiportas, proposto pelo professor Frank Sander, da Faculdade de Direito de Harvard, em palestra proferida em 1976 (“Multi-Door Courthouse System”), como forma de desafogar os Tribunais. BL: art. 3º, §1º e art. 334, caput, NCPC.
##Atenção: Sobre o "sistema multiportas", esclarece a doutrina: “No Estado Constitucional, os conflitos podem ser resolvidos de forma heterocompositiva ou autocompositiva. Há heterocomposição quando um terceiro resolve a ameaça ou crise de colaboração na realização do direito material entre as partes. Há autocomposição quando as próprias partes resolvem seus conflitos. Nessa linha, note-se que também por essa razão é impróprio pensar a jurisdição como meio de resolução de uma lide por sentença. Na verdade, o conflito deve ser tratado com a técnica processual mais apropriada às suas peculiaridades – que inclusive podem determinar o recurso à jurisdição como ultima ratio. Não é por outra razão que o novo Código explicitamente coloca a jurisdição como uma das possíveis formas de resolução de litígios e de forma expressa incentiva os meios alternativos de resolução de controvérsias (art. 3º do CPC). Ao fazê-lo, nosso Código concebe a Justiça Civil dispondo não apenas de um único meio para resolução do conflito – uma única 'porta' que deve necessariamente ser aberta pela parte interessada. Pelo contrário, nosso Código adota um sistema de “Justiça Multiportas" que viabiliza diferentes técnicas para solução de conflitos – com especial ênfase na conciliação e na mediação” (MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Curso de Processo Civil, v.1. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017).
(MPSC-2019): O Código de Processo Civil adota o modelo multiportas, de modo que cada demanda deve ser submetida à técnica ou método mais adequado para a sua solução e devem ser adotados todos os esforços para que as partes cheguem a uma solução consensual do conflito. Em regra, apenas se não for possível a solução consensual, o processo seguirá para a segunda fase, litigiosa, voltada para instrução e julgamento adjudicatório do caso. BL: art. 3º, §1º e art. 334, caput, NCPC.
##Atenção: ##DOD: Conceito: A ideia geral da Justiça Multiportas é, portanto, a de que a atividade jurisdicional estatal não é a única nem a principal opção das partes para colocarem fim ao litígio, existindo outras possibilidades de pacificação social. Assim, para cada tipo de litígio existe uma forma mais adequada de solução. A jurisdição estatal é apenas mais uma dessas opções. Como o CPC/15 prevê expressamente a possibilidade da arbitragem (art. 3, §1º) e a obrigatoriedade, como regra geral, de ser designada audiência de mediação ou conciliação (art. 334, caput), vários doutrinadores afirmam que o novo Código teria adotado o modelo ou sistema multiportas de solução de litígios (multi-door system). Vantagens: Marco Aurélio Peixoto e Renata Peixoto, citando a lição de Rafael Alves de Almeida, Tânia Almeida e Mariana Hernandez Crespo apontam as vantagens do sistema multiportas: a) o cidadão assumiria o protagonismo da solução de seu problema, com maior comprometimento e responsabilização acerca dos resultados; b) estimulo à autocomposição; c) maior eficiência do Poder Judiciário, porquanto caberia à solução jurisdicional apenas os casos mais complexos, quando inviável a solução por outros meios ou quando as partes assim o desejassem; d) transparência, ante o conhecimento prévio pelas partes acerca dos procedimentos disponíveis para a solução do conflito. (PEIXOTO, Marco Aurélio Ventura; PEIXOTO, Renata Cortez Vieira. Fazenda Pública e Execução. Salvador: Juspodivm, 2018, p. 118).
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
	FPPC nº 573. (arts.3º,§§2ºe3º;334) As Fazendas Públicas devem dar publicidade às hipóteses em que seus órgãos de Advocacia Pública estão autorizados a aceitar autocomposição. 
FPPC nº 618. (arts.3º, §§ 2º e 3º, 139, V, 166 e 168; arts. 35 e 47 da Lei nº 11.101/2005; art. 3º, caput, e §§ 1º e 2º, art. 4º, caput e §1º, e art. 16, caput, da Lei nº 13.140/2015). A conciliação e a mediação são compatíveis com o processo de recuperação judicial.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. (Cartórios/TJMG-2017) (TRF2-2018) (Anal. Judic./STJ-2018) (MPPR-2017/2019) (MPPI-2019)
	FPPC nº 371. (arts. 3, §3º, e 165). Os métodos de solução consensual de conflitos devem ser estimulados também nas instâncias recursais.
FPPC nº 485. (art. 3º, §§ 2º e 3º; art. 139, V; art. 509; art. 513) É cabível conciliação ou mediação no processo de execução, no cumprimento de sentença e na liquidação de sentença, em que será admissível a apresentação de plano de cumprimento da prestação.
	(Advogado-Prefeitura de Quixadá/CE-2016): A Lei nº 13.105/15, novo CPC, consagra o princípio da promoção pelo Estado da solução por autocomposição, ou seja, uma política pública de solução de litígios, entendimento que já era adotado pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ, especialmente na Resolução nº 125/2010. BL: art. 3º, §3º, NCPC.
(PGM-POA/RS-2016-Fundatec): A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público. BL: art. 3º, §3º NCPC.
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. (MPPR-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (TRT/Unificado-2017) (Cartórios/TJSP-2018) (Proc. Legisl.-Câm./DF-2018) (MPGO-2019)
	FPPC nº 372. (art. 4º) O art. 4º tem aplicação em todas as fases e em todos os tipos de procedimento, inclusive em incidentes processuais e na instância recursal, impondo ao órgão jurisdicional viabilizar o saneamento de vícios para examinar o mérito, sempre que seja possível a sua correção. 
FPPC nº 373. (arts. 4º e 6º) As partes devem cooperar entre si; devem atuar com ética e lealdade, agindo de modo a evitar a ocorrência de vícios que extingam o processo sem resolução do mérito e cumprindo com deveres mútuos de esclarecimento e transparência.
FPPC nº 574. (arts.4º; 8º) A identificação de vício processual após a entrada em vigor do CPC de 2015 gera para o juiz o dever de oportunizar a regularização do vício, ainda que ele seja anterior.
	(TJMS-2020-FCC): Em relação aos princípios constitucionais do processo civil, considere o enunciado seguinte: A razoável duração do processo abrange sua solução integral, incluindo-se a atividade satisfativa, assegurados os meios que garantam a celeridade da tramitação processual. BL: art. 4º, NCPC e art. 5º, LXXVIII, da CF.
(MPPR-2019): sinale a alternativa correta acerca das normas fundamentais do processo civil, de acordo com o CPC/2015: A atividade satisfativa da tutela jurisdicional deve ser prestada com duração razoável. BL: art. 4º, NCPC.
(DPU-2017-CESPE): Um sistema processual civil que não proporcione à sociedade o reconhecimento e a realização dos direitos, ameaçados ou violados, que tem cada um dos jurisdicionados, não se harmoniza com as garantias constitucionais de um Estado democrático de direito. Se é ineficiente o sistema processual, todo o ordenamento jurídico passa a carecer de real efetividade. De fato, as normas de direito material se transformam em pura ilusão, sem a garantia de sua correlata realização, no mundo empírico, por meio do processo. Exposição de motivos do Código de Processo Civil/2015, p. 248-53. Vade Mecum Acadêmico de Direito Rideel. 22.ª ed. São Paulo, 2016 (com adaptações). Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item a seguir à luz do entendimento jurisprudencial e doutrinário acerca das normas fundamentais do processo civil. Apesar de o CPC garantir às partes a obtenção, em prazo razoável, da solução integral do mérito, esse direito já existia no ordenamento jurídicobrasileiro até mesmo antes da Emenda Constitucional n.º 45/2004.
##Atenção:
· Pacto de São Jose da Costa Rica de 1992.
· Lei dos Juizados Estaduais de 1995 (Lei nº 9.099/95).
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. (TCEPE-2017) (Cartórios/TJMG-2017) (MPPR-2019)
	FPPC nº 374. (art. 5º) O art. 5º prevê a boa-fé objetiva.
FPPC nº 375. (art. 5º) O órgão jurisdicional também deve comportar-se de acordo com a boa-fé objetiva. 
FPPC nº 376. (art. 5º) A vedação do comportamento contraditório aplica-se ao órgão jurisdicional. 
FPPC nº 377. (art. 5º) A boa-fé objetiva impede que o julgador profira, sem motivar a alteração, decisões diferentes sobre uma mesma questão de direito aplicável às situações de fato análogas, ainda que em processos distintos. 
FPPC nº 378. (arts. 5º, 6º, 322, §2º, e 489, §3º) A boa fé processual orienta a interpretação da postulação e da sentença, permite a reprimenda do abuso de direito processual e das condutas dolosas de todos os sujeitos processuais e veda seus comportamentos contraditórios. 
JDPC nº 1. A verificação da violação à boa-fé objetiva dispensa a comprovação do animus do sujeito processual. 
JDPC nº 2. As disposições do Código de Processo Civil aplicam-se supletiva e subsidiariamente às Leis n. 9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009, desde que não sejam incompatíveis com as regras e princípios dessas Leis. 
	(TJMSP-2016-VUNESP): A boa-fé no processo tem a função de estabelecer comportamentos probos e éticos aos diversos personagens do processo e restringir ou proibir a prática de atos atentatórios à dignidade da justiça.
(TJRJ-2016-VUNESP): Em ação declaratória, após a prolação da sentença, as partes, de comum acordo, requereram a suspensão do processo por 90 dias. Houve a homologação desse pedido em 11.9.15, porém, em 2.10.15 a sentença foi publicada. A parte sucumbente ofereceu sua apelação em 18.12.15, sendo certo que todas essas datas correspondem a uma sexta-feira. Considerando os princípios da boa-fé do jurisdicionado, do devido processo legal e da segurança jurídica, assinale a alternativa correta: Ao homologar a suspensão do processo, o juízo criou nos jurisdicionados a legítima expectativa de que o processo só tramitaria ao final do prazo convencionado, devendo ser considerada tempestiva a apelação.
##Atenção: Antes mesmo de publicada a sentença contra a qual foi interposta a apelação, o juízo de 1° grau já havia homologado requerimento de suspensão do processo pelo prazo de 90 dias. Em havendo suspensão do processo, o art. 314 do NCPC (art. 266 do CPC/73) veda a prática de qualquer ato processual, com a ressalva dos urgentes a fim de evitar dano irreparável. A lei processual não permite, desse modo, que seja publicada decisão durante a suspensão do feito, não se podendo cogitar, por conseguinte, do início da contagem do prazo recursal enquanto paralisada a marcha do processo. Ao homologar a convenção pela suspensão do processo, o Poder Judiciário criou nos jurisdicionados a legítima expectativa de que o processo só voltaria a tramitar após o prazo convencionado. Por óbvio, não se pode admitir que, logo em seguida, seja praticado ato processual de ofício – publicação de decisão – e, ademais, considerá-lo como termo inicial do prazo recursal. Desse modo, para o STJ, a conduta de publicar a decisão no período de suspensão do processo e de contar o início do prazo recursal caracterizou a prática de ato contraditório por parte do magistrado. Assim agindo, o Poder Judiciário feriu a máxima nemo potest venire contra factum proprium, que é aplicável no âmbito processual (STJ, 2ª Turma. REsp 1.306.463-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 4/9/2012). 
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. (TRT/Unificado-2017) (TCEPE-2017) (Cartórios/TJSP-2018) (MPPR-2017/2019) (MPGO-2019) (Assist. Judic./TJAM-2019)
	 FPPC nº 6. (arts. 5º, 6º e 190) O negócio jurídico processual não pode afastar os deveres inerentes à boa-fé e à cooperação. 
FPPC nº 619. (arts.6º, 138, 982, II, 983, §1º) O processo coletivo deverá respeitar as técnicas de ampliação do contraditório, como a realização de audiências públicas, a participação de amicus curiae e outros meios de participação
	(TJSC-2019-CESPE): De acordo com os princípios constitucionais e infraconstitucionais do processo civil, assinale a opção correta: O paradigma cooperativo adotado pelo novo CPC traz como decorrência os deveres de esclarecimento, de prevenção e de assistência ou auxílio. BL: art. 6º NCPC.
##Atenção: A doutrina elenca 4 deveres de cooperação do juiz:
· PREVENÇÃO: O juiz deve advertir as partes sobre os riscos e deficiências das manifestações e estratégias por elas adotadas, conclamando-as a corrigir os defeitos sempre que possível.
· ESCLARECIMENTO: Cumpre ao juiz esclarecer-se quanto às manifestações das partes: questioná-las quanto a obscuridades em suas petições; pedir que esclareçam ou especifiquem requerimentos feitos em termos mais genéricos e assim por diante.
· DIÁLOGO (ou de CONSULTA): Impõe-se reconhecer o contraditório não apenas como garantia de embate entre as partes, mas também como dever de debate do juiz com as partes.
· AUXÍLIO (ou de ADEQUAÇÃO): o juiz deve ajudar as partes, eliminando obstáculos que lhes dificultem ou impeçam o exercício das faculdades processuais.
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
(PGM-Mogi das Cruzes/SP-2017-VUNESP): Caio ajuizou a competente ação de indenização por danos materiais e morais contra Gaio, em razão de acidente automobilístico. Todavia, o autor deixou de indicar a quantificação dos danos morais sofridos. O juiz da ação determinou que Caio emendasse a inicial, indicando a quantificação dos danos morais sofridos em razão do infortúnio. O caso descrito refere-se ao princípio processual da cooperação. BL: art. 6º c/c art. 321 do CPC.
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. (MPPR-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (DPU-2017) (Proc. Legisl.-Câm./DF-2018)
	FPPC nº 107. (arts. 7º, 139, I, 218, 437, §2º) O juiz pode, de ofício, dilatar o prazo para a parte se manifestar sobre a prova documental produzida. 
FPPC nº 235. (arts. 7º, 9º e 10, CPC; arts. 6º, 7º e 12 da Lei 12.016/2009) Aplicam-se ao procedimento do mandado de segurança os arts. 7º, 9º e 10 do CPC. 
FPPC nº 379. (art. 7º) O exercício dos poderes de direção do processo pelo juiz deve observar a paridade de armas das partes.
	(TJMS-2020-FCC): Em relação aos princípios constitucionais do processo civil, considere o enunciado seguinte: O princípio da isonomia processual não deve ser entendido abstrata e sim concretamente, garantindo às partes manter paridade de armas, como forma de manter equilibrada a disputa judicial entre elas; assim, a isonomia entre partes desiguais só pode ser atingida por meio de um tratamento também desigual, na medida dessa desigualdade. BL: art. 7º, NCPC.
(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): Com referência às normas fundamentais do processo civil, julgue o item a seguir: O exercício do direito ao contraditório compete às partes, cabendo ao juiz zelar pela efetividade desse direito. BL: art. 7º, NCPC.
Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. [Dica: Princípios = PLERP.] (TJMSP-2016) (PGM-POA/RS-2016) (Cartórios/TJMG-2017) (Cartórios/TJRO-2017) (Cartórios/TJSP-2018) (TJSC-2019)
	FPPC nº 380. (arts. 8º, 926, 927) A expressão “ordenamento jurídico”, empregada pelo Código de Processo Civil, contempla os precedentes vinculantes.
FPPC nº 620. (arts.8º, 11, 554, §3º) O ajuizamento eo julgamento de ações coletivas serão objeto da mais ampla e específica divulgação e publicidade.
	(Anal. Judic./STJ-2018-CESPE): No NCPC, proporcionalidade e razoabilidade passaram a ser princípios expressos do direito processual civil, os quais devem ser resguardados e promovidos pelo juiz. BL: art. 8º, NCPC.
##Atenção: ##TJSC-2019: ##CESPE: No art. 8º do NCPC não consta o princípio da moralidade.
(Cartórios/TJMG-2017-Consuplan): Princípio da legalidade encontra adoção expressa no art. 8º, do CPC/2015, ao atribuir ao juiz o dever de “aplicar o ordenamento jurídico”, atendendo aos fins sociais e às exigências do bem comum. BL: art. 8º, NCPC.
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. (TJMSP-2016) (DPEAC-2017) (DPU-2017) (TRT/Unificado-2017) (Anal. Judic./TRF2-2017) (MPBA-2018) (MPGO-2019) (Assist. Judic./TJAM-2019)
	FPPC nº 381. (arts. 9º, 350, 351 e 307, parágrafo único) É cabível réplica no procedimento de tutela cautelar requerida em caráter antecedente.
Parágrafo único.  O disposto no caput não se aplica: (MPPR-2017) (PGM-Manaus/AM-2018)
I - à tutela provisória de urgência; (PGM-POA/RS-2016) (MPPR-2016/2017) (MPBA-2018)
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III; (Anal. Judic./TRF2-2017) (MPBA-2018)
	Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando: (...)
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
III - à decisão prevista no art. 701. [obs.: decisão proferida na ação monitória] (TRT/Unificado-2017) (MPGO-2019)
	Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa.
Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. (TJRS-2016) (DPEAC-2017) (MPF-2017) (TRT/Unificado-2017) (MPT-2017) (MPBA-2018) (MPMG-2018) (MPPB-2018) (Cartórios/TJSP-2018) (MPSC-2016/2019) (MPPR-2017/2019) (MPPI-2019) (TJMS-2020)
	FPPC nº 02. (arts. 10 e 927, § 1º) Para a formação do precedente, somente podem ser usados argumentos submetidos ao contraditório.
	(MPGO-2019): Considerando as normas fundamentais do processo civil, de acordo com a Parte Geral do CPC, é correto afirmar: O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. BL: art. 10, NCPC.
##Atenção: Por qual motivo o juiz tem que ouvir as partes se a questão poderia ser analisada de ofício? Para permitir um contraditório substancial. As partes têm o direito de influir na formação do convencimento do juiz. E tudo isso faz parte de um modelo cooperativo em sentido amplo. (Fonte: BORBA, Mozart. Diálogos sobre o CPC. 7ª Edição, Salvador: Ed. Juspodivm, 2020, p. 38-39). 
(Anal. Judic./TRF2-2017-Consulplan): O Novo CPC assegura alguns poderes ao juiz da causa, mas também impõe ao mesmo a observância de uma série de deveres e responsabilidades. Sobre o tema, assinale a alternativa correta: O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. BL: art. 10, NCPC.
(Anal. Judic.-TRE/PE-2017-CESPE): O contraditório substancial tem por escopo propiciar às partes a ciência dos atos processuais, bem como possibilitar que elas influenciem na formação da convicção do julgador. BL: art. 10, NCPC.
(DPU-2017-CESPE): “Um sistema processual civil que não proporcione à sociedade o reconhecimento e a realização dos direitos, ameaçados ou violados, que tem cada um dos jurisdicionados, não se harmoniza com as garantias constitucionais de um Estado democrático de direito. Se é ineficiente o sistema processual, todo o ordenamento jurídico passa a carecer de real efetividade. De fato, as normas de direito material se transformam em pura ilusão, sem a garantia de sua correlata realização, no mundo empírico, por meio do processo.” Exposição de motivos do Código de Processo Civil/2015, p. 248-53. Vade Mecum Acadêmico de Direito Rideel. 22.ª ed. São Paulo, 2016 (com adaptações). Voltado para a concepção democrática atual do processo justo, o CPC promoveu a evolução do contraditório, que passou a ser considerado efetivo apenas quando vai além da simples possibilidade formal de oitiva das partes. BL: arts. 7º, 9º e 10, NCPC.
##Atenção: O princípio do contraditório é um dos princípios fundamentais do direito processual civil. Sobre o seu conteúdo, e em poucas palavras, Luiz Guilherme Marinoni explica: “2. Bilateralidade da instância. Do ponto de vista do seu conteúdo, o direito ao contraditório por muito tempo foi identificado com a simples bilateralidade da instância, dirigindo-se tão somente às partes. Dentro desse quadro histórico, o contraditório realizava-se apenas com a observância do binômio conhecimento-reação. Isto é, uma parte tinha o direito de conhecer as alegações feitas no processo pela outra e tinha o direito de querendo contrariá-las. (...) 3. Direito de influência. Atualmente, porém, a doutrina tem identificado no direito ao contraditório muito mais do que simples bilateralidade da instância. Ao binômio conhecimento-reação tem-se oposto a ideia de cabal participação como núcleo-duro do direito ao contraditório... Contraditório significa hoje conhecer e reagir, mas não só. Significa participar do processo e influir nos seus rumos. Isto é: direito de influência. Com essa nova dimensão, o direito ao contraditório deixou de ser algo cujos destinatários são tão somente as partes e começou a gravar igualmente o juiz. Daí a razão pela qual eloquentemente se observa que o juiz tem o dever não só de velar pelo contraditório entre as partes, mas fundamentalmente a ele também se submeter. O juiz encontra-se igualmente sujeito ao contraditório” (MARINONI, Luiz Guilherme, e outros. Novo Código de Processo Civil Comentado. São Paulo: Revista dos Tribunais. 1 ed. 2015. p. 107/108).
(TRF2-2017): Caio move ação em face de autarquia federal. O feito é contestado e, depois, o juiz federal verifica, de ofício, que o lapso de tempo prescricional previsto em lei foi ultrapassado, embora nada nos autos loque ou refira o assunto. O Juiz: Deve ser dada às partes oportunidade de manifestação. BL: art. 10, NCPC.
##Atenção: O juiz somente poderá extinguir os feitos, sem dar oportunidade às partes de manifestar sobre prescrição e decadência nos casos de "improcedência liminar do pedido" (art. 332, NCPC), que por sua vez ocorre sem a citação. É diferente do presente caso em que houve a citação.
Art. 11.  Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. (Cartórios/TJRO-2017)
	(TJMG-2018-Consulplan): São princípios fundamentais do processo civil, exceto: Informalidade.
##Atenção: ##Dica:
· Informalidade - para os juizados especiais. 
· Formalidade - para o processo civil e penal. 
· Formalidade mitigada - processo administrativo
(PGM-POA/RS-2016-Fundatec): Pelo princípio da publicidade, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos. Todavia, tramitam em segredo de justiça os processos em que o exija o interesse público ou social.BL: art. 11 c/c art. 189, I, do NCPC.
Parágrafo único.  Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do Ministério Público.
Art. 12.  Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Proc. Legisl.-Câm./DF-2018) (MPPI-2019)
	FPPC nº 382. (art. 12) No juízo onde houver cumulação de competência de processos dos juizados especiais com outros procedimentos diversos, o juiz poderá organizar duas listas cronológicas autônomas, uma para os processos dos juizados especiais e outra para os demais processos. 
FPPC nº 486. (art. 12; art. 489) A inobservância da ordem cronológica dos julgamentos não implica, por si, a invalidade do ato decisório.
	(PGM-POA/RS-2016-Fundatec): O julgamento segundo a ordem cronológica de conclusão pelos juízes e tribunais é de atendimento preferencial. BL: art. 12, NCPC.
§ 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanentemente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial de computadores.
§ 2o Estão excluídos da regra do caput:
I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido; (MPPI-2019)
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos;
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas; (MPPI-2019)
IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932;
	Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código. (...)
Art. 932. Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
	(PGMBH/MG-2017-CESPE): Os processos sujeitos a sentença terminativa sem resolução de mérito ficam excluídos da regra que determina a ordem cronológica de conclusão para a sentença. BL: art. 12, §2º, IV c/c art. 485, NCPC.
V - o julgamento de embargos de declaração;
VI - o julgamento de agravo interno;
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.
§ 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica das conclusões entre as preferências legais.
§ 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requerimento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a conversão do julgamento em diligência.
§ 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo retornará à mesma posição em que anteriormente se encontrava na lista.
	(TJPA-2019-CESPE): Após ser elaborada lista que continha a ordem cronológica de conclusão para proferir sentença, a parte requereu prioridade no julgamento, alegando urgência. O juiz, no entanto, indeferiu o pedido, por não ter vislumbrado a urgência alegada. Nessa situação hipotética, o processo retornará para a lista na mesma posição que ocupava, se não houver necessidade de reabertura da instrução. BL: art. 12, §§4º e 5º, NCPC.
§ 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o caso, no § 3o, o processo que:
I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver necessidade de realização de diligência ou de complementação da instrução;
II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II.
	Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma: (...)
II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior;
CAPÍTULO II
DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
Art. 13.  A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte. (DPU-2017)
	##Atenção: ##DPU-2017: ##CESPE: Pela leitura dos arts. 1º e 13 do NCPC, as normas fundamentais do processo civil não estão disciplinadas de forma exaustiva apenas no CPC/2015. Em outras palavras, o NCPC não é exaustivo quando se trata de normas fundamentais de processo civil. Nesse sentido, Enunciado 369, FPPC: “O rol de normas fundamentais previsto no Capítulo I do Título Único do Livro I da Parte Geral do CPC NÃO É EXAUSTIVO.”
Art. 14.  A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. (DPEAL-2017) (TJMG-2018) (MPGO-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: A sentença foi prolatada e transitou em julgado quando ainda vigorava o CPC/73; ocorre que o cumprimento de sentença foi iniciado quando já estava em vigor o CPC/15; neste caso, esse cumprimento de sentença será regido pelo CPC/15. Logo, é aplicável o CPC/15 ao cumprimento de sentença, iniciado sob sua vigência, ainda que a sentença exequenda tenha sido proferida sob a égide do CPC/73. STJ. 2ª T. REsp 1815762-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. 05/11/19 (Info 660).
	(TCEPE-2017-CESPE): Considerando-se o sistema do isolamento dos atos processuais, a lei processual nova não retroage, aplicando-se imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais já praticados e as situações jurídicas já consolidadas sob a vigência da lei anterior. BL: art. 14, NCPC.(PGEAM-2016-CESPE): O NCPC aplica-se aos processos que se encontravam em curso na data de início de sua vigência, assim como aos processos iniciados após sua vigência que se referem a fatos pretéritos. BL: art. 14, NCPC.
(DPEBA-2016-FCC): Sobre o direito processual intertemporal, o novo CPC não possui efeito retroativo e se aplica, em regra, aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada. BL: art. 14, NCPC.
(MPDFT-2015): O novo CPC, aprovado pela Lei 13.105/15 (CPC/15), entrará em vigor a contar de um ano de sua publicação oficial, em substituição ao CPC/73. Sobre a aplicação do novo diploma processual, julgue o item a seguir: A contagem de prazos processuais em dias úteis, não mais em dias contínuos, estabelecida pelo CPC/15, incidirá nos prazos que iniciarão contagem a partir da vigência do CPC/15.
##Atenção: Os prazos que já estavam em curso quando do início da vigência do NCPC não terão sua contagem modificada. Enunciado nº 267 do FPPC: “Os prazos processuais iniciados antes da vigência do CPC serão integralmente regulados pelo regime revogado”. Enunciado nº 268 do FPPC: “A regra de contagem de prazos em dias úteis só se aplica aos prazos iniciados após a vigência do Novo Código.”
(MPDFT-2015): O novo CPC, aprovado pela Lei 13.105/15 (CPC/15), entrará em vigor a contar de um ano de sua publicação oficial, em substituição ao CPC/73. Sobre a aplicação do novo diploma processual, julgue o item a seguir: Os atos processuais praticados sob a vigência do CPC/73, em processos não sentenciados, por exemplo, a citação de empresas públicas e privadas, não serão renovados devido à vigência da nova disciplina processual do CPC/15. BL: art. 14, NCPC (tempus regit actum).
(MPDFT-2015): O novo CPC, aprovado pela Lei 13.105/15 (CPC/15), entrará em vigor a contar de um ano de sua publicação oficial, em substituição ao CPC/73. Sobre a aplicação do novo diploma processual, julgue o item a seguir: A norma processual do CPC/15 não retroagirá e será aplicada imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência do CPC/73. BL: art. 14, NCPC.
Art. 15.  Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. [obs.: função integrativa das normas de direito processual civil] (Anal. Administ./PGEPE-2019)
	JDPC nº 03. As disposições do Código de Processo Civil aplicam-se supletiva e subsidiariamente ao Código de Processo Penal, no que não forem incompatíveis com esta Lei.
LIVRO II
DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
TÍTULO I
DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO
Art. 16.  A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código.
	(TJMS-2020-FCC): No que tange à jurisdição, é correto afirmar: a integração obrigatória à relação jurídico-processual concerne ao princípio da inevitabilidade da jurisdição, gerando o estado de sujeição das partes às decisões jurisdicionais. BL: art. 16, NCPC.
(TJPA-2019-CESPE): A regra de que as partes deverão submeter-se ao quanto decidido pelo órgão jurisdicional coaduna-se com o princípio da inevitabilidade. BL: art. 16, NCPC.
##Atenção: Daniel Assumpção explica que o princípio da inevitabilidade da jurisdição é aplicado em dois momentos distintos, a saber: 1º) Vinculação obrigatória dos sujeitos do processo judicial: Ainda que se reconheça que ninguém será obrigado a ingressar com demanda contra a sua vontade e que existem formas de se tornar parte dependente da vontade do sujeito (por exemplo, assistência, recurso de terceiro prejudicado), o certo é que uma vez integrado a relação jurídica processual, ninguém poderá, por sua própria vontade, se negar a esse “chamado jurisdicional”. Essa vinculação é automática, não dependendo de qualquer concordância do sujeito, ou mesmo de acordo entre as partes para se vincularem ao processo e se sujeitarem à decisão e; 2º) Suportar os efeitos da decisão jurisdicional: O estado de sujeição das partes torna a geração dos efeitos jurisdicionais inevitável, inclusive não havendo necessidade de colaboração no sentido de aceitar em suas esferas jurídicas a geração de tais efeitos. Mesmo diante de resistência, a jurisdição terá total condição de afastá-las e, consequentemente, de fazer valer suas decisões (os meios executivos bem demonstram tal fenômeno). (NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. Volume Único. Salvador: Ed. Juspodivm, 2017. p. 88). Portanto, tal princípio indica que o poder estatal impõe-se por si mesmo, independentemente da vontade das partes, motivo pelo qual, proposta uma ação em face de outrem, este fica sujeito à jurisdição, ainda que, tendo sido citado, à sua revelia. Logo, a inevitabilidade da jurisdição de fato guarda pertinência com a imposição do direito ao fato e com sujeição das partes. 
Art. 17.  Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade. (TRT4-2016) (DPEAC-2017) (MPPR-2016/2017/2019) (MPGO-2019) (MPSP-2019)
	(Téc. Judic./STJ-2018-CESPE): O código de processo civil estabelece duas condições para se postular em juízo: o interesse de agir e a legitimidade da parte. BL: art. 17, NCPC.
(Téc. Judic./TRF1-2017-CESPE): A respeito de aspectos relativos à ação, julgue o item a seguir: Integram as condições da ação o interesse de agir e a legitimidade ad causam. BL: art. 17, NCPC.
##Atenção: ##MPPR-2017: Pelo NCPC, a possibilidade jurídica do pedido deixou de ser uma condição da ação expressa (o art. 17 ensina que "para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade"). Ademais, a impossibilidade jurídica do pedido não está prevista como hipótese de sentença que não resolve o mérito (ver art. 485 do CPC).
Art. 18.  Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. (DPEAL-2017) (Anal. Judic./TRF5-2017) (TRF2-2018) (MPSC-2016/2019) (TJPA-2019) (MPPR-2019) (MPGO-2019) (MPMG-2019) (MPSP-2019) (TCERJ-2021)
	##Atenção: ##STJ – Rec. Repetitivo/Tema 649: ##TJMS-2020: ##FCC: ##CPC: ##Tributário: Em execução fiscal, a sociedade empresária executada não possui legitimidade para recorrer, em nome próprio, na defesa de interesse de sócio que teve contra si redirecionada a execução. Isso porque, consoante vedação expressa do art. 6º do CPC [atual art. 18, CPC/15], ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei. Dessa forma, como não há lei que autorize a sociedade a interpor recurso contra decisão que, em execução ajuizada contra ela própria, tenha incluído no polo passivo da demanda os seus respectivos sócios, tem-se a ilegitimidade da pessoa jurídica para a interposição do referido recurso. STJ. 1ª S. REsp 1347627/SP, Rel. Min. Ari Pargendler, j. 09/10/13 (Info 530).
##Atenção: ##MPSC-2019: A legitimação extraordinária não é de aplicação exclusiva do processo coletivo. Acerca do tema, Flávio Tartuce e Daniel Amorim explicam: “Na tutela individual a regra geral em termos de legitimidade é consagrada no art. 18 do Novo CPC, ao prever que somente o titular do alegado direito pode pleitear em nome próprio seu próprio interesse, consagrando a legitimação ordinária, com a ressalva de que o dispositivo legal somente se refere à legitimação ativa, mas é também aplicável à legitimação passiva. A regra do sistema processual, ao menos no âmbito da tutela individual, é a legitimação ordinária, com o sujeito em nome próprio defendendo interesse próprio. Excepcionalmente, admite-se que alguém em nome próprio litigue em defesa do interesse de terceiro, hipótese em que haverá uma legitimação extraordinária. Nos termos do art. 18, caput, do Novo CPC, essa espécie de legitimação depende de autorização pelo ordenamento jurídico, entendendo a melhor doutrina que, além da previsão legal, também se admite a legitimação extraordinária quando decorrer logicamente do sistema,como ocorre com a legitimação recursal da parte em apelar do capítulo da sentença que versa sobre os honorários de seu advogado.” (Tartuce, Flávio. Manual de direito do consumidor : direito material e processual / Flávio Tartuce, Daniel Amorim Assumpção Neves.– 6. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017).
Parágrafo único.  Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. (MPSC-2016) (TCEPA-2016) (DPEAL-2017) (Anal. Judic./TRF5-2017) (TJPA-2019) (MPGO-2019) (TCERJ-2021)
	(DPEES-2016-FCC): De acordo com a atual sistemática processual civil, no caso de substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial e, neste caso, sua atuação não se subordina à atividade do substituto. BL: Art. 18, NCPC.
##Atenção: "Significa dizer que o art. 122 do NCPC, que determina natureza acessória da assistência, não será aplicado na hipótese da assistência litisconsorcial, considerada autônoma em relação à ação principal." (NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. Volume Único. Salvador: Ed. Juspodivm, 2016. p. 283).
Art. 19.  O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica; (MPPR-2017) (Anal. Judic./TRF1-2017) (Anal. Judic./TRF5-2017) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2018)
	(MPPR-2019): Sobre a jurisdição e a ação, assinale a alternativa correta, de acordo com o CPC: É cabível ação declaratória do modo de ser da relação jurídica. BL: art. 19, I, NCPC.
(MPPR-2016): O interesse do autor pode ser limitar à declaração do modo de ser relação jurídica, ainda que não exista pedido de condenação ou de reparação de dano. BL: art. 19, NCPC.
II - da autenticidade ou da falsidade de documento. (Anal. Judic./TRF5-2017) (MPPR-2019) (MPCE-2020)
	(MPGO-2019): Em se tratando da função jurisdicional do Estado, disciplinada no CPC, é correto afirmar: O interesse do autor, ao demandar em juízo, pode limitar-se à declaração da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica, bem como da autenticidade ou da falsidade de documento. BL: art. 19, I e II, NCPC.
##Atenção: De acordo com o art. 19 do NCPC, como regra as ações declaratórias objetivam revelar (tornar claro ou esclarecer) a existência, a inexistência ou o "modo de ser de um direito (relação jurídica)" (I), como, por exemplo: a propriedade, na ação de usucapião; ou a paternidade na ação de investigação de paternidade. Excepcionalmente, os únicos fatos que pode ser objeto de uma ação declaratória são a autenticidade e a falsidade de um documento (II), embora o STJ admita ação declaratória de tempo de serviço (Súmula 242) e ação declaratória para interpretação de cláusula contratual (Súmula 181). Fonte: Novo CPC para concursos. Rodrigo da Cunha e Maurício F. Cunha.
Art. 20.  É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. (Anal. Judic./TRF5-2017) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2018) (MPPR-2019) (MPGO-2019)
	(Cartórios/TJPA-2016-IESES): O interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência ou da inexistência de relação jurídica, bem como da autenticidade ou falsidade de documento, sendo admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito. BL: arts. 19 e 20, NCPC.
TÍTULO II
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
CAPÍTULO I
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL
Art. 21.  Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: [jurisdição concorrente]
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; (MPRS-2016) (Cartórios/TJRO-2017) (Cartórios/TJAM-2018) (MPGO-2019)
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; (Cartórios/TJRO-2017)
	(Procurador-2016-FUMARC): Em relação aos limites da jurisdição nacional prevista no Novo CPC, é CORRETO afirmar que compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que, no Brasil, tiver de ser cumprida a obrigação. BL: art. 21, II, NCPC.
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. (Cartórios/TJRO-2017) (Cartórios/TJAM-2018)
Parágrafo único.  Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. (MPGO-2019)
Art. 22.  Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: [jurisdição concorrente]
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; (Cartórios/TJAM-2018)
 b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
	(MPGO-2019): Segundo as normas que definem os limites da jurisdição em nosso ordenamento processual civil, pode-se afirmar: Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações de alimentos quando o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos. BL: art. 22, I, “b”, NCPC.
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; (Cartórios/TJAM-2018)
	(MPRS-2016): Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil. BL: art. 22, II, NCPC.
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. (TJSP-2017)
Art. 23.  Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: [jurisdição exclusiva]
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; (Anal. Judic./STJ-2018) (TJPR-2019)
	(MPBA-2018): A competência jurisdicional brasileira pode ser exclusiva ou concorrente, o que implica dizer que decisões alienígenas podem ter validade no Brasil, excetuando-se, por exemplo, as que digam respeito a imóveis aqui situados. BL: art. 23, I, NCPC.
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; (MPRS-2016) (PGEAM-2016) (Cartórios-TJPA-2016)
	(MPSP-2017): Quanto ao inventário, assinale a alternativa correta: Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra, proceder ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. BL: art. 23, II, NCPC.
 III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. (MPGO-2019)
	##Atenção: Bens situados no Brasil implicam em competência exclusiva brasileira. Sendo que, caso haja sentença de outro Estado relacionada a bens situados no Brasil, tal sentença não terá aplicação no território nacional, portanto, não se poderá submeter à homologação pelo STJ.
Art. 24.  A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. (TRF2-2018) (MPGO-2019)
	(TRF2-2017): Na hipótese de idêntica ação ser proposta no Brasil e no exterior, e inexistindo Tratado com o país estrangeiro, marque a opção correta: A ação intentada no estrangeiro não impede que a mesma questão seja submetida a juiz brasileiro, nem produz litispendência. BL: art. 24, NCPC.
(MPRS-2016): A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor noBrasil. BL: art. 24, NCPC.
Parágrafo único.  A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil. (PGESE-2017) (TRF2-2018)
Art. 25.  Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.
	(TJPR-2017-CESPE): Conforme o CPC, permite-se a exclusão de competência da justiça brasileira, quando esta for concorrente, em razão de cláusula contratual de eleição de foro exclusivo estrangeiro previsto em contrato internacional, desde que haja arguição pelo réu em contestação. BL: art. 25, NCPC.
§ 1o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo.
§ 2o Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1o a 4o.
	Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2o O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
§ 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.
CAPÍTULO II
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 26.  A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados; (MPPI-2019)
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente;
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação; (TJPR-2017)
V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras.
§ 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática. (TRF5-2017) (Anal. Judic./TRF2-2017) (TJAC-2019)
§ 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação de sentença estrangeira.
§ 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. (Téc. Judic./TJPE-2017)
	(PGEAC-2017-FMP): Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. BL: art. 26, §3º, NCPC.
§ 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica. (TJPR-2017) (TJAC-2019)
	(TRF2-2017): Sobre sentença estrangeira, rogatória e cooperação internacional, assinale a opção correta: Na ausência de designação de outro órgão, pelo tratado ou instrumento de cooperação internacional, o Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central. BL: art. 26, §4º, NCPC.
Art. 27.  A cooperação jurídica internacional terá por objeto: (Téc. Judic./TJPE-2017)
I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;
II - colheita de provas e obtenção de informações;
III - homologação e cumprimento de decisão;
IV - concessão de medida judicial de urgência;
V - assistência jurídica internacional;
VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
	(MPF-2017): São inovações do CPC/2015 em relação ao Código de 1973: A inserção de disposições gerais sobre cooperação jurídica internacional. BL: arts. 26 e 27, NCPC (CAPÍTULO II - "DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL". Seção I - "Disposições Gerais")
Seção II
Do Auxílio Direto
Art. 28.  Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. (TRF5-2017) (TJAC-2019)
	(Anal./MPU-2018-CESPE): Na cooperação jurídica internacional, poderá ser prestado auxílio direto caso a medida requerida não decorra diretamente de decisão jurisdicional que, proferida por autoridade estrangeira, será submetida a juízo de delibação no Brasil. BL: art. 28, NCPC.
(PGEAC-2017-FMP): Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. BL: art. 28, NCPC.
Art. 29.  A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. (TRF5-2017) (Téc. Judic./TJPE-2017)
Art. 30.  Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos: (TRF5-2017)
I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso; (Anal. Judic./TRF2-2017)
II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira;
III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira. (TRF5-2017)
	(Anal. Judic./TRF2-2017-Consulplan): O CPC/15 trouxe consideráveis aprofundamentos em relação à cooperação jurídica internacional e aos instrumentos que a viabilizam. Sobre o tema proposto, assinale a alternativa correta: O auxílio direto é via útil ao órgão estrangeiro interessado para requerer quaisquer medidas judiciais ou extrajudiciais não proibidas pela lei brasileira. BL: art. 30, III, NCPC.
Art. 31.  A autoridade central brasileira comunicar-se-á diretamente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições específicas constantes de tratado. (TRF5-2017)
Art. 32.  No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, não necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências necessárias para seu cumprimento. (TJAC-2019)
Art. 33.  Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada.
Parágrafo único.  O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade central. (TRF5-2017)
Art. 34.  Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional. (PGEAC-2017) (TRF2-2017) (Téc. Judic./TJPE-2017)
	(TJAC-2019-VUNESP): A cooperação jurídica internacional pode ser entendida como um modo formal de solicitar a outro país alguma medida judicial, investigativa ou administrativa, necessária para um caso concreto em andamento. Uma das inovações trazidas pelo CPC/15 foi regular a cooperação internacional em seu texto, nos seguinte termos: compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional. BL: art. 34, NCPC.
##Atenção: ##TRF2-2017: ##Portaria Interministerial nº 501/2012: O art. 1º da referida Portaria assim dispõe: “Art. 1º Esta Portaria define a tramitação de cartas rogatórias e pedidos de auxílio direto, ativos e passivos, em matéria penal e civil, na ausência de acordo de cooperação jurídica internacional bilateral ou multilateral, aplicando-se neste caso apenas subsidiariamente.”Seção III
Da Carta Rogatória
Art. 35.  (VETADO).
Art. 36.  O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal. (TRF2-2017) (Anal. Judic./TJMS-2017) (Anal. Judic./STJ-2018)
	##Atenção: Competência para juízo prévio de Delibação (compatibilidade): STJ: Exequatur à Carta Rogatória e Homologação de Sentença Estrangeira. Desse modo, conclui-se que não cumpre ao juiz federal fazer o exame de compatibilidade com a ordem pública nas sentenças estrangeiras e rogatórias, mas sim ao STJ. É o que dispõe o art. 36 do NCPC e também o art. 105, I, “i” da CF/88: 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente: (...)
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
##Atenção: Execução: Juiz Federal, nos termos do art. 34 do NCPC.
§ 1o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil.
§ 2o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira. (PGEAC-2017) (TRF2-2017) (Anal. Judic./TRF2-2017) (Téc. Judic./TJPE-2017)
	(TRF2-2018): Em matéria cível, na concessão do exequatur às cartas rogatórias provenientes do exterior: Não deve haver análise de mérito da ação que tramita no exterior. BL: art. 36, §2º, NCPC e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##TRF2-2018: Adota-se o sistema da contenciosidade limitada para concessão de exequatur às cartas rogatórias (STF, AgRg na CR 7870, Rel. Min. Celso de Mello) no qual não se examina o mérito da ação que tramita no exterior, mas somente a diligência a ser praticada no Brasil.
##Atenção: No direito brasileiro vigora o princípio da contenciosidade limitada, o que significa dizer que o órgão jurisdicional está impedido de examinar o mérito da causa, sendo-lhe permitido apenas apreciar a regularidade formal e legalidade do procedimento.
Seção IV
Disposições Comuns às Seções Anteriores
Art. 37.  O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo de autoridade brasileira competente será encaminhado à autoridade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento. (MPPR-2017) (TJAC-2019)
Art. 38.  O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira competente e os documentos anexos que o instruem serão encaminhados à autoridade central, acompanhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido.
Art. 39.  O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem pública. (TRF2-2017) (Téc. Judic./TJPE-2017)
Art. 40.  A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estrangeira, de acordo com o art. 960.
	Art. 960. A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de homologação de decisão estrangeira, salvo disposição especial em sentido contrário prevista em tratado.
§ 1o A decisão interlocutória estrangeira poderá ser executada no Brasil por meio de carta rogatória.
§ 2o A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados em vigor no Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 3o A homologação de decisão arbitral estrangeira obedecerá ao disposto em tratado e em lei, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições deste Capítulo.
Art. 41.  Considera-se autêntico o documento que instruir pedido de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a língua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-se ajuramentação, autenticação ou qualquer procedimento de legalização.
Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando necessária, a aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciprocidade de tratamento.
TÍTULO III
DA COMPETÊNCIA INTERNA
CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA
Seção I
Disposições Gerais
Art. 42.  As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de instituir juízo arbitral, na forma da lei. (TCEPE-2017)
	(MPBA-2018): Quando o poder jurisdicional passa de abstrato para concreto, tendo em vista a ocorrência de um litígio, determinada fica a competência para compô-lo. BL: art. 42, NCPC.
Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. (DPEBA-2016) (Anal. Judic./TJPE-2017) (PGEAC-2017) (MPPB-2018)
	(Cartórios/TJMG-2019-Consulplan): O princípio do juiz natural garante a imparcialidade e independência do órgão julgador, por meio de regras objetivas de competência funcional. BL: art. 43 e ss. NCPC.
(TRF2-2018): No Processo Civil, determina-se a competência no momento: do registro ou da distribuição da petição inicial. BL: art. 43, NCPC.
##Atenção: Nesse momento de registro ou de distribuição, a competência (capacidade de exercer a jurisdição no caso concreto) é atribuída, segundo regras prévias, a determinado magistrado. Com isso, o juízo para qual foi distribuído o feito se perpetua para o julgamento da lide (será competente até o final), havendo estabilização do processo. E é exatamente isso que exige o princípio do juiz natural: que a competência seja apurada de acordo com regras preexistentes. Claro que há exceções, mas elas são previstas em lei (duas delas previstas no próprio art. 43, de incompetência superveniente), de forma que a parte não possa escolher livremente quem julgará seu processo, e que o Estado não possa criar juízos e tribunais excepcionais, preservando, assim, o princípio do juiz natural. (Fonte: GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado. 8ª Ed. Saraiva, 2017).
(MPGO-2016): A competência determina-se no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta. BL: art. 43, NCPC.
Art. 44.  Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
Art. 45.  Tramitando o processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações: (TRF2-2017) (TJMT-2018)
	(TJSC-2017-FCC): Alberto Caeiro foi contratado pelo Conselho Regional de Contabilidade para trabalhar como assistente administrativo naquela entidade, em janeiro de 2016. Em fevereiro do corrente ano, foi dispensado, sem justa causa, da entidade. Alberto ajuizou ação em face da entidade, perante a Justiça Comum Estadual, visando sua reintegração, sob alegação de que se trata de entidade pertencente à Administração Pública e que seria ilegal a despedida imotivada. Ao apreciar a ação proposta, o Juízo Estadual deve reconhecer a incompetência e remeter a ação para a Justiça Federal, haja vista tratar-se de entidade autárquica federal, sendo o vínculo submetido ao regime jurídico único estatuído na Lei n° 8.112/90. BL: art. 45, NCPC.
##Atenção: Cumpre ressaltar que o Conselho Regional de Contabilidade é uma autarquia federal, razão pela qual as ações movidas em face dele - entidade pertencente à Administração indireta da União Federal - deverão ser propostas perante a Justiça Federal. Logo, a justiça estadual é absolutamente incompetente para processar e julgar o processo. Além disso,os ocupantes de cargos na administração indireta federal são regidos pela Lei 8.112/90 e não pela CLT, motivo pelo qual as ações decorrentes das funções por eles exercidas devem tramitar na Justiça Comum e não na Justiça do Trabalho. Por fim, destaca-se a Ementa de decisão monocrática proferida pela Min. Rel. Carmen Lucia sobre o tema: "RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL PARA PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS ENVOLVENDO OS CONSELHOS REGIONAIS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL E SEUS AGENTES. PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO." (RE 434297, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 23/04/10).
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; (Anal. Judic./TRT24-2017) (TRF2-2017) (TJMT-2018)
	(Anal. Judic./TRF5-2017-FCC): A ação de falência tramitando na Justiça Estadual não deve ser remetida à Justiça Federal, nem mesmo se nela intervier a União. BL: art. 45, I, NCPC.
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
	##Atenção: ##Dica: EXCETO: (RIFAJJ ou RIFA-JOTA-JOTA)
- Recuperação judicial
- Insolvência civil
- Falência
- Acidente do trabalho
- Justiça Eleitoral
- Justiça do Trabalho
##Atenção: ##Dica: O art. 45 do NCPC traz regra semelhante ao que já constava na CF/88, em seu art. 109, inciso I, dispondo que aos juízes federais compete processar e julgar: “I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;”
§ 1o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência do juízo perante o qual foi proposta a ação.
§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles, não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas públicas.
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual sem suscitar conflito se o ente federal cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo. (DPEBA-2016)
Art. 46.  A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. (TJSC-2015) (DPEES-2016) (DPEBA-2016) (MPRO-2017) (PGEAC-2017) (MPPB-2018) (MPPR-2019) 
	(Anal. Judic./TJPE-2017-IBFC): Não havendo disposição em sentido contrário, a ação fundada em direito real sobre bens móveis será proposta na comarca do domicílio do réu. BL: art. 46, NCPC.
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
	(MPRO-2017-FMP): Acerca das regras de competência dispostas no CPC, pode-se afirmar: Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. BL: art. 46, §2º, NCPC.
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. (TJSC-2015) 
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. (MPPR-2019) (Advogado/EBSERH-2020)
§ 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. (TCEPR-2016) (PGEMT-2016) (Procurador/BH-2018) (DPEDF-2019)
	(PGEAC-2017-FMP): A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. BL: art. 46, §5º, NCPC.
Art. 47.  Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. (Anal. Judic./TRF2-2016) (Anal. Judic./TRT24-2017) (DPEES-2016) (MPRO-2017) (TJSP-2017/2018) (TJMT-2018)
	(TJSC-2019-CESPE): Matheus e Isaac — o primeiro residente e domiciliado em São Paulo/SP, e o segundo em Recife/PE — resolveram adquirir, em condomínio, imóvel localizado na praia de Jurerê, em Florianópolis/SC, pertencente a Tarcísio, residente e domiciliado em Recife/PE. Após a celebração da promessa de compra e venda com caráter irrevogável e irretratável e depois do pagamento do preço ajustado, Tarcísio se recusou a lavrar a escritura pública definitiva do imóvel, sob a alegação de que o preço deveria ser reajustado, em razão da recente instalação de dois famosos beach clubs na região. Inconformados, Matheus e Isaac resolveram buscar tutela judicial, a fim de obrigar Tarcísio a cumprir o negócio jurídico. Nessa situação hipotética, é correto afirmar, à luz das regras do CPC e da jurisprudência majoritária do STJ, que o mecanismo jurídico adequado para a tutela pretendida é a ação de adjudicação compulsória, que independerá de prévio registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis competente e deverá ser ajuizada necessariamente em Florianópolis/SC. BL: art. 47, NCPC c/c S. 239 do STJ e jurisprudência do STJ (vide abaixo, na explicação da questão do MPMG-2010).
(MPBA-2018): Nos casos de direito real imobiliário, o foro da situação da coisa é regra de fixação da competência, mas que pode ser transmudada se a ação for de direito pessoal, embora relativas ao imóvel. BL: art. 47, NCPC.
##Atenção: Se a ação for de direito pessoal, embora relativas ao imóvel, a competência pode ser alterada, pois a mera repercussão indireta sobre o direito de propriedade não é suficiente para caracterizar a competência absoluta.
(TJPR-2017-CESPE): Assinale a opção correta a respeito da desapropriação indireta: O juízo competente para processar e julgar a desapropriação indireta é o do foro de situação do bem. BL: art. 47 do NCPC e jurisprudência do STJ e STF (adm.).
##Atenção: ##STJ: A ação de desapropriação indireta possui natureza real, circunstância que atrai a competência para julgamento e processamento da demanda para o foro da situação do imóvel, nos termos do art. 95 do CPC/73 [atual art. 47 do CPC/15]. Versando a discussão sobre direito de propriedade, trata-se de competência absoluta, sendo plenamente viável seu conhecimento de ofício, conforme fez o d. Juízo Suscitado. A competência estabelecida com base no art. 95 do CPC/73 [atual art. 47, CPC/15] não encontra óbice no art. 109, § 2º, da CF/88, segundo o qual “as causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal”. Com efeito, conforme já decidido por esta Corte Superior, a competência absoluta do forum rei sitae não viola as disposições do art. 109, § 2º, da CF/88, certo que a hipótese da situação da coisa está expressamente prevista como uma das alternativas para a escolha do foro judicial (CC 5.008/DF, 1ª S., Rel. Min. Milton Luiz Pereira, DJ de 21.2.94). Ainda que a União Federal figure como parte da demanda, o foro competente para processar e julgar ação fundada em direito real sobre imóvel deve ser o da situação da coisa, especialmente para facilitar a instrução probatória. Precedentes do STF e do STJ. (STJ. 1ª S. CC 46.771/RJ, Rel. Min. Denise Arruda, j. 24/08/05).
(MPMG-2010): Fulano "A", residente em Belo Horizonte (MG), pretendendo adquirir imóvel para veraneio, interessou-se por uma casa localizada em Escarpas do Lago, Município de Capitólio (MG) (Comarca de Piumhi), pertencente à Construtora "B", sediada no Município de Divinópolis (MG). Acertado o preço para pagamento parcelado, os contratantes celebraram compromisso de compra e venda, contendo cláusula de eleição de foro, Comarca de Divinópolis (MG). Depois de quitado o preço, o promitente vendedor recusou-se a outorgar o domínio e, por isso, o comprador ajuizou ação de adjudicação compulsória no Juízo da Comarca de Belo Horizonte. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, marque a resposta correta:

Outros materiais