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Resumo genética

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GENÉTICA
· Genoma: Conjunto dos genes humanos, presente em cada célula humana.
· Gene: Sequência de informações genéticas utilizadas para decodificar cadeia polipeptídica e estão sempre presente aos pares se distribuem ao longo de cada cromossomo e possuem como constituinte fundamental o DNA que tem função genética
· Cromossomo: Longa sequência de DNA contém vários genes, formado de DNA, RNA , proteínas básicas e ácidos. Possuímos 23 pares de cromossomos no total de, 46 cromossomos.
Centrômero: ponto de fixação para os microtúbulos do fuso. Antes da divisão, um complexo multiproteico chamada de cinetócoro é formado no centrômero onde os microtúbulos se prendem. 
O cromossomo é classificado baseado na posição do centrômero: metacêntrico, submetacêntrico, acrocêntrico e telocêntrico.
Telômeros: extremidades naturais (pontas). Estabilizam o cromossomo. Participam da limitação da divisão das células e são importantes no envelhecimento (desgaste dos telômeros) e no câncer.
Origens de replicação: locais onde se iniciam a síntese de DNA. Na preparação para a divisão celular, cada cromossomo se replica, essas cópias inicialmente idênticas são chamadas de cromátides-irmãs, que são unidas no centrômero. Cada cromátide-irmã tem uma única molécula de DNA.
Estrutura do Cromossomo:
· Cromatina: Uma desoxirribonucleoproteína formada de partes iguais de ácido desoxirribonucleico (DNA) e proteínas histônicas e não histônicas quando o DNA encontra-se descondensada. 
→ Divide-se em heterocromatina e eucromatina, sendo:
· Heterocromatina mais condensada e inativa
· Eucromatina menos condensada e ativa 
· Cromátide: As duas moléculas filhas de DNA oriundas da duplicação da molécula original e que permanecem unidas pela região centromérica dos cromossomos até o final da metáfase.
· Fenótipo: Manifestação visível ou detectada no gene, pode ser influenciado pelo meio, a exemplo o tom de pele e a cor dos olhos, sendo uma alteração da característica. 
Fenótipo = Genótipo + Ambiente
· Genótipo: Constituição genética de um indivíduo quanto ao carácter ou caracteres presentes, são os elementos herdados dos progenitores.
· Estrutura do DNA e RNA: os dois são tipos de ácidos nucleicos.
DNA - apresenta desoxirribose, as bases nitrogenadas presentes são: citosina, guanina, adenina e timina. Fita dupla.
· Os tipos de DNA polimerase são:
· DNA polimerase I: remove os primers (são de RNA) e preenche o espaço deixado com DNA.	
· DNA polimerase II: papel não é bem elucidado.
· DNA polimerase III: adição de nucleotídeos.
	Além disso, a I e III têm função de revisão para correção de erros.
RNA - apresenta ribose , as bases nitrogenadas presentes são: citosina, guanina, adenina e uracila. Fita simples
· RNA mensageiro: intermediário necessário para a síntese de uma proteína; possui uma seqüência de nucleotídeos característica que especifica a seqüência de aminoácidos no polipeptídio.
· RNA transportador: responsáveis por trazer o aminoácido correto; moléculas especializadas no transporte de aminoácidos para o ribossomo.
· RNA ribossômico: guiam a montagem da cadeia de aminoácidos; são parte estrutural e funcional dos ribossomos, organelas onde ocorre a síntese de proteínas.
> Dogma central da biologia: DNA → RNA → PROTEÍNAS.
Replicação: 
· Helicase: afinidade pelas duplas hélices e abre as fitas de DNA.
· SSB: proteína que se liga temporariamente ao DNA (na fita molde) para evitar torções e lesão pelas nucleases. Evita o pareamento. Liga a fita simples de DNA.
· RNA primase: insere os primeiros nucleotídeos na fita nova (nucleotídeos de RNA - primers): pode ser do tipo contínua (leading): quando há a adição de nucleotídeos do sentido 5’ para 3’ diretamente (sentido da forquilha). 
Pode ser descontínua (lagging): ocorre do sentido oposto ao da forquilha, formando fragmentos de okazaki, visando manter o sentido 5’ para 3’ nas fitas antiparalelas. (Sentido da vida 5’ → 3’)
· DNA polimerase: faz ligação fosfodiéster (entre Carbono 3 de um nucleotídeo com o carbono 5 de outro nucleotídeo). Pareamento das bases de ligação acontece ao acaso. Ela nunca consegue começar a ligação, apenas continuar a partir do primer.
· DNA topoisomerase: tira a tensão, desenovelamento do DNA. Evita o enrolamento excessivo do DNA (sem a topoisomerase não há como continuar a replicação devido a torção).
*impediu replicação, não tem proliferação*
· DNA ligase: liga um fragmento de DNA após a polimerase 1 agir nos fragmentos de Okaski (DNA + um primer)
Transcrição:
· Onde ocorre a síntese de RNA a partir do DNA 
· Catalizada pela RNA polimerase.
· Fatores de transcrição 
Promotores reconhecidos pela RNA polimerase II: 
TATA box: é o primeiro elemento conservado mais próximo do sítio de transcrição. Sua sequência é TATAAAA na posição – 30 
CAAT box: é o segundo elemento conservado. Sua sequência é GGCCAATCT na posição –80 Cada fator de transcrição que ajuda a RNA polimerase II a iniciar a transcrição é chamado TFIIX (X é a letra que identifica o fator individual):
· Ocorre no núcleo.
· Tecnicamente, a transcrição é dividida em três etapas:
1. Início: Ligação da RNA polimerase aos promotores e aos iniciadores de cadeia, determina o início da transcrição;
2. Alongamento: RNA polimerase copia a seqüência do DNA, liberação do fator σ, polimerização 5’→3’, velocidade 30 nucleotídeos/segundo, fita molde de DNA 3’→5’; e
3. Término: sinal de terminação, liberação das moléculas de RNA, liberação da RNA polimerase, molde de DNA conservado.
· RNA - antes de ir para o citoplasma ele é processado. Sofre dois processos: 
- Poliadenilação: é o processo de adição de caudas poli(A) (vários nucleotídeos com adenina) na extremidade 3' pela enzima polimerase poli(A). Sinal de poliadenilação: sequência AAUAAA. 
Há também alteração da 5’ em caso de RNAm, adicionando o nucleotídeo de Guanina modificada para proteger da degradação enzimática (7-MG).
- Splicing: é o processo de remoção dos íntrons (faz parte da região codificante do gene mas nela há segmentos que interrompem a região codificante - íntrons) e junta os éxons. Permite a codificação de várias proteínas a partir do mesmo gene.
· Após ser transcrito no núcleo celular, o RNAm migra para o citoplasma da célula, onde se une aos ribossomos, estruturas formadas por RNA ribossômico (RNAr) e proteínas, onde terá lugar a síntese de cadeias polipeptídicas, processo conhecido como tradução.
Tradução:
· Ocorre no citoplasma da célula.
· O mRNA e tRNA possuem regiões complementares que possibilitam a orientação correta dos aminoácidos no ribossomo. 
· São utilizadas sequências de três nucleotídeos para codificar cada aminoácido, sendo possível a partir dos três nucleotídeos 64 combinações diferentes. 
· Essas trincas são denominadas códons; como são utilizados apenas 20 aminoácidos para a construção dos polipeptídios, há redundância nos códons, sendo observados aminoácidos que são codificados por diversos códons (código genético é degenerado).
→ As trincas específicas do tRNA são denominadas anticódons e serão complementares aos códons.
→ Há um códon específico para o início, que codifica a metionina (AUG), e três códons que não codificam nenhum aminoácido e sinalizam o término da tradução (UAG, UGA, UAA). A interpretação dos códons é universal nos sistemas biológicos, o que permite que a informação de um organismo possa ser interpretada acuradamente por outro organismo; essa correspondência é denominada código genético.
· Sistema ABO:
· É caso de alelos múltiplos e codominância.
· Aglutinogênios/ Antígenos: membrana da hemácia.
· Aglutininas/ Anticorpos: no plasma sanguíneo.
Tipo sanguíneo A = i + IA ou IA + IA.
Tipo sanguíneo B = i + IB ou IB + IB.
Tipo sanguíneo AB = IA + IB.
Tipo sanguíneo O = i + i.
 A produção de aglutinogênios A e B é determinada, respectivamente, pelos alelos IA e IB. Um terceiro alelo, chamado i, condiciona a não produção de aglutinogênios. 
 Trata-se, portanto, de um caso de alelos múltiplos. Entre os alelos IA e IB há codominância (IA = IB), uma vez que o heterozigoto AB produz os doistipos de proteínas (aglutinogênio). Entretanto, cada um deles é dominante em relação ao alelo i (IA > i e IB> i).
· Fator Rh: 
Existem 49 grupos de antígenos Rh que são expressos apenas na superfície de eritrócitos, mas o antígeno D é o principal quando se refere como “Rh-positivas” (tem o aglutinogênio D) e “Rh-negativas”. Alguém que não tenha o antígeno D e é exposto ao antígeno D de um eritrócito estranho produzirá anticorpos contra o antígeno D Rh.
A proteína D não é glicosada.
A herança do fator Rh é monogênica com apenas 2 alelos, sendo que a presença do antígeno Rh é condicionada pela presença de um alelo dominante (R) e a ausência do antígeno Rh, pelo alelo recessivo (r)
· Eritroblastose fetal:
· Consanguinidade = endogamia
· Quanto mais próximo o grau de parentesco entre o casal, maior a probabilidade de uma condição recessiva ocorrer nos descendentes.
· Coeficiente de parentesco (R): estima a proporção de genes compartilhados por indivíduo com pelo menos um ancestral comum.
· Aconselhamento genético:
Aconselhamento Genético (AG) que o caracteriza como um processo de auxiliar as pessoas a compreender e se adaptar às implicações médicas, psicológicas e familiares decorrentes da contribuição genética para uma determinada afecção. O AG pode ser definido como um processo de comunicação sobre os riscos de ocorrência ou recorrência familial de anomalias genéticas. 
Além de casais consanguíneos ou com histórico familiar de doenças genéticas, devem buscar o serviço de aconselhamento genético:
· Mulheres com idade acima de 35 anos que desejam engravidar
· Casais que já tiverem filhos com anomalias cromossômicas ou outros tipos de doenças genéticas;
· Pessoas que já foram expostas a agentes mutagênicos, como radiações, vírus, produtos químicos;
· No Brasil o AG é realizado por diversas especialidades da saúde e iniciou suas atividades em universidades e centros de pesquisas. Hoje, estende suas atividades a serviços públicos como o Sistema Único de Saúde (SUS), clínicas privadas e àquelas que atendem convênios médicos.
· Epigenética:
· Epigenética inibe ou ativa um gene.
· Os principais mecanismos epigenéticos são: metilação do DNA, modificação de histonas, expressão de microRNAs e silenciamento gênico por heterocromatina. Todos eles interferem na "leitura" da molécula de DNA sem alterar sua sequência.
· A metilação do DNA modifica a transcrição de um gene, que pela presença de grupos metil altera a possibilidade de expressão daquele gene. 
· A modificação de histonas, que são proteínas responsáveis pelo empacotamento da molécula de DNA, também intervém na expressão de genes contidos em dada região modificada. 
· A expressão de microRNAs, pequenas moléculas de RNA que não codificam proteínas, altera a produção protéica pela ligação a moléculas de RNA mensageiro, impedindo assim sua tradução. 
· O silenciamento gênico por heterocromatina ocorre pois estas estruturas formam regiões densas da molécula de DNA, onde sua "leitura" é impedida.
· Por todos estes mecanismos, genes são expressos ou silenciados de acordo com variações ambientais facilitando uma resposta adaptativa a um ambiente hostil ou favorável em constante mudança. Estas adaptações podem conduzir a estados de saúde ou doença. Tanto experiências negativas como positivas podem alterar assinaturas epigenéticas. Experiências positivas como educação, atividade física e ambiente social positivo podem reverter a impressão epigenética mal-adaptativa e vulnerabilidade a doenças.
Mutações
A mutação é uma alteração na sequência de DNA de um gene. A mutação é especialmente significativa, tendo em vista que é a fonte primária de alteração evolutiva
· Mutação gênica / mutação de ponto: afeta um único gene (alteração genética de pequena escala).
· Tipos de mutações de ponto:
Inserção: acrescento outra base nitrogenada.
Deleção: retiro uma ou mais base nitrogenada
· Mutação cromossômica: afeta o número ou a estrutura do cromossomo (alteração genética de alta escala).
· Tipos de mutações cromossômicas:
•	Aneuploidia ocorre quando há perda ou acréscimo de um ou mais cromossomos, devido a erros na distribuição dos cromossomos durante a mitose ou meiose. Este tipo de mutação é responsável por causar distúrbios e doenças em humanos,como a Síndrome de Down
•	Euploidia ocorre quando há perda ou acréscimo de genomas completos. Surge quando os cromossomos se duplicam e a célula não se divide. Neste tipo de mutação podem ser formados indivíduos triplóides (3n), tetraplóides (4n)( não compatível com a vida), entre outros casos de poliploidia.
· Numérica: número de cromossomos alterados 
· Estrutural: mudança na estrutura.
· Deleção: deleção de um pedaço do braço do cromossomo. Causando alteração ou inviabilidade do indivíduo.
· Duplicação: um pedaço, filamento do DNA e duplicado, ele pode aumentar as características exacerbando-as, pode ser inativado, pode silenciar outros pedaços de dna, 
· Translocação: dois cromossomos de pares diferentes, troca de pedaços de cromossomos entre eles, a característica ainda ta no genoma, o problema e o par do gene que não irá interagir com o gene correto, e a característica pode ser bloqueada. 
· Inversão: inversão de DNA do mesmo par de cromossomo. Perdendo característica dessa estrutura por ausência de um alelo, e repetição de outro. 
· Fatores que influenciam nas mutações: 
· Mutação espontânea: Não é causada pela exposição a um mutágeno. Ao contrário, ela em geral se origina como um erro na replicação do DNA.
· 1) Desaminação
· 2) Depurinação
· 3) Erros na replicação
· 4) Erro da DNA polimerase
· 5) Ação por radicais livres (EROS - espécies reativas de oxigênio / removem elétrons)
· Mutação induzida: 
· Substâncias químicas: presente em diversos alimentos 
Ex: Aflatoxin (amendoim, paçoca) - associado a maior incidência de câncer no fígado por causar depurinação.
Ex: Acridina (gás mostarda) - distorção de hélice, adição ou remoção de nucleotídeos.
Ex: Benzopireno (presente no cigarro)
· Substâncias físicas 
Radiação Ultravioleta (atinge apenas a epiderme) / formação de dímeros 
Radiação Ionizante (mais grave) / remove elétrons: Acidente de Chernobyl / Raio X 
Temperatura 
Profissões insalubres 
· Substâncias biológicas
Vírus (*HPV - câncer de colo de útero)
· Consequências das mutações genéticas:
· Mutação direta
· Mutação reversa
· Mutação missense: É uma substituição de base que resulta na produção de um diferente aminoácido na proteína.
· Mutação nonsense 
· Mutação silenciosa: Muda um códon para um códon sinônimo que especifica o mesmo aminoácido
· Mutação neutra
· Mutações de perda de função: Modifica a estrutura da proteína de modo que ela não funciona mais corretamente.
Provocam perda completa ou parcial da função normal.
· Mutação de ganho de função
· Mutações condicionais
· Mutações letais
· Reparos do DNA:
Mecanismos De Reparo → revertem os efeitos de processos mutagênicos artificiais ou naturais sob o DNA.
A maquinaria de reparo pode criar mutações através da introdução de bases incorretas, resultando em mutações permanentes. 
A informação perdida em uma fita pode ser recuperada através da fita complementar.
· Reversão direta: Algumas reações químicas danosas ao DNA podem ser diretamente "desfeitas" por enzimas na célula.
· Reparo por excisão: Dano a uma ou a umas poucas bases do DNA é frequentemente corrigido por remoção (excisão) e substituição da região danificada. No reparo por excisão de base, apenas a base avariada é removida. 
No reparo por excisão de nucleotídeo, como no reparo do malpareamento que vimos acima, é removido um retalho de nucleotídeos → XERODERMA PIGMENTOSO
· Reparo de quebra de dupla fita: Duas vias principais, a de união das extremidades não homólogas e a recombinação homóloga são utilizadas na correção de quebras de dupla fita de DNA (isto é, quando um cromossomo inteiro se divide em duas partes).
· REPARO DE ERROS DE PAREAMENTO: após a replicação, reforça essa revisão durante a replicação corrigindo erros de pareamento de nucleotídeos que persistem no DNA depois da replicação.· REPARO SOS: com enzimas ocorre em regiões em que a replicação pela DNA polimerase III é bloqueada. A DNA polimerase V possibilita o prosseguimento da replicação através dos segmentos lesados dos filamentos-molde, embora não seja possível replicar com precisão as sequências nucleotídicas na região lesada. Esse sistema de reparo propenso a erro elimina lacunas nas partes dos filamentos recém-sintetizados correspondentes aos nucleotídeos danificados nos filamentos-molde, mas, ao fazer isso, aumenta a frequência de erros de replicação.
· REPARO POR RECOMBINAÇÃO HOMÓLOGA: Esse tipo de reparo lida com quebras da dupla-hélice do DNA em eucariotos, em consequência de exposição a radiações ionizantes, por exemplo. Esses danos podem levar a rearranjos cromossômicos, doenças sindrômicas e morte celular
· REPARO POR RECOMBINAÇÃO NÃO-HOMÓLOGO: É também um tipo de reparo de quebra da dupla-hélice do DNA, em que o sistema pode unir extremidades de DNA não homólogas. Esse sistema é ativado na fase G1 do ciclo celular, portanto antes da replicação do DNA; como algumas sequências nucleotídicas são perdidas no momento da junção, diz-se que esse sistema de reparo é sujeito a erros 
· Exames para detecção de mutações: 
→ Sequenciamento do DNA - o mais sofisticado
→ Teste citogenético
→ Amniocentese (cariótipo)
→ Biópsia corial: analisa o cariótipo (invasivo)
→ Biópsia das vilosidades coriônica: cariótipo
→ Exoma: Sequenciamento das regiões codificantes dos genes, capaz de identificar inclusive doenças genéticas desconhecidas. 
→ MLPA ( técnica para detectar deleções e duplicações nos genes)
→ NIPT e NACE (não invasivos): estima com alta confiabilidade anomalias cromossômicas a partir da décima semana de gestação.
→ PCR
· Tipos de heranças:
→ MONOGÊNICAS 
HAD – HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE
· Um fenótipo é expresso da mesma maneira em homozigotos e heterozigotos.
· Toda pessoa afetada em um heredograma possui um genitor afetado, que por sua vez possui um genitor afetado, e assim por diante (passa de geração a geração).
· Independe da sexualidade.
· Um indivíduo não afetado não transmite a característica.
HAR – HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA
· Expressam-se apenas em homozigotos, que, portanto, devem ter herdado um alelo mutante de cada genitor. 
· O risco de seus filhos receberem o alelo recessivo de cada genitor, e serem afetados, é de 1/4.
· Podem ser transmitidos nas famílias por numerosas gerações sem jamais aparecer na forma homozigótica (pula gerações). A chance de isso acontecer é aumentada se os pais forem aparentados – consanguíneos.
· Independe da sexualidade.
Exemplos: Anemia falciforme - Fenilcetonúria - Zigodactilia - Alcaptonúria
HERANÇA LIGADA AO SEXO
· O gene transmissor da característica encontra-se acoplado ao cromossomo X.
· É uma exceção mendeliana.
· Pode afetar tanto homens, quanto em mulheres, tendo forte expressão nos machos
· O gene transmissor da característica encontra-se acoplado ao cromossomo X.
· É uma exceção mendeliana.
· Pode afetar tanto homens, quanto em mulheres, tendo forte expressão nos machos.
· Exemplos: Hemofilia - Daltonismo - Distrofia Muscular Duchenne - Hipertricose epidérmica
HERANÇA RESTRITA AO SEXO (genes holândricos) 
· O gene transmissor está acoplado no cromossomo Y→ Somente os machos são afetados.
· Exemplo: Hipertricose auricular
HERANÇA INFLUENCIADA PELO SEXO
· Os genes da característica encontram-se nos autossomos sofrendo influência sexual, onde nos machos age dominantemente e nas fêmeas, recessivamente.
· Exemplo: Calvície
HERANÇA PARCIALMENTE LIGADA AO SEXO
· Os genes de transmissão estão acoplados nos segmentos homólogos dos heterocromossomos, agindo como autossomos, seja dominante ou recessivo.
· Exemplos: Ritinites pigmentosa; Xeroderma pigmentosum; Acromatopsia total; Paraplagia espástica
→ POLIGÊNICAS ou QUANTITATIVAS
Ocorre quando vários pares de genes interagem para determinar uma característica, cada um com efeito aditivo sobre o outro. Graças a esse tipo de interação existe uma variedade muito grande de fenótipos e genótipos para algumas características. A interação desses fenótipos com o meio ambiente aumenta ainda mais essa variação, como é o caso da cor da pele e altura das pessoas, etc.
→ MULTIFATORIAL
Herança onde estão envolvidos vários genes e influenciada por diversos fatores ambientais
Critérios para o reconhecimento de herança multifatorial:
1.Distribuição populacional da característica em forma de uma curva normal;
2.Efeito de muitos genes situados em diferentes locos e de diversos fatores ambientais;
3.Semelhança entre parentes pode ser expressa em termos de correlação ou de concordância entre gêmeos;
· PCR:
> PCR → reação em cadeia da polimerase → A partir da PCR é possível obter-se cópias de uma parte do material genético em quantidade suficiente que permita detectar e analisar a sequência que é alvo do estudo.
Taq polimerase → consegue fabricar DNA somente quando lhe é dado um primer, uma sequência curta de nucleotídeos que fornece um ponto de partida para a síntese de DNA.
Desnaturação (96ºC) → Aquece fortemente a reação para separar, ou desnaturar, as fitas de DNA. Isso proporciona um molde de fita simples para a próxima etapa.
Anelamento → (55 - 65ºC) Resfria a reação para que os primers possam se ligar às suas sequências complementares no DNA molde de fita simples.
Extensão → (72ºC) Eleva a temperatura da reação para que a Taq polimerase estenda os primers, sintetizando novas fitas de DNA.
>Técnica com grande especificidade e sensibilidade
· Heredograma
Os heredogramas são diagramas que mostram as relações entre os membros de uma família
· Fibrose Cística: (*herança hereditária autossômica recessiva crônica)
→ Fibrose Cística (FC), também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose, é uma doença genética crônica que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo.
· Mutação mais comum: F508del (classe II) - responsável por 66% dos casos mundiais
· DEL: porque é a deleção de 3 nucleotídeos que regulam a produção de um AA da fenilalanina que fica na posição 508 da proteína 19
· Monogênica: gene do CFTR (7q) - Regulador de condutância transmembrana da fibrose cística
Está associada a mutações no gene CFTR e padrão de herança autossômico recessivo. Para qualquer casal com uma criança afetada, o risco de que uma segunda criança venha a apresentar FC é de 25%. 
· Sintomas mais comuns:
pele/suor de sabor muito salgado; tosse persistente, muitas vezes com catarro; infecções pulmonares frequentes, como pneumonia e bronquite; chiados no peito ou falta de fôlego; baixo crescimento ou pouco ganho de peso, apesar de bom apetite; diarreia; surgimento de pólipos nasais; baqueteamento digital (alongamento e arredondamento na ponta dos dedos).
· Diagnóstico:
A FC pode ser identificada no Teste do Pezinho e diagnosticada através de exames genéticos ou do Teste do Suor (PADRÃO OURO)
· Tratamento:
Todo o tratamento deverá ter acompanhamento médico e especializado e varia de acordo com a gravidade da doença e com a forma como ela se manifesta. Porém, a maioria dos tratamentos é projetada para tratar problemas digestivos e para limpeza dos pulmões. É composto por: ingestão de enzimas digestivas para a alimentação; suporte nutricional; medicamentos broncodilatadores, antibióticos, anti-inflamatórios; fisioterapia respiratória; atividade física; acompanhamento multidisciplinar frequente.
· Bioética com descartes de embriões: 
Por uma interpretação literal da referida lei em conjunto com o Decreto 5.591/2005, que a regulamenta e do 1° Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões emanado pela Anvisa, pode-se afirmar que foram criadas três categorias de embriões:
A) os classificados como inviáveis e, por isso, passíveis de doação para pesquisa e terapia, independentemente da data de sua “criação”;
B) os classificados como não inviáveis, mas que foram congelados até a data da publicação da Lei de Biossegurança (28 de março de 2005) e, por isso, são passíveis de doação para pesquisae terapia;
C) os classificados como não inviáveis e que foram congelados após a publicação da Lei de Biossegurança e, por isso, não podem ser doados para pesquisa e terapia, isto é, só podem nascer.
→ É proibido a criação de seres humanos geneticamente modificados e de embriões para investigação ou escolha de sexo
→ Proibida a eugenia (seleção de características específicas) e a produção de híbridos.
O médico é proibido de intervir sobre o genoma humano com o objetivo de modificá-lo, exceto em terapias gênicas 		 → Vedada qualquer ação nas células germinativas
 Heranças e Hereditariedade
· Doenças Genéticas - Congênitas - Hereditárias
Doenças genéticas:
Doenças genéticas são distúrbios ou erros no material genético - Podem ou não serem hereditárias
Exemplo - Câncer
Doenças congênitas:
É todo defeito funcional ou estrutural, presente no momento do nascimento. 
Qualquer alteração no decorrer do desenvolvimento embrionário pode resultar em anomalias congênitas que podem variar desde pequenas assimetrias até defeitos com maiores comprometimentos estéticos e funcionais.
Doenças hereditárias:
As doenças hereditárias são um conjunto de doenças genéticas cuja característica é a transmissão de geraçao em geraçao podendo se manifestar em algum momento da vida.
Exemplo - diabetes, hipertensão, doença de huntington, alergia, obesidade e hemofilia. 
Não devem ser confundidas com doenças congênitas que são adquiridas ainda na vida intrauterina ou logo após o nascimento.
· Terapia Gênica:
É o tratamento baseado na introdução de genes sadios com uso de técnicas de DNA recombinante. Em primeiro lugar, é importante definir se é mais apropriado introduzir o gene diretamente no organismo (in vivo) ou se, alternativamente, células serão retiradas do indivíduo, modificadas e depois reintroduzidas (ex vivo).
É preciso cumprir várias exigências para a aprovação de um procedimento de terapia gênica.
EDIÇÃO GÊNICA: A edição genética é procedimento em que trechos específicos do DNA são eliminados, permitindo sua substituição por novas sequências de genes. O termo “edição” alude à metáfora da produção de um texto, na qual letras são apagadas para então serem reescritas. 
Pode-se editar o DNA de toda sorte de seres vivos com finalidades diversas: para tratar doenças, criar alimentos transgênicos, melhorar características humanas não patológicas, entre outras finalidades.
O procedimento recebe esse nome pois é capaz de “deletar” trechos específicos do DNA e inserir novos genes no local – tanto células germinativas quanto somáticas podem ser editadas . No caso das germinativas (óvulos e espermatozóides) e células precursoras, alterações genéticas são transmitidas aos descendentes. Alguns pesquisadores também incluem sob essa designação embriões no estágio inicial de formação. Por sua vez, células somáticas referem-se a todas as outras células do organismo, mas suas modificações não são hereditárias.
CRISPR: É o nome de uma enzima que modifica o DNA. 
Pode ser usada no DNA humano para conseguir características de outros organismos. Viabiliza a edição de sequências de DNA alvo-específica do genoma de qualquer organismo pela ação exclusiva de somente 3 moléculas: a nuclease (Cas9), responsável pela clivagem do DNA dupla fita; um RNA guia, que guia o complexo até o alvo; e o DNA alvo. Promove edição gênica, substituição alélica, dentre outros.
· Síndrome de Huntington
É uma doença autossômica dominante degenerativa crônica, caracterizados por coreia (movimentos involuntários), sintomas neuropsiquiátricos, em geral inicia na meia idade. 
É uma mutação no gene HTT no cromossoma 4, causando uma repetição anormal da sequência de CAG do DNA, que codifica o aminoácido glutimina. 
→ Expansão instável do tripleto CAG, acima de 35 repetições CAG, quanto mais repetições mais cedo a doença se manifesta → Mutação
 
· SINTOMAS 
Começa por volta dos 35 a 50 anos, dependendo da intensidade do fenótipo 
Demência - Depressão, distúrbio psiquiátrico, transtorno de humor (incidência maior de suicídio) 
Coreia (movimentos involuntários rápidos, falta de coordenação - Distonia (problema muscular) Dificuldade de deglutição - Crise convulsiva - Bradicinesia 
· DIAGNÓSTICO 
Teste genético (Número de repetições de CAG)
Tomografia (neuroimagem para avaliar atrofia no núcleo caudado) 
RM
Histórico familiar
Neurológico → Equilíbrio, postura, tônus muscular
Psiquiátrico
· TRATAMENTO 
Medidas de suporte 
Tratamento genético 
Não existe cura 
Antiepilépticos para movimentos involuntários 
Antidepressivos, antipsicóticos 
· Encaminhamento para o geneticista no SUS. 
· Alterações no teste do pezinho, doenças congênitas, casais consanguíneos com intenção de gestar. 
· Cabe ao médico clínico avaliar a necessidade de encaminhamento ao geneticista
· Ainda cabe à Atenção Básica oferecer consulta médica para avaliação e eventual encaminhamento a Serviço Especializado ou Serviços de Referência em DR
· Atenção Básica deverá oferecer atenção multiprofissional e projeto terapêutico singular: o indivíduo e sua família devem ser acompanhados no seu território pela equipe de atenção básica, durante e após o processo de definição diagnóstica
Revisão geral e Doenças cromossômicas
· Partes Cromossômicas
• Satélite: Porção terminal de material cromossômico separado do cromossomo por uma constrição secundária.
Zona SAT – Região relacionada com a formação do nucléolo durante a telófase. O estudo da morfologia dos cromossomos por fixação e coloração básica é mais fácil durante a metáfase e anáfase da divisão celular, pois os filamentos apresentam-se mais compactos e condensados
· Corpúsculo de Barr (cromossomo X super condensado e inativado durante a intérfase- heterocromatizado) 
Inativação do X: compensação de dose em relação ao macho devido a dose extra presente na fêmea.Presente em todas as células,podendo ser o cromossomo paterno ou o materno.
Mosaicismo: genótipos diferentes no mesmo organismo
· Mosaicismo do X: transformação de sua cromatina em heterocromatina
· Cariótipo
Um cariótipo é uma imagem da composição cromossômica. Conjunto cromossômico diplóide(2n) de uma célula.
· OBS: Os cromossomos são organizados a partir de seu tamanho , sendo que os primeiros grupos apresentam os maiores pares de cromossomos, sendo dispostos em 7 grupos de A a G, a única exceção se deve aos par de cromossomos sexuais que mesmo apresentando tamanhos diferentes se enquadram em um subgrupo, o de cromossomos sexuais. 
· Portanto ... 
MULHER → 23 pares de cromossomos homólogos (incluindo os dois cromossomos X).
HOMENS → 22 pares de cromossomos homólogos e um par de cromossomos heterólogos (um X e um Y).
· Alterações cromossômicas:
→ Numérica é quando o número de cromossomos estão alterados, seja para mais ou para menos. Podendo ser chamada de aneuploidia. 
Ex: Monossomia = Turner. 
 Trissomia = Down 
→ Estrutural: alteração nos braços dos cromossomos, podem ser:
· Deleção: ausência de grande parcela do cromossomo, só é visualizado a grandes deleções. Ex: Cri-du-Chat deleção do braço 5 (46, XX, -5p). A deleção é representada por sinal de subtração 
· Translocação: um trecho do cromossomo separa-se e se liga a um outro cromossomo não homólogo, ocorrem naturalmente quando recíprocas (não-Robertsonianas). Ocasiona ruptura e fusão de cromossomos, de maneira que Ocorre entre cromossomos não homólogos ou dentro de um mesmo cromossomo
· Tipos:
○ TRANSLOCAÇÃO não recíproca (robertsoniana): O material genético de desloca de um cromossomo para outro sem nenhuma troca recíproca.
○ TRANSLOCAÇÃO recíproca: É uma troca de duas vias de segmentos entre cromossomos. 
 A TRANSLOCAÇÃO recíproca pode ser dividida em:
☆ Balanceada: Não há ganho ou perda de material genético.
☆ Não balanceada: Há ganho ou perda de material genético.
· Duplicação: cópia extra de um segmento cromossômico, podendo a S. de Down ser estrutural e numérica. Pode ter a maior expressão de um gene. 
· Inversão: duas quebras do mesmo cromossomo, o fragmento pode se resoldar em uma posição invertida. É divididaem inversão paracêntrica (não inclui centrômero) e pericêntrica (inclui centrômero)
· Síndromes: 
Síndrome de Turner:
A monossomia do X (45, X0), clinicamente diagnosticada como Síndrome de Turner é a única monossomia compatível com a vida. Pode ser causada pela ausência total ou parcial do cromossomo X. A incidência global é de 1:2500 nascidas vivas. A síndrome de Turner se caracteriza clinicamente pela baixa estatura, linfedema nas mãos e pés, pregas alares no pescoço, atraso puberal, alterações cardiovasculares. Em indivíduos adultos é muito comum haver irregularidades menstruais e infertilidade. 
→ CARIÓTIPO: 45, X ou 45, X0
Síndrome Cri Du Chat:
Alterações cromossômicas estruturais
Deleção (quebra) parcial da porção terminal do braço curto do cromossomo 5. Por isso é também chamada de síndrome 5 p - (menos).
→ CARIÓTIPO: 46, XX, 5p- e 46, XY, 5p-
- 46, XX, 5p- → mulher com deleção no braço curto do cromossomo 5.
- 46, XY, 5p- → homem com deleção no braço curto do cromossomo 5.
· Outras cromossomopatias:
· Diagnósticos de cromossomopatias:
EXAME DE CARIÓTIPO: O exame de cariótipo tem como objetivo a identificação e análise dos cromossomos e suas regiões, baseado em sua morfologia, tamanho e bandamento.
 Para detecção de uma anomalia cromossômica é necessário a utilização de diversos exames, primeiramente tendo como opção os não invasivos como a ultrassonografia , a qual serve como teste para avaliar a translucência nucal, formação do osso nasal e algumas cardiopatias.E para uma maior certeza da real condição e confirmação do caso a opção de métodos invasivos como a amniocentese, cordocentese, corioncentese, sem falar do próprio cariótipo.

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