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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul 
Disciplina: Controle e Gestão da Poluição Industrial 
Professor: Msc. Enio Arriero Shinma 1
NOTA INFORMATIVA: 
 
Os exercícios são avaliados da seguinte forma: 
 
BOM = O aluno respondeu à questão de forma integral, demonstrando os conhecimentos 
técnicos exigidos, em um texto claro, coerente e numa seqüência lógica; 
REGULAR = O aluno respondeu à questão de forma parcial, demonstrando pouco conhecimento 
técnico do assunto exigido, ou apresentando a resposta em um texto confuso, incoerente ou sem 
uma seqüência lógica. 
INSUFICIENTE = O aluno não respondeu a questão e não demonstrou os conhecimentos 
exigidos na questão. 
 
Observações: 
 
A prova terá um valor máximo de 9,0 (nove) pontos; 
Os trabalhos terão um valor total máximo de 1,0 (um) ponto; 
A soma das notas da prova e dos trabalhos comporão uma nota; 
Um exercício avaliado como INSUFICIENTE acarretará um decréscimo 0,5 (meio) ponto no 
valor total dos exercícios; 
Dois exercícios avaliados como INSUFICIENTE acarretará na não pontuação dos exercícios; 
A não entrega de um exercício acarretará na não pontuação dos exercícios. 
 
 
 
 
 
 
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AULA 5 – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL 
1 ELABORAÇÃO DE PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL 
1.1 Como desenvolver um SGA 
Algumas empresas começam a desenvolver seus sistemas de gestão ambiental a partir do 
zero. Muitas delas, se não a maioria, já têm alguns procedimentos administrativos ou elementos 
de sistema que as levam, convenientemente, à incorporação dos assuntos ambientais. 
Muitas organizações dispõem de um colaborador interno responsável pela proteção da 
saúde do trabalhador, que também pode assumir as responsabilidades ambientais. A alta gerência 
da empresa, ou um gerente de fábrica, pode encarregar-se do desenvolvimento do SGA. 
Grandes empresas nacionais ou multinacionais muitas vezes procuram influenciar seus 
fornecedores a melhorar suas capacidades de atingir os padrões ambientais, de saúde, de 
segurança e de produtos. As ações da empresa são divididas em quatro fases: Planejamento, 
Ação, Verificação e Aperfeiçoamento. 
Promover a melhoria contínua dos processos, produtos e serviços, por meio da abordagem 
do PDCA (Plan–Do-Check- Act) ou Plano, Ação, Verificação e Melhoria contínua, como 
ferramenta de gestão do sistema de identificação e solução de problemas. 
 
 
1.1.1 Planejamento (Plan) 
 
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A fase de planejamento inclui a identificação e classificação dos aspectos ambientais, o 
levantamento dos requisitos legais aplicáveis e a definição de objetivos e metas ambientais. 
Os empresários precisam fazer as perguntas fundamentais relativas a seus negócios. 
Onde estamos agora e para onde queremos ir? Responder a estas perguntas envolve 
três passos: 
• Fazer Avaliação Ambiental Inicial: compreender a posição ambiental atual da empresa, 
as exigências legais impostas a ela, os aspectos ambientais relevantes, suas práticas e postura, 
identificação dos pontos fortes e fracos; 
• Obter uma visão clara do futuro próximo: compreender os prováveis aspectos e 
impactos ambientais futuros e suas implicações na empresa, a fim de identificar os riscos e as 
oportunidades ambientais; e 
• Estabelecer uma Política Ambiental: definir como a empresa irá reagir às questões 
ambientais atuais e futuras, antecipado-se a elas. 
A política ambiental deve ser estabelecida pelo(s) alto(s) executivo(s) da empresa, mesmo 
que as propostas possam vir de todos os níveis da força de trabalho. Definir metas, todavia, é um 
processo que deve ser apoiado e duplamente avaliado por toda a cadeia de comando. Os níveis 
mais baixos na hierarquia têm importante papel a cumprir, pois podem assegurar a viabilidade 
das metas. Algumas empresas envolvem outras partes interessadas, tais como órgãos oficiais de 
governo, clientes, consumidores e até grupos ambientais, na definição de metas e estratégias. 
No desenvolvimento de objetivos e metas, planos de ação e procedimentos estratégicos 
estão relacionados uns com os outros. O levantamento dos aspectos e impactos relativos aos 
processos e serviços de uma empresa são, em conjunto com o levantamento dos respectivos 
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requisitos legais aplicáveis, a parte mais demorada e crítica da montagem de um sistema. Esta 
deve ser feita com o máximo de detalhes possível para melhor refletir sua organização. Tudo o 
mais depende desta etapa e, por isso, sua importância. 
E, por fim, quanto mais o plano de ação leva em consideração os pontos de vista e 
interesses de todos os níveis da empresa, maior a probabilidade de ele ser realista, o que resulta 
na sua sustentabilidade. 
1.1.2 Ação (Do) 
 
A fase de implantação e operação do sistema implica a definição de estrutura e 
responsabilidades, treinamentos, comunicação, elaboração da documentação do sistema, 
incluindo a criação de procedimentos de controle operacional e atendimento das situações de 
emergência. 
As pessoas encarregadas da implementação das ações devem definir responsabilidades e 
procedimentos, que devem ser aprovados pela alta direção. 
Nesta fase, o levantamento das atividades, sua descrição, incluindo sua interação com o 
meio ambiente, é a parte principal. A partir daí é que as outras atividades dessa etapa se 
desenvolvem. 
1.1.3 Verificação (Check) 
 
 
Nesta etapa são empreendidas ações de monitoramento e medição conforme padrões ou 
requisitos legais, são levantadas não-conformidades, gerados registros e faz-se uma auditoria do 
sistema para avaliação da eficácia da sua implantação e maturidade. Estes resultados são 
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analisados junto à direção da empresa, que promove uma análise crítica e determina mudanças de 
rumo, quando necessário, e/ou melhorias e ajustes ao sistema. 
A empresa deve possuir instrumentos para responder à pergunta como estamos indo?. 
Esses instrumentos de controle e monitoramento geralmente incluem exigências para 
relatórios sobre o desempenho ambiental e geração de resíduos (sólidos, líquidos e gasosos). 
Eles também incluem ações corretivas e preventivas, procedimentos e processos de 
auditoria ambiental. O objetivo desta fase é avaliar a real postura ambiental da empresa em 
relação às suas políticas definidas e aos objetivos e metas descritos no plano de ação. 
1.1.4 Aperfeiçoamento/Melhoria (Act) 
 
 
 
Quaisquer deficiências ou imprevistos identificados são corrigidos, o plano de ação deve 
ser revisado e adaptado às novas circunstâncias, e os procedimentos são melhorados ou 
reorientados, se necessário. 
A análise crítica periódica do plano de gestão assegura que o SGA continue a ser sensível 
às mudanças, identificando oportunidades de aperfeiçoamento, como novos conhecimentos 
científicos sobre os impactos ambientais de um produto químico, inovação tecnológica, novos 
processos e produtos, novos mercados, câmbio, regulações governamentais e mudanças nas 
exigências dos clientes e consumidores. Em resumo, essa etapa busca a melhoria contínua dos 
processos e serviços da organização no que tange a sua relação com o meio ambiente e, 
conseqüentemente, o desempenho ambiental da empresa. Uma melhoria pode ser tão simples 
quanto um controle de um procedimento existente, ou o desenvolvimento de um novo 
procedimento ou investimento para corrigir um problema não previsto, ou até a redefinição das 
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metas e objetivos ambientais da empresa, em resposta a mudanças nas circunstâncias internas e 
externas. 
Com este método, sempre que a direção da organização identificar as mudanças que podem 
ou devem ser feitas no SGA, será inevitável voltar à fase de planejamento para introduzir tais 
alterações na Política Ambiental e no Plano de Ação. 
Virtualmente, cada SGA em operação hoje em dia é composto de ferramentas derivadas 
desse modelo, e todas as normas ambientais em desenvolvimento ou no processo de 
implementação o seguem. Os novos padrões de gestão ambiental nacionais e internacionais são 
todos baseados nisso (por exemplo, este é o conceito que sustenta a estrutura da Norma ISO 
14001). 
1.2 Funções da empresa que serão envolvidas 
Em termos funcionais, o SGA diz respeito, virtualmente, a todas as atividades comerciais 
produtivas e administrativas da empresa: 
• Produção: controle de poluição e produção mais limpa são questões óbvias do SGA. 
Outras questões podem incluir proteção ao trabalhador, a prevenção ou diminuição dos 
acidentes, e a prevenção de danos ambientais de longo prazo causados pelas atividades ou 
produtos da empresa. 
Os responsáveis pela produção devem ser capazes de contar com o SGA na ajuda do 
controle de vulnerabilidades ambientais relacionadas aos processos produtivos, incluindo, por 
exemplo, a seleção de técnicas e tecnologias apropriadas. 
• Finanças: diretores financeiros de empresas em muitos países estão descobrindo que 
obter financiamento para projetos com taxas favoráveis depende da sua habilidade em demonstrar 
que sua empresa controla riscos, inclusive os ambientais. Além do mais, eles precisam trabalhar 
mais próximos aos planejadores da organização para determinar as necessidades globais de 
financiar planos e entender como as questões ambientais podem afetar a aprovação desses 
projetos e o tempo necessário para receber essas aprovações. 
• Administração e distribuição: exigências na embalagem, tipos de materiais e 
recuperação e reciclagem dos produtos impõem novas demandas de distribuidores em grandes 
mercados internacionais. 
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• Planejamento e desenvolvimento: obter permissão de planejamento para novos projetos, 
assim como para a expansão de operações existentes, hoje em dia, muitas vezes, requer a 
determinação de uma tarifa sobre impactos ambientais e dar garantias do desempenho ambiental. 
Em muitas partes do mundo, transações de propriedades podem resultar na aquisição de taxas 
sobre a poluição causada pelas atividades anteriores daquele local, fato que deve ser levado em 
conta nas negociações. 
• Pesquisa e Desenvolvimento: os critérios ambientais devem ser considerados no desenho 
do produto para atingir as exigências do público, requisitos legais, padrões nacionais 
internacionais ou para assegurar que os produtos tenham aspectos e impactos ambientais 
mínimos, por meio do seu ciclo de vida, da forma e do uso de matéria-prima, por intermédio da 
manufatura e distribuição, uso do produto e disposição final. 
• Marketing: em vários países os consumidores têm esperado um aspecto ambiental dos 
produtos que adquirem. Produtos que tenham potencial de sérios impactos no meio ambiente 
devem estar sujeitos a regulamentação internacional ou boicote dos consumidores. 
2 IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL 
2.1 Metodologia 
Essas atividades podem ser separadas em duas fases: a primeira objetiva a elaboração do 
Plano de Melhoria do Desempenho Ambiental (PMDA), referente ao item 4.3 da NBR ISO 
14001 – Planejamento. A segunda tem dois objetivos principais: 
a implantação das ações do PMDA e dos demais requisitos da Norma. 
São elas: 
 
 
 
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• Planejamento das Atividades – é a reunião da Direção com a equipe para definir a 
estrutura e as responsabilidades pela implementação do SGA, as datas para as atividades (as 
Oficinas, o acompanhamento e orientações, as auditorias) e por fim a data desejada para a 
certificação, como exemplificado no Quadro 1; 
• Oficinas – as oficinas devem ser realizadas em reuniões de no máximo 2 horas 
consecutivas por dia, 3 vezes por semana. Isso tem explicação: 2 horas é um período que pode ser 
planejado dentro das 8 horas diárias de funcionamento sem prejudicar o atendimento aos clientes, 
fonte de sustentação da organização. Como as reuniões acontecem dia sim, dia não, elas não 
chegam a atravancar a operação normal. A grande vantagem é que as reuniões precisam ser 
objetivas para gerar seus resultados em duas horas. Logo a objetividade vira um hábito e as 
reuniões se tornam altamente produtivas. Reuniões longas provocam dispersão da atenção dos 
participantes. 
Outro ponto importante é que os integrantes das equipes mantenham a assiduidade, pois 
não adianta participar um dia e faltar outro – atrasa o grupo. 
a) Oficina 1 – Política e Planejamento – são reuniões da equipe para discutir os conceitos 
básicos da Gestão Ambiental, a Política Ambiental, a legislação ambiental aplicável, o 
levantamento e avaliação dos aspectos e impactos ambientais e as ações mitigadoras dos 
impactos ambientais mais importantes. O resultado final desta Oficina é o Plano de Melhoria do 
Desempenho Ambiental (PMDA) da organização. A Direção deve participar principalmente das 
reuniões sobre a definição da Política Ambiental e das ações mitigadoras; 
b) Oficina 2 – Normas ISO série 14000 e Documentação – são reuniões da equipe para 
discutir os demais itens da ISO 14001 referentes à implementação, operação, verificação e ação 
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corretiva. Os participantes também discutem a elaboração dos documentos normativos, formatos, 
controles etc.; 
c) Oficina 3 – Formação de Auditores Ambientais Internos – é o treinamento para 
formar a equipe de Auditores Ambientais Internos da organização. Este treinamento é 
fundamental para que o processo de Auditorias Internas funcione bem e suporte a evolução do 
Sistema de Gestão Ambiental. Deve ser realizado por instrutor especial (com formação em 
Auditoria Ambiental) e de preferência fora do ambiente de trabalho. Um curso de 3 dias (24 
horas) para uma quantidade aproximada de 15% do total de colaboradores; 
• Implementação – a implementação do Sistema de Gestão Ambiental começa na 
execução das ações definidas no PMDA e abrange os demais requisitos da Norma NBR ISO 
14001 necessários ao seu pleno funcionamento. É a equipe em pleno trabalho, executando, 
acompanhando, monitorando e avaliando seus resultados. 
a) Lançamento do Programa – é o evento que reúne os colaboradores da organização para 
participar do lançamento do Programa de Implementação do SGA, quando todos passam a 
conhecer a Política Ambiental da organização (definida na Oficina 1) e compreendem como 
poderão colaborar. 
b) Acompanhamento e orientação – são as reuniões-relâmpago que o responsável pela 
implantação realiza nos vários departamentos da organização destinadas a orientar e acompanhar 
as pessoas no desenvolvimento do SGA na sua área específica, a implementação das ações do 
PMDA e dos procedimentos do SGA. O tempo necessário variará em função do engajamento da 
equipe e das dificuldades que aparecem, mas a média para essa atividade é de 20 horas/mês (1 
hora por dia) do responsável pelo SGA; 
• Auditorias 
a) Auditorias Parciais – são auditorias realizadas na organização pelos auditores internos, 
a partir da sua formação. 
Podem ser planejadas de várias formas, pois são rápidas quando realizadas numa área 
determinada (máximo 1,5 horas, incluindoa preparação e Relatório Final) e geralmente 
envolvem dois auditores e um ou dois auditados. O Plano de Auditorias Internas pode programar 
2 auditorias semanais durante os 4 meses finais da implementação do SGA, passando mais de 
uma vez por todas as áreas da organização; 
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b) Auditoria Plena – é uma auditoria realizada por uma equipe de auditores ambientais 
externos à organização e que não tenha participado do processo de implantação, como se fosse a 
auditoria de um Organismo Certificador; 
c) Auditoria Inicial do Organismo Certificador Credenciado (OCC) – é o início do 
processo de certificação e é realizada pelo Organismo Certificador Credenciado escolhido pela 
organização; 
• Ajustes e ações corretivas – são reuniões onde serão discutidos os ajustes no Sistema de 
Gestão Ambiental em função das Auditorias realizadas. A equipe (Comitê Ambiental) analisa os 
resultados e estabelece as ações corretivas, prazos e responsáveis para eliminar as não-
conformidades detectadas. Essas reuniões têm importantes desdobramentos, pois as ações 
corretivas precisam ser acompanhadas na execução e nos seus resultados; 
• Auditoria Final de Certificação – é a Auditoria, a partir da qual pode ser recomendada 
a Certificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quadro 1. Exemplo de cronograma de implementação de um SGA 
 
2.2 O ciclo PDCA 
Na implantação de um Sistema de Gestão Ambiental, após o estabelecimento da Política 
Ambiental da organização, segue-se o Planejamento das Ações (P), a implementação e Operação 
do Sistema (D), o Monitoramento (C) e Ações Corretivas (A) conseqüentes. Isto é a aplicação do 
ciclo PDCA. 
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O Ciclo PDCA foi estabelecido por Shewhart (Walter A. Shewhart, da Bell Telephone 
Laboratories, AT&T, em seu livro Statistical Method from the Viewpoint of Quality Control, 
USA, 1939) e popularizado por Deming (W. Edward Deming, 1900-1993) no Japão, onde é 
chamado Ciclo Deming. 
Ele pode ser aplicado a qualquer atividade, que passa sempre por estas quatro fases 
fundamentais. Aplicar estas fases aos processos (atividades) é o que se conhece como gerenciar o 
processo. 
Na fase Plan (planejamento) se definem as metas e os métodos, o desenvolvimento do 
plano de execução; 
Na fase Do (execução) são feitos a educação e o treinamento para capacitar as pessoas a 
realizarem as atividades, a execução propriamente dita das ações e a medição dos resultados; 
A fase Check (avaliação) consiste em se comparar o resultado obtido com o que tinha sido 
planejado nas metas (fase P); 
A última fase, Act (ação), envolve a busca de soluções para eliminar o problema, a escolha 
da solução mais efetiva e o desenvolvimento desta solução, com a devida normalização, quando 
invade o ciclo P no planejamento de sua implantação, recomeçando tudo novamente. Se não há 
problema, quando se atinge um objetivo além do que tinha sido planejado ou se igualam metas e 
resultados, novas metas mais audaciosas devem ser estabelecidas e o ciclo recomeçado. 
A cada volta do ciclo PDCA sempre acontece um progresso, mesmo pequeno, por isso 
nunca se volta ao mesmo ponto. Cada mudança dá início a um novo ciclo que tem como base o 
ciclo anterior, caracterizando desta forma a espiral da Melhoria Contínua. 
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Fazer bem feito o seu trabalho, preocupar-se com a questão ambiental, planejar suas 
atividades para que a segurança das pessoas e do meio ambiente seja sempre preservada, estar 
pronto para agir numa situação de emergência, combater o desperdício dos recursos naturais, da 
energia e de materiais, informar os pontos críticos propondo melhorias, etc. são atitudes 
desejáveis a todo colaborador, seja ele pertencente ou não aos quadros da organização. 
Felizmente a maioria das pessoas sabe o que é poluição, o que é desperdício e o que é uma 
situação perigosa. A conscientização torna-se então uma tarefa de comunicação e discussão dos 
meios para alcançar uma maior eficiência ambiental. Quanto maior o número de pessoas 
participando das discussões, melhores serão as soluções encontradas. 
Meio ambiente é assunto universal. 
Conscientizar as pessoas é conseqüência natural do processo de implantação do SGA. 
Pode-se observar no Quadro 2 que a Gestão Ambiental abrange um universo muito mais 
amplo que a Gestão da Qualidade; 
 
Quadro 2. Abrangência das gestões da qualidade e ambiental

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