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Base mecânica para a contração muscular e produção dos movimentos corporais; Proteção das vísceras como, por exemplo, a caixa craniana e a caixa torácica; Reserva mineral para a mediação intracelular, pois são constituídos não só por uma matriz orgânica, mas também por uma matriz inorgânica (mineral); Abrigar o órgão hematopoiético (medula óssea vermelha); Se relacionar com o aparelho sensorial. Os ossos são constituídos por substância óssea compacta e substância óssea esponjosa. O espaço entre as trabéculas da substância óssea esponjosa contém a medula óssea vermelha (responsável pela produção das células sanguíneas como, por exemplo, hemácias, plaquetas e leucócitos). O sistema esquelético é dividido em esqueleto axial (eixo do corpo) e esqueleto apendicular (apêndice). Os ossos que constituem o esqueleto axial são os do crânio, da coluna vertebral, as costelas, o esterno, o osso hioide e os ossículos da audição. O esqueleto apendicular está ancorado ao esqueleto axial. 1. Ossos Longos: Os ossos longos possuem o comprimento maior que a largura e a espessura, e, não necessariamente, significam que são ossos grandes. Alguns exemplos de ossos longos são a tíbia, a fíbula, o fêmur e as falanges. Ao observarmos os ossos longos percebemos duas extremidades conhecidas como epífises (proximal e distal) e um corpo que chamamos de diáfise. No interior das epífises nós encontramos a substância óssea esponjosa que contém, entre as suas trabéculas, a medula óssea vermelha. Já no interior da diáfise nós encontramos o canal medular que é preenchido pela medula óssea amarela (formada por células adiposas). 2. Ossos Curtos: Os ossos curtos ou cuboides possuem as três dimensões (comprimento, largura e espessura) com tamanhos iguais. Alguns exemplos de ossos curtos são os do carpo e os do tarso. 3. Ossos Planos: Os ossos planos possuem a superfície maior que a espessura, ou seja, o comprimento e a largura desses ossos são maiores que a espessura. Eles são considerados ossos finos. Alguns exemplos de ossos planos são os do neurocrânio. Esse tipo de osso não possui canal medular, ou seja, ele terá apenas a medula óssea vermelha. Ele é formado por uma lâmina de substância óssea esponjosa (díploe) entre duas lâminas de substância óssea compacta. A díploe funciona como um amortecedor para o crânio, pois não permite que as vibrações mecânicas que Anatomia Sistema Esquelético e Sistema Articular Beatriz Fernandes provocam a fatura da lâmina externa da substância óssea compacta em um impacto, se propaguem para a lâmina interna da substância compacta que está em contato com o encéfalo. Caso a estrutura desses ossos fosse maciça, a vibração mecânica se propagaria e toda a estrutura se racharia. 4. Ossos Irregulares: Os ossos irregulares são aqueles que eu não consigo traçar uma relação entre as suas três dimensões. Alguns exemplos de ossos irregulares são as vértebras, o osso do quadril (ilíaco – plano, ísquio – robusto e púbis – angulado) e a maxila. 5. Ossos Pneumáticos: Os ossos podem ter mais de uma classificação como, por exemplo, os ossos da face que, além de irregulares, são também ossos pneumáticos, pois possuem cavidades (seios) preenchidas por ar. Os seios dos ossos pneumáticos da face se comunicam com a cavidade nasal e dão origem aos seios paranasais. 6. Ossos Sesamoides: Os ossos sesamoides são ossos arredondados que surgem em regiões de estresse mecânico como, por exemplo, a patela que se localiza na articulação do joelho. A patela surge a partir da ossificação entre o tendão do músculo reto femoral (patelar) e o tendão do músculo tibial anterior. A ossificação do ponto de contato entre esses dois tendões evita a ruptura deles pelo estresse mecânico do joelho e reforça a articulação. Alguns outros exemplos de ossos sesamoides são aqueles encontrados entre as articulações dos ossos do pé, pois é um estrutura com uma grande carga mecânica ao sustentar o peso do corpo. 7. Ossos Suturais ou Acessórios: Os ossos suturais (variação anatômica) na região da cabeça, por exemplo, irão aparecer entre as articulações dos ossos cranianos (suturas). Em algumas pessoas os centros de ossificação mais próximos às suturas podem se fechar antes dos outros e isso dará origem ao osso sutural como, por exemplo, o osso interparietal (entre os ossos parietais). 8. Ossos Heterotópicos: São ossos que surgem em lugares onde não deveriam haver ossificações como, por exemplo, em locais de grandes cicatrizes ou graças a alguma síndrome genética. Os ossos heterotópicos são comuns nos jóqueis, pois, para se manterem na posição ideal sobre os cavalos, eles contraem constantemente a musculatura da parte medial da coxa que também sofre impactos com a cela do animal. Essas técnicas causam a ruptura de pequenos vasos que não cicatrizam corretamente e, com a deposição de cálcio no local, surgem espículas de ossos entre a pele e a musculatura dessa região. Nesses casos, os ossos heterotópicos são conhecidos como ossos dos cavaleiros. Ossificação Intramembranosa (formação de osso membranoso): Há formação de modelos mesenquimais dos ossos durante o período embrionário, e a ossificação direta do mesênquima começa no período fetal. Essa ossificação acontece, principalmente, entre os ossos planos do crânio. Ossificação Endocondral (formação de osso cartilaginoso): Há formação de modelos cartilaginosos dos ossos a partir do mesênquima durante o período fetal, e depois a maior parte da cartilagem é substituída por osso. Anteriormente à deposição de matriz óssea nos ossos longos, por exemplo, o mesênquima embrionário formará um molde de cartilagem que sofrerá a deposição dessa matriz óssea para o alongamento dos ossos e o crescimento em extensão do corpo. Conforme a matriz óssea é depositada para dentro do molde de cartilagem, os vasos sanguíneos são arrastados para as extremidades dos ossos e, por isso, essas regiões são ricas em medula óssea vermelha. Com o alongamento dos ossos, a medula vermelha que se encontrava no corpo dos ossos se torna mais escassa e é substituída por gordura, dando origem a medula óssea amarela. Os acidentes ósseos são importantes para a fixação dos músculos e pela passagem de nervos e vasos sanguíneos pelos ossos. Eles são divididos em: 1. Saliências Ósseas (Alto Relevo): a) Articulares: Permitem articulação com outros ossos. Cabeça e Côndilo: Saliências arredondadas que se diferenciam pelos seus tamanhos; Faceta: Elevação plana e pequena que há no osso. b) Não Articulares: Servem de ponto de ancoragem dos músculos ou passagem de vasos sanguíneos e nervos. Processos: É uma projeção de osso; Tubérculos: São acidentes arredondados menores que a cabeça e o côndilo encontrados, principalmente, nos ossos longos para a fixação de músculos; Trocânter: É uma elevação quadrada que encontramos, por exemplo, no fêmur (trocânter maior e trocânter menor); Espinha: É uma elevação fina; Eminências: São elevações pequenas encontradas, por exemplo, na maxila e na mandíbula para a articulação dentária; Lâminas e Cristas: São elevações muito finas, porém as cristas são mais irregulares e acidentadas que as lâminas. 2. Depressões Ósseas (Baixo Relevo): a) Articulares: Cavidades: A cavidade glenoide na escápula, por exemplo, fica articulado o úmero (articulação do ombro); Acetábulo: É uma cavidade grande encontrada, por exemplo, no quadril para a sua articulação com o fêmur. Fóveas: São cavidades pequenas e rasas encontradas, por exemplo, nas vértebras torácicas para a articulação com as costelas. b) Não Articulares: Fossas: Alguns exemplos são as fossas cranianas; Sulcos: Linhas em baixo relevopara a passagem, principalmente, de vasos sanguíneos; Forames: O forame vertebral, por exemplo, permite a passagem da medula espinhal; Meatos: São túneis que não estão fechados completamente como, por exemplo, o meato acústico e o meato nasal; Seios: Cavidades preenchidas por ar que existem, por exemplo, nos ossos da face; Fissuras: Lembram uma rachadura no osso e são importantes para a fixação de músculos; Canais. O crânio possui 22 ossos e é dividido em neurocrânio (ossos da caixa craniana), que protege o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico), e esplancnocrânio ou viscerocrânio (ossos da face). O neurocrânio é formado por oito ossos: Um osso frontal; Um osso occipital; Um osso esfenoide; Um osso etmoide; Dois ossos parietais; Dois ossos temporais. O esplancnocrânio ou viscerocrânio é formado por quatorze ossos: Uma mandíbula (móvel); Um vômer; Dois ossos zigomáticos; Duas maxilas; Dois ossos palatinos; Dois ossos nasais; Dois ossos lacrimais; Duas conchas nasais inferiores. 1. Vista Anterior: Numa vista anterior, percebemos que o crânio possui três cavidades principais: Órbitas: É onde se encontram os globos oculares; Abertura Piriforme: Cavidade central onde se encontra parte da cavidade nasal. Entre os arcos superciliares nós encontramos a glabela que, em algumas pessoas, possui uma sutura conhecida como sutura metópica. A região de junção dos ossos nasais com o osso frontal é conhecida como násio. As projeções laterais da face (maças do rosto) são formadas pelo arco zigomático. Na região inferior, abaixo dos lábios, há o mento, onde encontramos a protuberância mentoniana ou mentual. O mento forma o queixo e é encontrado na mandíbula. Os principais forames nutrícios da face são os infraorbitais e os mentonianos ou mentuais. 2. Vista Superior: A calvária do crânio (abóboda craniana) é o topo da cabeça formada pelos ossos frontal, parietais e occipital. No crânio adulto nós observamos linhas irregulares entre os ossos da calvária que são conhecidas como suturas cranianas. As suturas são um tipo de articulação fixa, ou seja, articulações que não se movem. Nessas articulações nós encontramos tecido fibrocartilaginoso que mantém os ossos grudados uns aos outros e permite o crescimento do crânio. Quanto mais jovem é o crânio, maior é a quantidade de tecido fibrocartilaginoso que encontraremos nessa região. Nos recém-nascidos, por exemplo, há, realmente, um espaço entre esses ossos que é conhecido como moleira (popular) ou fontanela. Entre os ossos frontal e parietais há a sutura coronal. Perpendicularmente à sutura coronal, entre os ossos parietais, há a sutura sagital. O ponto de contato entre essas duas suturas é conhecido como bregma. Entre os ossos parietais e o occipital nós encontramos a sutura lambdoide. O ponto de encontro entre a sutura sagital e a sutura lambdoide nós chamamos de lambda. O bregma e o lambda são pontos importantes para não só o diagnóstico de lesões associadas a traumas no crânio, mas também para neurocirurgias. As suturas cranianas formam um mapa estereotáxico que contém as medidas exatas de cada região aproximada do cérebro associadas à superfície óssea. O vértice do crânio é o ponto mais alto do corpo e nós o encontramos, geralmente, na metade da sutura sagital. 3. Vista Lateral: Na lateral do crânio nós observamos alguns pontos craniométricos importantes: Protuberância occipital externa (ínion): Protuberância na região posterior do crânio; Ptério: É o final da asa maior do osso esfenoide e o ponto de contato entre os ossos esfenoide, frontal, parietal e temporal. Encontra-se na fossa temporal do crânio. Atrás do ptério nós encontramos o ramo anterior da artéria meníngea média que irá irrigar as meninges (membranas que recobrem o sistema nervoso central) e poderá ser rompida por um forte impacto nessa região. 4. Corte Sagital Mediano: Quando fazemos o corte sagital do crânio (no sentido do comprimento), nós conseguimos observar não só o osso esfenoide, mas também o etmoide. O osso etmoide forma parte do assoalho da caixa craniana e do septo nasal, dividindo a cavidade nasal em duas metades. Nesse corte nós também conseguimos observar o sulco do ptério por onde passa o ramo anterior da artéria meníngea média que irá irrigar as meninges, principalmente, a dura máter (meninge externa). 5. Ossos Temporais: Os ossos temporais se encontram na parte lateral do crânio. Eles possuem parte escamosa (mais fina), parte petrosa (mais robusta) e, na parte petrosa, a parte timpânica, onde se encontra o meato acústico externo. Além disso, os ossos temporais também possuem o processo zigomático, que irá se articular com o osso zigomático, o processo mastoide e o processo estiloide. 6. Osso Etmoide: O osso etmoide forma não só o assoalho (chão) do crânio, mas também parte do septo e da cavidade nasal. A vista superior do etmoide nos permite observar o seu formato triangular e a sua lâmina horizontal ou cribriforme. Já quando observamos a vista lateral desse osso, conseguimos observar a sua lâmina vertical ou perpendicular. A lâmina horizontal estará voltada para o assoalho do crânio e a lâmina vertical estará voltada para a cavidade nasal. A vista anterior do etmoide nos permite observar que ele se encontra encaixado entre os dois olhos. As laterais do osso etmoide formam parte da órbita. Além disso, ele forma não só a cavidade nasal, mas também o assoalho do crânio. As fraturas do osso etmoide, principalmente da lâmina cribriforme, podem causar complicações ao sistema nervoso central, pois é na lâmina cribriforme que fica apoiado o nervo olfatório. A lâmina horizontal ao ser quebrada pode rasgar as terminações nervosas do nervo olfatório e fazer com que a pessoa que sofreu a fratura perca o olfato. Além disso, caso haja a fratura da lâmina cribriforme desse osso, a crista etmoidal ou crista Galli, responsável por prender a dura máter e manter o cérebro na posição anatômica, também poderá ser atingida e, consequentemente, rasgar a dura máter, permitindo a entrada de patógenos para o sistema nervoso central que irão causar a meningite. A lâmina perpendicular do osso etmoide forma parte do septo nasal, uma estrutura que divide a cavidade nasal em duas metades. O septo nasal é importante para auxiliar na condução mais eficiente do ar até a faringe e a laringe. Resumindo, o osso etmoide forma a parede medial das órbitas e as paredes laterais da cavidade nasal. Além disso, a lâmina perpendicular forma parte do septo nasal e a lâmina cribriforme forma parte do assoalho do crânio. 7. Fossas Cranianas: As fossas cranianas são depressões que fazem parte do assoalho da caixa craniana e estão em contato com regiões específicas do sistema nervoso central. O crânio é dividido em três fossas cranianas: a) Fossa Anterior: A fossa anterior do crânio está em contato com o lobo frontal (anterior) do cérebro. Ela é constituída pela face orbital do osso frontal (porção transversa), pela lâmina cribriforme do osso etmoide e pela margem da asa menor do esfenoide. Nessa fossa encontraremos diversas aberturas para a passagem, principalmente, de vasos sanguíneos e nervos. A lâmina cribriforme do osso etmoide possui múltiplos forames para a emissão das terminações nervosas do nervo olfatório que fica apoiado nessa região. O nervo olfatório é responsável, exclusivamente, pelo olfato. A crista etmoidal ou crista Galli é uma elevação que se encontra nessa lâmina e é responsável por fixar a meninge dura máter. Essa fixação não só permite que o cérebro se mantenha na posição anatômica, mas também impede que ele sofra concussões. A fratura da lâmina cribriformepode rasgar a dura máter e, com isso, permitir a entrada de patógenos causadores da meningoencefalite, ou seja, da inflamação do cérebro e das meninges. E, caso haja um trauma nessa lâmina, o paciente irá apresentar uma liquorréia, ou seja, um vazamento do líquido cefalorraquidiano, que circula entre as meninges, pela cavidade nasal. Na fossa anterior do crânio, além da lâmina cribriforme do osso etmoide, há também o forame cego, anterior a lâmina cribriforme, por onde passa a veia responsável por comunicar a drenagem venosa da cavidade nasal com as meninges. Quando alguma infecção na face consegue chegar até essa veia emissária, a infecção poderá se espalhar por todo o sistema nervoso central. Entre a fossa anterior do crânio e a fossa média há o canal óptico, que permite a passagem do nervo óptico e da artéria oftálmica. b) Fossa Média: A fossa média do crânio está em contato com o lobo temporal do cérebro e é formada pelo osso esfenoide e pelo osso temporal. Os limites dessa fossa são a borda posterior da asa menor do esfenoide e a eminência arqueada do osso temporal. Nós também encontraremos nessa fossa diversas aberturas para a passagem, principalmente, de vasos sanguíneos e nervos. Os forames da fossa média do crânio são: Canal Óptico: Permite a passagem do nervo óptico e da artéria oftálmica; Forame Redondo: Encontra-se embaixo do canal óptico e permite a passagem do ramo maxilar do nervo trigêmeo; Forame Oval: Permite a passagem do ramo mandibular do nervo trigêmeo; Forame Espinhoso: Permite a passagem da artéria meníngea média que se projeta para o ponto de encontro entre os ossos esfenoide, parietal, temporal e frontal (ptério); Forame Lacero ou Lacerado: Em organismos vivos ele é coberto por tecido fibroso, ou seja, por ele não se passa de nada; Canal Carótico ou Carotídeo: Permite a passagem da artéria carótida interna, principal artéria de irrigação cerebral; Fissura Orbitária Superior: Passagem do nervo oculomotor, nervo troclear, ramo oftálmico do nervo trigêmeo (responsável pela sensibilidade da órbita), nervo abducente e veia oftálmica; Fissura Orbitária Inferior. No centro da fossa média do crânio há uma depressão conhecida por cela turca onde encontramos a hipófise. As margens de osso que encontramos nas extremidades dessa depressão nós chamamos de processos clinóides. c) Fossa Posterior: A fossa posterior do crânio está em contato com o cerebelo, que está localizado na fossa cerebelar do osso occipital (porção inferior do crânio), e é formada pelo ossos temporal e occipital. Os limites da fossa posterior são a eminência arqueada do osso temporal (encontra- se na porção petrosa do osso temporal) e a face interna do osso occipital. Os forames da fossa posterior do crânio são: Forame Magno: É o maior forame do crânio e permite a passagem do bulbo, das meninges, do líquor, das artérias vertebrais, das raízes espinhais e do nervo acessório. Ele é o limite anatômico entre o tronco encefálico e a medula espinhal; Canal do Hipoglosso: Permite a passagem do nervo hipoglosso, responsável pelos movimentos da língua; Forame Jugular: Encontra-se entre o osso occipital e a porção petrosa do osso temporal. Ele permite a passagem do nervo glossofaríngeo (responsável pela sensibilidade da língua e pelo funcionamento dos músculos da faringe), do nervo vago (responsável pelo funcionamento das vísceras), do nervo acessório e da veia jugular interna; Meato Acústico Interno: É onde localizam-se as estruturas da orelha interna, responsáveis pela condução do impulso nervoso que será traduzido pelo cérebro como som. Ele permite a passagem do nervo facial e do nervo vestibulococlear; Canal Condilar: É considerado um canal inconstante, pois nem todos o possuem. Na região de articulação entre o osso esfenoide e a fossa cerebelar há o clivo, por onde passam as artérias vertebrais que formarão a artéria basilar. d) Fraturas de Base de Crânio: São fraturas que podem comprometer as fossas cranianas. Essas fraturas podem arrebentar vasos sanguíneos ou nervos importantes para o funcionamento do organismo. Os principais sinais que indicam fraturas de base de crânio são o hematoma bilateral de órbita (sinal de guaxinim), hematoma na região posterior ao pavilhão auditivo e sangramento no ouvido. 8. Esplancnocrânio ou Viscerocrânio: O esplancnocrânio ou viscerocrânio é formado por quatorze ossos: Uma mandíbula (móvel); Um vômer; Dois ossos zigomáticos; Duas maxilas; Dois ossos palatinos; Dois ossos nasais; Dois ossos lacrimais; Duas conchas nasais inferiores. A única articulação sinovial (permite movimento) do crânio se encontra no esplancnocrânio e é conhecida como articulação temporomandibular (mandíbula e osso temporal). Os demais ossos, além da mandíbula e do osso temporal, são responsáveis pela formação não só das cavidades nasal e oral, mas também das órbitas que abrigam os globos oculares. A cavidade nasal é importante para o sistema respiratório e a cavidade oral é importante tanto para o sistema respiratório quanto para o sistema digestório e para a fala. A maioria dos ossos pares do viscerocrânio como, por exemplo, os ossos nasais e as maxilas, possuem uma sutura entre eles durante o desenvolvimento do organismo que permite o crescimento da face. a) Mandíbula: A mandíbula possui um corpo (região horizontal), onde encontramos os dentes da arcada dentária inferior, e um ramo (porção vertical), onde encontramos o côndilo se articulando com o osso temporal na fossa mandibular. b) Vômer: O vômer se articula com a lâmina perpendicular do etmoide e a cartilagem septal para formar o septo nasal. c) Ossos Zigomáticos: Os ossos zigomáticos formam as maças do rosto e uma das paredes das órbitas. d) Maxila: A maxila formará parte das órbitas, da cavidade nasal e da cavidade oral. e) Palatino: O osso palatino formará parte do palato duro. f) Osso Nasal: O osso nasal irá formar a parte anterior e parte do teto da cavidade nasal. g) Osso Lacrimal: O osso lacrimal está na porção medial da órbita e possui uma fossa lacrimal onde fica alojada a glândula lacrimal. h) Conchas Nasais Inferiores: As conchas nasais inferiores são dois ganchos que se encontram na abertura piriforme e auxiliam não só a formação das paredes da cavidade nasal, mas também a condução do ar em direção aos pulmões. 9. Cavidade Nasal: O teto da cavidade nasal é formado pela lâmina cribriforme do osso etmoide, pelo osso frontal, pelo osso nasal e pelo esfenoide. O assoalho da cavidade nasal é formado pela maxila e pelo osso palatino. As paredes laterais da cavidade nasal são formadas pelas conchas nasais superior e média (porções laterais do osso etmoide), e pelas conchas nasais inferiores. A parede medial da cavidade nasal é formada pela lâmina perpendicular do osso etmoide, pelo vômer e pela cartilagem septal. 10. Órbita: É na órbita que ficam alojados o globo ocular, os músculos extrínsecos do globo ocular (responsáveis por movimentar os olhos), nervo oftálmico, nervo óptico, vasos sanguíneos e nervos que movimentam os músculos extrínsecos do globo ocular. O teto da órbita é formado pelo osso frontal. O fundo da órbita é formado pelo esfenoide e por uma pequena projeção do osso palatino. A parede lateral é formada pelo osso zigomático e o assoalho da órbita é formado pelo osso zigomático e pela maxila. Já a parede medial da órbita é formada pelo osso lacrimal e pela lâmina orbital do osso etmoide. A depressão da parede medial da órbita que fica voltada para o osso nasal é conhecida como fossa lacrimal e aloja a glândula lacrimal. 11. Orelha: A orelha é todaa estrutura desde o conduto auditivo até o labirinto (conexão com o sistema nervoso). Ela é dividida em: Orelha externa; Orelha média; Orelha interna. O pavilhão auditivo se encontra preso à orelha externa e é formado por cartilagem elástica. Ele é responsável por proteger o poro acústico externo (entrada do meato acústico externo). O formato de concha do pavilhão auditivo permite que a orelha faça a captação das ondas sonoras do ambiente. A musculatura fina da orelha prende o pavilhão auditivo ao crânio e se movimenta de acordo com a movimentação da cabeça, para otimizar a audição. O meato acústico externo conduz as ondas sonoras até a membrana timpânica, ou seja, entre o final da orelha externa e o início da orelha média. É na membrana timpânica que encontramos a cavidade timpânica (porção petrosa do osso temporal), onde estão inseridos os ossículos da audição martelo, bigorna e estribo. Eles fazem parte do esqueleto axial e vibram na mesma velocidade e frequência que a membrana timpânica ao entrar em contato com as ondas sonoras. Os ossículos da audição são ossos pequenos e delicados que transmitem as vibrações sonoras para os labirintos do ouvido. Esses labirintos formam o vestíbulo (contém os canais semicirculares) e a cóclea. Essas estruturas são preenchidas por um líquido que ao vibrar permite ao nervo vestibulococlear entender o som. A cavidade timpânica possui uma comunicação com a faringe conhecida como tuba auditiva, que permite o equilíbrio da pressão dos dois lados da membrana timpânica. O meato acústico externo é diferente da tuba auditiva, pois o meato acústico externo é o conduto auditivo que leva as ondas sonoras até a membrana timpânica e a tuba auditiva é a comunicação entre a cavidade timpânica e a faringe, responsável por equilibrar a pressão dessa região. 1. Hioide: O osso hioide não está articulado com nenhum outro osso do esqueleto, pois quem mantém o osso hioide na posição anatômica são os músculos da região anterior do pescoço (trígono anterior do pescoço). Ele serve de base mecânica não só para a movimentação da língua, pois ela fica presa nele, mas também para a ancoragem da laringe. Toda vez que engolimos algo, o osso hioide é puxado para cima, empurrando a epiglote para baixo e fechando a laringe, direcionando o alimento para o esôfago. Resumindo, o osso hioide é fundamental para a língua durante a deglutição e da laringe. Além disso, esse osso é mantido na posição anatômica pelos músculos da região anterior do pescoço. Os músculos supra-hióideos são os responsáveis por puxar esse osso para cima durante a deglutição e os músculos infra-hiódeos são os responsáveis por retornar ele para baixo para reestabelecer a abertura da via aérea. A fratura do osso hioide pode causar uma desarticulação da língua e da laringe. A língua poderá se projetar para trás e obstruir a via aérea, fazendo com que o paciente morra asfixiado. Esse tipo de fratura é comum em lesões por esganadura e por isso é comumente chamada de fratura do estrangulador. A coluna vertebral é o eixo do corpo, responsável por orientar e manter a postura ereta do ser humano. Ela é dividida em regiões de acordo com as características das vértebras encontradas em cada porção. O esqueleto do pescoço é formado pelo osso hioide e pela coluna cervical (vértebras cervicais). A caixa torácica é formada não só pelas costelas e pelo esterno, mas também pela coluna torácica (vértebras torácicas). A região lombar da coluna é formada pelas vértebras lombares. Na conexão entre a coluna e os membros inferiores há o sacro e o cóccix. A coluna, então, é formada por uma junção de trinta e três ossos irregulares conhecidos como vértebras. A coluna cervical é formada por sete vértebras cervicais e a coluna torácica é formada por doze vértebras torácicas. Já a coluna lombar é formada por cinco vértebras lombares. O sacro e o cóccix são formados por cinco vértebras fusionadas (unidas) e quatro vértebras rudimentares (involuíram no desenvolvimento do embrião), respectivamente. O cóccix possui esse nome, pois significa osso da calda. Ele é o que sobra da calda do embrião. Todo embrião de mamífero, até o seu dobramento, apresenta uma calda, porém nos seres humanos ela irá involuir para formar o cóccix. A coluna vertebral adulta do ser humano possui quatro curvaturas. Duas curvaturas são convexas (alto relevo) e as outras duas são côncavas (baixo relevo). As curvaturas convexas (torácicas e sacrais) são primárias, ou seja, elas existem desde o início do seu desenvolvimento no embrião, o acompanhando em todo o seu desenvolvimento. Já as curvaturas côncavas (cervicais e lombares) são secundárias, ou seja, elas surgem apenas quando começamos a sustentar o peso do nosso corpo, sendo que a primeira a aparecer é a curvatura cervical para a sustentação do pescoço e a última a aparecer é a curvatura lombar para a sustentação do tronco sobre os membros inferiores. 1. Vértebras Típicas: As vértebras que possuem todas as características comuns são conhecidas como vértebras típicas. As características gerais de uma vértebra típica são: Corpo: Região mais grossa ou robusta (anterior); Arco Vertebral; Forame Vertebral: Formado a partir da união entre o corpo e o arco vertebral. Dois Processos Transversos; Um Processo Espinhoso: Região palpável da vértebra (posterior); Quatro Processos Articulares: Dois processos articulares superiores e dois processos articulares inferiores que permitem o encaixe entre as vértebras. a) Vértebras Cervicais: As vértebras cervicais são as menores, pois sustentam uma menor quantidade de peso (apenas da cabeça). O processo espinhoso dessas vértebras é bífido, ou seja, ele possui duas extremidades. O forame vertebral das vértebras cervicais é em formato triangular e é o maior entre as vértebras, pois a medula espinhal que passa por ele é mais grossa nessa região. Essa maior largura da medula espinhal na região cervical é conhecida como intumescência cervical e acontece, pois, há muitas terminações nervosas nessa região. Os nervos espinhais que saem pela coluna cervical dão origem aos nervos dos membros superiores e da porção superior do tórax. Nos processos transversos das vértebras cervicais nós encontramos forames transversos que permitem a passagem das artérias vertebrais. b) Vértebras Torácicas: As vértebras torácicas sustentam o peso da cabeça, do pescoço e dos membros superiores. Essas vértebras possuem um processo espinhoso longo e fino que está apontado para baixo. Além disso, a vértebra torácica possui um forame vertebral circular e menor que os das vértebras cervicais e lombares. Essas vértebras possuem faces articulares, conhecidas como fóveas costais, não só no seu corpo, mas também nos seus processos transversos, que permitem a articulação delas com as costelas. c) Vértebras Lombares: As vértebras lombares são as maiores e mais robustas, pois sustentam o peso de todo o tronco. O forame vertebral das vértebras lombares é triangular e um dos maiores entre as vértebras, pois a medula espinhal que passa por ele é mais grossa nessa região. Essa maior largura da medula espinhal na região lombar é conhecida como intumescência lombar e acontece, pois, há muitas terminações nervosas nessa região. A partir dos nervos espinhais da coluna lombar surgem os nervos pélvicos e os nervos dos membros inferiores. O processo espinhoso dessas vértebras é apontado para frente e possui, assim como os seus processos articulares, superfícies arredondas conhecidas como processos mamilares, responsáveis pela fixação dos músculos do dorso. 2. Vértebras Atípicas: As vértebras atípicas são aquelas que possuem características individuaise singulares. a) Atlas (C1): O atlas é a mais atípica de todas as vértebras, pois ele não possui nem corpo, nem processo espinhoso e nem processos articulares. O que nós encontramos de característica típica no atlas são os processos transversos com os forames transversos que vão caracterizá-lo como uma vértebra cervical. O atlas é, praticamente, um anel de osso que possui faces articulares onde o crânio fica apoiado pelos côndilos do osso occipital. Esse anel de osso formará uma articulação em pivô como o áxis que irá permitir a rotação da cabeça. b) Áxis (C2): O áxis não possui processos articulares superiores e é a única vértebra que possui um processo extra, conhecido como processo odontóide ou dente do áxis, que ficará articulado com o atlas pelo ligamento cruciforme permitindo a rotação da cabeça. c) Vértebra Proeminente (C7): A vértebra proeminente possui um processo espinhoso mais longo, palpável na base do pescoço ao fazermos a flexão da região. d) T12: A décima segunda vértebra torácica possui um processo espinhoso curto e processos articulares maiores que permitem uma articulação mais eficiente com a coluna lombar, pois a quantidade de peso sustentada nessa região é grande. 3. Sacro: O sacro é formado pela união de cinco vértebras que foram ossificadas juntas. Na sua face anterior nós conseguimos perceber as linhas de junção entre as vértebras que são conhecidas como linhas transversas. Essas vértebras fusionadas possuem um formato de pirâmide invertida e o afinamento da sua base acontece porque o sacro transfere o peso concentrado na coluna para o membro inferior. Na base do sacro nós encontraremos o processo articular superior, para a articulação dele com a coluna lombar, e a margem óssea da primeira vértebra sacral conhecida como promontório sacral. A pelve feminina tende a ser mais circular nas mulheres quando comparada aos homens, pois ela irá auxiliar a passagem do bebê. O promontório sacral é o ponto anatômico que nos permite saber se há passagem ou não para o bebê nessa pelve feminina. Quanto mais distante o promontório estiver do osso púbico, mais circular é a abertura e mais fácil é a passagem do bebê pela região. Quanto mais próximo o promontório estiver do osso púbico, mais estreita estará a pelve e mais difícil será a passagem da cabeça do bebê. Além do promontório sacral, nós também conseguimos observar, na face anterior, os forames sacrais que permitem a passagem das raízes nervosas que vem em direção à pelve. Na parte posterior do sacro nós percebemos algumas elevações que são a união das junções dos processos das vértebras sacrais. A crista sacral mediana é a junção dos processos espinhosos dessas vértebras. As cristas sacrais intermédias são a junção dos processos articulares das vértebras sacrais. E as cristas laterais são formadas pela junção dos processos transversos dessas vértebras. Entre a crista sacral mediana e o cóccix há uma depressão conhecida como hiato sacral. 4. Cóccix: No cóccix nós já não conseguimos mais enxergar nenhuma característica das suas vértebras. Cóccix significa osso da calda, porém apenas o que sobra dessa calda nessa região é o corno coccígeo, para articulação com o sacro, e as linhas que indicam a fusão das vértebras rudimentares. A função dessa região da coluna vertebral é a fixação dos músculos do assoalho pélvico (porção inferior). O tórax é formado pela coluna torácica, pelas costelas e pelo esterno. 1. Costelas: O tórax possui doze pares de costelas divididas em: Sete costelas verdadeiras ou vertebro esternais: Estão, diretamente, articuladas com o esterno e a coluna torácica; Três costelas falsas ou vertebrocondrais: Estão, indiretamente, articuladas com o esterno através das cartilagens costais; Duas costelas flutuantes: Não fazem articulação com o esterno, elas se articulam apenas com a coluna torácica. As costelas falsas estão articuladas através de cartilagem com o esterno para permitir a expansão da caixa torácica durante a respiração e para dar maior flexibilidade a ela. A base do pulmão é mais larga que o seu ápice, permitindo que essa região infle mais durante a inspiração. Portanto, a região inferior da caixa torácica será ainda mais flexível que a parte superior. As costelas também são classificadas em: Típicas: Elas possuem cabeça, colo, tubérculo e ângulo. Atípicas: São não só o primeiro e o segundo par de costelas, mas também as costelas flutuantes. O primeiro e o segundo par de costelas são mais achatados e possuem um ângulo menor, o que as torna mais curvas. Além disso, o primeiro par possui um sulco para a passagem dos vasos subclávios e o segundo par possui uma tuberosidade para a fixação de um dos músculos escalenos. Esses acidentes ósseos não serão encontrados nas outras costelas. A costelas flutuantes são consideradas atípicas, pois só possuem cabeça. 2. Esterno: O esterno é um osso achatado, ou seja, o osso esponjoso que há dentro dele não é comparável à díploe. Ele é dividido em três porções: Manúbrio do Esterno: Onde encontram-se as incisuras claviculares (para articulação com as clavículas) e incisura jugular (onde terminam as veias jugulares); Corpo do Esterno; Processo Xifoide do Esterno: É, ligeiramente, orientado para frente e bífido. Ao longo do manúbrio e do corpo do esterno nós encontramos as incisuras costais, responsáveis pela articulação do esterno com as costelas. A região de contato entre o manúbrio e o corpo do esterno é denominada ângulo do esterno (divide o mediastino em superior e inferior). O esterno não se ossifica como uma estrutura única. Durante parte da nossa vida nós possuímos articulações cartilaginosas (sincondroses) entre as três porções do esterno, que permitem o seu crescimento e o acompanhamento da caixa torácica. Esse osso serve de ancoragem muscular para a musculatura peitoral como, por exemplo, os músculos peitoral maior e peitoral menor. Além disso, ele é um ponto de articulação entre o esqueleto apendicular do membro superior com o esqueleto axial. Os membros superiores são divididos em quatro segmentos: Cintura Escapular: Região de contato do esqueleto apendicular com o esqueleto axial. Esse segmento dá estabilidade e orienta o movimento das demais regiões dos membros. Ela é formada pela clavícula e pela escápula; Braço: Ele é formado pelo úmero; Antebraço: É formado pelo rádio e pela ulna; Ossos da Mão: São formados pelos ossos do carpo, metacarpo e falanges. 1. Clavícula: A clavícula é um osso alongado, pois não há canal medular dentro dela, apenas osso esponjoso, assim como nas costelas. A ossificação da clavícula é mista, ou seja, há tanto ossificação endocondral quanto ossificação intramembranosa. A extremidade esternal desse osso fica articulada com a incisura clavicular no manúbrio do esterno. E a sua face inferior contém uma série de regiões que servem de inserção para os músculos da porção superior do tórax como, por exemplo, músculos subclávio e peitoral menor. 2. Escápula: A escápula é classificada como um osso achatado, pois não possui osso esponjoso em sua parte plana. O acidente ósseo que nos permite diferenciar a parte anterior da parte posterior da escápula é a espinha da escápula. A espinha da escápula divide a parte posterior em fossa supra-espinal (acima da espinha) e fossa infra-espinal (abaixo da espinha). A espinha da escápula termina no acidente ósseo acrômio, projetado para a lateral do ombro. Na região anterior, a escápula possui apenas uma fossa denominada fossa subescapular. Além disso, nós encontramos o processo ósseo coracoide. A escápula é dividida em margens superior, medial (apontada para a coluna vertebral)e lateral. A margem lateral da escápula termina na cavidade glenoidal (onde se articula a cabeça do úmero). 3. Úmero: O úmero é um osso longo e na sua epífise proximal (superior) nós encontraremos a sua cabeça, que ficará articulada com a cavidade glenoidal da escápula. A região de contato entre a cabeça e o corpo do úmero é denominada colo (região de estreitamento) anatômico do úmero. O início do colo anatômico do úmero é conhecido como colo cirúrgico do úmero, ao redor dele nós encontramos as artérias circunflexas do úmero. Na epífise distal do úmero nós encontramos dois acidentes ósseos, a fossa coronóidea (articulação com a ulna) e a fossa do olécrano (articulação com a ulna). Além disso, na epífise distal do úmero nós também encontramos a tróclea e o capítulo para articulação com a ulna e o rádio, respectivamente. 4. Ulna: Na região anterior da epífise proximal da ulna nós encontramos a incisura troclear e o processo coronóide, que ficará encaixado na fossa coronóidea (úmero). Já na região posterior dessa epífise, nós encontramos o olécrano, acidente ósseo que ficará encaixado na fossa do olécrano (úmero). A incisura troclear da ulna se encaixa na tróclea do úmero para realizar o movimento de deslizamento da articulação do cotovelo. 5. Rádio: A cabeça do rádio fica encaixada no capítulo do úmero para acompanhar o movimento de deslizamento da articulação do cotovelo. 6. Mão: A mão é dividida em carpo, metacarpo e dedos (falanges). O carpo (ossos do punho) encontra-se articulado com o rádio e com a ulna. Ele garante a estabilidade da região e permite a amplitude de movimento da mão. O carpo é composto por oito ossos divididos em duas fileiras: Fileira Proximal: Os ossos da fileira proximal estão, diretamente, ligados ao rádio e a ulna. A fileira proximal é composta pelos ossos escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme (fragmento de osso localizado atrás da artéria ulnar). Fileira Distal: É composta pelos ossos trapézio, trapezoide, capitato e hamato (encontra-se o hámulo do hamato para ancoragem dos músculos da palma da mão). O metacarpo é a transição entre o carpo e os dedos. Eles não possuem nomes específicos, mas são numerados de acordo com os dedos, sendo o primeiro deles o polegar. Os dedos são formados por três falanges, divididas em proximal, média e distal. O polegar, no entanto, só possui as falanges proximal e distal. Os membros inferiores também são divididos em quatro segmentos: Cintura Pélvica: Região onde há a articulação do osso ilíaco com o sacro para a transferência do peso concentrado na coluna para os membros inferiores. Ela é formada pelo ilíaco (osso do quadril); Coxa: Ela é formado pelo fêmur; Perna: É formada pelo tíbia e pela fíbula; Ossos do Pé: São formados pelos ossos do tarso, metatarso e falanges. Observação: A patela não se encaixa em nenhum dos quatro segmentos, pois ela não se articula diretamente com nenhum dos ossos do membro inferior. Ela se encontra entre os tendões dos músculos tibial inferior e reto femoral. 1. Cintura Pélvica: A cintura pélvica (osso do quadril ou pelve), apesar de ser uma estrutura única no adulto, é formada por três ossos diferentes: o ílio, o ísquio e o púbis. O ísquio e o púbis formam o forame obturado. Na vista lateral da cintura pélvica nós encontramos o acetábulo (voltado para a lateral), uma cavidade com dois níveis de profundidade onde se encaixa a cabeça do fêmur, formando a articulação do quadril. O acetábulo é uma estrutura reforçada por músculos e ligamentos para garantir a estabilidade do corpo durante a movimentação do membro inferior. A pelve feminina, geralmente, é menor, mais leve e mais rasa quando comparada à pelve masculina. As asas do ílio são mais abertas, a abertura da pelve é circular e o ângulo da sínfise púbica também é mais aberto (entre 80o e 85o). Já a pelve masculina é maior e mais pesada, pois a testosterona funciona como um fator de crescimento para esse esqueleto e para os músculos. A abertura pélvica superior é cordiforme (em formato de coração), graças a uma aproximação das asas do ílio, e o ângulo da sínfise púbica é menor (entre 50o e 60o). a) Ílio: Na região anterior do ílio nós encontramos as espinhas ilíacas ântero-superior e ântero-inferior. A linha imaginária entre a espinha ilíaca ântero-superior e o umbigo é conhecida como ponto de McBurney. Já na sua região posterior nós encontramos as espinhas ilíacas póstero-superior e póstero-inferior, que ficarão articuladas com o sacro. A face do ílio que se encontra voltada para a pelve (plano mediano) é denominada fossa ilíaca. b) Ísquio: A região mais grossa do ísquio é denominada tuberosidade isquiática. c) Púbis: As duas metades do púbis se unem no plano mediano e formam a articulação cartilagínea sínfise púbica. A sínfise púbica determina a passagem da pelve, pois a distância entre ela e o promontório sacral nos permite determinar se a abertura da pelve é circular ou achatada. Se a abertura da gestante é achatada, o bebê não consegue passar pela pelve. 2. Fêmur O fêmur é o maior osso do corpo e o mais resistente, pois está preparado para sustentar o nosso peso. Na vista anterior do fêmur, nós observamos a face patelar em sua epífise distal, responsável por apoiar a patela. Na sua vista posterior, nós observamos os trocanteres maior e menor em sua epífise proximal. No trocanter maior há a fixação dos músculos do quadril e no trocanter menor há a fixação de um dos músculos da parede posterior do abdômen. O fêmur possui, ainda, uma linha áspera, em seu corpo, que se inicia a partir de uma rugosidade, onde o glúteo máximo está inserido, denominada tuberosidade glútea. Na epífise distal, entre os côndilos do fêmur, há a fossa intercondilar, que serve de apoio para os ligamentos cruzados anterior e posterior do joelho. 3. Patela: A patela é o principal osso sesamoide do nosso corpo e possui um formato, ligeiramente, triangular. Ela possui uma face anterior e uma face articular lisa (posterior). 4. Tíbia e Fíbula: A tíbia e a fíbula se articulam para garantir a estabilidade do tornozelo e a fixação dos músculos da perna. No entanto, só a tíbia está submetida a sustentação do peso do corpo, pois é ela que está, diretamente, articulada ao fêmur. Na tíbia nós encontramos, abaixo da patela, a tuberosidade da tíbia e, na região inferior voltada para o plano mediano, o maléolo medial. A fíbula não possui função de sustentação, pois ela não só não está articulada ao fêmur, mas também é muito fina. As suas funções são a de fixação dos músculos das regiões lateral e posterior da perna, e fixação dos ligamentos da articulação do tornozelo (articulação talocrural). Na epífise distal da fíbula nós encontraremos o maléolo lateral, que possibilita sabermos se a face que estamos visualizando é a anterior ou a posterior. Os côndilos do fêmur se apoiam aos côndilos da tíbia da epífise proximal (platô tibial). O desvio da articulação entre o fêmur e a tíbia causa um desgaste desigual do joelho. Esse desvio é denominado joelho varo (desgaste do ligamento colateral) ou joelho valgo (desgaste do ligamento medial). 5. Pé: O pé é dividido em tarso, metatarso e dedos (falanges). O tarso é composto por sete ossos: Tálus: Onde encontra-se a tróclea do tálus, responsável pela articulação com a tíbia (maléolo medial); Calcâneo: É o osso do calcanhar que se encontra lateral ao tálus; O teste do pezinho é feito lateralmente ao pé (região mais adiposa) para não afetarmos o calcâneo do bebê e não causarmos uma osteomielite (inflamação do osso) naquele osso. Esse teste serve para diagnosticarmos diversas doenças no recém-nascido. Navicular: Encontra-se anteriorao tálus; Cuboide: Encontra-se anterior ao calcâneo; Três Cuneiformes: Encontram-se entre o navicular e o cuboide. São divididos em cuneiformes médio, intermédio e lateral. O metatarso, assim como os ossos da mão, são numerados a partir do hálux e, assim como o polegar, só possui as falanges proximal e distal. Os outros metatarsos possuem as três falanges proximal, média e distal. Entre os ossos do pé é possível encontrarmos diversos ossos sesamoides, devido ao estresse mecânico sofrido por essa região. Além disso, o pé possui arcos plantar e dorsal para distribuir o peso do corpo pela planta do pé e evitar o desgaste desigual dos seus ossos e da articulação do tornozelo. As articulações (junturas) são as unidades funcionais entre os diferentes ossos do esqueleto. Elas são divididas em grupos, de acordo com a sua estrutura e mobilidade: Articulações Fibrosas (sinartroses): Imóveis; Articulações Cartilagíneas (anfiartroses): Existem durante o período de crescimento (temporárias) e possuem movimentos limitados; Articulações Sinoviais (diartroses): Com movimentos amplos. 1. Sinartroses: a) Suturas: As suturas possuem tecido fibrocartilaginoso entre elas para permitir a união e o crescimento dos ossos sem que um osso se movimente em relação ao outro. b) Sindesmoses: Nós encontramos duas sindesmoses no corpo, a radioulnar e a tibiofibular. Nesse tipo de articulação nós encontramos uma membrana fibrosa entre os ossos (membrana interóssea) para evitar o desgaste dos ossos durante a rotação deles (proteção). c) Gonfose: A gonfose é a articulação encontrada entre os dentes e a maxila ou mandíbula. Em cada eminência dentária nós encontramos uma cavidade preenchida por osso alveolar, entre a raiz dos dentes e o osso alveolar nós encontramos o ligamento periodontal que fixa o dente ao osso. 2. Anfiartroses: a) Sincondroses: As sincondroses são divididas em: Cranianas: Elas permitem o crescimento da base do crânio e do septo nasal, e acompanham o desenvolvimento do Sistema Nervoso. Encontram-se não só na base do crânio entre os ossos esfenoide e temporal, e entre os ossos esfenoide e occipital; mas também na cavidade nasal, entre a lâmina perpendicular do etmoide e o corpo do esfenoide, entre a lâmina perpendicular do etmoide e o vômer, entre o vômer e o osso esfenoide, e entre o vômer e a maxila e o osso palatino; Pós-cranianas: Não se encontram no crânio, mas entre as costelas e o esterno (sincondroses permanentes), para garantir a flexibilidade da caixa torácica e permitir os movimentos da respiração, e entre as porções do esterno (sincondroses temporárias), para acompanhar o desenvolvimento da caixa torácica. b) Sínfise: Na sínfise há a presença de um disco fibrocartilaginoso entre as porções dos ossos. A sínfise púbica, por exemplo, permite a mobilidade do osso do quadril para que ele acompanhe os movimentos dos membros inferiores. Durante o parto, a ocitocina induz a contração da parede uterina e o amolecimento dos ligamentos púbicos e do disco interpúbico para permitir a expansão da abertura pélvica. Entre os corpos das vértebras nós encontramos os discos intervertebrais que amortecem os impactos na coluna vertebral durante a movimentação do corpo. Os discos intervertebrais são formados por um anel fibroso e um núcleo pulposo. As lesões dos discos intervertebrais projetam o núcleo pulposo para fora o que causam as hérnias de disco. 3. Diartroses: As diartroses possuem cartilagem articular (revestem a superfície dos ossos), cápsula articular (fibrosa) e membrana sinovial. A membrana sinovial contém o líquido sinovial que preenche a cavidade articular e lubrifica a superfície dos ossos articulares. Além dessas estruturas nós também podemos encontrar em algumas diartroses, ligamentos (reforçam a cápsula articular), discos (amortecem impactos) e meniscos (amortecem impactos nos joelhos). Ao redor das diartroses nós também podemos encontras as bainhas sinoviais, grandes extensões de membrana sinovial que formam bolsas preenchidas por líquido sinovial e se encontram entre os músculos e os tendões, por exemplo, das mãos, para a proteção desses tendões contra o seu desgaste. As bursas também podem ser encontradas em algumas diartroses como, por exemplo, as dos ombros. Elas são responsáveis por diminuir os impactos mecânicos da região. a) Uniaxiais: Trocoidea (pivô): Permite a rotação de uma estrutura; Plana: Permitem deslizamento; Gínglimo (dobradiça): Articulações do joelho e do cotovelo. b) Biaxiais: Selar: Articulação do primeiro metacarpo com o carpo; Bicondilar: Entre os ossos metacarpais e as falanges. c) Multiaxiais: Esferoidea: Acontece entre uma estrutura arredondada e uma cavidade como ocorre, por exemplo, nas articulações do ombro e do quadril.
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