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Práticas em Fisioterapia III – 4º semestre 71° pares de costelas = verdadeiras 5 últimos pares = falsas 8-10 = conectadas 11 e 12 = flutuantes As cartilagens costais no envelhecimento se calci- ficam, perdendo elasticidades, sendo facilmente iden- tificadas em uma radiografia do tórax. INTERCOSTAIS EXTERNOS Inseridos nas bordas inferiores das 111ª costelas Levantam as costelas INTERCOSTAIS INTERNOS Inseridos na borda inferior das costelas Abaixam as costelas INTERCOSTAIS ÍNTIMOS Junto com os subcostais e transverso do tórax. MÚSCULOS ESCALENOS ANTERIORES Origem: 3ª-6ª vertebra cervical Inserção: 1ª costela Ação: expandir a caixa torácica MÚSCULOS ESCALENOS POSTERIORES Origem: 5ª-7ª vertebra cervical Inserção: 2ª costela Ação: expandir a caixa torácica MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO Origem: manúbrio e clavícula Inserção: processo mastoide, linha nucal superior Ação: Auxiliar na respiração ESTERNO: MANÚBRIO Meça 5cm abaixo e encontrará o ângulo Louis, onde a traqueia se bifurca, e estará a 2ª costela. Linha medioesternal No meio do esterno Linha hemiclavicular Meio da clavícula (ao lado do mamilo) Linha axilar anterior Finalzinho da clavícula, próximo ao peitoral menor Linha média axilar Ápice da axila -> região lateral Linha axilar posterior Próximo ao músculo redondo maior Linha vertebral Práticas em Fisioterapia III – 4º semestre Posterior; no meio das vertebras Linha escapular No meio da escapula A borda inferior do pulmão cruza a 6ª costela na linha hemiclavicular (médio-clavicular). Na região posterior, a borda inferior do pulmão situa-se, aproximadamente ao nível do processo es- pinhoso da Tx. Na inspiração ela desce mais. TRAQUEIA E BRÔNQUIOS PRINCIPAIS A traqueia bifurca-se em brônquios-fonte princi- pais na altura do ângulo esternal, na região anterior, e ao processo espinhoso de Tiv, na parte posterior. RESPIRAÇÃO Quando uma pessoa sadia está em decúbito dor- sal, os movimentos respiratórios torácicos são relati- vamente suaves. Os movimentos abdominais por ou- tro lado, costumam ser observados com facilidade. Os movimentos torácicos acentuam-se na posição sentada. Durante a prática de exercícios físicos e para de- terminadas doenças, faz-se necessário um esforço respiratório adicional, e os músculos acessórios são recrutados, incluindo os abdominais, e os músculos esternocleidomastóideo e escalenos passam a ser vi- síveis. sintomas comuns ou preocupantes Dor torácica Dispneia Sibilos Tosse Expectoração com raias de sangue (hemoptise) DOR TORÁCICA As queixas de dor ou desconfortos torácico le- vantam a hipótese de cardiopatia, mas com frequên- cia se originam em estruturas localizadas no tórax e no pulmão. Durante a anamnese perguntar ao paciente: “O senhor sente desconforto ou algo desagradável no tórax?” Solicitar ao paciente para apontar onde a dor torácica está localizada: O punho cerrado sobre o esterno sugere angina de peito. O dedo apontado para a região de hipersen- sibilidade na parede torácica sugere dor mus- culoesquelética. A ansiedade é a causa mais frequente de dor torácica em crianças. A costocondrite (infla- mação da cartilagem que se conecta as cos- telas). A dor torácica associa-se também à ansie- dade, mas por mecanismo ainda desconhe- cida. APNEIA, DISPNEIA E SIBILOS Os pacientes ansiosos podem desenvolver dificul- dades em respirar fundo ou sensação de sufoca- mento com incapacidade de conseguir ar, junta- mente com parestesias, ou sensações de formiga- mento ou “agulhada” em torno dos lábios ou nos membros. Os pacientes ansiosos também podem apresentar dispneia episódica tanto em repouso quanto durante o exercício, além de hiperventilação, respiração rá- pida e superficial. Os sibilos são sons respiratórios musicais (assobios) que podem ser audíveis tanto pelo paciente como por outras pessoas. TOSSE Embora a tosse geralmente “indique” uma condi- ção nas vias respiratórias, também podem ser ori- gem cardiovascular. Práticas em Fisioterapia III – 4º semestre A tosse demanda avaliação completa. Sua colora- ção é importante: Aguda: persiste por menos de 3 semanas; Subaguda: entre 3 a 8 semanas; Crônica: superior a 8 semanas. CARACTERÍSTICA DA EXPECTORAÇÃO Expectoração mucoide Translúcida Branca ou acinzentada Expectoração purulenta: Amarelada ou esverdeada Ordem: inspeção, palpação, percussão e ausculta. Com o paciente sentado, examinar a região pos- terior do tórax e dos pulmões. Os braços do paciente devem ficar cruzados a frente do tórax, com as mãos repousando, se pos- sível, nos ombros opostos respectivos. Essa posição, afasta as escápulas e aumenta o acesso aos campos pulmonares. Quando o paciente não consegue ficar sentado, vire-o para um lado e, em seguida, para o outro. Observar: Frequência; Ritmo; Profundidade; Esforço respiratório Um adulto hígido, em repouso, respira suave e re- gularmente, com uma FR de 14 a 20 incursões por minuto. Um suspiro ocasional é normal. Observe se a expiração dura + do que o habitual. Procure sempre sinais de dificuldade respiratório no paciente. Verifique se há cianose -> indica hipoxia Escute a respiração do paciente. Há sibilo au- dível? Se houver, em que parte do ciclo res- piratório ele ocorre? Inspecione o pescoço. Durante a inspiração, observe se há contração dos músculos aces- sórios, como os músculos escalenos e ester- nocleidomastóideo, ou retração supraesca- cular. A traqueia está localizada na linha mé- dia? INSPEÇÃO Em uma posição na linha média por trás do paci- ente, observe o formato e a movimentação do tó- rax, com atenção a: Deformidades ou assimetrias na expansão torácica. Retração anormal aos espaços intercostais durante a inspiração. A retração é mais evi- dente nos espaços intercostais inferiores. Alterações uni ou bilaterais da movimentação respiratória ou retardo unilateral desse movi- mento. Tiragem: contração excessiva no trabalho respiratório. PALPAÇÃO Ao palpar o tórax, concentre-se em regiões que apresentem hipersensibilidade e anor- malidades na pele, na expansão respiratória e no frêmito. O uso da muscula- tura acessória na DPOC indica dispneia Práticas em Fisioterapia III – 4º semestre Palpe cuidadosamente as regiões em que houver relato de dor ou lesões ou equimoses evidentes. Avalie as anormalidades observadas, como massas tumorais ou trajetos fistulosos (estru- turas tubulares, inflamatórias em fundo de saco, que de- sembocam na pele). Avalie a expansão torácica. Coloque seus po- legares no mesmo nível, paralelos à 10ª cos- tela, com suas mãos envolvendo lateral- mente a caixa torácica. Ao posicionar as mãos, faça-as deslizarem um pouco para dentro, apenas o suficiente para elevar uma prega cutânea frouxa de cada lado, entre seu polegar e a coluna vertebral. Solicite ao paciente que inspire profunda- mente. Observe o afastamento dos polega- res durante a inspiração e procure perceber a amplitude e a simetria da caixa torácica à medida que ela se expande e se contrai. Palpe o frêmito toracovocal: o frê- mito consiste em vibrações palpáveis trans- mitidas da árvore bronco-pulmonar para a caixa torácica, enquanto o paciente fala. Para detectar o frêmito utilize a palma da mão e coloque-as sobre o ápice, o terço-médio e a base do pulmão. Peça ao paciente para re- petir as palavras “trinta e três” ou “1,2,3”. Se o frêmito estiver fraco, solicite ao paciente que fale mais alto ou com uma voz mais grave. Palpe e compare regiões assimétricas dos pulmões; O frêmito, geralmente, é mais acentuado na região interescapular,do que nos campos pulmonares inferiores, sendo com frequência mais proeminente à direita que à esquerda. O frêmito desaparece abaixo do diafragma. PERCUSSÃO A percussão ajuda a determinar se os tecidos sub- jacentes estão cheios de ar, de líquido ou se são sólidos. Entretanto, penetra apenas cerca de 5 a 7cm do tórax e, por conseguinte, não identifica lesões mais profundas. Os pulmões normais são ressonantes (som claro pulmonar). Percutir sobre os espaços intercostais. AUSCULTA sons respiratórios/pulmonares Murmúrio vesicular: som suave e grave. É auscultado durante toda a inspiração, contínua sem pausa pela expiração e, em seguida, desaparece em torno do terço-médio inicial da expiração. Respiração broncovesicular. Respiração brônquica: sons mais fortes, ás- peros e agudos, com um breve intervalo de silêncio entre os componentes inspiratórios e expiratórios. Os trajetos fistulados, embora raros, indicam habitualmente pleurite do pulmão subjacente O frêmito diminui ou está ausente quando a voz é suave ou a transmissão das vibrações da la- ringe para a superfície do tórax estão compro- metidas por parede torácica espessa. Obstru- ção brônquica; DPOC ou alterações pleurais como derrame pleural, fibrose, pneumotórax. Práticas em Fisioterapia III – 4º semestre Os sons expiratórios duram mais tempo que os ins- piratórios. Respiratórios traqueais: ruídos muito fortes e ásperos, auscultados sobre a traqueia, no pescoço. Os sons respiratórios são auscultados com o dia- fragma do estetoscópio, após orientar o paciente a respirar profundamente com a boca aberta. Se o paciente sentir tonteira por causa da hiperventilação, deixe o paciente respirar normalmente por alguns minutos. Os ruídos respiratórios são, em geral, mais altos na região inferoposterior dos campos pulmonares, mas podem variar de uma área para outra. sons adventícios/adicionais Se forem auscultados estertores (ou crepitações), em especial que não desaparecem após a tosse, de- termine cuidadosamente as características a seguir, que são indícios diagnósticos da condição subja- cente: Intensidade, tom e duração (resumidos como estertores finos ou grosseiros). Quantidade (poucos a muitos) Momento de ocorrência no ciclo respiratório. Localização na parede torácica Persistência de ser padrão ente um ciclo res- piratório e outro. Quaisquer alterações após a tosse ou modi- ficação na posição do paciente. Crepitação: sons anormais em via aérea de baixo calibre (bronquíolos, por exemplo). Quando o paciente é examinado em decúbito dor- sal, deve ficar bem confortável, com os braços ligei- ramente abduzidos. O paciente que apresenta dificul- dade respiratória deve ser avaliado na posição sen- tada, ou com a cabeceira do leito elevado, até um nível confortável. INSPEÇÃO Ficar atento à forma do tórax e ao movimento da parede torácica do paciente. Observe: Deformidades ou assimetrias Retração anormal dos espaços intercostais inferiores durante a inspiração. Retração su- praclavicular e um achado frequente. Retardo ou comprometimento localizado do movimento respiratório. PALPAÇÃO Identificação das áreas dolorosas à palpação Avaliação das anormalidades observadas Avaliação adicionais da expansão torácica. PERCUSSÃO Sibilos sugerem estreitamento das vias respira- tórias de pequeno calibre, como na asma, DPOC ou bronquite. Roncos sugerem secreção nas vias respiratórias calibrosas ou proximais Os pacientes com DPOC grave preferem sen- tar-se inclinados para frente, com os lábios franzidos durante a expiração e os braços apoiados sobre os joelhos ou em uma mesa. Retração anormal ocorre na asma grave na DPOC, ou na obstrução das vias respiratórias superiores. A hipersensibilidade dos músculos peitorais ou das cartilagens costais corroboram, mas não comprovam, o fato de que a dor torácica ter origem musculoesquelética. Práticas em Fisioterapia III – 4º semestre Percutir igual a região posterior O coração produz normalmente um som de ma- cicez à região esquerda do esterno, que vai do 3°- 5° espaço intercostais. Percuta o pulmão esquerdo. Ao percutir o tórax no sentido caudal (no lado es- querdo), a ressonância do pulmão normal é, em ge- ral, substituída pelo timpanismo da câmara de ar gás- trica. AUSCULTA Ausculte os sons respiratórios, que costumam ser, em geral, mais altos na parte superior dos campos pulmonares anteriores. Identifique se existem ruídos adventícios. Adulto normal Tórax escavado Tórax em tonel (barril): comum nos primeiros anos de vida. Tórax carenado Anterior Posterior Lateral
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