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Aliny Alves – Unifacimed - TXVlll CATEGORIAS FISIOPATOLÓGICAS DO EDEMA: Aumento da pressão Hidrostática, retorno venosos deficiente, insuficiência cardíaca congestiva, pericardite constritiva, ascite (cirrose hepática), obstrução venosa ou compressão, trombose, pressão externa (massa), inativação das extremidades inferiores em posição vertical prolongada, dilatação arteriolar, calor, desregulação da pressão osmótica plasmática (hipoproteinemia), Glomerulopatias perdedoras de proteína (síndrome nefrótica), cirrose hepática (ascite), desnutrição, gastroenteropatias perdedoras de proteína, obstrução linfática, inflamatória, neoplasias, pós-cirurgias, pós- irradiação, retenção de sódio, ingestão excessiva de sal na presença de insuficiência renal reabsorção tubular aumentada de sódio, hipoperfusão renal, aumento da secreção de renina-angiotensina- aldosterona, inflamação aguda e crônica, angiogênese. PATOLOGIA Edema, Efusão e Choque EDEMA E EFUSÕES Os distúrbios que afetam as funções cardiovasculares, renal ou hepáticas geralmente são marcados pelo acúmulo de líquido nos tecidos (edemas) ou nas cavidades corporais fechadas (efusões). OBS: em circunstâncias normais, a tendência da pressão hidrostática vascular é empurrar água e sais de dentro dos capilares para o espaço intersticial, e é praticamente balanceada pela tendência de a pressão coloido-osmótica plasmática de puxar água e sais de volta para o leito venoso. ↳ A pressão hidrostática aumentada ou a pressão coloido-osmótica diminuída rompe esse balanço e resulta no aumento da saída de líquido dos vasos, gerando o edema ou a efusão. O líquido do edema e efusão podem ser inflamatórios (exsudatos) ou não inflamatórios (transudatos). ↳ Os exsudatos são ricos em proteínas ↳ Os transudatos são pobres em proteínas. Edema e efusão não inflamatórios são comuns em: Insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, doenças renais e desnutrição grave. TIPOS DE EDEMA: 1. Edema gravitacional – é o edema subcutâneo que desce para os membros inferiores quando a pessoa fica durante um certo período em pé. 2. Edema com cacifo – é a pressão digital sobre o tecido subcutâneo muito edemaciado. Esse é um sinal conhecido na semiologia como Sinal do Cacifo ou de Godet. 3. Edemas resultantes da disfunção renal, geralmente aparecem nas partes do corpo com tecido conjuntivo frouxo (pálpebras), sendo assim o edema periorbital um achado de doenças renais graves. 4. Edema pulmonar- evidência no aumento normal do peso pulmonar e a superfície de secreção revela um líquido espumoso, sanguinolento, representando uma mistura de ar, líquido de edema e hemácias extravasadas. 5. Edema cerebral: pode ser localizado ou generalizado. O cérebro edemaciado apresenta os sulcos estreitados e as circunvoluções alargadas e achatadas. TIPOS DE EFUSÃO: 1. Cavidade pleural (hidrotórax ou derrame pleural); 2. Cavidade pericárdica (hidropericárdio ou derrame pericárdico); 3. Cavidade peritoneal (hidroperitônio ou ascite). AUMENTO DA PRESSÃO HIDROSTÁTICA___________ O retorno do líquido espalhado no interstício é drenado pelos vasos linfáticos e retorna para a corrente sanguínea através do ducto torácico. [Cite sua fonte aqui.] Aliny Alves – Unifacimed - TXVlll É causado por disfunções que impedem o retorno venoso. A obstrução pode ser localizada como por exemplo a trombose venosa profunda (TVP) em uma extremidade inferior, nesse caso o edema é limitado a parte afetada. Porém existem condições que levam o aumento sistêmico da pressão venosa, por exemplo na insuficiência cardíaca congestiva, e nesse caso o edema se torna mais generalizado (espalhado pelo corpo). REDUÇÃO DA PRESSÃO OSMÓTICA PLASMÁTICA____ OBS: Em condições normais, a albumina é responsável por quase a metade da proteína total do plasma, sendo assim a síntese inadequada ou o aumento da perda de albumina da circulação são causas comuns, da redução da pressão oncótica do plasma. ↳ A redução na síntese da albumina ocorre devido doenças hepáticas, como a cirrose em estágio final, pois albumina é perdida na urina (proteinúria). A pressão oncótica plasmática reduzida leva ao edema, redução do volume intravascular, hipoperfusão renal e hiperaldosteronismo secundário. RETENÇÃO DE SÓDIO E ÁGUA____________________ O aumento da retenção de sal, associado a retenção de água, resulta no aumento da pressão hidrostática (devido à expansão de volume líquido intravascular) quando a diminuição da pressão coloido-osmótica vascular (devido à diluição). OBS: a retenção de sódio ocorre sempre que a função renal está comprometida, por distúrbios primários (no próprio rim) ou secundários (como problemas cardiovasculares). OBSTRUÇÃO LINFÁTICA_________________________ Traumas, fibroses, tumores invasivos e agentes infecciosos podem romper vasos linfáticos e bloquear a eliminação de líquido intersticial, resultando em linfedema na parte afetada do corpo. ↳ Ocorre na filariose parasitária (elefantíase)– pois o organismo induz a fibrose obstrutiva dos canais linfáticos e linfonodos. ASPECTOS CLÍNICOS: • O edema sinaliza uma possível doença cardíaca ou renal de base. Porem pode prejudicar a cura de feridas ou eliminação de infecções. • Edema pulmonar- é um problema clínico comum, observados na insuficiência ventricular esquerda, insuficiência renal, na síndrome da angustia respiratória aguda e na inflamação ou infecção pulmonar. • No edema pulmonar o liquido do edema ocula os espaços alveolares e cria um ambiente favorável a infecções bacterianas. • Efusões pleurais geralmente acompanham os edemas pulmonaras e podem comprometer a troca de gases por compimir o parenquima pulmonar adjacente. • As efusões peritoniais (ascite) – comumente resultante de hipertensão portal, são propensas à contaminação por bactérias, levando a infecção grave e até fatal. • O edema cerebral possui risco de morte, em situações graves a substância cerebral pode herniar (ser expulsa) através do forame magno. CHOQUE Choque é um estado em que a diminuição do débito cardíaco ou a redução do volume sanguíneo circulante eficaz prejudica a perfusão tecidual, levando a hipoxia celular. OBS: no início a lesão celular é reversível, porém o choque prolongado cuasa lesão tecidual irreversível e geralmente fatal. O choque pode complicar hemorragias graves, traumas ou queimaduras extensas, infarto do miocárdio, embolia pulmonar e sepses microbianas. CAUSAS DO CHOQUE: 1. Choque cardiogênico: resulta de um baixo débito cardíaco devido a falência da bomba miocárdica. Essa falência pode ocorrer devido a infarto, arritmias ventriculares, tamponamente cardíaco ou obstrução ao fluxo de saída (embolia pilmonar). 2. Choque hipovolêmico: resulta de um débito cardíaco baixo devido à perda do SAIBA MAIS: • O edema é mais comumente observado nos tecidos subcutâneos, nos pulmões e no cérebro. • Efusão transudativa são pobres em proteínas, translúcidas e com cor de palha. Porém as efusões peritoneais causadas pelo bloqueio linfático (efusão quilosa), pode ser leitosa, pois possui a presença de lipídios. Já a efusão exsudativa são ricas em proteínas e geralmente são turvas devido a presença de leucócitos. Aliny Alves – Unifacimed - TXVlll volume sanguíneo, tal como ocorre nas hemorragias graves ou na perda de líquido decorrente de queimaduras graves. 3. Choque associado à inflamação sistêmica: pode ser acionado por diferentes tipos de agressão, especialmente infecções microbianas, queimaduras, trauma e pancreatite. TIPOS DE CHOQUE EXEMPLO CLÍNICO MECANISMOS PRINCIPAISCARDIOGÊ NICO Infarto do miorcádio, ruptura ventricular, arritimia, tamponamento cardíaco e embolia pulmonar Falha da bomba miocárdica resultante de lesão intrínseca do miorcárdio compressão extrínseca e obstrução ao fluxo HIPOVOLÊ MICO Perda de líquidos (hemorragia, vômito, diarreia, queimaduras ou traumas Volume sanguíneo ou plasmático inadequado CHOQUE ASSOCIAD O À INFLAMAÇ ÃO SISTÊMICA Infecções microbianas graves (bacterianas ou fúngicas), superantígenos (síndrome do choque tóxico), trauma, queimaduras e pancreatite. Ativação de cascata de citocinas, vasodilatação periférica com represamento de sangue, lesão/ativação endotelial, lesão induzida por leucócito, coagulação intravascular disseminada. PATOGENIA DO CHOQUE SÉPTICO_______________ Possui uma taxa de mortalidade acima de 20%. É desencadeada principalmente por bactérias Gram-positivas, seguidas de bactérias Gram-negativas e fungos. Quando macrófagos, neutrófilos, células dendríticas, células endoteliais e componentes solúveis do sistema imune inato reconhecem e são ativados por várias substâncias derivadas de microrganismos, ocorre as respostas inflamatórias que interagem de modo complexo, para produzir choque séptico e disfunção de múltiplos órgãos. FATORES QUE DESEMPENHAM OS PAPÉIS PRINCIPAIS NA FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO: 1. Respostas inflamatórias e anti- inflamatórias; 2. Ativação e lesão endoteliais; O estado pró- inflamatório e a ativação das células endoteliais associadas à sepse provocam aumento de permeabilidade vascular e edema tecidual, que têm consequências deletérias tanto no aporte de nutrientes como na remoção de escórias. Um efeito das citocinas inflamatórias é o afrouxamento das junções oclusivas das células endoteliais, causando a saída de líquido dos vasos, o que resulta no acúmulo de edema rico em proteína por todo o corpo. Essa alteração dificulta a perfusão do tecido e pode ser exacerbada pelo tratamento do paciente com a utilização de fluidos intravenosos. A ativação do endotélio também aumenta a produção de óxido nítrico (NO) e de outros mediadores inflamatórios vasoativos (p. ex., C3a, C5a e PAF), que podem contribuir para o relaxamento dos músculos lisos vasculares e hipotensão sistêmica. 3. Indução de um estado pró-coagulante: A saída de líquido intravascular e o edema tecidual diminuem o fluxo sanguíneo nos pequenos vasos, produzindo estase e diminuindo a eliminação dos fatores de coagulação ativados. Agindo em conjunto, esses efeitos levam à ativação sistêmica da trombina e ao depósito de trombos ricos em fibrina nos pequenos vasos, geralmente por todo o corpo, consequentemente comprometendo a perfusão tecidual. Na coagulação intravascular disseminada plenamente desenvolvida, o consumo dos fatores da coagulação e das plaquetas é tão grande que ocorre a deficiência destes, levando a hemorragias concomitantes. 4. Anormalidades metabólicas: Ahiperglicemia diminui a função do neutrófilo (dessa forma, suprimindo sua atividade bactericida) e causa um aumento na expressão de moléculas de adesão nas células endoteliais. Embora a sepse esteja associada inicialmente a um surto agudo na produção de glicocorticoides, essa fase pode ser seguida pela insuficiência suprarrenal e por um deficit funcional de glicocorticoides. Isto pode decorrer da redução da capacidade de síntese de uma glândula suprarrenal intacta ou por necrose adrenal extensa devido à coagulação intravascular disseminada (síndrome de Waterhouse- Friderichsen). Finalmente, a hipoxia celular e a diminuição da fosforilação oxidativa levam ao aumento da produção de lactato e acidose lática. 5. Disfunção orgânica: A hipotensão sistêmica, o edema intersticial e a trombose de pequenos vasos diminuem o fornecimento de oxigênio e nutrientes para os tecidos, que deixam de utilizar adequadamente os nutrientes que são fornecidos, devido à hipoxia celular. Os altos níveis de citocinas e mediadores secundários diminuem a contratilidade Aliny Alves – Unifacimed - TXVlll miocárdica e o débito cardíaco, e o aumento da permeabilidade vascular e a lesão endotelial podem levar à síndrome da angústia respiratória aguda. Em última análise, esses fatores podem conspirar para causar a falência de múltiplos órgãos, principalmente os rins, fígado, pulmões e coração, culminando com a morte. ESTÁGIOS DO CHOQUE_________________________ OBS: o choque evidencia no auemnto da apoptose de linfócitos e enterócitos, ocorre pouca morte de células e os pacientes raramente apresentam uma hipotensão refratária. 1. FASE NÃO PROGRESSICA: a inicial durante a qual os mecanismos compensatórios reflexos são ativados e a perfusão de órgãos vitais é mantida. Vários mecanismos neuro-humorais contribuem para manter o débito cardíaco e a pa, sendo eles os reflexos barorreceptores, liberação de catecolaminas, a ativação do eixo renina-angiotensina, a liberação de ADH e a estimulação simpática generalizada. O efeito final desses eventos é a taquicardia, vasoconstrição periférica e a conservação de líquido nos rins 2. FASE PROGRESSIVA: caracterizada por hipoperfusão tecidual e início do agravamento do desequilíbrio circulatório e metabólico, incluindo a acidose lática. Ocorre a hipoxia tecidual generalizada, pelo déficit de oxigênio, a respiração aeróbica celular é substituída pela glicólise anaeróbica com a produção excessiva de ácido lático Aacidose lática resultante diminui o pH tecidual e enfraquece a resposta vasomotora; as arteríolas se dilatam e o sangue começa a acumular-se na microcirculação. O acúmulo periférico não apenas piora o débito cardíaco, mas também coloca as células endoteliais sob risco de desenvolver lesão anóxica com subsequente coagulação intravascular disseminada. Com a hipoxia tecidual generalizada, os órgãos vitais são afetados e entram em falência. 3. FASE IRREVERSÍVEL: que se estabelece após o organismo ter sofrido lesão celular e tecidual tão intensas que, mesmo se os defeitos hemodinâmicos fossem corrigidos, a sobrevivência não seria possível. é refletida pela liberação de enzimas lisossômicas, agravando ainda mais o estado do choque. Se o intestino isquêmico permitir que a flora intestinal penetre na circulação, o choque séptico bacteriano pode se sobrepor. Nesse momento, o paciente pode desenvolver anúria como resultado de uma necrose tubular aguda e insuficiência renal CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS_____________________ • No choque hipovolêmico e cardiogênico, o paciente apresenta-se com hipotensão, um pulso fraco e rápido, taquipneia e pele cianótica, fria e pegajosa • No choque séptico, a pele pode estar inicialmente corada e quente devido à vasodilatação periférica. A ameaça à vida, no início, deriva da catástrofe de base que precipitou o choque (p. ex., infarto do miocárdio, hemorragia grave ou sepse). No entanto, o choque rapidamente produz disfunções cardíacas, cerebrais e pulmonares, e, eventualmente, distúrbios eletrolíticos e acidose metabólica que exacerbam o estado calamitoso do paciente, posteriormente. Os indivíduos que sobrevivem às complicações iniciais podem entrar em uma segunda fase dominada pela insuficiência renal e marcada por uma redução progressiva do débito urinário, assim como por desequilíbrio hidroeletrolítico grave. A coagulopatia frequentemente complica o choque, particularmente quando a causa é sepse ou trauma, e pode ter consequências graves ou até mesmo fatais, especialmente nos pacientes com coagulação intravascular disseminada. A gravidade e o resultado do choque séptico são provavelmente dependentes da extensão e da virulência da infecção,do estado imunológico do hospedeiro, da presença de outras comorbidades e dos padrões e níveis de produção dos mediadores [Cite sua fonte aqui.] Saiba mais: Vale a pena mencionar aqui que um grupo adicional de proteínas bacterianas secretadas, denominadas superantígenos, também pode causar uma síndrome semelhante ao choque séptico (p. ex., síndrome do choque tóxico). Os superantígenos são ativadores de linfócitos T policlonais que promovem a liberação de altos níveis de citocinas, resultando em uma variedade de manifestações clínicas, que vão desde uma erupção cutânea difusa (rash) até a vasodilatação, hipotensão, choque e morte. [Cite sua fonte aqui.]
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