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Duplicatas (Lei 5474)

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LEI das duplicatas – Lei 5474/68.
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e/ou ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS e/ou JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: Nenhuma.
Última atualização jurisprudencial: 09/08/20 - Info 660 (art. 2º, §1º, II)
Última atualização questões de concurso: 02/03/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe na Lei 5.474/68).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas: MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
LEI Nº 5.474, DE 18 DE JULHO DE 1968.
	
	Dispõe sobre as Duplicatas, e dá outras providências.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
CAPÍTULO I 
Da Fatura e da Duplicata 
        Art. 1º Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 (trinta) dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador. (DPEDF-2006) (MPPE-2008) (TJMS-2010) (MPPB-2011) (TRF2-2011) (Cartórios/TJSP-2012) (TRT14-2012) (Cartórios/TJRR-2013) (PGEBA-2014) (MPSP-2015) (PGEPA-2015) (TJRJ-2013/2016) (TRF5-2017) (Proc./ALERJ-2017) (Cartórios/TJMG-2016/2019)
	##Atenção: A duplicata pode ser emitida em todo contrato de compra e venda mercantil SOMENTE entre DOMICILIADOS em território brasileiro. 
        § 1º A fatura discriminará as mercadorias vendidas ou, quando convier ao vendedor, indicará somente os números e valores das notas parciais expedidas por ocasião das vendas, despachos ou entregas das mercadorias. 
        § 2º (Revogado pelo Decreto-Lei nº 436, de 27.1.1969)
	##Atenção: ##DOD: O que é uma nota fiscal? Nota fiscal é um “Documento fiscal a ser obrigatoriamente emitido por comerciantes e industriais, sempre que promoverem a saída de mercadorias ou a transmissão de sua propriedade.” (LOPES DE SÁ, Antônio; LOPES DE SÁ, Ana Maria. Dicionário de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1994). A nota fiscal prova que houve a realização de um negócio jurídico sujeito à fiscalização tributária. Faz prova da entrada e saída de mercadorias de estabelecimentos empresariais, acompanhando a sua entrega aos destinatários.
##Atenção: ##DOD: O que é a fatura? A fatura é um documento emitido pelo vendedor ou prestador de serviços no qual são discriminadas as mercadorias que foram vendidas ou os serviços prestados. Na fatura constam a descrição e os preços dos produtos vendidos ou do serviço prestado. Todas as vezes que for celebrado um contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no Brasil, com prazo não inferior a 30 dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor é obrigado a extrair uma fatura para apresentar ao comprador (art. 1º, da Lei 5.474/68). No caso de prestação de serviços (qualquer prazo) ou de compra e venda inferior a 30 dias, a emissão de fatura é facultativa.
##Atenção: ##DOD: Duplicata e fatura são documentos diferentes: A fatura não é título de crédito. O título é a duplicata, que é emitida a partir de uma fatura. A fatura apenas prova a existência do contrato.
##Atenção: ##DOD: Espécies de duplicata: 
• Duplicata mercantil: emitida por causa da compra e venda mercantil.
• Duplicata de serviços: emitida por causa da prestação de serviços.
##Atenção: ##DOD: Características da duplicata: 
a) Título causal: a duplicata só pode ser emitida para documentar o crédito decorrente de dois negócios jurídicos: a compra e venda mercantil ou a prestação de serviços. Essa causa da duplicata é mencionada no próprio título. Por conta dessa característica, alguns autores afirmam que se trata de um título impróprio. Obs: o contrário dos títulos causais são os “não causais” ou “abstratos”, como o caso da nota promissória. 
b) Ordem de pagamento. 
c) Título de modelo vinculado (título formal): os padrões de emissão da duplicata são fixados pelo Conselho Monetário Nacional. A duplicata somente produz efeitos cambiais se observado o padrão exigido para a constituição do título.
##Atenção: ##DOD: Fatura pode abranger mais de uma nota: A duplicata só pode espelhar uma fatura, ou seja, para cada fatura, uma duplicata. No entanto, a fatura pode corresponder à soma de diversas notas parciais. A nota parcial é o documento representativo de uma venda parcial ou de venda realizada dentro do lapso de um mês, que poderá ser agrupada a outras vendas efetivadas nesse período pelo mesmo comprador. Não há proibição legal para que se somem vendas parceladas procedidas no curso de um determinado período (ex: um mês), e do montante se formule uma fatura única ao seu final.
##Atenção: ##DOD: ##Cuidado: Emissão da duplicata: O vendedor ou prestador dos serviços emite a fatura discriminando as mercadorias vendidas ou os serviços prestados. Com base nessa fatura, esse vendedor ou prestador poderá emitir a duplicata. Toda duplicata sempre terá origem em uma fatura. Uma duplicata só pode corresponder a uma única fatura (art. 2º, § 2º, Lei 5.474/68).
        Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída [obs.: é facultativo] uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. (DPEDF-2006) (MPPE-2002/2008) (MPSP-2012) (Cartórios/TJSP-2012) (TJSC-2013) (TJPE-2013) (Cartórios/TJPE-2013) (TJPB-2015) (MPSP-2015) (PGEPA-2015) (TJRJ-2013/2016) (Cartórios/TJMG-2016) (Cartórios/TJDFT-2019)
	(DPEAP-2018-FCC): Em relação à duplicata, considere o seguinte enunciado: No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. BL: art. 2º, Lei 5474.
(TJGO-2015-FCC): Analise a seguinte proposição acerca da duplicata: No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida nenhuma outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. BL: art. 2º, Lei 5474.
(DPEDF-2013-CESPE): Julgue o próximos item, relacionado aos títulos de crédito em espécie: A duplicata pode ser sacada em data posterior à da emissão da fatura. BL: art. 2º, Lei 5474 e Entend. doutrinário e jurisprudencial.
##Atenção: ##STJ: A duplicata mercantil pode ser sacada em data posterior à de emissão da fatura comercial. A menção à data de emissão da fatura (Lei nº. 5474/68, art. 2º) deve ser entendida apenas como o termo a quo de saque da duplicata, o qual deve ser observado em obediência à natureza causal deste título de crédito. - Recurso especial a que não se conhece (STJ, 3ª T., REsp 29235/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 25/11/01). Repare que, em uma primeira leitura da legislação, a interpretação é a de que a duplicata deve ser emitida ao mesmo tempo da fatura. Esta, contudo, não é a interpretação da melhor doutrina, que é acompanhada - neste ponto - pelo STJ. Com efeito, ensina Fran Martins que “(...) a emissão da duplicata será após a extração da fatura, muito embora a lei declare que será ela emitida no ato dessa extração. Isso significa que, muito embora a fatura seja extraída em uma data, a duplicata poderá ser emitida em data posterior (por exemplo: 10 dias depois de extraída a fatura) já que determina a lei que conste da duplicata o número da fatura sem se referir, entretanto, à data dessa (...)”. (FRAN MARTINS,in "Títulos de Créditos", v. II, 4a. ed., Ed. Forense, 1988, pág. 196). O ensinamento de Fran Martins foi replicado em várias decisões dos diversos tribunais do país.
(TJPA-2012-CESPE): A duplicata é um título de crédito vinculado ao modelo, ou seja, somente produz efeitos cambiais se observado o padrão exigido para a constituição do título. BL: art. 1º e 2º da Lei 5474.
##Atenção: A fatura é obrigatória, mas a duplicata é facultativa.
##Atenção: ##STJ: ##MPSP-2012: André Santa Cruz Ramos explica que “não se deve entender que a duplicata é efetivamente o único título que pode ser emitido para documentar uma compra e venda. Essa regra, na verdade, exclui apenas a possibilidade de emissão de letra de câmbio, mas é plenamente possível a emissão de nota promissória ou cheque, por exemplo.” (RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito Empresarial. Ed. JusPodivm, 2020, p. 559). Nesse sentido, vejamos o seguinte julgado do STJ: A restrição contida no art. 2º da Lei 5.474/68 refere-se apenas à emissão de qualquer outro título, que não a duplicata, "para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador", não obstando, todavia, que o devedor emita nota promissória comprometendo-se a pagar o débito decorrente da compra e venda mercantil realizada entre as partes. Hígida, pois, a execução baseada nas notas promissórias assim emitidas. STJ. 4ª T., REsp 136.637/SC, Rel. Min. Aldir Passarinho Júnior, j. 05/09/02. 
(TJSP-2011-VUNESP): Sobre as Duplicatas: Poderão ser extraídas da fatura no ato de sua emissão para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. BL: art. 2º, Lei 5474.
        § 1º A duplicata conterá: [obs.: Requisitos formais]
        I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem; 
        II - o número da fatura; 
	##Atenção: ##DOD: ##STJ: O § 1º do art. 2º da Lei 5.474/68 prevê as informações que deverão constar em uma duplicata. Uma das informações que deve obrigatoriamente constar na duplicata é o número da fatura (inciso II). Se na duplicata constou o número errado da fatura, isso invalida o título, tornando-o inexigível. Isso porque o número da fatura é requisito legal da duplicata. Assim, em observância ao princípio da literalidade, a aposição de número incorreto da fatura na duplicata invalida o título de crédito, retirando-lhe a exigibilidade executiva extrajudicial. STJ. 3ª T. REsp 1601552-PE, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 05/11/19 (Info 660).
##Atenção: ##DOD: Segundo o princípio da literalidade, os direitos resultantes do título são válidos pelo que nele se contém, mostrando-se ineficazes, do ponto de vista cambiário, escritos que não estejam na própria cártula. Existe uma frase que espelha este princípio: “O que não está escrito no título não existe no mundo cambiário”. “É o teor literal do documento que irá definir os limites para o exercício dos direitos nele mencionados” (TOMAZETTE, Marlon. Curso de Direito Empresarial. V. 2. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 31-35).
        III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; (DPECE-2008) (TRF1-2015)
        IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador; 
        V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso; 
        VI - a praça de pagamento; (MPPE-2002)
        VII - a cláusula à ordem; (MPPE-2002) (TJMG-2007) (TJAL-2008) (TJDFT-2012)
	(Cartórios/TJMG-2015-Consulplan): Sobre as duplicatas, analise a seguinte afirmativa: Não se admite a emissão de duplicata mercantil com a cláusula “não à ordem”. BL: art. 2º, §1º, VII, Lei das Duplicatas.
        VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial; (TJDFT-2015)
        IX - a assinatura do emitente. 
	(DPEES-2012-CESPE): A duplicata é um título impróprio, imperfeito, também denominado cambiariforme, visto que, assim como no cheque, nela não se vislumbra uma operação típica de crédito.
##Atenção: ##TJDFT-2007: ##PGEBA-2014: ##CESPE: ##MPSP-2015: ##Cartórios/TJMG-2016/2019: ##Consulplan: ##TRF5-2017: ##CESPE: ##Proc./ALERJ-2017: ##FGV: A duplicata é um título impróprio, imperfeito, chamado também de cambiariforme porque, assim como o cheque, nela não se vislumbra uma operação típica de crédito, mas decorrente, isto sim, de uma relação causal de compra e venda ou prestação de serviços. (Marcelo M. Bertoldi e Marcia Carla Pereira Ribeiro, in Curso Avançado de Direito Comercial). 
        § 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura. (DPEDF-2006) (TJTO-2007) (MPPB-2011) (TJPE-2013) (TJSC-2013/2015) (TJGO-2015) (TJRJ-2016) (Cartórios/TJMG-2016)
        § 3º Nos casos de venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata única, em que se discriminarão todas as prestações e seus vencimentos, ou série de duplicatas, uma para cada prestação distinguindo-se a numeração a que se refere o item I do § 1º deste artigo, pelo acréscimo de letra do alfabeto, em sequência. (TJGO-2015) (DPEAP-2018)
	##Atenção: ##DPEAP-2018: ##FCC: Em que pese haja a possibilidade de emissão de tantas duplicatas quantas forem as parcelas, o artigo 2º, §3º, da Lei 5.474/68 dispõe que, se for acordado entre as partes o pagamento EM PARCELAS, teremos duas possibilidades: 1ª) será possível a emissão de DUPLICATA ÚNICA, que discriminará todas as parcelas e seus respectivos vencimentos, ou; 2ª) será possível a emissão de SÉRIE DE DUPLICATAS, uma para cada prestação, distinguindo-se uma das outras no número de ordem, visto que se acrescentará uma letra do alfabeto para cada parcela, em sequência. Nesse sentido, imagine que foi acordado o pagamento de R$ 750,00, em 30, 60 e 90 dias, e sendo a ordem, nos termos do Livro de Registros de Duplicatas, o número 120, teremos 3 duplicatas, respectivamente: i) número 120-A, para pagamento de R$ 250,00 na data referente ao 30º dia); ii) número 120-B, para pagamento de R$ 250,00 na data correspondente ao 60º dia e; iii) número 120-C, para o adimplemento da quantia de R$ 250,00 na data referente ao 90º dia. Entretanto, cumpre registrar que nas 3 duplicatas o valor da fatura será indicado pela sua totalidade, sendo plenamente lícito a previsão de desconto sobre o pagamento, com a indicação da data de validade e condições.
        Art. 3º A duplicata indicará sempre o valor total da fatura, ainda que o comprador tenha direito a qualquer rebate, mencionando o vendedor o valor líquido que o comprador deverá reconhecer como obrigação de pagar. (TJSP-2011) (Cartórios/TJMG-2015) (TJRJ-2016) (DPEAP-2018)
	(TJPE-2013-FCC): Em relação à duplicata, é correto afirmar: Indicará ela sempre o valor total da fatura, ainda que o comprador tenha direito a qualquer rebate, mencionando o vendedor o valor líquido que o comprador deverá reconhecer como obrigação de pagar. BL: art. 3º, Lei 5474.
##Atenção: ##DPEAP-2018: ##FCC: Nos termos do art. 3º, caput da Lei 5474, deve a duplicata sempre indicar em sua fatura o valor total correspondente, líquido, que deverá ser pago ao comprador, mesmo que este tenha direito a qualquer rebate, ou seja, algum abatimento, desconto pelo pagamento antecipado ou em dia ou qualquer outra vantagem semelhante.
        § 1º Não se incluirão no valor total da duplicata os abatimentos de preços das mercadorias feitas pelo vendedor até o ato do faturamento, desde que constem da fatura. (TJTO-2007) (TJRJ-2016)
	(TJMS-2020-FCC): De acordo com a Lei 5.474/68, que dispõe sobre as duplicatas, não se incluirão, no valor total da duplicata, os abatimentos de preços das mercadorias feitas pelo vendedor até o ato do faturamento, desde que constem da fatura. BL: art. 3º, §1º, Lei 5474.
        § 2º A venda mercantil para pagamento contra a entrega da mercadoria ou do conhecimento de transporte, sejam ou não da mesma praça vendedor e comprador, ou para pagamento em prazo inferior a 30 (trinta) dias, contado da entrega ou despacho das mercadorias, poderárepresentar-se, também, por duplicata, em que se declarará que o pagamento será feito nessas condições.
	(DPEAP-2018-FCC): Em relação à duplicata, considere o seguinte enunciado: A venda mercantil para pagamento contra a entrega da mercadoria ou do conhecimento de transporte, sejam ou não da mesma praça vendedor e comprador, ou para pagamento em prazo inferior a trinta dias, contado da entrega ou despacho das mercadorias, poderá representar-se por duplicata, em que se declarará que o pagamento será feito nessas condições. BL: art. 3º, §2º, Lei 5474.
        Art. 4º Nas vendas realizadas por consignatários ou comissários e faturas em nome e por conta do consignante ou comitente, caberá àqueles cumprir os dispositivos desta Lei.
        Art. 5º Quando a mercadoria for vendida por conta do consignatário, este é obrigado, na ocasião de expedir a fatura e a duplicata, a comunicar a venda ao consignante.
        § 1º Por sua vez, o consignante expedirá fatura e duplicata correspondente à mesma venda, a fim de ser esta assinada pelo consignatário, mencionando-se o prazo estipulado para a liquidação do saldo da conta. 
        § 2º Fica o consignatário dispensado de emitir duplicata quando na comunicação a que se refere o § 1º declarar, que o produto líquido apurado está à disposição do consignante. 
CAPÍTULO II 
Da Remessa e da Devolução da Duplicata 
        Art. 6º A remessa de duplicata poderá ser feita diretamente pelo vendedor ou por seus representantes, por intermédio de instituições financeiras, procuradores ou, correspondentes que se incumbam de apresentá-la ao comprador na praça ou no lugar de seu estabelecimento, podendo os intermediários devolvê-la, depois de assinada, ou conservá-la em seu poder até o momento do resgate, segundo as instruções de quem lhes cometeu o encargo. 
        § 1º O prazo para remessa da duplicata será de 30 (trinta) dias, contado da data de sua emissão. 
        § 2º Se a remessa for feita por intermédio de representantes, instituições financeiras, procuradores ou correspondentes estes deverão apresentar o título, ao comprador dentro de 10 (dez) dias, contados da data de seu recebimento na praça de pagamento. (TJRJ-2013)
	(TJRJ-2016-VUNESP): Dispõe a lei que rege o título de crédito, denominado duplicata, que em todo contrato de compra e venda mercantil, celebrado entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 dias, contados da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador. A esse respeito, é correto afirmar que quando a remessa da duplicata for feita por intermédio de representantes, instituições financeiras, procuradores ou correspondentes, estes deverão apresentar o título ao comprador, dentro de 10 dias contados da data de seu recebimento na praça de pagamento. BL: art. 1º, caput e art. 6º, §2º, Lei 5474.
        Art. 7º A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentante dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da falta do aceite. (TJDFT-2007) (TJPE-2011)
	(MPES-2013-VUNESP): A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentante dentro do prazo previsto em lei, contado da data de sua apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da falta de aceite. Referido prazo é de 10 dias. BL: art. 7º, Lei 5474.
        § 1º Havendo expressa concordância da instituição financeira cobradora, o sacado poderá reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, desde que comunique, por escrito, à apresentante o aceite e a retenção. (TJPE-2011) (TJBA-2012)
        § 2º - A comunicação de que trata o parágrafo anterior substituirá, quando necessário, no ato do protesto ou na execução judicial, a duplicata a que se refere. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977)
        Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de: (Cartórios/TJRN-2012) (TJPR-2013) (TRT2-2014) (PGEBA-2014) (TRF1-2015) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (Proc./ALERJ-2017) (Cartórios/TJCE-2018) (MPSP-2019) 
	##Atenção: ##PGEBA-2014: ##CESPE: ##Proc./ALERJ-2017: ##FGV: A duplicata segue a sistemática de aceite obrigatório, podendo ser expresso (ordinário) ou presumido (por presunção). É importante destacar que o comprador somente poderá deixar de dar o aceite nas situações elencadas no art. 8º da Lei n. 5.474/68.
        I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; (MPPE-2002) (TJPA-2009) (TJMS-2010) (TJPE-2011) (Cartórios/TJRN-2012) (TJRJ-2013) (TRT2-2014) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (MPSP-2006/2019)
        II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados; (MPPE-2002) (TJPA-2009) (TJMS-2010) (TJPE-2011) (Cartórios/TJRN-2012) (TRT2-2014) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (MPSP-2006/2019)
        III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados. (MPPE-2002) (TJPA-2009) (MPCE-2009) (TJMS-2010) (TJPE-2011) (Cartórios/TJRN-2012) (TRT2-2014) (Cartórios/TJMG-2015/2016) (MPSP-2006/2019)
	(Cartórios/TJPA-2016-IESES): De acordo com o que dispõe a legislação vigente que regula a duplicata, assinale a alternativa correta: Como regra, o aceite da duplicata pelo sacado é obrigatório, só podendo não ser realizado nas hipóteses expressas previstas na lei. BL: art. 8º, Lei 5474.
(TJAP-2009-FCC): A duplicata mercantil deve ser emitida com base na fatura, corresponde a uma compra e venda mercantil e deve ser aceita pelo comprador, que só pode recusá-la em situações expressamente previstas em lei. BL: arts. 2º e 8º, Lei 5474.
##Atenção: ##MPSP-2019: O aceite é obrigatório. Todavia, a doutrina explica que isso não significa que o aceite seja irrecusável, visto que o art. 8º da Lei de Duplicatas traz as hipóteses em que o aceite poderá ser recusado. Entretanto, o aceite não poderá ser recusado em caso de desistência do negócio por parte do comprador (direito de arrependimento), no prazo de 15 dias após a entrega das mercadorias, pois inexiste tal previsão legal.
##Atenção: ##Cartórios/TJCE-2018: ##ISESES: Seria enriquecimento ilícito a pessoa receber a mercadoria, receber a prestação do serviço e não aceitar o título. Portanto, na duplicata, diferentemente do que acontece na letra de câmbio, o aceite é obrigatório. O sacado está obrigado a dar o aceite.
CAPÍTULO III 
Do Pagamento das Duplicatas 
        Art. 9º É lícito ao comprador resgatar a duplicata antes de aceitá-la ou antes da data do vencimento. (TJPE-2011/2013) (Cartórios/TJES-2013) (TJSC-2015) (TJAL-2015) (TJGO-2015) (DPEAP-2018) (PGEAP-2018) (TJMS-2020)
	##Atenção: ##DPEAP-2018: ##PGEAP-2018: ##FCC: O art. 9º da Lei n. 5.474/68 faculta ao comprador resgatar a duplicata tanto antes do aceite quanto antes do vencimento da cártula.
        § 1º A prova do pagamento é o recibo, passado pelo legítimo portador ou por seu representante com poderes especiais, no verso do próprio título ou em documento, em separado, com referência expressa à duplicata. (TJPB-2011) (Cartórios/TJES-2013)
	(TJDFT-2007): O princípio da literalidade não se aplica inteiramente à disciplina da duplicata, cuja quitação pode ser dada, pelo legítimo portador do título, em documento em separado. BL: art. 9º, §1º, Lei 5474.
##Atenção: O princípio da literalidade, a exemplo do da cartularidade, não se aplica inteiramente à disciplina da duplicata, cuja quitação pode ser dada, pelo legitimo portador do título, em documento separado (LD art. 9º §1º). (Fonte: Coelho, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial, volume 1: direito de empresa. 13 ed. 2009).
        § 2º Constituirá, igualmente, prova de pagamento, total ou parcial, da duplicata, a liquidação de cheque, a favor do estabelecimento endossatário, no qual conste, no verso, que seu valor se destina a amortização ou liquidação da duplicata nele caracterizada. (Cartórios/TJPI-2013)Art. 10. No pagamento da duplicata poderão ser deduzidos quaisquer créditos a favor do devedor resultantes de devolução de mercadorias, diferenças de preço, enganos, verificados, pagamentos por conta e outros motivos assemelhados, desde que devidamente autorizados. (TJPE-2013) (Cartórios/TJMG-2015)
	(PGEAP-2018-FCC): Em relação à duplicata, no pagamento da duplicata poderão ser deduzidos quaisquer créditos a favor do devedor resultantes de devolução de mercadorias, diferenças de preço, enganos verificados, pagamentos por conta e outros motivos assemelhados, desde que devidamente autorizados. BL: art. 10, LDP.
        Art. 11. A duplicata admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento, mediante declaração em separado ou nela escrita, assinada pelo vendedor ou endossatário, ou por representante com poderes especiais. (TJGO-2012) (TJPE-2011/2013) (TJRJ-2013) (TJSC-2015) (TJAL-2015) (PGEAP-2018) (TJMS-2020)
        Parágrafo único. A reforma ou prorrogação de que trata êste artigo, para manter a coobrigação dos demais intervenientes por endosso ou aval, requer a anuência expressa destes. (TJDFT-2007) (TJGO-2012) (TJPE-2013) (TJAL-2015) (PGEAP-2018)
	(TJAL-2008-CESPE): Malhas e Tecidos S.A. alienou R$ 200 mil em camisas para Comércio de Têxteis Ltda., venda comercial que originou a emissão de duplicata mercantil, nesse valor, com vencimento em 30/6/2007. Antes do termo final, a duplicata foi endossada a Rubens e Filhos Laticínios Ltda. Na data de pagamento, porém, a devedora recusou-se a honrar a dívida, alegando defeito nas mercadorias adquiridas. Com base nessas informações, assinale a opção correta: A duplicata poderá ter seu valor ou seu prazo de vencimento alterado por acordo entre o endossatário e o sacado, mediante declaração em separado ou nela escrita, sendo também necessária a anuência de demais intervenientes para estes se obrigarem ao acordado. BL: art. 11, § único, Lei 5474.
##Atenção: Fazendo-se apenas uma interpretação extensiva do art. 11 da Lei das Duplicatas, pois ele se refere apenas ao vencimento, mas se entende que também é possível alterar o valor, seguindo-se os mesmos requisitos.
##Atenção: Nos termos do art. 11 da Lei 5474/68, a duplicata poderá ter seu prazo de vencimento prorrogado ou alterado, desde que tenha declaração no próprio título ou em separado e assinado pelo vendedor ou por quem o endossou.
        Art. 12. O pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, sendo o avalista equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação, àquele abaixo de cuja firma lançar a sua; fora desses casos, ao comprador. (TJAP-2008) (Cartórios/TJMA-2011) (TJSC-2010/2015) (TJGO-2012/2015) (TJAL-2015) (TRF1-2015) (TJMS-2020)
        Parágrafo único. O aval dado posteriormente ao vencimento do título produzirá os mesmos efeitos que o prestado anteriormente àquela ocorrência. (TJSC-2010) (TJAL-2015) (TJMS-2020)
	(MPSP-2011): Considere a seguinte assertiva, relacionada com Títulos de Crédito: o aval dado, na duplicata, após o vencimento produz o mesmo efeito daquele prestado anteriormente ao vencimento. BL: art. 12, § único, Lei 5474.
CAPÍTULO IV 
Do Protesto 
        Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite, de devolução ou pagamento. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 436, de 27.1.1969) (TJTO-2007) (TJPI-2007) (TJPA-2009) (TJPB-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (TJGO-2012) (TJPR-2012) (DPEDF-2013) (TRF2-2013) (PGEPA-2011/2015) (TJSC-2013/2015) (TJAL-2015) (Cartórios/TJMA-2016) (Cartórios/TJPA-2016) (Cartórios/TJMG-2015/2016/2017/2018) (PGEAP-2018)
	(Cartórios/TJMG-2019-Consulplan): De acordo com a Lei 5.474/68, e a legislação pertinente, analise a afirmativa a seguir: A duplicata pode ser protestada por falta de aceite, de pagamento e de devolução. BL: art. 13, Lei 5474.
        § 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso, mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na falta de devolução do título. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 436, de 27.1.1969) (TRF2-2013) (PGEPA-2011/2015) (Cartórios/TJMG-2015/2018)
	##Atenção: ##STJ: ##PGEPA-2015: Segundo o STJ, na execução de duplicata virtual, “embora a norma do art. 13, § 1º, da Lei 5.474/68 permita o protesto por indicação nas hipóteses em que houver a retenção da duplicata enviada para aceite, o alcance desse dispositivo deve ser ampliado para harmonizar-se também com o instituto da duplicata virtual, conforme previsão constante dos arts. 8º e 22 da Lei 9.492/97. (...) A indicação a protesto das duplicatas mercantis por meio magnético ou de gravação eletrônica de dados encontra amparo no artigo 8º, parágrafo único, da Lei 9.492/97. O art. 22 do mesmo Diploma Legal, a seu turno, dispensa a transcrição literal do título quando o Tabelião de Protesto mantém em arquivo gravação eletrônica da imagem, cópia reprográfica ou micrográfica do título ou documento da dívida. (...) Quanto à possibilidade de protesto por indicação da duplicata virtual, deve-se considerar que o que o art. 13, § 1º, da Lei 5.474/68 admite, essencialmente, é o protesto da duplicata com dispensa de sua apresentação física, mediante simples indicação de seus elementos ao cartório de protesto. Daí, é possível chegar-se à conclusão de que é admissível não somente o protesto por indicação na hipótese de retenção do título pelo devedor, quando encaminhado para aceite, como expressamente previsto no referido artigo, mas também na de duplicata virtual amparada em documento suficiente. (...) Reforça o entendimento acima a norma do § 2º do art. 15 da Lei 5.474/68, que cuida de executividade da duplicata não aceita e não devolvida pelo devedor, isto é, ausente o documento físico, autorizando sua cobrança judicial pelo processo executivo quando esta haja sido protestada mediante indicação do credor, esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria e o sacado não tenha recusado o aceite pelos motivos constantes dos arts. 7º e 8º da Lei. (...). No caso dos autos, foi efetuado o protesto por indicação, estando o instrumento acompanhado das notas fiscais referentes às mercadorias comercializadas e dos comprovantes de entrega e recebimento das mercadorias devidamente assinados, não havendo manifestação do devedor à vista do documento de cobrança, ficando atendidas, suficientemente, as exigências legais para se reconhecer a executividade das duplicatas protestadas por indicação.”. STJ. 2ª S. EREsp 1024691/PR, Rel. Min. Raul Araújo, j. 22/08/12 (Info 502).
	(TJPE-2011-FCC): No que tange à duplicata: é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta de devolução do título. BL: art. 13, caput e §1º, Lei 5474.
(TJDFT-2007): O princípio da cartularidade não se aplica, no direito brasileiro, inteiramente à duplicata mercantil ou de prestação de serviços. BL; art. 13, §1º, LD.
        § 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 436, de 27.1.1969) (TJMG-2006) (TJAP-2009) (PGEPA-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (TJPR-2012) (TRF2-2013) (Cartórios/TJMA-2016) (PGEAP-2018) (Cartórios/TJMG-2015/2017/2018/2019)
	(Cartórios/TJMG-2016-Consulplan): Em relação ao instituto da duplicata e considerando a Lei 5.474/68, marque a afirmação correta: Se o credor não realizar o protesto por falta de aceite ou pela não devolução do título, ainda assim poderá realizar o protesto por falta de pagamento. BL: art. 13, §2º, LD.
##Atenção: Cumpre destacar que a duplicata pode ser protestada por falta de aceite e, neste caso, por óbvio, ela estará sem aceite. Logo, é totalmente equivocada a afirmação de que somente a duplicata aceita é que poderá ser objeto de protesto.
        § 3º O protesto será tirado na praça de pagamento constantedo título. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 436, de 27.1.1969) (PGEPA-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (TJSC-2013) (Cartórios/TJMG-2015/2018)
	(Cartórios/TJSP-2012-VUNESP): O protesto comum da duplicata é tirado na praça de pagamento constante do título. BL: art. 13, §3º, Lei 5474.
##Atenção: O protesto da duplicata deverá ocorrer na praça em que houver tirado o título.
        § 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da 30 (trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 436, de 27.1.1969) (TJDFT-2007) (PGEPA-2011) (Cartórios/TJSP-2011) (TJPE-2013) (TRF2-2013) (MPF-2013) (Cartórios/TJMG-2015/2017) (PGEAP-2018)
	(Cartórios/TJMG-2018-Consulplan): Com relação à duplicata é correto afirmar que o portador que não tirar o protesto da duplicata no prazo legal perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas. BL: art. 13, §4º, Lei 5474.
(Cartórios/TJPA-2016-IESES): De acordo com o que dispõe a legislação vigente que regula a duplicata, assinale a alternativa correta: É obrigatório o protesto da duplicata para o exercício do direito de direito regresso em face dos endossantes e respectivos avalistas. BL: art. 13, §4º, Lei 5474.
(TJRR-2008-FCC): A sociedade ABC Ltda. recebeu, por endosso de EEZ Ltda., uma duplicata não vencida. Como o devedor da duplicata era de solvência duvidosa, a ABC Ltda. exigiu, da endossante, que apresentasse um avalista pessoal, que apôs sua assinatura no título, nessa qualidade. Posteriormente, com o título vencido e não pago pelo devedor principal, a ABC Ltda. voltou-se contra a EEZ Ltda. para fins de cobrança do respectivo valor, mas descobriu que, nesse ínterim, à endossante havia sido deferida a recuperação judicial. Nesse contexto, a responsabilidade do avalista persiste, desde que tenha havido o protesto do título no prazo de 30 (trinta) dias a contar de seu vencimento. BL; art. 13, §4º, Lei 5474.
        Art. 14. Nos casos de protesto, por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, ou feitos por indicações do portador do instrumento de protesto deverá conter os requisitos enumerados no artigo 29 do Decreto nº 2.044, de 31 de dezembro de 1908, exceto a transcrição mencionada no inciso II, que será substituída pela reprodução das indicações feitas pelo portador do título.(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 436, de 27.1.1969) 
CAPÍTULO V 
(Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977)
DO PROCESSO PARA COBRANÇA DA DUPLICATA 
        Art. 15. A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil, quando se tratar: (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (TJMS-2010) (TJSC-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJMG-2015)
        l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não; (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (TJMS-2010) (TRT1-2010) (Cartórios/TJMG-2015) (Cartórios/TJMA-2011/2016)
	(Cartórios/TJPA-2016-IESES): De acordo com o que dispõe a legislação vigente que regula a duplicata, assinale a alternativa correta: É dispensado o protesto para a execução do sacado de duplicata aceita. BL: art. 15, I, Lei 5474.
        II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente: (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (TJMG-2007) (TJAP-2008) (TJRO-2011) (TJPR-2013) (TRF2-2013) (PGEPA-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
        a) haja sido protestada; (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (TJDFT-2007) (TJAP-2008) (TJAL-2008) (Cartórios/TJMA-2011) (TJRS-2012) (TRF2-2013) (PGEPA-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
	(Proc./ALERJ-2017-FGV): Alimentos Alcobaça Ltda. ME sacou duplicata de venda no valor de R$ 3.700,00 (três mil e setecentos reais) em face de S. de Toledo EIRELI. A duplicata não foi remetida ao aceite do sacado e, após o vencimento, o sacador pretendeu cobrá-la judicialmente apresentando tão somente o comprovante de entrega do produto vendido. Sobre a duplicata, nas condições descritas, é correto afirmar que não é título executivo extrajudicial, porque não foi levada a protesto por falta de pagamento, apesar de existir documento comprovando a entrega da mercadoria. BL: art. 15, II, “a”, Lei 5474 e Súmula 248, STJ.[footnoteRef:1] [1: Súmula 248-STJ: COMPROVADA a prestação dos serviços, a duplicata não aceita, mas protestada, É TÍTULO HÁBIL para instruir PEDIDO DE FALÊNCIA.] 
##Atenção: No caso em tela, a duplicata retratada na questão não se aperfeiçoou em título executivo extrajudicial em razão da ausência de protesto e da comprovação de que o sacado recusou o aceite (no caso ele sequer recebeu a duplicata).
        b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (TJDFT-2007) (TJAP-2008) (TJRS-2012) (TRF2-2013) (PGEPA-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
        c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (TJDFT-2007) (TJAP-2008) (TJRS-2012) (TRF2-2013) (PGEPA-2015) (Cartórios/TJMG-2015)
	Art. 7º A duplicata, quando não fôr à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentante dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da falta do aceite.
 § 1º Havendo expressa concordância da instituição financeira cobradora, o sacado poderá reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, desde que comunique, por escrito, à apresentante o aceite e a retenção.
 § 2º - A comunicação de que trata o parágrafo anterior substituirá, quando necessário, no ato do protesto ou na execução judicial, a duplicata a que se refere. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977)
 Art. 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de:
 I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco;
 II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados;
 III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
       
	##Atenção: Execução da duplicata:
i) Aceita: basta que esteja vencida;
ii) Não aceita: é necessário Protesto + Entrega + Não Escusas do devedor = PENE
##Atenção: As escusas do devedor são as situações em que o devedor poderá negar o aceite na duplicata, que se encontram previstas no art. 8º da Lei de Duplicatas (vide acima).
§ 1º - Contra o sacador, os endossantes e respectivos avalistas caberá o processo de execução referido neste artigo, quaisquer que sejam a forma e as condições do protesto. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (TJDFT-2007) (TJSC-2013)
	(TJDFT-2012): Marque a alternativa correta a respeito da duplicata: Para a cobrança do valor constante da duplicata do sacador, endossante e respectivos avalistas, pode o portador se valer de qualquer forma de protesto, independentemente das condições sob os quais foi tirado BL: art. 15, §1º, Lei 5474.
        § 2º - Processar-se-á também da mesma maneira a execução de duplicata ou triplicata não aceita e não devolvida, desde que haja sido protestada mediante indicações do credor ou do apresentante do título, nos termos do art. 14, preenchidas as condições do inciso II deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (Cartórios/TJSC-2008)
        Art. 16 - Aplica-se o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil à ação do credor contra o devedor, por duplicata ou triplicata que não preencha os requisitos do art. 15, incisos l e II, e §§ 1º e 2º, bem como à ação para ilidir as razões invocadas pelo devedor para o não aceite do título, nos casos previstos no art. 8º. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977)Art. 17 - O foro competente para a cobrança judicial da duplicata ou da triplicata é o da praça de pagamento constante do título, ou outra de domicílio do comprador e, no caso de ação regressiva, a dos sacadores, dos endossantes e respectivos avalistas. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (MPF-2013)
	(TJSP-2011-VUNESP): Sobre as Duplicatas: O foro competente para a cobrança judicial da duplicata ou da triplicata é o da praça de pagamento constante do título, ou outra de domicílio do comprador e, no caso de ação regressiva, a dos sacadores, dos endossantes e respectivos avalistas. BL: art. 17, Lei 5474.
        Art. 18. A pretensão à execução da duplicata prescreve: (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977)
        l - contra o sacado e respectivos avalistas, em 3 (três) anos, contados da data do vencimento do título; (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJMG-2009/2015) (TJDFT-2011/2015) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2019)
	(TJMG-2018-Consulplan): A respeito dos títulos de crédito e sua respectiva cobrança judicial, é correto afirmar que a Duplicata, ordem de pagamento emitida pelo credor originário, com base em uma fatura, para documentar o crédito originado de uma compra e venda mercantil ou de uma prestação de serviços, poderá ser executada judicialmente em face do sacado e respectivos avalistas dentro do prazo de 3 anos, contados da data do vencimento do título. BL: art. 18, I, Lei 5474.
(TJTO-2007-CESPE): A Limp Produtos de Limpeza Ltda. forneceu produtos à BC Serviços Gerais Ltda., razão pela qual foi emitida duplicata mercantil. Contudo, a BC Serviços Gerais não aceitou o título de crédito e também não efetuou o pagamento do valor devido. No tocante a essa situação hipotética e à luz das normas referente a duplicata mercantil, assinale a opção correta: A ação de execução da Limp Produtos de Limpeza Ltda. contra a BC Serviços Gerais Ltda. prescreverá no prazo de três anos a contar da data do vencimento da duplicata. BL; art. 18, I da Lei 5474.
        II - contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado da data do protesto; (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (TJPR-2012) (TRT5-2013) (Cartórios/TJSE-2014) (TJDFT-2011/2015) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2019)
        III - de qualquer dos coobrigados contra os demais, em 1 (um) ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (Cartórios/TJSE-2014) (TJDFT-2015) (TRF5-2017) (Cartórios/TJMG-2019)
	(Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2019-CESPE): Antônio é coobrigado que pagou uma duplicata protestada e deseja promover a competente ação para cobrar parte do valor por ele despendido de terceiro constante na cadeia de coobrigados. Nessa situação hipotética, o prazo prescricional para a ação de regresso dos coobrigados entre si será de um ano, a contar da efetuação do pagamento por Antônio. BL: art. 18, III, Lei 5474.
(TJDFT-2011): A pretensão à execução da duplicata prescreve em 1 ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título, de qualquer dos coobrigados contra os demais. BL: art. 18, III, Lei 5474.
##Atenção: ##Dica (Fonte: Qconcursos):  O art. 18 da Lei de Duplicatas aponta quais são os prazos para o ajuizamento das ações de cobrança, os quais serão distintos se estivermos diante de devedor principal ou indireto:
	DEVEDOR
	PROTESTO
	PRAZO
	AÇÃO
	Devedor principal/sacado e seus avalistas.
	Em regra, o protesto é  FACULTATIVO
ATENÇÃO: se o aceite for presumido o protesto será obrigatório.
	3 anos, contados da data do vencimento.
	Ação de EXECUÇÃO.
	A cobrança dos codevedores:
Sacador/ endossantes e seus avalistas
	Protesto é OBRIGATÓRIO.
	Compreende o prazo de 1 ano, a contar da data do protesto.
	Ação de EXECUÇÃO
	De qualquer dos coobrigados, contra os demais (codevedor paga o devedor anterior).
	O protesto foi realizado pelo portador para cobrança do coodevedor.
	O prazo é de 1 ano, a contar do pagamento.
	Ação de REGRESSO
        § 1º. A cobrança judicial poderá ser proposta contra um ou contra todos os coobrigados, sem observância da ordem em que figurem no título. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (Cartórios/TJSE-2014) (Cartórios/TJPA-2016)
        § 2º - Os coobrigados da duplicata respondem solidariamente pelo aceite e pelo pagamento. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) (Aud. Fiscal-SEFAZ/RS-2019)
	(Cartórios/TJMG-2019-Consulplan): De acordo com a Lei 5.474/68, e a legislação pertinente, analise a afirmativa a seguir: Os coobrigados de uma duplicata respondem solidariamente não só pelo pagamento, mas também pelo aceite do título. BL: art. 18, §2º, Lei 5474.
##Atenção: A solidariedade, portanto, independe do protesto do título.
CAPÍTULO VI 
Da Escrita Especial 
        Art. 19. A adoção do regime de vendas de que trata o art. 2º desta Lei [obs.: fatura e duplicata] obriga o vendedor a ter e a escriturar o Livro de Registro de Duplicatas. [obs.: livro OBRIGRATÓRIO Especial] (TJDFT-2007) (TRT5-2013) (TJPB-2015) (Cartórios/TJRS-2015)
        § 1º No Registro de Duplicatas serão escrituradas, cronologicamente, todas as duplicatas emitidas, com o número de ordem, data e valor das faturas originárias e data de sua expedição; nome e domicílio do comprador; anotações das reformas; prorrogações e outras circunstâncias necessárias. 
        § 2º Os Registros de Duplicatas, que não poderão conter emendas, borrões, rasuras ou entrelinhas, deverão ser conservados nos próprios estabelecimentos. 
        § 3º O Registro de Duplicatas poderá ser substituído por qualquer sistema mecanizado, desde que os requisitos deste artigo sejam observados. 
CAPÍTULO VII 
Das Duplicatas de Prestação de Serviços 
        Art. 20. As empresas, individuais ou coletivas, fundações ou sociedades civis, que se dediquem à prestação de serviços, poderão, também, na forma desta lei, emitir fatura e duplicata. (TJDFT-2007) (MPPE-2008) (Fiscal de Rendas/RJ-2009) (TJPR-2012/2013) (PGEBA-2014) (MPSP-2015) (TRT1-2016) (TRF5-2017) (Proc./ALERJ-2017) (Cartórios/TJMG-2016/2019) (TJMS-2020)
	(TJSP-2011-VUNESP): Sobre as Duplicatas: As empresas, individuais ou coletivas, fundações ou sociedades civis, que se dediquem à prestação de serviços, poderão, também, na forma da lei, emitir fatura e duplicata. BL: art. 20, Lei 5474.
(TJMS-2010-FCC): Com relação à duplicata, é correto afirmar que só pode ser emitida, se o crédito por ela representado for oriundo de relação de compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços. BL: arts. 1º e 20, Lei 5474.
        § 1º A fatura deverá discriminar a natureza dos serviços prestados. 
	(TRT4-2012-FCC): A duplicata é título de crédito causal e pode ser emitida em razão da prestação de serviços, por empresas individuais, devendo a fatura discriminar a natureza dos serviços prestados. BL: art. 20, caput e §1º Lei 5474.
        § 2º A soma a pagar em dinheiro corresponderá ao preço dos serviços prestados. 
        § 3º Aplicam-se à fatura e à duplicata ou triplicata de prestação de serviços, com as adaptações cabíveis, as disposições referentes à fatura e à duplicata ou triplicata de venda mercantil, constituindo documento hábil, para transcrição do instrumento de protesto, qualquer documento que comprove a efetiva prestação, dos serviços e o vínculo contratual que a autorizou.(Incluído pelo Decreto-Lei nº 436, de 27.1.1969) 
	(TJSP-2017-VUNESP): Qual dos títulos de crédito a seguir é necessariamente causal? A duplicata. BL: art. 1º e art. 20 da Lei 5474/68.
##Atenção: ##TJDFT-2007: ##PGEBA-2014: ##CESPE: ##MPSP-2015: ##Cartórios/TJMG-2016/2019: ##Consulplan: ##TRF5-2017: ##CESPE: ##Proc./ALERJ-2017: ##FGV: A duplicata só pode ser emitida para documentar a realização de uma compra e venda mercantil (duplicata mercantil) ou um contrato de prestação de serviços (duplicata de serviços). Por conta disso, afirma-se que a duplicata é um título causal, isto é, aquele em que a lei elenca as suas hipóteses de emissão. Sua utilização depende de previsão legal. Em outras palavras,compreende aquele título de crédito que guarda vínculo com a causa que lhe deu origem, constando expressamente no título a obrigação pelo qual o título foi assumido, sendo assim, só poderá ser emitido se ocorrer o fato que a lei elegeu como uma possível causa para o mesmo. Pode circular por endosso. Além da duplicata (que somente poderá ser emitida quando houver compra e venda mercantil e prestação de serviço), a doutrina cita como exemplo de título causal a Cédula de Crédito Industrial (vinculada a financiamento concedido por instituições financeiras a pessoa física ou jurídica que se dedique à atividade industrial).
(PGEPA-2015-UEPA): Acerca dos Títulos de Crédito, assinale a alternativa correta: o saque da duplicata mercantil pressupõe a existência de uma relação jurídica subjacente, de modo que a ausência de causa debendi representa a irregularidade do título emitido. BL: art. 1º e art. 20 da Lei 5474/68.
##Atenção: De fato, a duplicata é um título de crédito causal que só se origina de operações de compra e venda de mercadorias ou de prestação de serviços, nos termos do arts. 1º, 2º e 20 da Lei 5.474/68. A duplicata será considerada irregular caso não seja emitida para documentar uma dessas causas, podendo, inclusive, configurar o crime de duplicata simulada, previsto no art. 172 do CP. 
(Cartórios/TJRR-2013-CESPE): A respeito de duplicata e endosso, assinale a opção correta: A emissão de duplicata é admitida somente para fins de documentação das relações jurídicas preestabelecidas em compra e venda mercantil ou em contrato de prestação de serviços. BL: art. 1º e art. 20 da Lei 5474/68.
        Art. 21. O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços por motivo de: 
        I - não correspondência com os serviços efetivamente contratados; (Fiscal de Rendas/RJ-2009)
        II - vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados; (Fiscal de Rendas/RJ-2009)
        III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados. (Fiscal de Rendas/RJ-2009)
	(Aud. Fiscal-SEFAZ/PE-2014-FCC): Em relação aos títulos de crédito, considere: O sacado poderá deixar de aceitar a duplicata de prestação de serviços pela não correspondência com os serviços efetivamente contratados, por vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados, bem como por divergências nos prazos ou nos preços ajustados. BL: art. 21, Lei 5474.
        Art. 22. Equiparam-se às entidades constantes do art. 20, para os efeitos da presente Lei, ressalvado o disposto no Capítulo VI, os profissionais liberais e os que prestam serviço de natureza eventual desde que o valor do serviço ultrapasse a NCr$100,00 (cem cruzeiros novos). (MPPE-2008) 
        § 1º Nos casos deste artigo, o credor enviará ao devedor fatura ou conta que mencione a natureza e valor dos serviços prestados, data e local do pagamento e o vínculo contratual que deu origem aos serviços executados. 
        § 2º Registrada a fatura ou conta no Cartório de Títulos e Documentos, será ela remetida ao devedor, com as cautelas constantes do artigo 6º. 
        § 3º O não pagamento da fatura ou conta no prazo nela fixado autorizará o credor a levá-la a protesto, valendo, na ausência do original, certidão do cartório competente. 
        § 4º - O instrumento do protesto, elaborado com as cautelas do art. 14, discriminando a fatura ou conta original ou a certidão do Cartório de Títulos e Documentos, autorizará o ajuizamento do competente processo de execução na forma prescrita nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977) 
CAPÍTULO VIII 
Das Disposições Gerais 
        Art. 23. A perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor a extrair triplicata, que terá os mesmos efeitos e requisitos e obedecerá às mesmas formalidades daquela. (MPPE-2002) (TJMS-2008) (TJAL-2008) (TJBA-2012) (Cartórios/TJSE-2014) (TRT1-2016) (Cartórios/TJDFT-2019)
	(Cartórios/TJPE-2013-FCC): Nos termos da Lei nº 5.474/68, a emissão da duplicata e da triplicata é facultativa e obrigatória, respectivamente. BL: arts. 2º[footnoteRef:2] e 23, Lei 5474. [2: Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela PODERÁ ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador.] 
##Atenção: ##TJBA-2012: ##CESPE: A extração da triplicata não é obrigatória, na medida em que poderá o credor optar por promover o protesto por indicação, e mais, não é somente na hipótese em que ocorra perda ou extravio que caberá a extração da triplicata, pois as hipóteses do artigo 23 da Lei da Duplicata são exemplificativas, conforme trazido por Marcelo M. Bertoldi e Marcia Carla Pereira Ribeiro. Curso Avançado de Direito Comercial. 6.ª edição. Editora RT. 2011. p. 459.
        Art. 24. Da duplicata poderão constar outras indicações, desde que não alterem sua feição característica. 
        Art. 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sobre emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio. (Cartórios/TJSP-2011) (TRF1-2013) (TRT5-2013) (Cartórios/TJPA-2016)
	(DPEBA-2016-FCC): Sobre os títulos de crédito, analise a seguinte afirmação: Ao contrário da nota promissória, a duplicata é um título causal e, em regra, não goza de abstração. BL: art. 25 da LD e Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##PGEBA-2014: ##CESPE: ##MPSP-2015: Em regra, a duplicata é um título eminentemente causal, “na medida em que há uma estreita vinculação ao negócio jurídico que lhe deu origem, uma compra e venda ou uma prestação de serviços. Não se trata de mera ligação a uma causa, pois todo título de crédito tem uma causa. (...) há um vínculo expresso entre o título e o negócio jurídico que lhe deu origem, fazendo com que um esteja indissociavelmente ligado ao outro. Essa conexão decorre do próprio conteúdo do título que, de alguma forma, faz menção a sua causa”. No entanto, em certos casos, o credor já não é mais aquele que participou do negócio, pelo fato de ter havido aceite ou endosso da duplicata. Nessa hipótese, o aceite e o endosso possibilitam a aplicação da abstração e são capazes de afastar a causalidade do título. (Fonte: Marlon Tomazette).
##Atenção: ##STJ: ##PGEBA-2014: ##CESPE: ##MPSP-2015: A causalidade da duplicata reside apenas na sua origem, mercê do fato de somente poder ser emitida para a documentação de crédito nascido de venda mercantil ou de prestação de serviços. Porém, a duplicata mercantil é título de crédito, na sua generalidade, como qualquer outro, estando sujeita às regras de direito cambial, nos termos do art. 25 da Lei 5.474/68, ressaindo daí, notadamente, os princípios da cartularidade, abstração, autonomia das obrigações cambiais e inoponibilidade das exceções pessoais a terceiros de boa-fé. (STJ. 4ª T., REsp 261.170/SP, Rel. Min. Luís Felipe Salomão, j. 04/08/09).
	(Anal. Legisl./Câm. Deputados-2014-CESPE): A respeito dos títulos de crédito, julgue o item subsecutivo: Em se tratando de aval parcial, admitido em duplicatas mercantis, poderá o avalista garantir o pagamento de apenas uma parte da obrigação constante do título. BL: art. 30 da LUG c/c art. 25 da Lei de Duplicatas.
##Atenção: O art. 25 da Lei de Duplicatas dispõe que a sua norma supletiva para fins de pagamento, circulação e emissão será a LUG. A propósito, vejamos o art. 29 da LUG: “O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.” A doutrina passou a entender que há uma proximidade mais em relação à LUG, que ao Código Civil, que trata apenas de títulos de créditos atípicos. Então, o art. 25 da Lei de Duplicatas não fala expressamente de que para garantias se aplica a lei da letra de câmbio e da nota promissória, ou seja, a LUG. Ela não usa esse termo. Porém, ela diz que para emissão, circulação e pagamento a norma aplicada supletivamente à Lei da Duplicata é a LUG. É por isso que maioria absolutavem acenando pela possibilidade do aval parcial na duplicata.
##Atenção: É possível o aval parcial na duplicata? Há duas correntes na doutrina: 
(I) não é possível. Como a Lei n. 5.474/68, que trata da duplicata é omissa a respeito, utiliza-se a regra geral do Código Civil, que no art. 897, parágrafo único, diz ser vedado o aval parcial.
(II) é possível. Mesmo não havendo disposição expressa a respeito na Lei n. 5.474/68, que trata da duplicata, referida lei, em seu art. 25, determina que sejam aplicados à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sobre emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio, e a Lei Uniforme admite aval parcial.
        Art. 26. O art. 172 do Código Penal (Decreto-lei número 2.848, de 7 de dezembro de 1940) passa a vigorar com a seguinte redação: 
"Art. 172. Expedir ou aceitar duplicata que não corresponda, juntamente com a fatura respectiva, a uma venda efetiva de bens ou a uma real prestação de serviço. 
Pena - Detenção de um a cinco anos, e multa equivalente a 20% sobre o valor da duplicata. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas". 
        Art. 27. O Conselho Monetário Nacional, por proposta do Ministério da Indústria e do Comércio, baixará, dentro de 120 (cento e vinte) dias da data da publicação desta lei, normas para padronização formal dos títulos e documentos nela referidos fixando prazo para sua adoção obrigatória. (TRF1-2015)
	##Atenção: A duplicata é um título de modelo vinculado que, além de seguir os padrões de emissão fixados pelo Conselho Monetário Nacional (Art. 27 da Lei n. 5.474/68), deve conter os elementos fixados na Lei das Duplicatas, dentre os quais, a presença de "cláusula à ordem", não existindo, pois, a possibilidade da inserção de cláusula não à ordem na cártula (Art. 2º, § 1º, VII, da Lei n. 5.474/68).
        Art. 28. Esta Lei entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data de sua publicação, revogando-se a Lei número 187, de 15 de janeiro de 1936, a Lei número 4.068, de 9 de junho de 1962, os Decretos-Leis números 265, de 28 de fevereiro de 1967, 320, de 29 de março de 1967, 331, de 21 de setembro de 1967, e 345, de 28 de dezembro de 1967, na parte referente às duplicatas e todas as demais disposições em contrário. 
        Brasília, 18 de julho de 1968; 147º da Independência e 80º da República. 
A. COSTA E SILVA 
Luís Antônio da Gama e Silva 
Antônio Delfim Netto 
Edmundo de Macedo Soares
Este texto não substitui o publicado no DOU de  19.7.1968
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