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{"creator":{"name":"Vana","version":"10.3.1.202101070032"},"activeSheetId":"02fa4adbedfb001e5395ab77d9"}
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[{"id":"02fa4adbedfb001e5395ab77d9","class":"sheet","title":"Map 1","rootTopic":{"id":"b9aa22deba98b3b20c7ac8aca2","class":"topic","title":"Ontologia","structureClass":"org.xmind.ui.map.unbalanced","extensions":[{"content":[{"content":"3","name":"right-number"}],"provider":"org.xmind.ui.map.unbalanced"}],"style":{"id":"9f642984-d607-4f55-b94d-0f22f2d3e89f","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000","shape-class":"org.xmind.topicShape.underline"}},"children":{"attached":[{"id":"b58888b5ceebbf0e68dada0656","title":"Conceitos","style":{"id":"c9d29d60-5e15-444d-9ab0-500f7c59cb4c","properties":{"shape-class":"org.xmind.topicShape.roundedRect","svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}},"children":{"attached":[{"title":"Ser","id":"8fb798e7-0c64-46f6-aa91-9d16f9fa8cb0","style":{"id":"d16aecfe-07e4-4a6a-b8be-3ee9cf2e464d","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}},"children":{"attached":[{"title":"Ser é indefinível","id":"03f26cd6-6214-4862-be40-22336a2c804d","style":{"id":"4be52a55-c2d4-43a3-85b4-4a8edeead1b5","properties":{"fo:color":"#1A227E","svg:fill":"none"}},"children":{"attached":[{"title":"Não é constituído por nada que não seja ele mesmo.","id":"a35bb06c-fcd2-4c62-982c-584de4a1b3e2","style":{"id":"3136f2bb-f7bc-4a95-8eaf-8bf96f04b3eb","properties":{"fo:color":"#1A227E","svg:fill":"none"}}}]},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><strong>&nbsp;Definição é a determinação da diferença especifica do determinado ser de um ente a partir da sua inclusão dentro do ambito conceitual em que ele se situa.&nbsp; Entretanto, o ser não participa de nada que o constitua. Ele é o que é.&nbsp;<br><br>Pela via da abstração o ser seria nada.<br><br>O ser de nenhum ente esgota a potência de sentido que constitui o ser como tal enquanto possibilidade infinita.</strong></div><div><br><br></div>"},"plain":{"content":" Definição é a determinação da diferença especifica do determinado ser de um ente a partir da sua inclusão dentro do ambito conceitual em que ele se situa. Entretanto, o ser não participa de nada que o constitua. Ele é o que é. \n\nPela via da abstração o ser seria nada.\n\nO ser de nenhum ente esgota a potência de sentido que constitui o ser como tal enquanto possibilidade infinita.\n\n\n"}}},{"title":"Sendo indefinível, como se pensar Ser?","id":"44007f5e-eee5-4b9f-b1b7-e8cd1873ccba","style":{"id":"408f1298-7960-4120-bc23-244bfa12a095","properties":{"fo:color":"#E32C2D","svg:fill":"none"}},"children":{"attached":[{"title":"Por intuição direta.","id":"fea71cb8-8a3a-44c6-b0b5-29e773778251","style":{"id":"9bad3649-f517-436b-9da4-6074a86f4d27","properties":{"fo:color":"#1A227E","svg:fill":"none"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><strong>A partir do modo como ele se mostra a intuição direta; O ser se dá em tudo que apresenta no mundo.&nbsp; A partir de um caminho fenomenologico: o modo como ser se apresenta nos entes do mundo: como&nbsp; ser se mostra nos entes e nos acontecimentos do mundo.</strong></div><div><br>Promover o aparecimento do ser equivale a intuir. O<br>pensamento intui o ser: sua atividade de busca promove o&nbsp; ser,<br>torna-o presente.</div>"},"plain":{"content":"A partir do modo como ele se mostra a intuição direta; O ser se dá em tudo que apresenta no mundo. A partir de um caminho fenomenologico: o modo como ser se apresenta nos entes do mundo: como ser se mostra nos entes e nos acontecimentos do mundo.\n\nPromover o aparecimento do ser equivale a intuir. 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Está posto no mundo em realização: \"isto é”.\n\n\n"}}},{"title":"Ser enquanto consistência.","id":"c3ec1175-b045-40c5-aa47-a8ebc51680a4","style":{"id":"4ffea74d-c1a4-4107-9a13-b11302d4937a","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><strong>er enquanto consistência→&nbsp; o que a coisa é → em que ela consiste → o que a diferencia de todas as outras coisas → qual a sua essência&nbsp; .</strong></div><div><br><br></div>"},"plain":{"content":"er enquanto consistência→ o que a coisa é → em que ela consiste → o que a diferencia de todas as outras coisas → qual a sua essência .\n\n\n"}}}]}}]},"style":{"id":"b2fb2cfe-3745-4ae1-871c-2102a6f8bdc9","properties":{"svg:fill":"none"}}}]}},{"title":"Ente","id":"7dfbb115-083a-45b0-b69b-8d2671af1614","style":{"id":"a8cd519a-128f-4620-bb97-9efa50f66f23","properties":{"fo:color":"#000000","svg:fill":"none"}},"children":{"attached":[{"title":"Tudo aquilo que porta o ser.","id":"e4d8a4fc-82ef-40c3-ba69-c00ed5736e61","style":{"id":"18bef3e8-c771-44f5-b957-2301700c0f85","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}},{"title":"Tipos de Entes","id":"b00fbe52-7b7d-4303-acd4-bb77ffbf1856","style":{"id":"a5f23d20-3307-4ad9-b131-5f40700a9f57","properties":{"fo:color":"#E32C2D","svg:fill":"none"}},"children":{"attached":[{"title":"Entes que estão no mundo","id":"0f46ec9b-e698-4da2-b457-e625d7aab0d0","style":{"id":"5310a83b-68b5-4fa6-9f2d-1b67a3f43db2","properties":{"fo:color":"#E32C2D","svg:fill":"none"}},"children":{"attached":[{"title":"A caneta , a pessoa, o céu, o mar...","id":"cb76be75-7624-4956-bf1b-50d1179f90fe","style":{"id":"bcc1b13c-366a-4383-baa3-87afe6fda551","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#15831C"}}}]}},{"title":"Entes ideiais","id":"d10946a2-ba07-4baf-8879-66efacc5f2d0","children":{"attached":[{"title":"Conceitos que ajudam a significar os entes que estão no mundo.","id":"334ba481-0b7f-48e1-bb74-8c7b69f7c34f","style":{"id":"87f8d5d5-5487-408f-82f2-98c17b99ecc9","properties":{"fo:color":"#1A227E","svg:fill":"none"}}}]},"style":{"id":"f535b126-96a1-42fc-a2a0-c0aabfca11b0","properties":{"fo:color":"#E32C2D","svg:fill":"none"}}},{"title":"Conjuntos dos Entes","id":"b449a23f-5a12-4ac9-b79c-0acc00c8d744","style":{"id":"dc2d0e8a-22c7-4220-b08b-a28d96d858c7","properties":{"fo:color":"#E32C2D","svg:fill":"none"}},"children":{"attached":[{"title":"A existência do <SUJEITO> o âmbito onde os outros tipos de entes acontecem.","id":"2ca0b58d-32eb-49cb-bfa4-e476d036cdb0","style":{"id":"da2df39b-e060-4fc1-ad51-b72c1f0ab16d","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}}]}}]}}]}},{"title":"Etmologia","id":"1bec9840-828e-4721-8e53-286b123e7eb3","style":{"id":"e3046398-5e42-419e-839d-16c1be176c37","properties":{"fo:color":"#000000","svg:fill":"none"}},"children":{"attached":[{"title":"Tho on Thos","id":"4c39ab1f-31dc-4eb8-a5e6-0ed7f9711a1c","style":{"id":"a68be4ad-a8b4-4eab-9d57-173b9ebfe5dd","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><strong>inicialmente a ontologia é a teoria sobre tudo aquilo que é, e não somente sobre o ser.</strong></div><div><br><br></div>"},"plain":{"content":"inicialmente a ontologia é a teoria sobre tudo aquilo que é, e não somente sobre o ser.\n\n\n"}},"children":{"attached":[{"title":"Tudo aquilo que é.","id":"b4dda2a2-4470-452f-a485-61063807d8cf","style":{"id":"ec95eeae-5b84-4a68-a468-e6ad1e05b05a","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}}]}}]}},{"title":"Teoria
dos Objetos","id":"8537c49b-fcd6-4a68-a37a-25337708fcca","style":{"id":"abec831b-83eb-4681-a34b-d75432e07c8a","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}},"children":{"attached":[{"title":" teoria da estrutura ou significado do conjunto das coisas que são. ","id":"20a9bfca-5365-4c60-971b-961bcc1e202e","style":{"id":"057a70bb-eba1-4d0a-893b-56c9d5d85ac3","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><strong>Que descreve as regiões de objetos com as quais a&nbsp;<br>&nbsp;consciência se depara: a natureza, a história, a sociedade.</strong></div><div><br><br></div>"},"plain":{"content":"Que descreve as regiões de objetos com as quais a \n consciência se depara: a natureza, a história, a sociedade.\n\n\n"}}}]}}]}},{"title":"Observações","id":"36585003-70e8-4803-8c44-7f891a0e5160","children":{"attached":[{"title":"Fazer reflexivo","id":"d045a8c8-4ed4-449d-8b79-3f2c4d304f30","style":{"id":"5d08bbcc-cfb8-4b1f-9ff6-3f12d16168a4","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><strong>O fazer reflexivo, a filosofia, resultou na&nbsp; tentativa de significar as coisas que são; a especulação sobre tudo aquilo que é, resultou no entendimento sobre aquilo que permite que todos os entes sejam: o Ser.&nbsp; Com a filosofia, o termo ontologia se descola do seu sentido originário e tornar-se teoria sobre o ser.</strong></div><div><br><br></div>"},"plain":{"content":"O fazer reflexivo, a filosofia, resultou na tentativa de significar as coisas que são; a especulação sobre tudo aquilo que é, resultou no entendimento sobre aquilo que permite que todos os entes sejam: o Ser. Com a filosofia, o termo ontologia se descola do seu sentido originário e tornar-se teoria sobre o ser.\n\n\n"}}},{"title":"O termo ontologia só é cunhado posteriormente.\n","id":"59e01db5-2f27-4de1-ba95-6455a94d5d70","style":{"id":"a33a0b36-94fd-491f-b46e-17b6cc64199e","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><strong>O fazer reflexivo, a filosofia, na busca da especulação sobre o ser é chamada de filosofia primeira ou metafísica.<br></strong><br></div>"},"plain":{"content":"O fazer reflexivo, a filosofia, na busca da especulação sobre o ser é chamada de filosofia primeira ou metafísica.\n\n"}}},{"title":"Filosofia primeira e metafisica","id":"fa37b02e-cb9c-4448-be77-ef834b1781c0","style":{"id":"b76fdcce-4b0a-4146-9a1a-142f4910aecc","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><strong>É Andronico, discípulo de Aristóteles, que nomeia o fazer reflexivo, a filosofia, de metafísica.</strong></div><div><br><strong>A ontologia - ainda não sendo chamada de ontologia- se abriga no campo da metafísica e da filosofia primeira.</strong></div><div><br><br></div>"},"plain":{"content":"É Andronico, discípulo de Aristóteles, que nomeia o fazer reflexivo, a filosofia, de metafísica.\n\nA ontologia - ainda não sendo chamada de ontologia- se abriga no campo da metafísica e da filosofia primeira.\n\n\n"}}},{"title":"O Ser","id":"9b303fa9-d37a-46d5-9a2b-545e6ee582c0","style":{"id":"07440898-1f26-486e-b2f4-f7afe5a302ee","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><strong>A ontologia não se dedica a busca de um único ente, mesmo que seja o ente divino. A ontologia se dedica a busca daquilo que unifica e torna todos os entes possíveis, ou seja, o Ser.</strong></div><div><br><br></div>"},"plain":{"content":"A ontologia não se dedica a busca de um único ente, mesmo que seja o ente divino. A ontologia se dedica a busca daquilo que unifica e torna todos os entes possíveis, ou seja, o Ser.\n\n\n"}}},{"title":"Na contemporaneidade a ontologia passa a designar teoria dos objetos.","id":"d1718999-65db-48b1-9006-59975e487b77","children":{"attached":[{"id":"e054115d-5471-4cc5-a7c5-a3e7b3c8e15f","title":"","style":{"id":"ae31ca21-d6a5-4328-befe-8a8bd1c33667","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}}]},"style":{"id":"643999c3-dfab-4564-bb73-ec22c973b2aa","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}},{"title":"O termo ontologia é cunhado na modernidade com o filósofo Christian Wolf.\n","id":"612cb755-8969-4cc2-9a60-8bf239a8bd50","style":{"id":"7185c182-fd65-41f1-83ea-a47e8a52a743","properties":{"fo:color":"#1A227E","svg:fill":"none"}}}]},"style":{"id":"97fae481-4105-4418-88af-466cc12d8d28","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}}},{"title":"Teóricos ","id":"0d176634-13ea-46ca-af4a-4e4a4264f6e8","style":{"id":"f98e0512-f211-483a-87f1-15c87192592f","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}},"children":{"attached":[{"title":"Arcângelo R.Buzzi","id":"5f2fc50e-3e7e-412c-adc3-d31ca3b70aac","children":{"attached":[{"title":"phüos e sophon","id":"e263d257-09c5-40e2-9a5a-2ae93827e7b4","style":{"id":"7e7ff8ce-19fc-481f-a3b3-32aa32b5a0f1","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>Foi <em>Heráclito de Éfeso </em>quem presumivelmente criou o termo \"filósofo\". Em grego, <em>philosophon </em>se compõe de <em>phüos </em>que significa amigo, e <em>sophon, </em>que significa o todo <em>(hen panta). </em>Filósofo, portanto, é o amigo do todo.&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"Foi Heráclito de Éfeso quem presumivelmente criou o termo \"filósofo\". Em grego, philosophon se compõe de phüos que significa amigo, e sophon, que significa o todo (hen panta). Filósofo, portanto, é o amigo do todo. \n \n"}}},{"title":"Quem aprende é o pensamento","id":"476d4802-d150-405d-a35e-5a11bc70d041","style":{"id":"197a2249-91fe-4d80-b075-d07395d02d1b","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>Precisamos, pois, falar desses três momentos que constituem a</div><div>filosofia: <em>do ser, do conhecimento e da linguagem. </em>Com isso não se pretende zonear a filosofia em três áreas. A filosofia é<br>aprendizagem de pensar. Quem aprende é o pensamento. E quanto mais aprende a pensar, mas se torna conhecimento e se faz linguagem do ser. <br>&nbsp;<br>Foi <em>Parmênides de Eléia, </em>pensador da Grécia antiga, quem por primeiro mostrou, num discurso incomparável, que a necessidade do pensamento é aprender a pensar. Quanto mais aprende a pensar, mais se torna linguagem que fala e conhecimento que deixa transparecer <em>o ser. </em>E de tal modo que <em>pensar é ser.</em> <br> <br>Para realizar esse destino de pensar, conhecer e falar, o pensamento investiga. Ele está, sempre e por toda parte, na <em>questão do ser. </em>Questão significa busca, procura, investigação.<br>A causa que move o pensamento a questionar está na própria<br>necessidade que ele sente de promover seu encontro com a realidade. Por isso busca o ser como o sol ao universo, o garimpeiro ao ouro. <br>&nbsp;<br>De todos os astros, o pensamento é o mais impaciente.<br>Quer beijar e sugar o ser.&nbsp; <em>Ser </em>é o que aparece e se mostra a quem procura. O pensamento procura e com isso promove a <em>questão do ser. </em>Ao aparecer à procura, o ser se mostra. Vemos. Ver quer dizer promover o mostrar-se do ser. Promover o aparecimento do ser equivale a intuir. O pensamento intui o ser: sua atividade de busca promove o&nbsp; ser, torna-o presente. O ser se dá e se mostra na medida do pensamento que<br>procura. <em>Pensar é ser. </em>O pensamento se parece com o olho. Ambos procuram estar no amor à luz, mas para ver e contemplar a realidade.&nbsp;<br>&nbsp;<br>A filosofia mostra as viagens às quais o pensamento se lança para aprender o conhecimento e a linguagem de convívio com a realidade. O sol, ao aprender a buscar o universo, se torna astro luminoso; o pensamento, ao aprender a buscar, se torna conhecimento e linguagem.&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"Precisamos, pois, falar desses três momentos que constituem a\nfilosofia: do ser, do conhecimento e da linguagem. Com isso não se pretende zonear a filosofia em três áreas. A filosofia é\naprendizagem
de pensar. Quem aprende é o pensamento. E quanto mais aprende a pensar, mas se torna conhecimento e se faz linguagem do ser. \n \nFoi Parmênides de Eléia, pensador da Grécia antiga, quem por primeiro mostrou, num discurso incomparável, que a necessidade do pensamento é aprender a pensar. Quanto mais aprende a pensar, mais se torna linguagem que fala e conhecimento que deixa transparecer o ser. E de tal modo que pensar é ser. \n \nPara realizar esse destino de pensar, conhecer e falar, o pensamento investiga. Ele está, sempre e por toda parte, na questão do ser. Questão significa busca, procura, investigação.\nA causa que move o pensamento a questionar está na própria\nnecessidade que ele sente de promover seu encontro com a realidade. Por isso busca o ser como o sol ao universo, o garimpeiro ao ouro. \n \nDe todos os astros, o pensamento é o mais impaciente.\nQuer beijar e sugar o ser. Ser é o que aparece e se mostra a quem procura. O pensamento procura e com isso promove a questão do ser. Ao aparecer à procura, o ser se mostra. Vemos. Ver quer dizer promover o mostrar-se do ser. Promover o aparecimento do ser equivale a intuir. O pensamento intui o ser: sua atividade de busca promove o ser, torna-o presente. O ser se dá e se mostra na medida do pensamento que\nprocura. Pensar é ser. O pensamento se parece com o olho. Ambos procuram estar no amor à luz, mas para ver e contemplar a realidade. \n \nA filosofia mostra as viagens às quais o pensamento se lança para aprender o conhecimento e a linguagem de convívio com a realidade. O sol, ao aprender a buscar o universo, se torna astro luminoso; o pensamento, ao aprender a buscar, se torna conhecimento e linguagem. \n \n"}}},{"title":"O homem é a questão do Ser","id":"fb3d5390-9461-4d87-b2a0-655dc04e44cb","style":{"id":"5db54d55-b7e6-4e4d-b474-b84457242660","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>Há o ser! Por todos os lados nos cerca o ser. Ele está aí na<br>cotidianidade, consubstanciado no <em>mundo </em>que vivemos, mais<br>próximo a nós que o ar ao pulmão, que o sangue ao coração. O <em>homem é o problema </em>ou <em>a questão do ser. É </em>o homem que pergunta! Ao mover-se na dinâmica da pergunta, eis que a existência humana se constitui como problema ou questão do ser. <br>&nbsp;<br>&nbsp;A questão do ser é a experiência da necessidade da busca.<br>Já desde o primeiro instante, o homem exprime a vontade de<br>alguma coisa. A existência humana resume-se na busca. Ela se<br>perde buscando. <br><br><strong>Entre tantos «seres», qual o ser de sua busca?<br><br></strong>Se a árvore, as flores e os frutos são o <em>ser </em>que a semente<br>busca, é o mundo o <em>ser </em>da busca do homem? Sim e não! Sim,<br>porque, como escada de Jacó, o mundo é constituído pela busca.<br>Mas há no mundo o que importa mais que o mundo: o <em>ser </em>do<br>mundo! O mundo fala desse <em>ser, </em>como a veste fala do corpo e o<br>corpo fala da vida. <br><br>A existência-humana-no-mundo é<br>a questão do ser. Sempre e por toda parte ela busca o ser, ainda<br>quando se autodestrói Isto significa que, ao posicionar o mundo com seus valores, o homem se reconhece que busca. Posicionar a questão do ser não quer dizer ir para dentro ou para fora, nem ir para frente ou para trás... mas <em>adivinhar o agora. </em>Agora é a existência-humana-no-mundo como questão do ser, como problema do ser.&nbsp;<br>&nbsp;<br>&nbsp;O caminho do ser é o pensamento. Pensar significa conhecer. Conhecer é presentificar o ser, Mornando-o visível e audível junto a nós.&nbsp;Se quisermos falar do ser, precisamos pensar. O pensamento que pensa se faz aurora do ser.&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"Há o ser! Por todos os lados nos cerca o ser. Ele está aí na\ncotidianidade, consubstanciado no mundo que vivemos, mais\npróximo a nós que o ar ao pulmão, que o sangue ao coração. O homem é o problema ou a questão do ser. É o homem que pergunta! Ao mover-se na dinâmica da pergunta, eis que a existência humana se constitui como problema ou questão do ser. \n \n A questão do ser é a experiência da necessidade da busca.\nJá desde o primeiro instante, o homem exprime a vontade de\nalguma coisa. A existência humana resume-se na busca. Ela se\nperde buscando. \n\nEntre tantos «seres», qual o ser de sua busca?\n\nSe a árvore, as flores e os frutos são o ser que a semente\nbusca, é o mundo o ser da busca do homem? Sim e não! Sim,\nporque, como escada de Jacó, o mundo é constituído pela busca.\nMas há no mundo o que importa mais que o mundo: o ser do\nmundo! O mundo fala desse ser, como a veste fala do corpo e o\ncorpo fala da vida. \n\nA existência-humana-no-mundo é\na questão do ser. Sempre e por toda parte ela busca o ser, ainda\nquando se autodestrói Isto significa que, ao posicionar o mundo com seus valores, o homem se reconhece que busca. Posicionar a questão do ser não quer dizer ir para dentro ou para fora, nem ir para frente ou para trás... mas adivinhar o agora. Agora é a existência-humana-no-mundo como questão do ser, como problema do ser. \n \n O caminho do ser é o pensamento. Pensar significa conhecer. Conhecer é presentificar o ser, Mornando-o visível e audível junto a nós. Se quisermos falar do ser, precisamos pensar. O pensamento que pensa se faz aurora do ser. \n \n"}}},{"title":" A compreensão do ser","id":"cc5e3a55-68cc-414a-b995-7cf2444eb2f2","style":{"id":"cc203105-fdc4-4341-9016-1ce78dac017d","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>Sísifo, tendo escapado astuciosamente à morte, foi<br>condenado ao suplício de rolar uma grande pedra ao cimo<br>de um monte donde ela se despencava, devendo o<br>condenado recomeçar incessantemente o trabalho. Era<br>eterna sua condenação. Na fala deste mito aparece o <em>tempo </em>na compreensão da experiência do ser.&nbsp;<br>&nbsp;</div><div>Mas a re-petição do que se perde manifesta a riqueza de Sísifo: o tempo incansável da busca. Por isso, ao lado de Sísifo, criou-se o mito prometéico. Este manifesta o esplendor da situação de Sísifo: <strong>&nbsp; </strong><strong><em>-trometeu sobe aos céus, rouba fogo aos deuses e, na força de sua luz, cria a civilização, funda o inesperado da terra: a cidade do homem, tempo de todos os sonhos. </em></strong>O mito de Prometeu enaltece Sísifo e mostra que o <em>tempo </em>é<br>força de busca, entusiasmo e fogo que transforma. <br><br>A rotina de ida à fábrica e de volta a casa repete o rolar da<br>pedra de Sísifo. O homem de hoje vai à fábrica para produzir e<br>volta a casa para consumir. Sua vida se comprime no tempo da<br>cidade técnico-industrial, templo de todos os valores, oráculo de<br>todas as esperanças. Nessa existência mora o homem qual Sísifo, lutando por ancorar no tempo. Se ele se descuida, a existência se arruina. Ele a salva quando se perde na busca. <br>&nbsp;<br>&nbsp;Em toda procura e encontro o homem apreende o tempo do<br>ser: ganho e perda. É o que ele mais conhece. Por isso, o tempo<br>significa a pré-compreensão do ser. <br>&nbsp;<br>A filosofia compreende o ser mergulhando na linguagem<br>do tempo. Para o filósofo <em>o ser trai a ambiguidade do não-ser. </em>ft<br>tempo que se perde, presença em fuga! Isso faz com que<br>briguemos, como Sísifo, em alianças secretas, por nos manter no<br>provisório, no tempo que se oferece e, presente, passa e HOdespede. <br>&nbsp;<br>-<strong> O ser se exprime de muitos modos, mas nenhum modo<br>exprime o ser(Aristóteles).<br> <br></strong>O <em>ser, </em>ao se apresentar no derrame de muitos modos, não<br>se dispersa. Antes o contrário. Mostra sun unidade, compondo a<br>multiplicidade. Esta não significa dispersão, mas síntese. Por isso,<br>todos os diferentes modos de ser declinam uma única e inefável<br>referência ao ser.<br><br>\"Se pretendo conceber o ser como ser, fracasso inexoravelmente, caio no vazio. Só posso concebê-lo num <em>modo<br></em>determinado. Aí o ser se anuncia. Aí o busco, sem jamais<br>alcançá-lo. Se quero saber o que
c o ser: tanto mais<br>claramente se mostra o <em>extravio </em>do ser para mim quanto<br>mais inexoravelmente prossigo perguntando e quanto<br>menos me deixo enganar por qualquer imagem construtiva<br>do ser. Nunca tenho o ser, mas sempre tenho um ser\"<br>(Jaspers, Karl. <em>Filosofia, </em>II, Madri 1959, p. 355).&nbsp;<br>&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"Sísifo, tendo escapado astuciosamente à morte, foi\ncondenado ao suplício de rolar uma grande pedra ao cimo\nde um monte donde ela se despencava, devendo o\ncondenado recomeçar incessantemente o trabalho. Era\neterna sua condenação. Na fala deste mito aparece o tempo na compreensão da experiência do ser. \n \nMas a re-petição do que se perde manifesta a riqueza de Sísifo: o tempo incansável da busca. Por isso, ao lado de Sísifo, criou-se o mito prometéico. Este manifesta o esplendor da situação de Sísifo: -trometeu sobe aos céus, rouba fogo aos deuses e, na força de sua luz, cria a civilização, funda o inesperado da terra: a cidade do homem, tempo de todos os sonhos. O mito de Prometeu enaltece Sísifo e mostra que o tempo é\nforça de busca, entusiasmo e fogo que transforma. \n\nA rotina de ida à fábrica e de volta a casa repete o rolar da\npedra de Sísifo. O homem de hoje vai à fábrica para produzir e\nvolta a casa para consumir. Sua vida se comprime no tempo da\ncidade técnico-industrial, templo de todos os valores, oráculo de\ntodas as esperanças. Nessa existência mora o homem qual Sísifo, lutando por ancorar no tempo. Se ele se descuida, a existência se arruina. Ele a salva quando se perde na busca. \n \n Em toda procura e encontro o homem apreende o tempo do\nser: ganho e perda. É o que ele mais conhece. Por isso, o tempo\nsignifica a pré-compreensão do ser. \n \nA filosofia compreende o ser mergulhando na linguagem\ndo tempo. Para o filósofo o ser trai a ambiguidade do não-ser. ft\ntempo que se perde, presença em fuga! Isso faz com que\nbriguemos, como Sísifo, em alianças secretas, por nos manter no\nprovisório, no tempo que se oferece e, presente, passa e HOdespede. \n \n- O ser se exprime de muitos modos, mas nenhum modo\nexprime o ser(Aristóteles).\n \nO ser, ao se apresentar no derrame de muitos modos, não\nse dispersa. Antes o contrário. Mostra sun unidade, compondo a\nmultiplicidade. Esta não significa dispersão, mas síntese. Por isso,\ntodos os diferentes modos de ser declinam uma única e inefável\nreferência ao ser.\n\n\"Se pretendo conceber o ser como ser, fracasso inexoravelmente, caio no vazio. Só posso concebê-lo num modo\ndeterminado. Aí o ser se anuncia. Aí o busco, sem jamais\nalcançá-lo. Se quero saber o que c o ser: tanto mais\nclaramente se mostra o extravio do ser para mim quanto\nmais inexoravelmente prossigo perguntando e quanto\nmenos me deixo enganar por qualquer imagem construtiva\ndo ser. Nunca tenho o ser, mas sempre tenho um ser\"\n(Jaspers, Karl. Filosofia, II, Madri 1959, p. 355). \n \n \n"}}}]},"style":{"id":"6c8ab05c-1652-4940-a116-bc23274ee4c2","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#E32C2D"}}},{"title":"Christian Wolf","id":"b94cae67-670d-4de4-b5cf-8e99ed68ee7d","style":{"id":"b14f1602-0d33-403b-ab06-20103a3a824e","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#E32C2D"}},"children":{"attached":[{"title":"A ontologia","id":"e6eb04c3-f0ea-4336-84c6-cf8798c4d2eb","style":{"id":"58397a70-2726-445e-988c-9abba9b9add4","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><strong>Para Wolf, a ontologia é o estudo do que é tal como é entendido a partir das categorias do entendimento.</strong></div><div><br><br></div>"},"plain":{"content":"Para Wolf, a ontologia é o estudo do que é tal como é entendido a partir das categorias do entendimento.\n\n\n"}}}]}},{"title":"Heráclito","id":"d0c01b74-8029-41e3-846b-5dd6e75c37ff","style":{"id":"6f39135e-d792-48ff-ac59-6088d437477a","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#E32C2D"}},"children":{"attached":[{"title":"Pensamentos","id":"0585ffc9-9add-42a4-99ca-39919d878077","style":{"id":"1512e557-3887-41c5-b253-60ffd35a3b9f","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}},"children":{"attached":[{"title":"Pensador da Physis","id":"30019bc2-7caf-4570-950f-53434ce662e0","style":{"id":"9e7de677-f9d9-4905-8182-9181d281ac06","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>Heráclito: reflete sobre o conjunto das coisas que são – faz a experiência do ser das coisas – na perspectiva da Physis. Pensar é prestar atenção, obedecer e dizer a sabedoria da Physis.<br><br>Physis: abrange numa mesma unidade os âmbitos “natural”, “humano” e “divino”.<br><br>A Physis, para Heráclito, é o espaço aberto na qual o Ser que se dá em todas as coisas se apresenta. Ser se apresenta enquanto e a partir da Physis. Como o Ser da Physis.<br><br>O sábio é aquele que escuta(obedece) a sabedoria da Physis.<br><br></div>"},"plain":{"content":"Heráclito: reflete sobre o conjunto das coisas que são – faz a experiência do ser das coisas – na perspectiva da Physis. Pensar é prestar atenção, obedecer e dizer a sabedoria da Physis.\n\nPhysis: abrange numa mesma unidade os âmbitos “natural”, “humano” e “divino”.\n\nA Physis, para Heráclito, é o espaço aberto na qual o Ser que se dá em todas as coisas se apresenta. Ser se apresenta enquanto e a partir da Physis. Como o Ser da Physis.\n\nO sábio é aquele que escuta(obedece) a sabedoria da Physis.\n\n"}}},{"title":"Logos","id":"7fd74ac8-2147-43af-9285-7f6fb2126717","style":{"id":"ca4fe1b5-5730-426b-9fce-b1f78fad7665","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>A sabedoria que&nbsp; comunica unidade a todas as coisas. Unidade secreta que está presente em tudo e que participa no ser de todas as coisas que são. O logos está sempre-aí em tudo. A miséria política ocorre quando igonoram a sabedoria comum(o que está presente em tudo e todos) e escolhem viver por desejos particulares.<br><br>10. IDEM, Do Mundo, <em>5. 396 b 7.</em><br>Conjunções o todo e o não todo, o convergente e o divergente, o<br>consoante e o dissoante, e de todas as coisas um e de um todas as coisas.&nbsp; (Tudo está relacionando em uma mesma unidade).<br><br><strong>A sabedoria/ lei humana liga-se ao Logos: a sabedoria humana, quando segue a sabedoria divina, participa da sabedoria divina e é projetada no campo da polis, da organização e bom governo.</strong></div>"},"plain":{"content":"A sabedoria que comunica unidade a todas as coisas. Unidade secreta que está presente em tudo e que participa no ser de todas as coisas que são. O logos está sempre-aí em tudo. A miséria política ocorre quando igonoram a sabedoria comum(o que está presente em tudo e todos) e escolhem viver por desejos particulares.\n\n10. IDEM, Do Mundo, 5. 396 b 7.\nConjunções o todo e o não todo, o convergente e o divergente, o\nconsoante e o dissoante, e de todas as coisas um e de um todas as coisas. (Tudo está relacionando em uma mesma unidade).\n\nA sabedoria/ lei humana liga-se ao Logos: a sabedoria humana, quando segue a sabedoria divina, participa da sabedoria divina e é projetada no campo da polis, da organização e bom governo.\n"}}},{"title":"Devir","id":"d243a299-c611-45e0-bda3-c50a78f319c2","style":{"id":"af812fe7-9d7e-4088-bedf-d2f18e67c51b","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>O ser das coisas permanece enquanto&nbsp; transformação permanente. A sabedoria de Heráclito é portadora de uma sabedoria divina/eterna que a anúncia a permanente impermanência de tudo. <br><br><strong>A ontologia pre-socrática é cosmologica, logo,&nbsp; Fogo é igual a Devir.</strong><br><br>88. IDEM, Consolação a Apolônio, <em>10 p. 106 </em>E.<br>O mesmo é em (nós?) vivo e morto, desperto e dormindo, novo e velho; pois estes, tombados além, são aqueles e aqueles de novo, tombados além, são estes. <br><br>12. ARIO DÍDIMO, em EUSÉBIO, Preparação Evangélica, <em>XV, 20.<br></em>Aos que entram nos mesmos rios outras águas afluem; almas exalam
do úmido.&nbsp;<br><br></div>"},"plain":{"content":"O ser das coisas permanece enquanto transformação permanente. A sabedoria de Heráclito é portadora de uma sabedoria divina/eterna que a anúncia a permanente impermanência de tudo. \n\nA ontologia pre-socrática é cosmologica, logo, Fogo é igual a Devir.\n\n88. IDEM, Consolação a Apolônio, 10 p. 106 E.\nO mesmo é em (nós?) vivo e morto, desperto e dormindo, novo e velho; pois estes, tombados além, são aqueles e aqueles de novo, tombados além, são estes. \n\n12. ARIO DÍDIMO, em EUSÉBIO, Preparação Evangélica, XV, 20.\nAos que entram nos mesmos rios outras águas afluem; almas exalam do úmido. \n\n"}}}]}},{"title":"Dados Biográficos","id":"17850a4c-bc15-4904-b31f-e0fa4088152b","children":{"attached":[{"title":"Cerca de 540-470 A.c","id":"1c8ae017-f94d-410e-ad89-4ee9ddedd3c7","style":{"id":"4d29a582-94e7-4790-9c99-91bcbf800f32","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}},{"title":"Nasceu em Éfeso","id":"7ca087b3-a3ba-4b79-939e-e6b9c2864d71","style":{"id":"1963a0c5-6dff-4f33-bfbf-afc281f2d8c4","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><em>HERÁCLITO NASCEU em Éfeso, cidade da Jônia, de família que ainda conservava prerrogativas reais (descendentes do fundador da cidade). Seu caráter altivo, misantrópico e melancólico ficou proverbial em toda a Antigüidade. Desprezava a plebe. Recusou-se sempre a intervir na política. Manifestou desprezo pelos antigos poetas, contra os filósofos de seu tempo e até contra a religião.</em>&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"HERÁCLITO NASCEU em Éfeso, cidade da Jônia, de família que ainda conservava prerrogativas reais (descendentes do fundador da cidade). Seu caráter altivo, misantrópico e melancólico ficou proverbial em toda a Antigüidade. Desprezava a plebe. Recusou-se sempre a intervir na política. Manifestou desprezo pelos antigos poetas, contra os filósofos de seu tempo e até contra a religião. \n \n"}}}]},"style":{"id":"66a04798-f75f-41a6-bf75-96e68c3a1113","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}}},{"title":"Curiosidades","id":"cabcbf61-dbcd-42a5-aaa0-a4a361e2f718","style":{"id":"edfead77-38fc-4c9b-a28f-2224f3a011b8","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}},"children":{"attached":[{"title":"Não teve mestre","id":"037c9faf-c17b-4ca8-9eda-9ff492b96c8f","style":{"id":"486fb1a4-f6fc-421d-a51d-c4da85847cab","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div><em>Sem ter tido mestre, Heráclito escreveu o livro </em>Sobre a<br>Natureza, <em>em prosa, no dialeto jônico, mas de forma tão concisa que recebeu o cognome de </em>Skoteinós, <em>o Obscuro. </em><br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"Sem ter tido mestre, Heráclito escreveu o livro Sobre a\nNatureza, em prosa, no dialeto jônico, mas de forma tão concisa que recebeu o cognome de Skoteinós, o Obscuro. \n \n"}}},{"title":"Origem social Aristócratica","id":"b261a7f6-fa5b-48c7-9da2-ada4f3b781a7","style":{"id":"6c027742-4b2e-4d6d-9440-7209596d204b","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}}]}},{"title":"Fragmentos de Heráclito","id":"59d9617d-f069-4aaf-b45e-1d29f86171d7","style":{"id":"dff15ed5-d9e9-4b84-b22a-42dafb865614","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}},"children":{"attached":[{"title":"Aspectos chave","id":"b1f635a6-7bee-4838-b09b-e79751168a35","style":{"id":"be3f2dc7-157a-4876-9cbd-0baa6a347619","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#E32C2D"}},"children":{"attached":[{"title":"Afirmação da unidade fundante de todas as coisas","id":"26aaa1b5-a178-4689-9927-c497b84d248f","style":{"id":"4326690a-7e5a-4d86-b697-938c51a4d545","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>10. IDEM, Do Mundo, <em>5. 396 b 7.<br></em>Conjunções o todo e o não todo, o convergente e o divergente, o<br>consoante e o dissoante, e de todas as coisas um e de um todas as coisas. <br>&nbsp;<br>50. HIPÓLITO, Refutação, <em>IX, 9.<br></em>Não de mim, mas do logos tendo ouvido é sábio homologar tudo é um.&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"10. IDEM, Do Mundo, 5. 396 b 7.\nConjunções o todo e o não todo, o convergente e o divergente, o\nconsoante e o dissoante, e de todas as coisas um e de um todas as coisas. \n \n50. HIPÓLITO, Refutação, IX, 9.\nNão de mim, mas do logos tendo ouvido é sábio homologar tudo é um. \n \n"}}},{"title":"Logos como inteligência divina que governa o real (Physis) ","id":"9a16c33c-f0f5-4062-b3d8-b0e6bba7d3ec","style":{"id":"a2a07b89-4522-4dfe-8492-9dfc022cd394","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>1. SEXTO EMPÍRICO, Contra os Matemáticos, <em>VII, 132.<br></em>L/ESTE LOGOS sendo sempre os homens se tornam descompassados quer antes de ouvir quer tão logo tenham ouvido; pois, tornando-se todas (as coisas) segundo esse logos, a inexperientes se assemelham embora experimentando-se em palavras e ações tais quais eu discorro segundo (a) natureza distinguindo cada (coisa) e explicando como se comporta. Aos outros homens escapa quanto fazem despertos, tal como esquecem quanto fazem dormindo.<br><br>2. IDEM, ibidem, <em>VII, 133.<br></em>Por isso é preciso seguir o-que-é-com, (isto é, o comum; pois o comum é o-que-é-com). Mas, o logos sendo o-que-é-com, vivem os homens como se tivessem uma inteligência particular. <br>&nbsp; <br>&nbsp;32. IDEM, ibidem, <em>V, 116.<br></em>Uma só (coisa) o sábio não quer e quer ser recolhido no nome de Zeus.&nbsp;<br>&nbsp;<br>41. IDEM, ÍX, 2.<br>Pois uma só é a (coisa) sábia, possuir o conhecimento que tudo dirige através de tudo.&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"1. SEXTO EMPÍRICO, Contra os Matemáticos, VII, 132.\nL/ESTE LOGOS sendo sempre os homens se tornam descompassados quer antes de ouvir quer tão logo tenham ouvido; pois, tornando-se todas (as coisas) segundo esse logos, a inexperientes se assemelham embora experimentando-se em palavras e ações tais quais eu discorro segundo (a) natureza distinguindo cada (coisa) e explicando como se comporta. Aos outros homens escapa quanto fazem despertos, tal como esquecem quanto fazem dormindo.\n\n2. IDEM, ibidem, VII, 133.\nPor isso é preciso seguir o-que-é-com, (isto é, o comum; pois o comum é o-que-é-com). Mas, o logos sendo o-que-é-com, vivem os homens como se tivessem uma inteligência particular. \n \n 32. IDEM, ibidem, V, 116.\nUma só (coisa) o sábio não quer e quer ser recolhido no nome de Zeus. \n \n41. IDEM, ÍX, 2.\nPois uma só é a (coisa) sábia, possuir o conhecimento que tudo dirige através de tudo. \n \n"}}},{"title":"A sabedoria/lei humana liga-se ao Logos ","id":"69bde8d9-0de4-40bc-b992-fb71582a21b2","style":{"id":"41228fff-e584-4758-a815-c72286cb38a4","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>112. IDEM, ibidem, I, 178.<br>Pensar sensatamente (é) virtude máxima e sabedoria é dizer (coisas) verídicas e fazer segundo (a) natureza, escutando. <br>&nbsp;<br>113. IDEM, ibidem, 1,179. Comum é a todos o pensar. <br>&nbsp;<br>114. IDEM, ibidem, I, 179.<br>(Os) que falam com inteligência é necessário que se fortaleçam com o comum de todos, tal como a lei a cidade, e muito mais fortemente: pois alimentam-se todas as leis humanas de uma só, a divina: pois, domina tão longe quanto quer, e é suficiente para todas (as coisas) e ainda sobra. <br><br>115. IDEM, ibidem, <em>180 a.<br></em>De alma é (um) logos que a si próprio se aumenta. <br>&nbsp;<br>72. IDEM, <em>TV, 46.<br></em>Do logos com que mais constantemente convivem, deste divergem; e (as coisas) que encontram cada dia, estas lhes aparecem estranhas.&nbsp;<br>&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"112. IDEM, ibidem, I, 178.\nPensar sensatamente (é) virtude máxima e sabedoria é dizer (coisas) verídicas e fazer segundo (a) natureza, escutando. \n \n113. IDEM, ibidem, 1,179. Comum é a todos o pensar. \n \n114. IDEM, ibidem, I, 179.\n(Os) que falam com inteligência é necessário que se fortaleçam com o
comum de todos, tal como a lei a cidade, e muito mais fortemente: pois alimentam-se todas as leis humanas de uma só, a divina: pois, domina tão longe quanto quer, e é suficiente para todas (as coisas) e ainda sobra. \n\n115. IDEM, ibidem, 180 a.\nDe alma é (um) logos que a si próprio se aumenta. \n \n72. IDEM, TV, 46.\nDo logos com que mais constantemente convivem, deste divergem; e (as coisas) que encontram cada dia, estas lhes aparecem estranhas. \n \n \n"}}},{"title":"Todas as coisas estão em movimento","id":"003c8a9b-f4ed-40e5-9dcc-65cf21bb2500","style":{"id":"6a9b903c-3e3c-4c54-9b50-c7babd91a6fc","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>12. ARIO DÍDIMO, em EUSÉBIO, Preparação Evangélica, <em>XV, 20.<br></em>Aos que entram nos mesmos rios outras águas afluem; almas exalam do úmido. <br>&nbsp;<br>49a. HERÂCLITO, Alegorias, <em>24.<br></em>Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos.&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"12. ARIO DÍDIMO, em EUSÉBIO, Preparação Evangélica, XV, 20.\nAos que entram nos mesmos rios outras águas afluem; almas exalam do úmido. \n \n49a. HERÂCLITO, Alegorias, 24.\nNos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos. \n \n"}}},{"title":"O movimento se processa através de contrários ","id":"4ef01bc4-4d46-4447-9c3c-8a240bd269d5","style":{"id":"561a55da-f8bc-46d7-8dad-e5b93269408d","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>88. IDEM, Consolação a Apolônio, <em>10 p. 106 </em>E.<br>O mesmo é em (nós?) vivo e morto, desperto e dormindo, novo e velho; pois estes, tombados além, são aqueles e aqueles de novo, tombados além, são estes. <br>&nbsp;<br>8. IDEM, Ética a Nicômaco, <em>VIII, 2. 1155 b 4.<br>Heráclito (dizendo que) </em>o contrário é convergente e dos divergentes nasce a mais bela harmonia, e tudo segundo a discórdia. <br>&nbsp;<br>10. IDEM, Do Mundo, <em>5. 396 b 7.<br></em>Conjunções o todo e o não todo, o convergente e o divergente, o<br>consoante e o dissoante, e de todas as coisas um e de um todas as coisas.&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"88. IDEM, Consolação a Apolônio, 10 p. 106 E.\nO mesmo é em (nós?) vivo e morto, desperto e dormindo, novo e velho; pois estes, tombados além, são aqueles e aqueles de novo, tombados além, são estes. \n \n8. IDEM, Ética a Nicômaco, VIII, 2. 1155 b 4.\nHeráclito (dizendo que) o contrário é convergente e dos divergentes nasce a mais bela harmonia, e tudo segundo a discórdia. \n \n10. IDEM, Do Mundo, 5. 396 b 7.\nConjunções o todo e o não todo, o convergente e o divergente, o\nconsoante e o dissoante, e de todas as coisas um e de um todas as coisas. \n \n"}}},{"title":"O Fogo como gerador do processo cósmico ","id":"5b408783-c558-4e15-8642-382de648cd79","notes":{"realHTML":{"content":"<div>30. IDEM, ibidem, <em>V, 105.<br></em>Este mundo, o mesmo de todos os (seres), nenhum deus, nenhum homem o fez, mas era, é e será um fogo sempre vivo, acendendo-se em medidas e apagando-se em medidas.<br>&nbsp;<br>90. IDEM, De E apud Delphos, <em>8 p. 388 E.<br></em>Por fogo se trocam todas (as coisas) e fogo por todas, tal como por ouro mercadorias e por mercadorias ouro.&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"30. IDEM, ibidem, V, 105.\nEste mundo, o mesmo de todos os (seres), nenhum deus, nenhum homem o fez, mas era, é e será um fogo sempre vivo, acendendo-se em medidas e apagando-se em medidas.\n \n90. IDEM, De E apud Delphos, 8 p. 388 E.\nPor fogo se trocam todas (as coisas) e fogo por todas, tal como por ouro mercadorias e por mercadorias ouro. \n \n"}},"style":{"id":"992bf329-afa4-426e-ac33-554ef31df104","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}},{"title":"O conhecimento sensível é enganador e deve ser superado pela sabedoria \n","id":"05498930-64fd-42cf-823d-5b376d7515c6","style":{"id":"704e5d4c-1144-484a-9a2f-f397e59ef94b","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>3. AÉCIO, II, 21, 4.<br>(Sobre a grandeza do sol) sua largura é a de um pé humano. <br>&nbsp;<br>123. TEMÍSTIO, Oratío V, <em>p. 69. </em>Natureza ama esconder-se.&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"3. AÉCIO, II, 21, 4.\n(Sobre a grandeza do sol) sua largura é a de um pé humano. \n \n123. TEMÍSTIO, Oratío V, p. 69. Natureza ama esconder-se. \n \n"}},"children":{"attached":[{"title":"O Tempo-criança como regente de todas as coisas","id":"74eb73ea-0ef8-4140-b5b7-6f73b36c6e2a","style":{"id":"81d2cd88-9245-448a-95e3-4e1bb2a1acf7","properties":{"fo:color":"#1A227E","svg:fill":"none"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>52. IDEM, ibidem, <em>IX, 9.<br></em>Tempo41 é criança brincando, jogando; de criança o reinado.&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"52. IDEM, ibidem, IX, 9.\nTempo41 é criança brincando, jogando; de criança o reinado. \n \n"}},"children":{"attached":[{"title":"O extraordinário presente no ordinário (“Aqui também habitam os deuses”).","id":"3fdcec23-293b-4795-9a2b-ba0d9e43fd59","style":{"id":"e4b07684-d835-4a4c-bba4-046b48e332dd","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}},"notes":{"realHTML":{"content":"<div>Aristóteles relata uma história que põe em evidência que o<br><em>logos </em>exprime a experiência do tempo favorável de cada ser, o<br>divino das coisas:<br><br>\"De Heráclito se contam umas palavras, ditas por ele a um<br>grupo de estranhos que desejavam visitá-lo. Ao<br>aproximarem-se, viram-no aquecendo-se junto ao forno.<br>Detiveram-se surpresos, sobretudo porque Heráclito ainda os<br>encorajou — a eles que hesitavam — fazendo-os entrar<br>com as palavras: 'Pois também aqui os deuses estão<br>presentes'\" <em>(De part. anim. </em>A 5, 654a, 17).<br><br><strong>A respeito dessa história, Heidegger tece o seguinte<br>comentário:</strong><br><br>\"Com o que vê logo à chegada, o grupo de visitantes<br>desconhecidos fica frustrado e desconcertado na curiosidade<br>que os levara ao pensador. Acredita ter de encontrá-lo<br>em circunstâncias que, ao contrário do modo de viver<br>comum dos homens, fossem excepcionais, raras e, por isso<br>mesmo, emocionantes. Trazem a esperança de descobrir<br>coisas que, ao menos por um certo tempo, sirvam de<br>assunto para uma conversa animada. Esperam<br>surpreender, talvez, o pensador justamente no momento<br>em que, mergulhado em profundas reflexões, ele pensa.<br>Querem 'viver' esse momento, mas não, decerto, para<br>serem atingidos pelo pensamento e sim, apenas, para<br>poderem dizer que já viram e ouviram alguém de quem<br>sempre de novo se diz ser um pensador. Ao contrário, os<br>visitantes curiosos encontram <em>Heráclito </em>junto ao forno. Um<br>lugar banal e muito comum. Todavia, ê nele que se assa o<br>pão. Mas <em>Heráclito </em>não está ocupado em assar pão. Ele<br>se está aquecendo. Com o que ele demonstra — e<br>ademais num lugar bana.l — toda a indigência de sua<br>vida. A visão de um pensador com frio oferece muito<br>pouca coisa de interessante. Os curiosos perdem logo a<br>vontade de entrar. Para quê? Pois esse fato corriqueiro<br>e nada excitante de alguém estar com frio e achegar-se<br>a um forno, qualquer um pode presenciar, quando<br>quiser, em casa. Para isso, não é necessário visitar um<br>pensador. Os visitantes se aprestam a retirar-se. <em>Heráclito<br></em>lê em suas fisionomias a curiosidade frustrada. Sabe<br>que, como em toda massa, a simpjes ausência de uma<br>sensação esperada é suficiente para fazer voltar os que<br>acabam de chegar. Por isso infunde-lhes coragem, convidando-os a entrar com as palavras: 'Também aqui os deuses estão presentes'.&nbsp;Essas palavras põem numa outra luz a morada e ;<br>comportamento do pensador. A história não diz se<br>os visitantes logo o entenderam ou mesmo se o enten<br>deram um dia, e assim passaram a ver tudo nessa ,,<br>outra luz. O fato, porém, de a história ter sido con<br>tada e haver chegado até nós, testemunha que o seu \"<br>conteúdo provém e caracteriza a atmosfera em que<br>vivia o pensador. 'Também aqui' no forno,
nesse<br>lugar banal onde todas as coisas e circunstâncias,<br>todo agir e pensar são familiares e corriqueiros, isto<br>é, ordinários, 'também aqui, portanto, no âmbito do<br>ordinário, estão presentes os deuses'\" (Heidegger, M.<br><em>Sobre o Humanismo. </em>Rio 1967, p. 86-88).&nbsp;<br>&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"Aristóteles relata uma história que põe em evidência que o\nlogos exprime a experiência do tempo favorável de cada ser, o\ndivino das coisas:\n\n\"De Heráclito se contam umas palavras, ditas por ele a um\ngrupo de estranhos que desejavam visitá-lo. Ao\naproximarem-se, viram-no aquecendo-se junto ao forno.\nDetiveram-se surpresos, sobretudo porque Heráclito ainda os\nencorajou — a eles que hesitavam — fazendo-os entrar\ncom as palavras: 'Pois também aqui os deuses estão\npresentes'\" (De part. anim. A 5, 654a, 17).\n\nA respeito dessa história, Heidegger tece o seguinte\ncomentário:\n\n\"Com o que vê logo à chegada, o grupo de visitantes\ndesconhecidos fica frustrado e desconcertado na curiosidade\nque os levara ao pensador. Acredita ter de encontrá-lo\nem circunstâncias que, ao contrário do modo de viver\ncomum dos homens, fossem excepcionais, raras e, por isso\nmesmo, emocionantes. Trazem a esperança de descobrir\ncoisas que, ao menos por um certo tempo, sirvam de\nassunto para uma conversa animada. Esperam\nsurpreender, talvez, o pensador justamente no momento\nem que, mergulhado em profundas reflexões, ele pensa.\nQuerem 'viver' esse momento, mas não, decerto, para\nserem atingidos pelo pensamento e sim, apenas, para\npoderem dizer que já viram e ouviram alguém de quem\nsempre de novo se diz ser um pensador. Ao contrário, os\nvisitantes curiosos encontram Heráclito junto ao forno. Um\nlugar banal e muito comum. Todavia, ê nele que se assa o\npão. Mas Heráclito não está ocupado em assar pão. Ele\nse está aquecendo. Com o que ele demonstra — e\nademais num lugar bana.l — toda a indigência de sua\nvida. A visão de um pensador com frio oferece muito\npouca coisa de interessante. Os curiosos perdem logo a\nvontade de entrar. Para quê? Pois esse fato corriqueiro\ne nada excitante de alguém estar com frio e achegar-se\na um forno, qualquer um pode presenciar, quando\nquiser, em casa. Para isso, não é necessário visitar um\npensador. Os visitantes se aprestam a retirar-se. Heráclito\nlê em suas fisionomias a curiosidade frustrada. Sabe\nque, como em toda massa, a simpjes ausência de uma\nsensação esperada é suficiente para fazer voltar os que\nacabam de chegar. Por isso infunde-lhes coragem, convidando-os a entrar com as palavras: 'Também aqui os deuses estão presentes'. Essas palavras põem numa outra luz a morada e ;\ncomportamento do pensador. 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O pensador é introduzido ao “coração inabalável da verdade bem redonda”, distinta das “opiniões (doxa) dos mortais”, em que “não há certeza”. <br>&nbsp;<br><strong>Únicos “caminhos de investigação” concebíveis</strong>: <br><br>1) O ser é e o não ser não é (caminho da “certeza”, que conduz à verdade) – “Princípio de identidade”; 2) O que não é (não ser) é (via “imperscrutável”).<br>. “Só o ser é; o não ser nada é”.. “Pelo espírito, o ausente se torna presente”.<br>. “Pensar e ser é o mesmo”.<br>. Para a “massa indecisa” (“cegos e surdos”, “mentes obtusas”) ser e não ser é o mesmo. (via contraditória).<br>. Essa questão deve ser decidida “com a razão”.<br> <br><strong>Ser: </strong>&nbsp;Uno; idêntico; não gerado/ imperecível/ inabalável/ contínuo/ pleno/ homogêneo/ imóvel/ (de-)limitado.&nbsp;<br>. A “necessidade” (“Moira”) mantém o ser “nos seus limites”.<br>. Pensar é sempre pensar que “o ser é” – pensar o contrário (afirmar a “morte” e a “geração” no ser) é pronunciar meras palavras.<br>. A “ordem do mundo” é “aparente” e sujeita à opinião dos mortais (2ª parte do Poema) – “teoria dos dois mundos” (dualidade ontológica/epistemológica): “sensível” e “inteligível”.<br><br><br></div>"},"plain":{"content":"O ser que é o que é. O ser como aquilo que permanece. O ser como identidade, como imutável.\n\nO pensador é conduzido pelas deusas à morada da verdade. A deusa da justiça detém as chaves da porta que se abre ao caminho que conduz à verdade. A “justiça e o direito” colocaram o pensador no caminho da verdade, longe das “sendas mortais”. O pensador é introduzido ao “coração inabalável da verdade bem redonda”, distinta das “opiniões (doxa) dos mortais”, em que “não há certeza”. \n \nÚnicos “caminhos de investigação” concebíveis: \n\n1) O ser é e o não ser não é (caminho da “certeza”, que conduz à verdade) – “Princípio de identidade”; 2) O que não é (não ser) é (via “imperscrutável”).\n. “Só o ser é; o não ser nada é”.. “Pelo espírito, o ausente se torna presente”.\n. “Pensar e ser é o mesmo”.\n. Para a “massa indecisa” (“cegos e surdos”, “mentes obtusas”) ser e não ser é o mesmo. (via contraditória).\n. Essa questão deve ser decidida “com a razão”.\n \nSer: Uno; idêntico; não gerado/ imperecível/ inabalável/ contínuo/ pleno/ homogêneo/ imóvel/ (de-)limitado. \n. A “necessidade” (“Moira”) mantém o ser “nos seus limites”.\n. Pensar é sempre pensar que “o ser é” – pensar o contrário (afirmar a “morte” e a “geração” no ser) é pronunciar meras palavras.\n. A “ordem do mundo” é “aparente” e sujeita à opinião dos mortais (2ª parte do Poema) – “teoria dos dois mundos” (dualidade ontológica/epistemológica): “sensível” e “inteligível”.\n\n\n"}},"style":{"id":"556b435d-f216-4e63-a68b-e7b21cfa6a20","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}}]},"style":{"id":"d815c7a1-03bd-4e41-b4cc-a3cc77d956d4","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}}},{"title":"Dados Biográficos","id":"f82a0eec-6c42-4077-90e9-008ce87aa38c","children":{"attached":[{"title":"Nasceu em Eléia","id":"c671761b-a6e3-428d-9a22-d96f6078650c","notes":{"realHTML":{"content":"<div><em>PARMÊNIDES NASCEU em Eléia, hoje Vaia, na Itália.</em>&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"PARMÊNIDES NASCEU em Eléia, hoje Vaia, na Itália. \n \n"}},"style":{"id":"3eb90956-c41d-4ac5-baa5-3f2e0c9f512c","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}},{"title":"530-460 A.c","id":"b754bb56-851a-4385-8137-9b0ee4d84b03","style":{"id":"43cda438-f554-46f4-baf5-55264d1d5d41","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}}]},"style":{"id":"9a018e6b-2feb-421d-a33d-e5bde32f8c5f","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#000000"}}},{"title":"Curiosidades","id":"87d9f249-684c-468d-9bcb-6e56a7178efb","children":{"attached":[{"title":"Mostra conhecer a doutrina pitagórica","id":"44544f88-7122-4021-b0ef-ead4f9e8e920","notes":{"realHTML":{"content":"<div><em>Foi discípulo do pitagórico Amínias. 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seguiu as lições do velho Xenófanes. </em><br>&nbsp;&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"Foi discípulo do pitagórico Amínias. Provavelmente\ntambém seguiu as lições do velho Xenófanes. \n \n \n"}},"style":{"id":"f5ec3004-7186-4568-acc3-92faaca53177","properties":{"svg:fill":"none","fo:color":"#1A227E"}}},{"title":"Em Atenas, com Zenão, combate a\nfilosofia dos jônicos.","id":"54bbfa36-7457-43bb-8456-83c30a40f3c5","style":{"id":"f6870797-014f-4eb6-b080-331121197c30","properties":{"fo:color":"#1A227E","svg:fill":"none"}}},{"title":"Escreveu um poema\nfilosófico, em versos: Sobre a Natureza.","id":"b9b15c12-58f0-4221-815d-a723c9e2f815","notes":{"realHTML":{"content":"<div><em>Esta obra compreende um preâmbulo e<br>duas partes. Na primeira trata da verdade; na segunda, da opinião.</em>&nbsp;<br>&nbsp;</div>"},"plain":{"content":"Esta obra compreende um preâmbulo e\nduas partes. 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