Buscar

atividade resolvida 1- ensino de história- teoria e praatica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Atividade 1
Tendo por base os conhecimentos adquiridos da aula 1 a aula 4 responda as seguintes questões:
1) Com base na aula 1 e 2 escreva um pequeno texto destacando os seguintes pontos:
· De que maneira surgiu a disciplina de história; a quem ela era destinada; o que se ensinava no currículo; 
· Quais foram as mudanças estabelecidas após a implantação do governo Vargas, principalmente em relação ao conteúdo e material produzido. 
		O ensino no Brasil se deu primeiramente pelos jesuítas, ou seja, pela igreja católica, com o intuito de catequizar os nativos, doutrinando-os na fé cristã. 
A História, porém, quanto à matéria de ensino, surge após a independência com o colégio Pedro II, buscando, uma história voltada para a nação. 
A princípio, as matérias de história e geografia eram ensinadas juntas, e a história sagrada era ensinada junto com a história universal. 
O ensino não era destinado a quem quisesse aprender, mas sim as elites que tinham acesso a educação naquele momento, sendo estes, os proprietários e escravistas, sendo o ensino, voltado aos valores morais e o engrandecimento da nação, juntamente com a questão sagrada, dependendo da escola e do professor o qual ensinava. Visava, portanto, os valores da pátria e dos grandes homens, com a história da Europa Ocidental apresentada como a História da civilização, mantendo, portanto, uma matriz curricular francesa partindo sempre de uma história eurocêntrica, de fora do país, para dentro. 
Após a ascensão de Getúlio Vargas ao poder em 1930, algumas mudanças foram instituídas no cenário nacional através de Leis que regulamentavam o ensino no Brasil, dentre elas, a criação do Ministério de Educação e Saúde, e também a introdução da disciplina de “Instrução Moral e Cívica" com a Reforma Rocha Vaz de 1925 e a Reforma de Gustavo Capanema , em 1942, que colocaria a História como uma disciplina autônoma. 
A partir de então, surgiria as bases para a composição de o "currículo seriado da história” ou também conhecido como “história convencional”, pelo qual se estudava a história do Brasil, primeiramente, em sua organização de tripartite (história colonial, imperial e republicana) nos anos iniciais do ensino fundamental e depois, a história geral. Contudo, a história seria ainda neste momento uma continuação da história da Europa Ocidental.
A história era neste momento um mero instrumento de desenvolvimento do patriotismo e da unidade ética, administrativa, territorial e cultural da nação, legitimando o discurso da democracia racial, apresentava os negros como pacíficos diante do trabalho escravo, de maneira geral uma população de mestiços na perspectiva de que todos viviam harmoniosamente. 
No período da ditadura Varguista, com a implementação do Estado Novo, o livro didático e o conteúdo a ser ensinado passam por reformulações, com um engrandecimento não somente da nação, mas da pessoa de Getúlio Vargas, tendo sua imagem, nos livros didáticos, sempre sendo enaltecida ao lado de crianças e a bandeira do Brasil aparece como o símbolo da nação. Vistoriados pelo MES, passando por intervenção direta do governo, e até alguns, sendo impressos por ele próprio, o material didático era portanto produzido com o intuito de enaltecer o governo de Getúlio e seus feitos.
2) Com base nas aulas 3 e 4 escreva um pequeno texto destacando os seguintes pontos:
· Mudanças estabelecidas pelo governo militar através de Leis e intervenção no conteúdo, disciplinas e material.
· Governo Militar e mudanças nas licenciaturas.
· Anos oitenta e noventa: participação da sociedade, LDB, PCNs, abertura para mudanças no material e conteúdo.
· Após a escrita deste texto, emita a sua opinião sobre o seguinte questionamento: Você acha correta a intervenção de governos (municipal, estadual ou federal) no conteúdo a ser produzido nos livros didáticos de história, da maneira como ocorreu no governo Vargas e na época da ditadura militar no Brasil? Justifique a sua resposta.
Na época militar, o SNI (Serviço Nacional de Informação) foi criado com o intuito de vigiar alguns cidadãos e sua conduta, sendo que qualquer atividade considerada suspeita era então punida. Isso demonstra significativamente que as mudanças na educação também viriam a ocorrer, sendo que neste momento, não seria interessante ao governo educar cidadãos para questionar o que estava acontecendo.
Com a industrialização se instaurando, o mercado necessitava de mão de obra, e nesse cenário, a educação recebe ênfase no ensino técnico, sem algum incentivo para que os alunos fossem às universidades. 
Nas universidades foram criadas as licenciaturas curtas, que eram cursos superiores com a duração de um ano e meio, com a intenção de criar professores que voltassem às escolas rapidamente. As aulas tiveram suas cargas horárias diminuídas e também tiveram as disciplinas de história e geografia foram fundidas em uma, se tornando a disciplina de Estudos Sociais.
		Disciplinas como filosofia e sociologia foram retiradas do currículo e o objetivo da escola era desenvolver nos alunos um senso patriótico e de obediência ao regime.
Foi imposto um novo mecanismo de vigilância aos livros, a COLTED, responsável por supervisionar e também por distribuir os livros. Alguns materiais foram produzidos pelas próprias forças armadas. 
Houve também as licenciaturas curtas e o acordo MEC/USAID.
Com a abertura democrática nos anos 80, a história toma um novo rumo, saindo da história a serviço do estado e voltando sua preocupação para a sociedade que naquele momento lutava por mudanças, com a diretas já. Surge também neste momento a reprodução no pensamento marxista na ideia da mais valia, do modo de produção do capitalismo, com os professores formados nessa linha, passam a divulgar seus pensamentos chamando a atenção para combater todas as formas de ditadura
A partir dos anos noventa começa um novo direcionamento influenciado pelas ideias da terceira geração da escola dos annales, o que leva a pensar no aluno não mais como sujeito passivo no ensino, mas sim como sujeito ativo. No Brasil ocorria a reforma LDB com os ventos do neoliberalismo implementado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso. Novos temas como mulheres, negros, índios, excluídos, feiticeiras e outros passam a ser incorporados na discussão histórica, sendo esta, aliada aos PCNs visava neste momento defender a pluralidade cultural. Uma mudança significativa foi a extinção da disciplina de Estudos Sociais, separando novamente as disciplinas de história e geografia e a volta das licenciaturas de quatro anos. 
Os PCNs traziam no seu bojo como o próprio nome diz alguns parâmetros do que deveria ser ensinado. Uma das mudanças foi a mudança de como se ensinar história, saindo do ensino de uma história linear, dividida em antiga, média, moderna e contemporânea, para se trabalhar com a história temática, e eles também sugerem critérios de avaliação para o final do ciclo. 
O governo, ao interferir no que era ensinado, ou seja, nos livros didático, utilizava de manipulação aos cidadãos, visando sua permanência no poder, assim sendo, buscava seus próprios interesses deixando de lado o bem maior da população, tirando toda sua liberdade de pensamento e de opinião, formando cidadãos não conscientes, formando apenas operários. 
Um povo que não pensa, não é um povo que luta, que corre atrás dos seus direitos e busca melhorias, assim sendo é um povo que não progride, é uma sociedade que não cresce intelectualmente, é um povo oprimido. Essa é a minha opinião.

Outros materiais