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Assistência pré-natal e puerperal

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@mayaravnutri 
Objetivo: assegurar o desenvolvimento seguro da 
gestação, para garantir um parto saudável, sem 
riscos e impacto nem para a mãe nem para o 
recém-nascido. Diagnosticar e tratar 
adequadamente os problemas que possam vir a 
ocorrer. Detectar condições que possam interferir na 
evolução normal da gestação. 
 
O início precoce é essencial para a assistência 
adequada, porém o número de consultas é 
controverso. Apenas em caso de gestações de 
risco, deve-se manter uma frequência maior de 
consultas. Não existe alta do pré-natal. 
O mínimo recomendado é consulta trimestral 
(nutricionista), sendo que o ideal seria trimestral até 
a 36ª SG e quinzenal após esse período, para 
avaliação de edema, pressão arterial, altura 
uterina, movimentos fetais e batimentos cardiofetais 
(obstetra). 
 
A unidade básica de saúde (UBS) deve ser a porta 
de entrada preferencial da gestante no sistema de 
saúde. Importância de equipe multiprofissional. 
 
CONCEITOS IMPORTANTES: 
 Adequado para a idade gestacional: crianças 
nascidas com 2.500g ou mais, porém menor que 
4.000g (percentil 10 a 90 para a idade 
gestacional) 
 Pequeno para a idade gestacional (PIG): 
crianças nascidas a termo abaixo de 2.500g 
(sofreram retardo no crescimento intra-uterino – 
RCIU, < percentil 10) – relação com desnutrição 
materna. 
 Grande para a idade gestacional (GIG): 
crianças nascidas com mais de 4.000g 
(macrossomia – > percentil 90) – gestante com 
ganho de peso excessivo ou obesidade 
 
 
 
 
 
 
 
O PAPEL DO NUTRICIONISTA NA ATENÇÃO PRÉ-
NATAL: 
 Ação pré-concepcional: avaliação e conduta 
antes de uma gravidez, com o objetivo de 
identificar fatores de risco, doenças ou 
carências nutricionais que possam alterar a 
evolução normal da gestação que está sendo 
planejada (tanto na mulher como no homem 
também). Faz parte das ações de planejamento 
familiar, importante para a melhoria dos índices 
de morbidade e mortalidade materna e infantil e 
redução no número de gestações não 
planejadas/não desejadas. 
 Preparo psicofísico para o parto 
 Orientação de hábitos de vida e higiene pré-
natal 
 Profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças 
 Orientações de puericultura 
 Vigilância do desenvolvimento fetal 
 
CUIDADO E OBJETIVOS NUTRICIONAIS NO PRÉ-
NATAL: 
 Aconselhamento nutricional individualizado 
 Manutenção do estado nutricional materno 
adequado, corrigindo possíveis carências 
nutricionais e favorecendo o ganho de peso 
adequado 
 Redução da velocidade do ganho de peso, 
quando for o caso. A perda de peso não deve 
ser favorecida, no caso de gestantes com 
sobrepeso ou obesas, e sim o controle no ganho 
de peso adequado durante toda a gestação. 
 Recuperação do estado nutricional, quando for 
o caso (no caso de gestantes com desnutrição 
ou alguma carência nutricional) 
 Promover educação alimentar e nutricional 
 
@mayaravnutri 
 Respeitar hábitos alimentares – a conduta deve 
dialogar com as práticas alimentares da 
gestante e com as subjetividades que cercam o 
seu ato de se alimentar. 
 
RESULTADOS: impacto positivo no resultado 
obstétrico, redução nas taxas de morbimortalidade 
perinatal e contribui para o sucesso do aleitamento 
materno. 
 
AVALIAÇÂO DO ESTADO NUTRICIONAL: 
 Identificação do desvio ponderal no início da 
gestação 
 Identificação do ganho de peso insuficiente, 
excessivo ou adequado. 
 Exames laboratoriais: hemograma, glicemia de 
jejum, ferritina e saturação de transferrina, perfil 
lipídico (são os principais) 
 Exame físico: cabelos, face (olhos, músculos e 
boca), membros superiores e inferiores, pele 
 Sinais e sintomas: náuseas e vômitos, sialorréia, 
refluxo, pirose, ritmo intestinal (constipação) e 
urinário (infecção urinária é muito comum). 
 Avaliação dietética: avaliação do 
fracionamento, a composição das refeições, 
avaliando os grupos alimentares presentes 
(monotonia alimentar/fornecimento de macro e 
micronutrientes adequado), verificar excessos de 
ultraprocessados, alergias e intolerâncias, 
picamalácia, identificar restrições, crenças e 
tabus alimentares. 
 
PROCEDIMENTOS PARA CONSULTA: 
 1ª CONSULTA: avaliação detalhada do 
prontuário, identificando: 
o Idade gestacional 
o Idade materna 
o Atividade profissional 
o Fatores de risco 
o História reprodutiva anterior desfavorável : 
morte perinatal explicada/inexplicada, RN 
com RCIU, aborto, infertilidade, intervalo 
interpartal < 24 meses ou > 5 anos, nuli e 
multiparidade, síndrome hipertensiva (SHG) 
o Doença obstétrica atual: desvio de 
crescimento intra-uterino, ganho ponderal 
inadequado, SHG, hemorragias, etc. 
o Intercorrências clínicas: cardiopatias, 
pneumopatias, nefropatias, doenças 
infecciosas, autoimunes, HAS, etc. 
o Avaliação completa do estado nutricional e 
das condições para o aleitamento materno 
o Esclarecimento de dúvidas e orientações 
nutricionais para alimentação e 
condicionamento dos mamilos 
 
 CONSULTAS SUBSEQUENTES: 
o Revisão do prontuário e avaliação do 
ganho de peso até a consulta atual, 
reavaliando o ganho até a 40ª SG 
o Avaliação nutricional completa 
o Reforçar os cuidados com as mamas e tirar 
dúvidas 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA: 
Na primeira consulta, deve-se fazer a aferição do 
peso e altura, bem como investigar o peso pré-
gestacional, para determinar o estado nutricional 
antes da gestação, através do IMC pré-
gestacional. Nas consultas subsequentes, o estado 
nutricional pode ser identificado calculando o IMC 
e correspondendo com a curva de Atalah: 
 
 
 
A idade gestacional em semanas pode ser 
arredondada para correlacionar na curva, 
considerando semana completa quando for 1, 2, 3 
dias e adiciona 1 semana quando for 4, 5, 6 dias. 
Exemplo: 
gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanas 
gestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas 
 
 
 
@mayaravnutri 
 
 
O ideal é que o IMC considerado no diagnóstico 
inicial da gestante seja o IMC pré-gestacional 
referido ou o IMC calculado a partir de medição 
do peso realizada até a 13ª SG. Caso isso não 
seja possível, inicia-se a avaliação da gestante 
com os dados da primeira consulta de pré-natal, 
mesmo que esta ocorra após a 13ª SG. 
 
CONDUTAS CONFORME O DIAGNÓSTICO 
NUTRICIONAL REALIZADO: 
 
Baixo peso (BP): investigar a história alimentar, 
hiperêmese gravídica, infecções anemias e doenças 
debilitantes. Dar orientação nutricional, visando à 
promoção do peso adequado e de hábitos 
alimentares saudáveis. 
 
Adequado (A): siga o calendário habitual. Explique 
à gestante que seu peso está adequado para a 
idade gestacional. Dê-lhe orientação nutricional, 
visando à manutenção do peso adequado e à 
promoção de hábitos alimentares saudáveis. 
 
Sobrepeso e obesidade (S e O): investigar a 
obesidade pré-gestacional, casos de edema, 
polidrâmnio, macrossomia e gravidez múltipla. Dar 
orientação nutricional à gestante, visando à 
promoção do peso adequado e de hábitos 
alimentares saudáveis, ressaltando que, no período 
gestacional, não se deve perder peso, sendo 
desejável mantê-lo. 
 
Sabe-se que a obesidade está associada a uma 
frequência mais alta de distócias (anormalidades 
de tamanho ou posição fetal, resultando em 
dificuldades no parto), diabetes e. Por outro lado, 
na gestante com baixo peso há um risco maior de 
parto prematuro. 
 
Para cada situação nutricional inicial, há uma faixa 
de ganho de peso recomendada. Para o 1º 
trimestre, o ganho foi agrupado para todo o 
período, já no 2º e 3º trimestre, o ganho é previsto 
por semana. Na primeira consulta, deve-se fazer a 
estimativa de ganho de peso. 
 
 
 
Gestantes de baixo peso deverão ganhar entre 
12,5 e 18,0kg durante a gestação, sendo, em 
média, 2,3kg no 1º trimestre e de 0,5kg/semana no 
2º e 3º trimestres 
 
 
 
@mayaravnutri 
OBSERVAÇÕES: 
 Ganho de peso súbito: aumento superior a 
0,5kgpor semana, que deve ser considerado 
como sinal precoce de edema patológico. 
 Gestantes adolescentes (< 19 anos) devem 
ganhar aproximadamente 1kg a mais 
 Gestantes com peso < 45kg ou > 75kg são 
consideradas de risco para RN de baixo peso e 
pré-termo. 
 Gestação gemelar: ganho de peso total deve 
ser de 16 a 20kg e o ganho semanal de 0,75kg 
no 2º e 3º trimestres. 
 Controle da pressão arterial 
o Considerar hipertensão arterial quando: 
 Houver aumento de 30mmHg ou 
mais na pressão sistólica e/ou de 
15mmHg ou mais na pressão 
diastólica, em relação aos níveis 
previamente conhecidos 
 Níveis tensionais estiverem 
≥140mmHg de pressão sistólica 
e ≥90mmHg de pressão 
diastólica. 
o Requer avaliação detalhada de edema 
e proteinúria (sinais sugestivos de 
síndrome hipertensiva da gravidez – 
SHG) 
 A detecção precoce de SHG 
pode reduzir a morbimortalidade 
materna e fetal associada 
o Gestantes com hipertensão pré-
gestacional são consideradas de risco.

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