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PELE ANEXO

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PELE E ANEXOS
1. TEGUMENTO
O tegumento é composto pela pele
e seus anexos, as glândulas sudorí
paras, glândulas sebáceas, folículos
pilosos e unhas. Ele reveste todo o
corpo e é contínuo com as mem
branas mucosas do sistema diges
tório, respiratório, sistemas urinários
e genitais.
2. PELE
A pele é o maior órgão do corpo
humano, cobrindo toda superfície
do
corpo e correspondendo a 16% do
peso corporal. Possui diversas fun
ções, sendo elas: proteção contra
lesões, atrito, invasão de bactérias
e dessecação, termorregulação cor
poral, percepção sensorial contínua
do ambiente (tato, temperatura e
dor), excreção de diversas
substâncias (pelas glândulas
sudoríparas), prote ção contra os
raios ultravioleta (por conta da
melanina) e absorção dessa para
síntese de Vitamina D3.
FUNÇÕES DA PELE
Proteção contra invasão de micro-organismos
Proteção contra lesões, atrito e dessecação
Termorregulação
Percepção sensorial
Excreção de substâncias
Proteção contra a radiação UV
Síntese de Vitamina D3
Tabela 1. Funções da pele Fonte: Tratado de Histologia em Cores, 3ª Ed, 2007
É composta por duas camadas, a
epiderme e a derme. A epiderme é
a camada mais superficial, de
origem ectodérmica, já a derme é
de origem mesodérmica. A
hipoderme é uma camada
encontrada abaixo da derme, que
não faz parte da pele. Ela nada
mais é que uma camada de tecido
ce
lular subcutâneo, composto por tecido
conjuntivo frouxo com células adipo
sas, sendo responsável pela união
da pele com os órgãos subjacentes.
Ba sicamente, a hipoderme permite
que a pele deslize sobre as
estruturas em que ela se apoia.
PELE E ANEXOS 4
A B
Figura 1. Organização geral da pele. A – Pode-se observar a formação da pele em 2 camadas, a epiderme e a
derme, além da presença do tecido celular subcutâneo, a hipoderme. B – Configuração histológica da pele. Fonte:
Adaptado de Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
A interdigitação entre a epiderme e
SE LIGA! A hipoderme é um fino teci
do conjuntivo frouxo que se encontra
abaixo da pele, mas que não faz par
te dela! A hipoderme contém variáveis
quantidades de tecido adiposo e cons
titui o tecido celular subcutâneo e a
fáscia superficial (no contexto da dis
secção anatômica), cobrindo todo o cor
po, de forma semelhante à pele.
a derme é conhecida como apare
lho em rede (rete apparatus), sendo
uma junção irregular. Essa junção é
formada pelas papilas dérmicas, pro
jeções da derme em concavidades
da epiderme, chamadas de cristas
epi dérmicas, estruturas que
conectam e fazem a interface entre
a epiderme e a derme. Essa
interdigitação é muito mais
profunda e generalizada na pele
espessa.
PELE E ANEXOS 5
Figura 2. Nessa imagem pode ser observada uma lâmina de pele espessa com a epiderme (E) e a derme (D),
assim como as papilas dérmicas (DR) que se interdigitam com as cristas epidérmicas (ER). Fonte: Tratado de
histologia em cores, 3ª Ed., 2007.
Existem dois tipos de pele, a pele
fina e a pele espessa. A pele fina
tem poucas camadas celulares,
princi palmente da última camada
da epi derme, que é a camada de
querati na. A pele espessa, por sua
vez, está presente em regiões de
maior atrito (por exemplo: palma de
mãos, planta
de pés), possuindo diversas cama
das celulares e maior espessura da
camada de queratina. Uma caracte
rística da pele espessa é a ausência
de glândulas sebáceas e pelos, po
dendo ser encontradas apenas glân
dulas sudoríparas.
SAIBA MAIS!
A superfície das polpas dos dedos das mãos e dos pés tem cristas e sulcos alternados,
que compõem alças, curvas e vórtices com padrões específicos para cada indivíduo,
chama dos de dermatoglifos (impressões digitais), os quais se formam no feto e se
mantém por toda a vida, sendo úteis para fins de identificação na medicina forense e em
investigações criminais.
PELE E ANEXOS 6 Pele fina Pele espessa
Poucas camadas
celulares
Regiões de
menor atrito
Fina camada de
queratina
Presença de
glândulas
sebáceas e pelos
Diversas
camadas
celulares
Regiões de
atrito (palma
de mão e
planta de pé)
Maior camada
de queratina
Ausência de
glândulas
sebáceas e pelos
FIgura 3. Características da pele fina ou delgada versus características da pele espessa. Fonte: Tratado de
histologia em cores, 3ª Ed., 2007; Histologia Básica, 12ª Ed., 2013.
3. EPIDERME
A epiderme é um epitélio estratifi
cado pavimentoso queratinizado,
ou seja, é um tecido formado por vá
rias camadas de células achatadas,
com uma camada superficial de que
ratina. Alguns tipos celulares podem
ser encontrados na epiderme, sendo
eles os queratinóticos, melanócitos,
células de Langerhans e células de
Merkel.
PELE E ANEXOS 7
Figura 4. Além dos queratinócitos, podem ser encontrados alguns tipos celulares imigrantes na epiderme, dentre
eles os melanócitos, as células de langerhans e as células de Merkel. Fonte: Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed.,
2008.
Os queratinócitos são as células
mais abundantes e se organizam
em camadas. Essas camadas po
dem ser observadas principalmente
quando estamos diante de uma pele
espessa. Da camada mais
superficial até a mais profunda,
pode-se obser var a camada córnea,
camada lúcida, camada granulosa,
camada espinho sa e camada basal.
PELE E ANEXOS 8
Figura 5. Camadas da epiderme: Estrado córneo, estrato lúcido, estrato granuloso e estrato basal. Fonte:
Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
A camada ou estrato basal ou
germinativo é formada por células
prismáticas a cuboides, basófilas,
apoiadas sobre a membrana basal
que separa a epiderme da derme.
As células da camada basal já pos
suem filamentos intermediários de
queratina, mas em pequena quanti
dade, que vai aumentando à medi
da em que as células vão subindo
em direção ao estrato mais super
ficial. As células dessa camada são
ricas em células tronco, possuindo
uma intensa atividade mitótica, sendo
portanto a camada responsável pela
constante renovação da pele. A pele
se renova a cada 15 a 30 dias.
PELE E ANEXOS 9
Figura 6. Camada ou estrato basal (SB), com células prismáticas a cuboides, apoiadas sobre a membrana basal.
Fonte: Tratado de histologia em cores, 3ª Ed., 2007.
A camada ou estrato espinhoso
possui células cuboides (observa-
-se uma tendência de achatamento
das células à medida que caminha-
-se para o estrato mais superficial),
que possuem um núcleo central,
com um citoplasma possuindo
feixes de filamentos de queratina
(chamados
tonofilamentos). As células dessa ca
mada se ligam umas às outras atra
vés de desmossomos, gerando uma
coesão celular, denotando a resistên
cia ao atrito intrínseca à nossa
pele. Essa ligação entre as células
origina a morfologia espinhosa
celular que dá o nome para a
camada.
PELE E ANEXOS 10 A
B
Figura 7. Camada espinhosa, com a presença de células cuboides com núcleo central. Podem-se observar os
tonofila mentos de queratina citoplasmáticos (A) e a presença de desmossomos na membrana celular (B), o que
dá a morfolo ginha “espinhosa” para as células. Fonte: Histologia Básica, 12ª Ed., 2013
HORA DA REVISÃO!
Os desmossomos são junções de adesão semelhante a soldas ou botões, localizadas
na membrana plasmática lateral, que auxiliam na resistência aos estresses mecânicos.
Cada desmossomo apresenta duas placas de adesão em formato de disco,
localizadas opostas uma à outra nas faces citoplasmáticas das células adjacentes.
As placas de adesão do desmossomo são formadas por proteínas de ancoragem,
sendo as mais bem caracterizadas as desmoplaquinas e as pecoglobinas.
NA PRÁTICA!
Algumas pessoas possuem autoanticorpos contra proteínas específicas dos
desmosso mos, resultando em uma patologia chamada de pênfigo vulgar, em que há
o rompimento da adesão celular, gerando uma formação difusa de bolhas na pele.
PELE E ANEXOS 11
Figura 8. Pênfigo vulgar, cursando com bolhas flácidas confluentes disseminadas. Essa patologia ocorre por
doença autoimune específica de desmossomos da pele. Fonte: Dermatologia de Fitzpatrick, 7ª Ed., 2014.
A camada ou estrato granuloso é
composta por 3 a 5 fileiras de
célulaspoligonais achatadas, com
citoplas ma contendo grânulos
basófilos, compostos por
filamentos de que rato-hialina, ricos
em proteína his tidina fosforilada e
cistina, precur soras da filagrina.
Além disso, ainda no citoplasma
podem se observar à
microscopia eletrônica a presença
de grânulos lamelares,
responsáveis pela exocitose de um
material li pídico que permanece na
superfície da pele, tornando-a
impermeável à água, impedindo a
desidratação. Essa
impermeabilização permite que os
seres humanos consigam ser ani
mais terrestres.
PELE E SAIBA MAIS!
Os répteis foram os primeiros animais a desenvolverem uma pele impermeável, seca e
sem glândulas, graças à presença dos queratinóticos na pele, responsáveis pela
produção de um material lipídico que possibilita a impermeabilização da mesma. Esse
processo impede a per da de líquido e a desidratação, tornando uma realidade a vida
terrestre.
A camada ou estrato lúcido é mais
facilmente observável em peles do
tipo espessa, já que representa uma
fina camada de células achatadas,
eosinofílicas e translúcidas, devido
à ausência de núcleo celular e
organe
las nesses tipos celulares, estruturas
que foram digeridas por lisossomos.
Por outro lado, esse citoplasma é
rico em filamentos de queratina, por
esse motivo se apresenta eosinofíli
co. Nessa camada, as células ainda
se encontram unidas firmemente
através dos desmossomos.
PELE E ANEXOS 13 A camada córnea possui uma es
pessura muito variável, sendo
maior em peles do tipo espessa. É
compos ta por células achatadas e
anuclea das, ou seja, são células
mortas. O citoplasma dessas
células é repleto de filamentos de
queratina. A ca
contínua, sendo reposta através da
proliferação e desenvolvimento das
células basais ao longo do estrato
epidérmico. De forma a possibilitar a
descamação, as células da camada
córnea não são unidas através de
desmossomos.
mada córnea sofre uma descamação
PELE E ANEXOS 14
SE LIGA! Os queratinócitos mais afastados da superfície possuem ainda desmossomos,
en quanto os queratinócitos do estrato córneo, mais próximos à superfície, denominados
esca mas ou células córneas, perdem seus desmossomos e acabam por descamar,
possibilitando a renovação da pele.
PELE E ANEXOS 16
Existem outros tipos celulares que
podem ser encontrados na
epiderme, dentre eles os
melanócitos, células de Merkel
(sendo esses dois tipos mais
comuns na camada basal da epi
derme) e as células de Langerhans
(mais visíveis na camada espinhosa
dos queratinócitos).
Os melanócitos são oriundos das
cristas neurais embrionárias, cujas
células invadem a pele em torno da
12ª a 14ª semana gestacional. Pos
suem uma morfologia arredondada,
com prolongamentos citoplasmá
ticos, citoplasma claro e núcleo
ovoide. A função dos melanócitos é
a síntese da melanina, um pigmen
to pardo-amarelado que é absorvido
posteriormente pelos queratinócitos.
Figura 12. Morfologia de um melanócito. Os prolongamentos citoplasmáticos dessa célula se inserem na camada
basal da epiderme, levando até ela os grânulos de melanina, que serão fagocitados pelos queratinócitos. Fonte:
Histo logia Básica, 12ª Ed., 2013.
PELE E ANEXOS 17
SAIBA MAIS!
Os melanócitos derivam embriologicamente de uma população germinativa de
melanoblas tos originários da crista neural, após o fechamento do tubo neural. Os
melanoblastos mi gram da crista neural por uma via dorsolateral entre o dermátomo dos
somitos e o ectoderma, até seu destino na camada basal da epiderme ou no folículo
piloso.
A síntese de melanina ocorre dentro
dos melanossomos, que são vesí
culas membranosas presentes nos
melanócitos. A tirosina presente
nos melanossomos sofre oxidação
através da enzima tirosinase, ori
ginando a 3,4-di-hidroxifenilalani
na (DOPA). A substância DOPA, por
sua vez, é novamente oxidada pela
tirosinase, originando o pigmento
melanina. A melanina é armazena
da nos grânulos citoplasmáticos de
melanina, que quando presente nos
prolongamentos dos melanócitos
são fagocitados pelos
queratinócitos.
Dentre as diferentes raças, há uma
mesma concentração de
melanócitos, o que muda é a
atividade da enzima tirosinase,
havendo uma maior efe
tividade de produção e transferência
da melanina aos queratinócitos em
indivíduos com pele mais escura. Em
indivíduos da raça negra pode ser
observada a presença de melanina
até a camada córnea da epiderme,
o que difere de indivíduos da raça
branca, em que é encontrado a me
lanina de forma mais restrita nas
ca madas basais e espinhosas. NA
PRÁTICA!
A doença de Addison é
caracterizada por uma
produção inadequada de
cortisol pelo córtex da
glândula suprarrenal,
levando a uma
hiperprodução de ACTH. O
ACTH in fluencia na síntese
de tirosinase, gerando um
aumento de melanina e
hiperpigmen tação. O
albinismo, por outro lado,
ocorre por uma alteração
genética na síntese de
tirosinase, resultando em
ausência de produção de
melanina.
1
2
Figura 14. 1 – Doença de Addison:
hiperpigmentação decorrente da
produção acentuada de ACTH. 2 –
Albinis mo: decorrente da ausência de
produção da melanina. Fonte:
Dermatologia de Fitzpatrick, 7ª Ed.,
2014
A função da melanina é proteger o
material genético da radiação ul
travioleta, por isso, ela assume uma
posição supranuclear, ou seja, evita
que o núcleo sofra ação direta da ra
diação ultravioleta.
PELE E ANEXOS 19
.
As células de Merkel são células
com prolongamentos curtos, que
possuem ligação com os quera
tinócitos através dos desmosso
mos, possuindo um núcleo
volumoso e um citoplasma com a
presença de filamentos de
queratina. Histologi camente,
portanto, são células mui to
semelhantes aos melanócitos,
porém elas ocorrem em um número
muito menor, sendo raramente en
contradas à Microscopia Óptica
(MO). Geralmente o citoplasma das
células de Merkel é composto por
vesículas
neuroendócrinas. A presença des
sas vesículas é justificada pela fun
ção dessas células como termina
ções nervosas sensitivas, presentes
na base da célula, funcionando
como mecanorreceptoras,
principalmente encontradas na
ponta dos dedos e na base dos
folículos pilosos. São, portanto,
receptores táteis que fa
zem contato direto com terminações
nervosas.
PELE EHORA DA REVISÃO!
Os receptores periféricos são especializados na recepção de determinados estímulos,
como mecanorreceptores, termorreceptores e nociceptores. Os mecanorreceptores
respondem a estímulos mecânicos que são capazes de deformar o receptor ou os
tecidos que o envolvem, a partir de estímulos de tato, tração, vibração e pressão. Os
mecanor receptores podem ser não encapsulados, como os discos de Merkel, ou
encapsulados, como os corpúsculos de Meissner e de Pacini.
As células de Langerhans fazem
parte do sistema mononuclear fa
gocítico, sendo células muito rami
ficadas histologicamente, que fago
citam e processam os antígenos
estranhos encontrados na pele, os
apresentando posterior aos
linfócitos T. São mais comuns no
estrato es pinhoso da epiderme.
PELE E ANEXOS 21
4. DERME
A derme é composta por um tecido
conjuntivo e sua espessura é variá
vel de acordo com a sua localização.
A derme possui duas camadas, a pa
pilar (superficial – contato íntimo
com a epiderme) e reticular
(profunda – contato íntimo com a
hipoderme).
A camada papilar é composta pe
las papilas dérmicas e acompanha
as reentrâncias da epiderme, sendo
mais frequentes nas zonas sujeitas
à tensão e atritos. Nessa camada
pode-se observar um tecido conjun
tivo frouxo em que predomina fibri
las especiais de colágeno, que se
mantém unidas à membrana basal
da epiderme, possibilitando a manu
tenção da junção entre epiderme e
derme papilar. As fibras de
colágeno são distribuídas em
diversas direções.
NA PRÁTICA!
Algumas alterações ou patologias comuns na prática clínica ocorrem a nível da
epiderme ou da derme. Aqui serão ressaltadas algumas delas!
As sardas representam o aumento da produção e acúmulo de melanina na região
basal da epiderme sem um aumento nos melanócitos.
A psoríase é originada pela proliferação excessiva de queratinócitos no estrato basal
e no estrato espinhoso,com um ciclo celular acelerado.
As verrugas são hiperplasias epidérmicas resultantes de uma infecção dos
queratinócitos pelo papilomavírus.
O carcinoma de células basais se origina das células do estrato basal da epiderme, en
quanto o carcinoma de células escamosas se origina dos queratinócitos da epiderme.
O melanoma, por fim, se origina em melanócitos modificados.
PELE E ANEXOS 23
CAMADA DA PELE CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS
Epiderme Epitélio estratificado queratinizado (queratinócitos).
Estrato córneo Diversas camadas de queratinócitos, células mortas, anucleadas ou sem
organelas. Descamação intensa.
Estrato lúcido Camada delgada e intensamente corada, células já anucleadas e sem organelas.
Estrato granuloso Três a cinco camadas de células, os queratinócitos ainda mantém o núcleo.
Presença de grânulos de querato-hialina e grânulos lamelares.
Estrato Espinhoso Camada mais espessa da epiderme, cujos queratinócitos se associam através de
pon tes intercelulares e uma quantidade grande de desmossomos. Presença de
numerosos tonofilamentos e grânulos lamelares. Observam-se células de
Langerhans
Estrato Basal
(Germinativo)
Células cuboides a colunares baixas, mitoticamente ativas. Células de Merkel e
melanó citos presentes.
Derme Colágeno do tipo I e fibras elásticas, subdividida em duas camadas, a papilar e
a reticular.
Camada Papilar Interdigita-se com a epiderme, formando papilas dérmicas que compõem parte
do aparelho em rede. Realiza a interface derme-epiderme. Presença de leitos
capilares, mecanorreceptores e melanócitos ocasionalmente.
Camada Reticular Camada mais profunda da pele, caracterizada pela presença de fibras elásticas.
Con tém glândulas sudoríparas e sebáceas, folículos pilosos e mecanorreceptores.
Tabela 2. Resumo de estratos da pele espessa e características histológicas de cada um
deles. Fonte: Tratado de histologia em cores, 3ª Ed., 2007.
5. SISTEMA VASCULAR
O sistema vascular da pele pode ser
dividido em 3 partes: sistema ar
terial, sistema venoso e sistema
linfático.
O sistema arterial é formado por 2
plexos. O primeiro plexo se localiza
entre a derme e a hipoderme (teci
do celular subcutâneo), já o segundo
plexo se localiza entre as camadas
reticular e papilar da derme, emi
tindo ramos para as papilas dérmi
cas, possibilitando a irrigação da re
gião epidérmica.
O sistema venoso é formado por 3
plexos. Semelhante ao sistema
arterial, o primeiro plexo se encontra
entre a derme e a hipoderme, bem
como o segundo plexo se localiza en
tre as camadas reticular e papilar
da derme, recebendo drenagem ve
nosa das papilas dérmicas. O
terceiro plexo, diferentemente, se
localiza na região média da derme.
SE LIGA! É muito comum o achado de
anastomoses arteriovenosas na pele,
estruturas que possuem importan te
papel na termorregulação do corpo
humano.
PELE E ANEXOS 24
Figura 18. Sistema vascular da pele. Pode-se observar a presença de 2 plexos arteriais, 3 plexos venosos e
anastomo ses arteriovenosas, estruturas importantes para a termorregulação. Fonte: Histologia e Biologia
Celular, 2ª Ed., 2008.
O sistema linfático de drenagem da
pele se inicia em capilares em fundo
cego localizados nas papilas dér
micas, que confluem para um plexo
linfático presente entre as camadas
papilar e reticular da derme, se
guindo por fim para um plexo entre
a derme e a hipoderme.
SISTEMA VASCULAR
Arterial Venoso Linfático
2 plexos 3 plexos 2 plexos
Primeiro plexo: entre a derme e a
hi poderme (tecido celular
subcutâneo)
Primeiro plexo: entre a derme
e a hipoderme
Capilares em fundo cego
localizados nas papilas dérmicas
Segundo plexo: entre as
camadas reticular e papilar da
derme, emitin do ramos para as
papilas dérmicas
Segundo plexo: entre as
camadas reticular e papilar da
derme, re cebendo a drenagem
venosa das papilas dérmicas
Primeiro plexo: entre as
camadas papilar e reticular da
derme
- Terceiro plexo: região média
da derme
Segundo plexo: entre a derme
e a hipoderme
Tabela 3. Resumo do Sistema Vascular da pele. Fonte: Aula Sanarflix.
PELE E ANEXOS 25
6. RECEPTORES
SENSORIAIS DA PELE
Uma das principais funções da pele
é receber estímulos do meio exter
no, exercida através da percepção
sensorial. Para realizar tal função, a
pele dispõe de dois tipos de termi
nações, as terminações nervosas
livres e as terminações nervosas
encapsuladas.
As terminações nervosas livres ge
ralmente assumem uma morfologia
de “cesto”, sendo nesse caso me
canorreceptores, localizadas usual
mente ao redor de folículos pilosos.
Quando essas terminações
assumem uma morfologia de
“bulbo” podem ser tanto mecano
como nocicepto res, localizadas
diferentemente da anterior, de
forma paralela à junção
dermoepidérmica. Com relação às
terminações nervosa encapsuladas,
existem 4 tipos dessas terminações,
sendo eles: corpúsculos de Meiss
ner, corpúsculos de Pacini, corpús
culos de Ruffini e bulbos terminais
de Krause.
Os corpúsculos de Meissner estão
presentes nas papilas dérmicas de
áreas sem pelos, como lábios, ma
milos, dedos, palma de mãos e plan
ta de pés. São estruturas alongadas
que se organizam sob um axônio
central envolvido por células de
Schwann em espiral, cuja estrutura
é contida em uma cápsula de fibro
blastos modificados contínuos com
o endoneuro da fibra nervosa afe
rente. Normalmente, os corpúsculos
de Meissner são mecanorreceptores
que detectam pequenas deforma
ções da epiderme, ou seja, detectam
a pressão exercida sob a pele, cor
respondendo a receptores táteis.
Os corpúsculos de Pacini podem
ser encontrados na derme
profunda e hi poderme, geralmente
de morfologia esférica a oval. Os
locais onde mais frequentemente
são encontrados os corpúsculos de
Pacini são os dedos, palma de
mãos e planta de pés. Se
organizam de forma semelhante aos
A B
corpúsculos de Meissner, com um
axônio central envolvido por lamelas
concêntricas de células de Schwa
nn e de fibroblastos modificados,
gerando uma estrutura em “casca
de cebola”. Também correspondem
a mecanorreceptores, que captam
estímulos de pressão e vibração.
Figura 20. Corpúsculos de Pacini. A – Morfologia: Esféricos a ovais, lamelas concêntricas de células de Schwann e
fibroblastos modificados, produzindo estrutura em “casca de cebola”. B – Lâmina histológica demonstra
corpúsculo de Pacini na derme profunda e hipoderme. Fonte: Adaptado de Histologia Básica, 12ª Ed., 2013 e
Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
SAIBA MAIS!
Além dos corpúsculos de Meissner e de Pacini existem outros mecanorreceptores
encapsu lados, sendo eles os corpúsculos de Ruffini e os bulbos terminais de Krause. As
termina ções ou corpúsculos de Ruffini se localizam na derme da pele, leitos ungueais,
ligamentos periodontais e nas cápsulas articulares. A cápsula de tecido conjuntivo que
envolve esses receptores está ancorada em cada extremidade, aumentando a
sensibilidade à distensão e à pressão nas cápsulas articulares, sendo essa a sua
principal função. O bulbo terminal de Krause, por sua vez, se localizam na região papilar
da derme nas articulações, conjuntiva, peritônio, regiões genitais e no tecido conjuntivo
subendotelial das cavidades oral e nasal. Sua função é desconhecida.Células de Merkel
Células de Langerhans
Camada Papilar (superficial) Camada Reticular (profunda)
7. ANEXOS
A pele possui como anexos os
pelos, as unhas e as glândulas da
pele, sendo que essas podem ser
de 3 ti pos, sudoríparas, sebáceas e
ma márias. As glândulas mamárias
não serão abordadas nesse resumo.
Glândulas da pele
Glândulas sebáceas
As glândulas sebáceas estão situ
adas na derme, se encontram de
forma abundante no couro cabelu
do, porém estão ausentes na palma
das mãos e planta dos pés.
É importante lembrar que as glân
dulas sebáceas estão sempre asso
ciadas a um folículo piloso, onde
usualmente desembocam! Em algu
mas regiões, as glândulas sebáceas
podem desembocar diretamente
na pele, como nos lábios, mamilos,
na glande e vagina. O ducto de sa
ída para os folículos pilosos é carac
teristicamente um ducto curto re
vestido porepitélio estratificado
pavimentoso.
SE LIGA! As glândulas sebáceas estão sempre associadas a um folículo piloso. Sempre
que houver uma glândula sebácea, ela estará ao redor de um folículo piloso!
PELE E ANEXOS 29
As glândulas sebáceas produzem
uma secreção lipídica rotineiramen
te nomeada como “sebo”, sendo ela
rica em triglicérides, ácidos graxos
livres, colesterol e ésteres de coles
terol. Essa produção ocorre princi
palmente após a puberdade devido
ao estimulo de hormônios sexuais
NA PRÁTICA!
associado, tendo como principal fun
ção a lubrificação da superfície da
pele e dos pelos, aumentando as
características hidrofóbicas da que
ratina, o que exacerba a função de
impermeabilidade exercida pela
queratina na pele.
A acne é uma doença inflamatória crônica que envolve as glândulas sebáceas. Ocorre
uma obstrução resultante da impactação do sebo e de restos celulares no folículo
piloso, além do papel de bactérias anaeróbicas próximas à obstrução nesse processo.
É uma patologia muito presente no período da puberdade, quando os níveis de
hormônios sexuais passam a estimular em maior intensidade as glândulas sebáceas.
Como se forma o “sebo”?
As glândulas sebáceas são glân
dulas acinosas holócrinas, ou seja,
possuem diversos ácinos organiza
dos ao redor de um pequeno duc
to, por onde é liberada a sua secre
ção às custas de morte celular. Elas
se organizam como células epiteliais
achatadas inicialmente, que com o
acúmulo da secreção lipídica se
tornam células arredondadas. O
processo de acúmulo da secreção
gera desaparecimento do núcleo e
a morte celular, principalmente dos
ácinos centrais, evento que promove
a descamação das células glandu
lares, suscitando a liberação do con
teúdo lipídico para o ducto.
HORA DA REVISÃO!
As glândulas são classificadas em dois grandes grupos, de acordo com o método de
distribuição de seus produtos: exócrinas (secretam através de ductos) e endócrinas
(se cretam para os vasos sanguíneos ou linfáticos). As glândulas exócrinas possuem
três mecanismos diferentes para liberar seus produtos de secreção, podendo ser
classificadas em holócrinas (a célula amadurece, morre e vira o próprio produto de
secreção), merócri na (através de exocitose) e apócrina (uma porção do citoplasma
apical é liberada com o produto de secreção)
Glândulas Sudoríparas
As glândulas sudoríparas podem
ser de dois tipos: merócrinas (am
plamente distribuídas) ou apócrinas
(encontradas nas axilas, região peria
nal e região pubiana).
Glândulas sudoríparas merócrinas
As glândulas sudoríparas
merócrinas são muito numerosas,
encontradas em toda a pele, com
exceção de ra ros locais, como a
glande peniana. São glândulas
tubulosas simples enoveladas,
localizadas na derme e seus ductos
se abrem diretamente na
superfície da pele.
PELE E ANEXOS 32
Figura 25. Lâminas histológicas demonstrando glândula sudorípara merócrina, com seus ductos excretores de
epitélio estratificado cúbico. Podem-se observar células mioepiteliais, que auxiliam na secreção do conteúdo das
glândulas. A glândula sudorípara merócrina é composta pelas células claras e células escuras. Fonte: Histologia
Básica, 12ª Ed., 2013 e Histologia e Biologia Celular, 2ª Ed., 2008.
A secreção produzida por esse tipo
de glândula é uma secreção aquo
sa, conhecida como suor. O suor é
um ultrafiltrado do plasma, respon
sável por auxiliar na termorregula
ção e participar da excreção de al
gumas substâncias, sendo derivado
de capilares localizados ao redor das
porções secretoras das glândulas su
doríparas. A secreção das glândulas
sudoríparas merócrinas é eliminada
por exocitose!
As glândulas tubulosas simples eno
veladas que correspondem às glân
dulas sudoríparas merócrinas são
formadas por células secretoras
piramidais, podendo essas serem
de dois tipos, células escuras e
células claras.
As células escuras secretam glico
proteínas, sendo encontradas pró
ximas ao lúmen glandular, contém
muitos grânulos de secreção
apicais e são ricas em retículo
endoplas mático rugoso (RER), o
que justifica a sua coloração escura.
As células claras se encontram mais
na porção basal glandular, tendo
com função o transporte de íons e
de água, sendo dotada, portanto, de
muitas mitocôndrias para
possibilitar a produção da parte
aquosa do suor. As células
secretoras piramidais são envoltas
por células mioepiteliais,
HORA DA REVISÃO!
que auxiliam na propulsão para a ex
pulsão da secreção ao ducto
excretor.
As células mioepiteliais são células originadas do epitélio, porém, que compartilham al
gumas características com as células musculares lisas, sendo a principal a
contratilidade. Sua contração auxilia na secreção das porções secretoras glandulares e
de alguns ductos.►
O ducto excretor dessas glândulas
segue em um curso em hélice até a
superfície da epiderme, sendo re
vestido por um epitélio cúbico estra
tificado. Usualmente, esse ducto é
composto apenas por duas
camadas de células; as células mais
externas são ricas em mitocôndria,
auxiliando na reabsorção de íons
sódio, geran do um suor mais
hipotônico e evitan do a
desidratação, bem como na ex
creção de substâncias, como ureia e
ácido lático.
Glândulas sudoríparas apócrinas
São glândulas situadas na derme e
na hipoderme, encontradas apenas
em algumas regiões do corpo,
como
axilas, região perianal e pubiana e
na aréola mamária. Essas glândulas
são inervadas por fibras
adrenérgicas e influenciadas por
hormônios sexu
ais, o que é corroborado pela obser
vação de suas localizações.
Os ductos das glândulas
sudoríparas apócrinas
desembocam no folícu lo piloso,
eliminando uma secreção viscosa e
inodora. Com a ação das bactérias
na pele e a degradação da secreção
liberada, apesar de essa ser
inicialmente inodora pode passar a
apresentar um odor característico.
PELE E ANEXOS 35 apócrinas na verdade seja por um
SE LIGA! A secreção das glândulas su
doríparas apócrinas é inicialmente ino
dora, porém com a permanência do
suor no local ocorre metabolismo
bacteriano do
ácido-3-metil-1,2-hexanóico, um
ácido volátil semelhante a sinais de fe
romônios. Por esse motivo, acredita-se
que as glândulas sudoríparas
apócrinas evoluíram de glândulas que
secretavam atrativos sexuais em
animais inferiores.
Existe uma forte indicação de que a
secreção das glândulas sudoríparas
mecanismo merócrino, ou seja, por
exocitose da secreção. Porém, man
tém-se o nome apócrino, que sig
nifica a liberação da secreção em
conjunto com uma porção citoplas
mática da célula glandular.
Além disso, existem as glândulas
ceruminosas do conduto auditivo
externo (produtoras do cerúmen au
ricular) e as glândulas de Moll (das
pálpebras), que constituem
glândulas sudoríparas apócrinas
modificadas.
Pelos
Os pelos são estruturas delgadas e
queratinizadas que possuem um
crescimento descontínuo, com
fases de repouso e fase de
crescimento
em si. A duração da fase de repouso
e fase de crescimento dos pelos é
vari ável entre as regiões do corpo.
CONCEITO!
O ciclo de crescimento do pelo é com
posto por 3 fases: a fase anagênica
(período de crescimento), a fase cata
gênica (um período de involução) e a
fase telogênica (fase de repouso final,
na qual o pelo envelhecido se despren
de). Logo após a queda, um novo pelo
é formado no folículo piloso e o ciclo de
crescimento é reiniciado. A duração do
ciclo de crescimento varia nas regiões
do corpo.
A cor, tamanho, espessura e a dis
posição dos pelos varia de acordo
com a cor da pele e a região do cor
po, fator que é diretamente influen
ciado por hormônios sexuais. A cor
do pelo também depende dos mela
nócitos, localizados entre a papila e
o epitélio da raiz do pelo.
O pelo difere um pouco do seu pro
cesso de queratinização que ocor re
na pele, formando uma queratina
dura, com filamentos embebidos
den tro de uma matriz de
trico-hialina, bem como as células
queratinizadas não descamam, elas
se acumulam, tornando resistentes
e comprimidas com o tempo.
SAIBA MAIS!
Dois tipos de pelo estão presentes no ser humano adulto, os velos (pelos macios,
delicados, curtos e claros)e os pelos terminais (duros, grandes, grosseiros, longos e
escuros). Apenas no feto e recém-nascido pode-se observar o desenvolvimento de um
terceiro tipo de pelo, muito mais fino, chamado lanugo.
PELE E ANEXOS 38
Figura 27. Presença de Lanugo em recém-nascido. Fonte: https://bit.ly/2WjguX7.
Os pelos se desenvolvem dentro de
estruturas chamadas folículos pilo
sos, que são invaginações na epi
derme. A dilatação terminal do fo
lículo piloso é chamada de bulbo do
pelo, cujo centro contém a papila
dérmica. Na papila dérmica existem
células que revestem e formam a
raiz do pelo, de onde emerge o eixo
do pelo. Na fase de crescimento, as
células da raiz se multiplicam e dife
renciam em diversos tipos celulares,
como as células da medula (células
grandes, vacuolizadas, com pouca
queratina), as células do córtex (na
região que envolve o pelo, células
mais queratinizadas e compactas) e
as células da cutícula (região mais
externa, células fortemente
queratini
zadas que envolvem o córtex). As cé
lulas epiteliais periféricas possuem
uma bainha epitelial interna e uma
bainha epitelial externa; a bainha
epitelial envolve o pelo em sua
porção inicial, sendo que sua
porção externa se continua com a
epiderme.
Ao redor do folículo piloso existe
uma bainha de tecido conjuntivo
bem espessa que o envolve. Essa
bai nha é conectada a um músculo
liso
chamado músculo eretor de pelo,
cuja contração é responsável por
“eri çar” os pelos, resposta que
ocorre diante de estímulos
adrenérgicos.
Lembre-se: sempre existirá uma
glândula sebácea associada a um
folículo piloso!
Unhas
Unhas nada mais são que placas de
células queratinizadas. A camada
córnea, nessa região, possui esca
mas compactas e fortemente ade
ridas uma sobre a outra, que
crescem deslizando sobre o leito
ungueal. É im portante lembrar que
o leito ungueal é uma estrutura da
pele, não tendo relação com o
crescimento das unhas, apenas
realiza a sua acomodação.
PELE E ANEXOS 42
As unhas estão presentes na super fície dorsal das falanges distais dos
dedos, tendo a sua formação iniciada a partir de sua porção mais proxi
mal, chamada de raiz da unha. Na raiz da unha pode-se observar a pro
liferação e diferenciação das cé lulas epiteliais até a formação das
escamas córneas. A raiz da unha é composta por duas estruturas bem
distintas, sendo elas duas camadas
de epiderme e uma camada córnea que forma a cutícula (eponíquo) da
unha. O crescente branco observado na extremidade proximal da unha é
denominado lúnula. A extremidade distal da unha não é aderida ao leito
ungueal, ficando contínua com a pele do dedo. Ao longo dessa junção
entre a pele e a unha há o acúmulo do es
trato córneo da epiderme, denomi nado hiponíquio.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
Gartner, Leslie P., Hiatt, James L. Tratato de histologia em cores. 3ª
Edição, 2007. Junqueira, Luiz Carlos Uchoa. Histologia Básica. 12ª
Edição, 2013.
Kierszenbaum, Abraham L. Histologia e biologia celular: uma introdução à
patologia. 2ª Edi ção, 2008.
Ross, Michael H. Atlas de histologia descritiva. 2012
Wolff, Klaus. Dermatologia de Fitzpatrick. 7ª Edição, 2014.
PELE E ANEXOS 45

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