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MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO | Luíza Moura e Vitória Neves HIV E SIDA FISIOPATOLOGIA O VÍRUS O HIV pertence à família Retroviridae, subfamília Lentiviridae; Causa: → Efeitos citopáticos em curto prazo; → Infecção longitudinal persistente que culmina AIDS. ESTRUTURA Formato esférico de 100nm a 200nm de diâmetro; Possui nucleocapsídio, onde estão: → Duas fitas de RNA; e → Enzimas de replicação (transcriptase reversa, protease e integrase). Nucleocapsídio possui: envelope (dupla camada fosfolipídica): → Originado da camada celular do hospedeiro; → Contém proteínas: a glicoproteína 120 (gp120) e a glicoproteína 41 (gp41). PATOGÊNESE O HIV infecta: → Macrófagos; → Células dendríticas; e → Linfócitos T auxiliares (principal) A!! T-auxiliares: São responsáveis pela modulação da resposta imunológica Todas as células citadas têm um marcador fenotípico de superfície denominado CD4, o qual é o receptor de alta afinidade da proteína gp120 do HIV. Os linfócitos T CD8+ (citotóxicos) são responsáveis pela eliminação celular de patógenos ou células infectadas por vírus. → Células com marcador CD4+, são invadidas (principalmente os linfócitos T) pelo vírus; → Expressam as partículas da proteína viral na sua superfície. que são reconhecidas pelos linfócitos T CD8+; e → Como consequência, ocorre a sua destruição. Relação T CD4+ / T CD8+ no sangue: → Indivíduos hígidos: T CD4+ é o dobro de T CD8+; → A partir do período assintomático: relação T CD4+/T CD8+, normalmente, começa a se inverter. PROCESSO DE REPLICAÇÃO 1. Ligação da gp120 do envelope do HIV à molécula CD4 e, posteriormente, ao receptor para quimiocinas (correceptor). 2. Fusão com a membrana plasmática da célula do hospedeiro (mediada por gp41). 3. Entrada do HIV no citoplasma. 4. Proteína transcriptase reversa: transcreve o genoma de RNA viral em DNA pró-viral de fita dupla, que se integra no genoma humano pela ação da proteína integrase, iniciando o processo de transcrição do HIV no genoma. 5. Através de diferentes estímulos (genes regulatórios), o HIV se replica e sai novamente para o citoplasma na forma de proteínas virais desorganizadas; 6. Protease cliva as proteínas virais desorganizadas que, posteriormente, serão liberadas na circulação sanguínea como novos vírions. A replicação viral desencadeia causas potenciais da depleção das células CD4+: → Consequências tóxicas diretas da infecção; → Formação de sincícios; MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO | Luíza Moura e Vitória Neves → Destruição ocasional das células com gp120 absorvida; → Regeneração prejudicada do compartimento das células T periféricas; → Destruição autoimune; → Superantígenos; → Apoptose. A variabilidade genética do HIV não está totalmente compreendida e é uma característica que estabelece um prognóstico sombrio para a cura da AIDS e para o sucesso da TARV (terapia eficaz com antirretrovirais). EVOLUÇÃO NATURAL E QUADRO CLÍNICO Divide-se em: → Infecção aguda; → Infecção assintomática ou período de latência clínica; e → Infecção sintomática. INFECÇÃO AGUDA Ocorre após a transmissão viral, que ocorre por transferência de fluídos corporais (sangue, sêmen, líquido vaginal e leite materno) de um indivíduo infectado para outro não infectado por via: → Sexual; → Parenteral; ou → Vertical. Tem a duração média entre duas e três semanas a seis meses. As principais características são: → Viremia elevada; → Resposta imunológica intensa; → Depleção na contagem de T CD4+; → Aumento de T CD8+. As características culminam na disseminação do HIV pelo organismo e, dessa forma, atingindo o SNC e os linfonodos (serão utilizados como reservatórios) No final da infecção aguda, ocorre diminuição e estabilização da: → Viremia (mediada por anticorpos produzidos pelos T CD8+); e → Resposta imunológica; A!! Determinarão o prognóstico de evolução para AIDS. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Se manifesta clinicamente em aproximadamente 50 a 90% dos indivíduos. Os sintomas variam de um quadro gripal até uma síndrome similar à mononucleose e duram, em média, 14 dias. INFECÇÃO ASSINTOMÁTICA Caracteriza-se por sintomas clínicos: → Mínimos (linfadenopatia generalizada persistente); ou → Inexistentes; Nessa fase, o tecido linfoide atua como o maior reservatório de HIV do organismo; → Com evolução da infecção, ocorre a sua lenta e progressiva diminuição; → Como consequência, o vírus novamente é liberado na corrente sanguínea, aumentando a viremia plasmática. Como já dito, o T CD4+ é o marcador prognóstico da AIDS e da sobrevivência do indivíduo infectado pelo HIV. MANIFESTAÇÕES CLINICAS Os sintomas clínicos iniciam no 6º mês de infecção e se estendendo em média de cinco a nove anos, que culmina com a pessoa estando sintomática ou laboratorialmente doente. INFECÇÃO SINTOMÁTICA A infecção sintomática caracteriza-se pela imunodeficiência grave e de difícil recuperação, por causa da elevação da viremia, geralmente com T CD4+ < 200 células/mL. MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO | Luíza Moura e Vitória Neves MANIFESTAÇÕES CLINICAS Pode apresentar um conjunto de sinais e sintomas com duração > um mês, como: → Malestar; → Sudorese noturna; → Wasting syndrome (síndrome da desnutrição) A!! Síndorme da desnutrição, também denominada de síndrome consumptiva relacionada com a AIDS, nela ocorre: → Caquexia > 10% associada a diarreia crônica ou fraqueza crônica; → Febre. AIDES A AIDS é o espectro final da infecção pelo HIV e é caracterizada por: → Presença de doenças oportunistas; ou → Contagem de T CD4+ < 350/mL (2,10,44). As doenças oportunistas são infecções causadas por: → Vírus (ex.: citomegalovírus); → Bactérias (ex.: Pseudomonas aeruginosa); → Fungos (ex.: Candida albicans); → Protozoários (ex.: Toxoplasma gondii). Além delas, existem as: → Neoplasias (ex.: sarcoma de Kaposi); → Alterações neurológicas (neuropatias periféricas). Ocorre também complicações: → Cardiorrespiratórias; → Antropométricas (wasting syndrome); → Musculares (muscle wasting - sarcopenia); → Psiquiátricas (depressão). A!! A sarcopenia é preditora de morbidade e mortalidade, porque a diminuição da força muscular, decorrente dela, torna os indivíduos fisicamente debilitados, contribuindo assim para a progressão da infecção pelo HIV. DIAGNÓSTICO O diagnóstico de sorologia positiva para HIV é realizado, numa determinada amostra de sangue, por testes: → Laboratoriais de triagem (ELISA - ensaio por imunoabsorbância ligado à enzima); ou → Confirmatórios (Western Blot e a imunoflorescência indireta). É necessário o período de 6 a 12 semanas (médio de oito semanas) após a transmissão do HIV para a sorologia ser identificada positiva. Janela imunológica ou bilógica: período entre a transmissão e a identificação da soroconversão CDC No Brasil, o principal critério utilizado para a definição de casos de HIV em indivíduos a partir de 13 anos é o critério CDC (Centros para Controle da Doença e Prevenção) adaptado; CDC consiste na existência de: → Dois testes de triagem reagentes; OU → Um confirmatório. Técnica de citometria de fluxo e teste Versant HIV-1 RNA 3.0 Assay (bDNA) fazem o monitoramento do: → T CD4+; → T CD8+; → Carga viral. Os valores de referência para a análise das variáveis imunológicas são: → T CD4+ (410-1.590 células/mL de sangue); → T CD8+ (190-1.140 células/mL de sangue); → T CD4+/T CD8+ (0,8-4,2); Obs.: O limite de detecção do teste Versant é de 50 cópias/mL e, abaixo desse limite, a carga viral é considerada indetectável. MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO | Luíza Moura e Vitória Neves TARV- TERAPIA ALTAMENTE EFICAZ COM ANTIRRETROVIRAIS O desenvolvimentoda TARV modificou significativamente o curso da infecção pelo HIV, proporcionando aumento da expectativa de vida dos indivíduos infectados pelo HIV. Os esquemas terapêuticos da TARV incluem geralmente a interação de três classes de fármacos: → Inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídios (INTR); → Inibidores de transcriptase reversa não análogos de nucleosídios (INNTR); → Inibidores de protease (IP); Têm como ponto de corte para o início do tratamento: → T CD4+ < 200; OU → T CD4+ entre 200 e 350. O objetivo desses fármacos, que atuam nas diversas fases da replicação viral, é impedir: → Entrada do HIV na célula, no núcleo; e/ou → Maturação de novos vírions; Devido à variabilidade genética, ainda não é possível a eliminação do vírus no indivíduo, porém, tem-se garantido a supressão sustentada da carga viral em nível indetectável (< 50 cópias/mL). SÍNDROME LIPODISTRÓFICA DO HIV Os fármacos utilizados nos esquemas terapêuticos e, principalmente os inibidores de protease, são responsáveis pela maior expectativa de vida dos pacientes; porém, têm sido associados à síndrome lipodistrófica do HIV. Essa síndrome é caracterizada por distúrbios metabólicos: → Dislipidemia; → Lipoatrofia ( tecido adiposo em braços, pernas e nádegas); → Proeminência muscular e venosa relativas; → Lipo-hipertrofia (acúmulo de tecido adiposo em regiões abdominal, dorsocervical e peitoral); → Alterações glicêmicas e resistência insulínica ( risco das doenças cardiovasculares). Uma das hipóteses para esses distúrbios associados à TARV está fundamentada no alto grau de homologia entre o sítio catalítico da protease do HIV e as 2 proteínas envolvidas no metabolismo lipídico: → CRABP-1 (Proteína Ligadora do Ácido Retinoico Citoplasmático Tipo 1); e → LRP (ou Proteína Relacionada ao Receptor de LDL). Os inibidores de protease inibem a CRBP-1 e se unem à LRP e, como o sítio da CRBP-1 está ocupado pelos inibidores da protease, não existe a sua ligação ao ácido retinóico, com isso: → Reduz diferenciação de adipócitos; e → Leva a apoptose de adipócitos periféricos. O desfecho é a hiperlipidemia por redução do armazenamento periférico e aumento da liberação de lipídeos na corrente sanguínea. MANEJO ABORDAGEM INICIAL AO INFECTADO PELO HIV Um dos objetivos da abordagem inicial é estabelecer uma relação de confiança e respeito entre o paciente e a equipe multiprofissional do serviço de saúde. A!! PVHIV: Pessoa vivendo com HIV/Aids ANAMNESE O acolhimento começa assim que a pessoa chegar ao serviço de saúde. → Visa garantir à pessoa que será ouvida de forma respeitosa e profissional, independentemente do motivo que a levou a buscar ajuda. MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO | Luíza Moura e Vitória Neves Conhecer e compreender as condições psicossociais, riscos e vulnerabilidades que envolvem o contexto de vida da PVHIV. A investigação não se esgota na primeira consulta e será complementada e atualizada nos atendimentos subsequentes. Roteiro inicial, que pode ser adaptado conforme a necessidade de cada paciente: Os indivíduos com diagnóstico recente apresentam enorme expectativa e dúvidas nas primeiras consultas, o que dificulta a compreensão e absorção de toda a informação disponibilizada. EXAME FÍSICO A infecção pelo HIV tem um acometimento sistêmico. É necessário atentar-se para sinais clínicos comumente associados à doença. → Febre e adenopatia; → Faringite; → Mialgia, artralgia e adinamia; → Rash cutâneo maculopapular eritematoso; → Ulcerações mucocutâneas; → Cefaleia e fotofobia; → Hepatoesplenomegalia; → Hiporexia e perda de peso; → Náuseas e vômitos; etc. Deve-se realizar o exame físico completo e de forma regular. Quanto mais baixa a contagem de T CD4+, mais frequentemente os pacientes devem ser examinados. EXAMES COMPLEMENTARES INICIAIS A abordagem laboratorial no início do acompanhamento clínico auxilia: → Avaliação da condição geral de saúde; → Pesquisa de comorbidade e coinfecções; → Urgência no início da TARV. Também fornece informações laboratoriais basais pré-tratamento, bem como orienta sobre a necessidade de imunizações ou profilaxias. Exames que devem ser solicitados na primeira consulta: MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO | Luíza Moura e Vitória Neves PERIODICIDADE DE CONSULTAS Deve se adequar às condições clínicas da PVHIV e à fase do tratamento. Após a introdução ou alteração da TARV, recomenda-se retorno entre 7 e 15 dias para avaliar eventos adversos e dificuldades relacionadas à adesão. Em seguida, podem ainda ser necessários retornos mensais até a adaptação à TARV. PVHIV em TARV com quadro clínico estável poderão retornar para consultas em intervalos de até 6 meses. → Exames de controle poderão ser realizados semestralmente, ou conforme avaliação. MONITORAMENTO LABORATORIAL Frequência de solicitação de exame de TCD4+ é de acordo com a situação clínica. Frequência de solicitação de exame de CV-HIV é de acordo com a situação clínica. A contagem de T CD4+: → Um dos biomarcadores mais importantes para avaliar a urgência de início da TARV e a indicação das imunizações e das profilaxias para IO. → Avalia o grau de comprometimento do sistema imune e a recuperação da resposta imunológica com o tratamento adequado, além de definir o momento de interromper as profilaxias. → Tem importância na avaliação inicial; CV-HIV é considerada o padrão-ouro para: → Monitorar a eficácia da TARV; → Detectar precocemente problemas de adesão em PVHIV. A realização do exame de T CD4+ não traz nenhum benefício ao monitoramento clínico- laboratorial para pacientes estáveis: → Em TARV; → Com CV-HIV indetectável; e → T CD4+ > 350 céls/mm3, Flutuações laboratoriais e fisiológicas de T CD4+ não têm relevância clínica e podem levar a erros de conduta (ex.: troca precoce de esquemas ARV ou manutenção de esquemas em falha virológica) A!! Em pacientes em uso de TARV, o foco do monitoramento laboratorial deve ser a CV-HIV para avaliar a eficácia da TARV e detectar precocemente a falha virológica, caracterizada por dois exames sequenciais de CV-HIV detectáveis MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO | Luíza Moura e Vitória Neves EXAMES COMPLEMENTARES E AVALIAÇÕES DE SEGUIMENTO CLÍNICO Além dos exames de contagem de LT-CD4+ e CV- HIV. Essas recomendações são para pacientes: → Clinicamente assintomáticos; → Sob tratamento estável; → Com resultados normais na avaliação laboratorial inicial e de rotina. Monitoramento mais frequente é necessário quando: → Tratamento é iniciado ou alterado; ou → Paciente desenvolva queixas e sintomas. As taxas de novas anormalidades laboratoriais diminuem à medida que decorre mais tempo do início da TARV. A realização de exames complementares para seguimento do paciente é necessária e sua frequência dependerá da condição clínica e uso de TARV. AVALIAÇÃO Realizar a investigação de tuberculose (TB): → A TB é a principal causa de óbito por doença infecciosa em PVHIV (pesquisada em toda consulta). → Pesquisa: iniciar-se com o questionamento sobre a presença de tosse, febre, emagrecimento e/ou sudorese noturna. → A presença de qualquer um desses sintomas pode indicar TB ativa e requer investigação Avaliação de risco cardiovascular. Rastreamento das neoplasias. QUANDO INICIAR O TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL O início imediato da TARV está recomendado para todas as PVHIV, independentemente do seu estágio clínico e/ou imunológico. A recomendação de início precoce da TARV considera: → Benefícios relacionados à redução da morbimortalidade em PVHIV; → Diminuição da transmissão da infecção; → Impacto na redução da tuberculose; →Opções terapêuticas mais cômodas e bem toleradas. Entretanto, nenhuma estratégia é totalmente eficaz sem considerar a importância de reforçar a adesão à TARV. A TARV deve ser iniciada quando a PVHIV estiver informada sobre seus benefícios e riscos, e motivada e preparada para o tratamento. MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO | Luíza Moura e Vitória Neves A TARV, uma vez iniciada, não deverá ser interrompida. SITUAÇÕES DE PRIORIZAÇÃO PARA INÍCIO DA TARV PVHIV SINTOMÁTICAS A TARV está indicada as PVHIV sintomáticas, independentemente da contagem de T CD4+; Pois, a presença de sintomas já demonstra fragilidade imunológica e incapacidade de controle viral. Entendem-se por sintomáticos os pacientes com: → Imunodeficiência avançada (doença definidora de aids); ou → Imunodeficiência moderada. TERAPIA ANTIRRETROVIRAL INICIAL PREFERENCIAL E ALTERNATIVA A terapia inicial deve sempre incluir combinações de três ARV, sendo: → Dois ITRN/ ITRNt associados a uma outra classe de antirretrovirais (ITRNN, IP/r ou INI). Esquema inicial preferencial deve ser a: → Associação de dois ITRN/ITRNt [lamivudina (3TC) e tenofovir (TDF)] associados ao inibidor de integrase (INI) [ dolutegravir (DTG)] Exceção a esse esquema deve ser observada para os casos de coinfecção TB-HIV, MVHIV com possibilidade de engravidar e gestantes. Esquema de TARV inicial preferencial para adultos: MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO | Luíza Moura e Vitória Neves Situações especiais de intolerância ou contraindicação devem ter seus esquemas iniciais adequados para esquemas iniciais alternativos. Pacientes coinfectados TB-HIV que iniciaram tratamento com esquema contendo RAL ou EFV (não DTG), após o término do tratamento da tuberculose, poderão realizar a troca do EFV ou do RAL para DTG, seguindo as recomendações gerais de esquema inicial preferencial para adultos. Para que essa troca seja possível, a PVHIV deverá se enquadrar nos seguintes critérios: → Estar em seguimento clínico e uso de TARV de forma regular; → Estar com CV-HIV indetectável documentada; → Ser esclarecida quanto à troca. Essa troca deverá ser orientada, monitorada e abordada já durante a prescrição do tratamento inicial alternativo. PREPARAÇÃO DO PACIENTE PARA O TRATAMENTO ADESÃO PREVENÇÃO POSITIVA Tem como objetivo prevenir a transmissão do HIV e evitar a reinfecção e a aquisição de outros agravos, como sífi lis, hepatite B e/ou hepatite C, o mais precocemente possível. Visa ainda estimular a adoção de um estilo de vida mais saudável, que inclua atividade física rotineira e alimentação equilibrada. NUTRIÇÃO ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO IMUNIZAÇÕES Adultos e adolescentes com HIV podem receber todas as vacinas do calendário nacional, desde que não apresentem deficiência imunológica importante. A!! Imunodepressão = risco à administração de vacinas de agentes vivos = possibilidade de resposta imunológica consistente. Em pacientes sintomáticos ou com imunodeficiência grave (T CD4+ < 200 céls/ mm3) deve-se adiar a administração de vacinas, até ele atingir grau satisfatório de reconstituição imune com o uso de TARV. → Proporciona melhora na resposta vacinal e redução do risco de complicações pós- vacinais. Vacinas com vírus vivos atenuados (poliomielite oral, varicela, rubéola, febre amarela, sarampo e caxumba): → Precisa de análise individual de risco- benefício; e → Não deve ser realizada em casos de imunodepressão grave. MÓDULO FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO | Luíza Moura e Vitória Neves Parâmetros imunológicos para imunizações com vacinas de bactérias ou vírus vivos em pacientes maiores de 13 anos infectados pelo HIV: Esquema vacinal básico para adultos e adolescentes vivendo com HIV47-50: A imunogenicidade e a eficácia da vacina contra hepatite B são inferiores em pacientes imunodeprimidos em relação aos imunocompetentes. Por esse motivo, quatro doses de vacina contra hepatite B, com o dobro da dose habitual, são necessárias à indução de anticorpos em níveis protetores. Xçclm çlxc, çlcx, çcl,vç,vçdflv,dfçlv,fdçvdfçvfdçfffffffffffffffffffffff fffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffff ffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffff A imunogenicidade e a eficácia da vacina contra hepatite B são inferiores em pacientes imunodeprimidos em relação aos imunocompetentes. Por esse motivo, quatro doses de vacina contra hepatite B, com o dobro da dose habitual, são necessárias à indução de anticorpos em níveis protetores. A imunogenicidade e a eficácia da vacina contra hepatite B são inferiores em pacientes imunodeprimidos em relação aos imunocompetentes. Por esse motivo, quatro doses de vacina contra hepatite B, com o dobro da dose habitual, são necessárias à indução de anticorpos em níveis protetores.
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