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Particularidades da fisiologia reprodutiva da cadela

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Resumo por: Yasmin Barros - @idealizavet @yasminbarro.s 
Particularidades da fisiologia reprodutiva da cadela 
 
A puberdade é compreendida no momento onde se inicia a ciclicidade do animal, quando 
estão susceptíveis as ações dos hormônios sexuais, desenvolvimento corporal e das 
características secundárias que são advindas dessas ações hormonais. 
A puberdade pode acontecer em torno de 6 a 24 meses após o animal atingir o peso adulto 
(grande variação de meses devido à raças diferentes e outros fatores). 
 Fatores que interferem na puberdade: 
FATOR GENÉTICO: pais precoces, que teve a puberdade iniciada mais precocemente, eles 
tendem gerar uma prole mais precoce sexualmente no início da puberdade; cães de pequeno 
porte tendem a ser mais precoces que cães de grande porte. 
ESTADO NUTRICIONAL: o animal pode atingir a idade apta para atingir a puberdade, mas se 
tiver com um estado nutricional baixo, ela não tem condições nutricionais e físicas (escore 
corporal baixo) para estar ciclando e recebendo o concepto, o organismo animal tende a 
manter a homeostasia. 
FATORES ENDÓCRINOS: principalmente em casos relacionados aos hormônios metabolizantes, 
como a tiroxina no caso de hipotireoidismo em cães. Cães com hipotireoidismo possuem 
metabolismo mais retardado, impedindo diretamente no início da ciclicidade da fêmea. 
INTERAÇÕES SOCIAIS (vida livre, companhia de outros animais, canil, apartamento, 
comunitário), cães que convivem com outros cães (canil, vida livre) tendem a ser mais 
precoces comparado ao animais que não vivem em vida livre (apartamento, casa). 
O início da fase reprodutiva das cadelas, tendem a ter um cio silencioso. 
Castração precoce está ligada diretamente com a maturidade reprodutiva que o animal vai 
apresentar e pode predispor a formação de neoplasias ósseas, osteossarcomas, linfoma, 
problemas articulares. O hormônio reprodutivo não atua somente na gônoda e ao que é 
intrínseco a reprodução, ele também tem ações secundárias. 
→ Classificação: monoéstricas não estacionais, logo apresenta um estro que não está 
susceptível a uma estação/momento específico. 
 
Interestro prolongado: intervalo entre um estro e outro que pode variar entre 4 a 6 meses. 
Cadelas mais velhas tendem a ter menos ciclos que as mais novas e cadelas na fase adulta 
pode ter de 2 a 3 ciclos no ano. 
A cadela ovula em níveis de progesterona pré-ovulatórias (4-10 ng/mL) 
A cadela ovula com oócitos imaturos (na fase de meiose 2) e nessa fase ainda não há o 
desenvolvimento do segundo corpúsculo polar. Então é preciso ser ovulado imaturo e dentro 
da tuba uterina terminar essa meiose, para que haja a formação do segundo corpúsculo e o 
oocito esteja preparado para ser fecundado. E o desconhecimento da microbiota da região da 
Puberdade 
Especificidades das cadelas 
tuba uterina onde vai ter a maturação, impede o desenvolvimento de folículos in vitro de 
cadelas. 
Fase da ação da progesterona é semelhante em cadelas gestantes e não gestantes, isso implica 
no desenvolvimentos de algumas doenças que são inerentes as cadelas. 
Ciclo da cadela: proestro → estro → diestro → anestro. 
 
 
Hormônios produzidos na adenohipófise, por estímulo do GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofina): FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). 
FSH: estimula o crescimento folicular. 
LH: auxilia na terminação do folículo e o pico desse hormônio promove a ovulação. 
Estrógeno (E2) e progesterona (P4): responsáveis pela alteração comportamental e de órgãos. 
São hormônios antagônicos, E2 promove ciclicidade, e P4 a inibe diestro para manter a 
gestação. Quando um está alto o outro está em níveis basais. 
→ Dosagem hormonal de P4: exame feito para identificar em qual etapa do ciclo a cadela está. 
Prolactina: ações em diferentes fases do ciclo. 
 Anestro: alta concentração de prolactina → inibe a sensibilidade do ovário aos outros 
hormônios (E2, FSH, P4, LH). 
 Final do anestro e início do proestro: prolactina reduz suas concentrações e ovário 
passa a sentir a ação dos hormônios E2 e P4. 
 Ação no diestro: desenvolvimento de glândula mamária (produção do leite) e descida 
do leite. 
Prolactina também tem ação luteotrófica, ajudando a manter o corpo lúteo (CL) produzido 
depois da ovulação. 
Ocitocina: descida do leite e trabalho de parto. Prolactina e ocitocina são produzidos pela 
neurohipófise. 
 
Eixo que regula a liberação dos hormônios e que promove ciclicidade na fêmea. 
O hipotálamo localizado no SNC é responsável por 
produzir o GnRH, que por sua vez, vai estar atuando em 
núcleos produtores de FSH na adenohipófise, 
comunicados pelo sistema porta-hipotalâmico-
hipofisário. 
O FSH vai ser liberado na circulação e eles vão atuar no 
ovário, estimulando o crescimento folicular. 
Os folículos, estimulados pelo FSH para crescer, produzem o E2, que faz retroalimentação ou 
feedback + nos núcleos da adenohipófise, estimulando ainda mais a secreção de FSH  maior 
crescimento dos folículos. Até chegar em um ponto que a concentração estrogênica fica tão 
Hormônios reprodutivos 
Eixo hipotálamo hipófise gonadal 
alta que faz feedback negativo momentâneo, inibindo a produção rápida na hipófise, 
diminuindo a concentração de FSH e desencadeando o pico de LH  ovulação. 
A partir do momento que ocorre a ovulação, o estrógeno para de atuar e começa a atuação da 
progesterona, formada pelo corpo lúteo. E a progesterona vai fazer feedback negativo tanto 
em núcleos hipotalâmicos, quanto em núcleos hipofisários, impedindo a ciclicidade da fêmea 
para manter a gestação ou a fase de diestro. 
 
 
FSH em anestro: em altas concentrações estaria estimulando o ovário, mas por conta da 
prolactina não estimula, já que altas concentrações de prolactina inibem FSH e estrógeno. A 
cadela tem uma onda próxima ao proestro, que não é sensível e no fim do anestro a prolactina 
reduz e o ovário passa a ser sensível a ação hormonal. 
Proestro: animal sensível à ação hormonal. FSH começa a aumentar, à medida que o FSH 
aumenta, aumenta também as concentrações de E2. A medida que o estrógeno aumenta a P4 
vai reduzindo. LH fica em níveis pulsáteis antes do proestro. O FSH estimula o crescimento 
folicular, até chegar no pico da ação estrogênica, que reduz suas concentrações e promove 
pico de LH (iniciando o estro)  ovulação. A ovulação ocorre no estro após 2 dias do pico de 
LH. 
Estro: A cadela demora 48 hrs após pico de LH para liberar o oócito que vai ser ovulado, ainda 
imaturo. A concentração de P4 no momento da ovulação (pico de LH) está alta (4 a 10 ng/mL), 
isso é específico da cadela e ocorre devido à luteinização pré-ovulatória (outros folículos que 
sofrem luteinização pré-ovulatória), fazendo com que aumente a concentração de 
progesterona  fêmea fica mais receptiva ao macho, favorecendo a monta. A cadela vai 
aceitar a monta até o final do estro e início de diestro. 
Depois do pico de LH, o FSH não responde mais, a P4 começa a aumentar, o estrógeno já está 
em níveis basais e a P4 toma papel importante nessa fase (início do diestro)  P4 faz feedback 
negativo em todos os outros hormônios (FSH, estrógeno, LH). 
O oócito imaturo demora cerca de 2 a 5 dias dentro da tuba uterina para ficar maduro e estar 
pronto para fertilização, esse fato garante uma grande variabilidade de dias de ovulação nas 
cadelas (janela ovulatória), pode ter variação de idade de 3 dias entre filhotes da mesma 
ninhada, dependendo do dia que o oócito foi maturado, podendo ter filhotes neonatos ou que 
Hormônios atuando no ciclo estral 
passaram do tempo. O espermatozoide maduro tende a ficar viável até 5 dias dentro do trato 
da fêmea, então quanto mais próxima da maturação, melhor pro espermatozoide, porque ele 
vai estar viável para entrar em contato com o oócito. 
Os níveos de P4 são extremamente importante quando se trata de protocolo de inseminação 
artificial: congelado, resfriado, intravaginal.O espermatozoide congelado perde bastante 
característica, pode ocorrer perda da inseminação. Além da importância do acompanhamento 
ultrassonográfico e exames complementares: vaginoscopia e citologia vaginal, para entender 
melhor o ciclo estral das cadelas. 
 
 
 Duração média de 7 a 9 dias, podendo ficar até 15 dias em proestro, é apenas uma 
duração média. 
 Aumento constante de E2 é responsável pelos sinais clínicos desta fase, pois a medida 
que tem crescimento folicular produzido pelo FSH, há o aumento do estrógeno 
produzido pelos folículos. Os sinais clínicos são: 
 Edema vulvar, nem sempre o tutor nota essa alteração. Isso se deve pois o E2 
tem ações na genitália externa, interna e canal vaginal. 
 Vai atrair o macho: ainda não está receptiva. 
 Canal vaginal edemaciado e pregueado. 
 Secreção serosanguinolenta vulvar: específica do proestro, pode acontecer no 
estro, mas é característica de proestro. 
NUNCA COLOQUE A CADELA PARA CRUZAR A PARTIR DESSE MOMENTO QUE ELA SANGRA, 
POIS NESSE PERÍODO ELA AINDA NÃO ESTÁ ACEITANDO O MACHO. 
Após 2 a 3 da interrupção do sangramento, a cadela ovula, sendo o momento ideal para a 
monta. Essa secreção serosanguinolenta é advinda de uma diapedese eritrocitária (ruptura de 
vasos subepiteliais endometriais), que acontece pela ação estrogênica. 
A citologia vaginal é um grande auxílio nesse período da fase do ciclo estral. 
 
 Duração média de 7 a 9 dias, onde a concentração de estrógeno vai ser máxima e 
também vai ter seu decréscimo e esse decréscimo vai favorecer o pico de LH e sua 
ovulação. 
 É o início do aumento de concentração de progesterona, pela luteinização pré-
ovulatória. 
 Luteinização pré-ovulatória: no ovário, não haverá apenas 1 folículo em crescimento, 
terão vários outros e alguns serão ovulados (não necessariamente no mesmo 
momento), os que não tiverem crescimento, vão regredir. Os folículos passam a ser 
sensíveis ao LH liberado (luteinização pré-ovulatória), não necessariamente os folículos 
ovulados, aumentando um pouco a concentração de P4 que favorece o aumento da 
concentração desse hormônio, sendo responsável pelo comportamento reprodutivo 
da fêmea. 
 Depois quem passa a comandar a secreção de P4 é o CL do folículo que foi ovulado, 
elevando a concentração para manutenção do corpo lúteo, pois os outros folículos 
regridem. A cadela possui a dominância folicular, tem receptor de LH – pré-ovulatório. 
Fases do ciclo reprodutivo 
Proestro 
Estro 
 A partir do momento que a cadela ovula, ela passa a aumentar as concentrações de 
progesterona, que é quando começa a formação do corpo lúteo. Começa a formar no 
estro, mas a ação principal é no diestro. 
 Existem fêmeas que são mais agressivas, ou possuem comportamento de hierarquia, e 
não aceitam o macho mesmo com altas concentrações de P4. 
 Há cadelas que fica em estro por 2 dias, tem cadela que fica por até 10 dias, é muito 
variável. 
 Sinais clínicos: 
 Edema vulvar, favorecida pela ação estrogênica. 
 Diminuição/ausência de descarga vulvar 
 Abertura da cervix para entrada de espermatozoides, favorecida pela ação 
estrogênica para entrada dos espermatozoides do meio externo para meio 
interno. 
 Lateralização de cauda, para favorecer com que o macho realize a cópula; 
aceitação do macho, fêmea mais dócil são comportamentos favorecidos pela 
ação da progesterona devido a luteinização pré ovulatória. 
 Epitélio vaginal fortemente e crenulado. 
 
Bulbo peniano: área muito 
vascularizada, a medida que o macho 
vai fazendo a introdução no canal 
vaginal da fêmea, o pênis aumenta de 
tamanho e engurgita crescendo em 
diâmetro, fazendo com que o macho 
não consiga retirar o pênis do canal 
vaginal da fêmea (o macho tem 3 
frações de ejaculação: limpeza da 
uretra; a propriamente dita (rica em 
espermatozoides) e a lubrificação da 
próstata – secreção prostática, solução 
tampão etc). Ao engurgitar o pênis, faz 
o movimento de rotação, ficando de costas de um pro outro e só após a rotação ele irá ejacular. 
Pode ficar de 3 até 20 minutos nessa posição. NUNCA SE DEVE SEPARAR ELES NESSE MOMENTO, 
pode haver lesão no trato reprodutivo de ambos. 
 
 Duração média de 60 a 72 dias. A gestação cadela demora cerca de 58-62 dias. A ação 
hormonal é semelhante em cadelas gestantes e não gestantes, principalmente da 
progesterona e é no diestro que acontece o pico de atividade de P4 devido a ação do 
corpo lúteo. Elas acabaram de sair de um cio, então ela ovulou, independente de ter 
tido ou não a cópula, ela vai ter um preparo uterino para gestação, através da ação da 
progesterona: 
 Cérvix fecha para manter ambiente estéril para o feto. 
 Hiperplasia do endométrio uterino/hiperplasia endometrial cística, 
aumentando os sítios de implantação do embrião. 
 Produz leite uterino: substrato ou nutrientes para nutrir o embrião até a 
implantação. 
Diestro 
 Reduz contratilidade uterina, para não ocorrer aborto. 
Se a cadela estiver gestação, a progesterona vai manter. 
 Sinais clínicos: 
 Refratariedade da fêmea a machos, porque já ovulou e a cervix dela já está 
fechada. 
 Epitélio flácido, pois o estrógeno está baixo. 
 Diminuição de edema vulvar, pois não tem ação do estrógeno. 
 
 Alterações: 
Ex: cadela NÃO gestante, com foco infeccioso dentro do útero por bactérias ascendentes, ou 
uso de vacinas anti-cio (hormônios exógenos). As alterações da ação da progesterona estarão 
mantidas: cervix fechada, hiperplasia do endométrio uterino, produção de leite uterino, 
redução da contratilidade, favorecendo o crescimento do agente infeccioso  PIOMETRA: 
patologia encontrada no diestro de cadelas. 
PSEUDOCIESE: falso conhecimento de estar gestante (alteração fisiológica na cadela e na gata), 
passa a ser patológica quando tem sinais clínicos. Isso se deve, pois os cães antigamente vivam 
em matilhas (hierarquia), apenas a fêmea dominante podia procriar, e era a única que caçava. 
A cadela depois do parto mobiliza suas reservas para produção do leite, mas ela não podia 
amamentar porque tinha que caçar, então a fisiologia fez com que as outras fêmeas da matilha 
ciclacem juntas para produzirem leite e amamentar os filhotes da fêmea alfa (dominante). Os 
sinais clínicos acontecem quando há a redução de progesterona e aumenta a prolactina. 
 
 Duração média de 30 a 240 dias: tem o período interestro prolongado, 
fisiologicamente ela pode ter 2 a 3 ciclos por ano. 
 Hormônios sexuais em níveis basais, isso não quer dizer inatividade reprodutiva, no 
anestro há uma alta concentração de FSH, ele só não atua, pois tem outros hormônios 
inibindo ele. 
 Sinais clínicos: 
 Vulva pequena, pois não tem ação atual hormonal, só em níveis basais 
 Ausência de corrimento vulvar 
 Epitélio vaginal adelgaçado 
 
 
 Citologia vaginal 
 Vaginoscopia 
 Ultrassom 
 Histórico e anamnese 
 
 
 Exame rápido e acessível, realizado em 5 minutos, conseguindo caracterizar a fase do 
ciclo que a cadela está. Auxilia em protocolos de inseminação artificial e em 
diagnostico de afecções do trato reprodutivo feminino. 
Anestro 
CITOLOGIA VAGINAL E MÉTODOS PARA IDENTIFICAR AS FASES DO CICLO ESTRAL 
Citologia vaginal 
 Sempre fazer citologia seriada! Acompanhar o paciente. 
E2 é responsável pelas ações do epitélio vaginal, 
tanto genitália externa quanto interna. 
Células que compõe o epitélio vaginal 
(estratificado)  células basais, ligadas 
intimamente na lâmina basal do epitélio vaginal; 
as células parabasais; células intermediarias (2 
fileiras); células superficiais nucleadas e células 
superficiais anucleadas. 
Tem tecido conjuntivo (por fora) que tem vasos 
sanguíneos, que trazem nutrientes para as 
células da lâmina basal, por isso essa lâmina basal não se perde. 
A medida que o E2 aumenta ele promove multiplicação (mitoses seriadas) no canal vaginal da 
fêmea, as células em divisão (parabasais) se dividem e vão em direçãoao lúmen vaginal se 
afastando das células da lâmina basal. As células vão em direção ao lúmen e não chega 
circulação até elas  morte celular. 
A proliferação do epitélio vaginal se deve para impedir trauma durante a cópula; favorecer 
progressão espermática e ação hormonal do estrógeno. O E2 aumenta no proestro e no final 
do proestro tem várias células celulares. 
 Na citologia vaginal, é possível observar a partir das células parabasais, as células 
basais nunca serão vistas, pois são intrínsecas do epitélio vaginal, se achar é porque 
machucou o epitélio vaginal da fêmea. 
 A medida que as células vão se distanciando da lâmina basal, elas vão perdendo seu 
formato e perdendo o núcleo. 
 Estro: ação máxima do estrógeno, com várias camadas de células superficiais 
anucleadas e nucleadas com muita proliferação. 
 Diestro: E2 abaixa e P4 aumenta, diminuição abrupta das células que estavam 
em mitose. Encontra-se células parabasais, algumas células intermédiarias. 
 Anestro: sem ação hormonal evidente, níveis basais: menos celularidade, 
células parabasais. 
 
 Outras células encontradas no exame: 
 Hemácias encontrada no proestro e estro devido a diapedese eritrocitária, 
somar ao sinais clínicos relatados; 
 Espermatozoides, indicando que ela copulou. 
 Neutrófilos: juntamente com bactérias, devido a microbiota vaginal (dentro da 
normalidade? vaginite?) 
 Células neoplásicas 
 
 Interpretação do exame: 
Proestro: aumento do estrógeno promove aumento de camada de 20 a 
30 células; presença de eritrócitos; transição celular, podendo ver 
diversas celulas; na fase final 80% serão células superficiais com 
predomínio de células superficiais nucleadas. 
Estro: concentração máxima de estrógeno; camada com mais de 40 células, 
ausência de células transicionais, com 80 a 90% de células superficiais 
anucleadas. 
 
Diestro: aumento de progesterona e redução de estrógeno, havendo diminuição 
abrupta de células superficiais, aumento de células intermediarias (tendem a 
formar grupos – ‘‘cachos de uva’’) e parabasais e tem presença de neutrófilos, 
tem que identificar se é patológico ou não. 
Anestro: hormônios em níveis basais, com predominância de células parabasais 
e intermediarias, poucas bactérias, neutrófilos e celularidade. ‘‘Lâmina suja’’ 
com presença de muco e debriz celulares (fundo mis róseo). 
 
Sempre ver a PREDOMINÂNCIA CELULAR, porque podem ser vistos vários tipos de células na 
lâmina. 
 Realização do exame 
Com auxílio de um swab ou escova 
ginecológica, deve-se adentrar no 
epitélio vaginal da fêmea. O swab 
deve estar angulado, pois se 
adentrar com ele reto vai cair na 
fossa clitoriana, coletando uma 
amostra totalmente inconclusiva. 
Fazer movimentos horários e anti-
horários para coletar a amostra. 
Sempre utilizar luva para evitar 
contaminação!! 
 
Papanicolau: corante para 
avaliação da lâmina. É mais 
demorado e possui um maior 
custo. As colorações alaranjadas 
são acidófilas, elas são 
características de células que 
estão sobre ação estrogênica. 
 
 
 
 Consegue ver o epitélio vaginal: o estrógeno atua no epitélio podendo estar 
edemaciado, pregueado, adelgaçado. 
 Importante para ver nódulos. 
 Analisa presença de muco, secreção, parede do canal. 
Vaginoscopia 
 O exame pode ser por especulo ou endoscópio. 
 
 Consegue observar ovários e folículos em crescimento. 
 Consegue ver cistos foliculares (patológico) e outras alterações. 
 
Queixa de sangramento vaginal seroseguinolenta: 
 Quando foi o último cio? Está dentro do intervalo? Está muito recente? Pode ser 
patológico? 
 Faz uso de progestageno? 
 Tem quantos dias que está com sangramento? 
 Cruzou com algum cão? Fugiu de casa? 
Pode ser estro, TVT, lesão vaginal por trauma, hemometra, etc. 
Queixa de sangramento vaginal purulenta: 
 Animal é castrado? 
 Se sim, há quanto tempo? Teve alguma complicação? Sabe se foi ou não minimamente 
invasiva? Pode ter ovário remanescente ou vaginites causando a piometra. 
 
 Exemplos da citologia vaginal 
 
Fundo da lâmina todo róseo, 
presença de debriz celulares, poucas 
células, fundo sujo com debris, célula 
parabasal  lâmina de anestro. 
 
 
 
 
Muitas células, vários pontos 
(eritrócitos) nos entremeados 
celulares, aumento de 100x. 
 
 
 
 
Ultrassonografia 
Histórico e anamnese 
 
Imagem anterior aproximada, 
formato “sucrilhos”, predomínio de 
células superficiais nucleares, mas 
tem intermediárias também  
lâmina de proestro. 
 
 
 
Tem alguns sucrilhos e algumas 
nucleadas, tem hemácias, mas não 
tem parabasal. Tem muita célula 
superficial anucleada, mas não é 
maioria  transição de proestro 
para estro. 
 
 
 
“sucrilhos”  lâmina de estro. 
 
 
 
 
 
 
Neutrófilos (polimorfonucleares), 
algumas bactérias, células em 
grupos, células com 
núcleo/citoplasma aumentado 
(predominância de células 
intermediárias)  lâmina de 
diestro. 
 
 
Lâmina de diestro (muita 
célula/predominância de células 
intermediárias). 
 
 
 
 
Parte “brilhando”: agregado de 
hemácias, catacterística celular: 
célula redonda, núcleo periférico e 
vacúolos citoplasmáticos  
CÉLULAS DE TVT (TUMOR VENÉREO 
TRANSMISSÍVEL).

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